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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

MUDANÇAS NO PADRÃO ALIMENTAR DE MARISQUEIRAS DE UMA

LOCALIDADE DA ILHA DE ITAPARICA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE

SANTO ANTÔNIO DE JESUS

2014
ORIENTADORA:

Liliane de Jesus Bittencourt (Docente UFRB/Nutricionista)

Orientadora. Contato: liliane_bittencourt@hotmail.com

ELABORADORA:

Laís Lima de Jesus (Discente UFRB/ curso Nutrição)

Elaboradora. Contato: lais.lima.nutricao@gmail.com

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SUMÁRIO

Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------04

Fundamentação Teórica -------------------------------------------------------------------------05

Objetivos ------------------------------------------------------------------------------------------09

Justificativa ----------------------------------------------------------------------------------------09

Sujeitos da Pesquisa ------------------------------------------------------------------------------10

Metodologia ---------------------------------------------------------------------------------------11

Indicadores/Parâmetros de Avaliação ---------------------------------------------------------12

Cronograma de Atividades ----------------------------------------------------------------------12

Recurso Material ---------------------------------------------------------------------------------12

Resultados Esperados ----------------------------------------------------------------------------13

Relação Ensino e Pesquisa-----------------------------------------------------------------------13

Considerações Éticas-----------------------------------------------------------------------------14

Referências ----------------------------------------------------------------------------------------15

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INTRODUÇÃO

O processo de transição nutricional é caracterizado, essencialmente, por

alterações na estrutura da dieta e na composição corporal, associadas aos fatores

relacionados ao estilo de vida, resultando em importantes modificações no perfil de

saúde dos indivíduos. O processo de transição nutricional está relacionado com uma

complexa rede de mudanças nos padrões demográfico, socioeconômico, agrícola e de

saúde, entre outros, envolvendo fatores como urbanização, crescimento econômico,

mudanças tecnológicas e culturais (MONDINI, 2010).

A urbanização induziu a mudanças nos padrões de vida e na estrutura da dieta da

sociedade, resultando em repercussões negativas à saúde populacional.

De acordo com Batista Filho e Batista (2011), o processo de transição reúne as

carências nutricionais específicas e suas associações com doenças nutricionais e não-

nutricionais.

As mudanças observadas no consumo alimentar no Brasil, com especial destaque

para o aumento da densidade energética, maior consumo de carnes, leites e derivados

ricos em gorduras e redução no consumo de cereais, frutas, verduras e legumes,

constituem um importante fator de risco para o desenvolvimento do diabetes. A redução

do consumo de vegetais favorece o aumento da prevalência das doenças crônicas, já que

o consumo destes alimentos tem sido apontado como um fator protetor para o

desenvolvimento de doenças cardiovasculares ateroscleróticas e outras doenças crônicas

(TARDIDO E FALCÃO, 2006).

O exercício continuado de uma alimentação inadequada pode originar o

desenvolvimento da desnutrição calórico proteica, carência de micronutrientes,

obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

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Segundo Batista Filho e Batista (2011), as DCNT, caracterizadas pela diabetes

mellitus, a obesidade, a hipertensão arterial sistêmica, os processos degenerativos do

sistema nervoso central agrupam-se em comorbidades, associadas à alimentação

hipercalórica, às gorduras trans, aos ácidos graxos saturados, ao consumo excessivo do

açúcar e do sal, às calorias vazias dos refrigerantes, ao uso imoderado do álcool, ao

fumo, ao sedentarismo e outras práticas não saudáveis do estilo de vida ocidental. O que

reforça a argumentação de Viana (2002), segundo a qual, a alimentação está ligada a

algumas das doenças mais frequentes nos países ocidentais e às consideradas como mais

importantes causas de mortalidade.

Os danos para a saúde dos seres humanos podem decorrer do consumo

insuficiente ou excessivo de alimentos, por isso, as características qualitativas da dieta

são importantes na definição do estado de saúde, principalmente no que diz respeito às

doenças crônicas degenerativas da idade adulta (TARDIDO E FALCÃO, 2006).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os hábitos alimentares exercem forte influência sobre o comportamento das

pessoas. A experiência cultural determina o que deve ser comido, bem como quando e

como fazê-lo. Há naturalmente muita variação. Entretanto, os hábitos alimentares

baseiam-se, inicialmente, na disponibilidade alimentar, na economia, nas crenças e

significados que cada pessoa confere aos alimentos. Entre esses fatores de influência

estão: a geografia da terra, a agricultura praticada pelas pessoas, as práticas econômicas

e de mercado, a visão acerca da saúde ou do que é considerado um alimento seguro,

além da história e tradições (OLIVEIRA et al, 2006).

