Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Comporta mento
ldalberto Chiavcnato tum dos a 1""'
Organizacional ...,,on. , m ""l<'h<,;ído> < r,sp,iU<!o, 11.1 ,lrC2
AOinlmica do Suc,sso das Organiuç6tt dt admonisttaçàodt nnr•=• d< r«11MO
humano>. t gnd..Jo rm fik>;ofia/P«!Jgop
oom "'f>«i.tltZa<,io rm P , ~ EdllCUIOIW
F.m outn» tnnpos. os autorts t tsp!'Nlistas peb l:~P, tm Dimto rd• Uni,,r~
st pr~\~m m'I arudu a esttu1un \1.idt,,rit • f'Ó>·gtadwdo,m ~Jrntni,t,.._-io
d a s ~ P'" •P""""' foonas d< lmprN, peb F.Al5P-fGV E m,,,tr<
ou arqu1tduns mais adtqUJCW.. Assim, durintt \1.8.A t lloutor {ph.D. <111 -\<lm,msi~
<11,,-..i.,. o õlndo das otpnitaçdcs 6cou ""rito
, "" oonttudo , lonn,1.1Çio. Oobjtó,,> m
peb City Unl\tntl\' oi l.01 Angdc>, Callf,lrrui
«tMura" "'l""Ín\ÓC< pan qut ro...m dici<nttS E.sudoo lJniJ.o,.. Fot pror.-'°' d., tAfSP-FG\
tpude,stm dur,r. ,ida toda. Embon n«<,Ãrio, ,orno t.unbtm dt ,'iri;b uni'<r>iJaJ..-< no
hoJ< i,,o ~ I mais wfici<ntt. Em um mundo <>1ffl0r, .Jtin dt con,ultor d< <ml'f"J•·
r<pl,,o dt n>ucbn?s< incmws. o m1is imporunc,
,., m,n-a btbliogratii aJ,raog,, nu1> dt 20
t OOM«ff • dinlmica "'l?nizxiorul, ou stj,,
oomo as ocpniUÇÕC'S se comportam t St t()ifN.ffl lino, d, gr..,Jc dt,t,quc no mm:ado, altm
btnMu«didas. dt um., uttin iJ.ldt dt arttp nn '" ,,u.,
"f""<i.iliz.oda>. €prm-a,-dmtnl< o UOKO ,utor
Epo< qut osol Po<quto mundo anui nú r<pl,,o
bra,ik,ro • <N<UUr mai, d< 12 lilTo. """"
d t ~ <00> .. quais- S<mpttffll
tonUlo. v ·nffl'tOS ,Uàbatwnosnas ~ admin1>1,açlo tradu,ido, I"'ª • hngua
ou<OO>tt... ~ d d a s panpndtpw npanhob. R«d>w vàoo. prtnuo, • dis11111õt-.
d.1$ atnidadts qut sr tomim íuncbmcmais ('ffl nossis por ,u., atUJí,lo na arta d< admm,,u·.l(io gcnl
,ida,, (OfflO pan tnbalh,r, cuid,, d., ..ildt, <Stud.v,
r dt rt1.:unch humanoi.
- · • · 6n.nà,t,d,rigir,-•-
.,. <SUadas.aunr ...,,.roro.,c1c,ans,,"'·
Sit< do autor. w..-w.dtlavenato.tom
[Mm, nado o qut - õli. dtalgum, l'Mna.
lipdo ;,o,pniz,çb<s. Por todasfflll rui><s,
t pt«iso conh«H,s rndhor. e.mo cu,~,"""°
íunooN.m. Como " tom,m btm..uttdidas.
Como mscffl'I ( $( cksm\'oh'ttl'l. Corno ino'\'lffl
t w mrwmum consun1ffl)ffltt. Tanto W: eswmos
dmuoou íon dd,s, o impo,w,tt tqu, ía:um p,tt<
dt OOS'SIS vidas. PfflMCtmos5âmulWW:amffltc
• muiusddas.tm rmodotnbolho. pro6sslo.
<Wdoo, tt1igi1o. politia. tSpo<1<$,dô,<r1imm10.
tidad.,ni,, filantropia <te. Equast sernptt ~ fflll
"'l?h~qut nos posóbilium alaOl'r nooos
oojtcMl5 indivichuis (dinhriro. coob«imtnto.
SU<ffl0 pro6,sion,l, ami.., comp«lnci.u,
Stguraoç>. ""1IS, pmdpo).
rc -qa,odostnl,,lum •
t l"--•-das ~
PREFÁCIO
çâo para poderem permanecer surf:mdo sobre as 01,das inrranqüilas do oceano de 1ra.ns•
fonnai;óes r5pidas e sucessivas. SC" o nível de mudançi externa íor maior do que o de mu-
dança interna~ signiíic:a que a organiz.1çio csd St tornando lerda, obsolct'3 e uhrnpaS).'ld:t.
Para se manterem na crim da onda, as org:inizaçóes prccis.im utilizar todos os seus meios
e recursos cm uma atuaçlo holística e integrada. Tudo isso por meio das pcsso;,1s. É por
css.-i r:.11..io que algumas org.1niz.1çôcs vão disparadas na frente, s.'1.o bem-sucedidas, cres-
cem e se desenvolvem, ajudam a comunidade, s:lo admirnd:as, enquanto ouma.s seguem
aids tentando copiar ou imitar suas caractcrísticns e as demais ficam paradas sem S;1ber
e:xatameme para onde ir.
A competiçlo ocôrrC" quando ourras oriµ niiaçõcs tentam faur o quC" uma organiiação
fui, mas de maneirn ainda melhor. Uma organização cria van1agem competitiva quando
faz algo que os concorrem~ acham difícil copfor. Ess."l v:.mtagcm competiliva é susccmá-
vcl quando os concorrentes n:\O conseguem copi:u nada daquilo que a organização conse•
gue fazer. E onde reside a v:m~gem compet i1i"a das org.·rnil.lçõcs modernas? Na tccnolo•
gia? NO$ recursos íiminceiros? Nos recursos m:11criais? Não. Tt-cnolog.i:a, cquipamcmos e
dinheiro S;io rccur$0S c..-s1á1icos e incre~. Podem ser comprados ou aluiµdos Por qualquer
org:miz.1ç:io. O segredo da vantagem comperitiva c,slá cm saber utilizar a inteligência e a
competência das ptssoas que formam as org.1niz.1ções. Esse é o capit:al humano rcspons.1-
,·cl pela compttitividade org,.1nizaclonal. Afinal, o desempenho das org.1niz:1çõcs depende
dirct-amentc do desempenho das pessoas que as formam. Uma quest;\o de componamcn-
10 organiz2cional.
Este livro baseia-se no que hi de mais moderno em termos de conce:i1os., práticas e de-
sempenho organiucional. Além do mais, retine exemplos, aplicações e pesquisas típicos
da nossa culrnrn latino•:uncrican:1 e: que podem ser utilíz.1dos vamajOS."lmerHC cm nOSS:IS
org.1niz.'lÇÕCS sem necessidade de adaprn.çõcs. correções, transposições, dccodific:1çõcs ou
interpretações. Aliás, a folta de uma literatura sobre compon-amento organii.icional em
noss."l lingua tem sido uma lamenld\'cl lacuna que pretendemos pretnchcr co1n este li,·ro.
IDALBERTO CHIAVENATO
(wrvw.thiavenato.com)
SUMÁRIO RESUMIDO
PARTE 1
O Contexto Ambiental e Organizacional
PARTE li
As Pessoas nas Organizações
Microperspoctlva do CO
PARTE Ili
Os Grupos nas Organizações
Perspectiva Intermediária do CO
PARTE IV
A D i nâmica Organizacional
Macropers pectlva do CO
PARTE 1
O Conte xto Ambie ntal e Organizaciona l
Consonância e dissonância 37
Organizações oomo Sistemas Abertos 38
Organizações como Sistemas Sociais 40
A Sociedade de Organizações 40
Globalização 40
Tecnologia 43
Oive,sidade 44
Ética 44
Fatores que influenciam as decisões é1icas 45
Código do ética 45
ResPonsabllidade Social das Organizações 49
Abordagens quanto à responsabilidade social 50
Graus do envoMmento organizacional na responsabilidade social 52
ResPonsabllidados da Sociedade 53
Resumo 56
Questões 56
Relerêodas bibliográf,cas 56
~ Objetivos Globais
Dimensões Básicas do Oesenno Organi,acionaJ
• Somârio
100
100
-
Modelo mecânico e modelo orgânico de organização 100
Depanamentalização
. 106
Modelos Organi,acionals 109
Estrutura simples 109
Burocracia 110
E.strutura matricial 111
Novos Modelos Organizacionais 113
Estrutura de equipe 113
Estrutura em rede 114
A nova lógica das organizações t t5
Resumo t t8
Questões t t9
Referências bibliográficas t 19
PARTE li
As Pessoas nas Organizaçõe s
Microperspect lva do C O
CAPÍlVL09 MOTIVAÇÃO 24 1
Conceito de Motivação 242
Processo Motivacional 244
Teorias sobre Motivação 247
Hierarquia de necessidades de Maslow 247
Teoria ERC 250
Teoria dos dois fat0<es de Herzberg 251
Teoria das necessidades adquiridas de McClelland 252
Teoria da eqüidade 255
Teoria da definição de objetivos 257
Teoria da expectância 258
Teoria do relorço 262
Visão Integrada das Teorias da Motivação 265
Motivação e Cultura 265
Clima Organizacional 267
Utilização das Teorias da Motivação 268
Efetto da Administração sobre a Motivação 270
Resumo 273
Ouestões 273
Referências bibliográficas 273
PARTE Ili
O s Grupos nas Organi zaç õe s
Perspectiva Intermediár ia do CO
PARTE IV
A Dinâmic a Organizacional
M acroperspect i va d o CO
Técnicas de 00 453
A Necessidade de Inovação 454
Encorajando uma Cultura de Aprendizado e de Mudança 456
Incentivando e Impulsionando Esf01ços de Mudança 459
Resumo 467
Questões 467
Referências bibliográficas 467
GLOSSÁRIO OE TERMOS 50 7
BIBLIOGRAFIA 527
ÍNDICE DE NOMES (AUTORES) 529
ÍNDICE DE ASSUNTOS 533
PARTE 1
OContexto
Ambiental e
Organizacional
Comportamento Orge:nh:e:eional • IOA.l8ERTO CHIAYfHATO ElSEVIER
/ __A~M~~, , , • Comunleaçto
12. Udtt'•nça. ~ • Politlca
13.. Et~. Conflito• tMgoc'-çio
, ... Mudlnça • 0.MrwofVlmento °'9anlz:ICIONII
16. E.atrllf'9la Orpntuelonal
1
Flgur• 1. Estrutura do livro.
INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL
Objetivos de aprendizagem
• Definir o que é o Comportamento Organizacional.
• Sumariar as principais características do ComJ)Ortamento OrganizaclonaJ.
• Aptesentar os três niveis do Comportamento Organizacional.
• Demonstrar a utilldade do estudo do Compor1amen10 Organizacional.
• Mostrar os novos desafios e paradigmas do Componamento Organizacional.
e CASO OE APOIO
CONSULTORIA ORGANIZACIONAL
Frodortco Rodriguez ó consultor org.ontzack>naL Seus referências sobro os problemas o $UH causas. A ao-
cUcmtes do omp,osas do girando p,o,to que 1tUJm nos gulr, faz reunl6ea com grupos lnto,nos P6r1J <Mbltor,
mais variados ramos de Mg6e:Joa. Para oanhar novos checar e confirmar 6UH conclusóes. Quando está ••
clientes, Fredetlco faz reunl6es com d irigentu mpr► guro de que o seu dlag:00$tico est6 preparado, Frodo,t.
aarlals a fim de conqulatar novos c.ontr1to1 do Pf0$tl• co começa a planejar•• lntervenç6es o soluçóos no-
çâo de servJços. Frederico p<ecisa coohocor profunda• cosdrias para ellmlnar ou reduzir o problema que afll-
monte a vida 0tganlzaclonal, os &eus problemas o solu• g• a em~-11 cllonto. Nossa altura, vona a fazer reu-
çóet,, p,ra conseguir ""Yender o seu peixe"'. Feito o con- n16es com a diretoria da organluçio para apresenta, o
trato, o trabalhO Inicial do Frederico consiste em fazer seu dla,gn6sUco • o plano 6o açio te,apêutica a fim de
um dlagnôstleo S)fóvlO tobto os pcobloma., enfrenta- resotver o problema da omproN e rocebor o teu aval o
dos pela emprota cllento. Pira tanto, l)f"ocure obtor da• dar prouegulmonto aos trablllhos. Para conduzir to-
dos por meio dt ontr~tt#t com HUt executivos e run- dH essaa ações preliminares de con.t,utto,11, Frederleo
cion6riot e verilicar ot relltóriot Internos a respeito. À precisa uN.mlr profundos conheclmentot tobfe com-
medkla que colige dados e .,form&Ç6es, tez anotações portamento organl.zaclonal. Na sua oplnl6o, quait M-
e registros na tentativa de elabora, um quadro gCfal do ,1,m OSMS conhecimentos? •
1 Comportamento Organizacional • IOAUERTO CHIAVENATO ELSEVIER
indlíStrfas etc. Daí a imPortância do conhecimento que :.presentam um co1nporrnmemo. mas sim .1s
sobre o comporr-ame11to org..1.niucional. pesso.1s e grupos que delas panicipam e que nelas
Al6n disso. as org.1nii.1çôcs não funcionam ao .1rnam.
actl.So. E nem s.-io bC'rn,succdidas alc:uoriamente.
Efa.s prccis.1.m s.t:r administradas. E os cxccurivos Introdução ao CO
que as dirigem o u gerenciam precisam conhcccr
profundamcmc o fator humano nas org,m i1..1çõcs. O CO está rdacionado com as ações das pessoas
O sucesso ou o fracasso da maioriA dos prOjt"rOS or• no 1r;1balho cm organizações. Baseado prcdomi-
ganizacionais depende do fator humano: é prcci.so nan1cmcntc na contribuição de psicólogos, o CO
5,,1bcr lid:ir com J>CS$0.'lS de diícrentcs pcrsonulidu, é um:t jrc-a que trata do componamcmo indi,•i•
des e s.1.bcr se rdacion:ir e comunic.ar com elas. Isso dual. isto é. de tópicos como pcrson:tlidade, atitu•
n:1d;1, tem o ver com os conhc.."Cimcm os té-cnicos e es- des, percepção. aprendizado, moti,•ação. Al~m
pecializados da formaçt\o de cada executivo, e sim disso. o CO também es1.i relacionado com o com-
com o d1.--sc1woh•imcmo de h:1bilid:1d cs no rclacio- pormmento grupal. isto é, inclui tópicos como
n:un cnm interpessoal. O conhecimento pur.tmentc norm:is, papéis. construção de equipes e conflito
tfcnico é c:ip:1z de le,•:ir até um cerco ponto. Mas.. e, nesse ~ ntido. buscia-se n:t contribuição dé SO•
depois disso. as habilidades interpessoais St tornam ciólogos e dt' psicólogos sociais. Todaviu. o com·
imprescindí"eis. Somente h:i pouco tempo as esro· portamcnto de um grupo de pessoas nâo pode ser
las de adminis1raçJo-quc :,mcs limita,•am seus cur• compreendido apenas pela soma d.1s ações dos in•
rículos focados quase cxclusi,·a111t"1He nos :tSpectos divíduos agindo sozinhos. O compom11n cn10 gru•
técnicos 0-3 adminisrração. enfutiiando economia. pai é difc:rentt" do comportamento individual. Es•
finanças, contabilidade, produção e 1é-cnicns quanli• sa c::.r:icterística 1orn:1-sc mais \'ÍSí\'cl cm c;tSoS ex•
c-ativ-:is - pas5:.lrarn a pri,•ilcgiar a comprccns.'lo do iremos, quando u rna gangue de rua ataca cida•
comportamc-ntO h umano no alcnnce d a eficiência e dãos inocentes, por exemplo. 0-s membros da
eficlcia das organi1.aç6cs. g.inguc. quando agem sozinhos, raramente se en•
!I
ELSIM~------------------------------
CAPmJLO 1 • ln1todução eo Comport,mento Organizacional 1
■ CO pock, s.e< def" 'do Con'IO o ~P,Nnsóo, t)f'odi(ôo • gelt6o do ~ n t o hi.Hl'ICW> no:t Otgot'lb.~ '
■ CO • um compode es.tvdovoflodo poro pr..,e,, ex,,lkor, eotnp,ffndet • mocfmcoro~tohumono no con•
leJOO do, • mp,ncs. OCO enfoco compo,toment01o obs.e~ fconvenc,,, ttobolho,), lido com 0tobe1 inle,no, (pen·
s«, perteb« • dee:ldi,), e,tvdo o comportom.enlo dos peuocn («>mo indMd~ ou «>MO membtoi de unidode1. sociois
l'l'IOM)l'M) • onoliso o COMpe>rtomeMo deuo, unldode, moloNs C;tupo, e orQOr1b.0(6es).2
■ CO • o .-studo dos incfMduos • 9fVPOl nos o , ~J
■ CO , o ca mpo de e,tudot ~ tnYes.tigo o impodo qve indMCNOs,'g,vpos e estn.,turo o,v,oni1ocionol ttm JOtwo o com•
portomen!o dentro dos 0tgoni'l'"õ6ti, com o ptop6$lto de op5cor toi5 conhoô1Mntolporo mohotor o fflCÓ(io o,goni,
10cionot "
■ CO 6 o ..tvcto e o ~ do conll«i~to sobre como os peUOO$ otvomdomrodo5 Ot"90nii:oç6ft, Troto•M do vmo
f.o«om.ento humono poro benefício hvmono. :l
Aspectos
Vlsi'vels
Ew-
oo,,,-
--
POi1oc19 e ProcecflmetllOI
~.,,.._
Elfil'\J:l,d 0 1 ' ~
..eon-
,
__
__
- ~
eor-.~.lnl~
g."'ljam cm tal comportamento. Nas org.tniiaçõts, do CO, como as estratégias a.dota.das pela org:miz:i•
as pessoas agem canto como indivíduos como Çlo. a fixaç-:io de objetivos globais a serem :tlCtnça-
membros de grupos. Assim, necessitamos estudar dos., as políticas e os procedimentos adotados, a es-
o comportan,cmo sob esses ângulos. rrunir:i organizacional, a autoridade formal e cadeia
Por outro lado. um dos desafios p3rn a compre- dccoma.ndoca tecnologia utiliiada. Todos esses as-
ensão do CO l que ele pode ser \'isívcl apenas par• pectos visíveis e superficiais do CO s.'lo fucil mente
cialmentc. Existein 2sp«tos vish-eis e superficiais perct.bidos nas organizações.
Comporlamen10 Organizacional • IOALBERTO CHIAYENATO ELSEVlER
1
1. O CO é ,m,a disâpU11a citmtl/iea aplicada, d. P$icologia Social: com conceitos sobre: gru•
Está lig.1do a questOC's priticas no sentido de po, din5mica de grupo, interação, lideran·
ça, comunicação, .nitudes, fO mada de deci•
:1judar pcsso.ts e organizações a alcançar nf-
\'ciS ele,·ados de desempenho nunca antes ai•
s.io gnapal etc.
cançados. Sua apfiC;1bilid:1de es.tá cm si1nult:1- e. Soâolo,gia: com status, prestígio, ·poder e
ne:unentc buSC'3.r aumemar a satisfação d.as conflito etc.
Na verdade:. o CO é uma ~rea interdisciplinar logfa quando prccis.1. 1mbalhar com org.1.ni-z.1ç6(s. E,
que urilizn conceitos oferecidos pOr virias ciências conSC"qOenttmen1e, com todos os profissionais - de
sociais paro serem apli~dos ta.mo ~1 indivi'duos. qualquer tipo de form,tç:io cducacion;il -que traba•
como a grupos ou org.1niiaçõcs. lham direta ou indirer;1.mente com orga.ni1.açúcs.
o_,
Compocu,nento
\CO)
- Admlnll1raçio M
Recursos ~nos
(AAH)ou
Gfftio~PffloON
-
Flgu,a 1. 2 . As 1e1aç6es entre CO e ouuas disclpllnas co,relatas. 1
10 Comportamento Organtzaclonal • IOAL8ERTO CHIAYENATO
Além disso, o CO não se confunde com a Psico• porcion:ar ncgociaç~o, tipos de poder e políti•
logb Organizacional (PO). As ciências S()Ciais (an• ca e coordenar ati\•idades de tr.ibalho. 10
tropologfo. sociologia e csprcialmcnte a psicolo• 2. Ptrspectiva imemttdidda do CO. Tr:.t3 do
gia) íiieram uma contribui\áO significativa pua os comporrnmcmo de grupos e de equipes na o r-
íund:unc1nos teóricos e de pesquisa do CO. A c-s• g.1nii.1çáo. Recebe o nome de comportamento
trumra organiz.1cional e os p rocessos :tdmin i.strati• mC:SO<>rganiucional. pois funcion3 como lig2•
vos (como deci.s5o e comunic.açâo) assumem um ç:\o entre as o utras d uas pcrspectiv2s do CO.
p3pcl imporr:mte no CO, 1ttas sccundjrio na Psico· Focaliza o comporrnmcmo das p<.'SSO."lS q ue
logia O rganizacional (PO). Será que o ,·clho vinho trabalham cm grupos ou cm equipes. A pers•
(PO) foi colocado cm uma garrafa nova com um pt.-cti\'a intermediária do CO ~ basci:1 cm pcs•
.selo diícrcmc (CO)? Parece que não.• É o que va• q uis.,s sobre equipes, tmpo1qen11e11t, din:imi•
mos ver no decorrer deste livro. c:a g.rup:11 e intergrupal. Busca encontrar for• }
mas de socialiwçâo que inccntiv.1m a coopc:•
ração entre as pc:sso.1s, mdhori11 da p roduth'i•
 A FILOSOF IA DE RH DA XEROX '
dad e cm grupo e quais as combinações de ap-
A Xerox busc.a construir uma rel&çio do parcerla com tidões emrc membros de uma equipe para au •
pus colabotadores fundamOf'ltado no otondlmonto de mcnmr o desempenho do grupo.
oxpeetalivH mútuas. A sua mosona de RH se baseia
3. Microperspectiva do CO. Trata do comporta•
em certas premiu.as básicas do CO, a seber:
mcmo do indi\·íduo ao crabalhar sozinho na
• Sou rolaclonamento ó fundementado no alcan• o rg.ani~çáo. 11 Rcttbc o nome de comporta•'
ce do objeUvo do negociação e dos objetivos mento mietoorgani:c.acional. Em funç:lo de
do vide prollsslonal do cade um, su2s origens, a micrope:rspccti\'a do CO apre•
• Busca construir ume visão comum da empreH senta uma orientação íor1emcn1e psicológica.
e dos empregados .sobro o futuro do negócio. Focaliza as diferenças individuais, pcrso1iali-
• Ética, respeito, confiança o rosponubllidado dade1 J>('rccpç:;\o e :ntibuiç-lo, motivação e sa·
sio aspectos primordiais NS relações. tisfoção no trabalho. As pcsquis.1s nessa área
• Utiliza ao mbimo s.ou talento na busca da qua• focaliz.1m os efeitos <las aptidOO sobre a pro•
lldade e produtividade e procura recom~nsar dutividadc das pt-ssoas, o que as motiva a de·
do aco,do com seus rosultados. sempenhar suas tarefas. sua smisfoção no trn·
• O desenvolvimento de competêtlcla proflsslo- balho e como elas sentem e percebem o seu lo•
nal ê vital para uma relação duradoura. • col de trabalho.
Modelo de CO
Os Três Níveis do CO
Para rcpreSC"ntar seus conceitos, as ciências geral-
O estudo do CO en\'oh·e crês níveis hier.\rquicos d e mente utilizam modelos cuja finalidade~ fucilimr a
abordagem, a saber: explicação e comp rcens.io de deter minados fcnô•
1, Macroperspectiva do CO. Trnm do compOrto• menos complexos. O moddo é uma representação
memo do sistema o rganizacional como uma simulad a de um fenómeno real ou uma forma de
totalidade. É o que chamamos de comporta· abstr:1ç;\o da realidade. Serve para represenrnr a
mcnto macroorganiuacional e reícrc·se :.10 cs• rc:illidadc d e maneira mais simp les e int'eligívcl, se•
tudo dos c-ompormmcmos de o rg.·miz..1ções in• ja na forma d e um o rganograma de empresa, flux o·
teira.s. A abordagem macro do CO se baseia grama de 3tividadc, planr2 de um edifício o u eq ua•
em como comunicar, lider.'lr, proporcionar ç.\o matcmáiic-3. O modelo convencio nal de CO
decisões, lid:11 com estresse e coníliro, p ro- utiliiado pela maioria dos autores envoh·e três 11i•
~
WIMER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___
CAPITVLO 1 •_ _ _ _ao
lnuoduçêo _C-Omponamento
______ _ _ __
O<ljOnizadonal 11
O Universo de
Organlzaçoes o Conctx10Arnblortolo-
•-ln<.. ·~-
-doCO
Peftpec(wa lnlermedi6r'8. dO C0
O Grupo O.<l<upoonos()fga,,lzaQOes
OlndMduo
..--~
Micfoptrtp«:Civt 00 CO
\·eis de análise:: individual, grupal e org.1nizacion:il pondo-se a de eomo se fossem blocos de constru•
cm níveis crcsccmcs de complexidade, e c:1d:1 um ç:lo dinJmicos e imcr:uivos. Os três níveis íunc-io•
deltS f conStruído a partir do nh,d anterio r sobre:• nam como variáveis independ entes do CO e deter-
minain as dcm.iis variá"eis subseqüentes que verc•
e CASO OE APOIO mos 3 seguir.
,•2ção. Ao ingressar na org;,rni'l.1ç:io, as pc-sso.1s pc$Quis3 nesse sentido n.·Yda que o custo anual
possuem características indi,·idu:ais próprias do a.bsentdsmo uhr-Jpassa os 40 bilhões de dó-
que iníluenciarão fo rtemente o CO e serão htres em cmpres:is americanas, 12 bilhões cm
por de iníluenciadas. cmpres:LS can:tdenses. 12 enquanto na Alcma•
nha ,·ai al6n dos 60 bilhões de marcos. u Ourrn
As variiveis independentes condicionam forte• pesqui5.l mosun que a falta de um dia de um
mente o CO configurando as variáveis depc-nden• func-ion.irio de escricório cusu cm m6dia 100
tcs., como nível de desempenho. baixo ab~ntdsmo, dólares às empresas amcrican:lS dc,•ido 30 nlo-
b.1ixa rotatividade, satisf-aç-lo no trabalho e o nível trabalho, nlo·produç-lo. rcduç:.lo da eíiciC:nci:1
de cidadrrnia organizacional. Vejamos cm detalhe as e :mmcnto da carga de tr:ibalho do super.•►
vari;\veis dependentes. sor. 1" Em gemi, abscntcísmo significa interrup-
ção do trabalho, pc-rda de produç.'.io, enormes
prejuízos e até p:1r.1liz.1ç.fo parcial ou tot:al da
Variáveis dependentes do CO fibrica ou da empresa por falt;i de pc$SO.'lS. u
Em sua interaç.lo, as v:ui;\,•cis independentes do Uma org.1niz.'lÇ'âo que tenha 100 p,esso3s e um
CO provocam 0011.seqiléncias ou decorrências na índi« de absemtí.smo de $% pode contar com
forma de vari;\veis dcpendentts, O modelo de CO :1.pcn:1s 95 pc.ssoos no período. Nenhuma org.1•
crwoh·e também c.ssas v:iriáveis dependentes que nizaç:\o pode operar normalmente e nem ai•
constituem os f:uorcs fundamentais que se pretende ronç:ar seus objcci\'OS se as J)($SOOS não comp.1•
:wali:1..r ou medir. As variiveis dependentes s:lo basi• recem com regularid:ide ao trabalho.
cam('ntC variá, eis intermediárias, a S.'lbcr:
1 3. Fi<kfiJ.,,ck: a fidelidade:) org.;miiação fuvortt'C
a redução da rorarivid:ide. A rot.1tivid:ldc ou
1. Dt~mpt11l,o: sig.niíiro a maneira pda qual as tumowr signiíic;1 o fluxo consrnntc de saídas
p,essolS exercem suas fu nções, realizam su:'lS (demissõn e desliga.mC"ntos) e entradas (admis•
atividades, executam S\1as rardas e cumprem sões) de pcsso.'1S n:i org..1niZ,'lÇ30, ou, inversa•
suas obrigações. O desempenho individual mente, a entrada de pesso."lS par:\ compensar a
afeta o desempenho grupal e este condiciona saída de outras nos quadros da organi:ZJçlo. A
o desempenho orpniz.acional. Um dcscmpc· romth'ldadc pode ~r \'olunr.iri.a (qu.1ndo a pes•
nho excelente facilita o sucesso da organiz:i• soa decide dcsligar•se d:1 empresa) ou involun·
ç-ão, enquanto unl desempenho medíocre não tfüi,a (quando a cmpr~ decide demitir a pcs~
agrcg.1 ,·alor ~ organit.'lÇàO. OCO~ profund3· soa. Kja por redução de quadros ou por de•
mente influenciado pelo desempenho indivi• sc:mpcnho Íll$\lficicntc}. O aumento do ttmro·
du.tl, grupal e Otg.'lniz.acional. vtr implica ncccssari:.1mente cm clevaç-ão de
2. F..,,gajamenro: o engajamento à org;.1niz;.1ção fa. cusms de admiss.io-como recrucamcmo. sele•
vorece a re<luç;lo do absc111císmo. Este- se rcíc- ,jo e treinamcmo-bcm como amos de desli•
- CAPÍ'T\ll.O , • lntrodvçéo ao COmportatnento Otoanitacional
2----------'--~---=-------
ElSMER
13
..o,g._,
V11U1vel:s no N,wt
• Oew,hoO,g, •,.
• Olitura O,g.an,.iac:ion;.
