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1 Assim diz o senhor ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações
ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fe-
charão.2 Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e des-
pedaçarei as trancas de ferro; 3 dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que
saibas que eu sou o senhor, o deus de Israel, que te chama pelo teu nome. 4 Por amor do meu servo
Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te pus o sobrenome, ainda que não me
conheces. 5 eu sou o senhor, e não há outro; além de mim não há deus; eu te cingirei, ainda que não
me conheces. 6 para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há
outro; eu sou o senhor, e não há outro. 7Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o
senhor, faço todas estas coisas.
INTRODUÇÃO:
Boa noite, gostaria muito de citar outra coisa em minha introdução, mas hoje uma pessoa que ouviu
uma mensagem no facebook me fez uma pergunta:
Ele disse: Pr. Marcos preciso de sua ajuda. Ele se referiu as duas opiniões que estão dividindo o país
nesse momento. Ele gostaria de saber qual a melhor escolha?
Se é melhor um isolamento horizontal ou um isolamento vertical. Pois segundo ele existem dois gru-
pos que defendem com afinco essas posições. Ele me perguntou em quem deve confiar?
Ele disse que não se vê agora um debate técnico com argumentos técnicos sobre o que vai causar
menos danos? Há interesses que nem sabemos por trás de tudo e ele me pergunta novamente: Em
quem confiar?
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Eu acho horrível. Mas, no meio de uma crise de saúde conseguiram colocar uma crise política.
Em quem confiar?
NARRAÇÃO
Assim como nesse momento histórico que vivemos aqui no texto lido encontramos o povo de Deus
passando por grandes dificuldades, os inimigos e os problemas eram muitos, o que fazer? A quem re-
correr?
Estamos diante de uma profecia onde Deus fala a Ciro, chamando-o de ungido, alguém que seria gui-
ado por Deus para abalar as nações da terra. E fala ao povo que iria para o cativeiro.
Deus abriria os caminhos para a passagem de Ciro, lhe daria riquezas ocultas, em todas as obras fei-
tas diante de seus olhos Ciro deveria saber que só existe um único e verdadeiro Deus.
Por amor ao seu povo Deus iria fazer de Ciro um instrumento de libertação e ainda que Ciro não o co-
nhecesse como Deus Ele é o único Deus e criador de todas as coisas.
CONTEXTUALIZAÇÃO:
O propósito de Isaías era lembrar ao povo de Deus da relação especial que eles tinham com Deus co-
mo membros da nação de Israel, a nação do pacto.
Assim Isaías estava procurando levar de volta o povo de Deus a uma relação de obediência a Deus.
Em meio a seus problemas, frente ao poderio militar de seus inimigos Judá e todo o povo se viam en-
curralados, o que fazer diante de exércitos tão poderosos?
Todas as nações do mundo conhecido estavam caindo sob o domínio da Assíria. Em quem confiar?
Lembra da pergunta que me foi feita? Em quem confiar?
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A mensagem do texto está ligada à ação de Deus na história, utilizando seus instrumentos para
proporcionar o bem ao seu povo.
Para eles, havia esperança. Para a pessoa que me fez a pergunta anteriormente relatada também. E
para nós? Por isso meus irmãos partindo do texto eu quero falar a vocês sobre:
PORQUE CONFIAR EM DEUS?
Há valiosas lições para nós, voltando os nossos olhos a porção lida eu digo que devemos confiar em
Deus porque:
1- PORQUE O SENHOR É O ÚNICO DEUS.
Versículos 5 e 6. 5 Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda
que não me conheces. 6 Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim
não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro.
Desde o capítulo 40 Deus está falando diretamente com o povo, mas quando se inicia o capítulo 45
Deus parece mudar abruptamente de interlocutor e passa a falar com Ciro.
Mas ainda que estas palavras sejam dirigidas a Ciro a sua mensagem é para o povo de Deus.
Deus se dirige a Ciro, o rei persa, que vinha de uma cultura politeísta e acreditava na existência de
uma dualidade, um deus do bem e se opondo a ele um deus do mal.
Todas as vitórias e conquistas que Ciro atribuía a Marduque, na realidade eram fruto do poder do Se-
nhor. Era Ele a mão forte que usava Ciro para conquistar reinos e destronar reis.