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O comportamento alimentar de um indivíduo não corresponde somente a seus

hábitos alimentares, mas a todas as práticas que envolvem sua alimentação como:

seleção, aquisição, conservação, preparo, crenças, tabus (restrições alimentares) e seu

conhecimento sobre nutrição. Esse conhecimento sobre alimentos e nutrição influencia,

em maior ou menor grau, seu comportamento alimentar. O conhecimento é formado, na

maioria das vezes, pelo senso comum, que durante milênios garantiu a sobrevivência do

homem; pelas crenças e tabus alimentares; pelos conhecimentos não científicos, como

os originados pelas pressões sociais, pelos meios de comunicação; e o conhecimento

científico que ocupa uma pequena parcela na formação desse comportamento alimentar

(SONATI et al, 2006).

A história pessoal e familiar e ainda o envolvimento cultural, permitem

compreender o porquê do desenvolvimento dos hábitos alimentares. O paladar, o preço,

o aspecto, a facilidade em preparar, a publicidade etc., mais do que o conhecimento dos

benefícios para a saúde, condicionam as escolhas alimentares (VIANA, 2002).

As escolhas alimentares são o resultado da interação dialética entre as estruturas

habituais do cotidiano, os ciclos ecológicos dos recursos naturais, a dinâmica político-

econômica dos mercados locais e regionais e as representações de classe e preferências

individuais (MURRIETA et al, 2008).

Escolher uma alimentação saudável não depende apenas do acesso a uma

informação nutricional adequada. A seleção de alimentos tem a ver com as preferências

desenvolvidas, relacionadas com o prazer associado ao sabor dos alimentos, às atitudes

aprendidas desde muito cedo na família, e a outros fatores psicológicos e sociais. É

necessário, portanto, compreender o processo de ingestão do ponto de vista psicológico

e sociocultural e conhecer as atitudes, crenças e outros fatores psicossociais que

influenciam este processo de decisão com o objetivo de se tornarem mais eficazes as

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medidas de educação para a saúde e de se melhorarem os hábitos e os comportamentos

(VIANA, 2002).

Segundo Rossi e colaboradores (2008), o conhecimento de diferentes alimentos é

essencial para a aquisição de uma alimentação variada, o que constitui uma das

premissas fundamentais para uma alimentação saudável. Fazer escolhas alimentares é

um processo complexo, dinâmico e multifacetado, embutido nos relacionamentos

sociais, e que tem consequências a curto e longo prazo para a saúde. As escolhas dos

alimentos são formadas pelos sistemas de socialização culturais e limitadas pela

contingência do ambiente físico e social.

O comportamento alimentar ocupa, atualmente, um papel central na prevenção e

no tratamento de doenças. Os principais problemas envolvendo a nutrição e a

alimentação decorrem do excesso ou da carência de determinados nutrientes. O excesso

de nutrientes, que leva à obesidade, ou à carência destes, provocando a anemia, por

exemplo, devem configurar entre as prioridades das ações atuais em saúde (ROSSI et al,

2008).

Alterações nos padrões dietéticos e nutricionais da população brasileira se

manifestam em todos os estratos sociais e faixas-etárias. Essa transição nutricional

caracteriza-se pela redução nas prevalências dos déficits nutricionais e aumento

expressivo de sobrepeso e obesidade, e consequentemente, das doenças crônicas não

transmissíveis, acarretando em mudanças no padrão da distribuição das

morbimortalidades das populações (BATISTA FILHO & RISSIN, 2003).

De acordo com Viana (2002), a alteração no comportamento alimentar da

população caracteriza-se por uma dieta com desequilíbrio nos nutrientes que a compõe,

excessos ou déficit relativos de alguns elementos e têm consequências negativas nos

índices de saúde imediatos e em longo prazo nos indivíduos. Uma alimentação racional,

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que tenha em conta as necessidades do organismo e tome em consideração as

propriedades preventivas de alguns nutrientes é hoje um aspecto determinante de um

estilo de vida saudável para as pessoas de diferentes grupos etários e, em muitos casos,

um cuidado imprescindível em grupos com patologia crônica ou aguda, como sucede na

diabetes (VIANA, 2002).

Segundo Murrieta e colaboradores (2008), é consenso que os padrões alimentares

de sociedades tradicionais em todo o globo vêm sofrendo uma série de mudanças,

caracterizadas, principalmente, pela substituição gradual de produtos locais por

importados e pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos simples.

Para Hanazaki&Begossi (2001), a diminuição de atividades de agricultura e pesca

em pequena escala, aliada ao aumento de atividades relativas ao turismo e ao comércio,

acarretou mudanças nos padrões alimentares das comunidades litorâneas.

Em pequenas sociedades, como comunidades litorâneas, os hábitos alimentares

são fortemente relacionados às atividades de subsistência tradicionais, como a pesca,

extração e comercialização em pequenas quantidades (MURRIETA, 2001). O consumo

de frutos do mar é predominante, porém a sazonalidade causa mudanças tanto no clima,

quanto nos padrões de consumo alimentar, bem como a acessibilidade e as mudanças no

estilo de vida influenciam nas escolhas alimentares.

