Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GASOSA
CAPÍTULO 1
1
Absorção
Operação de contato gás-líquido com o objetivo de recuperar um ou mais
componentes da mistura gasosa original, através de sua dissolução
preferencial no solvente líquido
Stripping ou Dessorção
Operação de contato gás-líquido cujo objetivo é dessorver um ou mais
componentes da mistura líquida original através da sua evaporação e
arraste para a fase gasosa
2
Somente o sentido da transferência de massa
Prof. Rui Domingues
Exemplos:
Absorção
• Remoção de CO2 e H2S em correntes gasosas
• Refino de óleos e vegetais: esgotamento de hexana do óleo bruto,
desacidificação de óleos
• Recuperação de voláteis: recuperação de etanol de fermentação
• Absorção e esgotamento de conservantes em sucos e bebidas
• Lavagem de amônia gasosa no ar utilizando água
Stripping
• Sistemas de recuperação de solventes
3
Prof. Rui Domingues
FUNCIONAMENTO DE TORRES DE
ABSORÇÃO
4
EQUIPAMENTO
TORRES DE ABSORÇÃO
5
Prof. Rui Domingues
EQUIPAMENTO
TORRES DE ABSORÇÃO
https://www.youtube.com/watch?v=YAgH7s5wAEA
Video 1
6
Prof. Rui Domingues
EQUIPAMENTO
TORRES DE ABSORÇÃO
7
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
8
Prof. Rui Domingues
9
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
a) b)
Fig. 1.4
10
a) Recheios colocados aleatoriamente e empilhados;
b) recheios estruturados Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
Recheio estruturado
11
Anéis de Pall
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
12
Alguns tipos de recheios aleatórios
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
Muitos são os tipos de materiais utilizados como recheio, desde sólidos triviais
até corpos de formas geométricas feitas de metais, plásticos, fibras, vidro e
borrachas.
13
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
14
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
RECHEIO (PACKING)
Tabela 1.1 - Características de recheios em torres de absorção
15
FP : fator de empacotamento (para a perda de carga)
fP - coeficiente relacionado à transferência de massa Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
CHANNELING
16
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
CHANNELING
17
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
CHANNELING
18
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
CHANNELING
19
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
A fricção da passagem dos fluidos pela torre gera queda de pressão durante a
operação de absorção. A queda de pressão em torres de absorção é dada por
diagramas, em função do recheio utilizado, do diâmetro da torre e dos fluxos
mássicos de líquido e gás
20
Fig. 1.7 – Queda de pressão em torre empacotada para sistema ar-água com recheio 1 in Intalox cerâmico
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
2. Ao se iniciar o fluxo de líquido Gx, a
queda de pressão tende a aumentar,
pois se reduz os espaços para
escoamento do gás.
ΔP in H2O/ft recheio
L dp
2 2 2
3d p no ponto onde a inclinação da
A inclinação da curva correspondente é 1,8 , curva Gx aumenta bruscamente
logo a relação é linear entre a queda de (loading point)
21
pressão e o fluxo mássico de gás
ΔP = 1,8 Gy
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
22
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
Correlações experimentais estão disponíveis para se obter a queda de pressão e o
fluxo de inundação em uma torre de absorção.
∆𝑃𝑓𝑙𝑜𝑜𝑑
=2 FP > 60 (1.2)
𝐿
http://www.youtube.com/watch?v=mnhUFyRPLt4
23
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
24
Fig. 1.8 Fluxo de gás de inundação para selas Intalox© cerâmicas ( sistema ar-água).
