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PICOS – PIAUÍ
2021
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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CAMPUS PROF. BARROS ARAÚJO - CPBA
CURSO: BACHARELADO EM JORNALISMO
DOCENTES: DR. LUCIANO S. FIGUEIREDO E
DRA. JANAÍNA ARAGÃO
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À PESQUISA EM COMUNICAÇÃO
PICOS – PIAUÍ
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2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................04
7. RÁDIOS PICOENSES..................................................12
7.1 Cidade Modelo FM.......................................................12
7.2 Difusora FM..................................................................13
7.3 Ondas AM e FM............................................................15
8. TV PICOS.....................................................................15
9. REFERÊNCIAS............................................................15
10. ENTREVISTAS……..……………………………..................17
10.1 BOLETIM DO SERTÃO…………………………………...17
10.2 CIDADE MODELO………………………………………….19
10.3 CIDADE MODELO………………………………………….21
10.4 ENTREVISTA - CHAGAS DE SOUSA…………………...24
11. REFERÊNCIAS……………………………………………….29
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1. INTRODUÇÃO
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locais e regionais de forma online. Muitos picoenses não sabem a história do
jornalismo da cidade e acabam excluindo algumas mídias pela falta de
conhecimento.
Portanto, este trabalho tem como objetivo apresentar a história do jornalismo
em Picos, visando a informação desde os primórdios jornalísticos na cidade
picoense até os dias atuais, explicando a importância de todas as mídias existentes
na cidade e concluir que uma não exclui a outra, pelo contrário, continua cada uma,
tendo a sua importância nesse processo de comunicação.
Não se sabe ao certo a origem do jornalismo nem qual foi o primeiro jornal do
mundo, mas os historiadores atribuem ao lendário imperador Júlio César, sua
invenção. Foi em Roma, em 59 a.C., que o general e comandante demonstrou ser
também um competente ‘marqueteiro’: para divulgar suas conquistas militares e
informar o povo sobre a expansão do império, visando uma eficiente propaganda
pessoal, César criou a “Acta Diurna”, o primeiro jornal de que se tem notícia.
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Para escrevê-la, surgiram os primeiros profissionais de jornalismo do mundo,
chamados “Correspondentes Imperiais”. Como não existiam tecnologias de
impressão no império, a Acta era publicada em grandes placas brancas de papel e
madeira (tipo outdoor). Eram expostas nas principais praças das grandes cidades.
As mensagens levavam dias para chegarem aos seus destinos. Os textos eram
transportados a pé ou a cavalo, e quando era apresentado ao povo, as notícias já
eram velhas. Mesmo assim, atraíam a população. Sendo uma publicação oficial, era
natural que a Acta Romana fosse parcial. Não publicava notícias negativas, nada de
derrotas do exército romano, muito menos escândalos envolvendo pessoas públicas
e aliados do imperador.
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Já o primeiro jornal impresso em território nacional foi o Gazeta do Rio de
Janeiro que deu início em sua circulação a partir de 10 de setembro do mesmo ano.
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O jornal do Piauí foi fundado em 30 de setembro de 1951 por Antônio de
Almendra Freitas. O diretor responsável era o jornalista José Chaves e na falta
deste, exercia a função Deoclécio Dantas, então diretor executivo. O jornal atuante
por décadas na imprensa piauiense já não existe mais. Está finito, mas suas antigas
edições podem ser encontradas no Arquivo Público do Estado do Piauí.
Muita gente sabe que existem os meios de comunicação, mas não sabem
como eles surgiram, não conhecem a história desses meios. A própria humanidade
necessita desse requisito, da memória e precisamos lembrar ao povo e mostrar que
existiu uma memória no passado de veículos que iniciaram a sua trajetória e estão
hoje aí e outros já não estão mais, e que precisam ser vistos, lembrados e
reconhecidos.
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A história do jornalismo picoense teve início no ano de 1910 quando surgiu o
primeiro jornal na cidade, “O Aviso”, sendo trazido por Urbano Eulálio que na época
era promotor de justiça. Nele, eram produzidas notícias locais com informações
também da região. Posteriormente, em 1913, é datado o surgimento do jornal “O
Rebate”, mas infelizmente, não foi possível conseguir fotografias ou maiores
informações acerca desses momentos marcantes para a solidificação do jornalismo
na cidade de Picos.
