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Idalberto

Comporta mento
ldalberto Chiavcnato tum dos a 1""'
Organizacional ...,,on. , m ""l<'h<,;ído> < r,sp,iU<!o, 11.1 ,lrC2
AOinlmica do Suc,sso das Organiuç6tt dt admonisttaçàodt nnr•=• d< r«11MO
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F.m outn» tnnpos. os autorts t tsp!'Nlistas peb l:~P, tm Dimto rd• Uni,,r~
st pr~\~m m'I arudu a esttu1un \1.idt,,rit • f'Ó>·gtadwdo,m ~Jrntni,t,.._-io
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ou arqu1tduns mais adtqUJCW.. Assim, durintt \1.8.A t lloutor {ph.D. <111 -\<lm,msi~
<11,,-..i.,. o õlndo das otpnitaçdcs 6cou ""rito
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«tMura" "'l""Ín\ÓC< pan qut ro...m dici<nttS E.sudoo lJniJ.o,.. Fot pror.-'°' d., tAfSP-FG\
tpude,stm dur,r. ,ida toda. Embon n«<,Ãrio, ,orno t.unbtm dt ,'iri;b uni'<r>iJaJ..-< no
hoJ< i,,o ~ I mais wfici<ntt. Em um mundo <>1ffl0r, .Jtin dt con,ultor d< <ml'f"J•·
r<pl,,o dt n>ucbn?s< incmws. o m1is imporunc,
,., m,n-a btbliogratii aJ,raog,, nu1> dt 20
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tonUlo. v ·nffl'tOS ,Uàbatwnosnas ~ admin1>1,açlo tradu,ido, I"'ª • hngua
ou<OO>tt... ~ d d a s panpndtpw npanhob. R«d>w vàoo. prtnuo, • dis11111õt-.
d.1$ atnidadts qut sr tomim íuncbmcmais ('ffl nossis por ,u., atUJí,lo na arta d< admm,,u·.l(io gcnl
,ida,, (OfflO pan tnbalh,r, cuid,, d., ..ildt, <Stud.v,
r dt rt1.:unch humanoi.
- · • · 6n.nà,t,d,rigir,-•-
.,. <SUadas.aunr ...,,.roro.,c1c,ans,,"'·
Sit< do autor. w..-w.dtlavenato.tom
[Mm, nado o qut - õli. dtalgum, l'Mna.
lipdo ;,o,pniz,çb<s. Por todasfflll rui><s,
t pt«iso conh«H,s rndhor. e.mo cu,~,"""°
íunooN.m. Como " tom,m btm..uttdidas.
Como mscffl'I ( $( cksm\'oh'ttl'l. Corno ino'\'lffl
t w mrwmum consun1ffl)ffltt. Tanto W: eswmos
dmuoou íon dd,s, o impo,w,tt tqu, ía:um p,tt<
dt OOS'SIS vidas. PfflMCtmos5âmulWW:amffltc
• muiusddas.tm rmodotnbolho. pro6sslo.
<Wdoo, tt1igi1o. politia. tSpo<1<$,dô,<r1imm10.
tidad.,ni,, filantropia <te. Equast sernptt ~ fflll
"'l?h~qut nos posóbilium alaOl'r nooos
oojtcMl5 indivichuis (dinhriro. coob«imtnto.
SU<ffl0 pro6,sion,l, ami.., comp«lnci.u,
Stguraoç>. ""1IS, pmdpo).

E'1t ~,o "'" do Ccmporwn<nto Orpnizacional.


...1,dt"""°""'1l'"ÍUÇ6to íunàorwn.
- , . , , , "'111/pal 'akançun raultados,
~.,....btm.....,d.,JOri<dad<
C' di WIM!w'adt, produ:tm tdistril:>uNn riqutt.J.

rc -qa,odostnl,,lum •
t l"--•-das ~
PREFÁCIO

O Compon-:uncnto Organll.Jcional (CO) rcprC$Cnt3 uma :.irca do conhecimento humano