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Ciro julgava que seus deuses e sua mão forte faziam tremer os reinos da terra, não sabia ele que
verdadeiramente toda a sua obra era na verdade obra do Senhor que tinha em Ciro o instrumento utili-
zado para cumprir o propósito de Deus.
Mas bem mais do que serem dirigidas a Ciro as palavras de Isaías se dirigiam ao povo de Judá que
tantas vezes deixara a Deus e buscara e servira a outros deuses.
Por quase toda a Escritura encontramos o povo escolhido por Deus virando-lhe as costas e buscando a
outros deuses. Encontramos esse povo confiando em reis e nações ímpias como solução para os seus
problemas.
O livro do Êxodo nos relata que o Senhor libertou o povo da escravidão no Egito com grandes e mara-
vilhosos feitos, conduzido-os pelo meio do mar Vermelho a pé enxuto, guiados durante o dia por uma
coluna de fumaça e a noite por uma coluna de fogo, sinal da presença constante de Deus com o seu
povo.
Mas o povo na primeira oportunidade tratou de fazer um bezerro de ouro e o adorou. E essa foi so-
mente a primeira das várias e várias vezes que esse povo se esqueceu de Deus e foi e serviu a deuses
estranhos.
O livro de Juízes seria engraçado se não fosse trágico o que ali é relatado.
O povo estava bem, havia paz na terra, então se esquecia de Deus e se voltava para o paganismo e
para o pecado, vinham então os filisteus e saqueavam, destruíam tudo, então o povo se voltava e pedia
socorro a Deus.
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Então Deus levantava um juiz que vencia os inimigos e trazia paz ao povo, mas bastava apenas
que morresse o juiz e a situação ficasse boa para que o povo esquecesse de Deus e voltasse as suas
práticas pecaminosas, e assim sucessivamente ocorre com esse povo.
No período dos reis continuaram acontecendo as mesmas práticas, e seguidamente Deus mandava os
seus profetas para lembrar ao povo, para alertá-los do castigo que viria se continuassem na prática do
pecado.
Mas excetuando-se os momentos em que esteve no trono um rei fiel a Deus na maior parte do tempo
o povo está vivendo nas práticas pecaminosas e pagas.
Diante dos problemas e principalmente dos inimigos mesmo após os vários livramentos de Deus com
sinais e maravilhas os reis e o povo preferiam confiar em alianças com reis e nações ímpias deixando de
lado o verdadeiro Deus.
Deus está falando ao povo para que confiem nEle, pois não existe um outro Deus em quem possam
depositar esperanças.
Nenhuma nação, instituição, homem ou qualquer outra coisa pode cativar a sua confiança a não ser, o
Senhor da História.
A todos os seus leitores, a mensagem é a mesma o Deus de Israel é superior aos outros deuses por-
que o Senhor é único Deus.
Isaías quer mostrar ao seu povo que não há ninguém como o Senhor em poder e glória e ninguém
pode desafiá-lo.
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Todos os reinos deste mundo estão sujeitos à Ele. Todo Judá precisava entender que todos os
poderosos e todos os reinos da terra nada significavam diante de Deus.
Todo o poder do mundo é nada diante de Deus, pois poder não é algo que Deus tem, mas sim é algo
que Deus é.
O Deus de Israel é superior aos deuses de outras nações, aos quais a nação tantas vezes se dobrará.
Qualquer outro deus que o homem venha a criar e adorar é nada, pois só o Senhor é Deus.
Mas infelizmente o povo judeu não pensava assim. Eles pensavam porque esperar por Deus se o Egito
e a Síria estão logo ali para ajudar contra a Babilônia?
Porque confiar em Deus contra a Assíria se Merodaque-Baladã, filho do rei da Babilônia pode ajudar?
A resposta é uma só: “Quem na concha de sua mão mediu as águas e tomou a medida dos céus a
palmos? Quem recolheu na terça parte de um efa o pó da terra e pesou os montes em romana e os ou-
teiros em balança de precisão?
Eis que as nações são consideradas por Ele como um pingo que cai de um balde e como um grão de
pó na balança.
Todas as nações são perante ele como coisa que não é nada; ele as considera menos do que nada,
como um vácuo.
A única resposta a todas essas questões e aos nossos medos, receios e ansiedades é uma só, existe
somente um Deus que está assentado no trono sempre reinando.
E quanto a nós qual e a mensagem do texto? Quando lemos uma passagem assim somos tentados a
pensar, "Seguramente isto não se aplica a nós. Nós só confiamos em Deus”.
