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nas antigas
culturas
orientais
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Mar Negro
TURQUIA
Mar Cáspio
ÁSIA MENOR
CHIPRE
Mar
Mediterrâneo LÍBANO SÍRIA
ISRAEL
Mar Cáspio JORDÂNIA
IRAQUE IRÃ
Nínive
ASSÍRIA
Mar Mediterrâneo CHIPRE Ass r
KUWAIT
EGITO
BAHRAIN
DESERTO DA SÍRIA CATAR
ACÁDIA EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
ARÁBIA SAUDITA
Jericó Babilônia
Lagash Susa Trópico de Câncer
BABILÔNIA
Uruk Persépolis
Ur
EGITO SUDÃO OMÃ
PÉRSIA
ERITREIA
ARÁBIA IÊMEN
0445 km
SAARA ETIÓPIA
Trópico de Câncer
0330 km
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Por ter formato de lua crescente, a região do Antigo Oriente, onde estão os
rios Nilo, Tigre e Eufrates, foi chamada de Crescente Fértil.
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Depois das inundações, que aconteciam todos os anos, os Glossário
rios baixavam e voltavam ao seu leito normal, deixando uma Húmus – material orgânico excelente para a fer
cama- da de húmus de aproximadamente oito centímetros. Essa
camada tornava as terras agricultáveis.
Com o desenvolvimento de
ÁSIA
EUROPA
Romanos
OCEANO Gregos Hebreus/ Chineses
ATLÂNTICO Fenícios
Egípcios Persas
Trópico de Câncer Índianos
OCEANO
PACÍFICO
ÁFRICA
Equador 0˚
Trópico de Capricórnio
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
PACÍFICO
02445 km
Círculo Polar Antártico
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Mesopotâmia
Por volta de 4000 a.C., surgiram as primeiras cidades nessa região, que, por
es- tarem entre os rios Tigre e Eufrates, foram chamadas de cidades
mesopotâmicas.
A Mesopotâmia é uma
Alto-relevo
representando um dos
povos mesopotâmicos,
os assírios, em guerra.
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eles organizaram a história das várias civilizações mesopotâmicas.
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Os sumérios
Você já pensou qual seria a Localize
ci- vilização mais antiga da No mapa abaixo, localize Ur, uma das primeiras cidades do mundo, e circule-a.
humanida- de? Muitos
especialistas afirmam que os
sumérios já haviam organi- zado
ARÁBI
mum. Esse tipo de organização so- A
As cidades-Estado são um sistema político em que uma cidade é governada por um soberano e te
Fonte de pesquisa: Britannica Online Encyclopedia.
Vamos fazer
• É comum encontrarmos a afirmação: a região sumeriana foi o berço
da civilização. O que isso significa?
Provavelmente, foi nessa região que surgiram as primeiras cidades da humanidade, atraindo diferentes povos com
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Os acadianos
As cidades sumérias viviam em conflito e nunca se uniram para formar
um Estado centralizado. Por volta de 2400 a.C., os sumérios foram
dominados por um povo do deserto da Arábia que habitava uma região
chamada Ácade, daí a denominação “acadianos”.
Por volta de 2100 a.C., os acadianos também entraram em guerras internas,
o que enfraqueceu sua organização social e política e os tornou vulneráveis ao
do- míno de invasores externos. Hamurábi, patesi da cidade de Babilônia (ou
Babel), foi quem os dominou definitivamente no século XVIII a.C., mas a
Babilônia ainda seria conhecida por ser dominadora de vários outros povos.
Aquele era apenas o primeiro Império Babilônico.
Nínive
CHIPRE
ASSÍRIA
Mar Mediterrâneo Assur
DESE TO DA SÍRIA
ACÁDIA
Babilônia
Jericó
BABILÔNIA
Umma Lagash Susa
Mênfis Uruk Persépolis
Ur
EGITO
Vamos fazer
ARÁBIA
• Os aca ianos,SAARA
liderados
Teba por Sargão I, que tinha a pretensão de se tornar 0200 km
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O Império Amorita ou Primeiro Império Babilônico
Como vimos, no século XVIII a.C., os acadianos passaram a travar lutas
inter- nas e enfraqueceram sua organização social e política, até que o patesi
Hamurábi, rei da Babilônia, dominou a Me-
Deserto da Arábia e Mesopotâmia
Tebas
0200 km
SAARA
Glossário
Zigurate – construção cuja base feita de cam
ALocalize
Torre de Babel
Atribui-se
Circule a aos amoritas a criação da Torre de Babel, um zigurate com o qual se pretendia alcançar o céu. Ela teria sido c
Babilônia.
Na Bíblia, no livro de Gênesis, há menção à Torr de Babel. A Bíblia diz que quando os homens se juntaram para a constru
Vamos fazer
• A origem do nome Babilônia é “confusão”. Em sua opinião, uma
cidade que pertence a um local em que há constantes guerras vive
que tipo de “confusão”?
Há dificuldades na organização social, política e econômica e até mesmo cultural.
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O Império Assírio
KAMIRA/SHUTTERSTOCK
A morte de Hamurábi em 1750
a.C. e uma nova onda de invasões
à região acabaram determinando o
co- lapso do Primeiro Império
Babilônico, que foi conquistado
pelos assírios, em 1300 a.C.
Conhecidos pela extrema cruel-
dade com que tratavam seus inimi-
gos, os assírios dominaram a Meso-
Assírios caçando leões, mostrando, assim, suas
potâmia de 1300 a.C. até 612 a.C. características guerreiras.