Após chegar a Picos, começam a ser escritos os primeiros jornais na cidade,
que por sua vez, ainda eram tipográficos, ou seja, eram escritos letra por letra. Por
falta de patrocínios para manterem os jornais funcionando, eles acabavam tendo
pouco tempo de existência. Em sequência, foram fundados os jornais estudantis, por
dr. Ozildo Albano de Macêdo. Posteriormente surge o jornal “Mandacaru” que na
época já era com sistema mais moderno.
Logo surgem as inovações tecnológicas, e por conseguinte, os jornais oficiais.
O “Jornal de Picos” é o primeiro jornal oficial a ser fundado, em junho de 1982, feito
em sistema standard (jornal produzido no tamanho normal que conhecemos) com
circulação quinzenal. Foi fundado por um grupo de intelectuais (Erivan Lima, Odorico
Carvalho, Gilson Chagas, Miguel), ou seja, eram pessoas que faziam comunicação
por prazer, não tinham como se manter, pois a cidade era pequena.
Infelizmente o grupo não deu sequência ao jornal e passou para outro grupo
de pessoas que era ligadas a igreja, posteriormente apenas o Brian Rufino deu
prosseguimento ao Jornal de Picos, com isso ele passou a ser um jornal regional.
Durante a década de 80 até o ano 2.000, surgiram outros jornais na cidade, como o
Folha Atual, A Voz do Povo, A Gazeta de Picos, O Correio de Picos, mas o único
jornal local que ainda circula de forma quinzenal é o Folha Atual. Os outros jornais
se transformaram em jornais virtuais através de sites, que hoje é quem dão as
informações em tempo real na cidade de Picos.
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existiu a "Rádio Sertão”, que era uma espécie de alto-falante localizados no Mercado
Público de Picos.
Todos os jornais impressos de Picos eram produzidos em Teresina. Os
jornalistas da capital do mel colhiam as informações e mandavam para a capital,
para que pudessem ser produzidas as matérias. Vale ressaltar que as notícias
antigamente demoravam em torno de 15 dias para serem divulgadas por causa da
demora. Caso a notícia estivesse errada o jornal seria rasgado e teria que ser feito
novamente o mesmo processo. Em seguida foram utilizados corretivos e depois os
computadores.
Antigamente não tinha editores específicos para falar sobre pautas
específicas. As notícias eram pré-determinadas. Hoje, não precisa ir até a capital
para fazer jornal impresso, é só passar a pauta por e-mail ou rede social, que o
redator monta a notícia e em seguida divulga. Em Picos pode-se encontrar
impressoras que fazem os jornais tabloides (jornal pequeno, metade do jornal
standard).
Um dos pioneiros no jornal impresso em Picos foi João Tibúrcio (pai do dr.
Gerardo Dantas e na época era professor) e Urbano Eulálio (quem trouxe o primeiro
jornal impresso para Picos em 1910). Dos profissionais, Ozildo Batista (que era
jornalista na ocasião), Erivan Lima (um dos primeiros jornalistas de Picos), Gilson
Chagas (hoje escritor e professor da UnB), José Maria Barros (dono do portal
picoense Informa Picos), Otílio Rodrigues (hoje, economista e na época editor de
jornal).
Com a chegada dos portais, o jornal impresso sofreu por causa da
globalização, por conseguinte, sofreu também com a chegada da rádio (chegou
primeiro com os alto-falantes). A diferença entre o jornal impresso e o rádio é que o
primeiro vira documento (obrigatoriamente) e rádio só virá documento se gravar
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importância dessa comunicação na web, o jornalista e professor Evandro Alberto
criou em setembro de 2001 um site noticioso denominado “Jornal do Riachão”.
Em 2002, em decorrência da carência de laboratório e de acesso aos meios
tradicionais de comunicação para veicular a prática jornalística dos alunos, Evandro
muda a sede do portal para Picos, que até então era em Monsenhor Hipólito, sua
terra natal. O nome do portal surgiu para homenagear o Rio Riachão que corta a
cidade de Monsenhor Hipólito e deságua no Rio Guaribas, em Picos.
Ainda em 2002, o webmaster (profissional que gerencia as tarefas de um web
designer) Rogério Bezerra sugeriu melhorias para o site, inclusive na parte visual.
Uma das contribuições dele para o site foi a mudança do nome para Riachão Net.
