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Compactação dos solos:
- Introdução;
- Ensaios de Compactação;
- Curvas de Compactação;
- Compactação de Campo.
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Introdução
Nas situações em que as características mecânicas dos solos em suas condições naturais não
atendam às propriedades de um projeto, há a necessidade de melhoria das características
desses solos concernentes ao projeto.
A compactação é um processo que visa melhorar as propriedades do solo através da redução
dos seus vazios pela aplicação de pressão, impacto ou vibração, além disso torna o maciço
mais homogêneo.
Esta operação resulta no aumento da massa específica aparente do solo.
Com diminuição dos vazios, espera-se uma tendência de redução da variação dos teores de
umidade, da compressibilidade, da permeabilidade e aumento da resistência ao cisalhamento.
Solo não-compactado
Solo compactado
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Introdução
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Introdução
é um processo de estabilização de solos utilizado em
Compactação
diversos tipos de obras de engenharia.
Aterros rodoviários
O solo é o próprio material resistente ou de construção.
Barragens de terra
M .H .Ng.Nc
Ec
V
Onde, M a massa do soquete, H a altura de queda do soquete, Ng o número de golpes por
camada, Nc o número de camadas e V o volume de solo compactado.
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Introdução
Compactação e consolidação
Durante o processo de compactação dos solos, o seu teor de água mantém-se praticamente
constante, sendo esta característica frequentemente referida como a principal diferença entre
a compactação e a consolidação de solos.
Na consolidação também se deseja a redução do índice de vazios e da compressibilidade dos
solos.
Entretanto, esse objetivo é conseguido, fundamentalmente, à custa da expulsão da fase
líquida, havendo uma apreciável alteração do teor em água dos solos argilosos durante o
processo.
A consolidação está frequentemente associada a processos relativamente lentos, provocados
pela atuação de uma solicitação estática e contínua, que dá origem à aproximação
progressiva das partículas, ao mesmo tempo que se verifica o escoamento (expulsão) da fase
líquida.
Pelo contrário, a compactação é geralmente entendida como um processo rápido, com a
aplicação de cargas variáveis no tempo, através do qual se procura alterar a estrutura do solo,
de forma a criar um novo tipo de arrumação das partículas.
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Introdução
1,7
rd (kg/m³)
1,6
1,5
1,4
1,3
14 16 18 20 22 24 26
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W (%)
Introdução
Curva de Compactação
Nesta curva pode-se observar que existe um ponto (teor de umidade) em que a densidade do
solo é máxima.
Esses valores são denominados de teor de umidade ótimo (wótimo) e massa específica aparente
seca máxima (rdmáx).
1,8
𝝆
𝝆 𝒅=
1,7 𝟏+𝒘
rdmax
rd (kg/m³)
1,6
1,5
1,4
1,3
14 16 18 20 Wot 22 24 26
W (%)
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Ensaios de Compactação
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
O ensaio conhecido como Proctor Normal (AASHTO Standard) consiste em compactar uma
amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com aproximadamente 1000 cm³, em três camadas
sucessivas, sob a ação de 26 golpes de um soquete, pesando 2,5 kg, caindo de 30 cm de
altura.
O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada um deles,
a massa específica aparente seca. Com os valores obtidos traça-se a curva rd versus w.
Para o traçado da curva é conveniente a determinação de aproximadamente 5 pontos,
procurando-se fazer com que dois deles se encontrem no ramo seco, um próximo à umidade
ótima e outros dois no ramo úmido.
O ensaio pode ser realizado com ou sem reuso do material.
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Preparação da amostra NBR 6457
a) Preparação com secagem prévia até a umidade higroscópica;
b) Preparação a 5% abaixo da umidade ótima presumível;
No caso da amostra apresentar material retido na peneira 4,8mm, passar o mesmo na peneira
de 19,1mm, com o objetivo de desmanchar os torrões eventualmente ainda existentes, sem
forçar exageradamente, de forma a evitar a quebra de grãos.
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Preparação da amostra NBR 6457
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
13
Ensaio de compactação (NBR - 7182)
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Handle
colar
guia
cilindro
soquete
base
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
1ª CAMADA
Papel filtro
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Ensaio de compactação (NBR - 7182)
1ª CAMADA
2ª
escarificação
Papel filtro
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Ensaio de compactação (NBR - 7182)
2ª CAMADA
3ª
escarificação
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Após a compactação o molde é removido da base para que o conjunto seja pesado e se
possa determinar sua massa específica.