• PfO()N$01delrabo,,,o
-~-··-
V.""'9ts no Nevtl dot Gtupoa:
• E~•Em,,owe,m,ot'lf
_ __
........_..._
Variável, no N...... doa lndlvktuot,:
• Fi<J,olidlOo
• SM!daç6ooomoTrabah>
• Sa:IS&oçto no Trabeh>
fazer com suct-sso as aspirações de St'us dicn• tos, habilid1dcs e competências. A Rexibilid:;,dc
tt.'S. e t cficicme quando foi isso com baixo signifirn a capacicbde de alterar comport:.1mcn·
custo. Se uma empresa melhora seus mé-1odos tos e modific:i.r :1ti\·id.1des em íunç;io de 00\"aS
e processos. ela tende a aumcnt:1r sua dici<n· cxigêncfas internas ou extcrn3S. Refletem a Cl•
eia. $t' da ultrap.,ss., suas meras e objc1i\'OS, p.,cidadc de m.anobrabilidade da organi23ç\o
eleva a sua didc:ia. em situações nov:i.s e diícrcmt'S, Ambas decor-
2. AdaptabiUdade e fl~xibilidad~: a :1d:ipmbilid..1de rem da.s ,·ari-ávcis dependentes do CO.
é d«orrente da fuc:ilidadc em se- ajust:tr a diíe- 3. Qualidade: a pala\'ra qualidade tem muitos
remes simações e aprender nO\'OS conhecimen- significados. Pode significar a capacidade
-
MalOGrosso
Pa,w
S!oPat.lo
2.9
2.7
2.6
2.4
Esto<IOS Un<los
Atgeo-,na
mgu,,
°""
2,4
2.4
2.4
1.7
MalO Grosso cio 51.1 2.0 ~ 1.5
!I
EUEVIE!l _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ ___
CAPÍTULO 1 •_ _ _ _00
lnuoduçáo _COmporu>menlO
_ _ __ _ _ _ _ __
0,ganizacional 15
·-
• 0.Mi•e>erM
- ~~
• Set4111Ç6o no ttlbd'lo
• Cid.oe,,ioo,~
·-
~ fnCK'IMdl6tfH:
. ~
• Oleid.oe
. ~
•.-(;(~-
-d0$-
V . ~ ,.IUttatlik
·- -
• wo, ~'6tnico aor-oedO
OCO est~ rd:u:ionado com 3 111;1ncira como :is or• mente os rotutt&dos orga,nluclonals M pretendo &g.r •
ga, valor àt &uas empresas clientes. A.umento da p,o-
g.1.ni;,:açõcs se comporcam cm um mundo din.imko
dutlvldado, redução do absenletfmo e da rotatMd&de,
e em constante desenvolvimento. E o comporca•
molhoria na talitfaçào com o trabalho o cons.cktntiu•
mcnto das organiu\ôes depende dos grupos e indi•
ção da cidadania organizacional são resultados gto-
,•iduos que :'IS fonn:un. A cad:1 di:1 que p:1s~, o CO
bals q..,. Fr~lco tom somp,e om .,,.nto na sua atM-
se d<"íroma com as novas e mutáveis realidades d o
dade p,ofissk>nal. Como medir tais reault&dos? •
mundo do trabalho, coino:? 1
3. Propor um conjun10 de 1écnic.is para lidar 5, Criar condições p.1rn 1om..1.r 3S org;ani.7..açÕ('S n'-1.is
com problemas e oJ)Ortunidades: que ocorrem eÍK"::n'.CS e compeciti\'3S de mall('ir:1 sustcm~vel.
em siruações dt trabalho,
Sem dú,•ida. o conhecimento do CO (: de impôr•
4. Dcsen"oh·cr C"s1ratégi:1.s adt-quadas par:i me·
llncia capital para quem deseja nabalhar, adininis•
lhorar a qu~1lidade de vid.a no trabalho e: nas
trar c investir em organiz.açOO ou simplcsmcme cn•
org;.miz..1çôt-s.
1r:1r em corm110 e imer~1gir com elas.
e CASO
AS MELHORES EMPRESAS PARA VOCÊ TRABALHAR"
A cada ano, a rovl,ta Eirame destina uma equipe de fot- peso de 10% e eon11a10 numa avallaçio Jornalistlca
naHtlH para fazer vt11ta1 e emprosH prkl:iulficad.&s com reuni ões com funcl on6rios (do nível operaclonel)
a fim de eotrar no Guia Elcamo - As MetlhO<H Emp,tsH o gerentes que responderam à pesquisa, em separa•
,,.,a Você Trabalhar no Brasil, Para avaliar o lntangfvol, do. A quarta o últlma feso ê umt1 reunlio de consenso
o gula utfllza uma metodologla para transformar a s.ulr entre os consultores da Great Plaee 10 Work ln.slítute e
JMMdado em dados eonc:reios e compar,vels entre st o, fomallstas do gula.
OS elnço valores a roapeito dO ambiento de 1rabalh0 O porlil de cada empren é descrito por meio de:
que n.ortolam a posqul aa aào:
1. Boneficlos.
1 . Respeito. 2. Remuneração.
2. Credlb!Udade. 3. ÊUea o ekfadenla.
3. lmparel alkfade. 4. Dea.envolvlmento proflss.lonal.
4. Orgulho. 5. Equllibrlo entre trabalho e vida pessoal.
5. Camarad:.gom.
As emprens premiadas na ú11ima pesquisa são:
A metodologia foi ertada no Inici o dos anos 80 por
1 . Magazine Lulza
Robert Loverfng da empresa Great Placo to wor1c: lnsll•
tute. Em fevereiro de cada ano as empresas se Insere• 2. Redeeard
TELECOMUNICAÇÕES:
1 .. lntefbris
SERVIÇOS: •
1 -Alga<
, __
GRUPO AllMEHTiCIO:
·---
3-tesa
5-AESS<II
3 - Mm!ar
4 • Sp,1nQ c:,,,;e,
5- Condo<
3- Cia. Paraie<N Melais
4 - Weg
5-Plsa •
l auestões 1Resumo
1. Você conhece e..~ c-1nprcs:a.s? Qu;11 !>ll.l imprt">JO As org..1.niz:aç~s con·' limcm o ccn~rio cm que 35 pes-
:a rcspci10 dcbs? ~ , pa~m a m:1ior p.1rrc de suas vidas descrnpcnha,,-
2, Como ,·o,cê monuri:t um.:. ~ui~ p.tra :&\'JILu a:i,; do p:ipéi-. difcrcmcs e :adquirindo produtos e serviços
melhores C'mprcsas i»r.a ~ 1r:ibalh.1r? difercnte.s. De ~111, fado, as org.:in izaçõcs n«cssi1.1m de
3. Qu11is ()) i1c-n) qu<" ,·O('(' C'~hc-ri.a para :;i,.1liar <">·
pcsso.1.s p:.1r-;a poderem funcionar e alc-,mç.1r sucesso.
SJS cmpr~.)?
t nquamo. d( ouiro. a.) pcssoos necessitam d:is org.mi•
4. Como ,·océ conchu.iri.a a pcsquiS:1?
S. Como ,·oc(' cmrari.a c-m com.no com os funcion~- zaçôc-s para po,derem vi\·er, tr.1b:llhar, c-ompr-Jr seus
rio) d.is c-mprN.b ;wali.1d:b? bens c '-Crviço-:. comer, diverrir-$-C' etc. OCO refert•SC
6. Como voei comunic:tri:t º" ,c,.11h;1dos da pc... ao c-<mdo de indivíduos e gn1pos :1.tu;u,do cm o rg;mi•
qui,-a? iaçõcs. e recr:u:i a ron1fnua in1cr.1çlo c-mre pcsso,b c
IIIII lntrOduÇâo ao Comportamento Or9&nizacionalCAPiTUlO , •
~
EI.SIMER - - - -- -
Z1
org;mil:.lÇÕCS qu<" )(' iníluenci.-im r«ipro,ci1mc m<". O 1O. Qu:ais 2.s principais v-Jrii,·cis <kpcndrmcs do CO?
conh«imc:-mo do CO é indisprns.·h·d para an3lisar. fa. 11. F~pliquc o que- sig.nific:t produtividade.
u r invc:s1in1emos e obtc-r recornos. ou par-.1c riar nov;i.s 12. Explique o que significa 2.bstmtlsmo.
organii.1Ç'Ó('S, mud:i.r organii.1.çõcs iá cxis1cn1cs., 1r.iba• 13, Explique O que i ignifica rotJtividaclt'.
14. Explique o que s.ignific:1 $1ti.sfaç:\o no rr,tb.llho.
lhar em org3ni:Z.:'IÇÓCS ou. m:ais imporunie :ainda. diri-
15, fu:plique o que signifia cidad:111ia org.1niz..1cional.
gir org.,.niz..1,çõcs. OCO C'lraC'lerizJ•.SC por ser uma di.s•
16, Qu.ais O) dn.afios do CO di.:uue de um nu1ndo rm
ciplina científic-a apliCldJ, por adot:lr uma abordagem
• contínua mudar~a?
contingencial. por utiliz.n metodologia científica, por 17. Explique os dn.aíios do CO dial'Hc- d.:i.s nmd~nç:i.s
ajudar as pessoas a resolver problc-m~ org;.anizacion:ais no mundo dos nq;ócios.
e por cs1:ir rd:acionado com as cii:nci:as socbis.. 18. F.xpliqut os dt'S.líios do CO deYidos is mud.'lnç:u
OCO pode ser abordado em 1rê:s ní\·ei-.: a macro.1• 1u força de mab.llho,
bord.1gem no nh·el org.aniz.xion:al. a meso:ibord:igem 19. Quais O) dt'S.lfios do CO cm íunç!ao das mudança,
no nh·d grup:al e a micro.1bord:igem 110 nh'cl indh•i• n.Js org.1niz.1çócs?
dual. Assim. íoetli.za varii,·eis indcp(ndcntcs situ::id.:,s 20. Por que Ot'Onhcdmrmo está se 1orn:1ndo o princi•
no nlvd do sistema o rg;,,nizac-ional, \'3ri;h-cis no nh•d p.,I fa tor de produçlo n:as ors;,miuçóe's?
gropal e \'ari.iwi.s no nfrcl do comportamC"ntO indivi•
du:al d;tj pessoas. 1\ llm disso, (oc~1fü.:1 \'ariávtis dtpcn•
denics romo produti,•id.,dt, abscnidsmo , ro1.tth ida- 1
1Referências bibliográficas
dc, $.1tisfoçio no u·aOOlho e cidadania org.miz:acional 1, Fred t.u1h,ms. Org_,mi:.ario,ia/ Ekl1'aviO,.. No,·2
como rcsuh:1mcs d:is \·ari.1,·cis indcJ)f.·ndcntcs. York: McGraw•l-lill. lrvrin, 2.00.?. p. 23.
2. John A. W;1gntr Ili & John R, Hollcnb«k. 0,g.r·
AJ~m di.»0. o CO se ddronra com dc~f'ios impor·
ni~.Jtio11.1I lkl1Jvior: S.·mrfog Com1Htili1.'t' Advau•
t.tntC"l-, como o nh-d de mudanÇt no mundo e no :im•
tagt-. Uppcr Saddle Rh•c r. NJ: Prcniice Mal!.
biente dos negócios, nas c.uacteri~ticas d.1 for~;i di: tm•
199S. p. 6.
lxdho que :nu.'I n.'1'> org.1nfz..1çõc~ n3S cxp«t,11iv.1.s dos 3. John R. Sch('rmcrhorn. Jr.. J:amcs G. Hunt & Ri•
dicmcs e consu1nidorC'$. n.:ls própri2s org.·mii.,çõcs.. ch:ard N. Osborn. &sic ◊'8-',ti:atio,:.1I 8tl1.111ior.
noromport-anwnto dos dirigcmcs e gcrcmes das org:1- Nova York: John \Vile>' & Sons. 199S. p. 2-l.
ni:z~çõcs c. sobretudo. no fruo de que o conhccimtmo 4. Stcphen r. Robbins. Org;111i:at lo,:al fkh;wio,:
esni M:" tornando progrcssivamcn1e o pri,1cip:1I fator de Co11up1s. Co11tro11n1irs. Appli,atiom. f.ng,lcwood
produç.io. Tudo isSO (-:iz com que o cswdo do CO sej.:i Cliffs. NJ: Prtnticc H;'III. 200 1. p. C-S.
cad.:t \ 'C't m.1i..: impon:rn1c t;uno p.ira o suC'ô-S-0 o rgani• S. Kcith Davis. J-l11ma11 Behnf)f(JT at Worl.: O,sani~.J·
z."\Cio1,:1I. como 1>:ira o sucesso p,csso.11daqueles que li• tio,ral [kh.-,f/Wr. Nov.1 York: McGraw-Hill. 1981.
d:am rom organizaçÕC"S. p. J,
6. Frc-d Luth2.11S. O,ga11iu11io11al Bch.111fr•r. op. ât..
p. 23.
Questões 7. Fttd Luthans. ~,,i~riou.r/ &/Jo:Ji,io,.op. â1.• p. ?J.
8. frcd Ul1h:a;ns, O,g.111hatio11.1I lkhavior, 01,. ât., p.
1. Comc-ntt :a imponjnda das o~nii.açóe's no mun•
24.
do moderno.
9. José A. M.:ucondcs d(' ~loura. Os Fmros da Q:wli•
2. Explique p.1r:a qu" ~rv<'m :as org.miuçõts.
da.de-A E.-.:,writnci.Jd.J '&roxdo 8rJsil, SJo P::1ulo:
3. Oisa11.1 :1 rttiprcxidade e1nrt ~ s e ors,aniz.içõcs.
~fakron Sook:l. 1994.
4. Conct'itue CO.
10. John A. Wagner Ili & John R. HoHtnbt'<'I:, O,ga•
5. Quais as f'in;.1lid.1dcs do Cô?
11i:.atio,1al BdJJl!ior: S«"ri,rg Compdith-e Adtv11•
6. Expliqut' J.S princi,nis ~r.1C'tcrl$1ic;is do CO.
tage. op. â t.• p. 6.
7. Quais.'!.) princip;ais v:1.ri.i,•eis independente$ do CO
11. John A. Wagntr Ili & John R. Hollcnb«k. O,g..1•
no nh·el organiucion;al?
,,i:,a1iQ,1.1I &h.wior: $«11ri,tg ComJNtitit~ Adt•.111•
8. Quais 3s princip;ais v2.ri;h•cis ir.dependentes do CO
rage. op. cit.. p. 6.
no nh•d srup.1.I?
12. S.R.Roddcs & R.M.StcerS. Ata11agi11g Employu
9. Quai:s :is princip:a;is , •.ui,tvris inde-p(ndcntt's do CO
,,bst'nlf'ism. Rcading. Ma .: Addison,Wcslcr.
no ni\'d mdi\·idual?
1990.
Compor1amen10 Organizacional • IDAL8ERTO CHIAVENATO EL')F.VIER
22
13. Extr.tído de: J. Schmid. -Skk Gcnnan WorkC"n. 19. P..M. P<kikoff. M. Ahr:tmr & S.6.M:liCKrntir. •Or·
G<"1 Corpor:uc Medicine-. lnt~nratio,,al Hm,ld g;inix.uional Citittnship fkha,·ior and thC' Qu;uuit)·
' frib1111t', sc1cmbro 2.8·29. 1996. p. 1. :and Qi.L1lity of Work Croup PerfomLUlC'e~.Joumal o{
14. M. Mcrccr...T urno\·cr: RW ucing thc ~tS-, Per• Ap/Ji,J PS)<hol()fzy, obril d< 1997. p. 262-270.
som1t l, dezembro dr 1988, p. J6-42. 20. Fome: 1 ~. Minilolério d,: Agrieuhur-J, Ag.rocon-
1s . Para um., :w.tliJ\ ,\o comp!ct., dos custos dirct()) e )Uh. Excr:aido de VejJ, 4/S/200.5. p. JS.
indiretos do :ahscn1dsn\V, ,·cj.:i: ld.:ilhcrco Chi:ivc- 21. John R. Schermcrhorn. Jr .. JamC'i; C. Hum & Ri•
nau). &<ttf'$()$ Numa11os: O Capital Hmmmo daJ ch:trd N. Osborn. &sic Org,111i~atio,1,1l Bd1,1vior.
0,g.,ni;.a(-ON, s• «liç.\o. S.'lo Paulo: &füon,i Atlas. N(W:t York: John Wiley & Son, 19'9.S. p. 2-3.
200• . 22, 0:miel R. llgcn & Ebine D. f\11:i~l:o,. (l'd$.). 'fbe
16. Conforme o :mi~-o: ..You Oíicn L~ thc Oncs Changi,,g Na111rr o/ Per/onnance: lmplicatio,:s for
You Lo,·c... llldus.Jry \Tlu J:, no,•cmbro 21, 1988, Sla{fi,rg. Moth'tllio11, a,rd ~t~lopmtr,t. San Fran•
p . .S. cisco. UI.: JosJ>tr•B.t». 1999.
17. O.R.O., hon & W.O. Todor. '"fun~ion.:il Turno· 23. J:a)' \Yl. I..QtSCh (F.d.). H a,ufhooJ: ofQsa,:i:atiottal Jk.
\'Cr: An F..mpiric-..111\s.xossmcnt'".Jo11rnal o{Applicd h.tvior. ~'000 O iík. NJ: Prtntict-H,:11. 1987.
Psycl>o/ogy. ck·umbrodc 198 1, p. 7 16-721. 24. Exame, As Melhores EmprC'):b par:t Vo,cf T r.1b.1•
18.. S.W.Org.rn. -v ouOítcn l,.o,.e1hcOnc,;You l.o,·e-. Ih.a,. f.diçlo 2004. p. 28-37.
l11d11s.t')' Wrek. no,·cmbro 12 de 19S8. p. S. 25. lbM. p. IJ-17.
CAPÍTUL O 2
Objetivos de aprendizagem
• Definir organizaQC}es e suas caracteristieas básicas.
• Oesetever a sociedade de Of'ganizaçôes.
• Explicar as organizações como sistemas abonos om uma sociedade g!oba.1 zada.
• Apresentar os parceiros da organ,zação e seu papot no sucesso organlz.'\CIOMI.
• Mostrar a tnfluência d-a gk>balização. da teenoJogia, da diversidade e da éti<:a SOO!'o e-:
o,ganizações.
• Explicar a responsabilidade social das organizações.
• Apíesentar os ptincipais fatores que moldarão as organizações no futuro.
• CASO OE APOIO
A DEPENDÊNCIA ORGANIZACIONAL
Pedro Almeida 6 um ddadáo eomum. E como todo ci- lher em casa. Eles pegam a rodovia marginal - onde
dadão comum, Pedro vtve e convive dentro de organl• paga o pedágio para a emp<esa conceuloná.rta - e
U9H1. Trot>e;tha hâ anos na Game $/Aem tempo lnt.,_. vio Juntos ao Shopping Conter (onde estaciona sou
gral como gerente do vendat o ,-e,pon$6vel pelos carro no Partclng Center) para passear. Jantar no resta-
contatot da emptt-1a com todos o, 1♦u1 ellentet ••· urante Supremu.s e assistir a uma fl1a no Clnemar. De-
palhldos pela América LatlN. Todo dia almoça no VJ. pol1 disso, voltam para e.asa passando novamente
va't.. um conhecido rt1tt1uri,nto, juntamente com MUI pel-1 rOdOvla marginal, onde novamente Pedro paga o
colegas. No fim dl Jorni,da, Podro sal de carro d-1 sua pedágio. A Jornada de Pedro mostra a sua estreita de-
♦mp,.sa, pana pela farmácl-1 Rem~lo & Cla. para pendênela com vârla.s or9anlzaçõe1 sem que ele te-
comprar sua medlcaçio para estresse, abastece HU nha plena con.set6ncla disso. Em cada organluçio,
carro na Ga,1011, pusa, pelo 8anco 1nttrnaclona1 para POdro dHempenha um papel diferente e um relaelo-
retirar dinheiro no caixa, etotrbnico o a~nha sua mu• namento diferente. Tente oxpllc-1, Isso. •
Z4 Componamento Otganlnclonal • IOAUERTO CHIAYENATO ELSEVIER
nlo-humanos- s.-lo indis.J)C'ns,frcis para a produç{io ,•iços. Elas também criam o ambiente cm que a
~ bens ou de scr"iços e. conscqücmemcntc. parn o maioria &1s pessoas p.-.ss., a \'ida e. nesse sentido,
suct-Sso organii.,cional. tim uma gr~1ndc influência sobre o componamemo
As orga.ni-z:i.ções constirncm 3 :1!.:wanc:\ do dcscn• humano. A compreensão do cornpon~unenio das
,-ol"imcnto «onômico e )()C."ial. As rcaliz.,ç<X'S que" pessoas nasorganil.3çócs /:. o objeto b3sic:o do CO.~
ocorrem na sociedade moderna s.-io somente possí• Assim. as organi1,.1ções constimern o fenômeno
,,eis graças ao (-:no de que as p<..'SSo;u agnipad.as cm íundamcnt':.ll pam a comprccns.io do CO. O csrndo
or&,"'lniz.1ÇÕCS se e1woh·em cm projetos romuns. R<-al• do Co dt\'(• começar com as or~rnizações. pois c.s·
mente. a sociedade moderna dcse,wol,•eu-se gr.iç:is t:ts rcprc:scnmm o comexto cm que de se dC$CnrOla.
l criaçio de org.1niz.1ções t'Specialiudas que fome• At org:rnizaçõe-s funcionam oomo sisttmas ;1.bcrtos1
«mos bC'ns t serviços de que cl::i pr('CÍS:I. É duvido- ou sei:t, cm comínu:.1 imeraçlo com SC'U -ambiemc
:ioO que o esforço de uma pessoa i.sofoda pudesse fo. externo e com o qual fai tr<>cas e intercâmbios.
ur muim coi.:i,a dentro de n ~ Socit.-<lade. Na ver• Como sistemas abcrios, as org.,nizaçócs não s.1.o sis-
<bde, vivtmos em uma sociedade org:miucional, temas dcrcrrninís,icos do ,ipo de c;.1usa-c-efeito li-
~ qual a-s organiiaçCX•.:; são as principai:, rc~1li1..'ldO· near. Pelo contrario, as org.111izaÇ'Õts, como vcre•
t.1$ t impulsionadoras da inovação e progresso. São mos adia11tc, s.1io sistemas probabilísticos cujo corn-
ebs que produzem bens ou serviços. São cfos que ponamemo n:io pode ser explicado apenas por as•
impulsionam o desenvolvimento dos países. ~o• p<.-aos SC'parndos ou por relações c-.,uS;Lis simples e
aedade moderna dc-se1l\'Ol\·tu•se alr.l\'és da criação dire,as. A complexidade org.1 ni;i:~1eion:d não pode
de organti.açô<:s cspccialiiadas c.apatcS de fom ccer ser cxplic.ada simple.smeme por blocos de constru•
os bens e scr\'iços de-queda n«essi1-a. O grau de de-• ~o, mas por uma vi~o sistl:mÍC';l. e holístic:.1. que ,•e·
sem•oh•irncnio de uma nação e a qualid:-idt de "id:l remos adiante.
de ~u pQ\'O dependem íundament:.llmcnte da quali• Além disso. as orga11it.1çôcs n:io s.1.o c-.srátic:1s. E
cbdc e s.upcrioridadc-<le suas org:.1nizaçóes. Além da nem ~1.o inertes. Elas têm ,•ida própria. Nascem,
unporrincia par:i as n:lçõcs.. não dc,·emos esqu ecer crescem. vi\'cm e morrem. Nt, verdade. ~,s organiw-
.11mp0nància das org.-inizaçóc:-; par:a as pessoas. São <;ôr:> não são simplc:-smcntc prédios ou conjuntos de
ndas que as pessoas pass.1.m a maior parte de su.1-s s.-.las e de- m:1q11in:irios. A infr.i-csmuurn íísic-., -
nda~ cotidi:rnas. como edifícios, máquinas. cquipamcmos. insrnla-
A primeira justific:.ltiva para a proliícraç:\o de or• çócs - SCt\'e upen:h paro que :l organi1..1çio 1enha
p.ruzaçôes é a de que cenas metas somente podem uma plai-aíorm:.1 para funcionar. ou Seja. para trans•
~r alc.ançad:1.) mediante a aç.i.o co1wergtme de gru• formar insumos- como recursos. matcriai,s. cnergi:i
pos de pesso.-is. Q ualquer que seja o meia - obten· e informaç.lo - cm res.uhados - como produt·o s o u
çlo de lucro,. educaç1o. religião. s:uíde. eleiç.lo de SC"r\'iços. Mas 1.-ssa ath·id:1dc operacional e cotidiana
um C'.lndid:no ou construção de uma es.1rada - . a.s não constitui a essi?ncia dt1s org.1ni1..-.çõcs. Elas s.1.o
OQ;,1nizaçóes se c.arac1cri1..-.m por um comporta· muito m:lis do que isso. Na re:.llid:.1de. as org:.1niz.a• '
mie-mo voltado para determinada mera ou p:.1ra um çõcs são organismos vivos e inteligentes que se ajus-
ou mais objr1ivos. As org.,nizaçóc:s JX·rs~:g.uem mt• tam e se adt1pmm cominu.1 e incess:m1emcnte no
w e objetivos que somemc podem ser akanç,1dos co,ntxto ambiem:.11 cm que vÍ\•em. Tod;wia. não
Jc. modo mais eficiente e efirnz pela ação conjunta $.10 as org,.-ini1.açõcs que ~o inteligentes, 1nas as pcs-
ck indivíduos. As organiz;1.çóc:s s."'l.o instrumentos vi- S<XlS que nelas trabalham e cooperam.
in)lrumcntos sociais por meio dos quais muir-:i.:i J>C)• • CASO OE APOIO
soas combinam seus esforços e irabalham jumas
pam a!C':lnç;,r obje1ivos que sozinhas jamais conse• DEPENDÊNCIA ORGANIZACIONAL
guiri:tm ~1k.anç1r.7t.!_ essa integraçlo de esforços Pedro Almokla participa cnreio ou lnd1retamente de vá•
conjug.ados e coordenados .,que permi1c a con~1ru• r1a.s organlzaç~, das qualt dopendt para trabfilhar e
ç_:io de ediHcios, produção de :mtom6vcis, presta• ganhar seu satárlo, vtver, comer, divertir•st, k>Como-
ç:\o de serviços_, atendimento hospitalar, comcrc-ia- ver,se etc. Em cada organJzaçio, Pedro assume um pa-
lizaçlo de bens e serviços e1c., além de um infinito pel dlferente • e.speciHco, tom uma vinculação diteren•
número de produtos e arividades especializadas.• As to• bu.sea alcançar obtetivos difcrCf'ltOS. Pedro :ioostu•
org.,ni1..3çóes cons1inicm a invenção mais com~ mou-ao lnconsclente-mente a avallar as organtiaçõot
c..s.o.fisllcada do ;;er humano. com quem mantóm eontetot o relaclonamentos.. Como
l As org.1ni1,,1ções se b.iseiam n3 coopcr:'lç:1o eco· cliente, Pedro troe-a olgumas organlz.aç6" por outras
labor,1çâo das pessoas. Na verdade, elas surgir:i.m mais tricientes o eficazes, segundo Mus pontos dt vis•
cm íunçào das limitações individuais d:is pessoas. ta. Também avalia o.s produtos o nrvlço• oferecidos
Juntando esforços, as J>C$S03S con~guem uh rapas• pelas organiuçôes e faz • ~heis, ou seja. toma decl·
SM sm1s limirnçôc) indi\'idu:'lis e alcançar r<!$uha- sóe:S sobro oonlinu.u a comp,6-los ou ttocor por outros
dos que sozinhas jamais podcri:un akançar. Assim, mal.s adequado.s às suas expectativas. Como voc,6 po,
o fundamento das organiiações é a colaboração e a dorta explicar ouo.s &.spectos? •
cooperaç-;lo das pessoas c1woh·idas no .scntido de
alcançJ.r ob1e1ivos comuns. Na verdade. o resulta-
do desse esforço colcci\'O não é uma soma. ma~ 3 As org.·mi1,.nçôcs sio c:ntidade-s .sociais im·emad.is
multiplicação dos esforçoç indi\·idu:1is. Por tss.1 r:.t• <: rci1wcnmdas paro alc:mçu objetivos comun). Po·
tão. o insnumcnto de controle das org.ani;,.açõcs derfamos dizer que as org.1nizaçôcs s.io formadas de
deixou de ser o comando hiedrquico e regr.1.) b u• prédios, insmlaçõcs_, equipamentos, tecnologias, sis·
rocdtic:1s para chegar ao compromi$SO prsso.11 e j_ temas.. proce.)sos de trabalho, recursos oomo capit:il
respon~bilidadc solidária atro\·fs do trabalho cm e maré-rias-primas etc. Tudo isso é correto. Mai. tO•
equipe. das css:is coi53s constituem :t infra•e.)u utura das or•
Demro dess:i colocação. a gc.~1.'io de pc~:1s hoje ganizaçõcs. ou $(.•ja, o arS<"nal de ,neio.;; físicos e con-
se faz em ioda a organi1,.1ç:lo. A) unidadc-s de RH cretos com que elas contam para poderem func io•
fu ncionam como consultores in1ernos. ger:indo e nar. Na realidade, essas coiSl.s física~ e 1angí\'eissão
oferecendo recursos e condições para um cíctivo as que mais m;u cam a preS('nça das org:mi1..ações
gerenciamento do talento~ conhecimento e do capi• tradicionais, mas não s..s\o elas que form;im as orga•
tal humano por meio dos geremc.-s que trabalham nii.1çõt-s modernas. A essência das organiuçôcs
como gc~tores de pessoJS. está nas pessoas. Se:m as pessoas jamais existirfam as
Q.._rganizaçõcs. As pr.ssoas s:\o a alma das org:1niz.1•
Do que São Formadas çõcs. aquilo que lhes d;t \'id.t e vigor.
As org.·tniz.1ções s.io formada$ R.Qr_uJJ.13.integm•
as Organizações? ç:\Óde diferente.'$ ~ 1rso.s. Elas s.io dot'3d:LS de re·
As organiiaçõcs neccssilam dt recursos para fundo· cursos materiais - como prédios, edifícios. instala•
nar. Na verdade, elas f,rncionam como sistemas çõe.s, m;\quinas, equipamentos, matéri;tS•primas
aben os qué apresentam uma incrí\'d rciteraçno dt e1c. Caractcrium-sc como sistemas fec hados. incr~
ócios: importam recuí$0S - na forma de insu111os., ccs e sujeitos a decomposiç~o, dc-sradar.lo. perdas
energia ou info rmaçlo -, procewm 1ais recursos - e dcprecia~:\o. As organizações rnmbém s.1.o dota•
ao longo de seus processos produti\'O S-c expOrtam das de: recursos fi nanceiros - como capital, finan·
recursos - na for ma de produtos, .scr\'iços ou infor• cbmemos~empréstimos, in\'CStimentos e1c. O di-
mação. nheiro .sob a forma desses recursos fi nanceiros cm\
2.
- _ _ _ _CAPfTUlO
_ _
2 • 0 Mundo ~___;__
-.-,.
das Or=niz..,.,_
El.5IMER
Oqu.t6m:
--
Sltisf&ttmne00.....,._
-·-
CriamaçAo-
-
Mol:Namupes.,oes
Organlz:aç6es
.........
T6rnpeuoas --
·-
...........