Hoje, o site conta com Genilson Rodrigues (repórter fotográfico e arte finalista),
Maria Moura e Romário Mendes (repórteres), colaboração dos jornalistas João
Paulo Leal e Dionísio Teixeira e na coordenação do portal: Evandro Alberto, Renan
Nunes e Rogério Bezerra.
Passados 18 anos, o portal é líder de acessos na grande região de
Picos, sendo a maior referência no webjornalismo do sertão piauiense.
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850 KHz, 1,0 KW e Rádio Grande Picos – FM, 94,5 MHz, 5,0 KW. Cada emissora
procura atingir um público distinto, direcionando sua programação para segmentos
específicos, sem renunciar o objetivo primeiro da Rádio que é a audiência.
A Rádio Difusora de Picos Ltda – AM é a pioneira do Sistema (julho de 1979).
Tem programação de serviços (avisos, notas, editais, etc.) dentro de roteiros
musicais que valorizam a música romântica / popular de sucesso no passado.
A Rádio Grande Picos Ltda – AM é mais musical. Programação eclética à
base de forró, brega e axé music, atinge o público jovem e tem grande aceitação na
zona rural.
A Rádio Grande Picos Ltda – FM (Grande FM) é a mais ouvida de toda a
macrorregião de Picos. Sua programação é formada por profissionais locais e da
capital de Fortaleza, com um musical pop de alto nível, mesclando todos os ritmos e
informações relevantes, atingindo todas as classes sociais.
Aproximadamente 60 municípios do Sul / Sudeste do Piauí e alguns estados
limítrofes (Ceará, Bahia, Pernambuco), possuem penetração das ondas das rádios.
7. RÁDIOS PICOENSES
7.1. Cidade Modelo FM
Localizada na praça João de Deus Filho, Centro, Picos, começou a operar na
cidade picoense em fevereiro de 1989, sendo a primeira emissora em frequência
modulada do Centro Sul do Piauí. É de propriedade da família Barros Araújo (Abel
de Barros Araújo) e teve como primeiro diretor o radialista Francisco Antônio da
Silva (Tontonho Silva), da fundação até 2007, ano da sua morte, sendo ele o
principal incentivador dos proprietários para a fundação da empresa.
Com 31 anos de existência, tem uma programação diversificada que atende
todos os gostos musicais e pessoas das mais diferentes faixas etárias, sendo o
carro chefe da programação, o “Jornal 95” apresentado das 12h até às 13h.
Possui site próprio, podendo ser acessado de qualquer lugar do Brasil e do
mundo, cobre um raio de mais de 100 km, chegando a cerca de 40 municípios da
macrorregião. Seu atual diretor é o advogado Joaquim Rocha Cipriano.
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7.2. Difusora FM
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30 anos da rádio (2009)
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7.3. Ondas AM e FM
TV PICOS
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projeto começou a ser elaborado ainda no ano de 2002. Após a elaboração, o
projeto foi entregue ao Governador do Estado, Wellington Dias, logo após ele
assumir o governo do estado em 2003.
Depois de um árduo trabalho nos bastidores, somente três anos após a
entrega do projeto ao governador o sonho de uma TV em Picos se tornava
realidade, entrava no ar através do canal 13 a TV Picos, a primeira emissora de
televisão do centro sul do Piauí. Após a inauguração houve a contratação da equipe
que era bastante reduzida, contando com a colaboração dos 17 estagiários do curso
de comunicação da UESPI, eles trabalham nas mais diversas ocupações de uma
emissora.
No dia 15 de novembro de 2005, foi ao ar o 1.º Telejornal da emissora,
intitulado “Picos Notícia”. O jornalista Erivan Lima, foi convidado pela direção da
Fundação Antares para ser o editor-chefe e apresentador do Picos Noticias 1.ª
Edição''. Depois de quase dois anos à frente do Picos Noticia 1.ª edição, o jornalista
Erivan Lima foi designado pela direção da Fundação Antares, para colocar no ar o
segundo telejornal da TV Picos. Em junho de 2007, ele assumiu o cargo de editor-
chefe e a função de apresentador do Picos Notícia 2.ª Edição. Atualmente, o Picos
Noticia - 1.ª Edição é apresentado pela Jornalista Sheila Fontenele, também
investida do cargo de editora-chefe.
