Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Alcantaro Corrêa
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
Florianópolis/SC
2010
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o prévio
consentimento do editor. Material em conformidade com a nova ortografia da língua portuguesa.
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
N147i
Nagel, Márcio Luiz
Instalações elétricas em baixa tensão residenciais e prediais / Márcio Luiz
Nagel. – Florianópolis : SENAI/SC, 2010.
98 p. : il. color ; 28 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 621.316.17
Com acesso livre a uma eficiente estrutura laboratorial, com o que existe
de mais moderno no mundo da tecnologia, você está construindo o seu
futuro profissional em uma instituição que, desde 1954, se preocupa em
oferecer um modelo de educação atual e de qualidade.
É nesse contexto que este livro foi produzido e chega às suas mãos.
Todos os materiais didáticos do SENAI Santa Catarina são produções
colaborativas dos professores mais qualificados e experientes, e contam
com ambiente virtual, mini-aulas e apresentações, muitas com anima-
ções, tornando a aula mais interativa e atraente.
89 Seção 1 - Condições da
75 Seção 1 - Critério da capaci- norma
dade de corrente 89 Seção 2 - Dimensionamento
79 Seção 2 - Critério da queda 91 Seção 3 - Disjuntor de
de tensão entada
Finalizando 95
Referências 97
10 CURSOS TÉCNICOS SENAI
Conteúdo Formativo
Carga horária da dedicação
Competências
Conhecimentos
Habilidades
Atitudes
SEÇÃO 1
O que é eletricidade?
Eletricidade é o fenômeno físico Vejamos, agora, como se dá o Energia térmica: Calor.
associado a cargas elétricas estáti- processo de geração de energia
cas ou em movimento. elétrica.
Estamos tão habituados ao seu
uso que sequer nos damos conta
de que é ela quem permite usu-
fruirmos das comodidades do dia
SEÇÃO 2 Usinas eólicas: Usinas eólicas
são aquelas cuja energia ad-
a dia. Como é gerada a vém do vento. O termo eóli-
co vem do latim aeolicus,
Ligar um aparelho de televisão ou energia elétrica? pertencente ou relativo a
ar-condicionado, tomar um ban-
Éolo que, na mitologia grega
ho com água quente, iluminar um significa Deus dos ventos.
ambiente dentro de casa e muitas
Podemos obter a energia elétrica
outras ações corriqueiras se tor-
de várias maneiras: pela força da
naram extremamente simples de-
queda d’água, no caso das usinas
pois que aprendemos a manusear
hidrelétricas; pela propulsão do
a eletricidade.
vapor gerado na queima de com-
A transformação direta da ener- bustíveis, no caso das termelétri-
gia elétrica em outras formas de cas; pela fricção nuclear, no caso
energia, assim como a facilidade das usinas nucleares; pela força do
de transporte da mesma, foram vento, no caso das usinas eóli-
os itens que a transformaram na cas; etc.
fonte energética mais utilizada
A figura a seguir mostra uma vis-
nos dias atuais.
ta aérea da usina hidrelétrica de
Quando utilizamos o chuveiro, o Marimbondo, localizada no Rio
ferro de passar, o forno elétrico, Grande, entre as cidades de Icém
estamos convertendo energia elé- (SP) e Fronteira (MG). A Usina de
trica em energia térmica. Marimbondo é a segunda maior
Ao ligarmos uma batedeira, o potência instalada dentre as usinas
cortador de grama ou um mo- de furnas, ou seja, de cavernas ou
tor na indústria, estamos conver- grutas, geralmente, formadas por
tendo energia elétrica em energia blocos de pedras.
mecânica, realizando trabalho.
A conversão de parte da energia
elétrica em energia luminosa se dá
através da iluminação em nossas
residências, vias terrestres, áreas
comerciais e industriais. Mesmo
sendo invisível, percebemos os
efeitos da energia elétrica em mui-
tas das coisas que nos rodeiam.
Figura 1 - Hidrelétrica de Marimbondo
Fonte: Mundo Ciência (2009).
SEÇÃO 3
Transporte da energia elétrica
A energia elétrica precisa ser distribuída aos centros consumidores que
estão na maioria das vezes milhares de quilômetros distante. Ficaria in-
viável economicamente transportá-la com as correntes originalmente
geradas.