-
Proce.,soe Conerb,om para o bem
,og..,,. ~
Comunlcom
TQtnOmdoCJ$6N
menmr es~ contribui~o, as org:.mi1,.1ções prccis.1m mtnrnr suas contribuições. Do l:ado inverso. O> par•
faur com que ela valha a pena: a organi-z.aÇjo preci- ceiros proporcionam contribuições t c.sper.1.m in-
.sa rccompcn:;.1r adequadamente c,,d:1 contribuição cemi,·os e rccompenSjS cm troca. Çada pane fo-z in•
com moeda igual ou maior, como ,·cremos adi,rmtc. vestimentos n1 ou1r.1 com a cxpec1·ati\·a de obter re-
Nem todos esses parceiros arn~un nece-ssari;1mcnte tornos mcdi:uos ou imediatos. Cada parte mm:t de•
dentro d:1 org..,ni:tação. Alsuns partidp:imcs podem ci:.ões sobre 1 continuid~ule de seus i1wes:1imcmos
esmr ÍOr:l d.a org.1niz;tç;lo - c-omo os acionisras.,_ os na dependência dos retornos alcançados. Se os rc·
íorn~edore-s e os c-licntcs - ou podem est3r dentro tomos forem s:.nisfat6rio:;. a decis.s\o final scr.i man-
d~, org.1nização - como os diretores., gerentes. fun• ter e continuar os i1westimc111os.
Em-
__..._.._,,
Concribuemcomtiabeflo,
ctotomper.'lO, conh4drnoolo.
$6omod,odolpo, .......
~ - ptêtrios, eloglo$.
~o.oportunida<lk.
_.......no.,,.,...go,
-.competências.
-·-
pele aQl.'!SiÇ6odos ptodUIOS qu1111lldt0t, ~ dO
e_, ou ~otereoctoe pela p,agamonlO, W.lstaçéo de
organczaçt,o ♦ pele) seu
<X>MOO'IOOUUfiliUÇ60. Clt o,cp«:iatfVu.
Aa PNIOll oitl'totm ~
_
como<
_.
-~
• Trablh>
........
•>g--
• ~dC>~
Pessoas Organlzaçbo
14~-ece,n~
como:
• Sll6r1o•BeMlaioe
·-
• Tr~,10••~
• Segurança no Emprego
~ ~
,_ ~..
• ~Ambitf'lle Ot Trtblllo
.
Figura 2.3. Relações dt u,ciprocidttde entre pessoas e o,gan/zaç4o."
Esse processo de reciprocidade(; impormmc pa- 4. Todo parceiro someme mamer:'i sua pan ici-
ra a compreensão dos interd mbios q ue ocorrem p.1ç!io na org.1nizaç,io enquanto os incentivos
dentro e fora da org.1.nização. 0 Jí a chamada ,coria ou recompensas que lhe s.1.o oferecidos fo rem
do equilíbrio org::mizacion:11que pode ser t'Xplic:1da iguais ou maiores do que :is contribuições que
da seguinte maneiro: 11 lhe são exigidas.
s . As contribuições u:uid:.1s pelos parceiros con.s•
1. lnc,mti1,os ou alici~11tc$: s..s\o "'pag:1men1os" 1irnem a fonte da qual a organii.1\àose supre e
feitos pela organiz.:1ç'io ~,os seus parceiros (na ~ alirnema para proporcionar os incemi,·os
forma de :!tali rios, bendícios, prémios. d o• aos parceiros.
gios. opommidades. rcconht-cimcmo. di"idcn- 6. A organit1ç.áo será ..soh'entc'" - e cominuacl
d os.. preço, qualidade. atendimento etc.). existindo - someme enquanto as contribui•
2. eo,,1rib11i(&.s: sao os ..pag:unemos" que CJda çóes forem suficientes para proporcionar in-
p.1rcciro cfcma à org.1nii.,ç.io a q ue escl lig.1do centivos ou recompcns.'lS cm qua111idade e qua•
(na forrn.1 de tra.bruho. dtdi<'aç\o, esforço. habi- lidade suficiente de modo 3 induzir os pareei•
lid.-WC::S. compct( ncia-s. prc.-ço. fKklid:uk etc.). ros :\ prestação de comribuiçõcs.
3. A organiz.1çio é um ~istema de compomunen•
tos sociais imer-rdacionados de numerosas De um lado, as organizações est,io disJX»ms a ofc•
pc-5$035 e outras org.1nizaçôc-s que s.\o os par• rccer incentivos e alicicn1cs para os seus p3nicip:.ln·
«iros J 3 org:mizaç\o. Cad:i parceiro recebe tcs desde quc estes lhes dêein um re10mo SJtisf:uório
incenti\·os o u r«ompens."\S cm trorn dos qu:ais - expectativas d:as organii.-içóe$- cm termos de con•
fai co11tribui<Ol-s j organiz:iç,.lo. lribuiçõcs. trabalho, alcance de objclivos e re5:ulra•
Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAYENATO P.LSEVIER
do:,. Por ou1ro lado, as p,tSS<>as cst;.\odispos1-a-s a fou:r ção de algumas expe-ctati,•as. Embora es.sasexpe-cta•
contribuições desde que CSt3S produ:tam um rt.'tOrno tivas mudem de pessoa para pessoa, elas :iprcscnr:tm
s:nisfatório - expccr-:1tivas d.as pcsso.,s - em termos ctnas semelhanças. Em geral. as pcsso.'ls busc,101 em
de inc.·cntivos e :1lic-icntcs, tr.1.balho. S31:\rio. bendí• uma org.,nizaç.'io:
cios, incentivos. oponunidadcs e qualidade de vida.
Ess:is relações de interclmbio entre organizações e 1. Um txee/e,,te /11gt1r para trabalhar: onde as
pc~:, dc\·cm ser rclativ:unentc cquilibr.1.das, o que pcsso3s tenh:101 orgulho e bem•C$rnr íísiro e
significa que ambas as partes devem ter algum rctor• psicológico para trabalhar. Principalm1:me,
no significativo nesse rcl:"1cionamemo. O cham.1<lo q ue das si1H'am que são irnporcamcs., v3liosa5
equilíbrio org.111i1..1cional dttorre exatamente disso. e que seu trabalho é imprcKindivel para o ~u•
Assim. pessoas e org.-u,í1.ações estão c1woh•id.1S cm cesso da org:;iniiaç5.o.
um (mimo e prolong.,do inter-relacionamento. Um.1 2. Recou/Juimc1110 e recompensas: como salário,
e:,.pl'Cle de ~imbios,c. As pessoas precis:un das organi- Mncífcios e inccntl\'OS que rr,1duiarn o reco•
1.açõcs pam rrab.1lhar. colabor.1.r, p:micip.1r e g:rnh.ar a nhccimemo pelo bom tr:.1balho. As pessoas cs-
vid:t ou pm-a obter produtos. serviços. emrc1enimcmo per:un ser reconhecidas e rttompen.s:ad3s pelo
e conveniências. Por ou1ro lado, 3S org,.·mi1.:.,çõe, de- seu desempenho. Isso serve de reforço PoSiti-
pendem de pessoas p.1r:a poderem opcr:ar e funcion:u "º para que elas aprimorem eada "ª mais o
satisf.nori:tmcmc e vender seus produtos e serviços. seu desempenho e $(' simarn s:uisfeit3S com o
C.'ld:t pane n.io pode vi,-er ou sobre\'i\·e r sein a Otll'r.l. que esttlo fazendo.
Há uma dependência múrua «:nrrc cl:JS. Mais do que
3. Oportm,;dades decrescimento: eduetçfiO e car•
isso. um:i expc.-amiv-a rcdpróCl que realimcntl seus
reira que 3$$tgurem condições para o de-sen•
rdaciomuncmos e interações. voh•imen10 pesso;-il e profissional. As pessoas
prcdsam sentir que existem condições de 1>ro•
O que as pessoas esperam grc.'SSO dentro d:i organit.tçdo e que ess.--is con·
da organização diçôc.s est.\o co1almente à sua disposiç5o de-
pendendo cxclusiv3memc de seu esforço e de•
As pcsso.1s se semem impelidas a ingressar cm um:1
dicaç.io pessoal.
org.1ni1..1ç:lo. :.1plic:.1r seus miemos e competências,
trabalhar, assumir riscos e ,~cfo p,ennantter cm íun- 4. Participa{dO 11as dccisdes: envolvirncmo e in-
clus.1o das: pessoas nas decisões principais da
org.1nii.1ção. Elas preci$.'l111 sentir que p<>dtrn
.à. O EQUILÍBRIO ORGAN IZACIONAL panicipar das decisões da organiz::,Ç'âo que
Pot que alguma1 o,ganlzaç6es No melhorot do qut lhes dig."l respeito.
outrat? Por que algumas organlz.açóea do bem•su• S. Ubcrdade e autonomia: responsabilidade~-
cedidas enquanto out.rH vivem etemamente b voltas ai pelo tralxtlh-0 é indispens.·h·el. Isso signifie3
com problemas o cr1Mt? Por quo etgumas são bri- ausêncfa da gerência rrndicion:al e do velho CSfi-
lhantes e lnveJadaa enquanto outrat do desprezadas lo de corn;,1;ndolobt'<fíência ou de ordenv'submis•
e maMslas? Por que umas c,oaeem o-nquanto O!Jt.ras são cm mxa de um novo estilo de lideranç,/
1.lmp101-mente murcham e desaparecem do cenário? É cooperação ou de ob;«h·a'compromisso.
dilicll explicar as ruôea. As organluções aio entkla• 6. Apoio e suporte: por meio de uma lidcranç:i
des complexas. Quanto mais as estudamos, m,ls to- renovadora. coaching e que prop0rciont re1a-
mos a estud.ar. Quanto malor o conhocimonto tobro guard:t qu:tmo a oritntaç;lo1 aconselhamento.
organizações, tanto maior 4 a percepçio da nona lg• preplra~o. cap:icimç:lo. dirccionamcnt0 e
norànela a respeito delas. Contudo, quanto mais co- impulso às pc)S()aS.
nhecemos as organliaçôes, tanto mais temos condl•
7. Emprrgabilfrladc e otupabilidadt: 3 emprega·
ções de Udar eficiente o tHeazmentt com elas. • bilidadc significa a <':tp:icid:tdc de c.-onquistJr e
!f__________________
ELSIMER
CAP1TU
_ ._Lo_ 2_• _o_M
_undO
__ das
_ 0<
....:. _· _
oa_na •çoos
'-- SI
.
~
·-
~
...eno. bontlí<:ios Ooo<t-
de ~ o :
edUcaQ6o•
--
çenMa
...
Ubetda(fit e
...onomia
O que as pê$$08S
esperam da organização
-(=-----------...✓.lótrançe
., :::.. Apolo•~t'Of"IOYadott.
~-
-
que espera de 5ua organização. Elo txi&ea um oxco• n:1d:1. rcpens.1da. Mas ela preci~ sempre estar
lento lugar para trabalhar, reconhoclmonto o reeom- na c.1bcç:a e no coraçlo das pessoas.
pontas polo stu dotompenho, oportunidades de cre-s- 2. F0to 11a visão de futuro: f- importante que as
clmento, participação nas decltôos rtl&donadas com pessoas conheç:am os objetivos organi1,;1.cio·
seu trabalho, liberdade e autonomia para trabalhar, nais e a \•isjo org."lnizacional desejada par.1
apolo e tuporte de seus superiores, empregabilidade que p()SSam contribuir p ~1r:1 o futuro da orga•
o oeup,obllldado, cemaradagem e coleguismo, d iverti- nizaç'io. Quando das conhc,ccm períci1amcn·
mento. alogrla o Hlittaçáo no trabalho. Pedro estâ ln• te o que a org:iniz.:1ç:io pretende ser em foturo
tereuado em melhorar sua qualidade do vida. Como 1>róximo O\I remoto. podem ;.ijudá-la a ai•
ele poderia alcançar tais eitpectaUvaa? • canç:u as metas e objc1i\·os definidos. A con·
tribuiç;\o d.:1s pcsso:is se tornt1 mais eficaz ;\
medida que conht.-ccm os objeti\·os íu1ur~ da
O que as organizações org.,nizac;ão (e, melhor aind:.1, se participam
esperam das pessoas dé." sua íormul:u;lo).
3. Foto do clielllt: o clicme é fundamental para
1O m1b.1lho organizacional depende fundamental-
a organizaç.io. Quem trata o cliente s:1o as
mente de pesso~,s. Embora :as organil.JÇÔl"S possuam
pc-»oa.s que :uuam n:.1 periícr·ia organiz.:1cio·
recursos próprios ou não - íin:mceiros. matcri:ais..
nal e que tran~1cionam ou se relacionam di-
men."adológ.icos - e urna iníra•estrutur~, ttcno!óg.ica
retamente com ele. Quando as pe-!lsoas t)táo
- m:1quinas, equipamcmos. lccnologia -. elas n<."CCS•
focada) no cliente, elas podem melhor servir
sif3m de pessoas p.1r~1 tniliiar tais rmirS<» e operar a
aos interesses deste e contribuir para a sua s..1•
tecnologi:a. E de maneir., dicientc e cíicn1,. Não cxis•
tisfação.
cem org.1.niZ.1ções sem pessoas. exatamente pelo furo
de que os rccurws e a tecnologia não s.io :u110- 4 . Foco em meras e resultados:ao i1wés de foca r
$UÍtcicn1cs: des são inertes e cscltiros. Requerem os meios. tornou-se mais i111por13nre focar os
pc.-ssoos de \•:1rios ralemos e compc1êncfas para urili- íins. As pessoas cs1,lo melhor.indo seu dcscm•
zJ-los e operá-los adt..-quad;imente. No íundo, recur• penho para akanç:ir mct:.'I:> e re.sulrndos dt"Sc•
:;;os e 1t..-cnolc>gi:.1 funcionam como íerramentas ou jados. O c-mninho (: impor1antc, cntrct:into
insm1111emos de trabalho das pc-sso.tS. Daí a nec~i- mais i111port3ntc (: aonde se prc1ende chegar.
dadc de :1umcnrnr gradath·amente a e11,aciração d1s 5. Poto em mel'1oria t dtseml()fvimt nlO co11tí•
peSS0.1s para ac,m1panhar o clpido dtstnvoh·imemo m,os: isso :.igniíic., um sen.so de inconformis•
<la tttnologia. Quando uma org;.,niz;iç'io admirç pes· mo com o sta/115 quo, ou seja, uma atitude crf•
soas para crab:.llhar ou col:ibor:1r, cl:.1 depebira «ms rica qu:amo :.o presente e uma preocupação
cxpccr:ui\·as nas pessoas.. ~1uito emborn as é."Xp«'t:lti• const:1mc de mclhor.u e melhorar sempre ru•
va.s mudem de ors-1.niZ.1çâo par;i organiz.1Ç'jo. das mo à períeiç.to. Em outras pal3vras. :tS organi•
:apresentam ccrr:is simifaridadt..-s. Em ger:.11, o que 3.) z:.1çóts estlo prt-cisa.ndo de pessoas preocupa•
org:.mi1,..1çôcs bu!.C.1m nas pessoos s.io MJ>(ctOS <."Omo: das cm mclhor:ir e des<nvoh·er mé1odos é."
prOC(."SSOS. produtos e scr,,•iços. agregar valor e
1. J~o 11a missão orgp,riwôom,I: (: import:mte c-riar riqueza. Todas as pçssoas dc\'eriam estar
que as p<.~so:» conhcç:1m o papel da org.1ni1..1.• cons1antementc preocupadas em u,rnar :.1 or•
!f CAPiTuLO
EI.SEV1ER _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___ 2 •_
O Mundo
___ das_
Organizações
_ _ __
g.1ni1...1çlo mais dicaz.. em t0rnar o c:lientc profission;1I p:.tra adapmr•se ~s mud:rnç:is que
mais s:nisícito e cm se tom-ar mais valiosas a ocorrem no ambiente de negócios.
cada din que p~. 1 O. Ética e respousabilidade: as pessoas precisam
6 . Foco no trabalho participativo em equipe: cm ter uma condurn den1ro de um código de ética
lugar do trabalho individual. scp:irado t iso- e de respons:ibilid.idc solidári~1. No fundo. as
lado. Hoje. é mais importante juntar do que organiz.,çõcs prccis.1m de p..-ssoas que foçam
separar as pesso:ts. O uabalho cm equipe - m-ais do que os seus deveres usuais e ~1prcscn·
com p3rticipação e e1wolvimenco - tem um ·,em um desempenho que vá além d:.ts expcct:.1·
deito multiplicador de ralemos é comperén• tiv-as., mas dentro de padrões éticos e respon·
cias. Por essa nrllo. o trabalho conjunto e SO· s,h·ds.
lidário éSt:\ em alta nas org:aniz.açócs, seja
como células de produção, equipes muhifun•
Contrato psicológico
cion:li.s. equipes de ah o desempenho. equipes
au1ogerendadas. íorças•t:.uefas. grup-Os de en• E.».""LS expcreuivas nu'11u.:1s-d, org.,niZ3çà.O e das JX'S·
volvimcnto eu:. so.,s -ger.1m as condiçóc:,, p:i.ra :1 definição do contra•
7. Comprometimento e dedicação: embora a 10 psicológico. N3osc tr.m.1 de um com rato íormal. le-
u-:adicion~ll e velha íiddidadc do cmprcg.1do g-al ou corwencio1ul. mas de um conjumo de expecta•
à emprc.-s:t cmp rcg,,dora esteja indo para o tiv:is - quaSé sempre pouco definidas ou esclarecidas.
museu diamc das mud:rnç-as no concei,o de nus importantes - que, se não :ucndid-as por qu-alquer
emprego - como emprego p-arcial, emprego d'\S p.,nes envolvidas pode prcjudic:ir o rdacioll,"I•
de meio período, tr-ab-alho remoto, home of. memo entre org.,niz.ição e pcs:so:u.. que é regido Por
{ice, trJb:tlho comp-artilhado. cooper-ativas esse comr:no psicológico. Embom nem sempre h.,j.'l
de trabalho etc, - as organi1.-ações espcr:.lm um acordo formal ou :11,go cfarnmeme dito e acord.1-
compromisso e dedicação das pessoas que do, o contrato psicológico é um emendimcmo l'ácito
nelas trab:tlham, apes.ar da ttmpor:tried:tdé e entre indi,•fduo e org;.111i1.:.,ç\o, no stnrido de que um.'l
da loealidade do trabalho. C:.lda pessoa tsc3 vasta g.,1.ma dt direitos, pri,·ilégios e obrig;ações consa•
sendo tntendid;1 corno uma forntce<lom de grados pdo uso secl-0 respeitados e observados pelas
talentos e competências para a organização e panes erwolvida:i. O rontr:.uo psicológico é uma ~l>é·
não mais um funcioná rio burocr:u-a como an• cie de acordo ou cxpecr:niva que as pessoas mant(m
tigamente. consigo mesmas e com os ourros. No fundo. cacb pes·
8. 'falemo. habilidades e tom/>eténâas: e.ada soa represc1H·a seus próprios com.ratos que regem tan·
pessoa comribui com rnlento. habilidades e t'O suas Ttl:tçócs interpessojis, como o re-lacionamemo
competênci.1s pessoais p-ara a org.mii.1ç:io. que m:.m1ém consigo mesma (relações i111rnpessoliS).
Ess.1 é a r:n:io fundament;1I pela qu.11~1 org:.1· Uma fonte comum de dificuldades nos rel:1cion:unen•
nizaç:io -accit-a pessoas p:.1ra nela trabalh-ar. ros imerpessoais é a fah~1 de :1cordos cxplk i1os e ela•
9. Apr~udizat/o ~ ere.sâmtnto profi.ssioual: a ca• ros. As pessoas nem sempre dizem .ibcn:1 e explicita•
pacidade de :i.prender e de Crt"SCtr profissio• mcn1e o que querem e do que precisam. A inrcr.tçio
nalmemc é indispens.ivcl para que :ts pessoas emre :uub.1.S as p.irtes - pessoas e org."'lnizaçõcs - de·
mantenham sua empreg;.,bilidade e ocup:ibili- pende de como :1s expectativas m(nuas csroo sendo 3).
dade no longo pr.uo em um mundo de negó• canç.,das e :iatisfeira.s. O contrato ~icológico íuncio•
cios em consrame mud:rnça. e tr:msformação. na como uma norm-1 de n.-c:iprocidade entTC as p.,nes
l$:SO significa. mudar continuamente o perfil envoh,id.1s.
Comportamento Organizaclonal • IOAL8EATO CHIAVEHATO EI..SP.VIER
............ ...........
- -~----Oda
......
c:titn:•
··-
Fccolf'l\tnelM
O que as organizeç6és
esperam das pessoas
-
-...-
......
~
•oedk:8Qào
- tlieae
1c. ~definição simples de ambicmc é diu:r que • Variáveis culrmais: a cuhurn de urn PO\'O pene•
ele é tudo aquilo que est~ fora de uma org.1ni1..'!Çjo, tra 11as organiz:açõcs por meio dJ.S cxpé.'crnti, as e
1
Mas, olhando de íor-1 para dentro. podemo), di• modos de pen.s.u. :.1gir e )Cntir de- SC'us parcici•
icr que o ambiente é o ,ontcxto no qual a org.ani• pames e de S('US clientes.
7.c-1~0 c~tl in~rida. 0.1neio ambiente ou comexw • Variáveis leg,ais: s.'lo dccorremes d:.1 lcgislação vi•
ambiental rcprc-:sema tO<las as forças externas que geme que aíera direta ou indiretarnc.·n1e as org:,•
inílucnci:1111 as organizações e o seu coinpomuucn- nizações, :1uxili:rndo•2s ou impondo-lhes rc~ari-
to. Nesse scotido. o ambiente ( ~ligo \'~1Sm. imenso. çóc$ ou limiles às suas operações. As lei3, de cacl-
complexo. murável e dt$:lfiador. Com essas cirac- ccr comercial, ci\'il, trabalhista, fisc.i.l etc. consti-
tcríStic:1s complexas. o ambiente 1raz inccrtcia ~ or• tuern cltmencos normativos p:irn a vid:i d.as or-
g.1 niiaçlo. f..s:,a inccrté:'ia n:io rc~idc no ambiente, g.1niz.1çõcs.
mas na pc:rccpçíio das pessoas que dirigem ou que • Varid11~is polrtiltls: s:\o decorrentes dos v2lores.
trabalham nas org:miL1ÇÓC$. Dc1Hro de um ponto decisões e definições políticas tomadas cm nível
de \'i~t;i mais amplo, o ambiente n~o é soincmc federa l. estadual e municipal que influenciam âS
composto de omras org..1.nizações. mas t-:imbém de org.,nizaçõcs e que oric-nt:un as próprias condi-
um romplcxo de forças e vari:i.\·ci.s imcragcmcs - çõc-.s t.-conómicas e lcgais..
cconõmicas, tccnológ.ic.is. culturai~ legais. políti• • Variáveis demográ(,cas: s.io decorrentes d3 ttt.-<:I
case demogr:iíicJS - que são ícnôm<'nOs :1mbien, de crescimento. populaç;lo, raça.. reli,gi:\o. distri-
rais que íorm:m1 um cnmpo din5:mico de forças e buição geogr.H'ica. distribuição por )Cxo e idade
aprcscnt:1m um eíci10 sistêmico e resultantes que
e detcnninam 3$ e:1rn<;1erístiC3S do mercado :uu:11
nem sempre podem ser prcvis1:1s. Daí a inccnc,::, e futuro das org..1niz:içócs.
ambientJI.
Ambiente específico ou
Ambiente geral ou macroambiente ambiente de tarefa
O ambiente geral ou macroambicntc é o :ambicmc De um pomo de \'Ísta mai> próximo t imedi~uo, C3d:!I
maior cm que es1jo localiz:1das :as dem:iis org.,niza• organi1...1ção se rompona cm um nicho ambicm:11 CS·
çõcs. Por ser , :1s10 e comum a rodas as org.1ni:,...,.
1
pccffico que denominamos ambienie de rnreía. Cada
Ç'ÕC$, o ambiente geral~ constituído de inúmeras ,,.,.
org;,miz.1ç5o tem o seu cspccífic.-o :.uubieme de t:1refu
riã,·cis: IJ que lhe proporciona as e11t-radas e saídas nt.-<ess;iri:is
~ sua subsistC:nci:1 e sobrevivência. De um lado. o am•
• Variá,,e;s e<-o,zómicas: cons1i1uem a C$trutura e biente de tarefo. oíerece oportunidadc.-s e recursos :\
conjunnira que de1crmin:un o desenvolvimento organi1.;.1ç-.fo, m;1s por outro fa do. lhe impõe coações.
económico ou a rctraç-lo cconómic:1 e que con· conlingênc:ias. dt'$1ÍIOS e ameaças.
dicion:am fom:mcmc as organiiaçõcs. A infla• O ambiente específico - o segmento ~unbicm-al
çâo, a b.llança de pag.,mentos, a distribuiç~o de mais próxi1no t imediato de C:.1da org•mi:t:içlo. t,1m-
rc-nda imern:'l s..s\o M()<'ctOS económicos que in- bém chamado de ambiente de tarefo ou microam•
flucnci:i.m :,s org.1nizJçõcs. biente - é o :1mbiente de op,er:!lçóes da o~niz..iç:\o.
• Variáveis tccnol6gieas: :, tecnologi:a - principal• do qual ela extrai suas emrad:t.S e deposita 3-ua~ ~aí-
mente a tecnologfa da iníormaç.:io - provoca das. É constinaído de: 1~
profundas influt ncias nas org.1ni.i:açôcs e na :ma
maneim de comporrnr. As org;.,nitaçôt-s prcci- • Formxedorts de trttradas: s.'lo os pr0\ cdores de
1
sam ajustar-se e ad:1pt:1r-sc às ino\'.ições tecnoló- mdos os tipo$ de rttursos de que um.:\ org.mi:z..1•
gicas que provêm do ambicme gemi para não ç:io nt-«SSÍt3 paro lrJbalhar: r«ursos ma1erfai.s
perderem sua compe1itivid:1dé.' diante d:'ls outras (por meio dos fornecedores de mat~rias-prirnas
Orsz'nizações.. que íormam o mercado de fornecedores), rccur•
Comportamento Organizacional • 10Al8ERTO CHIAVENATO f.~EVmR
sos financeiros (por meio dos fornecedores d e • Órgdo5 reguladores: (':ld.l o rg:aniiação c..-stá sujei•
capiral que for mam o merendo de (.'lpitais), rç• 1:1 ~ ação de várias o rg.-inizaçõcs que pr<>eur.lm
cursos tecnológicos (:uravés dos fornecedores de rt-gular ou fiscaliza r as suas 3tivid3des. Solo os
tt.-cnologias) ('IC'. An1igamt'nt<", inclufom•se aqui sindicu os. a5SOCiações de classe. órgãos regula•
os rt'C'ursos humanos (por meio dos fornecedo- mcn1adorcs do go,·erno, órgãos pro1el0res dos
res de talentos que fo rmam o mercado de recur• cliemes. organi1..1çôes náo•go"ernamentais etc.
sos humanos). hoje denominados parceiros ou
colaborndores d.a o rg.1nizaçâo. Mui1as org3ni1..1çõcs. escolas. hospitais, sen•iços
• Clil'ntes, usudrios ou ,onsumidores: S3o os coo• 1n'iblicos parecem muar os clie1ucs. estudantes. p,1-
sumidorcs das s~lidas da org~miz:1ç;'io. Moder• ciemes e cidad-3os como se: ele.s exisri~m p~•m a o r•
mmtt•lll(', os dicmes são os condicionadores g..1nii.1çJo. e não o contrário. Muitos administrado•
do sucesso o rgani:r.acional, i:no é. são aquclé"s res também sabem mtnos sobre o ambicme do que
que definem 3 qualidade e adequaç:\o dos pro· sobre qualquer o utro aSpc-ctO de sua a1i,·idade. O
du1os/sen 'iços oícrt·cidos pela organii.ação ao ceno é que c.ad.'I organização lida cominuamc:nte
mercado. Se os dierues do conquistados e corn o seu ambiente - principalmente com St"u am•
znamidos. a org;1ni1,açio será bem-sucedid:1. bieme de tarefa. Enquanto o ambiente geral é co•
C:t.)O con1rário, a o rgani1...1ção não terá condi• mum para todas 3.) organiz..1çõe~. o ambiente de ta·
çóes d e sucesso. refa con.s1i1ui o cenário imediato de operações de
• Concorrentes: cada org;.1nização não t'Stá sotinh.'1 cada org.-inização cm panicular. l:s:so >igniíica que
e nem existe no vácuo, mas dispm!l com omra.> ()), "alores e necessidades da sociedade dc\'Clll cons·
org:1ni1,.1çõcs concorren1es os mesmos re<\1rsos tiniir as prioridades do administrador.
