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Metodologia de Avaliação da Unidade Curricular de

Gestão da Qualidade em Saúde

Professora Doutora Saudade Lopes

Nome do Estudante, número:


Ana Rita Amaro, nº 5550119
Lola Monteiro, nº 5220113
Lúcia Grácio, nº 5220126
Luísa Lopes, nº 5220133
Sabina Ramalho, nº 5220110
Sofia Oliveira, nº 5220120

2º Curso de Pós-Graduação em Gestão de Unidades de Saúde

Leiria, dezembro 2022


eiria, dezembro 2022
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………………….. 3

1 - GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE ……………………………………………… 4

2 - COMUNICAÇÃO ………………………………………………………………………… 5

2.1 - COMUNICAÇÃO EFICAZ NAS TRANSIÇÕES DE CUIDADOS ……………... 5

2.2 - COMUNICAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO ……………………………... 6

3 - PLANO NACIONAL PARA A SEGURANÇA DOS DOENTES 2021-2026 ………. 6

4 - PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM ……………... 7


5 - PROJETO DE MELHORIA CONTÍNUA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
DE REABILITAÇÃO AO DOENTE SUBMETIDO A CIRURGIA ABDOMINAL ……… 9
5.1 – PROBLEMÁTICA ………………………………………………………………….. 9

5.2 – PROJETO MELHORIA CONTINUA SEGUNDO MODELO DEMING ………. 9

5.3 - FLUXOGRAMA …………………………………………………………………….. 13

CONCLUSÃO ………………………………………………………………………………... 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………………………………. 16

APÊNDICE - ESTRATÉGIAS A UTILIZAR NA REABILITAÇÃO DO DOENTE …….. 18

ANEXOS ……………………………………………………………………………………… 20

ANEXO I - ESCALA DE BORG MODIFICADA ………………………………………….. 20

ANEXO II - ÍNDICE DE BARTHEL ………………………………………………………... 21

Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, II Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
INTRODUÇÃO

No âmbito da unidade curricular Gestão da Qualidade em Saúde, inserida no curso de


Pós-graduação de Gestão de Unidades de Saúde, surge a realização de um trabalho
académico, que consiste na elaboração de um Projeto de Melhoria Contínua dos Cuidados
de Enfermagem de reabilitação ao doente submetido a cirurgia abdominal. A sua área de
abrangência tem início quando o doente é identificado com necessidade de cirurgia abdominal
e conclui-se com a sua alta dos cuidados de saúde.

O projeto é apresentado na área da enfermagem de reabilitação e visa a articulação


entre os serviços hospitalares e a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), uma unidade
funcional dos Cuidados de Saúde Primários. Esta terá como foco principal a Reabilitação
Respiratória e Motora no Pré, Pós-Operatório e Alta dos doentes submetidos a cirurgia
abdominal. Surge no âmbito da necessidade sentida pelos enfermeiros especialistas de
Enfermagem de Reabilitação, a exercer funções num serviço de internamento cirúrgico (área
hospitalar) e na Unidade de Cuidados na Comunidade, e será implementado de forma a
contribuir para uma maior segurança do doente, promovendo a melhoria da qualidade dos
cuidados a prestar e, consequentemente, da sua qualidade de vida.

Este trabalho é constituído pela introdução, enquadramento teórico, Projeto de


Melhoria Contínua dos Cuidados de Enfermagem de reabilitação ao doente submetido a
cirurgia abdominal e pela conclusão. No enquadramento abordamos o tema da gestão da
qualidade em saúde, a comunicação eficaz na transição de cuidados e a comunicação e
gestão da informação. É feita uma breve alusão ao plano nacional para a segurança dos
doentes 2021-2026, assim como aos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem,
sempre na perspetiva da segurança do doente e na prestação de cuidados de enfermagem
de reabilitação com qualidade. Por último, delineia-se o projeto com base no modelo de
Deming.

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1 - GESTÃO DA QUALIDADE EM SAÚDE

A prestação de cuidados de saúde é considerada uma atividade de risco, tornando a


segurança do doente e a qualidade em saúde dois aspetos fundamentais e muito importantes,
que estão estreitamente interligados.

A segurança do doente baseia-se na “inexistência, para o doente, de dano


desnecessário ou dano potencial associado aos cuidados de saúde" (DGS, 2011; Esteves &
Pinto, 2021, p. 19).