Preto - 0 - -
Marrom 1 1 1 ±1%
Vermelho 2 2 2 ± 2%
Laranja 3 3 3 -
Amarelo 4 4 4 -
Verde 5 5 5 -
Azul 6 6 6 -
Violeta 7 7 7 -
Cinza 8 8 8 -
Branco 9 9 9 -
Ouro - - x 0,1 ±5%
Prata - - x 0,01 ±10%
sem cor - - - ±20%
R = E (Ω)
I
I = E (A)
R Figura 6 - Formas de Onda da Fonte CC e da Fonte CA
E = R.I (V)
P=E.I (W)
P = E2 (A)
R
SEÇÃO 7
Potência elétrica
Além da resistência existe outra relação dada pela tensão e pela corrente P=I2 (W)
elétrica: a potência.
A potência exprime o trabalho realizado em determinado espaço de
tempo, quanto maior a potência de um equipamento elétrico maior será
sua capacidade em realizar trabalho em um mesmo período de tempo ou
menor será o tempo para realizar o mesmo trabalho.
FP ou cos φ
R1 + R2
Com isso concluímos a primeira
unidade de estudos desta unidade
curricular. Transitaremos agora pe-
Determinando Ry = R3 // R4: lo tema condutores elétricos. Há
muitas descobertas por fazer. Es-
tamos apenas começando...
Ry = R3 . R4
R3 + R4
RAB = Rx . Ry
Rx + Ry
SEÇÃO 1
Constituição e tipos
Condutor elétrico é todo material
capaz de conduzir ou transportar Cabe lembrar que a escolha
a energia elétrica. Na maioria dos errada do condutor (bem
casos, o condutor elétrico é feito como dos dispositivos de
de cobre eletrolítico e em certos proteção) pode acarretar
casos, de alumínio. em graves acidentes, desde
a exposição acidental a cho-
ques elétricos até incêndios
Um condutor pode ser feito com prejuízos de alta mon-
de fio maciço, rígido, ou com- ta, cabendo a responsabi-
posto de diversos fios mais lidade ao projetista ou ao
finos entrelaçados formando instalador.
um condutor flexível. Tanto
Figura 12 - Condutores e Cabos
um como outro é chamado de
condutor unipolar e consiste Fonte: Wirex (2009).
em um condutor e sua isola- A principal causa dos problemas
ção. em condutores está no aqueci-
mento, quer seja do meio onde
o condutor está, quer seja aquele
DICA imposto pela passagem da corren-
Quando temos dispostos diversos te.
Veja mais exemplos de
condutores, não isolados entre si, condutores em: <http:// Um condutor com seção menor
teremos um cabo unipolar, que www.wirex.com.br/ma- do que a necessária irá aquecer em
também é composto pelo condu- rketing/novanomenclatu-
demasia, assim como a utilização
tor (vários fios) e a isolação, po- ra/>
de condutores com a camada iso-
dendo ainda existir uma terceira
lante imprópria para o meio tam-
camada que tem a função de pro-
bém trará problemas.
teção mecânica.
Quando temos diversos conduto- SEÇÃO 2
res isolados entre si formaremos Importância dos condu-
um cabo multipolar, que é com-
posto por dois ou mais conduto- tores nas instalações
res com isolação e proteção me-
cânica. Pode parecer, a princípio, que um
condutor é algo banal, apenas um
A próxima figura mostra as situ-
meio de interligação da rede até a
ações:
carga.
Os compostos isolantes mais utili- Tabela 3 - Temperaturas Máximas para o Pvc e o Epr
zados no Brasil são o PVC (clore- Isolação Regime (°C) Sobrecarga (°C) Curto (°C)
to de polivinila), o EPR (borracha
PVC 70 100 160
etileno-propileno) e o XLPE (po-
lietileno reticulado). Em relação à EPR e XLPE 90 130 250
isolação, a utilização do PVC está
limitada a 6 kV enquanto o EPR Uma vez que a temperatura ou os períodos sejam ultrapassados, a isola-
pode ser usado até 138 kV (o li- ção do condutor estará prejudicada e com certeza a instalação também.
mite de isolação também depende
da espessura da camada isolante).
