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No exercício de qualquer profissão, são indispensáveis algumas virtudes básicas, para que a

atividade seja desenvolvida de maneira eficaz. Entre elas, podemos destacar: zelo,
honestidade, sigilo e competência.

Zelo – O profissional é representado pelos resultados do seu trabalho. Por isso, ele deve
cuidar de fazer sua tarefa com a maior perfeição possível, para construir positivamente sua
própria imagem. O trabalho que o profissional apresenta é a sua marca.

O zelo começa, portanto, com uma responsabilidade individual, fundamentada na relação


entre o profissional e a atividade que exerce. A qualidade do seu serviço depende da
exigência consigo mesmo. O trabalho executado expõe o profissional, mesmo na sua
ausência. O zelo consiste na máxima atenção em tudo que o profissional se dispõe fazer.

A virtude do zelo abrange o trabalho desde a aceitação até a finalização. Em alguns casos,
mesmo depois de concluído, é necessário a prestação de assistência. A responsabilidade não
cessa perante aquele que depositou confiança no profissional, para a execução de um
serviço. A satisfação do usuário depende do cuidado e do respeito empenhado pelo
profissional. Razão pela qual, deve haver um contrato, tácito ou expresso, entre as partes,
detalhando a natureza e as tarefas a serem executadas, com os devidos honorários.

Na atividade profissional podem variar o tipo de trabalho e o grau de complexidade, mas


sempre haverá obrigatoriedade quanto o cuidado com o serviço. Executar a contento, com a
aplicação do máximo interesse, realizando tudo o que se faz necessário, em tempo hábil,
para que um serviço seja integralmente cumprido, traduz o zelo profissional.

O descaso, o desinteresse, o descumprimento de prazos e a transferência de


responsabilidade para quem não têm a competência técnica para determinada tarefa,
caracterizam a ausência de zelo.

Honestidade - Tudo o que é confiado a alguém, requerer a fiel guarda, a lealdade, a


sinceridade e reserva. É o respeito com algo que é de terceiros, como atributo à confiança
depositada. É o tratamento responsável de um bem próprio e de outrem. Estes atos
caracterizam a virtude da honestidade.

Na vida em comum é imprescindível que cada um conheça os limites de seu espaços e


posses, agindo com probidade, sem trair ou subtrair algo que lhe tenha sido confiado. A
honestidade é um princípio que não tolera relatividade, ou seja, o indivíduo é ou não é
honesto.

Não existe a honestidade aproximada ou relativa, adaptável a cada interesse. Portanto, o


profissional comprometido com a ética não se deixa corromper em nenhum ambiente, ainda
que seja obrigado a conviver em ambientes com pessoas que praticam a desonestidade.

A honestidade profissional não depende de costumes, de comportamento alheio, de


obrigação religiosa ou da expectativa do usuário de serviços. A honestidade é um princípio
de vida. É uma virtude inabalável. É um parâmetro, um modelo, talvez diferencial, no
modo de trabalhar, de ser e de viver. O profissional deve ser honesto integralmente.

A desonestidade, por sua vez, deriva do abuso de confiança, da atitude maliciosa, e da


arbitrariedade. A traição à confiança depositada é sempre uma deslealdade e tende a ser
uma desonestidade. Fatores que mais têm caracterizado a desonestidade é obsessão pelos
lucros, privilégios e benefícios fáceis, disputa pelo poder e desvio de dinheiro público.

Sigilo – O respeito aos segredos das pessoas, das informações, dos negócios, das
instituições, é protegido legalmente. Eticamente, o sigilo assume o papel de algo que é
confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória. O caráter sigiloso de dados e
informações que se referem ao trabalho, sempre é preferível ao profissional, mesmo não
sendo obrigatório.

Se ocorrer que o sigilo não tenha sido pedido, por parecer óbvio, ao ser revelado,
enfraquece a estima e a confiança no profissional. Revelar detalhes ou ocorrências do local
de trabalho, nada interessa a terceiros. Documentações, hábitos pessoais, registros
financeiros, dados científicos e fatos de toda natureza administrativa devem ser mantidos
em sigilo. A revelação dos mesmos pode incorrer em prejuízo para a empresa, clientes e o
profissional.

A finalidade moral deve sobrepor-se ao fato fiscal e até judiciário e o sigilo deve ser
guardado como um compromisso de honra. Não procedendo assim, o profissional arrisca-se
a perder seu conceito e também sua posição de dignidade, quer perante o usuário dos
serviços profissionais, quer perante os colegas de profissão. Os traidores da confiança,
através da quebra de um sigilo que deveria ser mantido, desqualificam a atividade
profissional, por mais relevante que pudesse parecer a atitude.

Competência – A competência consiste na capacidade de execução de uma atividade,


atribuída ao profissional, em função do conhecimento e da experiência adquirida. É o
exercício e a aplicação adequada do conhecimento. É ainda, o desempenho eficaz de uma
tarefa com base no conhecimento acumulado.

O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais é condição


essencial para a prestação de um serviço de boa qualidade. Eticamente, é preciso que se
tenha consciência de que a instrução desejada é o caminho para bem servir, evitando, no
decorrer da profissão, danos ou prejuízo a terceiros. Além da falta de habilidade e
competência na prestação de um serviço, o erro maior é praticado por aquele que têm
consciência da sua incapacidade, mesmo assim, aceita uma tarefa profissional.

Os erros técnicos são graves deficiências que se cometem contra terceiros que depositaram
confiança nos profissionais. Um profissional precisa saber reconhecer suas limitações. A
evolução e a renovação do conhecimento, os recursos tecnológicos disponíveis
multiplicam-se de forma vertiginosa, obrigando assim, a atualização permanente do
profissional na sua especialidade.

Eticamente, é fundamental que a tarefa seja executada dentro do que há de mais evoluído
em favor do destinatário do serviço prestado, de modo a proporcionar-lhe a melhor
qualidade nos resultados do trabalho, com o menor custo. Imprescindível também, é
adequar-se às diversas culturas e correntes de pensamento, buscando pelo julgamento
próprio e pelo diálogo com os mais experientes o que de melhor existe para a execução de
uma tarefa.

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