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Enare

PROVA COMENTADA
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As origens do movimento de Reforma Sanitária aconteceram durante o período mais


repressivo de autoritarismo no Brasil, transformando a abordagem dos problemas de
saúde e constituindo-se na base teórica e ideológica de um pensamento médico-social:
a abordagem histórico-estrutural de problemas de saúde. Essa abordagem, para
analisar o processo de saúde e de adoecimento em uma determinada sociedade,
considera

a) A desigualdade de gênero e o enfrentamento das desigualdades sociais no modelo


médico-assistencial
b) A igualdade de direitos de acesso e a universalidade dos bens e serviços de saúde
c) A determinação da infraestrutura econômica na distribuição desigual das doenças
entre as classes sociais
d) A criação de redes de apoio filantrópicas e intervenções curativistas para população
carente
e) O modelo médico hegemônico como principal norteador de políticas de saúde para
construção desse novo pensamento sobre saúde

Comentário do especialista: Na organização do Modelo de Reforma Sanitária Brasileira


surge a consolidação de ações que priorizem todo o contexto social, levando em
consideração a necessidade local e a saúde pautada como direito de todos e dever do
Estado. Para tanto, os determinantes em saúde influenciam muito dentro deste processo de
saúde-doença, deixando claro que são instrumentos que estão ligados diretamente com a
saúde e que podem adoecer e causar algum dano ao bem estar daquela população. Neste
caso, um dos determinantes mais frágeis que encontramos no arcabouço epidemiológico é
a condição econômica, que está ligada diretamente a distribuição desigual de renda e
consequentemente aos novos padrões de adoecimento advindo da situação de
vulnerabilidade.

Em 1904, uma lei que regulamentava a vacinação contra a varíola no Rio de Janeiro serviu

de estopim para um grande levante que entrou para a história como Revolta da Vacina. O

confronto entre os revoltosos e as forças governamentais foi de tal monta que o governo

resolveu não votar a lei de obrigatoriedade da vacina. Com isso, uma das consequências

foi

a) Um menor índice de resistência da população à vacina nos próximos dois anos,

culminando em aumento da cobertura

b) A queda nos índices de vacinação com surgimento de surtos da doença, nos anos

posteriores, com milhares de vítimas na cidade


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c) A extinção das principais doenças epidêmicas da capital da república até 1906

d) A ampliação da abrangência territorial das ações de saúde para o interior do país

e) O fim das campanhas sanitárias como ação de controle de doenças endêmicas e

epidêmicas

Comentário do especialista: Dentro da história das políticas públicas de saúde há certos


entraves acerca do modelo de atenção à saúde em relação aos condicionantes e
determinantes em saúde e como a população se comporta frente a isso. Para tanto, em de
novembro de 1904, o Rio de Janeiro, então capital federal, foi palco da maior revolta urbana
que já tinha sido vista na cidade a chamada Revolta da Vacina onde teve seu início pela
insatisfação popular em razão de uma campanha de vacinação obrigatória contra a varíola
conduzida pelo sanitarista Oswaldo Cruz, com o seu modelo campanhista. Antes disso, existia
um movimento antivacina, onde grande parte da população era contra a todo tipo de
vacinação por acreditarem que a vacina era causadora de inúmeras doenças, além de
causar desequilíbrios no próprio corpo. Logo, com esse movimento antivacina tomando
dimensões gigantescas houve uma queda nos índices de vacinação com surgimento de
surtos da doença, nos anos posteriores, com milhares de vítimas na cidade e uma situação
epidemiológica totalmente descontrolada e com várias iniquidades sociais e assistenciais.

Na transição democrática e na constituição do Sistema Único de Saúde, entre 1985 e 1990,

foi convocada a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que deveria proporcionar elementos

para debate na futura constituinte. Nessa conferência, diferentemente das anteriores e

pela primeira vez, incluíram-se

a) Prestadores de serviços de saúde

b) Técnicos do setor de saúde

c) Usuários do sistema de saúde

d) Centrais sindicais

e) Fundações e entidades paraestatais

Comentário do especialista: Na história das políticas públicas em saúde, inicialmente, houve


um grande desarranjo no que tange aos modelos de proteção social e consequentemente
a voz que os usuários poderiam ecoar sobre essas questões de participação social e luta por
direitos dentro da saúde. Diante dessa necessidade de trazer pautas mais sociais e que
envolvessem mais o empoderamento do usuário frente aos caminhos de assistência à
saúde, foi convocada a 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), ressaltando uma voz social
e mostrando que a saúde é um direito constitucional e que deve ser garantida por meios de
ações do Estado e deve ser direto de todos/as sem distinção de idade, raça/cor, gênero,
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opção sexual, capital financeiro e entre outros. Portanto, esse direito deve ser ofertado e cabe
aos usuários por meio dos instrumentos de gestão, os conselhos e conferências, a
readaptação do modelo de saúde dentro do seus determinantes, salientando a importância
dessa participação social no que tange às políticas públicas setoriais.