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Determinação do teor de umidade de solo retirado do topo, do meio e da base da amostra
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Energia de compactação
Energia
Características inerentes a cada
Cilindro energia de compactação Normal Intermediária Modificada
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Energia de compactação
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Curvas de Compactação
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Compactação de laboratório
M
V
Massa específica aparente seca:
M
d
1 w V 1 w
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Ensaio de compactação (NBR - 7182)
Compactação de laboratório
O procedimento para a compactação dos solos visa obter, para um dado solo e esforço de
compactação, o mesmo volume V para diferentes teores de umidade. Assim, traça-se a curva
de compactação, determinando-se a partir dela o teor de umidade ótimo (Wot) e a massa
específica aparente seca máxima (rdmax).
1,8
1,7
rdmax
rd (kg/m³)
1,6
1,5
1,4
1,3
14 16 18 20 Wot 22 24 26
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Curvas de Compactação
Compactação de laboratório
1,6
A curva de compactação não
deve estar posicionada à
1,5 direita da curva de vazios
sem ar ou curva de
1,4 saturação, sob nenhuma
circunstância
1,3
14 16 18 20 Wot 22 24 26
W (%)
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Curvas de Compactação
Compactação de laboratório
Para um dado solo, compactado com o mesmo método, quanto maior for a energia de
compactação, maior será a rdmáx e menor a wot.
Modificado
rd
Intermediário
Sr=100%
Normal
W (%)
O lugar geométrico dos vértices das curvas obtidas com diferentes esforços de compactação é
chamada de linha de ótimos.
A linha dos ótimos separa os ramos secos e dos úmidos das diversas curvas de compactação.
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Curvas de Compactação
Compactação de laboratório
Valores típicos
Solos argilosos – Wot : 27 a 35% e gdmax: 14 a 17 kN/m³valores baixos para gdmax e curvas
abertas
Solos siltosos – Wot : 19 a 27% e gdmax: 16 a 23 kN/m³ - valores intermediários;
Areias com predregulho bem graduadas – W ot : 3 a 10% e gdmax: 20 a 27 kN/m³
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Curvas de Compactação
RESUMO
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Curvas de Compactação
PORQUE???????
CURVA DE COMPACTAÇÃO:
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
γd
Wh
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
FINOS – COESIVOS
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
FINOS – COESIVOS
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
FINOS – COESIVOS
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
FINOS – COESIVOS
PORQUE?????
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
FINOS – COESIVOS
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
INFLUÊNCIA DA ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
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Compactação de Campo
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Curvas de Compactação
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
PROPRIEDADES DO SOLO COMPACTADO
Permeabilidade
k --> w
kmín wót
Compressibilidade
Função da umidade
solos compactados no ramo úmido são mais compressíveis
TEORIA DA COMPACTAÇÃO
PROPRIEDADES DO SOLO COMPACTADO
• Energia
onde:
E = energia aplicada ao solo por unidade de volume
P = peso do soquete
L = altura de queda do soquete
n = no. de camadas
N = no. de golpes a cada camada
V = volume do cilindro
Proctor normal --> E = 5,72 kgf·cm/cm3
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Curvas de Compactação
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Curvas de Compactação
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Curvas de Compactação
Ex:
Se para uma camada de 10 cm => N passadas do rolo
Camada de 20 cm => 4N passadas
Camada de 30 cm => 9N passadas
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Curvas de Compactação
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Curvas de Compactação
Espessura da Camada:
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Curvas de Compactação
Processo de Compactação:
Compressão (pressão): A compressão consiste na aplicação de uma força (pressão) vertical,
oriunda do elevado peso próprio do equipamento, obtendo-se a compactação pelos esforços
de compressão gerados na massa superficial do solo
Vibração: consiste numa força vertical aplicada de maneira repetida, com frequências
elevadas, superiores a 500 golpes por minuto. Isto significa que à força vertical se soma uma
aceleração produzida por uma massa excêntrica que gira com determinada frequência.
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Curvas de Compactação
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EQUIPAMENTOS PARA COMPACTAÇÃO
ROLO PÉ DE CARNEIRO
O nome vem do uso que os antigos romanos faziam dos carneiros para compactar as
suas estradas. As manadas de carneiros passavam por cima dos aterros até que se
chegava ao grau de compactação considerado suficiente.
Desvantagens:
- a camada superior de material solto pode agir como uma esponja quando chove e
retardar a compactação
- o material solto dificulta a movimentação das unidades de transporte, aumentando os
tempos de ciclo
- os rolos pé de carneiro só trabalham a velocidades baixas. Nos rolos pé de carneiro
(não vibratórios), a compactação é decorrente da compressão estática e do
amassamento.