Segundo Rossi e colaboradores (2008), para promoção de mudanças duráveis na

alimentação e, consequentemente, possíveis melhorias para a saúde, deve-se

compreender de que maneira as escolhas alimentares determinam a ingestão alimentar e

como estas escolhas alimentares se desenvolvem até a formação de um hábito alimentar.

Hábitos e práticas alimentares são construídos com base em determinações

socioculturais. É importante lembrar que todos os alimentos trazem significados

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culturais, comportamentais e afetivos singulares que jamais devem ser desprezados

(TARDIDO E FALCÃO, 2006).

A alimentação representa a manifestação da organização social, a chave simbólica

dos costumes, o registro do modo de pensar, a corporalidade do mundo em qualquer

sociedade, e o Brasil, marcado pelas desigualdades sociais, atribui valores diferentes aos

alimentos, conforme as classes sociais (MANÇO E COSTA, 2004).

OBJETIVOS

Geral

Analisar qualitativamente os hábitos alimentares de marisqueiras da localidade de

Gamboa, Ilha de Itaparica-BA,e sua relação com a existência de agravos a saúde.

Específicos

1. Analisar a frequência e consumo alimentar das pescadoras artesanais da

localidade de Gamboa, na Ilha de Itaparica-Ba.

2. Avaliar as medidas antropométricas da população estudada em Gamboa.

3. Identificar possíveis carências nutricionais das marisqueiras de Gamboa.

JUSTIFICATIVA

A transição nutricional corresponde às mudanças nos padrões alimentares e na

modificação da dieta da população e está vinculada a transformações sociais,

econômicas, demográficas e relacionadas à saúde. Estas mudanças alimentares

caracterizam-se basicamente pelo aumento do consumo de gorduras, açúcares,

alimentos refinados, embutidos e industrializados, alterações que desencadeiam agravos

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à saúde dos indivíduos. Dessa forma, o estudo sobre esse processo em marisqueiras da

localidade da Gamboa faz-se necessário para construção de mecanismos e estratégias

eficazes e factíveis para promoção da saúde da população, visto que as mesmas

relataram sobre os hábitos alimentares, a partir da adesão aos programas

governamentais de transferência direta de renda, e sobre seu estado de saúde.

Considerando que as marisqueiras exercem um papel imprescindível no ambiente

doméstico, por influenciar na qualidade da alimentação da família e ser responsável

pelos cuidados com a saúde, o resultado dessa investigação pode favorecer a adesão a

práticas alimentares saudáveis.

SUJEITOS DA PESQUISA

Participarão desse trabalho um grupo composto por aproximadamente dez

mulheres negras, marisqueiras, com faixa etária entre 35 e 60 anos, favorecidas por

programas governamentais, como o auxilio defeso e bolsa família, oriundas da

localidade de Gamboa, situada no município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, BA.

As mulheres negras representam 30% da população feminina do Brasil. Por razões

sociais ou de discriminação, elas têm menor acesso aos serviços de saúde de boa

qualidade, maior risco que as brancas de contrair e/ou morrer precocemente de

determinadas doenças. A hipertensão arterial é mais frequente, se inicia mais

precocemente e apresenta uma evolução mais grave na população negra. A diabetes tipo

II também é uma doença prevalente nessa população. As mulheres negras têm 50% a

mais de chances de desenvolver diabetes II que as mulheres brancas (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2005).

Por se tratar de uma comunidade litorânea, um percentual significativo das

famílias exerce a pesca e a mariscagem como atividades econômicas de subsistência,

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que além de ser uma fonte de renda é também uma fonte de alimentos. Os frutos do mar

(peixes, polvo, pinaúna, etc.) são alimentos centrais da dieta da população, contudo, os

auxílios governamentais proporcionam maior acessibilidade a outros gêneros

alimentícios, como os produtos industrializados, podendo alterar a rotina alimentar,

ainda que se mantenham os costumes alimentares regionais. Assim, o consumo

inadequado de determinados nutrientes pode favorecer o desenvolvimento e

complicações de doenças entre essa população.

METODOLOGIA

O presente trabalho tem caráter descritivo-analítico. As marisqueiras são o

público alvo do estudo e irão participar das ações de forma voluntária. As mesmas serão

convidadas a participar da pesquisa, quando será apresentado o método detalhadamente.