Como é fácil perceber, o PVC
tem aplicação em baixa tensão (< SEÇÃO 5
1.000 V) enquanto o EPR pode Condutos
ser utilizado em baixa tensão, mé-
dia tensão(1 kV a 35 kV) ou alta Além da corrente e da temperatura ambiente, haverá uma alteração na
tensão (> 35 kV). temperatura do condutor quando tivermos vários condutores ou cabos
Em instalações elétricas prediais, instalados juntos, um afetará a temperatura dos outros, o que pode ser
o condutor com camada isolante agravado conforme o tipo de conduto utilizado.
de PVC é o mais utilizado. Denomina-se conduto o tipo de estrutura utilizada para dar suporte e/
ou fixação ao condutor ou cabo na linha elétrica, são exemplos de con-
dutos: eletrodutos, calhas, canaletas, molduras, escadas para cabos, iso-
SEÇÃO 4 ladores, suportes, etc.
Temperaturas máximas
SEÇÃO 1
Desencapando os
condutores
Sempre que possível devemos
evitar emendar os condutores
em uma instalação, a emenda re-
presenta uma diminuição na tra-
ção do condutor, bem como um
ponto de maior aquecimento pela
passagem da corrente elétrica.
Na maioria das instalações a
emenda é inevitável, portanto, ve- Figura 19 - Desencapando os Condutores
remos abaixo a melhor forma de Fonte: Senai (1980, P. 18).
fazê-la.
Retire a capa isolante do condu-
tor desencapando em torno de
cinquenta vezes o diâmetro do
SEÇÃO 2
mesmo, manuseie o canivete ou Emendando os condutores
estilete sempre saindo do condu-
tor e nunca em sua direção. Se o Cruze os condutores um sobre o outro e com a ajuda de um alicate
condutor estiver oxidado, retire a universal torça as pontas dos mesmos em sentidos contrários, cada uma
oxidação com as costas do corte, das pontas deve dar seis voltas no mínimo. Observe se não ficou alguma
limpando a área onde será efetua- ponta na emenda capaz de perfurar a isolação, nosso próximo passo.
da a emenda.
SEÇÃO 3
Soldando as emendas
Podemos ainda soldar a emenda antes de efetuarmos a isolação; o acaba-
mento e a conexão elétrica são significativamente melhorados.
Encoste a ponta do ferro de solda na emenda aquecendo-a, em seguida
aplique o estanho deixando que o mesmo se funde à emenda, procure
manter uma solda uniforme. Espere esfriar e efetue a isolação.
SEÇÃO 1
Simbologia para
instalações elétricas
prediais
A NBR 5444 apresenta a sim- identificar numa planta ou dia- interruptores, tomadas, lâm-
bologia para instalações elétricas grama elétrico os diversos com- padas, quadros de distribuição,
prediais. Pelos símbolos podemos ponentes da mesma, tais como: etc. bem como a localização dos
mesmos.
Condutor neutro no interior do eletrodu- Indicar a seção do condutor, exceto se for 1,5
to mm2. Indicar o número do circuito.
Condutor fase de 1 mm2 para campainha Indicar se o condutor for de seção maior.
Botão de minuteria -
Cigarra -
Campainha -
SEÇÃO 2
Diagramas elétricos
Na representação do circuito elé- ▪▪ Unifilar – no qual a represen- Exemplo
trico utilizamos três tipos de dia- tação do circuito é simplificada;
Represente os diagramas esque-
gramas: ▪▪ Funcional – no qual visu- máticos para a ligação de uma
▪▪ Multifilar – no qual repre- alizamos os componentes da lâmpada acionada por interruptor
sentamos todas as conexões do instalação e suas conexões. simples.
circuito;
SEÇÃO 1
Clites e roldanas
Em construções de madeira ainda é muito comum a utilização dos clites
e roldanas para a montagem das linhas principais de alimentação, aque-
las que ficam no forro da residência. Veremos agora como instalá-las.
2m
Clites
2
6 cm
12 m
m
1 m
1,50
12 m
m
Enrole as duas extremidades na linha tomando o cuidado de deixar os Com o estudo das distâncias pa-
dois lados simétricos e com no mínimo cinco voltas. drão finalizamos a quinta unidade
No caso dos clites, devemos marcar a localização dos mesmos sobre o de estudo desta unidade curricu-
trajeto da instalação, em seguida podemos prendê-los deixando-os frou- lar. Prepare-se, agora, para apro-
xos para a passagem do fio. fundar seus conhecimentos acerca
de instalações básicas. Continue
conosco!
Fase
Neutro
Retorno
Retorno
Efetue a instalação.
Neutro
Retorno
Retorno
Retorno
Efetue a instalação.