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Eu quero te dizer saber que Deus existe não é o bastante. Pois qualquer coisa que ocupe a pri-
mazia de nosso coração em lugar de Deus se torna um ídolo em nossas vidas.
Quantos de nós adoram um brilhante ídolo de metal estacionado em nossas garagens. Muitas vezes
nos preocupamos muito mais com nossos caros, polindo e lustrando do que com Deus e com nossas
famílias.
Quando o automóvel deixa de ser apenas nosso meio de transporte e passa a ser a nossa preocupa-
ção ele se torna nosso ídolo.
Muitos se preocupam com seus bens, suas posses, tanto que o dinheiro e não Deus ocupa o centro de
sua vida, tornando-se assim um ídolo. Muitos hoje adoram o deus sexo, pensando que o sexo os satis-
fará e atenderá as suas necessidades.
Muitos adoram o poder. Buscam o topo, buscando honra e reconhecimento, sonhando com as condi-
ções dos altos cargos. Muitos estudantes adoram o conhecimento.
Buscam o conhecimento achando que as coisas maravilhosas que estão aprendendo lhes ajudarão a
ocupar lugares de destaque.
Quando confiamos, desejamos e buscamos ardentemente qualquer coisa mais do que desejamos e
confiamos em Deus, ainda que nós não queiramos essas coisas se tornam ídolos em nossas vidas.
Todas as vezes que colocamos a nossa confiança no que não é Deus, estamos na verdade adorando a
outros deuses. Quantas vezes adoramos nossos caros, nossos cargos, nosso conhecimento?
É certo que não fazemos alianças com a Assíria ou Egito para enfrentar nossos problemas, mas quan-
tas vezes confiamos mais em nosso dinheiro, poder, bens, conhecimento, do que em Deus?
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É verdade nós não temos ídolos de madeira e pedra, mas as idéias atrás deles permanecem, os
ídolos mudaram, mas á prática permanece.
Por isso creio que a mensagem para nós é a mesma, pois, assim como Judá foi liberto do cativeiro na
Babilônia, seremos livre do cativeiro do pecado, pois o Messias, o Cristo de Deus é muito maior do que
Ciro e sua obra é infinitamente maior do que aquele levada a cabo através da instrumentalidade de Ci-
ro.
Pois Quem faz a promessa foi Deus, O Senhor, aquele que É que criou todas as coisas e pelo conselho
da sua vontade trouxe o mundo à existência, O Senhor, Aquele que faz todas as coisas.
E da mesma forma que Judá foi convidado a crer e colocar toda a sua confiança em Deus hoje nós o
povo de propriedade exclusiva de Deus é convocado a confiar plena e totalmente Nesse Deus Soberano
e Majestoso, pois Ele faz todas as coisas, e É o único Deus.
Além de confiar no Senhor porque Ele é o único Deus ainda devemos confiar em Deus porque...
2- PORQUE DEUS É FIEL.
Versículo 4: Por amor do meu servo Jacó e de Israel, meu escolhido, eu te chamei pelo teu nome e te
pus o sobrenome, ainda que não me conheces.
O Senhor iria a frente de Ciro endireitando os caminhos tortuosos, quebrando as portas de bronze e
despedaçando os portões de ferro, o que significaria, remover toda a resistência.
Deus daria a Ciro as riquezas dos povos conquistados, bem como a direção de sua economia.
Mas, “Para que” Deus faria isso? Qual o propósito em abençoar um homem idolatra que nem mesmo
conhecia a Deus?
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A profecia parece dirigida a Ciro, mas a sua mensagem é destinada ao povo de Deus, a quem Ele
chama de Jacó meu servo, e Israel meu escolhido. A linguagem é pactual, e fala do amor de Deus.
Foi por este povo que Deus chamou Ciro pelo nome e lhe deu um sobrenome. Em nossos dias é co-
mum usarmos o sobrenome para separarmos pessoas e identificarmos famílias.
Entretanto na cultura oriental de então o sobrenome não identificava a família como viria a ser feito
posteriormente, mas sim uma função, um título, a origem, a tribo a que pertencia, um cargo.
Quando se atribuía um sobrenome a intenção era dar um título, conferir mediante o acréscimo de um
sobrenome, a alguém uma posição de prestígio, destaque, honra.