Esse povo ocupou o norte da região mesopotâmica, que tinha como capital a
cidade de Assur, nome do seu principal deus. Governados por sacerdotes que
con-
trolavam uma elite de guerreiros cruéis, os assírios viveram seu ogeu durante o
a reinado de Assurbanipal, no século VII a.C.
Assurbanipal transferiu a capital da Assíria de Assur para Nínive, onde cons-
truiu uma famosa biblioteca, conhecida
como Biblioteca de Nínive, com milhares de
Assíria: Nínive e Assur
placas de argila contendo registros do
Mar Negro
conhecimen-
to das pes oas daquela região.
ÁSIA MENOR
Após invadir e dominar o Egito, bem
Mar Cáspio como boa parte do povo hebreu, e
Mar Mediterrâneo CHIPRE
Nínive
ASSÍRIA
Assur
conquistar todo o O iente Médio, os assírios
entraram em de- clínio com a morte do
DESERTO DA SÍRIA
Jericó
ACÁDIA
Babilônia
famoso rei. Em 612 a.C., a cidade de Nínive
Lagash Susa
BABILÔNIA
Uruk
Ur
foi destruída pelos caldeus, que, ao
Persépolis
EGITO
PÉRSIA reconstruírem a cidade de Babilônia,
VESPÚCIO CARTOGRAFIA DIGITAL
Localize
Trópico de Câncer 0330 km
Vamos fazer
• Há relatos de que os assírios enterravam seus inimigos vivos, cortavam as
cabeças dos líderes dominados e penduravam em postes, torturavam
as pessoas que eram capturadas. De acordo com o que você leu, por que
será que agiam dessa forma?
Os assírios queriam dominar os povos e conquistar outras regiões. Para isso, utilizaram a técnica do terror. Todos
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temiam os assírios.
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O Império Caldeu ou Segundo Império Babilônico
Sob o governo do rei Nabucodonosor, no século VI a.C., os caldeus
reorganiza- ram um breve, mas esplendoroso império.
A nova Babilônia foi caracterizada pela construção de grandes obras públicas.
A mais famosa delas foi a dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das sete
ma- ravilhas do mundo antigo, que, infelizmente, nunca teve suas ruínas
encontradas. Muitas dessas obras da nova Babilônia foram realizadas com o
trabalho de hebreus, escravizados pelos caldeus. Em 587 a.C., Nabucodonosor
destruiu a ci- dade de Jerusalém e deportou milhares de hebreus para o
chamado Cativeiro da
Babilônia, mencionado na Bíblia.
Após a morte de Nabucodonosor, Ciro I, rei persa, invadiu o império.
Desse modo, em 539 a.C., as monumentais civilizações mesopotâmicas caíram
sob do- mínio persa. A partir de então, a região passaria à con-
dição de província de outros povos.
Nabucco é uma ó era do italiano Giuseppe Verdi, es- crita
Disponível em: <www.youtube. com/watch?feature=player_ embedded&
MAARTEN VAN HEEMSKERCK/DOMÍNIO PÚBLICO
Vamos fazer
• Os assírios eram temidos por sua violência e, ainda assim, os caldeus
domi- naram os territórios por eles ocupados. Qual era a fragilidade dos
assírios?
Apesar de grandes guerreiros, os assírios não eram bons administradores e, por isso, perderam o território para os
caldeus.
Mesopotâmia: religião
As bases da religião das civilizações mesopotâmicas foram fixadas pelos sumérios.
Os sumérios e os acadianos tinham um tipo de construção que, com o
passar do tempo, tornou-se um monumento de sua cultura: os zigurates, que
serviram a propósitos religiosos e tornaram-se famosos por sua arquitetura 73
singular.
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A forma em escada dos zigurates indicava que essas construções estavam
entre os céus e a terra, simbolizando a elevação dos homens aos céus e a descida
dos deuses à terra. Os zigurates eram construídos com argila. Como consequên-
cia, resistiram menos ao tempo e às guerras.
Politeístas, os sumérios acreditavam que os homens viviam à mercê das von-
tades dos deuses, os quais deveriam ser cultuados nos zigurates das cidades.
Glossário
AFP
Politeísmo – vários deuses; possibilidade de culto a mais de uma divindade.
Cada cidade tinha uma espécie de “de s protetor”, que garantia a proteção
dos homens contra as catástrofes da natureza. Segundo os sumérios, a cidade
era vista como o local de criação do mundo.
Segundo a tradição dos sumérios, os deuses criaram o ser humano a partir
do barro com o propósito de serem servidos por suas novas criaturas. Esse
povo acreditava na existência de vida após a morte, mas achava que essa vida
era vil e deplorável, não havendo nela nenhuma recompensa ou felicidade.
Daí o fato de os mesopotâmicos não terem construído grandes túmulos, como
os egípcios. Suas tumbas serviam apenas para impedir a volta dos mortos à
terra dos vivos.
Integrando conhecimentos
[...] quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo; como o Filho do homem, que não veio para ser serv
Os sumérios acreditavam que os zigurates apontavam para uma relação entre os deuses e os
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Vamos fazer
Durante o governo de Hamurábi, foi redigido um dos mais O Código de Hamurábi…
an- tigos códigos de leis da humanidade: o Código de Hamurábi, foi registrado em escrita cuneiforme, em u
que apresenta um conjunto de 282 penalidades para vários tipos de
de- lito, todas baseadas na Lei de Talião, o princípio legal do
código.
