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Bai Issa Geografia Agraria e Indsutrial 2022
Bai Issa Geografia Agraria e Indsutrial 2022
Curso: Geografia
Disciplina: Geografia Agrária e Industria
Ano de Frequência: 3º Ano
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Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos
2.5
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência
Referências edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
1.1.3. Agricultura.............................................................................................................................6
Conclusão......................................................................................................................................14
Referências bibliográficas.............................................................................................................15
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Introdução
Objectivo geral
Objectivos específicos
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1. Analise dos problemas ambientais provocados pela agricultura na cidade de Montepuez
Segundo Cavararo (2004), o problema ambiental é definido como “qualquer alteração das
propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das actividades humanas que, directa ou indirectamente, afectam a
saúde, a segurança e o bem-estar da população; as actividades sociais e económicas; a biota; as
condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e a qualidade dos recursos ambientais”.
Analisando essa resolução, percebemos que qualquer actividade que o homem exerça no
meio ambiente provocará um impacto ambiental. Esse impacto, no entanto, pode ser positivo ou
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não. Infelizmente, na grande maioria das vezes, os impactos são negativos, acarretando
degradação e poluição do ambiente.
1.1.3. Agricultura
De acordo com Matos et al., (1990), “agricultura é um conjunto de processos através dos
quais o homem conseguiu obter da terra, pelo plantio, determinados produtos vegetais que
interessam particularmente a sua vida (p.32) ”.
Contudo, a partir dos autores supracitados acima, importa referir que entende-se que
agricultura é a ciência, a arte e a indústria de controlar o crescimento das plantas e dos animais
ao ser utilizado por seres humanos, ou seja, a agricultura é uma actividade económica complexa,
orientada no sentido da produção de bens primários destinados a alimentação e as industrias,
obtidos a partir de plantas e de animais por intermédio de transformação e tecnológicas (p.78) ”.
“A Cidade de Montepuez, sede do distrito com o mesmo nome, situa-se no eixo Marrupa
- Pemba, região Sul da Província de Cabo Delgado. Confina a Norte e Oeste com o Rio
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Montepuez do qual provém o nome da Cidade, a Sul com as Aldeias Napalave e Muatanha e a
Este com o Monte Nicuapa até ao Rio Palavala“ (Perfil Municipal1, 2013, p.5).
Entretanto, vale aludir que Montepuez é uma cidade da província de Cabo Delgado, em
Moçambique, com sede na cidade de Montepuez. Com uma área de 15 871 km², Montepuez é o
maior distrito de Cabo Delgado em termos de extensão.
A Constituição da República de Moçambique, no seu artigo 103, postula que (1) “Na
República de Moçambique a agricultura é a base do desenvolvimento nacional e (2) o Estado
garante e promove o desenvolvimento rural para a satisfação crescente e multiforme das
necessidades do povo e o progresso económico e social do país”. A Visão do PEDSA3 é a de um
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Conselho Municipal da Cidade de Montepuez, 2014
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Mapa extraído da monografia cientifica da autoria de: Herculano Paunde. Compostagem: Uma ferramenta para
Reutilização dos Resíduos Orgânicos, Caso de Estudo Bairro de Niuhula -Montepuez (2017-2020).Universidade
Rovuma – Extensão de Cabo Delgado. Autor para correspondência: herculanopaude@gmail.com
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Plano Estratégico de Desenvolvimento do Sector Agrário.
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sector agrário próspero, competitivo equitativo e sustentável nas respostas aos desafios de
segurança alimentar e nutricional e de mercados agrários ao nível nacional e mundial (Ministério
da Agricultura - MINAG4, 2010).
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de humidade residual por período prolongados de tempo é frequente a cultura de arroz ou
batata-doce (MAE, 2014, p.4).
Diante dessa reflexão, importa salientar que em Montepuez vários sãos os produtos
agrícolas produzidos, que servem de autoconsumo para os produtores, mas também para fins
comerciais. Não obstante, apesar dessa diversidade, os produtos bandeira no distrito incluem
produtos como feijão bóer, banana, cebola, tomate, verduras, alho, ananás, algodão, gergelim,
tabaco, milho, mapira, mandioca, batata-reno e doce.
No entanto, desde a criação da agricultura, muita coisa mudou na arte de cultivar a terra,
e não foram apenas mudanças positivas. Depreende-se que embora a pecuária seja a mais nociva
das actividades no distrito e de forma peculiar na cidade de Montepuez, aferiu-se que a
agricultura também possui o seu nível de impacto ambiental, desde o desmatamento para o
plantio, uso da água, contaminação das águas e solos com fertilizantes e agrotóxicos são alguns
dos impactos negativos da agricultura sobre o meio ambiente.