A Ciro Deus atribuiria os títulos de pastor e ungido, títulos já mencionados no texto no capítulo 44: 28
e no 45: 1.
Na qualidade de pastor de Deus e ungido Ciro tem um título de honra, honra esta que não foi dada a
um judeu, mas sim a um gentio que não conhecia a Deus.
Cabendo a ele a função de ser o instrumento nas mãos de Deus para o cumprimento de seus propósi-
tos quanto à liberdade do povo judeu e a reconstrução do templo e de Jerusalém.
O sobrenome que Deus atribuiu a Ciro identifica o caráter de seu chamado e de sua obra, que eram
missões oficiais de Deus, e dava a Ciro toda autoridade e capacidade para agir.
Deus dá a Ciro autoridade e poder para agir, com a finalidade de trabalhar a favor do seu povo, por
causa do seu amor para com esse povo.
Tudo isso o Senhor faz, não para engrandecer Ciro, mas por amor de Israel, Seu servo e escolhido, o
alvo de Deus ao dar poder a Ciro é a libertação de Israel.
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Esse povo que tantas vezes se distanciara de Deus, esse povo que em muitas ocasiões se esque-
ceu de Seu Deus e adorou a deuses estranhos, esse povo tão infiel em toda a sua história ainda é alvo
do amor de Deus.
Deus não recua nas suas promessas, Ele as cumpre, porque Ele é fiel à palavra que dá.
Aqueles que outra coisa não mereceriam senão castigo são ainda alvo do amor de Deus, porque Ele é
fiel e sempre cumpre o que prometeu.
Esse povo que foi escolhido por Deus, que recebeu as suas bênçãos, que foi tratado e guiado por Ele,
mas que repetidas vezes, apesar de constantemente avisado, se desviou do seu caminho, ainda é ama-
do por Deus.
A mensagem é de conforto e refrigério, pois aqueles que viviam num mundo marcado por infidelidade,
que eram eles mesmos constantemente infiéis, onde pactos e tratados firmados por povos e reis não
valiam nada, podiam confiar em Deus, pois aquele que É não os abandonara.
Ainda que estivessem no cativeiro, ainda que Jerusalém e o templo estivessem destruídos, eles ainda
eram o povo de Deus e amados por Ele.
E por amor a eles, pela sua fidelidade Deus usaria os meios necessários para conduzir de volta o povo
a sua terra. Essa passagem lembra a todo o povo de Deus que, o Senhor reina e não muda, aquilo que
diz, Ele fará.
É maravilhoso olhar para a Escritura e ver por todas as suas páginas que Deus é fiel apesar de todos
os caminhos e erros dos homens.
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No livro de Gênesis Deus chama a Abraão e diz que faria dele uma grande nação, quando lemos
o livro de Êxodo podemos ver na marcha daquele grande povo que saía do Egito o cumprimento da
promessa de Deus.
Deus disse a Abraão que nele seriam benditas todas as famílias da terra, e hoje vários séculos depois
quando ouvimos a pregação do Evangelho da graça de Deus vivemos o cumprimento desta promessa.
Logo depois da queda no terceiro capítulo de Gênesis Deus diz a mulher que da sua descendência
viria um que esmagaria a cabeça da serpente.
E quando na plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para
cumprir tudo aquilo que o homem não podia e restabelecer os laços quebrados pelo pecado, vimos em
Cristo o cumprimento desta promessa.
Meus irmãos Deus é fiel. Deus disse a Noé em Gênesis: “Enquanto durar a terra não deixará de haver
sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.”
Todas as vezes que nos assentamos a mesa para fazer nossas refeições, cada dia ao nos levantar e ao
deitar todas as vezes que vivemos as estações do ano vemos o cumprimento dessa promessa.
Nunca essas coisas prometidas vieram a faltar na história do mundo, porque Deus é fiel.
As suas misericórdias não têm fim, embora fossemos nós dignos de ser consumidos pela ira de Deus,
temos as suas misericórdias que se renovam cada manhã. Grande é a tua fidelidade.
Vivemos num mundo cheio de pecado e infidelidade. A palavra dos homens não é mais confiável, a in-
fidelidade entre maridos e mulheres é uma constante em nossos dias.
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Além disso, a infidelidade do homem não se limita aos seus iguais, o homem é também infiel
com Deus. Há ocasiões em nossa vida que somos balançados de todos os lados e somos tentados a nos
desesperar.