A prestação de cuidados de saúde seguros contribui para a qualidade na saúde, isto


é, se ocorrerem incidentes na prestação de cuidados, a segurança do doente fica
comprometida, implicando também que a qualidade na saúde fique, direta e indiretamente
afetada. Logo, está implícito que a segurança do doente promove a qualidade na saúde e que
esta contribui para a segurança do doente.

É imprescindível que a qualidade seja um conceito fundamental a considerar nas


organizações de saúde, de forma a que estas adquiram estratégias de melhoria contínua, com
o intuito de evidência de excelência, rigor, eficiência e eficácia e no incentivo da criação de
valor na prestação de cuidados de saúde. A qualidade pretende prevenir e oferecer respostas,
e integra a efetividade, a eficiência, a eficácia e a equidade como um bem de todos e para
todos, proporcionando a satisfação e diminuição das necessidades, em conjunto com baixos
riscos e custos que se revelem aceitáveis (Pisco & Biscaia, 2001; Cerqueira, 2018).

Segundo Mendes (2012), a definição mais aceite de qualidade em saúde é a do


Institute of Medicine (2000), referindo-a como o grau em que os serviços de saúde disponíveis
para os indivíduos e populações aumentam a probabilidade de se atingirem os resultados de
saúde desejáveis de acordo com o conhecimento profissional corrente. Este conceito
concentra a ideia mais global de qualidade em saúde que envolve a relação direta entre
prestadores e doentes, na medida em que o serviço prestado se adequa às necessidades e
expectativas de quem o recebe (Esteves & Pinto, 2021).

A melhoria da qualidade e os programas de segurança do doente centram-se numa


mudança de cultura e ambiente, dentro de uma organização, com vista a demonstrar
melhorias sustentáveis. A qualidade dos serviços de saúde define-se como “o modo como os
serviços de saúde, com o atual nível de conhecimentos, aumentam a possibilidade de obter
os resultados desejados e reduzem a possibilidade de obtenção de resultados indesejados”
(Joint Commission, 2021).

“A existência de bons sistemas e processos de qualidade (...) nas organizações de


saúde reduz a probabilidade de ocorrências de falhas, consequentemente de incidentes,
alguns dos quais com possível dano para o doente” (Esteves & Pinto, 2021, p. 20).
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As organizações de saúde reconhecem a necessidade de implementar a qualidade na
sua prática diária, esta é uma prioridade para os gestores e profissionais de saúde, sendo o
seu foco a redução do risco e a melhoria da segurança do doente através de práticas,
sistemas de trabalho e premissas mais seguras. Consequentemente, temos cuidados com um
padrão de qualidade elevado (Almeida & Ramos, 2021). O projeto elaborado vem de encontro
a este foco e pressupõe um maior investimento no desenvolvimento do conhecimento sobre
técnicas e ferramentas e exige competências acrescidas dos profissionais, especialmente dos
enfermeiros, razão da necessidade de enfermeiros especialistas em reabilitação. Uma das
importantes e principais ferramentas de trabalho dos enfermeiros é a comunicação.

2 - COMUNICAÇÃO

As competências em comunicação são aprendidas e treinadas durante toda a


formação e prática dos enfermeiros. Este treino requer tempo, esforço e envolvimento dos
profissionais. É na prestação de cuidados de saúde que a comunicação é um dos maiores
desafios, é um processo complexo, multideterminado e exigente nas competências.
“Comunicar com o doente, e comunicar dentro das equipas de saúde, tem de ser aprendido,
reaprendido, e aprendido outra vez” (Santos & Grilo, 2021, p.63).

2.1 - COMUNICAÇÃO EFICAZ NAS TRANSIÇÕES DE CUIDADOS

A Comunicação eficaz entre profissionais de saúde permite uma transmissão de


informação que se caracteriza por ser oportuna, precisa, completa, sem ambiguidade,
atempada e compreendida por quem a recebe (DGS, 2017). Esta comunicação eficaz nas
transições de cuidados tem que ser vista como um elemento da prestação de cuidados
seguros e de qualidade ao invés de trabalho extra ou desnecessário (Caldas & Gomes, 2021).
Os momentos de transferência de responsabilidade de cuidados e de informação entre
prestadores, têm como missão a continuidade e segurança dos mesmos. Mas é nestes
momentos que aumenta o risco de erro, como por exemplo, as admissões e altas hospitalares
para o domicílio ou para outro nível de cuidados (DGS, 2017).
Assim, a transição de cuidados a utentes deve obedecer a uma comunicação eficaz
na transferência de informação entre as equipas envolvidas e a comunicação, entre os
diversos agentes, deve ser normalizada.