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
𝐺𝑦2 ∙ 𝐹𝑃 ∙ 𝜇𝑥0,1
∆𝑃 𝑖𝑛𝐻2 𝑂
𝑔𝑐 (𝜌𝑥 − 𝜌𝑦 )𝜌𝑦 𝐿
=
𝑓𝑡
𝐺𝑥 𝜌𝑦
𝐺𝑦 𝜌𝑥 − 𝜌𝑦
Gx e Gy = Fluxos de líquido e gás (lb/ft2.s)
μx = viscosidade do líquido (cP) Fig. 1.9 Correlação para queda de
ρx e ρy = densidades do líquido e gás (lb/ft3)
25
pressão em colunas empacotadas
𝑙𝑏𝑓∙𝑓𝑡
𝑔𝑐 = 32,174 2
𝑙𝑏∙𝑠 Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
𝐺𝑦2 ∙ 𝐹𝑝 ∙ 𝜇𝑥0,1
𝜌𝑦 (𝜌𝑥 − 𝜌𝑦 )
26
𝐺𝑦 𝜌𝑥 − 𝜌𝑦
ρx e ρy = densidades do líquido e gás (kg/m3) Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
𝐶𝑠 ∙ 𝐹𝑝0,5 ∙ 𝜈 0,05
𝐺𝑦 = 𝜗𝑦 𝜌𝑦
𝜌𝑦
𝐶𝑠 = 𝜗𝑦 (1.3)
𝜌𝑥 −𝜌𝑦
𝐺𝑥 𝜌𝑦
𝜗𝑦 = velocidade superficial do gás (ft/s) ∙
𝜌𝑦 = densidade do gás 𝐺𝑦 𝜌𝑥
𝜌𝑥 = densidade do líquido
= viscosidade cinemática do líquido (cS)
𝐹𝑝 = Fator de empacotamento (propriedade do recheio)
27
Fig. 1.10 – Correlação de Strigle para queda de pressão (1 in.H2O/ft = 817 Pa/m) – Recheios aleatórios
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
QUEDA DE PRESSÃO E FLOODING
𝜌𝑦
𝑣𝑦,𝑓 (m/s)
𝜌𝑥 −𝜌𝑦
Montz B1
𝐺𝑥 𝜌𝑦
=
𝐺𝑦 𝜌𝑥
Gempak
28
Mellapak vy,f = velocidade de inundação (ft/s)
Prof. Rui Domingues
TORRES DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DO DIÂMETRO DE COLUNA DE ABSORÇÃO
𝑀
𝑣𝑎𝑧ã𝑜
= 𝑇 = 𝐿2
𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑀
𝐿2 ∙ 𝑇
𝑄𝑦 𝜋 ∙ 𝐷𝑇2 (1.4)
=𝑆=
𝐺𝑦 4
29
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.1
Uma torre empacotada com recheio Intalox© cerâmico de 1 in foi construída
para tratar 25000 ft3/h de ar contaminado por amônia (5% em volume). Água
limpa é usada como absorvente. A temperatura do gás e da água é de 20 ºC,
a P = 1 atm. A razão entre os fluxos da corrente líquida e gasosa é 1,25 lb de
líquido/lb de gás
Para a torre operar com uma queda de pressão de 0,5 in de H20/ft de recheio,
qual será a velocidade mássica do gás e o seu diâmetro?
30
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
31
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
32
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
Em uma coluna de absorção as variações na composição são contínuas de uma
extremidade do equipamento a outra. Podemos destacar os balanços materiais:
Global sobre uma porção abitrária da torre:
𝐿𝑎 + 𝑉 = 𝐿 + 𝑉𝑎 (1.5)
Componente A sobre uma porção arbitrária da torre :
𝐿𝑎 𝑥𝑎 + 𝑉𝑦 = 𝐿𝑥 + 𝑉𝑎 𝑦𝑎 (1.6)
Global :
𝐿𝑎 + 𝑉𝑏 = 𝐿𝑏 + 𝑉𝑎 (1.7)
Global sobre componente A:
𝐿𝑎 𝑥𝑎 + 𝑉𝑏 𝑦𝑏 = 𝐿𝑏 𝑥𝑏 + 𝑉𝑎 𝑦𝑎 (1.8)
33
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
L.O.
𝑦𝑏 Composição
(𝑥𝑏 ; 𝑦𝑏 )
𝑦𝑖
Composição
(𝑥𝑖 ; 𝑦𝑖 )
𝑦𝑎 Composição
(𝑥𝑎 ; 𝑦𝑎 )
34
𝑥𝑎 𝑥𝑖 𝑥𝑏
x Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
L.O.
𝑦𝑏 Composição
(𝑥𝑏 ; 𝑦𝑏 )
𝑦𝑖
Composição
(𝑥𝑖 ; 𝑦𝑖 )
𝑦𝑎 Composição
(𝑥𝑎 ; 𝑦𝑎 )
35
𝑥𝑎 𝑥𝑖 𝑥𝑏
x Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
Traçando-se a Curva de Equilíbrio (C.E.) no mesmo gráfico, obtemos um
diagrama L.O. vs C.E.
A C.E. é uma relação direta entre as composições de equilíbrio de um dado
sistema a dada T e P.
A composição de um ponto sobre a C.E. é a
composição de equilíbrio entre as fases do sistema.
L.O.
𝑦𝑏 Logo verificamos que a distância vertical entre
dois pontos na L.O. e a C.E. é a força motriz
𝑦𝑖 para a transferência de massa neste ponto.
Ex.: 𝑦𝑏 − 𝑦𝑏∗ e 𝑦𝑎 − 𝑦𝑎∗
𝑦𝑏∗
y
A linha de operação deve ficar acima da
linha de equilíbrio durante a absorção, pois
𝑦𝑖∗ somente assim é obtida uma força motriz
𝑦𝑎
positiva (y-y*), promovendo a transferência
𝑦𝑎∗
de massa da fase gasosa para a líquida.