Sentimos que nossa fé é provada, a dor nos aperta o peito e repetimos as palavras do salmista: As
minhas lágrimas têm sido o meu alimento dia e noite, enquanto me dizem continuamente: O teu Deus,
onde está?
Há momentos da vida que sentimos a nossa fé tão pequena e insignificante diante dos enormes obs-
táculos que estão em nosso caminho que até mesmo nos esquecemos de quem é o nosso Deus e quão
grande e poderoso Ele é.
Expectativas frustradas, sonhos desfeitos, esperanças que não se concretizaram, amigos, pessoas em
quem confiávamos que nos abandonaram, em nossa vida são muitos os momentos em estamos e nos
sentimos a pior de todas as pessoas.
Mas nesses momentos, devemos confiar em Deus, pois Paulo escrevendo a Timóteo já disse: “Se so-
mos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo”.
Deus é fiel não somente quando afasta de nós a aflição, mas também, quando as envia sobre nós.
Pois problemas e aflições fazem parte da administração do pacto de Deus, e cumprem tais eventos o
propósito de Deus em nossa vida.
Somos chamados a confiar e descansar em Deus, devemos deixar todos os nossos interesses e vonta-
des em suas mãos, ainda que os dias sejam maus,
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ainda que tudo pareça estar contra nós, devemos fazer como Abraão, e esperar contra toda es-
perança, pois acima de toda a nossa adversidade está a fidelidade de Deus.
O Senhor, É Aquele que faz todas as coisas. E da mesma forma que Judá foi convidado a crer e colo-
car toda a sua confiança em Deus hoje nós somos convocados a confiar plena e totalmente Nesse Deus
Soberano e Majestoso, pois Ele faz todas as coisas.
3 - PORQUE DEUS É SOBERANO.
1 Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações
ante a sua face, e para descingir os lombos dos reis, e para abrir diante dele as portas, que não se fe-
charão. 2 Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e
despedaçarei as trancas de ferro; 3 dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para
que saibas que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. 7 Eu formo a luz e
crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.
O grande problema da época que estamos tratando é a questão do ambiente bélico que toma conta
dos ânimos na palestina, principal rota de acesso entre as grandes potências mundiais da época, e a re-
ação de Judá diante destes acontecimentos.
A tendência natural da política judaica é conseguir aliados, e entre eles se acha o império Egípcio, e o
ascendente império babilônico.
Isaías é uma voz que clama contra estas alianças políticas e súplica para que Judá confie em Deus.
Isaías reforça o seu argumento reivindicado a confiança em Deus, mostrando a fragilidade das outras
nações, profetizando a sua eventual destruição.
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Bem, no tempo em que profere as palavras do capítulo 45, as primeiras nações dentre as apon-
tadas para a destruição começam a cair (Síria e Israel).
A sombra do exílio se agiganta também sobre Judá. E Isaías aponta para a realidade do exílio, mas
mostra o mecanismo histórico de libertação e restauração do povo de Deus.
Por todos os versículos lidos está presente a soberania de Deus.
O argumento de Isaías está resumido no verso 7 do capítulo 45: 1 à 7. Deus faz tudo o que quer, co-
mo e quando quer. “Eu o Senhor faço todas estas coisas”.
“Eu sou o Senhor, e faço todas estas coisas”, isto é uma declaração da soberania e da providência de
Deus em agir a favor do seu povo, utilizando-se para isto de todo e qualquer instrumento que ele qui-
ser.
Ciro é levantado como um instrumento do Senhor, que será preparado para este momento, também
será equipado para este fim e mais será levado a executar estas coisas.
O cativeiro babilônico ocorreria oficialmente cerca de cem anos depois, contudo certamente já seria
pressentido antes mesmo de se efetivar, bastava àquela gente ver as circunstâncias internacionais, afi-
nal um império não se levanta da noite para o dia, e conquista o mundo.
Assim esta profecia ganharia ainda mais crédito, seria grande aliada daqueles que vivessem esta épo-
ca, pois teriam a certeza de que um dia retornariam.
Um dos grandes pontos desenvolvidos por Isaías é a necessidade de confiança em Deus, e no pacto
que fez com o seu povo.
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A grande mensagem está ligada à ação de Deus na história, utilizando soberanamente os seus
instrumentos para fazer o bem ao seu povo.
Para os de Israel, havia uma esperança maior, muito maior a de um dia ser um povo totalmente redi-
mido.