A Lei de Talião prega o princípio do “olho por olho, dente
por dente”, ou seja, a pena de alguém condenado deveria ser
propor- cional ao sofrimento que causou à sua vítima. Leia, a
seguir, alguns artigos do Código de Hamurábi. Depois, responda ao
que se pede.
1. Escolha um dos art gos e explique como o princípio da Lei de Talião está
contido no Código de Hamurábi.
O aluno precisa tocar no ponto de a pena do condenado ser proporcional ao sofrimento que causou à vítima.
penas aplicadas àqueles que cometeram delitos contra alguém de um patamar social inferior.
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3. Leia o texto a seguir e responda às questões.
terras em seus domínios, portanto, organizavam o trabalho; as comunidades agrícolas precisavam pagar-lhes
tributo para poder plantar e, em épocas de cheias, trabalhar nas construções de monumentos.
Agora reflita: Todos os povos tinham problemas sociais com que lidar: se uma pessoa
WOLKMER, Antônio Carlos. O direito nas sociedades primitivas. In: Fundamentos de história do direito. Belo H
Você concorda que é essencial para o funcionamento de uma socieda- de que ela tenha
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HISTÓRIA
EM AÇÃO Escrita cuneiforme
KAMIRA/SHUTTERSTOCK
Glossário
Pictograma – desenho que
funciona como uma palavra
de uma língua escrita, mas
que não tem relação com
os sons da língua falada.
A argila…
era usada como suporte da
escrita porque a região
me- sopotâmica, com seus
dois rios, fornecia muita
argila para os povos que
ali habi- tavam.
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H6_u2c4_064a105.indd 77 11/10/14 9:52 AM
Forma
Forma inicial Forma final
Palavra intermediária
(3100 a.C.) (700 a.C.)
(2400 a.C.)
Estrela, céu
Ir, andar
Pictogramas
Ovelha, rebanho
Canal de irrigação
4 5
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H6_u2c4_064a105.indd 78 11/10/14 9:52 AM
A Palestina
Até agora você viu que foi na região do Oriente Médio que provavelmente
se desenvolveram as primeiras civilizações. Na região mesopotâmica, estabelece-
ram-se os dois impressionantes Impérios Babilônicos e o Império Assírio.
Estudaremos agora a região que corresponde à Fenícia e à Palestina, para
descobrir que rica herança cultural os fenícios e os hebreus, povos que a habita-
ram, também nos deixaram.
Localize
Mar Negro
Mar Mediterrâneo
EGITO
Trópico de Câncer
Região do Crescente Fértil
0 390 km
A Palestina foi uma região ocupada por alguns povos, como os hebreus.
Na atualidade, essa região é onde se localiza parte do atual Estado de Israel.
A história dos hebreus é um registro de deslocamentos. Esse povo teve
ori- gem na Mesopotâmia, emigraram para a Palestina e, depois, para o Egito,
retor- nando à Palestina.
Outra civilização que se instalou em uma estreita faixa de terra que, na atua-
lidade, corresponde ao Líbano foi a dos fenícios. Esse povo caracterizou-se
pela arte da navegação e pelo intenso comércio.
Ambos, hebreus e fenícios, podem ser caracterizados como povos do
Medi- terrâneo, pois localizavam-se na costa oriental desse mar.
Os hebreus e os fenícios são chamados de semitas. Receberam esse nome
pois, de acordo com a tradição desses povos, pertenciam à descendência de Sem,
um dos filhos de Noé, cuja história é contada na Bíblia.
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A região da Palestina, no Oriente Médio, compreendia o vale do Rio Jordão
até a costa do Mar Mediterrâneo. O vale do Rio Jordão era a área mais fértil,
própria para a agricultura e para a formação dos povoados e cidades. Mas as
outras loca- lidades eram compostas por montanhas e colinas com solo pobre e
seco, de forma que a porção de terra fértil era pequena.
GUY ZIDEL/SHUTTERSTOCK.COM
Vale do Rio Jordão. Ao fundo, as montanhas da Galileia e Colinas do Golan
Patriarcas
De acordo com a Torá e as descobertas arqueológicas, os primeiros hebreus
eram seminômades que viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia.
Por volta do ano 2000 a.C., emigraram para a terra de Canaã, na
Palestina. Um homem de Ur, chamado Abraão, recebeu uma ordem de Deus
para deixar sua terra e seus parentes e migrar para uma terra que Deus lhe
mostraria. Obe- diente ao chamado divino, Abraão seguiu até chegar a Canaã.
Na nova terra, os hebreus continuaram a viver como pastores seminôma-
des, organizados em grupos familiares, sob a liderança de patriarcas ou anciãos.
Os primeiros patriarcas foram Abraão, Isaque, seu filho, e Jacó, filho de Isaque.
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Jacó teve seu nome mudado para Israel e,
Vamos fazer
• O Êxodo é um importante episó io da história dos hebreus e dos egípcios.