36
𝑥𝑎 𝑥𝑖 𝑥𝑏
x Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
𝐿
Note que na equação que descreve a L.O., 𝑉
𝐿 𝑉𝑎 𝑦𝑎 −𝐿𝑎 𝑥𝑎
𝑦= 𝑥 + (1.9) é o coeficiente angular da curva. Dessa
𝑉 𝑉
forma, alterando-se L e V, alteramos a
inclinação de L.O. e, consequentemente, a
força motriz à transferência de massa
L.O.
L.O.
C.E.
C.E.
y y
𝐿 𝐿
𝑉 𝑉
x x
Dessa forma, alterando L e V podemos ter diferentes L.O.
Veremos a seguir, que a posição relativa entre a L.O. e C.E. é importante, pois a
37
força motriz influencia diretamente na altura necessária da torre de absorção
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
𝐿
A razão é importante durante a avaliação econômica de uma torre de
𝑉
absorção
38
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
L.O.
L.O. L.O.
C.E. C.E. 𝑦𝑏
C.E.
𝐿 𝐿 𝐿
𝑉 𝑉 𝑉
39
𝑥𝑏∗
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
A absorção de um componente solúvel da fase gasosa faz o fluxo V diminuir e o
fluxo L aumentar com a altura percorrida na torre. Dessa forma, o coeficiente
𝐿
angular da L.O. 𝑉 não é constante, tornando a L.O. uma curva e não uma reta
Para soluções diluídas na entrada o efeito das mudanças nos fluxos totais
são desprezíveis. Dessa forma 𝐿𝑎 = 𝐿 = 𝐿𝑏 e 𝑉𝑎 = 𝑉 = 𝑉𝑏
𝐿
Dessa forma, o coef. angular 𝑉 assume um valor constante, e a linha de
operação se torna uma reta com inclinação:
𝐿 𝑦𝑏 −𝑦𝑎
= 𝑐𝑡𝑒 = (1.10)
𝑉 𝑥𝑏 −𝑥𝑎
𝑦𝑏 L.O.
Solução diluída:
Solução contendo menos de 10% de soluto
C.E.
𝑦𝑎
40
𝑥𝑎 𝑥𝑏 Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
BALANÇOS MATERIAIS
𝑦𝑏 L.O.
C.E.
𝑦𝑎
41
𝑥𝑎 𝑥𝑏 Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
Taxa de absorção:
𝑟 = 𝐾𝑦 ∙ 𝑎𝑒 𝑦 − 𝑦 ∗ (1.12)
𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙 𝑘𝑔𝑚𝑜𝑙
r = taxa de absorção por unidade de volume de recheio 𝑜𝑢
𝑓𝑡 3 ∙ 𝑚3 ∙𝑠
42
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
𝑚 1
, são as resistências à transferência de massa no filme líquido e gasoso,
𝑘𝑥 𝑘𝑦
respectivamente
m = inclinação da curva de equilíbrio do sistema
43
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
Coeficiente individual na fase líquida
1 2
−0,5
𝜇𝑥 ⋅ 𝑔 3 𝐺𝑥 3 𝜇𝑥 0,4
𝑘𝑥 = 0,0051 ∙ ∙ ∙ ∙ 𝑎𝑝 ∙ 𝐷𝑝 (1.14)
𝜌𝑥 𝑎𝑒 ⋅ 𝜇𝑥 𝜌𝑥 ∙ 𝐷𝐴𝐵,𝑥
𝑘𝑔
𝜇𝑥 = viscosidade do líquido 𝑚∙𝑠
𝑘𝑔
𝐺𝑥 = Fluxo mássico do líquido 𝑚2 ∙𝑠
𝑘𝑔
𝜌𝑥 = densidade do líquido
𝑚3
𝑚
𝑔 = aceleração da gravidade
𝑠2
𝑚2
𝑎𝑒 = área interfacial específica
𝑚3
𝑚2
𝐷𝐴𝐵,𝑥 = Coeficiente de difusão do soluto no líquido
𝑠
𝑚2
𝑎𝑝 = área específica do recheio (Total area tab. 1.1) 𝑚3
𝐷𝑝 = diâmetro característico do recheio* 𝑚
44
*Diâmetro de uma esfera com área igual a de uma partícula de recheio