SEÇÃO 1
Função
Em instalações elétricas residenci-
ais, o conduto mais utilizado é o SEÇÃO 2
eletroduto de PVC, cuja principal Especificações da
função é a de proteção mecânica
dos condutores.
norma
O eletroduto de PVC pode ser Os eletrodutos só podem conter condutores isolados, no caso de con-
rígido ou flexível, quando rígido dutor de aterramento (condutor nu), este deve ser instalado sozinho em
é encontrado em barras de 3 m. eletroduto específico.
Pode ser emendado de duas for-
A instalação com eletrodutos deve permitir a fácil passagem dos condu-
mas: com luvas ou soldáveis, nos
tores ou cabos, tanto na instalação quanto na retirada dos mesmos, por
quais um dos lados possui um
isso as taxas de ocupação máximas dos eletrodutos, quanto à sua seção
diâmetro um pouco maior para
transversal dadas pela NBR 5410/05, devem ser de no máximo: 53%
poder encaixar a ponta do outro
para um condutor, 31% no caso de dois condutores e 40% no caso
eletroduto.
de três condutores ou mais.
SEÇÃO 3
Acessórios
Diversos são os acessórios encontrados para utilização na instalação,
curvas prontas em diversos ângulos, caixas de passagem, luvas, etc. ga-
rantem uma fácil montagem.
SEÇÃO 4
Abertura de rosca
Figura 50 - Cortando o Eletroduto
Embora o sistema encaixável de eletrodutos e acessórios esteja sendo Fonte: Senai (1980, P. 21).
cada vez mais utilizado – e em breve deverá dominar a maioria das in-
stalações –, poderemos nos deparar com os eletrodutos e acessórios
rosqueáveis. Convém, portanto, aprendermos a abrir rosca e a curvá-los. Verifique se o corte ficou reto em
Primeiramente prendemos o eletroduto na morsa, em seguida utilizando relação ao eletroduto e se não fi-
um arco de serra iremos cortá-lo. Marque no eletroduto o ponto de caram rebarbas capazes de dani-
corte, a posição do arco deve ser de 90° em relação a esse ponto e ao ficar a isolação dos condutores.
eletroduto. Veja na figura! Selecione uma tarraxa apropriada
(mesma seção do eletroduto) e
inicie a rosca no eletroduto giran-
do a tarraxa no sentido horário e
anti-horário até que a mesma es-
teja com metade do comprimento
da luva ou do condulete.
Cuidado para não forçar demais a
tarraxa ou apressar a rosca, pois
isso pode arrebentar o eletroduto.
SEÇÃO 5
Curvamento
Encontramos curvas prontas para
uso com eletrodutos, quer sejam
com rosca ou encaixáveis, porém
não é incomum termos de curvar
eletrodutos nas instalações em
Figura 53 - Mola de Aço para Curvar Eletrodutos
geral. Abaixo a sequência de op-
Fonte: Senai (1980, P. 12).
eração para curvar eletrodutos.
Para efetuarmos a curva no ele-
troduto devemos aquecê-lo, deix- Para os eletrodutos de metal, a curvatura utiliza uma espécie de alavanca
ando o PVC maleável. Podemos que protege o eletroduto contra o estrangulamento.
usar a chama do maçarico de um
liquinho, de uma estopa embe-
bida em álcool ou um soprador
térmico (equipamento que realiza
o aquecimento através de uma re-
sistência elétrica e um ventilador
direcionando o ar quente), tal qual
nos mostra a figura.
DICA
Ao manusear tanto o soprador térmico como qualquer outro dis-
positivo de aquecimento, deve-se tomar o cuidado com a chama
ou com a sua temperatura para evitar queimaduras graves, além
disso, a chama no caso do liquinho deve estar distante do botijão.
SEÇÃO 1
Definições
▪▪ Luz visível: é uma radiação de cor das lâmpadas, quanto
eletromagnética compreendida maior mais branca aparenta ser a
SEÇÃO 3
entre 380 e 780 nm. iluminação – unidade: kelvin (k); Tipos
símbolo: T.