Consulte o dicionário e escreva, no caderno, o significado desse termo,
depois, relacione-o aos breus. De acordo com o dicionário, êxodo significa retirada em massa
de uma população. Foi o que ocorreu no episódio dos hebreus,
h quando se retiraram do Egito. Êxodo também é o nome do livro
da Bíblia que narra esse episódio.
filisteus. 030 km
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Localize Possível rota dos hebreus do Egito a Canaã
Mar Mediterrâneo
CANAÃMar
Salgado
E G I T O
Rio Nilo
Possível rota do Êxodo
0 70 km
Mar Vermelho
Reis
Segundo as escrituras sagradas, o primeiro rei escolhido foi Saul, natural
da tribo de Benjamim. Com ele, houve, pela primeira vez, a centralização de
poder, por volta de 1030 a.C.
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Comandando os exércitos israelitas, Saul conseguiu diversas vitórias
contra os filisteus. Foi sucedido por Davi, que reinou entre 1000 e 960 a.C. Davi
conquis- tou a cidade de Jerusalém, transformou-a na capital política e religiosa
do reino e expandiu as fronteiras do território israelita em suas muitas guerras.
Além de exercer as funções reais, compôs muitas canções, a maioria delas
reunida em um livro bíblico chamado de Salmos (do hebraico tehellim, significa
“hino”).
O sucessor de Davi foi seu filho Salomão (960-920 a.C.), que se destacou
como um grande rei. Ele consolidou a monarquia, expandiu ainda mais os domí-
nios israelitas, ampliou as relações comerciais com os fenícios da cidade de Tiro
e construiu grandes edifícios, entre eles um templo para culto a Deus. Tornou-se
um monarca rico e poderoso, mas elevou sobremaneira os impostos.
Depois que Salomão morreu, os israelitas, descontentes com os altos impos-
tos, pediram a um dos filhos do rei, Roboão, que aliviasse a carga tributária. Ro-
boão se recusou a atender o pedido dos israelitas. Por causa dessa recusa, houve
um cisma: parte do povo não reconheceu Roboão como rei.
Formaram-se, então, dois reinos: um ao norte – o de Israel – reunindo dez
das doze tribos, com capital em Samaria, e outro ao sul – o de Judá (dos judeus)
– com duas tribos e capital em Jerusalém. Diversos reis se sucederam nesses dois
reinos, até que, no ano 722 a.C., o reino do norte foi invadido e con-
quistado pelos assírios. O reino de Judá continuou a exist r até o Glossário
Cisma – separação de uma pessoa ou grupo de p
ano 587 a.C., quando foi conquistado pelos caldeus, também
cha- mados de neobabilônicos.
O cisma
FENÍCIA
REINO DE ISRAEL
Dor
REINO DE JUDÁ
Cades-Berneia EGITO
EDOM
Edom-Gebet
Território do reino
Reino de Saul Reino de Davi Territórios agregados ao reino durante os anos
Reino de Salomão
0 75 km
0100 km
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De acordo com o relato da Bíblia, Nabucodonosor, rei da Babilônia,
invadiu Jerusalém, destruiu o templo e obrigou os israelitas a migrarem em
massa para a Babilônia, onde ficaram cativos até o ano 538 a.C. Nesse ano, a
Babilônia caiu sob o domínio dos persas e os judeus tiveram autorização para
voltar à Palestina e reconstruir a cidade de Jerusalém, suas muralhas e o
templo.
Muito tempo depois, Judá foi invadida por Alexandre, o Grande, rei da
Ma- cedônia, e séculos mais tarde, pelos romanos. No ano 70 d.C.,
reprimindo uma rebelião israelita, os romanos destruíram e saquearam o
templo que havia sido reconstruído durante o Império Persa, e os judeus foram
dispersados pelo mundo, no que ficou conhecido como a Diáspora Judaica.
Vamos fazer
Observe, a seguir, as linhas do tempo e explique por que existem diferen- tes registros p
A primeira linha do tempo (superior) registra os acontecimentos dos hebreus, e a segunda, mostra o tempo dos cristãos, que leva em con
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Os hebreus: religião e cultura
A Palestina é uma região em que quase só recebe chuva no inverno, e as
re- servas de água são escassas. Ainda assim, os cultivos de trigo, lentilha,
cevada, pepino, cebola, uvas e azeitonas ficaram famosos na região. Além
disso, a ati- vidade pecuária, com destaque para a criação de rebanhos de
ovelhas e cabras, também passou a fazer parte, desde cedo, da história dos
povos que ali viveram. Nas cidades, havia artesãos, ourives, carpinteiros,
ceramistas e mercadores, que, nos tempos de maior prosperidade, faziam
comércio com diversas cidades.
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AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
CARBALLO/SHUTTERSTOCK
Oliveira Azeitonas Azeite
MBPROJEKT MACIE BLEDOWSKI/SHUTTERSTOCK
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
ARNON POLIN/SHUTTERSTOCK
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Vamos fazer
Observe a pintura a seguir, representação de um evento e de um líder
muito importante na história do povo hebreu.
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2. Que líder hebreu está representado na pintura?
( ) Abraão.
( ) Isaque.
( X ) Moisés.
( ) Jacó.
3. O que ele segura?
( X ) As tábuas da Lei.
( ) O Pentateuco.
( ) O Antigo Testamento.
( ) A Bíblia.
conjunto de leis que regula as relações dos homens, uns com os outros e com Deus.
PESQUISA
DIOMEDIA / SUPERSTOCK RM
judai- ca e se tornou conhecida e
importante no mundo todo, pois o
cristianismo, religiãoiã que tem uma
relação muito próxima com o judaísmo, a
aceita como norma de o ienta- ção
espiritual, ética e moral. O cristianismo
cri
é a principal religião do Ocide te, por isso
muitas das expressõesõe artísticas
art sobre os
principais eventos e pessoas
pe da história
judaico-cristã foram feitas por europeus.