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
Coeficiente individual na fase gasosa
0,7 −0,5
𝑎𝑝 ∙ 𝐷𝐴𝐵,𝑦 ∙ 𝐶1 𝐺𝑦 𝜇𝑦 −2
𝑘𝑦 = ∙ ∙ ∙ 𝑎𝑝 ∙ 𝐷𝑝
𝑅∙𝑇 𝑎𝑝 ∙ 𝜇𝑦 𝜌𝑦 ∙ 𝐷𝐴𝐵,𝑦 (1.15)
45
𝑚3
𝐷𝑝 = diâmetro característico do recheio 𝑚 Prof. Rui Domingues
Tamanho
nominal Dp (m)
Recheio
Diâmetro característico
In
½ 0,01774
Anéis de 1 0,0356
Rasching
1½ 0,0530
2 0,0725
½ 0,31622
Selas de Berl 1 0,0320
1½ 0,0472
46
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
área específica do recheio (recheios aleatórios)
0,75
𝜍𝑐
𝑎𝑒 = 𝑎𝑝 1 − 𝑒𝑥𝑝 −1,45 ∙ ∙ 𝑅𝑒 0,1 ∙ 𝐹𝑟 −0,05 ∙ 𝑊𝑒 0,2 (1.16)
𝜍𝑠
𝑚2
𝑎𝑒 = área interfacial específica
𝑚3
𝑚2
𝑎𝑝 = área específica do recheio (Total area tab. 1.1)
𝑚3
𝑁
𝜍𝑐 = Tensão superficial crítica do material do recheio
𝑚
𝑁
𝜍𝑠 = Tensão superficial do líquido
𝑚
47
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
área específica do recheio (recheios aleatórios)
0,75
𝜍𝑐
𝑎𝑒 = 𝑎𝑝 1 − 𝑒𝑥𝑝 −1,45 ∙ ∙ 𝑅𝑒 0,1 ∙ 𝐹𝑟 −0,05 ∙ 𝑊𝑒 0,2 (1.16)
𝜍𝑠
Números adimensionais:
Reynolds 𝐺𝑥
Forças inerciais vs viscosas 𝑅𝑒 =
𝑎𝑝 ∙ 𝜇𝑥
Froude
Forças inerciais vs gravitacionais 𝐺𝑥2 ∙ 𝑎𝑝
𝐹𝑟 = 2
𝜌𝑥 ∙ 𝑔
Weber
𝐺𝑥2
Forças inerciais vs superficiais 𝑊𝑒 =
𝜌𝑥 ∙ 𝜍𝑠 ∙ 𝑎𝑝
48
Prof. Rui Domingues
Tensão crítica do material (σc)
Material (N/m)
Carbono 0,056
Cerâmica 0,061
Vidro 0,073
Parafina 0,020
Polietileno 0,033
Polivinilclorido 0,040
Aço 0,075
49
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
TAXA DE ABSORÇÃO
𝐴 𝑇 = 𝑆 ∙ 𝑍 𝑇 ∙ 𝑎𝑒 (1.17)
50
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
−𝑉 ∙ 𝑑𝑦 = 𝑟 ∙ 𝑆 ∙ 𝑑𝑧
−𝑉 ∙ 𝑑𝑦 = 𝐾𝑦 ∙ 𝑎𝑒 ∙ 𝑦 − 𝑦 ∗ ∙ 𝑆 ∙ 𝑑𝑧 (1.18)
𝐾𝑦 ∙𝑎𝑒 ∙𝑆 𝑏 𝑦𝑏 𝑑𝑦
𝑎
𝑑𝑍 = 𝑦𝑎 𝑦−𝑦 ∗
(1.19)
𝑉
𝑉 𝑆 𝑦𝑏 𝑑𝑦
𝑍𝑇 = (1.20)
𝐾𝑦 ∙𝑎𝑒 𝑦𝑎 𝑦−𝑦 ∗
51
HOy NOy
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
𝑽 𝑺
Altura da unidade de transferência 𝑯𝑶𝒚 =
𝑲𝒚 ∙𝒂𝒆
Possui unidade de comprimento
𝒃 𝒅𝒚
Número de unidades de transferência (NUT) 𝑵𝑶𝒚 = 𝒂 𝒚−𝒚∗
Representa a mudança na composição do gás na coluna (dy) pela força
motriz média na coluna
Tem sentido análogo ao número de estágios ideais para se atingir uma
determinada operação (definição de estágios ideais vem logo a seguir)
52
de massa
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
53
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
54
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
𝑥𝑎 = 𝑥0 𝑦𝑎 = 𝑦1
𝑥3 𝑦4
Definição de estágio ideal:
Estágio 4 Em um estágio ideal, as correntes líquido e vapor
que deixam este estágio estão em equilíbrio
𝑥4 𝑦5
...
55
𝑦𝑁+1 = 𝑦𝑏
𝑥𝑁 = 𝑥𝑏 Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
𝑥𝑎 = 𝑥0 𝑦𝑎 = 𝑦1
𝒙𝟏 𝒚𝟐 𝑦𝑏 = 𝑦𝑁+1 L.O.
...
C.E.
Estágio 2
𝑦5 = 𝑦5∗
𝒙𝟐 𝒚𝟑
𝑦4 = 𝒚∗𝟒
Estágio 3
𝑦3 = 𝒚∗𝟑
𝒙𝟑 𝒚𝟒
𝑦2 = 𝒚∗𝟐
Estágio 4
𝑦𝑎 = 𝒚∗𝟏
𝒙𝟒 𝑦5
...