A TV Picos - Canal 13 é dirigida, desde sua inauguração, pelo Jornalista e
Advogado Odorico Carvalho, um dos idealizadores do projeto. Odorico Carvalho
criou e apresentou por cinco anos, desde novembro de 2009, o Programa Odorico
Carvalho, um programa feito no meio da rua que buscou prestigiar todas as
manifestações culturais da macrorregião e do Estado. Em 2017, voltou ao ar o
Programa Canta Piauí, já apresentado em 2009. Agora sob o comando da jornalista
Bruna Ravena, o programa dedica-se à divulgação da música e dos artistas
piauienses mediante a veiculação de clipes e entrevistas.
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10. ENTREVISTAS
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passado, décadas passadas, e aí ficou o boletim do sertão que passou a funcionar
efetivamente no dia 30 de março. Eu comecei na verdade em 16 de março, já tava
publicando algumas postagens específicas no instagram do boletim, eu entendo
nesse momento do jornalismo colaborativo as mídias sociais as redes sociais, são
eu acho 50% né, nada substitui o trabalho do jornalista em si de ir a campo fazer a
matéria e vivenciar, mas nesse momento as redes sociais elas são
importantíssimas, por isso eu passei a atualizar tentando gerar aí um engajamento
né, e aí nesse quase 1 ano, caminhando aí pra 1 ano por enquanto nós temos a
média de 4493 seguidores, que eu vou sempre monitorando acompanhando como
que tá, os comentários e tudo, pra mim é o carro chefe é o que puxa pro site, eu não
tento criar texto pro instagram porque o instagram não é mídia de texto, não adianta
você escrever 20 linhas o instagram não é pra isso, no máximo 7 linhas ali e remeto
o link até o site, para que as pessoas acessem porque é no site que tem as
informações mais completas, e aí eu criei o boletim uma proposta de só não
entrevistar as autoridades eu queria muito fazer matéria relacionadas a economia,
negócios, empreendedorismo, falar com as pessoas comuns também, as pessoas
que não tem aquele destaque na sociedade mas merecem, mereciam ter esse
destaque, é fazer matérias desse tipo, e eu até no período da pandemia que por
sinal ainda está em vigor, no auge aí com esse número de mortes absurdo é eu
sempre andei muito por aí até me arrisquei bastante é em dá uma volta, em
caminhar procurando notícias, porque eu entendo que o ideal é realmente você
fotografar e acompanhar o acontecimento, entrevistar as pessoas diretamente, no
período da campanha eleitoral foi um período muito interessante do ponto de vista
de matéria, principalmente no poder judiciário, com a leitura de todos aqueles
documentos, recomendações e tudo com relação ao coronavírus, com as infrações
relacionadas, a legislação eleitoral e comecei muito nessa empolgação, e confesso
que já nos últimos meses meu site já tem caído muito no factual tem ido muito pro
lado realmente na política, polícia.”
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10.2 ENTREVISTA (1°) - CIDADE MODELO - WELLINGTON MOURA
“A rádio cidade modelo, ela começou a operar em Picos, em fevereiro de 1989 e foi
a primeira emissora com frequência modulada, do centro sul do Piauí hoje com 32
anos de fundação, ela é da propriedade da família Barros Araújo, o Abel de Barros
Araújo, Antônio de Barros Araújo, Raimundo de Barros Araújo sendo os dois últimos
já falecidos e portanto passando essa partes para seus filhos os herdeiros, ele teve
como primeiro diretor o jornalista Francisco Antônio da Silva mais conhecido como
Totonho Silva, e ele foi o diretor da emissora desde a fundação até maio de 2007 o
ano da sua morte, ele foi assim, principal assim incentivador dos proprietários para
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que se fundasse uma rádio com frequência modulada aqui na cidade que até em
então, o ano de 89 só existia apenas AM, então ele tinha esse sonho levou a ideia
para os proprietários, e foi adquirido essa concessão dessa emissora que foi um
marco para a cidade de Picos, e no decorrer desses 32 anos a FM cidade modelo
sempre se sobressai como líder de audiência em diversas pesquisas já realizadas
por diversos institutos e nós temos uma programação bastante diversificada, que
atende a todos os públicos, a todos os gostos, tocamos todos os estilos musicais,
me recordo por falar em estilo musical em que no início da fundação a música
sertanejo por exemplo ela era um pouco discriminada, FM por exemplo, até nos
anos início 90, não se tocava sertanejo em rádio FM, mas essa visão é esse quadro
foi mudando e hoje a predominância mais é da música sertaneja, muito forte, esse
ritmo musical, nós temos aqui o jornal 95 que ele existe desde a fundação da
emissora, fundado desde o início, e foi apresentado até o ano de 2007 o ano de sua
morte, pelo jornalista Totonho Silva, alguns anos ele apresentou sozinho, depois
entrou a jornalista Fátima Miranda que dividiu a bancada com ele por muitos anos, e
diversos outros jornalistas já passaram, o Marcos André o Rair Junior, e hoje a
bancada é composta pelos jornalistas Jonas Rocha e Bruna Raquel, nós temos essa
programação voltada para atender todos os gostos, todos os públicos, a emissora
hoje é dirigida pela uma pessoa da família, dos proprietários que é genro de um dos
proprietários, o diretor geral hoje é o Joaquim Rocha Cipriano que dirige a emissora,
nós cobrimos o raio de 100km chegando a 40 municípios da macrorregião de Picos.”