Como proposta para uma comunicação eficaz na transição e articulação de cuidados


de saúde entre as várias entidades, e para que a segurança do utente seja efetiva, apresenta-
se como sugestão concreta a utilização da técnica ISBAR. De acordo com a Norma nº
001/2017 da Direção Geral da Saúde (DGS), a técnica ISBAR deve ser utilizada por todos os
prestadores de cuidados, independentemente do nível de cuidados. Trata-se de uma
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mnemónica que pretende, de forma simples, memorizar toda a informação fundamental a ser
transmitida entre equipas prestadoras de cuidados. Esta mnemónica compreende a
Identificação e localização precisa dos intervenientes na comunicação bem como do utente a
quem diz respeito a comunicação, a Situação atual, com descrição do motivo de necessidade
de cuidados de saúde, o Background, com descrição de factos clínicos, de enfermagem e
outros relevantes, como diretivas antecipadas de vontade, a Avaliação, com informações
sobre o estado do utente, terapêutica medicamentosa e não medicamentosa instituída,
estratégias de tratamento, alterações de estado de saúde significativas e, por último, as
Recomendações, com descrição de atitudes e planos adequados à situação do utente. (DGS,
2017; Caldas & Gomes, 2021)

2.2 - COMUNICAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO

Os Sistemas de Informação na Saúde possibilitam a participação, a partilha de


conhecimentos e informação, bem como o desenvolvimento de atividades de prestação de
serviços nas áreas dos sistemas e tecnologias de informação e comunicação. Na reforma do
sistema de saúde desempenharam um papel importante promovendo a melhoria da
acessibilidade, eficiência, qualidade e continuidade dos cuidados e o aumento da satisfação
dos profissionais e cidadãos (SPMS, 2022).

A transmissão da informação é a componente mais difícil, mas também a mais


importante no processo de comunicação. Esta deve estar assente no imperativo dos 4 C, deve
ser clara, e entendível pelo doente, completa, o doente deve receber toda a informação,
concisa, deve utilizar o número mínimo de palavras para passar a mensagem, pois discursos
longos levam a dispersão e erros na perceção da mensagem, e concreta, específica e
baseada em factos. “A qualidade da informação é fundamental para o envolvimento e
educação do doente, para o bom funcionamento das equipas de saúde e para a promoção da
segurança de doentes e profissionais” (Santos & Grilo, 2021, p.68).

3 - PLANO NACIONAL PARA A SEGURANÇA DOS DOENTES 2021-2026

O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes (PNSD) 2021-2026 foi aprovado a
10 de fevereiro de 2015, tendo em conta as metas da OMS sobre a segurança dos doentes,
e decorre da Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde. Este é sustentado por cinco
pilares sendo eles a Cultura de segurança, Liderança e Governança, Comunicação,
Prevenção e gestão de incidentes de segurança do doente e as Praticas seguras em
ambientes seguros, todos eles com a definição de vários objetivos estratégicos (Despacho nº
9390/2021, 2021).

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Este projeto de melhoria contínua da qualidade vai de encontro a determinados
objetivos estratégicos, entre eles destacam-se: aumentar a literacia em saúde e a participação
do doente, otimizar as comunicações intra e interinstitucional, melhorar a comunicação e
segurança no processo de transição de cuidados, adequar a comunicação da informação
clínica ao doente, família e cuidador e monitorizar a implementação de práticas seguras,
contribuindo, por exemplo para a diminuição de infeções associadas a cuidados de saúde,
…(Despacho nº 9390/2021, 2021).

O projeto elaborado visa reabilitar o doente, quer a nível respiratório quer a nível motor,
após uma cirurgia abdominal. Para o seu sucesso, é imperativo ter sempre presente que o
foco da prestação de cuidados é o doente, apostar na literacia em saúde, na comunicação
com o doente e com a equipa, na articulação com os cuidados de saúde primários e nas
práticas seguras. Quanto maior a segurança proporcionada ao doente, maior será a qualidade
na saúde. Este projeto de melhoria contínua da qualidade tem como objetivo proporcionar ao
doente essa maior segurança.