𝑥𝑎 = 𝑥0 𝒙𝟏 𝒙𝟐 𝒙𝟑 𝒙𝟒 ... 𝑥𝑏 = 𝑥𝑁
𝑥𝑁−1 𝑦𝑁 L.O.: Composição das correntes em um ponto qualquer na coluna
Estágio N C.E.: Composição das correntes de saída de cada estágio
(mesma cor = composições em equilíbrio)
56
𝑦𝑁+1 = 𝑦𝑏
𝑥𝑁 = 𝑥𝑏 Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Método de McCabe-Thiele
57
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Método de McCabe-Thiele Partindo do ponto 𝑥𝑎 ; 𝑦𝑎 da L.O.,
a leitura da composição do líquido
𝑦𝑏 = 𝑦𝑁+1 L.O. em equilíbrio com 𝑦1 é feita na C.E.
58
para que ocorra a separação desejada.
(6 estágios neste caso) Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Relação entre NUT e NTP
Como o escoamento das fases líquida e gasosa em uma torre de absorção
empacotada ocorre de forma contínua, podemos associar o Número de Estágios
Ideais (NTP) ao Número de Unidades de Transferência (NUT) da seguinte forma:
Por isso...
𝒁𝑻 = 𝑯𝑶𝒚 ∙ 𝑵𝑶𝒚
59
(1.21)
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Relação entre NUT e NTP
60
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
𝑦𝑏 − 𝑦𝑏∗ − 𝑦𝑎 − 𝑦𝑎∗
∆𝑦𝐿 = (1.23) ∆𝑦𝐿 é a força motriz média
𝑦𝑏 − 𝑦𝑏∗ em toda a altura da coluna
𝑙𝑛
𝑦𝑎 − 𝑦𝑎∗
61
L.O. L.O.
C.E. C.E.
L.O. e C.E.
retas paralelas
L.O.
C.E.
NTU = NTP
62
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
pode se utilizar:
𝐴 (𝑦𝑏 𝑦𝑎 ) 𝐴−1 +1
𝑁𝑂𝑦 = 𝑙𝑛 (1.25)
𝐴−1 𝐴
63
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
( yb yb* ) ( ya ya* )
ln * ln *
( y y a) ( y y b)
NTP a
(1.26) NTP b
(1.27)
( yb y a ) Equação ( yb* ya* )
ln * *
ln
b
( y y a)
de Kremser
b
( y y a
)
L.O. L.O.
C.E. C.E.
64
N = NTP = número de estágios ideais para L.O. e C.E. retas
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Desenvolvimento da equação de Kremser
Seja a C.E.
𝑦 ∗ = 𝑚𝑥 ∗ + 𝐵 (1.28)
Considerando o estágio n ideal:
𝑦𝑛∗ = 𝑚𝑥𝑛∗ + 𝐵 (1.29)
O balanço material em uma região compreendida entre o topo e o estágio n:
𝐿𝑛 𝑉𝑎 𝑦𝑎 −𝐿𝑎 𝑥𝑎
𝑦𝑛+1 = 𝑥 + (1.30)
𝑉𝑛+1 𝑛 𝑉𝑛+1
𝑦𝑛+1 = 𝐴 𝑦𝑛 − 𝐵 + 𝑦𝑎 − 𝐴𝑚𝑥𝑎
65
𝑦𝑛+1 = 𝐴𝑦𝑛 − 𝐴 𝑚𝑥𝑎 + 𝐵 + 𝑦𝑎 (1.33)
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Desenvolvimento da equação de Kremser
Para o estágio 2
(n=2):
𝑦3 = 𝐴𝑦2 − 𝐴𝑦𝑎∗ + 𝑦𝑎
𝑦3 = 𝐴 𝑦𝑎 1 + 𝐴 − 𝐴𝑦𝑎∗ − 𝐴𝑦𝑎∗ + 𝑦𝑎
𝑦3 = 𝑦𝑎 1 + 𝐴 + 𝐴2 − 𝑦𝑎∗ (𝐴 + 𝐴2 )
66
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Desenvolvimento da equação de Kremser
Generalizando para o n-ésimo termo
𝑦𝑛+1 = 𝑦𝑎 1 + 𝐴 + 𝐴2 + ⋯ + 𝐴𝑛 − 𝑦𝑎∗ (𝐴 + 𝐴2 + ⋯ + 𝐴𝑛 ) (1.35)
Para o estágio n=N
𝑦𝑛+1 = 𝑦𝑁+1 = 𝑦𝑏
𝑦𝑏 = 𝑦𝑎 1 + 𝐴 + 𝐴2 + ⋯ + 𝐴𝑁 − 𝑦𝑎∗ (𝐴 + 𝐴2 + ⋯ + 𝐴𝑁 ) (1.36)
Os termos entre parênteses são somas de séries geométricas.