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TV que você tá vendo e ouvindo, ou então você acessa na internet, e aqui em Picos
ou você vai escutar rádio ou acessar no portal aqui, então as pessoas quando ligam
na rádio de Picos eles querem ouvir coisas de Picos, coisas locais, porque se eu
quero ouvir, saber de coisas internacionais ou nacionais eu vou na TV ou na
internet, porque tem todos os ângulos da notícia ali, porque eles têm as tecnologias,
têm todos os melhores profissionais do Brasil, então esse é foco, foco do jornalismo
nosso é local. (Pergunta sobre o jornal 95 e o programa fantasia comandado pelo
fundador Totonho Silva) Ele fundou o jornal, e é um dos fundadores da rádio, ele
não era dono da rádio, a rádio é do pessoal de Abel, os irmãos de Abel, a família de
Abel, e Totonho era o diretor da rádio, administrava a rádio, porque Abel era político,
médico, não tinha tempo pra tá cuidando disso, e Totonho era quem cuidava,
administrava a rádio.”
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que o jornalismo feito na cidade de Picos está em igualdade com as grandes
cidades, como Teresina e os grandes centros, a gente percebe a diferença do
município que tem o curso de jornalismo e um que não tem, a forma de fazer
jornalismo e todos os meios de comunicação são totalmente diferentes,
profissionalizados, e a questão da ética, a questão de como tratar a notícia, de
diferenciar o que é uma notícia e o que não é, a gente sabe que você acessar um
site porque hoje todos os municípios têm portais de notícias, quando o portal é feito
por jornalista é totalmente diferente de um site que não é feito por um jornalista
então a tecnologia nos ajudou muito a evoluir e também a questão jornalística
porque nos deu questão da facilidade, de buscar as notícias, tivemos aí a questão
da pandemia, a pandemia fez com que a gente é, passa-se a usar ferramentas que
até então a gente tinha um certo preconceito porque a gente sabe que fazer
jornalismo vai muito além de estar cara a cara com a fonte, a fonte pode dizer uma
notícia por telefone, na cara a cara, e você frente a frente ali, e ela não tem a
coragem de dizer aquela informação daquela forma ou você como jornalista vai
poder e perceber que a fonte está mentindo, mas e com a questão da pandemia,
isolamento, os profissionais e as fontes também sem querer expor ao vírus, a
possibilidade do vírus, a gente passou a usar ferramentas como o WhatsApp, muito
importante, barata e que tem ajudando muito grande as informações porque, aqui
em Picos a gente sabe que tem alguns profissionais que são escassos,
infectologista, não são muitos infectologistas que temos aqui em Picos e que fala
sobre vírus, então isso, essas ferramentas tecnológicas possibilitou que a gente
fosse buscar profissionais em Teresina, você precisava saber quantas doses seriam
destinadas para Picos, é pra você falar por telefone, uma autoridade para entrar em
conexão do Estado já é mais difícil, geralmente ele vai está em reunião, e vai falar
pra secretária para a agendar um horário, por o WhatsApp não, ele responde
quando ele pode, você manda uma manda uma pergunta e ele responde quando
pode, você faz uma lista de perguntas e manda pra ele, quando ele tem um
tempinho ali depois do almoço ou em casa, e você usa, então isso nos ajudou
bastante essa parte tecnológica, é também as enquetes, a população, a questão de
ouvir as opiniões sobre as medidas de contenção ao vírus, a gente fez enquetes
todos os dias no jornal, utilizando essas ferramentas simples baratas e rápidas, que
foi perguntar, “o que você tá achando dos decretos, você é a favor dos decretos?”