(enimdas) e os mesmos toinadore.s de suas s.1í• Quando uma org.1ni1.aç.ão define o seu produto
das.. 0;1i os concorrentes quanto às c:mrad:as de o u serviço e qu:mdo escolhe o mercado onde pre•
recursos e concorrentes quanto 3 clientes e con· tende colocá-lo ela está definindo o seu ainbie,nt de
sumido res. tarefa. ~ no 3mbitnre de urd3 que a organii.1çio
-
AMB'f.NTE GERAL
-
C COn6fw
AMBIENTE OE TAREFA
(:onQQI,. . . teo~•·
ORGANIZAÇÃO
o...,.-
tst-abel«e o seu domínio. ou pelo menos. procurn tivas, txperii:ncfas. problemas. convicç()C..'$ e moti•
es1.1bek-c~•lo. O domínio depC"nde d.1s relações de vaçót..-s. Cada organi1,.1ç;lo J)<'rcd>e t· intt·rprcta de
pock-r ou dt-p,end~ncia de um;.1 org.·mi7,.1Çl<) qu:mto forn1a própri:1 c peculiar o contexto ambicm:1I. Isso
aos íomcn'Clorcs de ~-uas cmr:.d~ e dos tomado res <k sig.niíka que um mesmo ambiente pode ser perccbi•
su.\S ~íd3S. A o,~1.ni~lo ttm poder sobre seu :unbicn- do e interpretado diÍt'rcmeme,ue por du;1s ou m~•is
te de 1-ard-:1 quindo 3S sua.s decisões -afc1am ~ d«iwe.,. orglni-z.,çôes. É a cham:1da percepção ambicm.11,
dos íomt.-c(-<lorcs de emradal, ou ro1t>untidorcs de saí• que é uma construç.lo ou um conjunto de infonn:1•
das. Pelo contr:1.rio. :1 organiz.'lÇ;lo tem dcpçndÇnda çõcs )C:Jc:cionadas e cstrnturndasem função da expc·
em rtlaç;\o ao seu ambiente de tarefa qu.ando as ~u:,~ riênci:.1 anrcrior. intenções e mancirns de pcns..1r dos
decisões dependem d.:i.l> dec~ tomadas pelos S(uS dirigentes de cada org:.miiaçlo. A percepção dcpen•
fom«filores de entradas ou consumidores de s:iídas. de muito daquilo que rnda orga11izaç'io considera
De um modo gcraJ. as org.1ni1,.1çõcs procur.i.m aumcn• rdevame cm seu ambiente. Como o tunbicnte não~
t:lfo seu poder e reduzir ~a ckp<:ndê-n<ia quamo ao es1~tiro. nem fixo. mas extremamente din5mico e
seu ambitme de mrc-ía e csrabclecc-r o seu domínio so· m\1t.lvel. as org.1ni1..1ções s.;o informadas das \':trfa•
brc o mesmo. Esse é o p.1.pd d;,1 cstr.ul-gi.1 org.1niz.'lcio• çCX"s que ocorrem. desde que cms v:ariaçót.-s ~jam
nal. <k que tr.u:arernf» mai.~ adi:uue. sufidcmc:mcntc cl:.1ras.. importantes ou rdevantes e
A coruprecnsào das fo rças e c-omponcmcs ~un- que estejam acim., de um lirni:1r de sensibilidade c:i·
biem:tis é fond:uncm.11 p:ira o sucesso org.1nizacio• paz de :alt·rtar•lhcs a :tccnçlo. Assim. a pcrcepçlo
nal. Toda,·i3. ~ compreensão não f ohjcci,·a e rc• :tmbiemal cstti ligada à capt:1\"àO e 1ratamento da in•
alís,;irn. mas predominantemente subjcti,•:t. Efo c.-st.1 forrnaç.lo cxtenu consider.tda útil. Todavb. qu:m·
sujéit:t :t um proocsso de seleção e de percepção por do falamos cm selc~lo e pcrcepç.3o ambicnt.11 C.)ta•
pane dos dirigcntt--S de cad.a org.1niz.1~lo. mos querendo dizc:r que não são 3.)- org.111i1..1~ôt-s em
si que selecionam e percebem seus ambicme.s. mas
as pessoas: quc administram as org;,rnizaçõcs. 16
Seleção ambiental
As org.1.ni1~çócs não s.io c1pazcs de compn~cnde-r tO•
Consonância e dissonância
d.lS as condiç~ ,·ariá,•e is do ambicntc dc uma só ,·a
P:tm lid:.u com :t complcxid,1de ambicmal. ~\S org;mi- Ao selecionar e percebtr seus a,nbientt."S. as org,.1niz.1•
Z3ÇÕ(S sclccion:1m seus ambicmcs e p:J;S$3m a vi.suali• ÇÔé.'S procur.tm reduzir a disson;lncia e mamcr a con•
iar o seu mundo exterior 3~11a.s nas panes escolhid;;'lS so1ünci.:1. Exi5'c u1M forte ncct"$id.:1de de con.sonân•
e stlecion:ld3s desse enorme conj-umo. É a ch::im:id.1 eia e cot-r~ncia na vida das organiz.:1çót."-S. A conso•
sc.lcçjo arnbicnral: apcn.is um3 pequena porção de 10- n5ncia signiíiC'3 que :is presunções da org.1ni1..1ção a
d.'LS as variáveis ambienrnis 1>:micipa realrnc11tc do co- re.spc:ito de seu ambiente :;,.10 confirni.,das na pr3tiC'3
nhccinlrmO e da cxperiCncfa d.1. org."lniz.iç.lo ou dos e no cotidiano. F..ss.t oonfirmJç.io serve paf':l reíorç.u
seus dirigcmcs. Em ,·ez de con~idcrar o :unbient1: ainda mais aquelas presunções. Com isso, a Ofl?lllÍ•
como fci10 de coisas - como m:uérias,primas e maré· z:ição mantém a cocr~nci.a cm seu componamcmo.
rias-primas transforinadas-. as organlz:u;ões inu:rpre• ou seja, ll('u compoName1Ho pennanccc cong ruente
c::un a sua rtalid.1dc externa por meio da informaç-lo. corn suas presunções. C1da iníormaç:'io ::unbiental
O ambie-mc signifk-Mivo plr.t a org;inizaç-loé descrito rcccbid:1 é comixu·;.1da com as dt-duçbes anteriores.
p0r meio de informações sclt."C'ionadas p.1r-a reduzir :.1 Se a comparação rc\'da alg,tun dcs,·io, incoerência ou
:ambi_gOidadc- exiS1cntc l,á fora. u dissonincia, :t o rg:mit:tção tende ;1 rC:$f:t.bdccer o
cquilibrio desícit0, seja modifi("3ndo suascrenÇ\S an·
1eriorcs. seja desacrcdi[;Lndo na no,•-:1 informação rc•
Percepção ambiental
cehid.1. N:t \'trdade. as org;.1.11i:t..1çõcs esmo diante dc
Al~m di$SO. :1s org~rnizaçóe-s J)<'rcebem subjtii\'a• um continuo e iníindá\'cl processo dc rC'duúr adis•
mcmc seus ambientes de acordo com suas C'XJX.-Cl;"t• oonlncia a rt-spci10 dc seus ambicnu,-s. 1"
Compor1amento O,ganizactonal • IOAUERTO CHIAVENATO f.LSEVrnR
31
--
Ambttn1t Ambientt
Rt trooçto
biente os prodmos ou serviços que produz. De pai (:lt;lCterfsti(:I idcmificadora d.as org.·miza•
um lado. a o~nização 1em suas emradas pro• çõe.s como sistemas aberto::..:i Enqu~rnto uma
vind.1s do ambieme e. de outro. 1cm suas >,1ídas máquina não pode mudar suas engrenagens e
par:& o .imbicnu.·. E»e íluxo de impon-ação,cx• um animal não pode crfo r uma perna ou c.1beça a
pom1ção é a camctcris1i<.l pri11cip.1.I d:t organi1.,a- mais. a organiz.,ç.lo pOde modificar coininua-
ç.\o como sistema ;1bcno. mcme a sua consi:ituiç'io e estrutura p.tra melho-
• Homeostasia: é a 1cndênci:, de o sistema abcn.o r~,, o :i.lc,rncc de seus objetivos.
pcrm:mt"«r em um t'QUilíbrio dinâmico m.:imendo • Ntgenrropia ou entropia m-g.1tfoa: a entropi:t é
o seu stalt,s quo interno. O sis1em,1 abcno pr<-cisa urn processo pelo qual t<xfas :ts formas org.,niza-
mamer uma ron)t.inci.J no interclmbio de tiH.·rgia das 1':ndem à exaust.io, à dC>Org;1ni:,..1ç-üo, à de•
importada e exportada do ambieme parn 3SSCSl,1· si111e-g.rnç3o e, por fim. à monc. É :1 degrad:içjo
rar su.a ew.ibilid:l<lc e $0b-reYi\'ência. A homeostasi.:1 cípic:i. dos sis1emas íech:.1dos que sofrem dcsg.as•
g:iramc a ~abilid.1de- e o esrndo íirm1: do sistcm:i tt. di:cornposiç.io e dc.:pr<.-ciaç:io. Para sobrcvi•
a ~r de tod.:is as \ :.uiaçóes que ocorrem no :un-
1 ver, os sistemas ~1bertos se reabastecem de insu-
biente. Ela cnf.u i:r,a o processo ou :ui,·i<l-tdc:. inter• mos t eoergia :ilC:m de su:,s ncccssidadt..-s básicas
nas da org.1niz.lÇ'lto. i:>tO f, a buSC3 de eficiência in• no scmido de ma111er inddinid:uneme ~ua estru•
terna. A homeostn.sfa leva ~ rotina e à consen":lç.lo tum org:11üz.1cional por meio d:i emropia ncg.1ti•
do )ÍSttm,1, e g;,ir..1111c o equilíbrio dinâmico d.1 or• va. Com isso. os sistcm:,s abertos evitam a entro•
g:mii:.ç-ão <'m um contexto v:i.r,i\·cl. •• pia arr;l\'éS da impOrtaç:io de qu:uuidades maio•
• Adaptabilidade: é :1 mudanÇ1 na organiiaçâo do re::. de energia do que elas devoh·c:m ao ambiente
sistema. n;i :iU:t in1e-r:.1ção ou nos padróc-s rcquc• como prcxh110 ou S(.'rviço. Parte da entrada de
ridos para consc-guir um novo e diferente c-.stado energia cm uma o rg.,niz.1çio é in\'cStida direta·
de equilíbrio com o ambiente externo, mas por mcntt para proporcionar ~1 &1ída o rganii.,cional
meio da :1her.1ç:io do sc-u statm t/11<> interno. A na form:1 de prodtuo ou scr\ iço. Outra parte da
1
adaptabilidade ocorre graças ao processo de re• cnm1da de cnergi:1 é absor\'ida e consumida pcb
troaç'io </ttdb:zck) para manter a org..,nização própria organi1.~çâo p:,ra compens.-ir a perda de
viável. A r('lrC).iÇ:lO jX'rmitt que a saída de um energia . entre emrnda e $.11'da.-~"
sistema influencie posiriva ou ncg.tth•amcme a • Sinergia: é o oposto da cmropia. Representa um
su:i cmr;1da no sem ido de :1ju.srar o sbtema a de-- esforço siinult:inco de várias partc.-s ou subsisu.~-
termin:1dos p.1drõe-s <le funcion:tmento ou corrl• m35 da org..1ni1..1ç.io em benefício da nu::-sma íun•
sir possíveis desvios. Ess,.-, ÍOC'.alii.1ç\o .1dap1:11i,,:1 ç:io. Assim. a si11ergfa é um eíeilO muhiplicador
e ecológirn das org..1ni:iaçôcs 1r:.1z como consc- d:lS panes fazendo com que o rc)uhado de urna
qiiênci:t uma í~li~1ç-üo nos rtsulr-ados (s:iJdas org.-iniwç...io scj:1 diferente da sorn:t de suas par-
ou 0111p111s) cm vez da ('nfaS< sobre o processo te) ou de S<'uS insumos:.?I A aritmética organiia•
ou :ni\'idadcs d-1 org.,niz:.-içio. Ênfase sobre a efi, cional é diferente da aritmética m,dicional. As•
dcia e não exclusivamente a i-nfase sobre a cíi• sim. 2 + 2 pode ser igual ou m:tior do que 4. Isso
ciência do sistema. Ao comr:.irio d;,1 home~t.isia, mostra o ernergcnie sis1êmico. ou se~,. o r~uha-
;1 ad:1p1abilidadc leva à ruptura, à mudança e l do do t()(lo pode ser maior do que o de suas par•
inovação no sistema para que ele: possa :ijuSt-ar-se tcs. Quando menor do que 4, temos entro pia de•
¼s demandas mut:Í.\·cis do ambiente cxterno.!O \'ido às perdas do sistem:1. Além disso. as caracte-•
• Mor(ogbreu: é uma decorrência da :idaprabili• rística.s <lo SÍS{cm a podem ser complcr:uneme di•
dade do sistema aberto ao seu ;unbie,m:-. Dife• ferentes das camc1erfsticas de suas panc..-s cons1i•
rente do que ocorre nos SiS,1cmas fechados e me• tuimes. A :\gua, por exemplo. é complec:11ne"ntc
dnicos e mesmo dos sistemas biológicos, o siste• difcreme d:is car.;1.ctcrí~ticas de seus componcn•
ma abcno t<'m :i C1pacldade de modificar a si tes. o oxigênio e o hidrogênio. A ílor<.-sr.1 é com·
próprio dt· maneiras estnuur,1is. b$.1 é a princi• plcr:imente diferente de su;,1s árvores.
Componamen10 Organizacional • IOAL8ERTO CHlAVENATO F.I.SF.Vlf.k
Es5,., é a razão pela qual n pcr$pcctiva sis1êmica gurança. m:mutenç.âo de ruas e t':Stradas. Na su.a
ou holísticn tr.'lz uma n0\'3 m:ineira de ver as coisas. grande maioria, as organizações n~o•lucr.1tiv:1s s.\o
N.'í.o somemc em 1ermos de :.1br:mgênd:1. mas. so· repaniçõcs públiC3s. or~niZ3çóes municipais. esta•
brc1udo qu:rn10 ao enfoque. O enfoque do iodo e duais e (eder.1i.s1 presídios. ab.,s1ecimen10 de ~sua e
da) panes, do que está demro ç do que está fora. do esgotos etc. Grandes org.1.nil.;1çõcs industriais pro·
10tal e da cspeciali:r..1ç:io das pam.·s. da inu.-grnç:io duzcru automóveis., alimentos. roup.-u, prodm<b elc--
intcrn:1 e da :1d:1p1:1ç.lo ex1crna, d:1 <·íiciCnci:;1 t da troclc1rõnicos etc. Pequenas organiz:1ç-O<:S ocupam
cíidcia. A vi!--iO global ou gc~táhica da) coii..."l) privi• nichos c..-sp«-íficos de mercado ainda não explora•
legia a co1alidadc e as suas panes componemc-s sem dos J>("las grandes. Existem org..-iniz.;1çócs de todos
de:,prciar o que cl,amamos de emergente si.stCmico: 0$ tipos: e caracu:rís1icas. Efas nascem. crescem. \'Í•
;IS propriedades do toclo que não apar«cm cm ne• vem e morrem, passando pôr ciclos vimis de cresci•
nhuma das partes. Trata-se de ter ;i vis:lo do bosque mcmo. manirnç:'í.o. cxp;in.são. consolid:tç-ão e declí-
e ntlo d<· ('ada jn•ore. A visão da cidade e não dé.• nio como qu:1lquer org,.,nismo vi,·o. O:ií a comple•
CJda prédio ou edifício. O importante é a visão J3 xidadc do cnudo do CO.
organi1..,ç:io toda e não ;ipenas de cada uma de )Ulb
panes..z4
Globalização
Organizações como Além disso. hi o impacto da globafü..1\-d<>. A glob.1li-
Sistemas Sociais zaç.,o é um processo de cxpanS;.\o «-0nórnie."1 que
dermb:t rodas as b:.1rreiraS para o interdmbio t'COn<>•
As OQtanizações são si.s1crn:1s so<i:iis. isto é, sistc• mico e co1npc1iti,·o, sejam elas sociais, cultura.is. am•
mas com1>0st0s de pessoas cm contínua e incc..-ss.,n• bicnr::iis.. bicas. lcg.3is. fin.1nceir.1s ou Políticas. El:i
tt· interaç:\o. Tudo o mais signific:a inírn•estnuurn foz com que produtos, SC"rviços, recursos. :mcf:nos e
ou plataforma de trabalho. como prédios. instala- idéias de 1odos os países sejam forç,1dos n competir
ções. mjquina$ ou equipamentos. Na verdade. as no n"M:rcado mundial. Tudo isso depcndé de reduçâo
organiiaçõcs rcprcS<ntam a coordcnaç3o de difc• de amos - como salMios. :tpõios sociais. condições
rentes aüvidades de comribuinic-ç incli,•iduais com de sc.-gumnça no trabalho, prm~o ao ambiente -
a finalidade prcdpua de efcrnar transações pfone· que podem dwniir o :unbieme no sentido de incre·
jadas com o ambicnic.H As coniribuiçõe.s de cada n.rnr:u a produti"idade e aSS(-g,urnr a dominação
pessoa à org~rnizaçâo v:iri:im cm função nlo so• econõmka. O succs:so ncss."l cornp,ctiç..'í.o acirr.,,da
mente das )Ul\S diferenças indi,·iduais. conheci- pôde ser medido pela lucr.uividade - a ra1.ão entre O)
mentos e compctêncfa.s. inas 1an1bérn dos sistemas rerornos financeiros e os custos de produção. f>;ira
utilizados pela organi1,.;1ção. contrabalançar os problemas dtc0rrcntcs da globali•
~o - que não dependem do dCSC-0\'olvin,cmo eco•
A Sociedade de Organizações nômico internacional, mas <L1 concorrêocia b.1scada
no lucro-. tom:t•se n«tSSirio criar n0\'3S formas de
As org.1.nizaçóçs \'Ívem e se comportam cm um organiz.1çio que pô$).1m ser b.1scad:a.s cm valores.
mundo de organiwçôcs. E a sociedade depende do produti\'idade eficienu: e produção de bens de alta
funcionamcmo dessas org.1.nizaçôcs. O propósito qualidade sem destruir o ambiente. dc.-grad:u a vida
de q ualquer org.1ni1.aç.lo é produ1.ir um bem ou ser- humana ou dcsfigunu culturas de minorias. Trata•sc
viço que seja útil para a sociedade. As organiz.1ç6cs de criar íormas de dese-n\'oh·imemo c.-conômico sus·
lucrativas produu:-m e vendem produtos e serviços 1cntávcl e,'ltando as forras dcstmtivas nessa compC"•
vis:.rndo um rernrno financeiro de s.uas opcr:içóts, riçio dcscnfrc.-:ida. A globali1.aç:lo se refere à inter•
l)e outro lado. :.1s org.1ni1.~1çõcs njo-lucrativas pro• nacionalização dos mercados e <las org.anit...1çócs
duicrn serviços vis:indo ao benefício ptíblico. corno que est-á rnud.ando a maneira como sdo feitos os ne•
assis1ência ~ s:.11ídc. educação. sistema judiciário.~- gócios. Para alcançar 3-> economi:is de escala no scn•
!f __________________
EI.SIMfR
CAP1Tut
___ o_2_•_0_ M_undO
__csa
_s_ Or
_ ga
_noz
_ ações
__
tido de obter C\lo)tos mcn(m.'S e operar rom preços gem multidomé.stic.1. qu~bC ~mprc utili1,.1ndo
mais b.,ixo,., a n~essidade de compctiti\'idadc escâ uma divis.i o cspcciíic.1 para lidar com o mar•
le\";1..ndo as org;inizaçõcs a pensarem cm mcratd0$ keting c:m vlrios países individualmente.
globais e n:io mai~ s.impl~mcntc n.1cionais. À medi• 3. E.stdgio multi,zaâoual: a cmpr('S.."1 p;a_ss::i a ter
da que as org.inizaçóc-s se 1ornam globais, a gcst:lo inst:.tl:tçóc.s de produç.\o e marketing IQC'.1li:r..1•
t.stratfgica se torna e-ada \ 'Cl mais impormmc p3ra o das cm vários paí~-s. com mab, de um terço de
posicionamento cm u:rmos de vantagem compctiti• :.u~ ,·end:b fora do p.1ís. Ela cem um país
va di~1mc das dem.ais. Onde c-em~liz.1 sua ;1dministraç:lo e. muit.1.it
O processo de globalizaç:fo passa sel':llmcntc por \ 'CZCS, opta por um:1 abordagem binacional,
q u:uro est~gios distimos: 16 com du:1s emprt."S::IS pare."~ em paí.sts distintos
mance11do o controle de suas opcr;.1çõcs. A
1. btágio domlstie,o: o mercado po1cnci3I é li• Unilc\'cr e o grupo Ro) .1I Ou1ch/Shell s.-i.o
1
mirado pelo mercado nacional, com todas :1s cxcmpl~ de emprc.s.1S b:,sc:td.is na Hol:1nda e
ins1alaçóc.-s de produção e marketing locafüa• n.a Inglaterra. simuh:.tncamcntc. É também o
das no país. A dircçio percebe o ambicn1e glo- C;1SO da lt~ipu Bin:u:-ional.
b:,I e considcr.1 fom~ntrnle o envoh•imemo in• 4. Estdgio global: slo as corporações intern:1•
u.·m~1cional como um objetivo imponame. mas cionais que ultrapa:.sam a cemrnlizaç:\o ern
ainda din:ime. um determinado país. Operam de maneir:.t
2. Esldgio i11tcmaâoual: as exporcaçóc.-s aurncn• g.lobal, ,·cndendo e comprnndo rccur$0~ em
ram e a emprt."Sl p:tSS..'l a adotar uma aborda• qualquer país que oícrcça a~ melhore:. opor•
-·- .
.....,..,...
... --
dototnlrakUdU nas
-coda
...·-·_
~ouPM,
--
-.._ ..,,..
de6reagl0bal ·-
.........
...- . ·--
do lipO ni.mciet
- - -
........
- -·
..........
_,.
°'--
OJ!u,a
-· -·Nào•tào eu-
-· ..,,..,.,,....,,.
mnidadcs e ao mais b:1ixo c usto. Nc)Sc C)t ;\• nufrm1r~1 p:m cs onde for m~1is \':tnrnjoso, t m
gio, a propriedade, os controles e., alta admi• iodo o mundo.
nisrr;1Ç30 tendem a c.~tir dbpcrSOs cmre várias 2. Uma organi1,,1ç.io multinacional é geralmente
nacionalidades. controlada 1>0r uma única autoridade :idmi-
ni.stratiw, que toma :is decisões cs1ratégicns re•
Todas as org:miz.-.çôes - dc.-s<lc as pequenas até as
!acionadas com mcbs as afiliadas. Embora :il•
gig:.mtescas-1Cm urn~, ,,a ri1.-dadc de meios p.1r.t ~ en•
gumas m:nrizc-!, sejam binacion:1is. existe uma
vol\'er cm negócios imcmacionJis. Um deles é buscar
certa ccntralir...1ç;lo adminis1r.:ui,•:1 p:ir:1 man•
íomcs de suprimentos cm outros pai.ses. o chamado
ter a intcgraç-;\o mundi:il e a maximi1.Jçâo do
outso11rting. Outro é dese1wolvcr mercados par., seus
lucro da org.1ni1:aç.io como om todo.
produtos cm ourros países, o que cm·oh-c cxportJç.\o,
3. Os :idministradore~ de 1opo d a org,.-iniz:iç.!io
lictn,C'iamemo e im·cs1im1.•mos diretos. S.io 3$ ch.:una•
muhin:1cional exercem uina pcrspcc1iva glo•
cl1;s C$tr:.1tégi1S de cntrnd.1; em mcrc.tdos. porque rc•
b:il. Eles "isualizam o mundo iodo como u m
prest11tam nleios :ihem..11ivos p.u:i ,·cnder produtos e
mercado p~1ra decisões cstra1égic:1s. aquisiçlo
serviços cm mcrCtd<)S estrnngciros.
de recursos. loc:dização da produçõo. propa•
Não M urn:i dcíiniçlo prccis.1 do que sejam as or•
g.1niwçóes multin:tcion..,is. Em gcr.tl, S;.\o aquelas que
g.1nda e cíiciCnci:1 de m:irkcdng..
rt"ecbC'm mais que 25% de suas ,·cn<bs cotnis de ope•
r.1ções fora de seus JXIÍ-.CS de origem. Mas das :iprc· Além disso. existem org..1niz.1çõc.-s ernocêmri(';ls
sentam algumas c:trac1erfStic:.1S dis.tint:.ts.. como: 18 (que cnía1iz.1m C':lr:l(1trís1ic.as de seus p3í.scs de o ri•
gem), org3nizaçõcs policêmriCb (que s.\o m:iis orien•
1. Uma org.1niz:1.ç;lo muhin~1cional é um sis1cma 1ad.:1s par:1 os merctdos dos p3iscs hospedeiros) e
integrado de negócios no mundo iodo. Afili:i• organi1.:1çôc.':S geocCntricas (que ~'lo orientadas para
dos cs1rangeiros 1ralxilham cm tStrcim :ili:i.nç.t o mundo todo t sem qualqu1.•r idcmid;'ldc n:1cion.3I).
e cooperação entre si. C,pital. a 1ccnologia e Essas últimas ~\ o csmnurndas de tal modo que as
:1s pessoas ~o transferidos entre os paíSC$ :ih• íron1eir1S nat"ionais simpl<·smeme des:ipareccm.1'
liados. A org."lnizaç\o adquire m:.ucriais e ma• A figura 2.9 d:i um:.l idéia d<.~s:lS org.1nizaçôc.-s.
-- --
....,_.,
...............
MuSC)IÍiStsdt~
--......... ...........
.
- ....
.........--
___,
po(w~ot
- -
--
S6o ~ l)WI O
f'l'II.W'IÓC)·~qi.-,.,
• Aaeditomot, quo nosso ptincipot res.pon$0bilidode ostó rolooonodo com médko$, enformeltoso pocient-os, com M6e,
o poi, de todos os peuoos quci utiliiotn nossos produto$ ov MNi<OI,,
■ Poro otencf.4H' 6s no<:o~ do SO<ieclode, ck,YOMOs trobolhor com o moe$ otto quolidoc'-,
■ O,o.,.mos constontc~to rodvtir no»OS '""°' no sentido de monter ~ s rotoóYois.
■ 0$ ~ dos cl•nlü do-Yom Mt otoncliôos pronto e corretomonte.
■ Nouos f o ~ e s • distnbuidofes d.-,om ,., oportunidoôt ck, oko~r um odeqvodo. ''°'"º
■ Somos responsóvels po1 nouos ..-nptegodos, ~ o mulhefos QU41 trobolhom conow> oo rodo, do mvndo.
■ Codo peuoo d.-,. '°' cons.td~ um indivkluo.
■ Oo,omos r..speitor o dignidodo doJ pouooi • rewnho<.emos Hus mf:ritos.
■ As p,ouoos do-Yom sentir 149uront;o om sovs corg,os,.
■ A «>mpensoçôo d~ ser jvsto e odequodo, o os condM;6ff ci. trobolho limpos, ~o 500v<0s.
■ Os omp,ooodos do,,om Hnfir,s.o lM-o-i poro fator wgtilbes e reclorno(b6s.
■ O.,,,.~iguolopo,tvnidodopo,oto,dotnoomprogo, bomcomodosomoolv.n-...oop,ogmsopotQO$mol$quo'6codos..
■ ~ • mos ofo,r.cor umo odministroç6o c~t~to cvios 0<6o$ Hiom justos o éticos..
■ Sotnos reiponloOved per-onte oi comunidodO'S em qutt Yivemot- o trobolhotn0$ no mvncfo,
■ 0oY•mos M< bons cictodóos - opo.o, bonl trobolhol • p,opo,ctOn<M' condode.
• ~•mos oncOl'OjOf' molhonoi cívicos • mo,lhotor o soúdo • educcw;6o.
• Oo-Yemos monw em boo ord,om o propri.cfoôo que tomos o ptivi~iodo ""°'•protegendo o ombietrt. o os r~ut$0l
not\N'Ois..
1. Principio do ovro-im~rem o longo prezo: todo oçóo d...,. 6stot I.Qodo o outo-,ift1~ do 1onQo pr~o.
2. Princípio do vim>de possoaf: nunco se ~ four olgo que n6o Mtjo honflto, obetlo e confi<MI.I ou que posso ser onul'I•
ck,do em jomois ou no 11t1Msóo.
3 . Print.1,,.0 dos ~u~ reUeio:soJ: nvnco se dove tomo, umo oc;6o qye po»o vir o pr~udtcor o s,o,ntido d• comunidode
ou do trobolho conjvnto cios peuoos;. Compoi:wo e bondode i6o fvndornentols.
4 , Princ.rl)H) dos roqvWtoJ g<MH'nonwntois: o loi repteHinto os podf6e1 mlniirnosdo umo sociedode. Oeve,se n&o SOf'nef'lto
~itor o te., n,o, opoió•lo em todos os cittunstOndos.
5 . Princípio dos bettefidos vtil,t6rios: todo 0<6o CM'llo rosuhor ♦M Uf'YI beMficio po<o o sociedodo. o_.,.,.s.e c,ior o 1"m poro
o motOt nómtoro do peUOOI .
6. Princ,(l)H) dos diroffos inc/Mdll0'1: nunco se d•~ tomo, vrno oc;óo qu. infrinjo os diroi1os dOi outtoJ.
7 . Prindl)H) do justiço distributt'llo: nunco se cS..... tomor umo oçõo qvo prejudique olvutm do olgumo '1'10Miro. Est. prind•
pio buico proteg« o ~. o indefeso, o o.du6do, o <Ms.emp,ogodo ou o do-sprototicfo.
11111 CAPtruLO 2 • O Mundo das Organizações
~ - - -- - -
EL!IMER
O conceito do go•itMO~o < O t ~ -,;to ouociodo Os r• fO<~s tttt-ro 0<ionis1o$ • odmio.s.trodotes ou e..cutlvot do em•
pr.s.o. AJ. , egt0s do ~ dt-fint.mdir"'10$ oobrito(6-oSdotoocion~toso odmiMlrodot-,. emreloç6o óempres.o, no
preuvpoÜÇC)o de qvo 0$ odministrodo<Oi- como oOOft!iH do$ ocionis:tos- devom oôentoro o1UO(Õc) do empresa no wnti•
do do wmp,i,,Mtlto ~ obt,tt!VOJ e do o~i~to dc,f, •~otivos dos c,cioni\.tos. O lmliMo BfoMt.oVo de Govwmonoo
C-orpo(otlvo - 18GC -publi<ov vm cod,00 com os"'"""°'º' p,óticos de ;,HtOo empl'osotiof com bose no comi:,droc;6o de
°'
1S e ~ int.,-r,oc~is. IU lif'lhos f'M1.ltOS SOO o troMpor♦nc'cl, o p,oitoi;6o de contos e o oqUt<k»de entre o6 onbl01.
O ob;rivo e oiudor os ompres.cn o Mtolhot'Ot o dtumPtnho, •IObtor o poder -,,tre o principol executivo e o con~ho de
odmil'lntro<6o e povlor Mu compo,tOmffl!O ~lo •tko e ~lo tronspor♦ncio,
■ OI 09tff!et do governonço e ~ WO o conielho de odml,nisWO(àO, o póncipol exkUtiYo e o dit01orio, o oudi'lorio
tnde~nte e o cons.el'-o M<OI.
■ lg-.,okk,,d,t tmre c,s$Óõ0); vmo0(6o6 igwl o um voto. fue pôndpo~ Mt'obodeàdo po,todos os til>OJ,do ~
■ O conMlho de odmind,rO<;OO ~ ter de cinco o nov. ~ . e wo miuóo 6 PfOI~ o potnm6nio e moJQmhor o
retomo do irwe,tirro.eno dos odonrslOs.
■ O eic:.cvtwo-<hefo tom o dO'Yerde p,ffk>t conto, o fornece, todo, o, infomlo<~, po<o Ol <onk'olodotfl • todos o, por•
t-es interit»Odos-
■ lodoet'l"IP,OMI ~te,ymo ovdilorio ~ potoYefffit'OrOl demon1ttoç6es <ot11ôbeis. O<'Ol'\lO!ho fiKOl~io
o <0nHfho de odmfni1koçóo • ..,...,. como \lffl controle independente poro o, p,.,;.16,iot.