Nessas obras, os artistas europeus apro-
ximaram as feições do povo hebreu das
feições europeias. Observe esse fenômeno
comparando o Moisés pintado por James
Tissot e o Moisés pintado por Rembrandt
(na página anterior). Faça uma pesquisa
para descobrir como James Tissot chegou
a esse desenho de Moisés e escreva, em
seu caderno, quais diferenças você obser-
va entre as duas representações.
Moisés, James Tissot
(1836-1902)
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HISTÓRIA
EM
Festas judaicas
AÇÃO
Como vimos, os hebreus são os ancestrais dos judeus, cuja religião oficial é o
judaísmo.
Além de ser uma religião monoteísta e de ter sido a base para o
cristianis- mo, o judaísmo é uma religião em que o passado é constantemente
lembrado e celebrado. Conheça, a seguir, algumas das principais festas judaicas
e o que elas celebram.
PESQUISA
Faça uma pesquisa para descobrirri qual é a diferença entre a Páscoa ju-
daica e a Páscoa cristã e escreva suas conclusões no caderno.
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HISTÓRIA E
COTIDIANO
Sangue na Terra Santa
VANDERWOLF IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM
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na cidade. Foi Omar quem construiu a primeira mesquita na esplanada. Escolheu o
local do antigo templo [de Salomão] para acentuar a continuidade religiosa encar-
nada no Islã. Ironia do destino, o primeiro governante árabe da Palestina, Omar,
foi quem convidou os judeus da Galileia a voltar à cidade e criou o Bairro Judeu [...].
[Os judeus viveram dessa forma até que, há um século atrás, um judeu que vivia
na Eu- ropa, Theodor Herzl, propôs à comunidade judaica que retornasse à
Palestina para a fundação não de um bairro, mas de um Estado.]
[...] Alguns sionistas se encantaram com a oferta, mas a maioria considerou
que um Estado judeu só faria sentido numa terra com a qual tinham vínculos
históricos e afetivos. Com habilidade, conseguiram uma declaração do governo inglês
favorável à fundação de um “lar nacional judaico” e incrementaram a imigração
judaica para a Palestina. Depois da I Guerra [Mundial, 1919] surgiram a Síria, o
Iraque, o Líbano [...] e a Jordânia. A Palestina restante é uma estreita faixa entre o
Mediterrâneo e o Rio Jordão, do tamanho do Estado de Alagoas – é nesse
aperto que hoje israelenses e palestinos precisam for- Glossário
mar dois países. Califa: chefefe supremo ou líder
Em essência, Israel representa a chegada de um espiritualal da religião
relig islâmica
Estado moderno e democrático [...]. A contradição (muçu ulm
m an
nos)
s).
evi- dente é que se tornou inconcebível, no mundo Maomé: líd der religioso e polí-
tico árrabbe. É considerado um
moder- no, uma ocupação militar como a que Israel prroffe a pelos muçulmanos.
exerce nos territórios palestinos. [...] Oficialmente, a S onista: judeus que
guerra acabou em 1993, quando a Organização para a almejam voltar à sua terra,
Libertação da Palestina e Israel assinaram um acordo depois que a perderam na
Diáspora.Depo- sição –
de paz. [...]] Mas o acordo final que levaria à criação destituir, demitir.
do Estado palestino empacou nas duas mesquitas e no
templo [juudaico] des- truído há dois milênios.
Veja/Editora Abril. Texto publicado em 11/10/2000.
tanto para judeus como para muçulmanos. Portanto, o templo de Salomão é parte do conflito até hoje porque envolve
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Os fenícios
Tanto os israelitas quanto os fenícios tiveram de desenvolver suas sociedades
em uma região pouco favorável à agricultura.
Esse desenvolvimento foi ainda mais desafiador para os fenícios do que para
os hebreus, já que a Fenícia localizava-se em uma estreita faixa de terra,
limitada a leste, por montanhas e, a oeste, pelo Mar Mediterrâneo.
Em consequência de suas condições territoriais, os fenícios aproveitaram
o litoral extenso a que tinham acesso e que lhes proporcionava diversos locais
para a construção de portos.
Localize
Localize e circule a região da Fenícia no Antigo Oriente e compare-a com a atual região do Líbano (país que a
Mar Mediterrâneo
ÁSIA MENOR Trípoli
Nínive
CHIPRE Biblos
Baalbeck
Mar Mediterrâneo ASSÍRIA
Assur
LÍBANO
BeiruteZahle
EGITO
Tiro
ARÁBIA
0 2 km
Colinas de Golã
0245 km
11/10/14 9:52
Localize
ÁSIA
SARDENHA
Tinge
Cartago
CRETA
CHIPRE Biblos
Sidon T ro Moluscos…
Mar Mediterrâneo são animais invertebrados que vivem no m
Cirene
ÁFRICA Leptis
Mênfis
Fenícia
Rotas comerciais
0335 km
MARAFONA/SHUTTERSTOCK
cor púrpura.
Depois, passaram a oferecer praticamente tudo o que fosse
possível no Mediterrâneo. Vendia vinho, azeite, móveis, joias, fer-
ramentas, armas, tecidos, peles e escravos aos clientes, que abran-
Murex pecten, utilizado pelos fenícios.
giam desde ingleses até gre os.