4 - PADRÕES DE QUALIDADE DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Os Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem constituem um instrumento


essencial para a promoção da melhoria contínua de cuidados (Regulamento nº 350/2015,
2015).

A definição dos Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem Especializados


é uma das competências regulamentares dos colégios da especialidade. A área de
Reabilitação tem por foco a manutenção e promoção do bem-estar e qualidade de vida e a
recuperação da funcionalidade, através da promoção do autocuidado, da prevenção de
complicações e da maximização das capacidades (Regulamento nº 350/2015, 2015).

A pessoa submetida a cirurgia abdominal apresenta fatores que levam ao


comprometimento ventilatório e, consequentemente, complicações causadas por fatores
intrínsecos/risco e fatores relacionados com o procedimento cirúrgico (Leite, 2017; Ferreira,
2019). São as cirurgias torácicas e abdominais altas que apresentam a mais alta taxa de
incidência de complicações pulmonares pós-operatórias pela proximidade da incisão cirúrgica
do diafragma. Existem diversos estudos que confirmam que a reabilitação respiratória é
crucial para a prevenção de complicações pulmonares pós-operatórias e a literatura comprova
que podem ser prevenidas ou tratadas através da Reeducação Funcional Respiratória (RFR)
(Ferreira, 2019; Quaresma, 2019). A RFR consiste na aplicação de técnicas, manobras e
exercícios de controlo e assistência respiratória (OE, 2018) e tem como objetivos melhorar a

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ventilação alveolar, assegurar a permeabilidade das vias áreas, diminuir o trabalho
respiratório e amplificar a capacidade pulmonar (Quaresma, 2019).

Uma opção terapêutica que traz benefícios significativos para os resultados


respiratórios dos utentes é a padronização de atendimento perioperatório, com reabilitação
respiratória. A reabilitação respiratória, ou reabilitação pulmonar pós-operatório, é uma
estratégia não farmacológica que tem o potencial de melhorar os resultados dos utentes
submetidos a operações cirúrgicas torácicas, através de programas de exercícios capazes de
reduzir o risco e o impacto das complicações pulmonares pós-operatórias (CPP) (Nunes et
al., 2021). Destacam-se ainda na literatura, os bons resultados obtidos na prevenção ou
correção de complicações na componente respiratória, quando são implementados
programas de reabilitação no pré e pós-operatório (Leite, 2017).

De acordo com o relatório de 2020 divulgado pelo Observatório Nacional de Doenças


Respiratórias (ONDR), as doenças respiratórias continuam a ser uma das principais causas
de morbilidade e mortalidade, não só em Portugal como também a nível mundial. Estas foram
responsáveis por 13.305 óbitos em 2018, ano em que morreram diariamente 36 pessoas em
Portugal. Além da elevada prevalência, constituem a principal causa dos internamentos
hospitalares (ONDR, 2020).

Segundo a Ordem dos Enfermeiros (OE, 2018, p.236) as complicações respiratórias


que surgem no pós-operatório são: “pneumonia, broncoespasmo, falência respiratória,
atelectasias, hipoventilação, hipóxia e infecções". Deste modo, a RFR tem como principal
objetivo a prevenção e/ou correção deste tipo de complicações no pós-operatório.

O Guia Orientador de Boa Prática - Reabilitação Respiratória (GOBPRR) da OE (2018,


p. 239), menciona que “a implementação de programas de RFR que incluam exercícios de
força e resistência com inclusão do treino dos músculos inspiratórios e de exercícios
respiratórios, na fase pré-operatória, demonstrou melhoria da capacidade pulmonar e no teste
de marcha de 6 minutos, bem como menor incidência de morbilidade respiratória no pós
operatório” (Nagarajan, Bennett, Agostini & Naidu, 2011; Valkenet et al., 2011; Divisi, Di
Francesco, Di Leonardo & Crisci, 2013; Morano et al., 2013).
De acordo com vários autores, referido no mesmo GOBPRR da OE (2018), na RFR
ao potencializar a expansão pulmonar e a força muscular respiratória, no pré e pós-operatório,
melhora-se a oxigenação e reduzimos o esforço respiratório. Consequentemente, diminuí o
risco de infeção, a dor abdominal associada a cirurgia e número de dias de internamento
hospitalar, melhora-se a qualidade de saúde e segurança dos doentes. (Browning, Denehy &
Scholes, 2007; Manzano, Carvalho, Saraiva-Romanholo & Vieira, 2008; Dronkers et al., 2008;
Ribeiro, Gastaldi, & Fernandes, 2008; Valkenet et al., 2011)