■ AOtl'IP'ffO deve tffu«i <Odivo de ~~('(lfflflfOl'tltooodmini1t,oç6oe Olfvncion6ri0$ •obtonjo os r.i«óos entr.
fvncion6rios, fome<edote-s • ociion:slo1-,
■ O <ódipo de êti<o ct.Ye tJ'01or dol s.egu.ntes que116e1;
- p,opino, ... pogomento1 .mpróp,iol
- cOt'lflffo de inteceue1 ... informoç60s priwilegiodos
- r«ebimento de p,tien!fl ... diKnminoç6o de oportunidodti
- dooç6ff ... meio ombiento
-ouódio50).\IQI ... 1egu,onço no trobolho
-
- otrwWode, poli~ , ... reloç6el com o comur-.dode
- uso de ókool • dtogo1 - confi6e.nciolidodo peuool
- dh ito o privocidodt
- trobotho inlontil
A~ org.,ni1.:ições brm,succ:didas definem seus va• quais os as:mntO) que :Jo éticos e assim cvit3r
lorcs e estão continua1nente preocup~1,hs em uei• a r:.1cionali1..1ç:io de compoNamento unfiico.
nar seu J)(Sso.1I par3 que c.ste poss., tomar decisões O Citicorp criou um jogo c-han13do "'O Tr;,1b.:i•
étiC\S. Os principais objeti\'OS do trcin::imcnto cm lho Ético... no qu:d os j-Og:idore) ganh:un ou
é1irn org..,ni1..1.cio1lal sio: perdem pontos, dependendo de suas r<.-spos•
tas a questões legais, regulatórias, julgamcn·
1. Dcsem,'0/vcr a atcnfào das pessoas quauto à 1ais e rdacionadas COMl politicas.
ét;ca: isto é. 3jud::ir as pc~a::. a reconlu..-ccr
Comporlamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO HI.SE\'IF.k
__
QUADRO 2 .6.
,,._
1t ~ 9.7 27'E_,. 6.0 S3'.- 3.7 7!11- 2.6
..,2'Dw1o1N,u 9~ 281- S.7 s.•- 3.7 80!- 2.6
u
......... 9~ 29'E,_ SS'E- 3.7 e1t ~ 2.S
6'Su6clo
7'C-,,
9.•
9.3
9.3
9.0
:ll)tT.,_
3ll llàlll
33'-
32'un,gu,i
S.6
S2
S.1
4.9
S6'Sn,._
S7'-
SS'Módco
S9'0tN
3.7
3.6
3.6
3,S
831-
82'-
wv...-
86'~
2.S
2.S
2,S
2,4
6'L-
g,-
lotReh>Uido
n t~
12'-
18'S<;ça
9.0
9.0
8,7
8.6
8,S
8,S
3"-
3St TttidaO t Too,go
36'841aM
:r,,.....,,..
38'Ãlóc,o,Sd
39'T....
4,9
4,9
4.8
4,8
o
<.8
6(.1 Rep. ()otrdc;w
61 1Elldob
62' eo,,
63'8-
6" T-
SS' T......
3.S
3.S
3,4
3,4
3,2
3,2
88'-
86'Uc,r;a
87'-
89'-
9<1'c-óes
91t e ~
2,4
2,4
2.3
2.2
2.2
2.2
14' Ho<'q 1(ong 8,2 40ICosURic, ,.s
_-~
66's.,eg,I 3,1 92'""' 2.2
16'...,.,.
16'E""""'"'°'
17'-
7,8
7,7
7,5
'1•~
..
•2'-
,qeo,,;,o,Sd
•.s
,.s
•.s
67'-
681-
691°"""-
3.0
2.9
2.9 91'-
93'-.
9$1-
2.1
2.1
2.0
18'-
19'lsr1el
7.3
7.3 ...
...,,._,
,.2
•••
70IAt,.,...
711Cosa do MM1in
2.8
2.7
96'-
96'-
97'0....
1.9
1.9
~8'1giu
21t .1ap1o
22'e..,nn,
7.1
7,1
7.1
~
<8'l'MI
'·º
4,0
7-zt-Honci.ras
73'frd.
2.7
2.7 ~.._.. 1,7
1,7
,.,_
74'- 2.7 1,7
'·º 10()1-
TI'
7t/l--
23'- 5.9 ,g,-. 4 7~Twani, 2,7 101•~ 1,6
241Bocsuw 6.< 3,9 76'r.n..ut 2.7 102'- 1.2
25'1'1- 6..1 511Ctoida u 2.8
26' """'°" 6.3 S2fR,p. Td'lecl l7 2,8
111!1
~ - - - - CAPiruLO 2 • O MundO dos O<ganlzoçóes
-~ 4t
El..Sl;\'IER
1. O interesse maior dos negócios é promO\'cr e Es$.1 crescc1ne preocupação n.'io foi e.sp<>nt.lnca.
melhorar :is comunidades onde :i org.,nizaçio mas pro,·ocada por mo\'imentos ecológicos e de de•
foi negócios. íc-sa do consumidor que põem cm foco o relacion,:1-
2. As :tções sociais e as 2ç6(s étic.1s podem ser lu• mento entre org.'lnização e sociedade. Du:1.s posi-
crati\'3S. ções aniagônicns emergem dt'SS:l prcocupaç.'io: a
l)O$ÍÇàO contrir-ia e a posição f:.wonh-cl à rc)ponsa•
3. A respons.:3bilid:tdc socfal melhoro 3 im.:,gtm
pllblic-a da organii.açJo. bilidadc social. Aíina.1. a quem a org."lnii.,ç:io de,·e
prestar comas? Aos seus propricr:1rios e aciooistas
4. A respons.:,bilid:idc soci.:,I aumenta a \'iabilid.:,-
(sl,arel,olders) cxclusiv:imenie? Ou a todos os seus
dc dos negócio$. Os negócios existem porque
parceiros (stakeholders)? Assim, existem duas pers-
proporcionam benefícios sociais.
pecti,•a:;: sobre cS)C aspecto: o modelo do sharehol-
5. É ncccss.irio evitar ou se ameei par à regufoçio dcr e o modelo do stakel,oldcr. Ou. em outras p.:,l:t-
g0\ Crn:1111emnl ou intCr\•ençOO exu:rnas p:trn
1
vr:is: a posi~o comdria e a po:;:içjo f:.wor:h·el à res•
s:inar a orniss..-'io das org..1nii:içõcs. ponsabilidade social. Vale a pena reíle1ir sobre os
6. As leis não podem S(r definidas par.1 todas ª" argumentos de amb:,s ns posições.
circunstàncias. As org.·mii.1çôeS de\•em assu•
mir responsabilidade para maruer uma socie- 1. Posição ,ontrária d respomabilidad~ social das
dade ordeirn. justa e legal. orga11izaç&s. É o modelo shareholder. que se
7. As normas sociocuhur:.1 i.s exigem respons..1;bili- preocup:1 basicamente cm maximizar lucros,
dadc social. ou seja, satisfazer O:i proprietários ou acionis•
8. A respons.1bilid.:,de soci~,I é do interesse de tO· tas da org.·mizaç5o. Ao maximizar lucros,.:, or·
dos os p:arcciros da organil.:lção e n:io de ape• g.1ni~1ç:io maximiza a riqut-13 e s.1tisfoção dos
nas alguns deles. proprietários e acio1üst:1s1 que s:io pessoas ou
grupos corn legítimos interesses na organiza•
9. A sociedade dc\'e oíert·cer às org.'lnitaçôes a
~o. A medida que os lucros crescem. as ações
oportunidade de rcsoh-er problemas sociais
da organi1.aç:io aum<:nt.1111 de vt,lor e.", conse•
que o governo nio tem condições de fazê-lo.
qüemcmeme. ~, riquC"U dos proprietários e
10. Como as org.·mii.1çôc.-s são domdas de recur- acioni~ras. Ess.<t é a posição dos executivos (i.
sos financeiros e hum~rnos, tias slo as instimi- nancciros da maioria das organitaçôc:;:. A tare•
ções mais adequadas para resol\'cr problcnu~ fada org.-iniz.:,ç:\o é 01imizar o lucro do acio•
sociais. nista ou proprietário por meio do bom uso
1 1. Prevenir certos problemas é melhor do que 1er do-li rt-cur$0S org.1nit.1cionais. Assim. a org.1ni-
de rtsolvê-los postcriormen1e. Muitas organi• z.:ição não deve assumir responsabilidade so-
zações se amecipam a ccrios problemas antes cial dirc."1-a. F..ssa tese é profundamente cri1ic:1-
que eles se tornem m.:,iorcs. d:1 pelo fa10 de omitir a justiça social.
Paro os seguidores de-llS3 po.)iç:io, a empresa
Abordagens quanto dc,·cria apcn~1s buscar a Otimiz..,ç~o do lucro
à responsabilidade social dentro das regr,1s d:i sociedade. A o~niz~1ç:\o
Toda org:mii.1ção produz alguma repercuss:lo no lucrati,·a beneficia a sociedade ao criar novos
seu :1mbien1c. F~ repercussão pode ser positiva - empregos., pag.u sal3rios justos que melhoram
quando a org.,nização bt11eíkia o ambiente por meio a vida dos funcionários e melhorar as condi•
de )U:IS d(."('.'isócs e :içóes - ou pode ~ r neg.·niva - ções de trabalho. além de coniribuir para o
quando a org:iniz.:,ç.\o traz problemas ou prcjub..os hcm-cs1ar p1íblico p.1g.ando impostos e ofcre·
20 ambienu:.
cendo prodmos e serviços aos diemcs. A or•
Apenas r(."('.'c nternente, as organizações pass.,r,1m g:.miza~ào que conctmra seus recur~.) cm
Mias próprias :1.ti\·id:1dcs e não cm ações sociais
a preocupar•SC mais com suas obrigaçôe:;: ~iais.
!!I
ELSEVIER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _2__
CAPITULO _ _ <1<1$
• 0 Mun<lo __ ..:..__ _;__
Orgonliações
consegue t11ilitar seu.) recursos com mais cíi- uso dc.'$SC poder."5 Para os dc:fcnsorcs dessa
dl:ncfa e cíicld:i e aumenta sua competi1ivi• pô)iç{ao. a org,.1.niz:ação prt"Ci$3 C)rnr aberta 30)
dade. problemas sociais e fazer t.-sforços na área d.1
2. Pos;ç4o favor4vel à rtspo11s.Jbilidade s0<,ial das responsabilidade social. Ser socialmeme rcs•
o,g.-mizações. É o modelo stakeholder. que 5;1. pond\'el 1cm o seu preço. mas as o rg.1ni:i:.1çõcs
li<:nt:1 qu<' :1 m:1ior respoitsabilidade está. situ3• podem repassar com legitimidade esse cu)t<)
da na )()brcvi\'~ncia ao longo pr.no (e nio aos consumidores na forma de Jumento nos
apenas maximiz..1ndo luc·ros) por meio da sa• · preços. Alguns defensores vio mais além: :.1
ti.)foção do:. intcre»c~ do) nuíhiplos p.1rcciros OCS3ni1,..1ç:Jo 1cm obrigaç;\o de ajud:ir a r('.sol·
(e n.\o apenas dos propriet3rios ou acionisus). \'tr problcrnas sociais nos quais nio está dirt."•
É um movimemo que deícndc a rcsponsabiJj. tamc111c cm oh·ida. Ess-1. <>brigaç;lo vis., o bem
1
Jade social das or~niiaçóc-s. pois da ~rnda de comum, porque quando a sociedade melhora.
màO!> dadas com o pôdcr social. Como a cm- a org..,ni1,:1çJo se beneficia."
présa é a m:i.ior pmênci;i 1to mundo contem• Apesar d:as c.fü•crgências qu:11110 ao grau de•
porâ,u.-o, d a IC'm :1 obrig.1çiio de assumir uma scjado de rcsponSJbilidadc social, h1101;1.I con·
re5pon.s.1bilidadc sod:1I corrcspondt•me. Aso• cordânc13 em que a org.,nizaç:lo deva realizar
cicdadc deu é.':)~ poder às emprcs."lS e deve pelo menos iodas as ações de rcspons:ibili&,-
chamar a empresa par:t prcnar comas pelo dt social q11e s:lo uigidas pela lrg.isfação. Con•
tudo, escl h:wcndo uma gr.:td:11iv;1 :-idoç:io dt abordagem que m:\iS exige da$ organiiaçõcs.
medid:1s mais imensas de n..-spons.1bilidadc so- pois impõe que esrn-. devem ante-cipar-st· :1os
cial pelas org.1nii.1çõe.s. problemas socfais lidando com dt) antes que
~ rornem C\'idcnres e crflicos. Impõe também
.. _
Ambiente ~ e 1Wld6nciiN queesi60~.
mesmo QIJ9e""4iffl ind.-otar,'l,tntf i ~
Otganiz.eclonal
...,.....,
saflsW• uotwlgllQ6N: lilgals e u ~
......
Comunldedo locl.a. OCUloS Ql.lit elttam droc.atnen1e a ernc:wesa.
Abot~ °'
Obr'9lçio Soclal. UQII:
~ - tomtntt•oc,riga,Q6N tOCilis
♦.ldgidasptllak,gr&IIÇ6otm~
4. Tomar as regras pros~clivas e 11ão relroali• S. Tomar as r~ras orientadas /Xira alam,c ,te OÚ·
vas: a retribuiç:io referente :10 paSS.'ldo não ittivos. não para prese.rir.do de proudimc,11os:
tem sentido p:1ra os negócios. Os padrões de a maneira apropriada de um governo ou na•
rnxaç?to de\'c:rn ser pre\'i;1rnente definidos cm ~áo deíinir como as organizações devem opc·
rcfoçjo ao íurnro e não :10 pass~1do. men:. e objetivos e não foca-
rnr é e-stabeleccr
lizar o como fazer ou executar seus negócios.
~ CAPiruLO 2 • O Mundo das O.gani,ações
~~ - - - - - - - - - - - - ---....:::..:.....:.:::...:.._..:.......:.....:.:..::::..:::.:::=:::::::
e CASO
dt-Hnho, vendas e promoçio. Eta nlo produi nenhum oferecem s.alárlos e benefícios adequadOs aos
de HUI produtos, pois entrega toda a sua produçio seus operários. Ele No aceita parceiros que PI•
nas m6os do 75.000 trabalhadores em todo o mundo gam menos do que o salârlo m inlmo local.
contratados per diforentet empregadores. Muitos doa 2. Trabalho Infantil: o Roebok não trabalha com
produtos terctlriudos dl Nlkt v6m da Indonésia e parceiros que empregam crianças menores de
acut.ados do maltrotar s.eus opor6rl o1. Na Corôla, as c.111 de traball'IO odequodo e que não exponha as
mulheres orem forçadas a levantar sous braços dura.n-- pessoos a condlçõos pedgosa-t.
te vtrlos minutos ou eram amordaçadas por terem 4. Horário de trabalho: a RHbok pretere parceiros
conversado durante o horârlo do trebalho. No Vietnã, qu• utilizam 48 hot81 semanal-t do trabalho d~
alêm de molestaçào de mulheres, os meninas rece• ~rârk,s. Na prátJce, ttabalha com parceiros
blam US$0,20 por h«a e trabalhavam durante 6 dias que No requerem mais de 60 hotos umanals
a.as em rede- , • a Nlke cons.egulu ficar tora dos ho'ofo- 5. Parceiros: a Rctebok só acei ta parceiros com
tes porque ela nio 6 propr..târla dessa.s fábricas, mas pleno conhecimento das tacmdedos de produ•
apenas faz negóclos com elas. A Nlke não tem planos çio e que tomam medkJas pcsltive-t para Imple-
de mudar suas operaç6es, • realize bab:os lucros para mentar e monitorar padróos adoqu.ados de tra-
mlnlmlz.ar o problema. Mas anunciou um novo Código balho.
A Reebok é conhecida companhia g1obel de calçados dois ç.asos? Qual 6 a sua aprKlaçio sobre o
• roupas esportivas e orgulha-ao dO sou eompromlt.$0 conctito de untversallsmo moral para HNS
metida com parceiros que uum polítk:as ,ucas na 2. Faça uma análise dos parceiros de cada compa•
manufatura. A Rtobok ajudou a crJar a Força Tarefa do nhla separadamentt. Depois, proceda a uma ca-
Prilticas Globais de Manufatura a fim de organizar, tegorização dos parceiros com relação a direi-
pe.squls.ar e desenvotver re-comendaçóts do ação éti- tos. obrigações, Incentivos e motlvaç6ts. O que
de torcoirlur produção pt'lra paíaos ondo ocorro 4. Quais as açõos que os consumidores poderiam
uma situação do trabalho desumano? tomar P'I'ª acabar com a exploração humana?
3. Avalie o Impacto que mudanças do parceiros Quais urtam os resultados para os vários par-
poderiam provocar s.e suas recomendações fos- ceiros? Você acha que a publlcldade negativa
sem acellas. Quais os benefícios e perdas da sobre a Nlke provocou mudança positiva nas
utiliiaç.60 do trabalho desumano na torcolrWI• Políticas da companhia? •
ção da produção? Como seria o futuro dessa si-
tuação?
e. M.O. Jones. M.0. Moore & R.C. Snyder. lnside 28. Rich:trd L. D..aft• •\t:Jnag,me,it. Orlando, FI.: Toe
O,g,mi;Jtio,:s. No,•.t York: S;asc P\lbl .• 19S8. 0f1'tlén Prcss, 1994. p. 97•98.
9 . ld.1lt,cr10 Chi:wC'n3tO, Gutdo dt' PrssOJs: O 29. ldal~no Chi:a,·cn:JtO. Admi,iistr.J(do nos Novos
No1,'0 Pa~I dos lü-wr$0S H11manos 11a1 Org,mi::a• Tempos: Os Novos Hori.;.011tN rm Admi11;Slr.J{40.
(.6d. Rio d..- J:mciro: Elscvicr/C:unpus.. 2005, p. Rio de Janeiro: Elsc,·ierl<Ãmpus.. 1999. p. 112.
4S0-4S 1. 30. ld.albcno Chiavcn.110. Admi11islniç4o ,,os N~.'OS
10. ld:1lbtno Chi.m:n:.ato. Gt'f'(t1â:mdo<om as Pt'SSC>JS.: Tempos. op. ât .. p. 112.
Tra11sfomia,tdo o &e(111hoem imt f.xulet1te Gcs• 31. C.V.Calla.h:.m & 8.A P:u.tcrn:K'k. -Corpor.111: S1ra·
tor dt' Pt'sso,;,u, Rio de: J:an<:iro: FJSt,·i«/Cunpu). cegy in 1he Digital Age". Slr.Jltg)' a1td Bminm,
2004. p. 62. lssue I.S. 2n.t Quarl('r 1999. p. 2-6.
11. t\d:1pta10 dr: ldJJbcno Chinc:n:uo. R.t-<11rsos 1-111• 32. E.xn.aido d<': L.ui-i C1rfos Mr-ndonç.J. dC' ~rros.
ma,,os: O C.,pítal H,mumo dJs ◊'1:.111i::a(OO. s.;o -ar..asil Oigi1:2:I: Um Pbno p.u.1 Tornar o País uma
P.mlo: F.ditor.1 Ada), 2004. p. 98. Pocêncfa na Er.a J:a lnfonn,,ç.io". H.xam~. Ediçlo
12. J.C. ~breh & H.A Si1no11. Troria das Org.wi::a· 7S5. dn.cmbro de 2001. p. 22-25.
r&s. R,o de- Janeiro: Fund3"lo CC'mlio Virg;i>, 33-. W. Johnston. "'Th<' Comins, Ulbor Shor1:2ge". J<>ur•
Sc:n•içodc Publi< ~ 1967.p.104. naf o( Labor Rr1<.1rtl1, IJ. 1992. p. S•IO.
13. ld.1\bcrto Chi:1,·('n.110. lntrod11(do à Teoria Gt',JI 34. Rcné Lich1. "A Di,·<'No:id:kl<' no Ambienic de: Tr:aN•
da AdmitristrJ(40. Rio dt· J:mciro: El)("vic:r/C:am• lho·. 1'(r0: Trci,rammto e lx.u-,rvolvimr,110. F.<ti-
pus. 2004. p. S U•S 14. ç,lo S6. julho d, 1997. p. 32-34.
14. ldalbtrto Chi:ncn:110. h1trod1,{ào d TroriJ G"al 35. ld.ilbC'rto Chia,·en;110. Adm1'11iS1r.1(40 ,:QS No,,-os
da ;\Jmi11i11r.J(.40, op. ât.. p. S 14,S 16. Tt"mp<>J. op. ât.. p. 180.
15, ld:allxrto Chil,·c1t,110. Imrod1t{40 d Ttt>ria Ger.il 36. Fome: W. 0Jvidson Ili & O.\Vondl. • lníluencing
da Mmi11ü.trr.1<,do. op. ât.. p. 512-.S IJ. i\bnascrs 10 Change Unpopubr Corpot:ue Bcha•
16. ld.ilOCuo Chi:1,·<'n.ltt>. lr1trod1'{do à Troria GerJI ,·ior Throtigh Ko)'COCtS and Dh·C$titure,". Hmit1ess
da Admi11istr.içdo, op. cit.. p. S IJ. (t·S,oâety, J4, 1995, p. J.
17. ldJ.lbtrto Chi.:a,'C'n:tto. llltrod11çJo d Teoria Gt"T'al 37, Sm:.;,1,0:1 Veríssimo. -lkndít.a Crise". Exame. Ediçlo
da Admi,,istriJ(4<>. op. cit•• p. S IJ. 7-19. 19 de setembro dr- 2001. p. 100·102.
18. ldalbc-r10 Cl1i:1\°CtutO. lntrodu(,10 d 'froria Cera/ 38. Fonte: J.C.Pcnne)': lmp:/la.j(p.!mty.eom/abo11t;cpJ
da Admi11istr.1(4o, op. cit•• p. 48J•4S4. M"_ideJ.hlm.
19, ld:allx-rto Chi:av<'n.110. lntroduçdo d T<"Oria CeriJI 39. Ex1r:1fdo do aniso: "'Corrul'l(:\o Pior.i na Amir~
da Administm{4o. op. til., p. 4S2•487. L11in.l, di-z: ONC". Folha ,te S. Pa1tlo. C.,dcmo
20. ld::ilbcm> Chi~wen.110. /ntrod11çdo J Teoria Cr,JI Mundo. 29 de- .agosio d-e 2002. p. At 1.
da Atlministra(do. op. cit .• p. 770. 40, KC'ilh 0-.a,·is & RobC'n L. Bl<nnstrom. BusinC'SS and
21. Vide: ld:ilberto Chi;l\'en.110. littf()(f11;4o d T~a Society: F.ovironnmu and Rl"$p0nsibility. Nov:1
Grral da Admi,1istTJ(dO, op. cit., p. 4S I e W:ihhC'r Yorlr:. McCr.,w•Hill. 197.S
8ucl:lcy. A Sociolog}a e a Moderna T('()ria dos Sisle• 41. Hatr)' A. lipson: •[)() Corpor-:tre F.x«mi,·N, Pbn
maJ. Slo P.1ulo: f..ditor;a Cuhri,:, 1974, p. 92-102. for Social Rnp<>n.);.lbili1>•?". 8usi,:ess and Soâe:y
22, ldal~no Ch1avr-n,110. ln1tod1t(dO d TMria Cerol &t,iew. Wintcr 1974-7.S. p. 80-81.
d.J lulministra{dO, op. eit.• p. 4SJ. 42. Keich 0.1vis & Robert L 61ommom. BJuim•ss 011d
23, ld~lbcno Chia,•enJto. l11t,od1,çdQ d Tt'OriJ Crr.il Socirty: Envirt.mm<',if m1d &spomibility. Nov.i
da Administr.i{do, op. ât., p. 490-491. \'Qrk: M cCraw, Hill. 197$.
24. ld.1lbcrto Chi:wenato, lmr<>d11{4f<> d Tt'Oria C.-r.1I 43. Kei1h Davis, "'Fiw: PrQpOsitions for Soc:ill RC$·
da 1\dmi'1iSlr.J(dO, op. ât., p. 491. ponsibili1y·. 8usillrss 1-lori~om. junho de 197S. p.
25. P:ml R. U\\'fen<e & Jar W.1.,o,rsch. O Oelt'm:olvi• 19-H.
mcrtto das Ôf8J11ha(OO: Oi.igu6stieo t' Ação. São 44. S:imud C. Cerco. Aiodt"m A1,:mag.-mr11t: Diwr•
P.,ulo: Edi1or,1 f..d&)rd Sll1Cher. 1972. p. 3. si1y. Qualíty, Ethil$, a,id the CfOWf E,wiro,i-
26. NlUC)' J. Adk-r. lr.tm:a1io11al Dim,miom o(Org,mi• mr,11. Nedh.,in Heig.lns. MA: Allyn & 6:Jcon,
~tional Bth.1vior. 6chcon: PWS-Kcnr. 1991. p. 7.S. 199<. p. ss.
27. Ad:1p1:aJo de: C.W.I.. Hill & E.R.. Joncs. Stmtcgk 45, John Koncr & J3mC$ H«l:en. Corporatr Culture
}.1anagm1mt. Soston. ~iA: Hough1on ~lifllin. a,rd P,'1{orma11c.:. Nova York: ThC' Fr~e Prcss,
1995. p. 390. 1992. p. 14 1.
Compor1amen10 Organlzaçlonel • IOALBERTO CHIAVEHATO Et.SEVIER
46. Tom Be-.auc-hamp & Norman Sowc. Etlucal ·n,cory 49. R.inalJo CamJ>O). So.1.rcs. &ttptt'sarit'd.Jdt'" Êlita:
a11d 811sillrss. Engkwood Clifü. NJ: Pr("nli« H.,11. O Extrcl<io da Cid,ula11ia Corpor.uir.u. S.lo P:mlo:
1993, p. 1-19. Editora ,\ti.,,. 2002, p. 248-249.
47. Kci1h O.wi.) & Ro~n 1.. Blomsuom. Businns aud 50, Rin:ildo C:ampos Soares. Emprt'Sarirdadt' l' Éti<a,
S<,,citty, op. â t. 01,. ât .. p. 2.SO.
48. Vcj:l os si1~: SI. Jcrr)' Mc-Aícc. "How S«ic-t)' C.an Hdp Busincss-.
www.,,o/111ttan'os.<om.br Nt1'1$1wek. J de julho. 1978. p. IS.
"""''"·"ol.c.om,brtvoJ,mtarios 52. lns1i1u10 fahos. vide: '"""'"·"'~1.br.
wu,.1v.amigosdaN<ola.c.of11.br 53. Gcnc,•ie\'C', Sôtcr Capow>ki. "Ooig.ning a Corpo-
ww,v.gi(t',Org,,br r:uc ldcntit)'•, Ma11agem<11t Rrv.riv. junOO de
wrv,v~amp;mlMdrugasall,o,<,o,,r,br 1993. p. 37.
wr,,.,v.oJUd,org.br
w1v1vJu•br.isil.~.úr
w1v1v.tl~1t,r~r•sile.<Om
WllJIV.</i(k/ómt'.(,0J'1,i,r
CAPITULO 3
AS ORGANIZAÇÕES
E SUA ADMINISTRAÇÃO
Objetivos de aprendizagem
• Apresentar uma vis.Ao geral dos dosar.os o mudanças do paradigmas que as organiza-
çóes estão enfrentando no início do novo século.
• Mostrar a ênfase nas tarefas que ptedominou durante os primeiros passos gradativos
de desenvolvimento da teocia adminiStraliva.
• Mostrar a ênfase na estrutura organizacional e seus efeitos na teoria administrativa.
• Mostra, a ênfase nas pessoas e seus ef8flOS na teoria administtativa.
• Mostrar a ênfase no ambiente e seus efeitos na tooria administrativa•
• CASO OE APOIO
A PLUG-ON
Pedro Menendez é o diretor presidente da Pl'9'0n, uma to do negócios. Para tanto, Menendez ptedsa ser criativo
emptesa hlgh roch que ptoduz: e Yende p,odutos o5otronl- o inovad<>r, som ctospreur os aspectos cocktl:mos das
eos para uso em lnfom\âtSea. Menenctez est6 no cargo hi operações da sua omprcsa qtJO proclsam te, eneiêncla e
apenas seis meses. o &cu ~pol CIOSaflo 6 llmuttanea• efic-ácia em alto g,au. Menen<:Mz sabe que o MU ntgôcio
mente Lançar produtos novos no mercado • ljU$UM' sua se çaracterlza pelêl globalà.ação, mudança e competitM-
tmprtt,a condnuamen.1e às novas demandas do ambien- dado, COmo - poderia .... bem-suc:edido? •
Vimo~ que~ orga11izaçÕC's \ 'i\'Cnl cm um mundo de E nem almoçam succ»o por acaso. Elas prccis.1m
negócios que se caracterila p<:la glob~1li1.i1çlo. mu• S("r adminis1radas para poderem funcionar adequa-
dança e compc1i1ividade. 1>ara pOdercm robre\•ivcr. damente e :i1ing:ir seus objetivos d.a melhor m:incira
.. <'On1inuamcntc estar km-
a) org.1ni1.,.1çõcs prtth1m possível. Como a._4; organiz:tçc)(-$ s.io grnpos de pcs•
çando novos produtos e scr"iços. dc-sc1wotvendo soas que 1rabalh~1m em co11jumo p::ira milizar e apli-
nov.1s tecnologias~ criando 110,·c» mercados, apri• car recursos org;rniz...,cionais - como capital f'inan•
mor.1ndo proc.:csi.Os e mé1odos de 1rabalho, dimi- ceiro, 1«nologia, máquina~ e equipamentos, m:ué-•
n:mdo cu~tos e incremtMando resuhados. Contu- ria-4õ•prim~. conhecimento - e alc,nçar propó:,iios
do, as ors,.1niz~1çó<:s njo íuncion,1m por :,i rn~m;\!,. comum, - t..:-01110 cumprir um:a miss..io. mingir um:t
.. Compor1amen10 Organizacional • 10Al8ERTO CHIAVENATO ElSP.VIER
"lisão. scn•ir ao mercado, satisfazer ~1os seus parcei- de moderna, e n5o :1 cecnologfa. ou a infounaç:\o.
ros, como c.licmcs, :acionistas, cmpreg."ldos, fome• f...sramos \'ivendo em uma sociedade de organiz.,.
c«:dor('s - cl:1s necessari:lmcme precis.-im ser :u.imi• ÇÓ<'S c~1da vez mais complexa. O núcleo da socieda-
nisu:.1d:1s. ~ administração permite _proporcionar de moderna é a org.,niiaç.io admini.sm1d:1. A insti-
sem ido_, dirt-ção e <1oordcn:1ç'io nesse trabalho con• tuiç:fo social ~ a mantirn utiliz.1d:1 pela sociedade
jumo e lcv;ir :1 ors,.11frz.açj,o exar3mcntc aonde d:1 para conseguir que as cois::is sejam i1wemado.s. cria-
predS:1 chq;.1r. Enquanto as org.1ni1..1çócs s.;o cstu• das, dcsenvol\'idas~projeradas e (eiras. E a admini-s-
dadas pela Teoria da Orgaoizaç3o (íO), a adminis• tr:tçáO é a ferramenta específic.11x1ra rornar as orga-
traçtao das org.1niz..1ç6éS é <'$tudada pela Teoria Cc• niz.1çôes c~1p~w.es de gerar resultados e s.1tisfazer ne-
r:1I da Adminis1r:1ç:\o (fGA). C.1da reori:i ndminis- cessidades. A org;.rniz.aç:io não existe simplesmente
muiva tem :1 su:1 pró1>ria ddiniç-.io de o rganiz~1ção. 1 dentro da sociedade. Efo existe p;tra produzir resul•
Assim, n5.o é de c~rns.u espanto que diferentes auto· tados dentro da sociedade e principalllleme para
rcs façam diícremt-s conceituações de organização. modifrcl-fo. Daí avuha o papel do administrador.