Muitas vezes, praticavam o escambo, trocando mercadorias
que carregavam por produtos locais.
As cidades fenícias
Os fenícios não experimentaram uma unidade política em todo seu território.
A civilização fenícia era formada por cidades-Estado.
Como vimos, as cidades-Estado tinham autonomia política, com governo pró-
prio, moeda própria, leis específicas, mas pertenciam a uma única civilização,
por- que tinham em comum as crenças, os valores e a história da formação do
povo.
Na Fenícia, cada cidade-Estado era liderada por um rei, que governava até a
sua morte, passando o poder para seus filhos ou descendentes próximos. O 93
rei governava com o apoio de sacerdotes, comerciantes, administradores e
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membros
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de um conselho de anciãos, representantes das famílias mais ricas. E o poder
de cada cidade fenícia era demonstrado por sua força marítima. Essa forma
de governo foi denominada talassocracia.
A sociedade fenícia era composta, além dos reis, por funcionários do gover-
no, sacerdotes, comerciantes, pessoas livres e escravos. Na cidade de Tiro,
os mercadores se dedicavam ao comércio de escravos, vendendo prisioneiros
de guerra adquiridos de outros povos.
Muitos dos homens livres e escravos se ocupavam do cultivo
Glossário de trigo e de oliveiras, além da extração de madeiras nobres,
Talassocracia – significa, lite- ralmente, “governar (krateîn) o mar (thálassa, thálatta)”. Não significa governar pelo mar, mas se submeter a
so- bretudo o cedro. Outros se dedicavam à atividade de
artesanato, produzindo tecidos, joias de ouro e de prata,
perfumes, armas, cerâmica, vidros coloridos e tintura para
tecidos. Outros trabalha- vam como marinheiros.
Os fenícios não tinham condições natu-
GRUPO KEYSTONE/SHUTTERSTOCK
rais que favorecessem a prática da agricul-
tura, como os egípcios e os meso-
potâmicos. No entanto, souberam
transformar suas dificuldades em
oportunidades. Por terem madeira
de qualidade, tornaram-se exímios
construtores de navios e, por esta-
rem próximos ao Mar Mediterrâ eo,
Esquema de barco
tornaram-se grandes naveg fenício – galé
dores.
Integrando conhecimentos
Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo d
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A cidade fenícia Gebal,
por volta do ano 1400 a.C., era o local onde os gregos compravam papiro (ú – biblos) dos fenícios, que o obtinham
ANTON_IVANOV/SHUTTERSTOCK
Sítio arqueológico em Biblos
Vamos fazer
Complete a pirâmide das classes sociais da Fenícia, escrevendo as princi- pais atividades encontra
Escravos.
95
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Fenícios: religião e escrita
Os fenícios eram politeístas e adoravam divindades identificadas com as
forças da natureza e com as necessidades relacionadas a essas forças. Baal (se-
nhor) era o título usado para designar vários deuses, como Astarte, Baalat e
Tanit. Yarih era o deus da Lua, Shamash, o deus do Sol, e Reshef, o deus da guer-
ra. Os cultos eram realizados ao ar livre e em lugares elevados. Em cerimoniais a
Baal Hammon, muitas vezes eram sacrificadas crianças em vez de animais.
A mais importante contribuição dos fenícios para a nossa época foi a elabora-
ção de um sistema de escrita. Em virtude da necessidade de registrar as transa-
ções comerciais, os fenícios desenvolveram um sistema relacionando 22 caracte-
res com 22 sons de consoantes. Essa escrita, mais simples que a da Mesopotâmia
e a do Egito, permitia registrar, de modo prático, qualquer vocábulo. Esse
alfa- beto foi divulgado pelas rotas comerciais dos fenícios. Desse alfabeto
surgiram
os alfabetos grego, latino, árabe, hebreu e indiano. ente, os gregos
Posterior acrescentaram as vogais a essas consoantes. Com sformações, esse
algumas tra alfabeto tornou-se a base do nosso alfabeto.
PESQUISA
Faça uma pesquisa sobre o que é escrita alfabética e escreva, em seu caderno, o que
Vamos faz r
alfabeto aos fenícios, que agilizaram os registros escritos com o uso de novos códigos.
96
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HISTÓRIA E
COTIDIANO
O cedro do Líbano
O cedro do Líbano é o
DIAK/SHUTTERSTOCK
símbolo do país. Ele está
presente na bandeira liba-
nesa, por simbolizar força e
imortalidade. Essa espécie
de árvore pode viver cente-
nas de anos. Antigamente,
as montanhas da Fenícia
eram cobertas de cedro.
Veja como o cedro do Lí-
bano marcou sua presença
ao longo da História:
• Os fenícios emprega-
vam sua madeira na
construção de embarcações, utilizadas para nave-
gação no Mar Mediterrâneo e no Oceano Gllossário
Atlântico. Cedro – árvore símbolo nacio-
nal do Líbano.
• Segundo a Bíblia, o rei Salomão construiu seu fa-
fa
moso templo com a madeira dos cedros libaneses.
• A madeira do cedro era perfumada e utilizada pee-
los faraós do Egito para mumificar os mortos.
Atualmente, existe a Associação Amigos da Floresta dos Cedros, que tem por
objetivo o plantio de novas mudass de ceedros nas montanhas libanesas, além do
reflorestamento da região que jáá foi devastada.