▪▪ Cores: são porções do espec-
Podemos dividir as lâmpadas em
tro visível que são refletidas pelos
dois grandes grupos, as de incan-
objetos; a luz é composta por
Do ponto de vista psicoló- descência e as de descarga.
três cores primárias – o verde, o
gico dizemos que uma luz é
vermelho e o azul, o restante das
“quente” quanto apresenta
outras cores são combinações uma tonalidade mais ama- Lâmpadas de
destas. relada e “fria” quanto mais incandescência
▪▪ Fluxo luminoso: quantida- branca for a iluminação,
de total de luz emitida por uma isto está relacionado com a ▪▪ Incandescentes: funcionam
fonte – unidade: lúmen (lm); sensação de aconchego de através da incandescência de um
um ambiente iluminado por filamento de tungstênio colocado
símbolo: φ.
uma luz “quente” em rela-
▪▪ Intensidade luminosa: fluxo em bulbo onde é feito vácuo ou
ção a uma luz “fria”.
luminoso irradiado na direção de preenchido com um gás inerte
um determinado ponto – unida- (nitrogênio ou argônio).
de: candela (cd); símbolo: I. Com temperatura de cor de 2.700
Índice de reprodução de cores: K (amarelada) e IRC de 100, pos-
▪▪ Iluminância: quantidade de escala de 1 a 100 que indica o suem vida média de mil horas, o
luz que incide sobre uma superfí- desempenho na reprodução das fluxo luminoso para uma lâmpada
cie situada a uma certa distância cores quando comparadas à lâm- de 60 W fica em torno de 715 lu-
desta – unidade: lux (lx); símbolo: pada incandescente (IRC = 100). mens. Em função do custo e da
E. Símbolo: IRC ou Ra. durabilidade é ainda a mais usada
▪▪ Luminância: quantidade de na iluminação residencial.
luz refletida por uma superfície –
unidade: cd/m2; símbolo: L.
Quanto maior a diferença na
aparência de cor de um ob-
jeto iluminado em relação ao
SEÇÃO 2 padrão (IRC = 100) menor é o
Características seu IRC.
▪▪ Eficiência energética:
relação entre a quantidade de luz ▪▪ Fator de fluxo luminoso:
gerada e a potência consumida desempenho do conjunto reator/
lâmpada quando comparado Figura 55 - Lâmpadas Incandescentes
– unidade: lúmen/watt (lm/W);
ao fluxo nominal da lâmpada Fonte: Adaptado de Osram (2009).
símbolo: ήw ou K.
somente – unidade: %; símbolo:
▪▪ Temperatura de cor: defini-
BF.
da para diferenciar a tonalidade ▪▪ Halógenas: também são
consideradas incandescentes
▪▪ Lâmpadas de descarga
vapor de sódio: oferecem luz
amarela e monocromática que dis-
torce as cores – seu IRC é de no
máximo 30. É uma lâmpada que
oferece grande fluxo luminoso Figura 61 - Lâmpada Vapor de Sódio
com baixo consumo. Seu funcio- Fonte: Osram (2009).
namento é parecido com o das
fluorescentes, exceto pela presen-
ça do sódio no lugar do mercúrio.
A partida requer reator específico ▪▪ Lâmpadas de descarga
e ignitor. vapor metálico: estas lâmpadas
empregam um tubo de descar-
As lâmpadas de vapor de sódio ga cerâmico e substituem com
representam a alternativa mais maior eficiência as lâmpadas em
econômica e prática para a ilumi- formato ovóide, proporcionando
nação de exteriores e interiores, até 25% mais luz.
onde não se faz necessária uma Possuem maior estabilidade de
excelente reprodução de cores. cores ao longo de sua vida útil,
Seu tempo de vida útil varia entre sua luz é extremamente branca e
16.000 e 32.000 horas, podem ser brilhante. Possuem excelente re-
instaladas em qualquer posição, o produção de cores (IRC de 90 a
IRC fica entre 20 e 39, a tempera- 100), sua temperatura de cor se
tura de cor é de 2.000 k e o fluxo situa na faixa de 4.200 k, têm vida
luminoso fica na faixa de 10.200 útil de 18.000 a 24.000 horas e flu-
lm (100 W). xo luminoso de 6.700 lm (70 W).
Podem ser instaladas em qualquer
posição e necessitam de reatores
e ignitores para o seu funciona-
mento.
Exemplos
Aquecedor de
1.550 Forno elétrico 1.500
ambiente
Visto tudo isso, que tal agora avançarmos em mais uma unidade de es-
tudo? Continue antenado!
SEÇÃO 1
Quadro de distribuição
Toda instalação residencial de uma forma ou outra pode ser representa-
da pelo diagrama em blocos abaixo.
