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FADESA – FACULDADE PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA

AMAZÔNIA

CURSO DE DIREITO

GEANDERSON NUNES – 7° PERÍODO NOTURNO

PALESTRA: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - RELATÓRIO

Parauapebas

2023
GEANDERSON NUNES – 7° PERÍODO NOTURNO

PALESTRA: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – RELATÓRIO

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação


em Direito da Faculdade para o
Desenvolvimento Sustentável da Amazônia-
FADESA, para obtenção parcial da nota do 1º
bimestre da disciplina de Direito da Infância e
da adolescência, ministrada pela Prof. Josele
Cristina de Oliveira Costa.

Parauapebas
2023
TEMA DA PALESTRA: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
DATA: 15/03/2023
LOCAL: AUDITORIO FADESA
PALESTRANTE: DANYLLO MAUÉS – (PROMOTOR DE JUSTIÇA)

Em abordagem sobre a violência doméstica, o orador trouxe à tona, dados regionais sobre o
registro de casos na região do Pará, e enfatizou sobre a necessidade do acolhimento para essas
vítimas e seu empoderamento na sociedade.

Na análise do promotor, a violência doméstica se alastrou e vem se propagando dentro da


sociedade devido a fatores culturais e históricos, fruto de uma cultura machista, patriarcal e da
imposição de falsos valores. Nesse contexto, a família e a principal protagonista, onde exerce
inicialmente o papel de entidade julgadora e ou mediadora, impondo a essas vítimas a
submissão ao seu cônjuge reforçadas pela dependência afetiva e econômica consubstanciado
pelo preconceito social e religioso.

Na visão do palestrante, na sociedade vigora a “democratização da violência doméstica” tendo


em vista as peculiaridades que ocorrem dentro de terminada classe social, onde a dependência
econômica destaca-se na classe baixa, serve de escudo para os agressores e de opressão para as
vítimas, diferente das classes média e alta, onde prevalece a dependência afetiva, agravado em
muitos casos, pela posição social da vítima, quanto mais elevado o status da vítima maior a
chance de ocultação da violência, com intuito de preservar sua imagem pública em detrimento
da integridade física e psicológica.

O autor descreve como “ciclo da violência” as etapas evolutivas das agressões domésticas, tendo
como ponto de partida, as ofensas verbais e os constrangimentos, que inicialmente atingem a
vida profissional e social da vítima, ex.: redes social e trabalho, nessa etapa, o agressor se
“intitula como ofendido” atraindo a vítima para um sentimento de culpa, recaindo sobre esta, o
sentimento de responsabilidade sobre a agressão. De forma imperceptível, as agressões vão se
tornando mais constantes, contundentes é intempestiva. Em etapas superiores do “ciclo da
violência” a vítima é vista e tratada como objeto, fonte de desejos e de possessão, tendo seu
exaurimento com a consumação da violência em aspecto físico, onde o agressor coloca em
prática seu “animus necandi” sobre a vítima. O autor reforça a tese de que a violência doméstica
e fomentada por um conjunto de ações do agressor, e que invariavelmente, não decorre de um
fato isolado ou de uma única conduta, mas de um conjunto de ações sucessivas.

Esclarece ainda o autor que, a violência doméstica não se caracteriza apenas pela forma física,
ao contrário, na maioria esmagadora dos casos, o dano se inicia de forma psicológica, não sendo
menos gravoso que a agressão física sendo está última, a externalização material de um
comportamento já doentio muitas vezes seguido de um pedido de perdão do agressor, sem efeito
prático sobre sua conduta.

Por fim, o orador exalta a importância da medida protetiva, que, quando concedida tem o
condão de resguardar a integridade física e psicológica da vítima, ainda que exista registros de
desfechos contrários ao seu objetivo. Destaca-se também que, o Estatuto do Índio, ECA, e a Lei
Maria da Penha, tem objetivos mútuos no combate e na prevenção dessa conduta criminosa,
ambos com atuação em contextos sociais distintos, porém convergentes entre si, para prevenção
e combate a violência doméstica.

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