Disponível em: <www.libano.org.br/olibano_ocedro.html>
Acesso em: set. 2014.
e também construíam embarcações. Na atualidade, o cedro é o símbolo desse país e há esforços para que volte a ser a
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A Pérsia
Por volta de 1300 a.C., enquanto os assírios erguiam seu império na Mesopo-
tâmia, outros povos, no Leste Europeu, iniciavam a ocupação do que hoje chama-
mos de Planalto do Irã. Esses povos, chamados de medos e de persas, ocuparam
uma vasta região montanhosa a leste da Mesopotâmia até o limite do Rio
Indo, na atual Índia.
Localize
ÁSIA
EUROPA
Mar Negro Mar Cáspio
IMPÉRIO PERSIA
MESOPOTÂMIA
Mar Mediterrâneo
Persépolis
0420 km
Ciro
A grande saga do Império Persa começou durante o reinado de Ciro, o Grande
(559-530 a.C.). Depois de unificar as tribos dos medos e dos persas, Ciro
iniciou uma política de expansão do território, conquistando a Lídia e a
Mesopotâmia, entre outras regiões. Em 539 a.C., Ciro conquistou a Babilônia.
Após sua morte, seu filho e sucessor, Cambises, deu continuidade à política
imperialista. Durante seu reinado (530-522 a.C.), os persas conquistaram o
decadente Egito.
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Para lembrar!
Enquanto Ciro, o Grande, começava a unificação dos medos e dos persas e expandia a área de dominação desses povos, d
Os sumérios, acadianos, amoritas (Primeiro Império Babilônico), assírios e caldeus (Segundo Império Babilônico)
Vamos fazer
Observe, no mapa do Império Persa, por onde Ciro começou suas conquis- tas e até onde se esten
a Lídia, circulando-a de vermelho;
a Mesopotâmia, circulando-a de amarelo;
o Egito, circulando-o de laranja.
Império Persa
LÍDIA
ASSÍRIA
Mar Mediterrâneo
Babilônia
Rio Jordão
Persépolis
EGITO PÉRSIA
ARÁBIA
Mar Arábico0370 km
99
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Dario
Com a morte do rei Cambises II, um golpe de Glossário
Es- tado colocou o general Dario no trono. O Sátrapa – da antiga língua per- sa, kshathra, signifi
Fonte de pesquisa: Online Etymology Dictionary.
governo de Dario I (521-486 a.C.), o Príncipe da
Pérsia, foi marcado, principalmente, pelas inovações
na administração do império.
Como governar um império tão grande e com tan-
tos povos dominados? Dario resolveu dividir o
território em províncias, chamadas satrapias. O
império possuía
28 satrapias, que tinham relativa liberdade política, já que cada uma era
gover- nada por um sátrapa, subordinado ao rei. Apesar do poder político
dividido, Dario implantou uma série de medidas centralizadoras, a fim de obter
maior eficiência na administração. Os sátrapas eram fiscalizados por funcionários
reais chamados “olhos e ouvidos do rei”, que lhe comunicavam qualquer ato de
insubordinação. Para isso, era necessária uma comunicação rápida. Dario const
uiu a Estrada Real, que ligava as satrapias à nova capital do Império, Persépolis.
A Estrada Real persa…
tinha 2500 km de extensão e contava com 111 fortificações de apoio aos viajantes. Nessas forti- ficações, u
Localize
Mar Negro
TRÁCIA Bizâncio
EGITO MênfisPersépolis
PÉRSIA
ARÁBIA
GEDRÓSIA
H
Pérsia primitiva Conquistas de Ciro Conquistas de Cambises Conquistas de Dario
Estrada Real
0420 km
O
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de 8,4 gramas de ouro
ARAZU/SHUTTERSTOCK
com a imagem dele.
Ao tentar invadir a
Grécia, Dario foi derro-
tado na Batalha de
Ma- ratona (490 a.C.).
Ruínas do palácio de
Dario em Persépolis
Vamos fazer
Dario administrava um império com diferentes culturas e foi um gover- nante centralizador. Unifico
Não, as medidas administrativas certamente mantiveram o império unificado por certo tempo, mas ao desconsiderar as diferenças culturais, impondo um
Xerxes
Após a morte de Dario, seu filho Xerxes realizou novas campanhas contra os
gregos, um povo do continente europeu. Mas acabou derrotado nas Guerras
Mé- dicas (490-449 a.C.), assim chamadas porque, para os gregos, os persas e
os me- dos representavam um único povo. Após inúmeras revoltas e imperadores
fracos, o grande Império Persa foi conquistado pelo exército de Alexandre, o
Grande, imperador da Macedônia, no ano de 330 a.C., e posteriormente,
fragmentou-se em inúmeros reinos.
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Localize Macedônia e Império Macedônio
Mar Negro
Mar Cáspio
MACEDÔNIA
Atenas Sparta
Chipre
Mar Mediterrâneo
Babilonia PÉRSIA
Alexandria
EGITO Persópolis
Vamos fazer
• Assinale o mapa que demonstra quais regiões se enfrentaram nas
Guer- ras Médicas.
TURQUIA
IRÃ
EGITO
Trópico de Câncer
ÍNDIA
0 1 115 km
MACEDÔNIA
GRÉCIA
IRÃ
Trópico de Câncer
0670 km
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Persas: religião
VLADIMIR MELNIK/SHUTTERSTOCK
Não foi só no campo da administração política que
os persas inovaram. No campo da cultura, essa civilização
dei- xou muitas heranças para o mundo atual. Como em
todas as civilizações antigas do Oriente, o
desenvolvimento da cultu- ra persa está ligado ao
pensamento religioso.