Não só fazer as org.1ni-z..1çócs funcionarem bem.
mas. sobretudo, (:11.ê•las produzirem res11lt:1dos e
As Organizações Precisam a.greg.1rem valor. Mais ainda: mudar comínua e
Ser Administradas const:mtcmcntc as org.111iZ-1çóe> p.1r:1 aju>tá-las prOO•
ti\'amen1e ao ambiente que se torna cada vc:."'t mab
Todas as organiiações s.-\o guiadas pelas decisões de mut~vd e impre\'i>Í\'el. O administrador dc,·e ira•
um:.1 ou mais pesso:.,.s que chamamos: de adminis-tra• b:-.lhar como a.geme \-:.rali1~1dorfdc H.-sulrndos e co-
dores. Os administradorcs alocam recursos C''SC3SSOS mo agente de mud:rnça.
para íins ahern:uivos e quase sempre compctirivos. De fato, as org.,nizaçhc:..-s requerem adminis1rado-
Elc..-s dctcrmin~rn1 ~1 relação cmrc meios e fins. Ois• rcs para puderem ser dicicmcs ~· cficaz.cs. Ot.:vido 3
põem de muoridadc (ddcg.1d:.1 pela sode<la<le) e crescente complexidade da sociedade e 30 r,1m;mho
rcsponsabilid~,de (aceim. por eles) de constniir ou cada vez maior das org.1ni7,.1ções. as declsõc..-s :idmi-
dc.•struir comunidades. lazer ~1 paz ou a gucrr:1. puri- nistrnth·as indi,·iduais têm grande repcrcus~\o n:1
ficar ou poluir o :unbicme. Eles estabelecem as con• sociedade. Considere o impacto da folência d:1 En•
diçõcs rel:uh•as aos c-arsos, produtos. ser\'iços, clicn• ron no mundo financeiro global.• Veja também os
tcs, rccei1as, conhecimento, es1r;11é-gi3s etc. o~ ad• problem:1s que a sociedade enfrenta no cocante à
minisuadores - como .1s organizações - est3o ram- s.1úde ou à energia e os problemas relacionados aos
bém difundidos por tOOa a socicdade.2 custos enormes t.: :1 outras indiciéncias de org.111iza-
Além disso, st a sociedade moderna tem e1u)rmc çõcs públicas ou privadas. Cada um dcsSc."s proble-
necessidade de org.1niiações bem adminbrrndas.. a mas nos ajuda a imaginar as necessidades críticas da
conclus.1.o é de que os administr~1dorcs s:io um recur- sociedade com relação a administradores eficiente:,
so socfal muico impottanrc. Toda pessoa s:ibe algu• e dicttzes. /
ma cois::i sobre adminiStraç.ão de,·ido aos contatos A adminis1r.1ç\o das org.,niz.:içQCS requer um pro,.
di~rios com as v~rias org.1ni.z;.1ç-Oé.'S ou com os admi- fundo conhecimcntO do CO. Sem esse conhec-imen•
nistradores de tais orçaniz:açôt.-s. f..ssas expcriéncbs co, a administração pode tornar•><: fria, desumana.
podem ser boas ou más, e as atitudes con, rcl.aç\o aos mecânica. rígida, ineficiente e ineficaz. OCO é uma
administradores r:unbém pO<lcrn ser po:sitiv,1s ou ne• área do conhecimento humano rclativ,uncnte rc-
g;:itivas. Comudo. embora SJiblmos um pouco de ad-
minis1r,1ç,jo, 113 prátic:t aind:i operamos de modo
• '/'>.'()la do T,J,{11/()T: A E,1roo, umJ dJ) nuiorç, o~niuçõn,
indkieme. Basta compar:mnos nOSSO> pl:mos Oti• muhín..acion:ai.s a.merka.n:b. falm no final ~ 1001 Jç,,Kto ;a
mistas de omem com as rcali~çõc> reais de hoje.J l..10Ç.Jm(m~ rom:i~i.s que cr.an,.form:a, ,1m <ksprs.ti em rt\.""<'1·
l;tj.. x,,1bou )(' torNnJo um dO' n,aior~ ~.,,Kl::aloç n..1 COn\11•
Aliás. Orucker" afirma que c~tá ficando cada \'Ct
nid..lde emprc:s,.ari.11 an'CtK:lru e pro,()C()u enornlt") pc:rda) no
mais claro que a org.1nit.aç"io é o cemro da soci1.·da- mer.:~do fin.an«iro intC'tn.Kl01L1l.
11'
~
111 - - --
CAPITUI.O 3 • As Organiz.aç6es e sua Administraçào
__..:._-----'- 11
W.V,ER
ccnu· e que propordon;i condiçõc~ par.to conheci• p:apd, ccluloscl sidcn.irgirns, automóveis. pro•
mcnto e entendimento da din.ârnirn organiz1cion,1I. dmos químico~. miner:1çlo etc. - as org;mii.'l·
E is.so é íund:unemal p;,1ra SU:.'I adcqtrnda :.1dminh,r:.1• çõcs lonse\•as permanecem em harmonia corn
ção. As org.-inizaçõcs prt-ci->,·un ser b(m comprttndi• o mundo à su:1 voha e reasem de m:ancira
das para que poss.1m str adminisiradas e posidona• oportuna às condições da socic:dad e que as
d:tS em seu comcxto de negócios. E..xi.stcm dois as• cerca. Efos possuem uma capacidade in.aro de
p<.-ctos bS.sicos que prccis.,m ser consider.i.dos:S ~mtccipar a necessidade de mudar e de: explor:.1r
os crises no sentido de tmnsformá-lasem novos
1. A organhação é 11m ser uivo. Eb nasct', cresce nt-gócios. E.las csrão plugadas no seu ambicmc:
e morre, d ependendo da m:meira como é ad- e vivem ~,sictuneme em íunç.to dele.
ministrada e impulsionada. É preciso dar 2. O,gmd:açócs longeuas sAo c~sas e dotadas de
maior :ucnç:io par.1 o desc-1woh·imemo da or· um forte senso de ideutidadt. Q ualquer que
ganiu,çjo e de seus p.i..nicipamcs. Esse é um sej:a o seu grnu de diversificação. seus íuncio•
:1spccw que não pode íicar ;\ mercê dos :icon· nários (incluindo os forncct'do rcs) sentem que
tecimemos. ou :.10 s.-ibor dos \ 'Cntos. A organi- todos são pane de uma só emidadc. Ebs se
"Z3~o precisa investir forte mente no sru pró• vfrm como uma frota de navios. cada um de•
prio dcse1wolvimemo. E boa pjrte de-ssc de• lcs indt•pendenic, porém o todo da írom é
stn\'Oh'imento é dccom.~nci:1 do dc$Cnvolvi- mais forte do que a ~m:a de suas 1nme:>, Ess.1
mcnro das pt."Sso.1s que delas participam. sensação de fazer pane de uma comunidade e
2. As dt•âsócs desse ur vivo sdo resultado de um de ~r capaz de se idcmific~u com suas ações e
«mt fm,o e iu,~wntc />rocesso de apn•ndiui• rcafü..:içõcs é que 1>ermite um3 forte ,•incula•
do. A :1prcndi1..1gem é o mecanismo \'ital que ção cmoc-iom-11e psicológica dos fo ncionários
propordon:t s.--i(1dc e longevidade à org;mi:t.'l· com a emprcs.1. o que é essencial para su:t so•
\"ão. A org.'lnii.1ç:io e mdos os seu~ participan• brcvivência em meio à mudança. A cocs.'lo e
1es precis.1rn apre11dcr a aprender cada ,·ci integr~ç;\o se fazem graças a promoçôt.-s imcr•
m::iis. e cad:1 ,·ei mais dcprc»a. A aprendiza• nas sis1cm:J1icamcnte :mibuídas 3s pes-was da
gem dep,ende muito do c-s.t:1do de t-spírito que casa cm dccom,:nci:1 do rt."<rutament<> imerno.
se crfo dentro da organi1,:1ção: deve h:l\'cr uma c~,c.-t.a nova gt·raç~io de gererucs e funcionários
motivação p:trn aprcndtr continuamente. Isso rcprt~enia um OO\'O tio d:,, longa corrente. A
prt-eis.--i ser enfatii:ado e inc:cnrh·ado constan• priorid:tdc m;b:im:1 e princi1,al preocupaç~o
h~mcmc pela cllpub da organi1.1,âo. da adminhlr~\-;io é a saúde da instimiç.io co~
mo um todo. São org;.miz.'lçõcs em que vale a
Como seres vivos. ~l.S org;.rnizaçôcs 11:1scem. cre-.s• pena trabalhar e invc.~1ir pc.-sadamente.
cem e morrem. Mas. por que tantas org~rniz:içÕi.-s 3 . O,g,a11ha{Õé'.S Jo,,g,•vas sdo toler4111tes. Elas
morrem tão prcmarnr;imerne? Poucas delas g..,nh:im evitam qualquer com role cemralizado sobre o
:1 longevid.1dc. Arie de Ccu.s fez uma pcsquis.'I para componamen10 das pessoas. E nlo coíbem
verificar por que algum:is org::inil3ç00 duram mais 1ent:11ivas de di,·c-rsificar ou modificar a cm•
do que outras.. Quais as r:izõcs? De Cem, aponta presa. El:l,s s:io tolerantes com as ati\'idadcs
quatro (:uorcs princip:ais cm cornum para :1 longc,•i• que se desenvolvem j margem dos negócios,
d:adc org:inizacional:' como c~p,eriCncias. :ui\•idades paralelas, no·
\'OS cns."li0$ e exccntricid:1dcs deniro dos limi•
1. Org,aui:uzç&s longtvas sdo senswe,s ao seu 1e-s de um:,, org.:iniiaç~o COC$a. S:lo orga,,iia•
ambitnte. Sejam construídas com base no co· çõcs que cs.150 $Cmprc :unpliando suas po:;;si-
nlu.-cirnento - como cm inovações 1ccnológi• bilidades e abrindo novos horizontes parn o
casque agrcg;,tm valor à vida do~ cliente.-) - ou futuro. A cria1ivid:1dc e inovjç.\O est!io na b."'sc
cm recur~<» naturais - como fabricamcs de disso rndo.
12 Comportamento Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATO
4 . O,ganiwciks /011gcvas sdo ,onurvadoras nas uma espécie d e teste com rebç:\o :ué ond e consc•
f,ua n(as. Elas s3o írugais e n:io arriscam gra• guirá avançar nas oportunidades e ,•e nccr os d esa•
tuitarnemc o seu capit-:il. O í:uo de ter d inhei• fios. O potencial humano e o invc:stimemo no ta•
l'O na m:io lhes dj maior ílcxibilid:idc e inde- ltnto é que determin:ir.lo :ité- onde ir:i esse ponto
pcnd«:ncia de ação. permitindo buscar opções de deslocamento e avanço. Esse tipo de desenvol•
que os concorrentes nlo são capa1.es de obter vimemo não 1>odc: ser comprado. E nem sequer íei•
em íunç..io dt seus compromissos programa· to sob um programa csptcífico ou tópico d entro d:1
dos. Essa aut01lomi-:1 finarm:irn lhes dá scgu• própria cmpre~,. Na ,·erdad e, ele somente pode
rança. liberdade e csr:ibilidadc. su obtido quando se ac.-cira os riscos <lccorrcrnes
da confiançn nas pessoas e se dá tempo a elas para
Oc Gcus argumenta que a capacidade de pro• podere1n se desenvolver e aprender. A empresa
1>orc1onar rc1orno de invcstimemo ~,os acionisrns precisa mosrrar que não considera as pe.ssoas como
p;1recc n:io ter 11:1da a ver com a longevidade or• um conjumo d e cérebros já prontos, períeiros e
ganiiacional. A rcntabilidad<" de urna empresa é ac:ibados, mas d otadas de um pOt<"nc.-ial e rn contí•
um sinto ma de saúde corporath•:i, mas não é um nua expans:\o e consolidação. Essa é a razão pela
indicador ou um determinante da s.-11íde corpora- qual os executivos dedic.1m pane considerável de
tiva. É claro que n :administraç:\o precis..-i ter todos seu cempo - algo oomo 2S% o u mais - p:u.1 ques-
os <bdos contábeis à mão. m;1s esses números. em• róes rebcion:idas com o descrwoh•imento e a colo•
bora exams. apenas descrevem o passado e nio cação d e pessoas subordinadas a eles. Jack \'1ekh,
asseguram o futuro. A longe,•id:ide t:imbém n:io o executivo principal da General Êleetric durante
parece esrnr relacionada com o patrimônio m:tte• quase duas décadas, costumava pedir :ios seus se·
nal. com o setor de atividades ou linha de produ· rentes quc dcvo1-a.ssem 50% do seu tempo a css~
tô> ou pa(s de origem da org;1nização. A expcc1a• q uestões de desenvolvimento dos subordinados.
uva de ,•ida empresarial ocorre tm qualquer pa(s De Gi:us afir ma que, qimlquer que seja a p<>rcenra•
e nO> mais variados setores - da manufotur3 e ,•a• gem de ,empo que cada execurivo dispcnSt" a <"SSe
rejo 3té serviços íinanceiros. agricultura ou ener• assunto. ele constitui o componente mais crucial
gia - desde que os qu:uro f:uorts citados estejam do seu trabalho.3
presentes. Dentro dessa vis:io, :1 administraç~\o das o rg:.,-
Há uma fone distinção cn1rc emp resas viv:1s - niuções é fu ndamcnial para sua sobre\'ivência e
no concei10 de De Geus.1 cujo propósitO é re3fü...1r suc-e sso cm um mundo c.uacteri~ado por mudan•
seu p-01enci:1I e se perpe1t1:1r como comunidades ças aceleradas e incrí"el competitividade. A ad mi•
longcvas - e empres:1s simplcsmeme c.-conómicas ni.s1r:1ç5o - tal qual a conhecemos hoje -é um pro·
que esi:\o prtsentes ,, o mundo dos negócios corno d uro típico do século XX. As várias ceori:1.s e pd.·
único propósito de gerar riquez:1 imcdiat:1 para um cicas adrninistr:1ch as que- ;i.prcscmaremos a :.cguir
1
dade das pc-ssoas que hoje est:io aprendendo a ira• mas e desafios organiz:icionais cspcciíicos que fo.
balhar e a inow1r dcmro da org.·mi1.açâo. O rec-ru• r~un surgindo com o pass..1r do tempo. Nes:sc senti•
tanu:mo e a sdeçjo de talentos constituem apenas do, embora sejam enfoques de diÍtremes perío-
o primeiro p:1sso. O dcserwolvimemo e c1,carreira• dos. não se pode dizer quc são reorlas ultrapassa•
menro se encarreg:un de movimentar as pessoas ao das ou obsolcrns. Tod as elas têm a su:t aplicaçjo
longo da.> oportunid:ides e dos <lesaíios ao longo nos dias de hoje e pto\•3velmentc nos di:1.s d e ama•
do tempo. ,\ medida que um exectn ivo a:)sume n hã. O imponante é saber como. quando e pc:>r
uma nova posição na o rganiz:ição. ele pa»a por que utili7.á-las.
!!I
EI.SIMER _ __ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPtrut.o
__ _3_ • _o,garõzaçóes
...,:._ _;__ •_
sua ~
_Admlnlst<a~
_ _ _:..__ 13
• CASO OE APO I O
A PLUG-ON
P~ro Menondez sabe que não bula apenas pensar e Inovar. Ele acha que as pessoas não aio rocursos
no lucro lmodteto, mas na continuidade da companhl.a humanos, mas parceiros e colaborado,e.s do nogóclo.
em um contexto extremamente mutâvel de nogóclos. E Mas Monencrez precisa de ktélas, conceitos e oxp..
prlnclpalmonto na prcparaçio continua e Intensiva de ri6nclas alheias para poder aprender e aJudar sua em•
a.eus colaboradores - como 4 o nome pelos quais presa a trilhar pek, sucauo, Como conseguir obtê-los
seus emP,egados são chamados - pois ó graças a e aprend&-lo• com a rapidez necaa.sárla para n.io pe,-
eMs que e companhia pode c,esce,, progredir, mudar der o t>onde andando? •
industriais a parcir d.t r:icionali1..1ção do trab;1lho 2. ~ leâo,,ar as p,•ssoas mais adeq\1:tdas para a
dos operários no chão d:1 fábrica. cxccuçlo das tarefas. O gerente de,·c combi•
nar as habilid:ad<.'S de cad.a opcdrio com as de•
mandas de <":Ida trab..1lho.
Administração Científica
3. Tr~inar as pe.ssoas p;1r~, cx'--cm~1r o irabalho de
A chamada Administração Citn1ííic.a ~ a pioncirJ acordo com o mÇtodo estabelecido. O gerente
n(ssc campo. Seu fu ndador, o engenheiro :rnu:ricJ• deve ensinar cada operário no uso de métodos
no Fredcrick Winslow T3)'1or ( 18$6- 1915). prco• p:idroni,-.ados projetados paro o seu 1rab.1lho.
cupou•st com a eliminação d o desperdício e com o 4. Monitorar o dese-mJ]<11ho do trabalho para g.-i•
aumento da eficiência por meio d;1 difcrcndaç:io ramir que aquilo que foi plancj:tdo foi re-al-
entre os gerentes - que dc,·em pcn~r e definir o mcnte exccu1-:i.do.
método de n;1b.1lho - e ~ trobalhadol'CS - que de-
vem exccurnr o mftodo de trabalho definido pelo
A responsabilidade- pela org;mi7..içdo do trabalho é
g(rente, bem como :t sistem:niiaçâo do trabalho de
cxclu)i,,a dos scrcntcs. ~te:s dcw:m pc•~ e plane•
:imbos. T:aylor prc1cndia >Ubstituir a impro,·is.1.-ç3o e jar. enquanto~ trabalhadores devem apenas C.'(m1•
o empirismo pda ciênci~, no semido de criar uma tar as t:ucfus de acordo com os mémdos definidos
:idrninistraçJo cicmific;.1. Deu enorme impulso à cn• pelos gercmcs.. Compete a~ ç,crentes a dinribuiçjo
gcnh.irfo indlLSnial. Adrun Smith 1º foi seu inspir.1· d:i.s 1'3refas entre os opcr.irios e a elimin.,ç:io de inter•
dor. e Menr)' Ford, 11 o emprt~rio que re\ 0lucio•
1
• Enge,,halía-
• T~ • Ef-
• ESOldOde"'1"!)0Semovi1lenCos · Roc~do•-
• -de•'°'1ho-thebeSlw,y • M,c(plos deadlMis,raçao
• Sal!tio por proooçao • lnc-sabtlals • Espedal~ d o ~
• Cond~ tisicas e am- de 11111>alll0 • ~de--
• PlanejamenloeccrnrolGdal)(OduçlO • E$1UIIOda fac,ga tunona
• COnceilodehomo- • Rocompens,o -
mcndaçóc:s par., a definição de obtt,1i\'OS cla.ros.. orien• A Administrnção Científica foi o primeiro p.asso
t:iç.lo aos opcclrios. gCSf:io com ~1sciça e lisul':.'I, uoifi• para a formaç;\oda atual teoria adminismu i,·3 e tem
(3Ç'.1o de pnx('(lim-cntos. rc..-duçio do d~pc:rdic:io e wdos os defeitos de uma aborJ3gcm pioneira. El:t
prcmiaç.\o 30) trab:tlhadorcs çficicme-s, I.S começou pequena e de baixopar3cima-dosopcrá-
ri0$ p:tra o:, supervisores-do paniC'ular para o geral princfpios gcrnis e universais de administração e en-
- do trab3lho indi,·idual de c;.1da operário- e dentro fotiia,·a que tod:1s as emprC'S.'tS deveriam ser organi•
de um:t "is.,o intcmalizad:a para dC"ntro da (~brico. zacl:ts de uma lÍniet e melhor mancir:1 parn :alcançar
Sem dl'1vida, urna \'i~io paroquial e dcl;llhis1a da ari- cíiciC.:nci:i. Seus 14 princlpios gerni.s de.- adrnini:,;m,-
vid.:tde org.miz.acional. Mas foi o coml"(o. E daí a çâo estão :iprescnt:idos no Quadro J.2.
tc<>ria administr:ui,•a romeçou a disp;,u ar continua- Fayol .aprcgo:1v-a a adoção de princípios gernis
mcmc até che~,r aos concd1os atuais e modernos. de administrnçjo, por meio dos quais os gerentes
1omasscm suas decisões sobre como alcançar :1 má•
xima eficiência possível. Seguidores de f:l)'OI, co·
A Segunda Onda: A Ênfase
mo Gulic-k e Urwick 1' efoboraram seus princípios
na Estrutura Organizacional gerai5 e univer.s:1is de administraçjo par-a :.l homo•
Enqu:uno a Adminis1roç.io Científica de Taylor se geneiz:1ç--lo d:as tardas. abrindo o caminho da de-
concenmwa n:i.s tarefas e na redução dos custos part:.1mcntaliiaç5o na c.stnnura organitacion31. A
das n.ti,·id:tclcs prodmivas. na Europ.1. um grupo panir daí, 3 maior p:mc das grandes empresas pas•
dcSc:m·olvi:1 princípios de administração relaciona• sou a ser di\'i.sion:.llit:1da íuncion311nc:n1c, em de,
dos com a c:,tnuurnçlo das organizações.. :1 ch:am:t· p3r-t-amcmosde m:tnufa tura. ,•rndas, fi n:.rnças etc.
d:t Teorfo Clássica da Adrninism1ç--ão. Enqu:uuo a A grande ,·irada acon1cccu n3 General Motors em
.ibordagcm :.tmcric~ma se baseava no trabalho indi • 1921. quando o nO\'O presidente Alfred Slo:111
,•idual de c.i.da op-er;1rio, a abord:i.gem européia se J r .. " contrariando os princípios clássicos, impôs
basuv:i. na organização como uma tornlid:ade. A um programa de dcsccntralizaçjo da cmprC$3 e de
primcir:i foc.alizava o nh•el operacion:i.l - ond e as profission:1liz.1ç-ão dos seus exccuti,·os. A idéi3 de
rnrcfas ).'ÍO ex«m~,das - e de baixo para dm;1, cn• Slo.,n era dtsccntraliz:1r operações e ccntr.,liz:1r
quanco a segu,,da focafü·...-w a a emprcs:i no ~u con• controles. Em poucos :anos, Sloan tomou a CM a
juntO e de cima para baixo. A scg,inda onda-êní:a· maior empresa do mundo.
se na estrutura organiz:icional - t constituída Por N:.1 cstcir:i do trabalho dt Fa)'ol, o 3meficano Ja•
quatro movimentos sc:p:1rndos: Tcori:i Cl:\ssica, mes Mooncy (1S84 -19S7) criou cambém seus pró•
i\loddo BurO<'d1ico. Teoria Estruturalisra e Tco• prios princípios de adrninistr.i.ç;io: :0
ria Neoclássica. 1. Principio da t.oordcuacão: p:tra dc5rac:.·1r a im-
pon.incfa de se org:.lnit:1r as tarefas e ÍUn\ÕCS
Teoria Clássica da Administração de: uma emprcs.1 cm uma totalidade- coordena•
da. Coordcnaçjo é a ordcnaç:losistcm31ica do
O engenheiro francês Henri Favol ( 184 1-192S)
busc,w;, na mesma éJ,>:2(:'I ª di,•is.1.o do trabalho or• tsfor~o do y upo para ~ rantir unidade ck
açjo na re:1lii;açjo de um:.l missão comum,
ganizacional não na base inferior da organização.
çon10 o foiia Taylor. m3S no seu topo. A empresa 2. Prindpio esealar: p:u.1 idemiÍÍC'!lr a impon.in·
dcveri3 ser di,•idida cm seis íunçôes b:isic:as: pro• eia das cadeias c.scabresou hiedrquicas de su•
~uç~o. fin:1!!_i;as. conr:.lbilid:1dc, vcnd:.ls, pessoal e periorcs e subordinados corno mc:io de inte•
.!q;UQllÇ;). grar o crab.1lho dt diferentes funcionários.
l):1r:i Fayol. :.,dministr:.lr é prc\'cr. org:.lnitar. CO• 3. Princípio {1mdo11al: para .acentuar :1 impor•
m:utd:ir. coordenar e control:i.r. Isso envolve rC$• t-:\nci:t de di\'iSO<'S fu ncionais. como produção.
pc:criv:1mentt a prc\'is.io das. ati\·idadcs fmu ras, or• finanças. cont;tbilidade e comcrci:tlizaç;,o.
ganiz.,ção dos rttu~s da cmpres.1 para permitir a Como o trabalho cm c:id.a área (uncional l di-
implememaçio dos pkmos, coordcna~o e coman• íeremc e ~10 mesmo m npo :.iniculado ::1.0 tr:a•
do da mão-de-obra 11:1 direçJo de:»~1 implemcnmç~o balho de outr."ls Mta.s, o sucesso da empres.1
e controle pela comp3~ç.io cmre os objc1i,·os pia• requer coordenação e laços hierárquicos em-re
ncj:1dos t os resultad()) obtidos. 1• Fayol ado1.wa suas diferentes áreas íunc:lonai.s.
~
Els;\1Elt _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _CAPIM.o
___ 3_
• As_ _ _ _ _e_
Orgonlzaçoos Admlnlsoaç$o
wa_ _ _ __ 67
PRIIICIPIO OESCRIÇÀO
lnleresse Geral Olnleresse dos hdMduos e os da o,oanizaçao dmm ser traia<los com Igual respeito. mo
se polle penrm- que um suplante o outro.
Remuneraçao Opagamento recebido pelOS foocionários deve ser justo e satisfatório. tanto para etes come
para aempresa. Opagamento C1ffl ser proporcional ao desempenho pessoal.
Cenualiz~ Si!Jjfica o grau de retenç.lo de autoooacle pelos gerentes Deve ser utilizada~ os
gerentes precisam de maior controle.
Cadela Escalar Refere-se à linha de ~ i a que se es1ende do gerente mais alto até o subo<dinado mais
Inferior 111etatquicameme. A linha de autoridade acompanha essa cadela e é a rola mais
acleQlr.lda para as coroonlcaçóes.
0-dem TudO em seu clevido lugar. A ordem dM! ser incutida para reduzir o desperdício de
malt~ais e de esforços.
•- d e ~ • ~
• -de~da-
--~-
• Ellâlr<ia orga_,
-~
-~·~
• ~ ger11$cle-nç!O
• Hierarquia
• ~das-
-~
• Coocelo cle llrila e .wr
A Teori:i Cldssic;,1 da Administraçj,o foi o se- rcgr:,1s pJra administr;ir - e pelo modelo de si:;tc-
gundo paS)O paro 3 formação da teoria admini:,;• ma Ícch:ido - a ernprcs., é \'iSualiz.:1da apen:t~ in•
tr:uh•:i. atual. El:l. st ('aractcriza pelo ,,specto pres· tcrnamcmc sem nenhuma prcocupaç;lo com o ~u
critivo e normativo - <ní-ase cm princípi0/1 e em contexto externo.
Componamonto Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO
Percebeu,sc. posteriormcmc. que e.~~.) seis e~• disfunções da burocracia, As disfunções s;.lo dist0r•
racrerístiC:1s podem ser c.•ncontradas em m~1ior ou Ç(k> docmias ou anomalias <le compOnamento que
menor grau nas org."'lnii.1çõcs complexas dC"tenni• conduzem :1 indiciC:nt'ia tão comum em muilas em•
n:mdo diforenu.-s graus de burocra1izaç.io. : 7 prcs.1.> buroc,atiiad-as: os meios trnnsíorm~un•sc em
Essas camc,;erfs1iC1s S;.\o denomina&b dimensões fins. os p.u ticipante-s enfotiiam ca.d:i uma das di-
d:1 burocracia. Com cs.....as dirne1lSÕcs.. o modelo bu• mensões e se esquC1:em dos rcsulmdos e. principal-
r()Crntico proo.1ra iinpor 3 ordem, disciplina e padro- inentc, do obieti\'O m.:1ior da organiz.ação. que (: o
nizaç.io pant lidar com seus membros individu:li.s - cliente que est;\ fora dcb:u
que tmttm imprevistos e dcs,•ios pd:tS su~u diíeren• As disfunções da burocrncia s.-1o as s<.·guimcs:tt
~ indh•idu:.1is - e t.-01u.esuir a previsibilidade do
1. Exagc-r,ulo apego aos r~ulamc-mos. As nor-
romporr.unento da org."lni1.."lçio. E.ss.-u dirnen.sões se
m~lS da organiL.'1\JO - como o horário ou pon•
assenf3m na racion;1lidade do modelo. que é o akan-
c-e d'l m.1xirna eficiência possível. Como m~tra a fi•
w. a assiduidade, o rcmPo de casa - p.-.ssam a
adquirir um \':tlor próprio e imporrnme. inde•
gur:l 3. 1, a :1usênci:.1 ou ~aS)t?. das dimensões: lfjZ a
desordem e confusão, o desperdício e o caos. en•
pendente dos objeti\'OS da org.-ini1.açno e p:ts·
S.'1m a substituí-los gmdativarucmc. Pa.ss.'1m de
quamo o exce.sso das dim<'nSÕh conduz;\ rigidez e
ao mec.--.nici)mO do romport:uncmo org.1nii:.1cional.
meios a fins, e o foncion.Mio ndquire viseiras e
Tod,wi:i. a burocr;1cfa e~tá !>Ujeita a certas anom,,- vh·c cm função delas..
lias de comporcamcnto que comprometem a c-íi- 2. f.xtc-SS,O ,le fom,alismo. Tudo na burocmcia
ciêncfa da organi1,..,çjo. São a~ ch:nnadas disíunçôcs dC\'C ser íormaliiado por tserito. As rc.-gras.
cb burocrncia. A nc:.-cessidide de romrolar as p<.-ssoa.) dcci.$Õc-$ e :I\Ól"S devem ser regis1rndas e doeu•
e o funcíon,,mcmo da organi1,.."1çlo podem prO\'OC.ar mcm-adas por escrito. N:ida se accit-a vcrbal-
ramo as conscqüt?ncfa.s pre\'iSt-:lS por Weber - ~ <li• meme. Daí o caritcr forma l da burocracia. As
mtnsõcs da burocr:u:ia. - como 3.) não previ:i-1as - as comunkaçõc:s ícir~ con:i-ramcmente ~\o subs-
DMs6o dO Tr•NlhO
-_. -_
.......,_.