(1−𝑟 𝑛 )
𝑠𝑛 = 𝑎1 1−𝑟
sn = somatório dos primeiros n termos da série
a1 = primeiro termo da série
r = razão entre um termo e seu anterior
Reescrevendo (1.36)
1−𝐴𝑁+1 1−𝐴𝑁
𝑦𝑏 = 𝑦𝑎 − 𝑦𝑎∗ 𝐴 (1.37)
1−𝐴 1−𝐴
A eq. (1.34) para o estágio N:
𝑦𝑏 = 𝐴𝑦𝑁 − 𝐴𝑦𝑎∗ + 𝑦𝑎 (1.38)
67
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE ABSORÇÃO
Desenvolvimento da equação de Kremser
A figura anterior nos mostra que 𝑦𝑁 = 𝑦𝑏∗ , assim, reescrevendo (1.38)
𝑦𝑎 = 𝑦𝑏 − 𝐴(𝑦𝑏∗ − 𝑦𝑎∗ ) (1.39)
Isolando os termos contendo AN+1 em (1.37)
𝐴𝑁+1 𝑦𝑎 − 𝑦𝑎∗ = 𝐴 𝑦𝑏 − 𝑦𝑎∗ + 𝑦𝑎 − 𝑦𝑏 (1.40)
Substituindo (𝑦𝑎 − 𝑦𝑏 ) de (1.39) em (1.40)
𝑨𝑵 𝑦𝑎 − 𝑦𝑎∗ = 𝑦𝑏 − 𝑦𝑎∗ − 𝑦𝑏∗ + 𝑦𝑎∗ = 𝑦𝑏 − 𝑦𝑏∗ (1.41)
68
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.2
Acetona é absorvida em uma coluna empacotada de uma mistura de ar
utilizando-se um óleo de absorção. O gás de entrada contém 30 %(molar) de
acetona, e o óleo de entrada é puro. 97% da acetona do ar é absorvida, e o
licor concentrado na base da torre deve conter 10 % (molar) de acetona.
A relação de equilíbrio é y*=1,9 x.
Plote a linha de operação e determine o número de estágios ideais pra esta
separação.
𝑦𝑏 −𝑦𝑎
Obs.: A aproximação 𝑟𝑒𝑐 = ou 𝑦𝑎 = (1 − 𝑟𝑒𝑐)𝑦𝑏 é razoável para situações
𝑦𝑏
onde a entrada gasosa é diluída. Em casos onde a solução gasosa é
concentrada, sabendo a composição de entrada, deve se obter a composição da
𝑚𝑜𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
saída com base em 𝑦𝑎 = 𝑚𝑜𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜+𝑚𝑜𝑙 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒
69
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.3
Uma corrente gasosa contendo 3% de A passa através de uma coluna
empacotada de 1 ft2 de secção transversal para remover 99% de A por
absorção com água, a 25 ºC e 1 atm. Os fluxos de gás e líquido são de 20
mol/ft2.h e 100 mol/ft2.h respectivamente. Os coeficientes de transferência de
massa e curva de equilíbrio são dados:
y* = 3,1x a 25ºC
kxa = 60 mol/ft3.h
kya = 15 mol/ft3.h
70
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.4
Uma coluna de absorção (ver figura) com área de secção transversal de 0,29
m2, contendo anéis de Raschig de ½ in é utilizada na recuperação de amônia
de uma corrente de ar. A coluna, que opera a 25 °C e 1, 0 atm, recebe uma
mistura ar-amônia (massa molar de 29 g/mol) com fração molar de 0,005 de
amônia a uma vazão de 20 mol/h. O gás estabelece contato com uma
corrente de água cuja vazão é de 20 mol/h. Nas condições praticadas,
considerando o recheio e o sistema ar-amônia sob pressão atmosférica, a
altura de uma unidade de transferência (HOy) é dada por:
𝐻𝑂𝑦 = 0,35𝐺𝑦 0,1 𝐺𝑥 −0,39 [Hoy] = m; [Gx] e [Gy] = kg/m2.h
A relação de equilíbrio é dada por: 𝑦 ∗ = 1,12𝑥, sendo p a pressão parcial de
amônia no ar e x é fração molar de amônia na fase líquida. Considerar L e V
constantes ao longo da coluna. Supondo o processo controlado pela etapa de
transferência de massa no filme gasoso e desejando um percentual de
recuperação de 75%, calcule a altura da coluna para uma operação com
fluxos contracorrentes.
71
Prof. Rui Domingues
72
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
EFEITO DA PRESSÃO
73
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
EFEITO DA PRESSÃO
74
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE ABSORÇÃO
LINEARIZANDO A L.O.