A religião persa foi organizada no século VII a.C. por
um profeta chamado Zaratustra (ou Zoroastro, em grego).
Em sua obra, Zend Avesta, Zaratustra pregava uma
reli- gião dualista, ou seja, com uma força do bem,
chamada Ahura-Mazda, em conflito com uma força do
mal, chama- da Arimã. Zaratustra afirmava que as
pessoas escolhiam o caminho que queriam seguir. O
zoroastrismo pregava também a vinda de um messias
para anunciar a vitória de Ahura-Mazda. Os reis eram Túmulo de Dario, o Príncipe da Pérsia,
constantemente vistos como representantes do bem, em forma de cruz e com uma inscrição
mas não eram sacerdotes (como os reis mesopotâmicos, em honra a Ahura-Mazda, o deus persa
do bem
os patesis), nem mesmo se divini- zavam (como os faraós
egípcios).
Glossário
Dualismo – ideia comum em diversas religiões que ensina a existência do bem e do mal.
Messias – consagrado, libertador, salvador.
Vamos fazer
1. No Zend Avesta, livro sagrado dos persas, Zaratustra afirma: “O que lavra
a terra com dedicação tem mais mérito religioso do que poderia
obter com mil orações sem nada fazer”. Como o fato de o Império Persa
ter sido um dos maiores impérios do mundo antigo pode ter sido
influenciado por essa crença?
A frase citada enaltece o trabalho. Como viviam em uma região onde a agricultura era difícil, pelo clima seco e as terras
montanhosas, os persas foram em busca de outros campos cultiváveis, expandindo seus domínios.
estar enfraquecido, pois, ao estender seus domínios além do Helesponto, aumentou a pressão sobre os gregos da
Ásia Menor, impondo-lhes tributos mais pesados e forçando-os a servir em seus exércitos. Esses fatos geraram
muita insatisfação da parte dos gregos, desencadeando guerras entre os povos, o que deixou o Império Persa
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HISTÓ RIA
E ARTE
Contos persas
O gato e o rato
Conta a lenda que havia, certa vez, um gato de forma e pelo muito bonitos. Ele
estava a passear pela vinícola do rei quando ouviu um rato, que já tinha bebido
bas- tante vinho, dizendo:
— Eu queria encontrar um gato agora. Eu pularia em cima dele e acabaria com
ele.
O gato então foi até o rato e o surpreendeu com as seguintes palavras:
—Você disse, rato, que queria encontrar um gato. Seu pedido foi atendido. O que
você vai fazer?
O rato, muito assustado em ver o gato, foi logo tentando se justificar:
— Oh, grande gato, eu estou bêbado e desejei o que não sabia. Mas eu sei que
tudo o que gostaria de fazer se estivesse diante de um gato é servi-lo.
— Mentiroso! – disse o gato. — Eu estava aqui o tempo todo e ouvi que você
queria me matar.
E então, o gato caiu sobre o rato e o comeu.
Depois, o gato se arrependeu de ter comido o rato e foi para um templo
sagrado para conseguir perdão. Ele chorou e chorou dizendo que se arrependia de
ter matado um rato.
Enquanto o gato falava essas coisas, um rato que passava por ali ouviu tudo e
achou que o arrependimento do gato era sincero. Correu para o rei dos ratos e con-
tou-lhe a boa notícia:
—Ouça, grande rei, ouvi um gato
arrepen- dido de ter matado um dos nossos.
O rei dos ratos e todas as famílias de seu
reino ficaram felizes e resolveram levar presen-
tes para o rei dos gatos para acordarem uma
paz entre gatos e ratos.
Quando os ratos das melhores famílias
chegaram diante do rei dos gatos com seus
presentes, o gato que tinha estado
arrependido não se controlou e matou e
comeu todos eles, exceto um, que conseguiu
DOMÍNIO PÚBLICO
fugir.
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O rato que fugiu voltou ao seu povo e anunciou ao rei tudo o que tinha
acontecido. O rei dos ratos ficou furioso e reuniu um exército de 300 ratos para
invadir o reino dos gatos.
DOMÍNIO PÚBLICO
A luta foi terrível e os ratos chegaram a
achar que a perderiam, mas aí alguns ratos
consegui- ram matar o rei dos gatos e
prenderam o gato que tinha matado seus
companheiros, já que ele tinha desmaiado
durante a batalha.
O gato foi transportado até o reino dos
ratos, e, quando acordou, foi julgado pelo rei. O
rei dos ratos decidiu que o gato tinha de ser
enforcado. Mas os ratos, vendo-o acordado,
ficaram com medo de se aproximar dele.
Vendo os ratos com medo, o gato encheu-se de
coragem, soltou-se das correntes e matou todos
os ratos do reino, incluindo o rei.
JAMES, Hartwell (Org.). ue cat and the mouse – a
book of persian fairy tales. Livro em domínio público,
disponibilizado pelo Projeto Gutenberg em janeiro de 2008. Fac-símille da pá
ágiina do conto em um
Tradução feita para esta obra. Disponível antigo
o livro pe
er a, disponibilizado
em: pela edição dos contos persas de
<www.gutenberg.org/files/24473/24473-h/24473-h.htm>. Hartwellll James.
Ja
Acesso em: set. 2014.
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