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PROBLEMA DO TIRO

UE 6.0
2 TEMPOS
PROPÓSITO

Entender, de maneira geral, como são


resolvidos pelos sistemas de armas dos navios os
problemas de pontaria do canhão para o tiro de
superfície e antiaéreo.
SUMÁRIO
- Problema do Tiro
- Problema Cinemático
- Problema do Tiro de Superfície
- Predição
- Solução do Problema de Tiro (processo iterativo)
- Problema do Tiro Antiaéreo
- Alvo de Superfície x Alvo Aéreo
- Problema Balístico
- Correções Balísticas
PROBLEMA DO TIRO
Consiste basicamente de como atingir um alvo
em movimento a partir de uma plataforma em
movimento.
O “Problema da Direção de Tiro” é composto por
duas partes:
I - Problema Cinemático – Estabelecimento
contínuo da posição futura do alvo.
Consiste na predição da posição futura do alvo, decorrido
um intervalo de tempo após o disparo do canhão (tempo de
voo do projetil).

II - Problema Balístico – Determinação das


correções balísticas.
Baseado no rumo e velocidade do navio, nas condições
ambientais e na posição futura do alvo, o sistema escolhe
uma trajetória capaz de interceptar o alvo.
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A solução do problema de tiro
permitirá fazer a coincidência
da trajetória do projetil com o
percurso esperado do alvo.

MUNIÇÃO

ALVO
Problema Cinemático

Problema Balístico
Correções Balísticas...
Determinação do ângulo de alça (Vs) e da
deflexão da alça (Ds).
TÁBUA DE TIRO
- É o conjunto de dados relativos à
trajetória do projetil, inseridos no
computador (elemento de controle do
sistema de armas)
- Cada arma tem a(s) sua(s)

Para construí-la usa-se a BALÍSTICA


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PROBLEMA DO TIRO DE
SUPERFÍCIE
Sistema Diretor de Tiro Básico
Solução do Problema de Tiro

O propósito do filtro é processar continuamente


os dados medidos do alvo de forma a obter os
parâmetros necessários para a PREDIÇÃO
(posição atual, velocidade e aceleração) .
• Durante o engajamento: navio atirador e
alvo em constante movimento
• Marcação e distância do alvo variam
constantemente, necessitando correções
contínuas em elevação e conteira do canhão
• Para o cálculo das correções é necessário
conhecer o rumo e a velocidade do alvo
• Com os dados do movimento do alvo faz-se
a predição da posição futura deste,
considerando o tempo de vôo da granada
• Finalmente o canhão é apontado (elevação e
conteira) de forma que o projetil atinja o
alvo na posição futura.
• Para calcular a posição futura do alvo, é
necessário obter os dados do movimento do
alvo: posição atual, rumo e velocidade.
• Cabe ao sensor do sistema de direção de tiro
obter os dados do movimento do alvo, a
partir do seu acompanhamento contínuo
(tracking)
• É necessário o emprego de filtros para
evitar grandes variações dos dados do alvo
(amortecimento)
• Sensores: óticos e eletrônicos
Solução do Problema de Tiro
• O cálculo da posição futura do alvo depende
do tempo de voo da granada, e por sua vez,
o cálculo da trajetória balística (e o tempo
de voo da granada) depende da posição
futura do alvo.
• Como resolver???
»Processo Iterativo!!!!
Solução do Problema de Tiro
(processo iterativo)
St.t1 St.t2

t1 Passo 1 t2 Passo 2

St.t3 St.t4
t3 t4 t5
Passo 3 Último passo
|t4 - t5|<10-5 seg
Processo Iterativo
• A seguir, será exemplificado o processo
iterativo empregado na solução do problema
de tiro.
• Somente quatro, de um total de dez,
iterações serão apresentadas.
• Observar a variação do ponto de queda em
relação à posição futura do alvo.
• A posição atual do alvo é o ponto de partida
para o cálculo da trajetória. É o elemento de
entrada para a primeira aproximação
(trajetória #1);
• Se o canhão for disparado baseado nessa
trajetória, o projetil não atingirá o alvo.
• Ao final do tempo de voo (trajetória #2),
onde estará o alvo em relação à posição
atual?
• Baseado na posição futura, é novamente
calculado o tempo de voo.
O processo se repete...
• Ao final do tempo de voo (trajetória #3),
onde estará o alvo em relação à posição
atual?
• Baseado na posição futura, é novamente
calculado o tempo de voo.
Mais uma vez o processo se repete...
• Ao final do tempo de voo (trajetória #4),
onde estará o alvo em relação à posição
atual?
• Baseado na posição futura, é novamente
calculado o tempo de voo.
Solução do Problema de Tiro...
• O processo se repete até que a diferença
entre os tempos de voo calculados por
último seja pequena (< 10-5 seg).
• Quando isso ocorrer, a posição usada para o
cálculo do tempo de voo será o mesmo
ponto atingido pelo projetil.
Solução do Problema de Tiro
(processo iterativo)