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Este GOBPRR da OE (2018) menciona ainda que os exercícios musculares ao nível
dos membros inferiores e o levante precoce contribuem para reduzir os fenómenos
tromboembólicos, potenciar a manutenção e fortalecimento da musculatura e,
consequentemente, diminuir também o número de dias de internamento (Browning, Denehy
& Scholes, 2007).
Pelas razões apresentadas, entende-se que o projeto pode vir a ser uma mais valia
quer pela sua segurança quer pela qualidade de vida que poderá proporcionar ao doente.

5 - PROJETO DE MELHORIA CONTÍNUA DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM DE


REABILITAÇÃO AO DOENTE SUBMETIDO A CIRURGIA ABDOMINAL

A qualidade em saúde é um requisito essencial nos cuidados de saúde. Tem de se


tornar num processo contínuo e evolutivo em que qualquer organização deve assentar, ao ser
empreendedora, e garantir um processo de melhoria contínua da qualidade.

Assim, de uma forma geral, o problema caracteriza-se por identificar e descrever,


estabelecer relações entre as variáveis, apreciando a sua pertinência e precisando o objetivo.

5.1 - PROBLEMÁTICA

De acordo com a evidência científica, no pós-operatório das cirurgias abdominais, as


complicações respiratórias são as mais frequentes e as principais causas de morbilidade e
mortalidade pós-operatória, causando maior número de dias de internamento e um maior
custo associado. Há ainda a referir os grandes períodos de imobilidade e as complicações e
consequências que daí advém.

As alterações da função pulmonar levam à redução do volume pulmonar, prejudicando


as trocas gasosas.

Complicações pós-cirúrgicas mais frequentes: atelectasias, derrame pleural,


pneumonia, tromboembolismo pulmonar, insuficiência respiratória, hipoxemia e falência
respiratória.

Complicações de imobilidade mais frequentes após a cirurgia abdominal: trombose


venosa profunda (fenómenos tromboembólicos), atrofia muscular (dependência nas AVD`s),
perda de força e resistência (dependência nas AVD`s) (OE, 2018).

5.2 – PROJETO MELHORIA CONTINUA SEGUNDO MODELO DEMING

Para estruturar o processo de melhoria contínua, utiliza-se o modelo de Deming,


também conhecido por ciclo PDCA, que consiste nas seguintes etapas: Plan (Planear), Do

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(Executar), Check (Verificar) e Act (Agir/Ação) (OE, 2013; Silva, 2014; Dias, Fernandes &
Sabino, 2021).

Na fase P (Planear) realiza-se a análise e planificação das atividades e/ou dos


processos a aperfeiçoar, ou seja, uma análise do fenómeno e o planeamento dos objetivos a
serem alcançados em cada etapa do processo (OE, 2013; Silva, 2014; Dias, Fernandes &
Sabino, 2021).

No passo D (Executar) é a etapa onde se executa o plano criado a partir do


planeamento anterior. É a implementação/execução das tarefas/atividades ou a melhoria das
mesmas (OE, 2013; Silva, 2014; Dias, Fernandes & Sabino, 2021).

Na fase C (Verificar) é realizada uma análise criteriosa, visando encontrar falhas ou


erros nos processos em execução. Abrange a monitorização da atividade ou do processo (OE,
2013; Silva, 2014; Dias, Fernandes & Sabino, 2021).

A etapa A (Agir/Ação) consiste na ação de correção ou melhoria dos objetivos


atingidos. Caso sejam encontradas falhas e/ou erros nos processos, ou os objetivos propostos
não sejam alcançados, procede-se a um novo ciclo através das 4 etapas (OE, 2013; Silva,
2014; Dias, Fernandes & Sabino, 2021).