Desde os primeiros versos do capítulo 40 está em evidência a majestade e a soberania de Deus. Pois,
a majestade e a soberania de Deus permanecem para sempre.
Somente um Deus soberano poderia chamar de ungido a um pagão, que não o conhecia e nem o hon-
rava como Deus para exercer uma tarefa das mais nobres, a libertação de seu povo.
Nos 7 primeiros versos do capítulo 45 Deus diz a Ciro tudo o que seria feito em sua vida por interme-
diação do poder de Deus.
Somente Deus tem o poder de governar, de estabelecer e instalar reis, pois, reis seriam derrubados
através de Ciro, impérios ruiriam diante do ungido de Deus.
Era Deus quem dirigia a Ciro pela sua mão direita e toda a autoridade concedida a ele, pertencia na
verdade, a Deus, Ciro estava sendo tornado forte e sendo usado por Deus.
A passagem afirma a ação de Deus, que utiliza a Ciro preparando o caminho para a sua vitória, e isto
nada mais é do que a soberania de Deus que cumpre através de sua providência todos os seus desíg-
nios.
E Entre as expressões que mostram esta atitude providencial de Deus, encontramos expressões como:
“irei adiante de ti”, “endireitarei os caminhos tortuosos”, “quebrarei as portas de bronze e despedaça-
rei as trancas de ferro”, “dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas”.
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O texto fala com uma linguagem providencial, mostrando que Deus é o Senhor da História.
O Senhor irá a frente, removendo toda a resistência a Ciro. Deus em sua Soberania, Majestade e Pro-
vidência tem um motivo em suas ações.
Tudo o que ele estaria fazendo através daquele homem tem um lugar lógico dentro dos eternos pla-
nos e decretos de Deus, assim para que saibas que Eu Sou Deus, esta frase nos mostra a finalidade e o
propósito de todas essas ações de Deus.
Todas as coisas todos os acontecimentos são obra das mãos de Deus. Não somente Ciro mas todo o
povo de Judá deveria ver e aprender que o Senhor é soberano sobre todas as coisas.
Assim como Deus usou Ciro para cumprir os seus propósitos a Escritura fala que em cada etapa da
dramática história de Israel Deus por meios assombrosamente maravilhosos conduziu o Seu povo adian-
te, numa demonstração que aquele era o Seu povo escolhido e que O Senhor estava no controle de to-
das as coisas.
Por vezes Deus usou nações, em outras um ímpio como Ciro, que não o conhecia nem o adorava co-
mo Deus, ainda em outras ocasiões homens simples do meio do povo judeu, homens falíveis, como Da-
vi,
Deus usou pessoas humanamente inadequadas e cientes de que a obra feita através de suas mãos só
era possível porque era realizada através do poder de Deus, O Senhor da história.
Nações abatidas, reis depostos, portas e portões abertos, caminhos endireitados, trancas despedaça-
das, tudo isso e muito mais não aconteceu porque Ciro era um grande e forte rei,
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aconteceu sim porque Deus em sua Soberania fez uso do mais improvável dos instrumentos, um
gentio, para mostrar que nada acontece no mundo por acaso,
mas que na verdade todas as coisas trabalham para o bem daqueles que amam a Deus e que vivem
segundo o Seu propósito.
Abraão, Jacó, José, Moisés, Josué, Paulo, Pedro, todos esses homens de Deus se defrontaram com
problemas com dificuldades em suas vidas, assim como nós também por momentos no defrontamos
com impossibilidades.
A vida traz os seus problemas e perplexidades, para os quais parece não haver saída, muitas vezes
somos tentados a desistir ou mesmo levados a tentar dar um jeitinho sucumbir diante das pressões do
mundo.
Mas todos eles confiaram em Deus pois entre outras coisas eles sabiam que o Deus a quem serviam é
soberano.
A soberania do Deus das Escrituras é absoluta, irresistível e infinita. Quando afirmamos que Deus é
soberano reconhecemos que Ele governa todo o universo, exatamente como Ele quer.
Reconhecemos que Ele não está sob nenhuma norma ou lei fora de sua própria vontade e natureza e
que Ele não está obrigado a dar satisfações a ninguém sobre seus atos.
Meus irmãos Deus é soberano em todos os seus atributos. Ele é soberano no uso do seu poder. Ele
usa o seu poder como quer, quando quer, onde quer. Este fato é evidente por todas as páginas da Escri-
tura.