Para circuitos bifásicos ou trifási- Existem muitos modelos e fabricantes de disjuntores, por isso no catá-
cos as cargas devem ser distribu- logo desses fabricantes encontramos diversas correntes nominais, mas
ídas de modo a termos o maior podemos tomar por base as seguintes:
equilíbrio possível entre as fases. 10 A; 15 A; 20 A; 25 A; 30 A; 35 A; 40 A; 50 A; 60 A e 70 A.
O correto dimensionamento e a escolha dos disjuntores serão vistos
quando efetuarmos o projeto da instalação elétrica como um todo.
SEÇÃO 3
Os disjuntores diferenciais residuais são dispositivos utilizados para pro-
Disjuntores teção das pessoas ou animais contra choques elétricos e das instalações
contra incêndios – é uma exigência da NBR 5410/05.
Nas instalações residenciais deve-
Seu princípio de funcionamento se baseia na diferença das correntes de
rão ser utilizados disjuntores ter-
entrada e saída do circuito, ou seja, se houver uma “fuga” de corrente o
momagnéticos (DTM) e disjunto-
dispositivo automaticamente detecta essa fuga e desliga.
res diferenciais residuais (DR).
Os disjuntores termomagnéticos
são dispositivos destinados à pro-
teção contra sobrecarga (elevação
gradativa da corrente) e sobre-
corrente (curto-circuito, elevação
instantânea da corrente), propi-
ciando ainda a manobra (ligação
e desligamento) dos circuitos que
estão protegendo.
A proteção contra sobrecarga se dá
pelo dispositivo térmico inserido
no disjuntor e a contra curto-circui-
to pelo dispositivo magnético.
Figura 70 - Dispositivos Dr
Fonte: Adaptado de Siemens (2009).
SEÇÃO 1
Critério da capacidade de corrente
O correto dimensionamento dos condutores leva em consideração o
tipo de instalação: embutida, exposta, abrigada ou ao ar livre e também
o tipo de conduto utilizado na mesma.
A NBR 5410, cuja última edição data de 31 de março de 2005, apresenta
diversas tabelas que resumem as situações mais rotineiras em termos
de instalações elétricas, combinando o tipo de condutor ou cabo com o
conduto e sua fixação.
Após o levantamento dessa tabela, uma segunda etapa procurou resumir
o comportamento térmico dos diversos tipos de instalação chegando a
nove categorias que exprimem as mais de quarenta situações levantadas
anteriormente.
O intuito desse levantamento foi o de conseguir determinar a capacida-
de de condução de corrente para os diversos tipos de instalação.
A norma previu uma capacidade máxima de condução de corrente na
temperatura ambiente de 30 °C para linhas acima do solo e de 20 °C
para linhas abaixo deste. Para temperaturas diferentes destas, a norma
fornece uma tabela com fatores de correção.
A seguir as codificações dos nove arranjos:
Ou seja,
Exemplo
Dimensionar os condutores de
um circuito terminal cuja carga I' = 35,45 A
prevista será de 7.800 W, alimen-
0,79
tado em 220 V. A instalação será
efetuada em eletroduto de PVC
embutido em alvenaria, a isola-
ção dos condutores é de PVC e
a temperatura ambiente prevista é
I' = 44,88 A
de 45 °C.
Solução
Determinando a corrente que cir- De posse do valor corrigido da
culará entre os condutores (2 cc), corrente vamos na tabela escolher
teremos: a seção do condutor.
A instalação será efetuada embu-
tida em alvenaria, logo, o tipo de
I= P instalação será a A1 e o condutor
V terá seção de 10 mm2.
logo
SEÇÃO 2
Critério da queda de
I = 7800
220
tensão
Na escolha da seção do condutor
utilizamos o critério da capacida-
I = 35,45 A de de condução de corrente, mas
este não é o único critério que de-
vemos levar em conta.
Nas instalações em geral, também
devemos considerar o critério da
queda de tensão quando formos
escolher a seção do condutor, este
critério é apresentado abaixo.
SEÇÃO 1
Defasagem entre
tensão e corrente
Em corrente alternada, a corrente Em um circuito resistivo o produto da tensão rms (root mean square) pela
e a tensão têm comportamentos corrente rms, ou seja, a potência é sempre positiva, em outras palavras,
diferentes quando os elementos a potência média será sempre positiva. Em circuitos que contenham in-
do circuito são capacitores e indu- dutores e capacitores o produto da tensão e da corrente será positivo e
tores (motores). negativo com igual amplitude, logo a potência média será zero.