Diante da anuência à participação no estudo, as pescadoras artesanais assinarão um

termo de consentimento livre e esclarecido. Será aplicado um questionário, para

possibilitar a análise do estilo de vida, das condições patológicas, socioeconômicas e

culturais das mulheres, além do questionário de frequência alimentar (QFA), para

avaliação do consumo alimentar; a avaliação antropométrica será um parâmetro

utilizado para avaliação do estado nutricional e de acordo com todos os dados obtidos a

partir dos questionários e da antropometria será possível avaliar risco de saúde e

nutrição, bem como a adequação e inadequação alimentar. As atividades ocorrerão em

um período de seis meses e serão desenvolvidas por uma discente do curso de

Bacharelado em Nutrição (UFRB), sob a orientação de uma docente, e realizadas na

Associação Paraguaçu, situada no município de Vera Cruz, BA.

A partir da análise dos dados e dos resultados obtidos será construído um artigo

para divulgação acadêmica.

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INDICADORES/PARÂMETROS DE AVALIAÇÃO

A avaliação procederá de acordo com as informações sobre a história alimentar

pregressa e atual, obtidas através de questionário, e segundo a análise dos dados da

frequência alimentar e da avaliação antropométrica, sendo utilizado como parâmetros o

IMC, circunferência da cintura, circunferência do braço, relação cintura/quadril e

percentual de gordura para classificação do estado nutricional. Assim, será possível

avaliar a ocorrência de mudanças no consumo alimentar e a relação com o estado de

saúde relatado pelas marisqueiras durante as entrevistas.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:

ATIVIDADES Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6

Levantamento Bibliográfico X X X X X X

Apresentação do Projeto as Beneficiárias X X X

Aplicação do Questionário X X X

Aplicação do QFA X X X

Avaliação Antropométrica X X X

Análise das Informações e Redação do X X

Artigo

RECURSO MATERIAL:

MATERIAL UNIDADES VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL


Adipômetro 1 unidade R$ 790,50 R$ 790,50
Balança Digital 1 unidade R$ 50,00 R$ 50,00

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Classificador 25 unidades R$ 1,70 R$ 42,50
Clips 5 caixas R$ 2,00 R$ 10,00
Estadiômetro 1 unidade R$ 291,20 R$ 291,20
Fita Métrica 1 unidade R$ 15,00 R$15,00
Grampeador 1 unidade R$ 8,50 R$ 8,50
Grampo 5 caixas R$ 2,50 R$ 12,50
Impressora 1 unidade R$ 300,00 R$ 300,00
Papel A4 2 resmas R$ 11,90 R$ 23,80
TOTAL R$ 1.544,00

O Projeto não conta com apoio financeiro ou qualquer tipo de parceira, sendo

importante o apoio da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, através do

empréstimo de equipamentos necessários para coleta de dados.

RESULTADOS ESPERADOS

Como resultado das ações desse projeto, almeja-se identificar inconformidades

alimentares e contribuir para o esboço de um perfil do padrão da alimentação das

marisqueiras da Gamboa e sua relação com fatores que comprometem o estado de

saúde. Estas informações podem favorecer a promoção do conhecimento e adesão de

práticas alimentares saudáveis para o beneficiamento da saúde, bem como, contribuir

para melhorar as políticas públicas de educação em saúde relacionadas à alimentação.

RELAÇÃO ENSINO E PESQUISA

O ensino está relacionado com as ações que serão desenvolvidas por uma docente

do curso de Nutrição, um processo essencialmente ativo que envolve atitudes e práticas

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conducentes aos conhecimentos em saúde, obtidos ao longo da graduação. A pesquisa

está relacionada ao levantamento bibliográfico e análise dos métodos e das técnicas

mais indicadas para aplicação dos questionários, realização da antropometria, avaliação

dos resultados e classificação do estado antropométrico. A pesquisa é um instrumento

para facilitar o direcionamento e entendimento das ações, na busca da melhoria da

qualidade do processo de construção do conhecimento e para transformação da

sociedade, assim, esse estudo proporciona através da intervenção nutricional melhorias

na saúde e na qualidade de vida do público alvo.

CONSIDERAÇÕES ÉTICAS

Visando uma conduta ética, é de responsabilidade das pesquisadoras respeitarem

o pudor, a privacidade e intimidade do público alvo da pesquisa, que serão orientadas e

esclarecidas sobre a aplicação dos questionários e informações coletadas. Dessa forma,

a pesquisa se processará, somente, após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos,

sendo que as informações desta pesquisa serão confidenciais, e serão divulgadas apenas

em eventos ou publicações científicas, não havendo identificação das voluntárias.

Poderá existir constrangimento, por parte das marisqueiras, devido ao perfil

estético ou durante o relato sobre os hábitos alimentares. Com relação a esse aspecto, as

explicações detalhadas, transmitidas de forma clara sobre a pesquisa e seus objetivos,

além de orientações providas no momento da coleta dos dados e um melhor

conhecimento a respeito das pesquisadoras fazem-se necessários para minimizar esse

possível desconforto.

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REFERÊNCIAS:

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