Todavia, importa referir que em fins do século XIX desencadeou-se uma crise do
complexo rural. A partir daí começou uma transformação na forma de lidar com a natureza:
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houve mudanças nas formas de produção e nas relações de trabalho, e o capital entrou de forma
decisiva para dar uma nova face ao campo.
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Na óptica de Lewandowski (2011), “as actividades agrícolas provocam impactos sobre o
ambiente, tais como: Poluição atmosférica; Poluição dos solos e da água; Diminuição da
biodiversidade; Erosão do Solo; Desmatamento, etc. ” (p.184).
Segundo Rodrigues (2011), “a erosão é o processo de perda de solo que pode ser causado
pela água (tanto pelo impacto da chuva quanto do manejo da água de irrigação) vento ou por
práticas agrícolas inadequadas associadas a mecanização (p.9)”.
Contudo, a actividade humana acelera esse processo como uso de técnicas de cultivos
incompatíveis com as características ambientais do local onde são empregadas, como por
exemplo a queima da vegetação. Quando se retira a vegetação que oferece protecção ao solo, a
probabilidade do surgimento de erosões aumenta exponencialmente. Além disso, a retirada da
mata ciliar para o plantio provoca o assoreamento dos rios.
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3.2. Diminuição da biodiversidade
Importa frisar que a contaminação ou poluição dos solos e da água na urbe de Montepuez
é ocasionada pelo uso de defensivos agrícolas, os chamados agrotóxicos, que são utilizados para
combater as pragas que atingem as lavouras. Entretanto, esses produtos químicos não atingem
apenas o campo cultivado. Muitas vezes, quando chove ou quando o terreno é irrigado, os
pesticidas são levados para as camadas mais profundas do solo e para os mananciais de água
doce. Por outro lado, o uso excessivo dos agrotóxicos pode prejudicar permanentemente o solo,
tornando-o inapto a receber qualquer tipo de cultivo.
De acordo com Rodrigues (2011), “a agricultura intensiva, por ser mecanizada, é uma
modalidade que utiliza muita energia e combustíveis fósseis, como o óleo diesel. A utilização de
implementos agrícolas e máquinas, como arados mecânicos, plantadeiras, pulverizadores e
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colheitadeiras, contribui para a queima desses combustíveis e a consequente poluição do ar”
(p.11).
Entende-se que com a utilização de queimadas para se atingir os objectivos agrícolas são
geradas mudanças climáticas em todo o planeta. Os incêndios liberam o carbono sequestrado
pela floresta, além de emitir a atmosfera uma quantidade três vezes maior de CO2 em relação aos
combustíveis fósseis utilizados. Como consequência dos efeitos catastróficos sobre as áreas
exploradas, destacam-se, erosão, infertilidade e desgaste do solo, emissão maior de CO2que
provoca o aquecimento global.
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Conclusão
Diante das reflexões empreendidas no trabalho aferiu-se que com as revoluções ocorridas
nos séculos passados, não somente a indústria, como a agricultura expandiu seus sistemas e
desenvolveram novas metodologias para alcançar mais lucros e crescimento, entretanto, ambos
contribuíram para uma grande degradação ambiental. Na agricultura a degradação ocorreu pelo
abuso das fontes naturais (água, solo e ar) e manejo inadequado das plantações com o uso de
agro-químicos, desmatamento, entre outros. Mas como exposto anteriormente observa-se que
pode haver alternativas sustentáveis para a agricultura, entretanto é necessário investir mais em
pesquisas que visem tais objectivos, além disso, devem-se ter incentivos políticos e fiscais para
que os agricultores contribuam para o desenvolvimento sustentável. Esse desenvolvimento
sustentável deve integrar o meio ambiente por completo, objectivando o ganho económico e
desenvolvimento da agricultura integrada com o desenvolvimento do meio ambiente, buscando
práticas alternativas que resultem na melhora da qualidade de vida, tanto da população quanto do
meio ambiente.
Através deste trabalho de revisão, propõe-se que haja mais estudos quanto aos impactos
que a agricultura tem causado no meio ambiente ao longo de todo seu desenvolvimento e as
melhorias necessárias, como produtos alternativos ou novas formas de manejo, que tenha em
vista o desenvolvimento sustentável.
Contudo, importa salientar que nenhum trabalho de cunho científico está isento de erros,
omissões e imprecisões, pelo que este não será uma excepção, sendo deste modo susceptível de
críticas e sugestões para o melhoramento do mesmo.
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Referências bibliográficas
Cavararo, R. (2004). Vocabulário básico de recursos naturais e meio ambiente, 2ª edição Rio de
Janeiro.
Espinosa, H. R. M. (1993). Desenvolvimento e meio ambiente sob nova ótica. Ambiente, v.7, n.
1, p. 40-44.
Milaré, É. (2009). Direito do Ambiente: A gestão Ambiental em foco. 6º. ed. São Paulo: Revista
dos Tribunais.
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