ROLO VIBRATÓRIO
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Compactação em campo
Controle de compactação
d campo
GC x 100
d lab
Não sendo atingida a compactação desejada, a qual não deverá ser inferior a determinado
valor do grau de compactação (fixada pela especificação adotada), o material será revolvido
e recompactado.
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Compactação em campo
Controle de compactação
Frasco de areia ABNT NBR 7185
Executa-se um furo de 10 cm de diâmetro por 15 a 20 cm de altura, retirando-se
cuidadosamente o solo, e determina-se o peso úmido (P) do material que ocupava. O volume (V)
do furo, a priori não se conhece. Para o cálculo da massa específica seca (rd), resta a
determinação deste volume.
A diferença de peso, antes e depois do enchimento do furo observada no frasco de areia,
dividido pela massa específica seca da areia (rd), fornece o volume V procurado.
Fonte: http://www.solocap.com.br/detalheensaios.asp?
idcod=FRASCO%20de%20AREIA%20(DENSIDADE%20IN61
%20SITU)
Compactação em campo
Controle de compactação
Frasco de areia ABNT NBR 7185
Antes da utilização Depois da utilização
P1 - Peso do frasco + cone + areia P4 - Peso do frasco + cone + areia
Pc - Peso da areia contida apenas no cone P5 = P1 – P4 = peso da areia contida no furo e no cone
gdareia – Peso específico da areia
O volume do furo escavado:
P2 – Peso do solo úmido retirado do furo
𝑷𝟓 − 𝑷 𝒄
w% – teor de umidade 𝑽=
𝜸 𝒅 (𝒂𝒓𝒆𝒊𝒂)
𝑷𝟑
𝜸𝒅=
𝑽
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Fonte – adaptado de Barbosa, P.S.A, DEC/UFV)
CONTROLE DE COMPACTAÇÃO – Frasco de areia
Compactação em campo
Controle de compactação
Método do amostrador (ABNT NBR 9813 - Determinação da massa específica)
O amostrador é um cilindro oco, com a parte inferior em bisel e cujas dimensões internas são
conhecidas, permitindo o cálculo do volume V. O amostrador é cravado no solo por percussão,
retirando-se a amostra cujo peso úmido é P. Conhecendo-se o teor de umidade da amostra,
calcula-se o peso seco da amostra e determina-se diretamente gd campo.
Este processo tem a vantagem de trabalhar com a amostra não perturbada, o que daria maior
precisão ao método.
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Exercício:
1) Os dados de laboratório para um ensaio Proctor normal estão relacionados abaixo.
Determine a curva de compactação, o peso específico seco máximo e o teor de umidade
ótimo.
2) Com base nos dados acima e após o ensaio do cilindro, para verificação da compactação de
campo, obteve-se os seguintes dados:
Peso do solo úmido: 35,87 N
Volume do cilindro : 1837,97 cm3
Teor de umidade da amostra: 16,2%
Pergunta-se, qual o grau de compactação do solo?
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Exercício:
3) Os dados a seguir são resultado de um ensaio de determinação em campo do peso
específico por meio do método de frasco de areia:
Massa específica seca calibrada da areia Ottawa = 1570 kg/m3
Massa calibrada de areia Ottawa necessária para encher o cone = 0,545 kg
Massa do frasco + cone + areia (antes da utilização) = 7,59 kg
Massa do frasco + cone + areia (após a utilização) = 4,78 kg
Massa do solo úmido retirada do furo = 3,007 kg
Teor de umidade do solo úmido = 10,2 %.
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O ENSAIO CBR
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O ENSAIO CBR
Cilindro (Califórnia) grande: diâmetro = 152 mm; altura total = 177,8 mm; disco
espaçador com altura = 50,8 mm; altura efetiva = 127 mm
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O ENSAIO CBR
O ensaio é composto por três etapas:
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O ENSAIO CBR
Curvas – CBR 5 ou 3 Pontos
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O ENSAIO CBR
PROCTOR NORMAL
PARA ESTUDO DO SUBLEITO
PROCTOR INTERMEDIÁRIO
PARA ESTUDO DAS CAMDAS DE:
REFORÇO DO SUBEITO
SUB-BASE
BASE
PROCTOR MODIFICADO
PARA ESTUDO DOS MATERIAIS DA CAMDA DE BASE
Referências Bibliográficas
Barbosa, P.S.A. Notas de Aula. UFV: Curso de Engenharia Civil, 2009.
Ortigão, J.A.R. Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. 3ª ed. Rio
de Janeiro. LTC.2007.
Pinto, C.S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. 3ª ed. Oficina de Textos. 2006.
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