FalU.de~
_
OESOAOEM
OESPEOOICIO COHSEOÜtNCIAS
c,os
BUROCRACIA
Sb:IMle Sodel l\K:toNI
. ,...,.,...
-
1
•
_, ------
_- ..
~ " -
Ntio~
.,..,__
Ptt<.ie'bold6dt do
..,_
--
l l
~
Mtkw El'ki4ftclt ...
Figura 3.2. O Modolo Burocrático do Wobor.''
tirnídas por formulários e ro1in:~ p:ira preen- u::izcr perigo :'I sua esf3bilidadc e segurança.
chê-los adequadamente. Oaf a neces.sid~1de de Com isso. a mudançn pa~ a ~ r indc.scjj\'cl. E
ó rg.los. como org:.mi:c3çjo e mé1odos, parl :'I medida do possfrcl. o funcionário passa a rc•
criar docurucn1os e formulá rios p:1droni1..1dos si~tir a <1ualquer tipo de mudanç.t que se qucir:i
e ro1ini1,.1r o seu prcenchimcmo. implant-.ir na org:ini1.aç:.,o.
3. f.xusso de f>.'1pel6rio. Talvez seja :i disfunç.lo 5. DtS~r$01talit.aç4o do rr/aciommte11to huma•
mais conhcc;ida da burocracia. Corno todas as 110. Uma das c.uacrerístic:.1$ da organi1,aç;io
ações e procedimentos s.lo feitos p.·ua propor- buroccltica é que da se baseia cm cargos. Os
cionar compro,•açáo e documemação en,•ol- ~ rgos s.'lo permanentes, e ~us ocup;mtes se
"cndo vários p.;micip:rntcs, surgem a duplica- rc\'C7..tm neles com o tempo. A burocracia en•
~º de documeruos.. as cópias paro terceiros e (:uiz:.1 os c:irgos e n:io as pessoas que os ocu•
o excesso de ptipelório. pam. As rel::tçõcsdentro da burocr:'lcia não são
4 . &$;.srlt1cia à.s mudancas. Como rndodt·mro da entre p<.'SSo:is. m;u entre ocupantes de C':lrgos.
burocracia é rotini1..J.do, padronizado, prc"lsw Os funcionirios conhc<X"nt os colegas não pc.-•
com :unecip.,~o. o Ítlnçionário se acosnima a los seus nom1,,.-s p<."SSO:l.is, mas pelos títulos dos
uma total pre\'isibilidade e repetição daquilo cargos que ocupam. Daí a despersonaliz.,ç:lo
que fui. o que pas.&<t a lhc proporcion.:u' uma to~ gr:l.daciv:i do relacion:unento entre os func·io•
ral scgurnrn;a a respeito de ~u futuro na buro- n~riO!> da buroc:r.1c.;!l.
cmci:1. Torn.:,•sc um simples cxecuror d:tS roti• 6 . Categori:a(.JO do relaâouam~1110. A burOCr:t•
nas e pro«"<limcruos. e não preci~'l Pl'nsar de eia se assenta cm uma rígida hicr:trquiz.açJo d:i
m.:mcir:t própria e pessoal Assi,n, quando sur• autoridade. Quem toma decisões em qualquer
ge alguma p<>l>:>ibilidade de mudanç;t dc111ro da simaç:io será aquele que possui a mais dcvad:i
o~mi1..:tç.lo, ccnamemc ~sa mudanç:t pass.'l. a categoria hicclrquiCl, indcpt'ndcntc do seu
)Cr imcrprcrnda pelo funcion:lrio como algo conhc.·dmcmo sobre o assumo. Quein dccide
que ele dcsoonhc-cc e, port:into. algo qL1c pode ~ o que ocupa o p(>StO hicdrquico mais alto.
!!lt """'"'"'"açáo
CAPilvLO 3 •
WEVI~ - -- - - - - - - - - - - - - - ---:::_---''-------'---'---'---'::..: ""o.gan;~ e sua 71
mc.smoquc nada 5.1iba a respeito do problem:1. Com t.'SS:lS disfunções, a eficiência ,·Ji para o cs·
a ser resolvido. Como as decisões burocr3tiC'3s paço. A orgJnii..1ç'io iorna-sc dcmor~da. lcnm, prc•
~1.o rotineiras. elas são documcnrad:b com :i guiçosa, ro1incira, dcs:ar1iculada. retrógrada ccc.
;15sinatura dos 1omadorcs de dt.-cisão nos do· Além <lo mai), o modelo burocr.\tico é adequado
cumentos e formulirios. para ambicmc.s está\'eiS. com poucas mudanças e
7. Superco,rfon1tidadt às rotinas e proctdimcn• alta previsibilidade. O a.spccto permanente e defini•
tos. A burocr:.1c-ia b:asei:a.se cm rotinas(' proct-• tivo da burocracia - ideali,,ado para as cmpn:!,as; do
dimcmos. como meio de garnmir que as pcs- comtçodoséculo XX-começou a mostrar proble·
SO:l.) foçam exarnmrntc aquilo que delas se es- mas de adcqu,1ç.lo e de ajusumemo externo qu;tn•
pcn. A burocrncia exige dcvoç,io c.strita às do as mudanças ainbient:.'lis se i1m:nsiíicar:rn, e se
normas e proccdimentos1 o que as 1r:msforma 1orn.1.r~un mais r-.1pidas. O modelo hurocr.hico. por
cm cois.."b a~luta:. e ~,gradas para o ÍUnÔO· Sér t-sscncialmcntc rígido e conservador. n:io leva
nário. 0-:i.í a rigide-z do c-omportamcmo do bu- cm conta as mudanças. PdocorHrário, ele age como
rocrat:,: o funcionário p:t$$.1 a fazer o csuira- unu barreira monolítica às mudanças. Uma cami-
mente comido nas normas. n:u regras.. nos rc- sa-de-forÇ3 que bloqueia c impt"de o ajus.tamcnto da
gulamemos. nM rotinas e pr<>C't'din,entos im- org."lni:i.1ç:io às mud:.tnças ambicnrnis. O obje1ivo
post0s pela org:.mii.1ção. Esta perde sua ílcxi- b..isico do modelo burocdtico é impor ordem. ori•
bilidadt, pois o íunc-ion.irio restringe-se ao cm-ação, dísciplina e m:umtençio do status quo, ra•
desempenho mínimo. Perde )Ua iniciati,•a, sua 1...io pela qual as suas normas e seus rcgubmemos
• fl>oSde- • Oi!mas d a - ~
• TlposdeaUIOllclacle • Olsfl,nçOeS da boo>coola
• C,,-c!ornocl<lo- , Grau, de ll<Jrocra:ilaçao
• Abordagem cle$Cri1m e e,cilcallva
• ~ adn"inis1ratt.-a
• Conc61odesodedallede~ • -IIClonildea<garizaçao
•- O<o,nilacional'""' amlà · --de~
• Recon-,mal0rtai$es«óal$ • NNdsoro>r/zaoionais
• Cooceilo de llon"om 0 < ~ • OivfflldadeOfV'IW(-
• 1'>ololilas.,. ocganll,ções · ~~
• 1 ~ocgarmclonil · Conlono~
. e.o- O<Ol(izaclon3is • 5allras aO<garizaçao l>KOCr.ioca
for:.1 e tr:.lll:iJ)Or a., fromeira!'> da organi1..1ç.\o. Perce• mt'(Ou a surgir a panir da dk::u.l:i de 1950, quando
beu•sc que vi\·tmos cm um:. sociedade de org~rniz.:i- surgiu :.1 Tcori.1 Neocl:tssica da Administr:tç.\o. uma
çõcs e que existe uma intcrdepcndênci:., cfo o rg.1ni- reaíirmaç:io dos princípios clássicos devi&,mcme
z.1çào corn as demais outras que cons1irnem seu :lm• atualizados e redimensionados paro sua éJ>0(':1.. mas
J-,Jeme externo. Os hori1.omes da tcori:1 adminis1ra- sem ser cx:tgcradamentc prcscritiva e normati,•a. É
tiva começ1r:un a se ampliar e a )e projer:tr t"Xterna• também denominada Escola do Processo Adminis•
me,ue pam fora tia organi2.1ç~o. Dcix;w:i•sc dt lado 1rati\'O pelo foto de oonc,·irnar a administração das
o catecismo pre.scri1ivo e norm~nivo e pania-sc para organii.iç<X.-s como um proce»o cíclico e contínuo
urn:i vi~o cxplica1iv:.1 e descri1iv:.1 das organizações que comporta qua1ro funções ~,dmi11is1r:ui,•as:
e dc su~1 adminis1rnçJo com um cunho marc~1da•
mente crítico. Pcb primeira vez, uma cendi-ncia in• 1. Plantjam,•1110: é 3 (~ do processo admi1ÜS•
u.-sradora de juncar teorias apare1neinente co,uradi- trarivo que csrnbdecc os objc1i"os a strem 31-
tórias - como a Tc:.-oria Clá:ioSica e :.1 Escob dali Rcb- cançados e identifica as açõc~ nece~)áriM p:a•
çõc:.~ HumM1as c seus respc<:1i\'OS conceitos - para rn atingir tais oht{"ti\'OS. O csr.1belc-cimtn10 ck
um:1 ~,bord,gcm mais ampla.n ohjeth·os é ícito de 1113neira integrada e dcno•
minada \'isáo de íuturo da organizaçio.
Teoria Neoclássica da Administração 2. Orga11haf4o: é a fase do processo adininis1ra-
Até aqui. a teoria administrativa ensinava as regr.1.s e 1ivo que define ~1 di\'iSlô do trab.1lho org.,niz.,.
prind1>ios unh·crsais sobre como lidar ,·om a ccnc- cional a ser ícito por meio de tarefas de ó~os
za e com a prc\'i)ibilidadc. A grande mudança co - ou ,:argos (diícrcnciaçJo) e cuida da coordc-
~
ELSEVIER _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPITUlO
_ _ _3__ ...:,__ _;__
• As Orgar-,oçóes e_ _ _ _..:..,_
Adm;nisu~ "'ª 73
naç.ão (imegrnção) dos c-sforços p:1r.1 garantir Cada org:.1nii:1ção é con.sidernda simultaneamcn·
o alcance do 1nopósico dtscj.1do. te M>h o J>Onto de ,·ista de cíidêncfa <: de cfic.icfo.
3 . Dire(do: é a fase do processo :1dminis1ra1Í\'O Eíie;iênc·ia é uma medida de milii.1ç.io dos recursos
que coordena e converge os esforços de codas disponi,·eis. É uma relação cnire custos e benefí•
3S pc55()as p:lrn g.1ran1ir que elas desempe- ci0$, entre entradas e saídas. A dkiência p rccxu·
nhem suas tarefas dt modo :1 akJnçar os obie• pa•se rom os meios, métodos e procc.-dimcntos mais
th·os org;mit.'lcionai.s com suc<.~S<.>. Algun~ au• indic~,dos que prccis.1111 ser dcvidarncn1e planejados
tores 1rat:1111 csm íunç:\o corno lidc.·r;'lnça 113 e org:.rnii.1dos a fim de assegurar 3 otimii.1çáo cfa
organização. u1ilii.1ção dos recursos disponivtis. A cficlcia é uma
4. Comrole: é a fase do processo ;_1dminis1r;ui- medida dt alcance de rcsulrndos. Mede o succ»o da
vo que monit0r,1 o desempenho. compar-:\n• org.1nii.1Ç'30 no atingiment<.> de seus ohjeth·os. Em
do os r,--sult:1dos com os objetâ,·os propostos termos eco nómicos. a cíidci:l de uma org.1niz:.1Ç30
e :.tssmnindo açôc-s corrc1i,•:1s quando neces- se rdrre asu:i c~1p:icidadc de s:uisfoicr u ma necessi-
dade da sociedade por meio do forneci mento de
sárias.
seus prodmos (bens ou serviços). A didcia <.-St'á vol•
Assim. cm wdos os ní\'eis da organi1,..1çlo - S<ja ,~1da p:ira o ak:um.- dos obje1ivos visados. A medida
na presidência. na dirc:ç...io. na gerência ou n:t super• que o administrador st preocupa em fazer correm·
vi.s.'lo - o trabalho do administrador consiste cm 1ne11te as coisas.. ele se \'Olm para a eficiência - me•
planej;1.r, org.rnil.3r, dirigir e comrolar os recursos lho r miliuçlo <lo) recursos disponíveis. Porém,
no sentido de ak:mç:ir objetivos e resultados p.1m a qu~rndo ele se preocupa em alcançar objetivos. cs1á
org.·mii:iç.ão. Na verdade. o administrador ak:111Ç3 se ,·oltando para a cíiclci:l.
rais objeri,·o:. e rc:.-sultados 11:\0 ptlo seu 1rab:1lho in• Embor:.l paradoxal css.1 dupla <>ricm.,ç-.io )imu!t!I·
dividual. mas pelo 1r~1b3Jho conjugado e coordena• ne:.1 - c(tciência e cíiclcia -, d~1 <..-Ol'ISl:itui fator de SU(CS·
do d:i.s pessoas que trabalh~1m sob sua dircç\o. so para :lS org.,,.11i'l.JÇÕCS, do poni:o de vism ncocHssico.
Pl.aM Jlmtnto
• Definindo-
·- -
• Criando osert~ pata
eOngio.,.
deaç6o
·- -- Controle Organlzaç.io
Fu~6e• • OMdodotfabaho
• Oesignaç6ode peisoes
·--"°"
• Avallatldo rtMIIOos AdmlnlstratJvat
• Co,olgl'<IO- • Ak>ceçlO de rOCl.#10$
• Dandc> reloíQO P0$llNO
Direção
-eom.........-
• Inspirando~
• Oirigr<jo-ÇOO
• Udtr#ldO PtSSOIS
::=====Ef=
lc= clo====='I~=====El=
lé=n= lc=
k=I=
•====:
·-- ·- -
• Fpe, co«olam0n10 as coa,., • Fazer aJ coisas certas
• Proomo adn'inisntM>
. -•poder
• Espec~ • 1\,osdeo,ganlzaçllo
• Hier3IQláa • r.,.,. de depwmenlaizaçao
• Adtmi$11açlo JJ0f oc,je1ivos (APO) • R....,..,.,,... ""'1ais
A Teorb Neoclássica trouxe também a chamada ficou uma rt\'Olução dentro das empresas: a ênfase
1\dminisu açio por Objc1ivos (APO).J,,& A idéia tra nos fins e nos objeci\'OS e não mais nos meios e mé-
enfotiiar n.ão os meios ou métodos. mas os objeti\'OS todos de 1r:ibalho.
:1 serem alC':lnçados pela org;.,nização. A APO signi•
!!
El.5E\1ER _ _ _ _ __ _ _ _ _ __ _ _ _CAPITULO
__ _3_ _O<galllzaçóeo
• As ....;,_ _ _ _ _Admi,.,.,açâo
e $Ua __ __ 75
A PLUG•ON
A pt.-squi>o'l de Hawthornc comc.-çou cm 1924 na Í-;\•
bric-a. da Westcrn Elcctric em Hawthorne. nas pro·
ÃIJ ostudar a Teorla da Admlnl1traçlo em seus primór- xi midade:;; de Chicago, Illinois. Foi um.a das primei•
dios, Pe<lro Menendez aprendeu t<>b1t t1icl•n-c:la eefi- ms 1ent-:nivas de utilizar 1écnic:.1.) ciemíficas para
c&ela. produtMdado, ettmlnaçio de despordiclos, ot• examinar o compomuncnto humano no tl'3b:,1lho.Js
trutura organtzac.lonal, departamentallz.aç.Ao e outros A pcsqui~-. foi dese1wolvid:,1 cm m:-s crnpas e avaliou
conceitos lmport.antoa rolac.lonados com a tarefa e et--
os ef~itos de várias condições ÍÍ)ic.ts e práticas gc•
trutura. Tudo Isso pode aju<fá•IO ti Otganlur melhor a
renci:ais sobre :a eficiência no local de trabalho. O
Plug•On e obter resultados melhorH com os recursos
Q uadro J.7 d;\ 0 111:1 idéi:l gcr:tl d-as três etapa) da ex•
atualmentt d lsponivels. Mas Menendez acro<tít8 que
ptriência de Hawthorne.
todos esses conceitos epenas tomam melhor o em•
Apesar das cvidentés debilidades nos mét0dos e
preu naquilo quo ola J6 tom. Para ele, há um mocanl•
1écnic:.i.s adotados. a experiência de H:1wthorne
cismo típloo de 1Jstema1 feeh1do1 em todos esses
mostrou que mud:mças no pagamento de inccnii•
conceitos. O que vod acha? •
vos s..1lariais. nas tarefas exccut:-.d3.5, nos períodos
de dc.-scanso e no horário de crnb:.lho provocam
1ndhorias de prodmivid:.de que for:.m inici:-.lmen·
A Terceira Onda: A Ênfase l C :itribuídm,;; aos c:íeitos do fotor humano.1' Além
2. lt te:stede~
der~
$rr4)11ficaçao c!O - ·- tr-
ele mais
"""'· pausas pata desconso. SUl)eMSIO - ·
pa-0<1elncer<ivossaJa,lals
lodosOSnivelsde-
Al.menloda~em30
·~
..,.,_dal)(OOOIMdadeem
-~
mal$31TÍ$10S3
3. ~ d e - e-...,com todos os lundooanos pa,i CX)nheCft Oesoobe<ladap,ese,,çadenonnas
lnlormais d e ~
76 Comportamonto Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATO
TEORIA X TEORIA Y
5.
··~A maiofla das pessoas IJ)(eodea liuSCar ea accilas
lmaginaçao.- .- ·--
""'""',_qualidade$ na sollçao d0$ problemas
oroanlzacionals sao dis_, ercre as pessoa~
St.•gundo C».'lli premi~-.s.. a tarefa dos gcrcmcs se modelos para aliccrçir seus trabalhos d e consuh o-
to rna complct:unena· difercmc, no Quad ro J . 10. rfa com base m1 abordagcrn coinportamenral.
Não rardou p~u a q ue surgissem nO\'as p roposi-
ções sobre a motivação human;1. •
A Quarta Onda: A Enfase
/'I. laslow e Hcrt.berg - que c$tudarcmos adi:inte no
Clpftulo sobre motivitçâo - dc:.envol\'cram 1eorias
no Ambiente
sobrc- motivação no tr:tbalho. Aos poucos. a 1eori:I A ênfosc no ambiente surgiu com a abordagem dos
oornpon a mental mudou toralmcme a ,onfiguraçlo sis1emas abertos nos anos 60. A org:.niz..iç.io é um
da teoria :.1dminiStra1iva. Em vez de estrutura org.-ini• sis.tema - um conjun10 irucgr:ulo de clemcrnos in-
7...lcion~d, dcpan:.me111ali1A1ç:io. mbodos e processos.. tcr-rclac-io,,ados para alcançar determinados obje1i-
o enfoque pl»ou para ~pectos hum:mos e sociais vos - 1..·m constam e i1n craç~o com seu ambiemc ex-
c-omo lidcr:.'l 1)ÇI, comunic.1çio. mocivaç,:lo. grupos e terno. A p:m ir d:ií, passou-se a considerar o am•
equipe~ cultur.1 e clima organiz.1donaJ. bicnie externo - tudo o que cnvoh·e externamente
Recc111emcnte, cmb..,bdo por esses no\·os concd· urna org;rnizaç:io - em contraposiç.io ao ambiente
tos, surgiu o movimemo do Dcscrwolvimcnm Or- imemo - mais pro pri:u nen1c deno min:1d o cultura
ganiucional (DO) no sentido de criar e dc..-scm•o h·er org:.rniwcional e q ue scd discu1·ido mais adiante. O
modelos d e mudanÇ\ organiiadonal planejada para passo fundam ental para isso foi a inc-lu~o da Teorla
possibili1:.r a rápida adequação das empresas js di• d e Si.s1cmas e o posterior surgimemo da Teoria da
nl mic-as d crnand.a:;; do mundo moderno:º O DO Contingência na teo ria :.1 dminist rati,·a.'"
surgiu repe111in:unc111e graças ao tr.1balho de con- As primeirns noções de ambien1e 5'.urgir:.un co m
sultores org~rnizacio nai~ p reocupados cm definir Einery e Trisc•.s que desc,wolveram :1 id ~ia d e q ue o
Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO El.$EVIER
71
TEORIA X TEORIA Y
·~ • -ele--
• -ele~
• $i$1emas ele ~
• Concelode ~ ·
• Processo deCi:sorial
·-~
• Tipos de l)Ol1iC)lpantes
e CASO DE APOIO
A PLUG-ON
Pedro Menendoz percebeu que ospoetos estruturais do sous princ.lpal$ oxecutJ..,os .. é fundamental para
são Importantes pera sua empresa a llm de garantir- conduzir as pessoas para o comlnhO dO sucesso da
lho a plataforma básica p.ara suH operações cotidia- sua empresa. Tudo é uma questão de comportamento.
nas. Mas, como diretor-presidente da Plug-On, Mo- Significa criar condições para a colaboração e coo~
nendez s.abe que precisa der uma torça às pessoas. ração Irrestritas das pessoas que trabalham consigo.
Sabe que seu oatilo de administração .. bem como o Como ta_iê--lo? •
1!1111
~
CAPfrulO 3 • As Organizaçóe$ e sua AdminiiMraçào
-------=-----....:.---'-
79
l!LSIMER
ambiente que ciramda a org.1nizaçâo é a origem dos T coria Geral de Sistemas (fCS) parn nortear a imc•
rec-ursos necessários e. ao mesmo tempo. o destino mç.:lo e o desenvolvimento ordenado d.u ciências..tt
dos produtos a~b:ados. ~fais do que isso, fonte de Em a busca do globalismo no campo ciemífico. Não
oponunidadcs e fome dt :amC-:lças. Dentro dessa t:trdoo para que 3 TGS logo chcg."\SSC à adminiscr.1•
conccP<-to, :a sobrevivência organizacional depende ção. O aporte da Teoria de Sistemas trouxe uma ver•
da pé:rce~o dos ;1;mbicntcs e do aju)mmento is <ladeira revolução na Adrninistrnçio, de-:sl<>eando :.1
suas demandas. 1\ss.im, conhecc-r os ambientes e visão intcrnali~d:t para uma vi.s.'io n,:.ais ampla e
sua$ demandas permite melhorar essa percepç!io e :ibr;mgcntc. O ponto (oc;l_J de c:,tudo mudou r:adiC:31·
ajusta.iuemo. Cada org.,niz:tç.io responde de modo 1nen1e. De rcpe:mc. a tc..-oria adminiStr:uh-a tornou•~
diferente às diícrclltts condiçõeS ambic,uais cxis- cxcro,,ers.-. no estudo das organizações. As fronteiras
tcmc:s. EsS3 idé-ia connitui a b."LSC dos principais mo• da organiiaç..io íornm ultrap:assadas e o ambiente ex•
<leios de comport3mcmo macroorg:anizacio,'-ll e stS· ,crno passou :a ser consider.ado o condicion:ame bís.i•
tê-mico que veremos a seguir, co do format0 e do compomuncmo organii.1cionaJ.
O ambiente pode ser simples.. quando comp()S{o lnvene-u•SC a vemmtc do t'$tudo organizacion.al: ao
de pot1cas panes constituintes. como fornecedores, ilwés de C$tud.ar as org..1.niZ.'lÇÓC$ no seu interior, prc•
clientes e concorrentes. É o caso de mn pono de g."t· fe riu-se cstud.ar as organizações de for:i. par:.1 dentro,
solina que atu .1 cm um 00111cx10 simples e fácil de co• isto é. p.·trtindo do ambiente parn dentro delas. Do
nhe«r. Solicit-:1. matéria-prima de um (micodinribui• elemt'1HO maior e condicionador rumo ao demento
dor de combusd\'el, comercializa qua~ que cxdusi• menor e condicio,1..ado. Da ,,ari4vd inde-pcndcme
\'amcntt com clícntC!> que querem comprar gasolina para :.l vari;i,•d dc-p,endente. Afinal, o :unbiente é
ou lubrificnmcs par3 seus carros e prcci~ estar :uen- constituído por 001ras organi7..açôes.
co às atividades com~titi\·as de outros postos da rc~ Urn sistema é um conjumo de ckmemos dinamica•
dondct..i. Mas o ambieme pode )Cr \'asw e c-ornplc- mente rdxionados, fomundo unl.1 atividade JXU'3
xo. É o cai>O de fabricantes de automóveis - como a atingir um objetivo. operando solm:: d;idos/energ.ia/
Vol~wngcn, General Motors ou Ford -, que in· matéri.a par.1 fornecer infom1açóeYcncrgial'n1:néria.,..,
clucm um enorme mímero de fornecedores. muitos Os dcmemos «>nMitucm as p.1.rtes ou órg.l<h que
tipos difcrc111cs de clientes e im'1meros concorrentes compõem o si){ema e são denominados subsistem:\.).
nacion:iis e c..~1r.1ngeiros. Qu:ando o ambiente é com• Os sistemas podem sc-r físicos ou concretos (hardtw•
pkxo, asorganiz.1ÇÕCS 1êm dificuldWcs cm comprccn• re) ou poden1 ser abstr.atos e oon«iruais (so{lwar,:).
dê-lo e imerpreti-lo adl-qu:1.d:amc111c.•1 Podem :,er fochados (ou mecinicos e com relações co-
nhecicL-is com o meio extemo) ou aben:os (cm contí•
nua imcração con\ o arnbicme que csc:tpa da com-
Teoria de Sistemas
prtt1\s.\o). Além disso. o sisccnl.'l pode ser rcprC$Cnta•
Pouco ames. ll3S décadas de 1950 e 1960. um biólo- do por modelos. .Modek> é urna rt"presrmaç.\osimpli-
go chamado Benakulff)' lanç.iva as bases de uma fK'3d:I de um $i:,tcma ou de p3.nc da r~1lid:;idc.
~-C!O-O!o,ni2ad0NI ~ :lliSlOQIOb,lehols1lca
- •_ , ~ CIO IOC!O ,,.,,_silllôco: O"'1ema ccmopw de umsi$1emamalor
-.Relaçlo"'°"de.....,...•eleilo T ~: Osislem.lcomo-QIOb,lellrlclonolemM<ade
Qbie1Ml$•-
Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO EL'iEVIF.R
AMBIENTE
/
Insumos Produtos
·-·-
• Ma16r\as-l)ltn,as Tran.slorma,ç.ào
.• Processos Q«WICIClio
'
Rwooçio (F_....,
dente de intcrdmbio de energia e as rel:lc;õts extensão ern qut toda.s as fo rmas de rendi-
enm: :1s pMH·s con1inuam os mesmos apesar mento para a org.1ni1..1ç:'to s:io ma_ximi:,,adas, o
d:is variações que ocorrem externamente no que é determinado pela oombin.:1ção da cÍI•
ambiente. ciência da org;.1niiaç-:\o e seu êxito em obter
3. Di/erenâaçdo. Como todo sistema aberto, :., condições ,•ant:.1jos.:1s ou entradas de que nc•
organii.1ç5o tende à difcrc-ncfação. isto é, :) cessita. A eficiência busca incremcntos por
multiplicação e elaboração de funções. <> <1uc meio de soluções técnic:.ts e cconômkas, cn•
lhe 1raz t:tm~rn muhiplicaçjo dc- papéis e di• qu.:11110 :.1 eticlcia procura a ma.ximiiaç;ão do
forcncfaçào interna. rcndimcmo para a organização. por meios
4 . éqfii{i11alidadc. O ~isterna abeno pode alc:m• técnicos e econômicos {cfidénáa) e por meios
çu, por uma \'.1.titd.adc de caminhos, o mesmo políticos (não-econ6111icos).
esrndo final p.1rtindo de difcrcnu.-s condições 8. Org,miuzrà<> tomo ""' sisJema de papéis. Pa-
iniciais. A medida que os siMcma-s abertos de- pel é um conjunto de aii"idades solic-itadas de
:.cn\'olwm mcanismos regul.at6rios (homcos• uma pesso.1 que oc-up;a um:.t dctcrmi,~ada posi-
r-Jsia) ir.ira regular suas operações, a quamida- ção cm um:1 organiz.:1ç~o. A org:rniuÇjo pode
dc de cqi.iiíinalidadc pode ser reduz.ida. Porém. ser considerada como consistindo de papéis
3 tqüifinalid:,de pcnnant-cc: existe mais de um ou aglomerados de ati\'idadcs esperadas das
modo de o siStema produzir um de-1crmin:1do pessoas e de conjuntos de p:tpéis ou de grupos
rcsulrndo, ou sq.'l, c.xi:Stc mais de um caminho p.'l• quê.' sr superpõem. cada qual formado de pes-
r:.1 a consca.1Çlo de um objetivo. O estado C'Stá· soas que têm t:1is cxpec1-:11i\'as quanto a um dc-
\'d Pode ser atingido a panir de condiçÕé."-S ini- n:rminado indi,•íduo. A organiz..1Ç'!io é uma es-
ciais diícremcs e por meio de meio:. diícrcmcs. 1rurnra de papéis. Melhor dizendo, um si.stc•
5. Limites 011 /ro,ztefras. Corno sistemas abcnos,
ma de papéis.
asorg.1niz..1çõcs apresentam limite~ ou frontei-
ras, isto é, barreiras cmre o sistema e o am- A Teoria de Sistemas mossrou daramcme o bru•
biente. Os limites ou fronteiras definem a tS· t:tl roníronro entre abord:igcns de sistema fechado
ícr:.1 de açõo do sis1cm:.1, bem como o seu grau - como :.1 Teori:1 Clássica e o Modelo Burocrárico-
de :ibcnur:.1 cm relação ao ambiente. abordagtns de sistema abcno - como a Teoria da
Comingênda. De um Indo. enfoques rísidos e me-•
6. Cultura e dima org_tmi:aâo11al. Toda organi•
canís1kos e, de ou1ro. enfoq ues flexíveis e adtipt:i•
iaç:io cri:. sua própria cultura com seus pró·
veis às circunstâncias ambient::'liS.
prios 1'3bus1 costumes e usos. A colrnrn do sis•
A Teoria de Sistemas abriu as ponas para no,·a.s
tema rcíle,c as normas e os valores do sistema
:1bordagcns cm :idministraç!io e para uma vis:.lo
forma l, a sua rci111crprc1:.1çlo no sistema infor-
mais ampfo e :ibr:.mgeruc das organii.a\óes.
mtil, bem como as disputas intcrn:tS e externas
dos membros da org.1niz:1ção. seus processos
de 1rab31ho e diStribuiç:io (fsíc-a, as rnodalid:1- Teoria da Contingência
dcs de comunirnç:io e o exercício da au1orida- Em 196 1, Bu rns e St:.1 lkcr1 dois sociólogos indus•
dc dentro do sistema. triais ingleses, pesquis~muu vime indústrias p:1ra
7. E/idittda e cficdâa orga11hado,u1I. A d icién• verificar a rdaçáo entre as pd tic-as administr:11i•
eia org.1.nizacional rdere-sc :.10 quanto de cn• va.s e o ambiente cx1erno que .:is crwolve.5 ' Fica•
trada de uma org.1niz:.1ç:io r(."juh-1 como pro• ram impressionados com os diferen tes métodos e
duto e qu.:imo dela(: absor"ido pclo $iStema. A procedimentos :idminisu:.11ivos encontrados e
eficiência relaciona-se com a nccc:ssidadc de classificaram as indúsnias pcsquis~1das em dois ti•
sobre\'i,·ência da organizaçâo. ror outro lado. pos: organiz.,çôcs mceanísticas e organizações or-
a cíiclcia org.1nizacional relaciona-se com a gânicas.