O arranjo institucional do SUS prevê uma série de instâncias de negociação e


estabelecimento de pactos, envolvendo diferentes níveis gestores do sistema e diversos
segmentos da sociedade. Tal arranjo permite que vários atores – mesmo os não
diretamente responsáveis pelo desempenho de funções típicas da gestão dos sistemas
– participem do processo decisório sobre a política de saúde. Assim, é possível afirmar
que, na estrutura decisória e institucional do SUS, a representação dos gestores na esfera
MUNICIPAL se dá por meio do(a)

a) Conass
b) Comissão Bipartite
c) Comam
d) Cosems
e) Comissão Tripartite

Comentário do especialista: Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde – COSEMS,


são colegiados de Secretarias Municipais de Saúde e o seu coletivo de gestores municipais
de saúde em cada estado do país. Instituídos legalmente pela Lei 12.466/2011 que altera a
Lei 8080/90. É vinculado ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais-CONASEMS, sendo
responsáveis pela representação do ente municipal nas instâncias decisórias e consultivas
do SUS.

As bases legais sobre a participação social no SUS foram promulgadas em 1990 na Lei
Orgânica da Saúde (LOS). É importante registrar que a LOS foi editada após importantes
vetos do governo em uma atmosfera muito nebulosa quanto à efetivação das
conquistas constitucionais. A lei n° 8.080/90 reafirma, no seu artigo 7°, a participação
social como um princípio para o SUS e a lei n° 8.142/90, no seu artigo 1°, define que

a) O orçamento da seguridade social destinará ao Sistema Único de Saúde (SUS), de


acordo com a receita estimada, os recursos necessários à realização de suas
finalidades
b) As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) sejam deliberados pelo
conselho social de saúde
c) A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção fique a cargo do
conselho nacional de saúde
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d) Sem prejuízo das funções do poder legislativo, sejam criados os conselhos e as


conferências de saúde como forma de instituição de participação da comunidade na
gestão do SUS
e) A assistência às pessoas, por intermédio de ações de promoção, proteção e
recuperação da saúde, seja realizada sob fiscalização dos respectivos conselhos de
saúde

Comentário do especialista: A lei 8.142 de 1990 Dispõe sobre a participação da comunidade


na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais
de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. Em seu Art 1° O Sistema
Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em
cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes
instâncias colegiadas: I - a Conferência de Saúde; e II - o Conselho de Saúde.

O interesse cada vez maior pela vitamina E é devido, especialmente, às funções que esta,

desempenha no organismo como agente antioxidante, envolvido no retardamento do

envelhecimento e na proteção a doenças crônicas não transmissíveis. Diante do exposto,

é correto afirmar que a Vitamina E é o termo genérico utilizado para um grupo de

a) 5 compostos hidrossolúveis, os α, β, γ e δ tocoferóis e α tocotrienóis

b) 6 compostos lipossolúveis, os , β, γ e δ tocoferóis e α e β tocotrienóis

c) 7 compostos hidrossolúveis, os α, β, γ e δ tocoferóis e α, β e γ tocotrienóis

d) 8 compostos lipossolúveis, os α, β, γ e δ tocoferóis e α, β, γ e δ tocotrienóis

e) 10 compostos lipossolúveis, os α, β, γ e δ tocoferóis e os α, β, γ, ε e δ tocotrienóis

Comentário do especialista: A vitamina E, lipossolúvel, é composta por 4 cadeias α, β, γ e δ


de tocoferóis e 4 cadeias α, β, γ e δ de tocotrienóis, formando assim 8 compostos
lipossolúveis. Os tocoferóis possuem uma cadeia lateral saturada, enquanto os tocotrienóis
apresentam uma cadeia lateral insaturada, com três duplas-ligações.

