Análise crítico-reflexiva: Guia Alimentar para a População Brasileira
Disciplina: Nutrição Social III
Discente: Matheus Mônaco
Na Primeira edição do Guia Alimentar ele traz um referencial teórico já
destacando inicialmente que visa contribuir para a prevenção de doenças causadas por deficiências nutricionais, para reforçar a resistência orgânica a doenças infecciosas e reduzir a incidência de doenças crônicas não- transmissíveis através de uma alimentação saudável, ainda destaca que é um guia voltado para todas as pessoas envolvidas na saúde pública e para as famílias. Além disso nesse referencial teórico proposto na primeira edição ele visa trazer alguns conceitos básicos para melhor atingir o público em geral, como por exemplo: o significado de uma alimentação saudável e como é possível alcança-la no dia a dia, uma vez que a alimentação se da em função do consumo de alimentos e não de nutrientes, sendo baseada em práticas alimentares que significado sociocultural. Também traz que o Guia alimentar se baseia na Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), visando contribuir ao direito humano universal á alimentação e nutrição adequadas e á garantia da Segurança Alimentar e Nutricional da população. Além disso traz um tópico que aborda uma estratégia global para a promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde proposta pela OMS para reduzir substancialmente as mortes e doenças em todo mundo através de uma alimentação saudável. Além disso traz como destaque o panorama Epidemiológico no Brasil, e destaca uma importância nas deficiências nutricionais, em doenças infecciosas e DCNT, destacando os riscos e a epidemiologia no Brasil. Assim busca trazer um guia alimentar através da promoção de Modos de Vida Saudáveis: como promover o aleitamento materno, alimentação saudável, promoção da atividade física, o consumo de bebidas alcoólicas e o consumo de tabaco. Já a segunda edição do Guia Alimentar traz um referencial teórico mais enxugado onde se inicia apenas destacando significado de alimentação e reforçando a sua relação com a saúde e o bem-estar, também traz que as recomendações sobre alimentação devem levar em conta o cenário da evolução da alimentação e as condições de saúde da população, sem entrar muito afundo nas patologias com grande crescente epidemiológica, já como o guia alimentar na primeira edição destaca. Além disso traz a importância dos guias alimentares para a população. Dessa forma é possível concluir que o referencial da segunda edição do guia alimentar é muito mais suscinto com relação a primeira edição, ele traz uma abordagem muito mais reduzida, sem dar destaque por exemplo as políticas nacionais em vigor atualmente, apenas tem como intuito reforçar uma alimentação saudável, e trazer a importância do guia alimentar. Relacionado as ciências básicas presentes em cada referencial teórico, na primeira edição ela abrange mais detalhadamente a proposta do guia alimentar desde da criação de politicas nacionais de alimentação e a segurança alimentar, até o perfil epidemiológico mais prevalente de doenças no brasil, assim como modos de vida de a serem adotados considerados saudáveis, já a segunda edição traz uma versão bem reduzida sem indicar muitos dados, só com maiores recomendações de uma alimentação saudável. A segunda edição deveria ser complementar a primeira do guia alimentar, pois apesar de identificar em alguns aspectos existem muitas diferenças, relacionadas como por exemplo a evolução do padrão alimentar e compreensão do sistema alimentar contemporâneo, dentre uma dessas diferenças seria distinção que o atual guia faz entre alimentos e produtos alimentícios, entre produtos prontos para consumo que são processados ou ultraprocessados. Também como basear a alimentação em alimentos (em grande variedade e predominância de origem vegetal), usar com moderação óleos, gorduras, açúcar e sal na preparação de alimentos, e limitar o uso de produtos prontos para consumo, evitando, ultraprocessados. Além disso a nova edição poderia complementar a primeira por trazer circunstancias que envolvem o ato de comer: quando, como, onde e com quem comer, outra diferença seria também que as recomendações em padrões de alimentação praticados por uma parcela da população brasileira. Portanto a partir de todas essas diferenças a segunda edição deveria complementar a primeira. A partir da análise dos colaboradores para confecção da segunda edição, é possível que existe uma visão de a segunda versão do guia é complementar ao primeiro, por motivos como foram destacados acima. A segunda edição alimentar do guia alimentar tem causado de forma geral uma polêmica entre vários ambientes, devido a alguns pontos que são encontrados ou deixaram de serem contemplados nele, como por exemplo:
• O guia alimentar da forma como foi feito visa atender os profissionais de
saúde, mas não a população em geral por isso dessa forma ele deveria ter uma linguagem e acesso facilitado.
• O guia alimentar não contempla assuntos como o vegetarianismo que é
uma estilo de vida muito difundido no Brasil atualmente.
• O texto proposto no Guia Alimentar não aprofunda as questões da PNAN,
do SISAN e do marco referencial de EAN para políticas. • Consumo de frutas desidratadas é citado no guia alimentar, porém ainda pouco conhecidas, sendo necessária maior explanação sobre o assunto.
• Maior esclarecimento no que se refere a moderação de produtos, como
óleos, gorduras, sal e açúcar, qual medida deveria ser considerada moderada, para ficar mais claro a população leiga. • Não é possível encontrar no novo guia algum espaço para a participação de conselhos, movimentos sociais organizados, instituições representativas e outras entidades nacionais e, que avançam na discussão da alimentação adequada, de qualidade, saudável e de direito.
• Um tema importante trabalhado no Guia Alimentar da População
Brasileira de 2005, e não tem destaque na segunda edição é a origem, contaminação e necessidade de cuidados com o uso de água.
• Falta de inclusão de técnicas dietéticas que auxiliam o melhoramento das