Este ciclo é a base dos programas de avaliação e melhoria contínua da qualidade.


Todos os processos devem ser analisados e planeados de forma contínua, para que existam
melhorias e alterações adequadas (OE, 2013; Silva, 2014).

Projeto de melhoria contínua da qualidade dos cuidados de enfermagem de


reabilitação ao doente submetido a cirurgia abdominal – Etapas do ciclo PDCA e respetivas
intervenções

Plan OBJETIVOS
(Planear)
Objetivo geral:
Prevenir as complicações respiratórias e as complicações de imobilidade
no pós-operatório dos doentes submetidos a cirurgia abdominal.

Objetivos específicos:
 Assegurar a permeabilidade das vias aéreas;
 Melhorar a ventilação pulmonar;
 Promover a reexpansão pulmonar;
 Melhorar as trocas gasosas;
 Diminuir o trabalho respiratório;

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 Aumentar a mobilidade da caixa torácica e a força muscular
respiratória;
 Promover as independências funcional respiratória e motora;
 Prevenir e corrigir as alterações músculo esqueléticas e
ventilatórias;
 Aumentar a endurance;
 Melhorar a performance dos músculos respiratórios;
 Reduzir a tensão psíquica e muscular;
 Diminuir a sobrecarga muscular;
 Reeducar para o esforço e prevenir complicações;
 Promover a autonomia nas AVD.

BENEFÍCIOS
A reabilitação respiratória e de mobilidade (exercícios musculares) são de
extrema importância, pois:
 Diminuem as complicações no pós-operatório;
 Reduzem o tempo de internamento;
 Reduzem os gastos;
 Aumentam a qualidade de vida do doente.

POPULAÇÃO ALVO
 Todos os doentes encaminhados da consulta médica cirúrgica que
necessitem de grande cirurgia abdominal (gastrectomias, HT,
hemicolectomias, …);
 Todos os doentes encaminhados da consulta médica cirúrgica que
possuam comorbilidades (respiratórias, motoras) e necessitam de
cirurgia;
 Todos os doentes que tenham efetuado cirurgia abdominal de
urgência e que sejam identificados pela equipa de enfermagem ou
médica com potencial benefício de reabilitação respiratória e
motora;
 Todos os doentes com IMC igual ou superior a 30kg/m2;
 Todos os doentes fumadores.

Do É o momento em que o plano de ação é colocado em prática. Para o


(Executar) sucesso desta etapa, é necessário que a equipa tenha competência técnica
e habilidade para executar as atividades que compõem o plano. Caso haja

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dificuldade na execução das atividades, o passo seguinte deverá ser a
formação, com o objetivo de promover a capacitação da equipa.

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS


Recursos humanos - Enfermeiros com especialidade em reabilitação

Materiais e consumíveis
 Espirómetro de incentivo para o doente (consulta)
 Panfletos a fornecer ao doente (consulta)
 Pedaleira
 Varas de pau
 Meias de contenção elástica
 Cintas de contenção abdominal

ESTRATÉGIAS A UTILIZAR NA REABILITAÇÃO DO DOENTE


Estratégias em contexto Hospitalar - consulta de enfermagem

Estratégias em contexto Hospitalar - Pós-operatório - internamento


hospitalar

Estratégias pós alta hospitalar - no domicílio / UCC

APÊNDICE

Verify É o momento de medir a eficácia do projeto e avaliar o que se pode


(Verificar) melhorar.

AVALIAÇÃO
De forma a verificar se houve melhoria da qualidade, avaliam-se dois
parâmetros, um relacionado com a capacidade respiratória (Escala de Borg
modificada, ANEXO I) e outro com o nível de dependência (Índice de
Barthel, ANEXO II). Estas avaliações devem ser realizadas em diversos
momentos.

A avaliação deve ser realizada na admissão, durante o internamento e na


alta para o domicílio. Em contexto domiciliário devem ser aplicadas as
escalas no início da intervenção da UCC e na Alta. É ainda pertinente uma
avaliação global, com uma avaliação no início do processo (hospital) e na
alta da UCC, para verificar os ganhos em saúde, e consequente melhoria
na qualidade dos cuidados.