𝑚𝑜𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑥 𝑚𝑜𝑙 (𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒) 𝑚𝑜𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑋= = =
1 − 𝑥 𝑚𝑜𝑙 (𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒) 𝑚𝑜𝑙 𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑚𝑜𝑙 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒
−
𝑚𝑜𝑙 (𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒) 𝑚𝑜𝑙 (𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 + 𝑖𝑛𝑒𝑟𝑡𝑒)
𝑥 𝑦
𝑋= 𝑌=
75
(1.45) (1.46)
1−𝑥 1−𝑦 Prof. Rui Domingues
Assim basta plotar a L.O. no diagrama do tipo Y vs X
x y 𝒙 𝒚
𝑿= 𝒀=
𝟏−𝒙 𝟏−𝒚
0 0
0,01
0,02
0,03
...
E teremos
𝐿′ 𝑌𝑏 − 𝑌𝑎
= (1.47)
𝑉′ 𝑋𝑏 − 𝑋𝑎
Onde
L’ = taxa de líquido isenta de soluto = cte
V’ = Taxa de gás isenta de soluto = cte
76
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.5
A acetona é absorvida de uma mistura como ar, por um óleo não volátil, em
operação contracorrente. O gás de entrada contém 3,0% de acetona (base
molar) e o óleo de entrada está livre de acetona. Se 97% de acetona contida
no ar deve ser absorvida e o licor concentrado do fundo da torre deve conter 8
% de acetona (base molar).
a) Considerando que a linha de operação seja uma reta, qual seria o seu
coeficiente angular?
b) Caso a concentração de acetona na corrente gasosa passe a ser de 30%,
qual seria a nova inclinação da L.O.?
77
Prof. Rui Domingues
STRIPPING OU DESSORÇÃO
78
STRIPPING OU DESSORÇÃO
Em muitos casos, um soluto absorvido de uma mistura gasosa é dessorvido
em outra mistura líquida para se regenerar a solução absorvente.
Para se tornar as condições mais favoráveis para a dessorção, a temperatura
deve ser aumentada e/ou a pressão reduzida.
Os diagramas C.E. e L.O. na operação de stripping apresentarão a L.O.
abaixo da C.E.:
79
𝑥∗ 𝑥
x Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
C.E. C.E.
𝑦𝑎 = 𝑦𝑎∗
L.O.
L.O.
80
𝑥𝑎 Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
No caso da L.O. e C.E. serem retas, podemos determinar a taxa mínima de gás
como:
𝐿 𝑦𝑎∗ − 𝑦𝑏
= (1.48)
𝑉 𝑚í𝑛 𝑥𝑎 − 𝑥𝑏
C.E.
𝑦𝑎 = 𝑦𝑎∗
L.O.
81
𝑥𝑎 Prof. Rui Domingues
Fig. 1.12 – Esquema típico de colunas de absorção-dessorção
82
Prof. Rui Domingues
83
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
TAXA DE DESSORÇÃO
𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙 𝑘𝑔𝑚𝑜𝑙
r = taxa de absorção por unidade de volume de recheio 𝑜𝑢
𝑓𝑡 3 ∙ 𝑚3 ∙𝑠
x* = fração molar do soluto em equilíbrio na fase líquida
Kx = coeficiente global de transferência de massa, na fase líquida
𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙 𝑘𝑔𝑚𝑜𝑙
ou
𝑓𝑡 2 𝑚2 𝑠
kx = coeficiente individual molar de transferência de massa para fase líquida
𝑙𝑏𝑚𝑜𝑙 𝑘𝑔𝑚𝑜𝑙
2 ou 2
𝑓𝑡 𝑚 𝑠
𝑎𝑒 = área interfacial específica, que é uma característica do tipo de recheio
𝑓𝑡 2
𝑓𝑡 3 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑜
84
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
TAXA DE DESSORÇÃO
1 1 1
= + (1.50)
𝐾𝑥 𝑘𝑥 𝑚 ∙ 𝑘𝑦
Novamente:
1 1
e, são as resistências à transferência de massa no filme líquido e gasoso,
𝑘𝑥 𝑚∙𝑘𝑦
respectivamente
m = inclinação da curva de equilíbrio do sistema
85
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE STRIPPING
𝐿 𝑆á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑥
𝑍𝑇 = ∙ = 𝐻𝑂𝑥 ∙ 𝑁𝑂𝑥 (1.51)
𝐾𝑥 ∙𝑎𝑒 𝑥−𝑥 ∗
O número de estágios ideais nos casos onde L.O. e C.E. são retas não
paralelas:
86
𝒔= = (1.53)
𝑨 𝑳
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE STRIPPING
𝑥𝑎 − 𝑥𝑏
𝑁𝑂𝑥 = (1.54)
∆𝑥𝐿
∆𝑥𝐿 é a força motriz média
em toda a altura da coluna
𝑥𝑏 − 𝑥𝑏∗ − 𝑥𝑎 − 𝑥𝑎∗
∆𝑥𝐿 = (1.55)
𝑥𝑏 − 𝑥𝑏∗
𝑙𝑛
𝑥𝑎 − 𝑥𝑎∗
87
Prof. Rui Domingues
PRINCÍPIOS DE DESSORÇÃO
CÁLCULO DA ALTURA DE UMA TORRE DE STRIPPING
𝑆 (𝑥𝑎 𝑥𝑏 ) 𝑆−1 +1
𝑁𝑂𝑥 = 𝑙𝑛 (1.56)
𝑆−1 𝑆
88
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.6
Amônia é dessorvida de uma solução aquosa diluída por contato
contracorrente com ar em uma coluna. A relação de equilíbrio é 𝑦 ∗ = 0,8𝑥 ∗ e
quando o fluxo de ar é 1,5 vezes o fluxo da solução líquida, 90% de amônia é
removida.