Em um resistor, a corrente e a
tensão estão em fase, seguem jun-
tas no tempo, ou seja, o resistor
não introduz defasagem entre
corrente e tensão.
DICA
A Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL)
estabelece o fator de po-
tência mínimo de 0,92 para
a indústria. Portanto, a adi-
ção de bancos de capacito-
res na entrada da alimen-
tação ou ainda junto às
máquinas se faz necessário
para corrigi-lo, diminuindo
a defasagem entre tensão
e corrente na rede.
Exemplo S = 2165VA
Queremos instalar uma bom-
ba d’água distante do quadro de
distribuição 25 m, a tensão de E a corrente:
alimentação é de 220 V, a tempe-
ratura prevista de 40 °C e a ins-
talação utilizará cabo multipolar Is = 2165VA
sustentado por postes com isola- 220V
dores ao ar livre. Dimensione os
condutores sabendo que a bomba
tem potência de 2 CV e fator de
potência de 0,68.
Observação: 1 CV = 736 W e 1
HP = 746 W.
PS x l = 2.165 VA x 25 m = 54.125
SEÇÃO 1
Condições da norma
O disjuntor deve proteger a isolação dos condutores contra excessivo
aquecimento oriundo de sobrecarga ou curto-circuito.
SEÇÃO 2
A norma prevê que os dispositivos de proteção devam atuar em até uma Dimensionamento
hora (ou em até duas horas para dispositivos maiores) quando houver
uma sobrecarga de 45%, protegendo desta forma os condutores da ins- No escolha do disjuntor, devemos
talação contra excessivo aquecimento. satisfazer as seguintes condições:
Um disjuntor termomagnético possui uma curva de atuação semelhante 1. Ip ≤ IN ≤ Iz
às curvas abaixo:
Sendo:
▪▪ Ip = corrente nominal do
projeto;
▪▪ IN = corrente nominal do
disjuntor;
▪▪ Iz = capacidade de condução
do condutor (já com os fatores
de correção, se necessários).
2. I2 ≤ 1,45 x Iz
Sendo,
▪▪ I2 = corrente que assegura
efetivamente a atuação do dispo-
sitivo.
Figura 80 - Curvas de Atuação de Disjuntores
Fonte: Siemens (2009). Ou seja, a norma diz que a cor-
rente nominal do disjuntor deve
ser maior que a corrente do pro-
Na linha horizontal temos a sobrecarga de corrente, a linha sombreada jeto (das cargas) para que não
nas curvas anteriores mostra o limite de atuação do dispositivo (13% tenhamos o disparo aleatório do
de sobrecarga) e a atuação garantida (45%). Para correntes maiores o disjuntor, mas que a mesma seja
tempo de atuação será menor e vice-versa, note que em caso de curto- suficiente para proteger o condu-
circuito a atuação é quase instantânea com correntes em torno de seis tor.
vezes a corrente nominal. A corrente nominal dos disjunto-
res diminui com o acréscimo da
temperatura ambiente, logo após
uma tabela que mostra essa influ-
ência:
Temp.ºC 20 30 40 50
U M U M U M U M
10 9,5 9,6 9,0 9,2 8,5 8,8
15 14,3 14,4 13,5 13,8 12,8 13,2
20 19,0 19,2 18,0 18,4 17,0 17,6
25 23,8 24,0 22,5 23,0 21,3 22,0
30 28,5 28,8 27,0 27,6 25,5 26,4
IN (A) 35 33,3 33,6 31,5 32,2 29,8 30,8
40 38,0 38,4 36,0 36,8 34,0 35,2
SEÇÃO 1
Instalação de quadro de
distribuição monofásico
▪▪ CAVALIN, G.; CERVELIN, S. Instalações elétricas prediais. São Paulo: Érica, 1998.
▪▪ LIMA FILHO, D. L. Projetos de instalações elétricas prediais. 3. ed. São Paulo: Érica,
1998.
▪▪ MUNDO CIÊNCIA. Hidrelétrica de Marimbondo. 2009. Altura: 280 pixels. Largura: 373
pixels. 96 dpi. 31 BIT. Formato: JPG. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/
fisica/eletricidade/MARIMB1.JPG>. Acesso em: 21 set. 2009.