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INDICADORES DE AVALIAÇÃO:
 Proporção de utentes com melhoria na “dependência nos
autocuidados” (Avaliar a efetividade dos cuidados de enfermagem
na melhoria do nível de "dependência no autocuidado");
 Proporção de utentes com melhorias funcionais (Avalia os ganhos
expressos no movimento muscular);
 Proporção de utentes com alta com objetivos atingidos;
 Proporção de utentes com melhoria da capacidade respiratória após
cirurgia abdominal.

Act (Agir) Todos os processos devem ser analisados e planeados de forma contínua,
para que existam melhorias e alterações adequadas (OE, 2013; Silva,
2014). Neste caso, ainda sem implementação, não existem dados
disponíveis para as devidas correções e melhorias do projeto.

5.3 - FLUXOGRAMA

Uma das ferramentas da qualidade, de grande utilidade e simplicidade, são os


fluxogramas. São representações gráficas da sequência das etapas de um processo, e
permitem perceber de forma rápida o seu funcionamento, possibilitando a tomada de decisões
com rapidez (OE, 2013; Grupo Forlogic, 2016; Coutinho, 2019).

O fluxograma é um diagrama que contém pontos de decisão e indica a sequência de


funcionamento de um determinado processo, de forma sequencial, gráfica, simples, objetiva
e direta (Grupo Forlogic, 2016; Coutinho, 2019).

O Fluxograma que se segue traduz o percurso do doente neste projeto.

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Percurso do Doente inserido no Projeto de Melhoria Contínua dos Cuidados de
Enfermagem de reabilitação ao doente submetido a cirurgia abdominal

Inicio

Consulta externa
medica
Serviço
Urgência
Consulta
Enfermagem

Doente Não Doente Não UCC


urgente urgente

Sim Sim

Alta
Bloco Cirurgia

operatório internamento

Alta

FIM

Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 14 Dezembro 2022


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CONCLUSÃO

A melhoria contínua da qualidade na saúde é um processo dinâmico. Um dos aspetos


que facilita o processo centra-se na abertura à mudança, ou seja, o reconhecimento de que
se pode melhorar os níveis de qualidade com os recursos existentes. Implica a transição de
uma prática baseada na experiência para uma prática baseada na «evidência científica» e na
escolha informada do cidadão; uma melhoria baseada só no desempenho profissional para
uma melhoria de cuidados envolvendo os cidadãos como parceiros; uma qualidade
monodisciplinar para cuidados partilhados e melhoria dos processos complexos de cuidados
de saúde; uma formação profissional contínua e avaliações de qualidade para uma gestão da
doença num quadro de melhoria contínua da qualidade. A gestão deste processo de mudança
representa um grande desafio para todos (Pisco & Biscaia, 2001).

Após uma reflexão e reconhecimento de mudança, na direção da prestação de


cuidados de qualidade ao doente, foi delineado parte deste projeto e apresentado á equipa.
Depois de uma reflexão conjunta e de uma analise minuciosa procedeu-se a importância do
mesmo ser colocado na pratica, no entanto, devido ao surgimento da pandemia que nos
trouxe muitas mudanças na área das praticas, tivemos que adiar a implementação do projeto.
Neste momento ou num curto espaço de tempo, a sua implementação volta a fazer todo o
sentido, no entanto o projeto inicial sofreu alterações, após ser trabalhado em contexto
académico nesta pós-graduação foi ampliado o seu campo de atuação, agora não se cinge
apenas a área hospitalar como também a área de UCC. Como profissionais de saúde a evoluir
procuramos a mudança, o progresso para que se faça sentir e repercutir nos cuidados que
prestamos ao doente a qualidade.

Segundo Machado (2013), A oportunidade para o progresso apresenta-se numa


dialética de ação e reflexão, de teoria e prática promotora de alterações que se pretendem
integradas e com inovação (Machado, 2013). Neste sentido, este projeto ambiciona ser uma
ferramenta facilitadora, um guia orientador, um auxiliar de memória para os procedimentos a
serem implementados, atingindo deste modo os objetivos inicialmente delineados.

Este projeto de melhoria contínua dos cuidados de enfermagem de reabilitação é um


desafio que alcançará o seu potencial máximo se os profissionais, doentes e instituições de
saúde, se envolverem afincadamente e assumirem este pressuposto como um projeto de
qualidade em saúde.

Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 15 Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 16 Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
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Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 17 Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
APÊNDICE - ESTRATÉGIAS A UTILIZAR NA REABILITAÇÃO DO DOENTE

Estratégias em contexto Hospitalar - consulta de enfermagem

✔ Informar as complicações mais frequentes na cirurgia abdominal


✔ Informar os benefícios da reabilitação respiratória e de mobilização no pós-operatório
da cirurgia abdominal
✔ Realizar ensinos pré e pós-operatórios de reabilitação respiratória e de mobilização
✔ Fornecer panfletos elucidativos dos exercícios a realizar no domicílio no pré-operatório
✔ Fornecer espirómetro de incentivo
✔ Instruir exercícios respiratórios e de mobilização no pré-operatório
✔ Treinar exercícios respiratórios e de mobilização no pré-operatório
✔ Validar exercícios respiratórios e de mobilização no pré-operatório
✔ Identificar necessidades de encaminhamento (nutricionista, A. social, etc…)
✔ Realizar visita ao serviço onde vão ficar internados aquando da cirurgia
✔ Reduzir a ansiedade e promover a recuperação ativa
✔ Encaminhar para a Unidade de Cuidados na Comunidade

Estratégias em contexto Hospitalar - Pós-operatório - internamento hospitalar

✔ Validar exercícios respiratórios no pós-operatório


✔ Validar exercícios musculares no pós-operatório
✔ Executar exercícios ativo/passivos e ativos respiratórios no pós-operatório
✔ Executar exercícios ativo/passivos e ativos musculares no pós-operatório
✔ Realizar levante logo que possível
✔ Encaminhar para a Unidade de Cuidados na Comunidade

Estratégias pós alta hospitalar - no domicílio / UCC

✔ Integrar o programa de reabilitação funcional respiratória da UCC


✔ Visita domiciliária da equipa da UCC nas primeiras 48h pós alta
✔ Implementar um plano individual de intervenção ao utente/ família de acordo com as
suas necessidades e capacidades
✔ Validar ensinos realizados no internamento
✔ Envolver a família/prestador de cuidados
✔ Treinar a pessoa a realizar técnicas RFR:
✔ Posição de descanso e relaxamento
✔ Consciencialização dos tempos respiratórios
✔ Controle da respiração
Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 18 Dezembro 2022
Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
✔ Respiração abdomino diafragmática
✔ Exercícios de expansão torácica com recurso a bastão
✔ Movimentos ativos e correção postural
✔ Tosse com contenção da ferida cirúrgica
✔ Espirometria de incentivo
✔ Incentivar a pessoa realizar no domicílio técnicas RFR

Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 19 Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
ANEXOS

ANEXO I - ESCALA DE BORG MODIFICADA

A Escala de Borg modificada surge em 1982, pelo seu autor Gunnar Borg, com o
objetivo de avaliar o grau de dispneia em tempo real (Ordem dos Enfermeiros, 2016). Esta é
uma escala de fácil utilização e que permite à pessoa quantificar a sua dispneia no momento
da realização de uma tarefa ou exercício, numa escala de 0 a 10, onde 0 corresponde a
“nenhuma falta de ar” e 10 corresponde a “falta de ar máxima” (Ordem dos Enfermeiros, 2016).

Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 20 Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira
ANEXO II - ÍNDICE DE BARTHEL

O Índice de Barthel surgiu em 1965 pelos autores Mahoney e Barthel. Encontra-se


traduzido para português e validado em Portugal por Araújo, Ribeiro, Oliveira e Pinto em 2007.
Segundo os autores, este instrumento permite avaliar o nível de dependência da pessoa para
a realização de dez atividades básicas de vida, nomeadamente, comer, higiene, uso do
sanitário, vestir e despir, controlo de esfíncteres, deambular, transferências e subir e descer
escadas (Ordem dos Enfermeiros, 2016). A pontuação da escala varia de 0 a 100 pontos, com
intervalos de 5 pontos. Onde 0 é considerado que existe uma dependência máxima nas AVD’s
e 100 corresponde à independência total nas AVD’s avaliadas (Ordem dos Enfermeiros,
2016).

Ana R. Amaro, Lola Monteiro, Lúcia Grácio, 21 Dezembro 2022


Luísa Lopes, Sabina Ramalho, Sofia Oliveira

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