Portanto somente cabe a nós confiar em Deus.
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CONCLUSÃO
Respondendo a pessoa que me perguntou em quem confiar eu digo: Confie em Deus.
Podemos ver em todos os versículos dessa passagem a presença constante de Deus, aqui encontra-
mos um Deus presente continuamente na vida do mundo.
Não encontramos aqui apenas a esperança que diz que Deus um dia agirá no mundo, mas sim o fato
que Ele governa todas as coisas.
O Senhor É. Nossa relação com Ele deve ser baseada numa doação de nossas vidas de nosso ser a
Ele.
Ele toma a Ciro, e o conduz, ele ama Seu povo e vai dar-lhes repouso, refrigero, irá guiá-los em todos
os seus caminhos,
Cabe a nós como cristãos apenas nos entregar completamente em suas mãos para que Ele conduza
nossa vida.
1 - Não nos esqueçamos nunca que o Senhor é o único Deus.
O cristão em seu relacionamento com Deus é chamado a se entregar a Deus numa profunda relação
de confiança num Deus que É e faz.
Um Deus que pode todas as coisas e uma alma que se sabendo pequena e frágil se entrega aos seus
cuidados deixando tudo nas suas mãos.
Ciro foi chamado de ungido e pastor, mas o grande Pastor das ovelhas é Deus, Ele é um Pastor Divino,
Ele é um Pastor pessoal.
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O Senhor é pastor pessoal porque somente Ele é Deus. O Senhor sabe muito bem que temos vi-
vido num mundo de exaustão de cansaço de estresse, um mundo que não para um só minuto.
Muitas vezes estamos cansados, atribulados, abafados, precisando de ar, de descanso ele sabe disso e
quando nos entregamos total e completamente a Ele encontramos tudo isso que precisamos.
2 - O Senhor conhece a minha alma. Ele é fiel e em sua fidelidade Ele sabe que vivemos num mundo
de almas conturbadas, complicadas, adoecidas, machucadas, de psiques abaladas, Ele tem o refrigério
que nossas almas precisam.
Deus refrigera nossas almas, promove um relaxamento na alma abafada, faz soprar sobre nós uma
brisa fresca e calma.
O Senhor nos dá uma vida integra e bem definida neste mundo de vidas tortas e pervertidas.
Num mundo onde as pessoas estão perdidas e desnorteadas, sem saber por onde ir, o Senhor nos dá
um bom caminho nas veredas da justiça, um caminho integro e reto por amor ao Seu nome.
Pois o Senhor além de único Deus é fiel. O Deus que não pode mentir tem cuidado de nossos cami-
nhos.
O Salmista já afirmou: Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escri-
tos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.
Meus irmãos que conforto temos em Deus, todos os nossos passos são fielmente acompanhados por
Ele.
Sl 33:4 Porque a palavra do SENHOR é reta, e todo o seu proceder é fiel.
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3 - Esse texto mostra também que mesmo quando tudo parece difícil Deus está no controle te-
remos perdas, sofreremos dores, muitas coisas acontecerão, mas o alento é que Deus estará conosco.
Não nos esqueçamos também que Deus está no controle de tudo. Ele é Soberano.
Ainda que a doença esteja presente, ainda que os problemas estejam presentes, ainda que a morte
esteja presente o Senhor está conosco.
Não vamos temer, porque o Senhor está presente, sua vara e seu cajado nos consolam, sua vontade é
soberana.
Como cristãos nunca podemos nos esquecer que Deus é o autor da história, escrita até o fim, e que
sua obra não muda para agradar a audiência, pelo contrário Ele determina todas as coisas, cabendo a
nós descansar e confiar Nele.
A mensagem de Isaías, longe de ser um escrito antigo para uma época remota, e, conseqüentemente,
sem aplicação aos nossos dias, como muitos tentam parecer, é um escrito atual,
que trata com homens pecadores que estão debaixo da Soberana aliança de Deus, dependendo inte-
gralmente do Criador para a sua existência.
Podemos ver em todos os versículos dessa passagem a presença constante de Deus, aqui encontra-
mos um Deus presente continuamente na vida do mundo.
Não encontramos aqui apenas a esperança que diz que Deus um dia agirá a nosso favor, mas sim o
fato que Ele governa todas as coisas.

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