Se identifique, mande um áudio aí de 30 segundos, de onde você está falando, isso
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tem uma rapidez e uma dinâmica muito grande a notícia e ao jornalismo, temos
essas facilidades da tecnologia e temos também as dificuldades porque é como eu
te falei, você fazer jornalismo olhando cara a cara, fazer uma entrevista olhando cara
a cara pra fonte, você faz uma pergunta e coloca essa fonte contra a parede, você
vai sentir o que ela sentiu em relação a qual foi a reação dela aquela pergunta, isso
é a parte cortante positiva, de você fazer uma entrevista frente a frente à fonte,
quando você manda uma série de perguntas pelo WhatsApp você já não vai ter esse
sentimento, não vai perceber a reação, que ela vai receber as perguntas vai achar
que foi perguntas fortes e que foram perguntas que até as vezes deixou ela um
pouco constrangida mas ela vai ter tempo pra responder na hora que quiser, pensar,
avaliar, e vai responder a melhor resposta e perde essa parte com as tecnologias,
quando você não tem o contato direto com a fonte ,mas todas as ferramentas e
todas as estratégias tem seu lado forte e seu lado fraco, então tem tudo isso que
precisa analisar.”
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10.4 ENTREVISTA - FRANCISCO DAS CHAGAS DE SOUSA
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era o tipográfico, depois começaram os jornais estudantis, Dr Ozildo Albano de
Macedo, na época de estudante criou o seu jornal no Marcos Parente, e
posteriormente nós temos informação do jornal, mandacaru, que era uma
jornalzinho, naquela época já era mais moderno, eu não me recordo o nome do
equipamento que se utilizava para fazer a reprografia desses informativos, era feito
por um sistema datilográficos e por um sistema de carbono, fazia as multiplicações
desses informativos e distribuía na cidade.
Temos informação do jornal feito pelo projeto Rondon, que eu não me recordo o
nome, se era o mandacaru, e em seguida começou os jornais oficiais, o primeiro
jornal oficial, chama-se o jornal de Picos, que foi fundado em julho de 1982, esse já
era um sistema, já standard que era um jornal normal, 27:54 o tamanho dele, e com
circulação quinzenal. Quem fundou esse jornal? Foi um grupo de intelectuais
formado pelo Erivan Lima, Orivan Carvalho, Gilson Chagas, o Miguel, era pessoas
que fazia a comunicação por prazer naquela época, não tinha como se manter, era
cidade pequena e um comércio ainda pequeno e que não tinha a visão de fazer com
que a comunicação fosse algo suficiente, algo sustentável financeiramente, pouco
tempo depois não deu sequência ao jornal, e passou para um outro grupo que foi
com o José Venâncio, o Dudé, Brás Rufino, e outro grupo de pessoas que já eram
mais ligados à igreja, passaram uma temporada depois o Brás Rufino e deu
procedimento ao jornalismo e ela já se tornou um jornal mais regional atuando aqui
na nossa região, depois do Brás Rufino, o jornal de Picos, por Kennedy Braga,
depois passou por outros grupos e chegou até a gente. Hoje aqui, administramos e
somos detentores do Jornal de Picos, nós transformamos o jornal, uma fusão entre
os jornais, Vale do Guaribas, que era de minha propriedade, e o jornal, a Tribuna de
Picos, que era de Tony Borges, então juntamos os três, e fundamos o Jornal de
Picos, e os associados, ele permanência até o período da era digital, na década de
2000 pra cá, ele tornou a ser só portal, e o Jornal de Picos, ainda existe hoje na
cidade, os arquivos do jornal de Picos estão no poder de Ozildo Batista de Barros
que é um outro articulador que sempre deslumbrou também a manutenção dos
veículos impressos, no decorrer desse período na década de 80,90 até 2000, surgiu
vários outros jornais, surgiu o jornal a Folha Picoense a Gazeta de Picos, surgiu a
Voz de Picos, jornal Folha Atual, Povo, Correio de Picos, e hoje nós temos a
informação ,de muitos jornais que tá circulando de forma quinzenal ou esporádica
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que não tem uma periodicidade firme, é o jornal Folha Atual, então é o jornal que
circula local, os outros jornais se transformaram em jornais virtuais através de sites,
esses sites hoje dão as informações em tempo real na cidade de Picos.