• O processo iterativo de cálculo do tempo de


voo e posição futura do alvo prossegue até
que a diferença entre os tempos de voo
calculados sucessivamente (mais recentes)
seja bem pequena, ou seja, não exceda 10-5
segundos.
• Quando isso ocorrer, será obtida a solução
para o problema de tiro.
• A solução do problema de tiro permitirá
fazer a coincidência da trajetória do projetil
com o percurso esperado do alvo.
PROBLEMA DO TIRO
ANTIAÉREO
• Solução um pouco mais complicada que o Problema
do Tiro de Superfície: envolve maior velocidade do
alvo e a sua altitude (elevação).
Alvo de Superfície x Aéreo
Alvo de Superfície x Aéreo
PROBLEMA BALÍSTICO
Consiste na determinação do ângulo de alça
(Vs) e da deflexão da alça (Ds). Parte-se de
condições fictícias, conhecidas como condições
tabulares e, em seguida, calcula-se as correções
balísticas para as condições reais do momento do
tiro.
Condições tabulares:
- plataforma atiradora (canhão) parada;
- alvo parado;
- não há vento;
- densidade do ar ao nível do solo e sua lei de
variação com a altitude estabelecidas;
- valor de VI constante, igual ao valor padrão;
- projetis idênticos ao padrão;
- canhão previamente aquecido; e
- Terra plana e imóvel.
As correções balísticas são calculadas para
compensar as diferenças entre as condições
tabulares e as condições reais do momento do
tiro, bem como, erros conhecidos ou previstos.
A correção balística total a ser aplicada
compõe-se de:
correção balística do canhão;
correção balística da direção; e
correção balística arbitrária.
Correção Balística do Canhão
Compõe-se das correções destinadas a
compensar os seguintes efeitos:
vento;
variação da densidade do ar;
variação da VI; e
derivação.
Correção Balística da Direção

Essa correção é feita quando a linha de visada


não coincide com a linha de sítio, o que pode
ocorrer no apoio de fogo naval, durante as
operações anfíbias (tiro indireto).
Para determinar a correção, basta obter as
diferenças, em alcance e deflexão, entre o ponto
visado e a posição do alvo.
Correção Balística Arbitrária

Visa compensar erros devidos a causas


desconhecidas, isto é, erros sistemáticos
determinados pela realização de grande número
de exercícios de tiro. As correções arbitrárias
mais importantes são:
Tiro de PAC (Pré Action Calibration), “Erro
do Dia”.
Canhão frio.
Correção Balística Total

Uma vez determinadas as correções balísticas do


canhão, da direção e arbitrária, determina-se as
correções balísticas totais em alcance e deflexão,
que deverão ser aplicadas, respectivamente, à
distância e à deflexão da alça, a fim de que sejam
obtidos o ângulo de alça (Vs) e a deflexão da alça
(Ds).
• O computador analisa continuamente as
entradas e apresenta duas saídas:
– Ângulo de Elevação
– Ângulo de Conteira
• Essas saídas são geradas continuamente e,
após a estabilização (correções devido ao
jogo do navio), dão origem às ordens de
elevação e conteira do canhão.
Estabilização
- O jogo do navio (balanço e caturro) faz com que a
medição dos ângulos do alvo (marcação e sítio)
em relação ao convés variem constantemente.
- Portanto, faz-se necessário a medição e correção
do jogo do navio continuamente (estabilização).
- A informação para estabilização consiste
basicamente de duas quantidades:
- Inclinação longitudinal (LONG)
- Inclinação transversal (TRANS)
PARALAXE
- A paralaxe existe pelo fato do canhão estar localizado em
uma posição diferente do sensor do sistema de DT.
- Portanto, a linha de visada do alvo, vista pelo sensor, é
diferente da linha de visada entre o canhão e o alvo.
- A paralaxe deve ser corrigida para todos os canhões, nas
diferentes partes do navio, de forma que a linha de visada
destes convirja para o alvo.
- O efeito da paralaxe é mais significativo a curtas
distâncias. A distâncias extremamente longas o efeito pode
ser desprezado.

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