a) Qual o numero de estágios ideais necessários para essa separação?
b) Supondo que esta coluna tenha sido construída com 7 pratos perfurados,
qual é a eficiência de cada prato?
89
Prof. Rui Domingues
EXERCÍCIO 1.7
Um líquido absorvedor deve recuperar 99% da amônia presente numa
corrente ar + NH3, utilizando água pura como solvente. A corrente gasosa tem
20% molar de amônia e a temperatura da operação de absorção é mantida
constante (30 ºC), empregando uma serpentina de resfriamento para remover
o calor liberado na dissolução do soluto na água. A pressão de operação é de
1,0 atm. Para uma vazão molar de líquido 40% maior que a MÍNIMA capaz de
promover essa separação, qual o Número Global de Unidades de
Transferência na fase gasosa?
x y
0 0
0,004 0,006
0,0308 0,0462
0,0406 0,0609
0,0503 0,07545 Relação de equilíbrio a 30 ºC
0,0735 0,11025
0,0871 0,13065
0,099 0,1485
0,118 0,177
90
0,15 0,225
Prof. Rui Domingues
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sistemas absorção e stripping podem ser operados como colunas
empacotadas ou colunas de pratos perfurados
91
Prof. Rui Domingues
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vantagens coluna empacotada
• Pequenas colunas recheadas (D < 2,0 m) são mais baratas;
• Vários tipos de recheios: materiais inertes com boa resistência química e
compatíveis com líquidos corrosivos;
• Boa eficiência (recuperações elevadas) com baixa queda de pressão e
adequadas para operar com vácuo;
• Podem operar com fluidos que formam espumas;
92
Prof. Rui Domingues
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vantagens coluna de pratos perfurados (sieve-tray collumn)
• A etapa de limpeza dos pratos é mais simples;
• Alguns tipos de recheio (mais baratos: plásticos) têm baixa resistência
mecânica (podem danificar ou quebrar);
• Podem operar com taxas/fluxos de líquidos maiores, como consequência
uma operação mais econômica;
• Operação com valores baixos de taxas/fluxos de líquido menos
problemática que coluna recheada.
93
Prof. Rui Domingues
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os equipamentos mais usuais para absorção são as torres de pratos e torres
recheadas.
De uma maneira geral as torres recheadas são recomendadas quando o
sistema é corrosivo, viscoso e com tendência a formação de espuma, e o
projeto exige baixo ΔP, pequenos diâmetros (DT < 4ft) e elevados números
de estágios.
As torres de prato por sua vez são recomendadas quando o sistema exige
limpezas constantes, e o projeto exige diâmetros maiores (DT > 4ft),
consideráveis taxas transferência de calor e maior flexibilidade de vazões ou
taxas de líquido e gás.
94
Prof. Rui Domingues
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de uma torre empacotada segue os seguintes passos:
• Escolha do recheio
• Determinação do diâmetro
• Avaliação da perda de carga
• Determinação de todas as vazões e composições das correntes de
entrada e saída
• Determinação dos coeficientes globais de transferência de massa
• Determinação do número de estágios ideais, Números de unidades de
transferência e Altura de Unidade de transferência
• Determinação da altura de recheio na coluna
• Determinação da área total de transferência de massa
• Determinação das taxas mínimas de solvente e/ou gás de arraste na
operação
95
Prof. Rui Domingues
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Alguns princípios devem ser lembrados no projeto:
• A torre deve ser projetada para operar na região de carga loading (40 a
80% do flooding). Isto determina uma área considerada ótima para uma
eficiência máxima.
96
coluna. Caso contrário usar recheio estruturado.
Prof. Rui Domingues
A lista de exercício
devem fazer
97
Prof. Rui Domingues