12 Comportemen10 Organlzaçlonal • IOAUERfO CHIAVENATO f.LSEVIER
• - d e - · salda • -
·--
• Pe,q.iso 0p<t"10nal (PO)
• f,pos. ~ de -
• conc.llodecalQnegra • Ab0rcllgem-
• eonc..o de lnlonn,çao ere,roaçao • -se-da$~
• -de- • Coocdlode "°"""' klnclonal
• Nov•~Olv,nlz>clonal
• lnàoclJç.locll IIJ10maÇlo· -
• Abo<dogem e,i,llcaliva • - • • Concdlode - ·
- ·- ..~-
Aul- BaseacllnaNefatQulaeno'°""""° 8a5eaOi noconhed'nenlo enaCXWlSu11a
...,fliR)C>
- ..
DosemodeC,,IIOS
-
~
~..._
Amblenle Fmme!
V-efom\Ols
Re!J»•~os-por
-1'>i<oscllTeoo,Cllsslca
•inw""',,... ~
Estiffl, lmrtâvelepim,anen<e
- ·"'"""
_ _ _ ,..COOU'icações
Concluíram que as organiz.,çÕC':> m«-.tní~tiC'ls s.io adminbtr.tti,·as. A diíercnciaç.io rCÍ<'rC•)C" ::'I di,·i,.io
aproprfadas par;1 condições :.uubicmais t'$T:Í\'CÍS e da org;.rniiaç.io cm subsis1em.1s ou depanamcmos..
pcrmantntes. cnqu~llltO :as org.111iz.1çóc-s org;.\nicas c:Jd3 q ual d<'stmpcnh:mdo um:i rnr<'fo t.~pccialiuda
lido mail, adcqu.1d;is para condiç(K~ ambientai:) de cm um cont('XtO :imbicmal rambém espccfali:t.1do.
mud:mç:a e ino,·:aç,.lo. Cada subsistema ou dcpartamc,no tent.le 3 rtagir
~fois 1arde, na déc.,d:i de 1970. Llwrrncc e uniromcnte àquela pane do ambicn1c que é rcle-
Lon.ch publicar., m os resultados de )U:.l pc,quisa so· \~nte para a s:u~, rnrcfa cspc:ci:1lii.1d.1. ,\ medida que
brc o :ambiente de org.1nizaçõc-s provoc3ndo o sur• os a.mbie1Ht.'S específicos diferirem quan10 às de-
sirnemo da T('oria d., Continsência.·u Conduír.,m manda) que foum à organização. :>urgirão na cs1ru-
que as crnprcs..'lS u1ili7.a.m dois m1."<'.anismos básicos rnra e n:t :1bord.1gcm miliiad;1 pelos dcp:maincmos.
de funclona,nento: a <lifore11cia~.lo e a in1cgraÇUo Do ambiemc s,eral emcrgcrn a.mbicme) c:>pecífico).
~
lil.5EVIF.R _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPITULO
_ _ _3_• _
As _ ____
Otga~ e_
$U&_ _ _ __
Admlnlslração 113
a cada qu3I correspondendo um ~ubsistema ou de• 1...1cional e passou rnmbém a incluir o foco no crcsci-
parmmento da. org;ini~\o. A intcgraç;\o refere-se ao memo C' na sobrcvivê-nci~, das org.1ni1..1ções em um
processo oposto. íi,ro é. ao processo gt"rad-0 pôr prcs• meio ambiente cresccmememe mmi\'cl, Além do
sões: ,•ind.;'I.S do ambitme çer.U da organiz.1.çio no scn• m:,1is. a Teoria da Contingência incumbiu-se da
cido de :.dcanç:u unidade de c..~·forços e coordenação ad:1.pt-aç.\o :1.mbicm-:1I d:t teori:t adminis1r:tti\':t: tudo
emre os ,>ãrios subsis.enus ou dt>panasncntos. Assim. é rclat1\•o. nido é conting<'nte, nada ~ absoluto. t
ambos os CStados - diferenciação e imegrnçâo - ~o não existe uma única e exdusi,1:1 melhor m:rncira de
opostos e 3.r1mgónicos: quanto mais difertnciada é admini.sirar ou de organiur. Tudo depende das
um.1. org.1.niz.1çjo, mais difícil é a soluç.'lo de vo1uos de condiçõc."S do ro,uexto ambiental no qual as empre·
vi.sra conílitames dos subsis:ttm.as ou dtp.1n.:.uncmos e ~s vi"cm e operam. E as C"mpre!t-'IS- como sistemas
a olncn,çáo de colaboraç.\o e imegrnçi<> cícriva. À me• abC'rtos - s.;o dependentes do incio ambiente tanto
di<L-, que :1.) org:mi1.:1çõcs crC"SCem de- tama1,ho, difc• para suas entr.,das como para suas s.1ídas. As em•
rendam-se em p.1nes. e o íuncionamemo dC$S."LS p.tr· presas bC'n1-S-1.1cedid;as s.1· 0 aquelas que aprendem a
tcs scpar-.1<fas 1cm de )tr imegrndo pa.ra que o siSttnu adap1ar•se :\s dcm:rndas ambientais. s.1bcndo explo-
inteiro seja ,·ü\·cl. Contudo. as Org.lniz.,çõcs que mais rar as OPortunidadd e esqui\':l.r•S<.' das amcaç.u que
se :,proximam d.u car.1ctcrí.s1icas de diftrerlC'iaç-ào e pro"ém do ambiente que as circunda. As empresas
inttgraç-jo que são requericLu pelo ambiente serão as que não aprendem a :tdapi.tr•St 3 de téndt"m a dt"S."l•
m;,1,issujeims ao sucesso do que aquelas que se.- afast:1111 parecer, corno se houvesse um:. sclt.-çio natural das
muito ddas.S6 Assim, par:i emc:-n<ler um~1 org:.milaçlo. espécies org.,nizacionais. Sabemos hoje que a teoria
deve-se ames de tudo comprttnder o ambicmc que a t"volucio1,ista csf3 sendo confrom:.u;la com :t dt'SCO·
circunda t" c1wolw:. bcrrn de drásticas e repentinas mudruiç:as n:as t-Spé•
A .ibord~cm contingencial é ba)iC":lmente :1br:u1• cies como rea\lo adapr:ni,•~ ao 111cio ambiente. 1\
g<'nte e int<"gtativn no semido de m:uucr o foco in- evolução foi muito mai.s r.1dicnl e descontínua do
terno 11:1.s t:1rd,1S. nas pc:s:>00.s e na C.)trmurn org.mi• que pre~\\'a :t doutrina darwiniana.
........ _...,_
....._.
_.,,.,,_
lncortez.a moctorodamonto ella: Etovada Incerteza
__
P<:luoos SUt#Sletl\Q.
~ il'lltQr~.
.._,
muita W.e,gre,o6o•
•delecA~dePQIU
--· __
IOCOrtOU t>&lxa:
._...
lncertou moderadamente baixa
.._.............
--· ---
Mui1os ~
Poucodcfe1~e MI.Ata dilotencleç6o.
COmploxld&de ambiental
que :1.s mudanç:ls não s:lo m:tis linc:1.rcs ou scqücn• meme nO\'O, Os ciclos em que o mundo viveu no
.- .... -.çao
• C<ir«ilodeo,ga,11zaçao
• Si"'"'3Sme<lnic0$•~
·-•~--
--~-m,-• Estrum
• -de- • ~ç<lo por eq.,lpes
• TlpOl)gia$de-• • Al>ol<IOgeflSemrecles
• !mse .. iecnoloQia • Colw:eiloclehomem-
---~
--
• Til)(IIOgios de lecnol",I~
• l.lldMça~
• -
• -
-~-
~ ele molivaçao
~ de liderança
•Alloldogelll-••~
111(11 CAPituLO 3 • As Organizações e sua Adm~istração n
~
WEVlER
- - - -----'---
Or~f',ormal
T.orlaCl6~
_..,_ .......~·-
Otgt,1'11UIÇ6o tmormel
T.otll ~ , . . . t a l
Diln6mka dt OI\IPO
T.otla dn O.Ctt6et
Ea1'1ot 6- Admlnl~
Mu d . . - . ~ l o n a l ~
~da~la }[=....:;::.. }
Figura 3. 7. As Principais Teor/os AdmfnistrstivtJS e sous Entoques.t.•
p~"'Sado íornm rodos determinados por arividadcs pativ-a p.ua ob1er excelên<il na qualidade dos
económicas diícrcntc.'$- como agricuhura. indústria produ1os e serviços :.1 p:irtir das pcssoasl'
e, agor:1. informação. 2. Qualidade rotai. Enqua1110 a rntlhoria contí•
A Ern d:t Informação csd rr:ncndo mudança nua é aplicl\'el no nh•d oper:.1cional. a quali•
crcsccmcmcmc vc:loi e profuml:t. A iníluência da Jade 101:al <.'Stcnde o concei10 de qualidade
cccnologia da informação (fl) - o casamcmo do para toda a org:.rniiaçlo~ abrangendo todos os
compu1ador com a tclC\'i.s.'lo c,.• as rclccommlica\ÕCS nivci1> org;miiacio11:.1is. desde o pcSS0.11 de ts•
- que inv.1dc a vida das organi'Z.1\ÕC'S e d:ts pessoas critório e do chão da í1brica a1f a c(1pul:a. cm
est~l provoc:mdo profundas tr:.1nsfonnaçõcs. Além urn c1woh-imcnto 101al. Como a melhoria con·
do mab. soluçóts emergentes como: 1ínua. :.1 qualidade 101al é uma técnica incre·
mental par:l se obter excelência cm qualidade
1. Melhoria conlfm,a. É llllU t&-nica de mudanç.1 dos produ10~ e procc.-ssos. O objcti\'0 f fazer
org.1niiacio1ul :,u:l\'e e contínua centrada nas acré~imos de \'ator continuamente.'°
3tividadi..~ cm grupo das pcsso.1s. Vi)..'1 :'I quali- 3. Rec11g~11/,,1ria. Foi uma rca\.âO ao colossal
dade de» produtos e .serviços dcmro de progrJ• abismo cxi1,tentc entre as mudanç:1.ç ambien•
mas a longo prazo que prÍ\'ilc:gi:un a melhoria t.1i:, vdoz.<.'S e imensas e a torai in.1bilidadc das
gradual e pas.iô a passo por meio da imcn.siv:1 org.1.nizaçõc:s cm ajustar-se ~, css:as nmd:1111,"as.
colaboração e participaç\o das ~ - Tr.t• A reengenharia si,gniíica faz.cr uma nova e di•
ta•SC de uma :.1bord.1gem incremem3f e panici- fcn•ntc cngc11haria d:1 c:,irutura org.1niiacio•
Comportamento Organizacional • IDALBERTO CHIAVEHATO EL.5EVI F.R
"
n:11. Rcprcscnm uma tOr:tl reconstrução e não Teoria do Caos
simplesmenu.· uma reforma. total ou parcial da
c~1os é uma p:ila,•ra 1radicionalmentc associada a
cmprcs.-i. A reengenharia se baseia nos proces•
dC$0rdem. Na ciência moderna, caos signifiai uma
sos <mprc..-s:triais horizontais que cruzam as di-
ordem mascarnda de alea1oriedadc. O que- parece
vcrs.1s írontcims departamenrnis p.1ra chc..-g.·u
c-1ótico ~. na verdade. o prO<luto s:ublirnin:ir. no
:ué o cliente. Ela se íund:um•nta cm quatro pa•
qu:il pequenas pcr1urbações Podem CHIS,jr grandr-.s
1:wras: é fundamcm::il. radícal, ddstiC3 e íoca-
efeitos dc\'ido a não-linearidade do uni,•erso. O cs•
lit.'l processos e não funções ou t:,ucfas."
cado de equilíbrio. o determinismo e a cnus;_didade
4. lknchmarki11g. É um processo contínuo de
linears.ão casos mui10 singulares e raros cm um uni-
avafüu produtos, srr..,iços e pclticas dos con•
\'CrS-0 primordialmente evolutivo, onde tudo é ílu-
correntes mais fortes e daquelas empresas
xo. tran.sformaç¼o e.- mud.1nçn. Tudo na natureza
que s:lo reconhecidas como líderes empresa•
muda e c,•olui continuamente. Nada no uni"crso é
ri.1is. Isso pcrmi1c comp:iroçõcs de proccms
passivo ou cs:t'ável. No íundo. não existem mud:m·
e pr:hic,.s administrn1i,·as cn1re cmprcs."\S para
ças no uni,·crso: o que cxi.ste é mudança. Para a tco•
ide11tiíiC'3r o melhor do melhor e com isso al- ria do caos, a de-sordem, a instnbilidadr e o acaso no
c:inçar um ní\'el de supcriorid..1dc ou vanta•
campo científico cons1i1ucrn a norma, a regra, n ld.
gem competitiva.u
A iníluência dessas idéias no c;ampo das org."lniz.1•
s. Equi~s de a/10,lesein/1t11lx,. São «juiixs carnc- çCX'.s e.- de sua administração~ marcante. At.nal, CS·
teri1,.1das pela elc\'.1da panicipa'-.lo das pesso.1s e tamos ainda buscando a ordem e a ceneza em um
pela buse.1 de rC$p()Stas dpid-.s e inovadoras às mundo carreg.ido de inccn·c1.as e insmbilidadc. Os
mudanças no ambieme de negócios e que per• modelos de gestão b.,scados na velha vis."lo de equi-
mitam a1endcr :\s cres«ntes dcma.11das dos líbrio e ordem estão caducos. A ciência mosm, que
dicmcs." As org,:miz.açõcs est:io migrando r:tpi• o sistema vh·o f, par:t si. o cemro do universo, e sua
cb.mente par.t o trabalho cm «juipe. Nunca se finalidade é a produção de sua identidade. O siste·
falou ta.mo em ~uipcs com-0 agor.1. Mas não ma procurn interagir com o ambiente externo sem•
b."lSt-:t criar e desen\'olvcr equipes, É necessário pre de acordo com uma lógica qut prioriza a aíir•
a!Ç3-las :t um desempenho cxcclcmc. !\fais maç.lo de sua idcmid.adc. :iind:1 que par;1 isso dC\'3
adiante \'Olrnrcmos a disctuir esse assumo. CS:t:tr permanentemente ama 11.1,.,n d0·3... C~se,
con•
ccito dC" auto--Org."'lnizaç:lo é íund:unenrnl. A organi-
Complexidade z:iç.io é, portanto. ;1tiva. e ia.mo pro,·ê t arma.ien:i
energia. quanto a consome. Efa produz emropia - a
A complexidade consritui u1na nova vis;_\o das ciên•
dcgradaÇ'no do siS1cma e de si própria - ao mesmo
cias. A teoria da complexidade é a pane da ciência
tempo em que produz nC"gentropia - a regenernç:lo
que 1r:,ua do emcrgcmc, da Íí)ic.1 quântica, da biolo- do sistema e de si própri:1. Mais ainda: :t org-ani1,.,1•
gia, da inteligência artificial e de como os org."lnismos ç:\o é simuhanc:unente organiL'lç:lo no sentido<.'$·
vivos :1prcndem e se adaptam. A complcxid:1de mos·
trito - u1n processo perm:intnte de reorg.1ni1..1ç:lo
1ra que a ciência ab.,ndona o determinismo e aceita O
daquilo que tende sempre a desorganiz.ar-se - e nu•
indeterminismo e a incene1..1 inerentes ao honl(m e to-organização - procc,.~ pcrmanen1c de rcorg::ini-
às suas sociedades e ab3ndona tambtm o idc:tl de ob·
1...1ç:lo de si mesma."
je1i,•idade como únic.J forma vdlida de conhecimen-
10, assumindo assim n subjetivid:ide. que é a marca
1naior da condição hum:.rn:i. A complexidade s.lgnifi• A Infindável Busca
C';1 a impossibilidade de se chcg;.tr a qt1alquer conheci· de Eficiência e de Eficácia
mcntocomplc10 e de que não pode 1rnzcr certe'Zl S<,-.
bre o que é incerro.6-t A Administr:tçâo e o CO pas• As org.-iniz.açOO precisam ser co,l.sidcradas sob o
s:un a incorporar ~is conceitos. Ponto de vista de cíiciêoda e de cficld:1. simulrnnc:1-
- CAPm.lt.O 3 • As Ocgani:.ações e sua Administração 17
~l!LSIMER- - - - - -
mente. Aoomecc que ambos os conceitos não andam n,d possível. A cíici(ncia preocupa-se com os meios,
de mãos dadas n:1 maior parte das org3ni1~ções. métodos e procedimentos mais indicados que preci-
A eficiência é um.a medida da utifü.•1ção dos re- sam ser devidamente pfanejados e o rg:miiados a fim
cursos disp,onívcis. N:1 pcltic:1, é uma rcbç:lo emrc de asscgur:.1r :1 orimil3ção d.a uriliz.1ç:lo dos rcct1 r$0S
cntrad:is (insumos) e s.1fd.as (rcsuhados) ou, em ou• disp<>níveis. A cfic:iênc-ia n:lo se preocup:i com os
tros termos, urna rcbção cmrc custos e benefícios. fins, m:is simplesmente com os meios.
A cíiciênci:1est:i focada na melhor m:meirn (t'1c besl A cfic:kia é uma medid:1 do :.1lc:.mce dos rcsulrn•
t"'1)') pela qual :1scoisns devt"m ser íeitasou exccut:t• dos. A eficácia de um:.1 org..·mizaçào refere-se ~ sua
das (mftodos ou procedimtntos), a fim de que os c:1pacid.:1dc de s.1tisfa1.er uma neccssidadc da socic•
recursos - pessoas, máquinas, «1uipamcntos, m:tt~• dadé por meio da ofcrt:'t de produtos - St"j:un bens
rias-primas - sejam aplicados da forma mais r:1cio- ou serviços.
3. Quando atende à pers pectiva dos processos Jn• 4. Ouando atende à pe,apoeUva dos parceiros fr).
tomos: oflclê~la e eficácia na prestação dos torno&, os funcionários: aatlatação, cidadania
nrvlços Internos qu• toma a orga,nlzação com- organizacional, motivação o entutla.smo.
petitiva.
Cada um dos.ses aapoetos ô um Indicador do su-
cesso organlzaclonal. •
• CASO
A PRIVATIZAÇÃO DA USIMINAS"
O Programa Naci onal do Oosoatoti.a:açbo (PNO) lmpU• 1. Autonomia para decls6ff ostratéglcas, dcflnl,,..
eou umo mudança de propriedade do algumas emp,.. do um novo rumo para a empresa, em sintonia
soa do setor público para o setor privado para atender com as tendênclas mundiais e do pais.
a três objetivos estratôglcos: 2. Malor pruença dos emp,cgados M vkfo d.a em•
preso.
1. Aeutruturac;ão competitiva da Indústria.
3. Aproveita monto dH potencl,lldades para e cria-
2. Exposição planelada à compeUçâo internacio-
ção de subsidiárias, prestação de assltt6ncla e
nal. do consultorla técnica ospeclallzada.
3. Renovação e atualizaç6o da c.ap:icttoção tecno-
4. Ampliação dos lnvettlmentos, visando à moder-
lógica. nização e adequaçAo da empre,sa is exlgênclas
O PND foi desencadeado a partir do sotor Sidorúr• do mercado.
gico devido à folla do recursos pare Investir somada s. Permanente atuallzoçi o tecnológica dentro do
aos entraves burocráticos o go.stão Inadequada quo espírito do busu da excelência empteNrlal e
levou as empresas a um e-stado deficitário, com fHeva,, da competitividade.
do nível de CftdMdamento e obsolescincla 1ecnológl• 6. Diversificação, vertlcallzaç6o e a realização do
ca. o proceuo do p,tvatlzeção da Uslmlnas paras-eu parcerias om funç.ào de novos negóelos.
des.engajamento do Es.tado.cmprosárlo o 8Hodoçio 7. Consolldaçio dos avanços conHguldos pela
com empresas Japonesas começou em 1991 em pora• empresa no campo das conquistas sociais e t ra-
lolo com trôs tatoret: eX1.lnçáo do controle de preços., balhlttat.
saneamento financeiro o aumento da produtividade. A e. Oomoeratliaçio do copltol, com participação
kf61a era contemplar nào apenas o desonvolvlmento dos sócios Japoneses. de novos grupos ompro-
ttcnolôglco, o crosclmento empresarial e o aucesso sarlals n11c,lonals e estrangeiros, de emprega•
comercial, mas também a crloçio do ldeels trabalhis- dos o aposentados da empresa, de clientes, fo,.
tas fundamentados na busca de uma Integração com necedores e lnslitulç6es flnoncelros e de pes-
as ontidodes de classe para que os objetivos de am- soas físicas, com ampla pulvorluçto.
bas as partes so completass.em mutuamente. Mais
Os resultados visíveis da pr'lvatlzaç.io foram osso-
ainda, assegurar ao trabalhadOr molhOr qualidade ·pos-
guintcs:
aivel de vida, Hm que Isso significasse pcrdo da etl•
cl6ncla emp,et:1rlal. O modelo deveria aer lnquestio- 1. No campo estrat6glco:
Mvel e transparento paro não so transformar numa a . Autonomia para definir objettvos empresaria,is.
slmples troca do controle estatal pelo privo-do. Devorla b. liberdade para trabalhar com molores horl•
buscar empla democratização do capital e um sistema zontes estrat égicos.
de admlnlstroção compartilhada para assegurar as c. Autonomia para novos Investimentos, dlver-
poten-elaUdados ct:tratégicH da empresa.Os propósi- slflcaç.io e vertlcalliaçio dos ne,góclos e es-
tos da pr1vallz.ação foram: tabelecimento do alianças estratégicas.
~
ELSl,VIER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _CAPÍTUI.O
____ 3 •_ Cl<ganizaçóes
As_ _ _ _ _o_ suo
_AdmlnlsUaç6o
_ _ __
7. Explique~ princip;1is comribui('ôcs d2 TC'órU d::I 8. Aric de Ceus. A Emprtsa Viva. op. â t ,, p. 106.
Burocracia ao CO. 9. P:ara m:ai.) esclarecimentos veja um dos scsuimcs li-
8. Comente :ascaracteríStK':ls da burocroci:a enqu.lnto vros <'m gud;nivos nh·ci:s ck proíun<lidack sobre o
org..11fü;1çlo. :tiSSUIU O:
9. Comente~ di.sfonç6,c$ J.11 bur0<nei2 e $c-US c:íeitos • ldalbcno Chi:t.\·cn:uo. Teoria Cera/ da AJ,,,;.
n.11 organi~lo. nislfa{40. Volumes l e- 2, op. ât.
10. Explique ~ principais romribuiçôe$ d;1 Tcoria • Jdalbcrto Chiav('n:110. Jntroduf,do à Teoria Ce•
futnuur:ali~ta ao CO. ral da Admi11istraf4o, op. ât.
11 . Comente a :abord;agcm m.1.is ampla dos csm.uura-
• ldalbcno Chi:avcn:uo. lntrodu(40d Troria Ge•
lisi.u..
rol da Adminislraçào - Ediçlo Compact.a. Rio de
12. E~pliquc as principais con1ribuições d;1 Teoria
Janeiro: &lito r:i C:1mpus, 200$.
Ncoclissica ao CO.
13. Comente a eh.amada Adminism 1,.10 por Objetivos 10. Acbm $mi1h. An lnq,lirylnto tbe N::11~o{the \T/ea.J1J,
(APO). o(Nations. Londres, A. Strolun & T. C.'Mlcl~ 1n6.
14. E.'!pliquc :lS priocipais con1rib11içócs d2 Teoria d.u 1 t. Henry Ford. My Li{t and Work. Nov::a York: Btnt•
Rcbçócs Hum2n.u ao CO. h-,m, 1923.
1S. Comente o «>ntti10 de hõ,no social. 12. Frcderidc Winslow T:t)'lo-r. ·~ Principies o{Sâtn•
16. E>ipliquc a~ principai~ contribuições d2 Tcori,1 ti(,e, Afanagemtnt. Nov::a York: H:arpcr & Bros.,
Compormntnt..1.I ao CO. 19 11.
17. E.'!pliquc o 1novim(1110 do L)esc1wolvimcn10 Orga- Vide: Frcdc-rick W. Ta)·lor. Prinâpfr» de 1\dminis•
nii:acional (DO). ,,.,cão Citntf{ica. S.io Paulo: Ad:t.:S. 1970.
18. Comente os conceitos de 5ismna e de .sisu::ma aber• 13. Frank Gilbrcth. A1otion Swdy. Nova York: O. Van
10, Nostrand Co., lnc. 1912.
19. Explique as prindp;11is comríbuiçõcs d:a T~ria.1 d<" 14. Henry L Ganu. Org:mi:ing for \Vo,k. Nova York:
Sistt-mas ao CO. TilC Engintcring Magal.inc Co.• 1912.
20. Comcntt" o conccito de .tmbit-nte e os tipos de .tm• 15. Harríng'°n Emcrson. 1~ T 1vtlve Prinâplts o{
bientes. F/{iâtncy. Nova York: The Engin<'tring ~i:1&11inc
21. Explique as principais contribuições d:a T~rU da Co.. 19 12.
ContingC-ncia :ao CO. 16. J:unc:s A. F. Stonc-r, R. Ed" "ard Frccm:an & 0.1nicl
R. C ilben, Jr. Mana~me:,tt. Englcwood Cliffs,
ti1.o. Rio de Janeiro: Fundaç,lo Cc-mlio Vargas.. 58. ld1.lbcr10 Chi:wcnito. lntrodu'40 d T«.>ria Gcr3I
Scn•iço de Publie.1çócs, 196S. <'4 Administ,a{dO. op. ât.. p. 7.
41, Ootigl,as McCrC'gOr. O LadoH11ma11oda únpresa, 59. Vide:
SJo P.1ulo: Marcin_,. Fonte,.. 1985. • Vietor Mirshawka. A lmpla,ua{.40da Q11aUda•
42. Ooo.gl.:b McGrC"gor, O Lado H,m,ano da únpresa. dt t da P,od111ividade pelo Mltodo do Dr. fR.
op. ât., p. 23. mittg, S:lo Paulo: Malcron Books. 1991.
43. ld:tlbC'rto ChiJ.\cnatO. l,rtrodu(ôO 4 Trori.'1 Ctr.il • Philip Crosby. Q11alidade: Fala11do Sln·o. Slo
da Admi,rittrJ(40, op. dt., p. -140•492. P.1ulo: Makron Books. 1991.
12 Comporumento Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATO ELSEVlF.R
• Mary Wahon. The !Nming Ma,,ageme11l Mt't· a Ajiula das Pessoas. São Paulo: M3kron Books,
hod. Novo York: Dodd-Meadc & Co., 1986. 1995.
60. VidC': • Michael H.immer & J:amC$ Champy. Rutt•
• John S. Oakl:and. Cererrâamento da Qualida· ge11'1aria: Revol11.âo11ando a F.mpma. Rio de Ja•
d, Tora/ - TQM. São Paulo: Nobel, 1994. neiro: Ec:titora Campus, 1994.
• i\. V. Fcigcnlxium Total Quality Control: ê,1gi• • Daniel Morri.s & J<>el 8r.andon. R.eettge11haria:
ueeri1,g and Mauagemt.ttt. NoV:.l York: McCraw• Rees1n,tura11do a sua Empresa. São Paulo: M:tk•
Hóll, 1991. ron Books, 1994.
• Philip R. Thomas, L:trry J. Call::icc & Kcnncth 63. ld:albeno Chi:wen:no. httrodJtçdo d Tt0ri.a Geral
R. M:irtin. Quality A/011e is Not E,101(gh. Nova da Admit1ist,a(40. op. â t., p. 699.
York: AM.A-Amcrican M a n:1.gcmcnt Associa- 64. Rubc-n B:aucr. Cest4oda M11dat1(a: Cios t Comple-
tion, 1992. xidade t1as O,gat1iU1.(.&S. Slo Paulo: &füora Adas,
61. Vide: 1999, p. 233.
• Mich:icl Spcndolini. lkndmwrki,,g. São Pau• 65. ldllbcno Chi:wen:uo. h11rod11{40 d Teoria Cerol
lo: Makron Books. 1994. da Admimºstraç4o, op. cit .. p. 678•68 1.
66. ldl lbcno Chi.l,·en:uo. l11trod11(4o d Teoria Geral
• Rolx-rt Camp. &,rdm,arking: O Cami11J,o da
da Admi,iistra{40. op. â t ., p. 680·68 1.
Q,,alidade Total. São P:aulo: Pioncir~, 1993.
67. ld:albcnoChi.:i,·en.:ito. ~c11rsos l-l11manos: O Capi•
62. Vidr:
tal Hmmmo ,las Orga,iiza~.s. Slo Paulo: Editora
• ld:tlbcrto Chi:avc-n:110. Os Novos Paradigmas: All,s, 2004, p. S9.
Como as Mmla1t(os Estdo Mexendo com as 68. Extr:aído de: Rin:aldo C:ampos So:art$, Empresa•
Empresas. S:\o Paulo: Editor::i 1\d:as. 2000. dtdade & É1ica: O Extrdcio da Cidada,:ia Cor•
• ldalbtrto Chia,·enato. Manual de Reenge11/,a. porativa. S:'io P:iulo: Editora ,\tl:as. 2002. p.
ria: Um Guia para Rtinvemar s,u, e,,,p,esa com 185-205.