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onde vinha toda a distribuição das notícias, essa notícia ia para Teresina, chegava
lá, ia para o sistema de computador master, onde fazia todo as impressões em
tirinhas, depois ele colava em outra folha diagramação, já no espaço padrão, depois
ia para um processo de filme, depois colocado sobre uma chapa de alumínio para
transmitir aquela impressão que estava no papel, depois faria a impressão dos rolos
bem grandes onde você faria a impressora de uma máquina que chamávamos de
ofsete avançada, que fazia a publicação, a impressão dos jornais, vinha dobradinho
encadernado, empacotava e trazia pra Picos no dia seguinte, para circular no outro
dia, iniciou com dois dias depois diminuiu para um dia, chegava às 5 da manhã
passava o dia todo trabalhando, a noite você fazia a impressão, no outro dia
amanhecia em Picos, era sofrido, hoje as coisas já são em tempos reais. O primeiro
que trouxe o jornal impresso para Picos, em 1910, foi o Urbano Eulálio, era promotor
de justiça, era o maior legista de Teresina e chegando aqui ele implantou o veículo
de comunicação. Ozildo Batista, advogado, era jornalista na época, Erivan Lima foi
um dos primeiros jornalistas de Picos, Gilson Chagas que é escritor e professor, hoje
mora em Brasília, professor da UNB, nós temos outras pessoas que atuaram e
trabalharam, o Zé Maria trabalhou desde o início no jornal de Picos, José Maria
Barros, tem o jornal Informa Picos, um dos pioneiros aqui na cidade, tem outro que
trabalhou aqui, Otílio Rodrigues economista, foi editor na época que eu entrei, Tony
Borges prefeito de Geminiano é fundador, quando eu cheguei essa turma já estava,
eu cheguei em 1977 no jornal de Picos, como chefe de distribuição, quem fazia a
distribuição dos jornais entregando os jornais de casa em casa, em julho de 87 eu
passei para letras em Araripina e Tony Borges era o editor, Otílio tinha ido embora
pra São Paulo, Tony Borges era repórter e passou a ser editor, Tony descobriu que
eu estudava com ele e me ofereceu uma vaga de repórter, depois eu comecei a
trabalhar como repórter e nunca mais parei, em 88 eu fui ser editor do jornal
Guaribas que era de Socorro Costa, que funcionou apenas 1 ano e meio, em 91
trouxe o jornal o Dia de Teresina, depois montei o Folha Semanal do Diário do Povo,
em 93 ou 94 eu assumi a direção comercial do jornal de Picos, que o Kennedy Braia
comprou, depois em 95 eu criei o jornal o Vale do Guaribas, e aí surgir outros jornais
e aí veio,Tribuna de Picos que era de Tony Borges, depois veio Gazeta Popular que
era de Erivan Lima depois teve a folha picoense que era de Erivan Lima também.
Qual é a diferença entre o rádio e o jornal impresso? É que o jornal impresso vira
documento, o rádio só viraria documento, se gravar, documentar, aí ele vira
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documento, caso contrário não, o jornal obrigatoriamente ele já é um documento, é
o registro da história, já está através do jornal impresso, quando você tira o jornal
impresso a história desaparece.”
11. REFERÊNCIAS
28
https://www.educamaisbrasil.com.br/cursos-e-faculdades/jornalismo/noticias/como-
surgiu-o-jornalismo
https://images.app.goo.gl/4cMuYEEtMyk7sWVn6
https://images.app.goo.gl/b2Daned5ALSoWGSTA
https://images.app.goo.gl/i5Wz5JHgPiiZW1UT7
http://www2.picos.pi.gov.br/picos129anos/
https://pt.wikipedia.org/TV_Picos
https://images.app.goo.gl/TUAmx9WY1136JwRB8
https://images.app.goo.gl/r3owhCSaPsQyF9keA
https://images.app.goo.gl/2oFz3nsFxW3qiBRe8
https://images.app.goo.gl/pV2QkxeyN5Bajm886
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