É um transtorno alimentar que teve seu critério diagnóstico estabelecido mais

recentemente, sendo caracterizado por uma perturbação alimentar em que o indivíduo se

esquiva da comida devido às características dos alimentos, como textura, aparência, cor,

odor e temperatura, ou não apresenta interesse na comida. Há uma perda de peso

significativa ou fracasso em obter o ganho de peso esperado ou atraso de crescimento em

crianças. As deficiências nutricionais e a dependência de alimentação enteral ou de


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suplementos orais podem ocorrer. Além de uma dependência dos alimentos específicos

consumidos, incluindo não só o tipo de alimento como também de marcas,

comprometendo o estado nutricional, além da socialização. Qual é o transtorno em

questão

a) Anorexia nervosa

b) Bulimia nervosa

c) Transtorno de compulsão alimentar

d) Transtorno restritivo evitativo

e) Fagofobia

Comentário do especialista: O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) é um dos


transtornos alimentares inclusos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(DSM-5), e compromete geralmente, a alimentação da primeira infância. A principal
característica diagnóstica do TARE é a esquiva ou a restrição da ingestão alimentar
manifestada por fracasso clinicamente significativo em satisfazer as demandas de nutrição
ou ingestão energética insuficiente, por meio da ingestão oral de alimentos.

Lactente de 3 meses, com diagnóstico de refluxo gastroesofágico, não está sendo

amamentado por condição materna limitante. Diante do exposto, qual é a fórmula mais

indicada

a) Fórmula infantil de partida

b) Fórmula infantil de transição

c) Fórmula infantil com restrição de lactose, à base de aminoácidos livres e isenta de amido

d) Fórmula infantil anti regurgitação

e) Fórmula infantil de segmento

Comentário do especialista: Fórmulas pediátricas anti regurgitação são espessadas,


dificultando o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago e orofaringe. Desse modo, é a
conduta adotada para o tratamento dietoterápico do RGE.

Ao se instituir a terapia nutricional, diversos exames laboratoriais são monitorados na

rotina do paciente. Em pacientes críticos, é importante acompanhar os níveis séricos de

fósforo, já que a hipofosfatemia pode sinalizar uma certa condição. A progressão calórica
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deverá ser adiada quando os níveis de fósforo, potássio e magnésio estiverem baixos,

devido ao risco dessa mesma condição. O enunciado refere-se à qual das seguintes

condições

a) Síndrome de realimentação

b) Síndrome respiratória aguda grave

c) Síndrome metabólica

d) Síndrome hiperosmolar

e) Hiperglicemia grave

Comentário do especialista: A fisiopatologia da SR não é completamente conhecida, mas


sabe-se que ela pode ocorrer até 72 horas após o início da TN. Essa condição acomete
pacientes em jejum prolongado ou em situações catabólicas graves, decorrentes de algum
processo patológico. Nesse contexto, ocorre diminuição dos níveis de glicose e insulina
circulantes, levando a neoglicogênese. Ao reintroduzir a oferta nutricional, ocorre um rápido
aumento dos níveis de insulina, como resposta anabólica, fazendo com que haja a rápida
inserção de glicose e outros eletrólitos, como fósforo e potássio para o interior das células,
diminuindo seus níveis séricos, caracterizando a SR.

Em relação a pacientes com doença renal crônica terminal em terapia dialítica,


assinale a alternativa correta

a) Para adultos metabolicamente estáveis em hemodiálise, recomenda-se


ingestão proteica entre 0,8 e 1,0g/kg de peso ao dia
b) Em adultos em hemodiálise, o sobrepeso e a obesidade, com base no índice
de massa corporal, podem ser usado como um preditor de menor
mortalidade
c) Em adultos em hemodiálise, a albumina sérica pode ser usada como um
preditor de hospitalização e mortalidade, com níveis mais altos associado a
maior risco
d) Não há evidências suficientes para sugerir o uso de impedância bioelétrica
para avaliar a composição corporal em pacientes sob hemodiálise
e) Em adultos em hemodiálise, o índice de conicidade pode ser usado para avaliar
o estado nutricional e como um preditor de desnutrição proteica

Comentário do especialista: Apesar da obesidade ser um agravo crônico relevante, a


literatura atual aponta que valores mais elevados de IMC em pacientes com DRC em
diálise, especialmente hemodiálise, apresentam menores taxas de mortalidade. Esse
evento é descrito como epidemiologia reversa ou “paradoxo da obesidade”.
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