extremamente scn,sí\'cl a cenas c.irncrcrísticas que existem l'l3S organiz.açóc-s e no seu am•
biente. Por c$$3 razão, é uma disciplin:a contingcnci:ll e sinaacion:tl. Depende íoncmcmc
<l:i mcmalidadc que existe cm etda org:ani1,3ç~o. Depende rnmbém da c:.iruturn organiza•
cional adotada corno plalaform:a para as decisões e operações. Além disso, também de•
pende das caraetcrístiC3s do comcxto ambiental, do negócio da org.,ni1..1çâo, dos seus
prOC:c$$0S imcrnos-. do c:.1piral intelectual envolvido e de i1,úmcra.s outras \'ariá.\'cis impor·
mmcs. f:., principalmente, dcpcndc das pessoas que participam de cada organiz..-.ç3o. O
tema é fundamental para quem qucir-a'panicipar direta ou indircramcntc de uma organi•
zação, qualquer que seja ela - corno membro, cliente, fornecedor. dirigente, in\•estidor,
consuhor. an:'llista ou admirador-. pois quem prcciS3 fazer negócios, parcerias, descnvol·
ver refacionamentos ou atividades com organiz.açôcs precisa conhecê·las bem. É impor·
m111c conhecer como são e como funcionam as organiZ3çóes para cmcndcr as :mas mani•
festaçóc-s, C'ar.tcterfsticas e, conscqüememcnte, seus sucessos e frac.'l$$0S. Em bom as orga•
ni;,..açõcs sejam avaliadas no mundo finance iro dos negócios por meio de algun.s indicado·
re.s contábeis e quantitativos que tentam explicar seus resultados fina nceiros e operações
mcrc3ntili. na verdade, l neccss.irio conhe<cr mais profundamente a vida organizacional
para se ter uma idéia da sua tremenda potencialidade no mundo moderno.
Na verdade, o valor intrínseco de uma organiiaç;ío reside principalmente cm seus ati•
vos int:1ngívcis. Aqueles ~uivos que não se vê, mas que constituem a verdadeira riqueza da
organii.-.çlo e proporcionam a base funda memal e din~mic.a que a leva direcamemc ao su•
c<.-sso organizacional. Esse:s ativos intangívtis constituem a mola mcsira da inovação e da
compctiti\•idade das organizações c1n um mundo mutável, competitivo e globalit.'ldO.
Quase sempre, esses a1ivossão dependentes daquilo que é.tenominamosc-apital humano. E
o que é capital hum:rno? Apenas um conjunto de ulentos? Depende. O capital humano é
realmente um conjunto de t:ilentos. m:as para que seja excelente ele preci.s:a aruar cm um
contexto organizacional que lhe dê cs1ru1ura, ret'aguarda e impulso. E aí surge o compor•
rnmento organizacional. O C".1pi1:,l huinano prcci~ trabalhar dentro de uma estrutura or·
~niz.1cional adequad;i e de uma culmra org.1niz.-.cional que lhe dê impulso e al:t\•anc;l·
gein. Quando estes 1rês elementos c..-st,io juntos e conjugados - 1.1ltntos. org:miZ3çâo e
comporramento - . temos todas as condiçôcs para o desempenho organiwcional cm ter•
mos excepcionais. E l isso que veremos no de-correr deste fü,ro.
Em um mundo cm forte transição e mud:1nça., onde a compe1itividade é a b.-.sc íund:t•
mental do sucesso, as organizações de hoje requerem cominua mudança interna e inova•
VII Componamon10 Organlnçional • IOALBEATO CHIAVENATO ~ISEVIER

çâo para poderem permanecer surf:mdo sobre as 01,das inrranqüilas do oceano de 1ra.ns•
fonnai;óes r5pidas e sucessivas. SC" o nível de mudançi externa íor maior do que o de mu-
dança interna~ signiíic:a que a organiz.1çio csd St tornando lerda, obsolct'3 e uhrnpaS).'ld:t.
Para se manterem na crim da onda, as org:inizaçóes prccis.im utilizar todos os seus meios
e recursos cm uma atuaçlo holística e integrada. Tudo isso por meio das pcsso;,1s. É por
css.-i r:.11..io que algumas org.1niz.1çôcs vão disparadas na frente, s.'1.o bem-sucedidas, cres-
cem e se desenvolvem, ajudam a comunidade, s:lo admirnd:as, enquanto ouma.s seguem
aids tentando copiar ou imitar suas caractcrísticns e as demais ficam paradas sem S;1ber
e:xatameme para onde ir.
A competiçlo ocôrrC" quando ourras oriµ niiaçõcs tentam faur o quC" uma organiiação
fui, mas de maneirn ainda melhor. Uma organização cria van1agem competitiva quando
faz algo que os concorrem~ acham difícil copfor. Ess."l v:.mtagcm competiliva é susccmá-
vcl quando os concorrentes n:\O conseguem copi:u nada daquilo que a organização conse•
gue fazer. E onde reside a v:m~gem compet i1i"a das org.·rnil.lçõcs modernas? Na tccnolo•
gia? NO$ recursos íiminceiros? Nos recursos m:11criais? Não. Tt-cnolog.i:a, cquipamcmos e
dinheiro S;io rccur$0S c..-s1á1icos e incre~. Podem ser comprados ou aluiµdos Por qualquer
org:miz.1ç:io. O segredo da vantagem comperitiva c,slá cm saber utilizar a inteligência e a
competência das ptssoas que formam as org.1niz.1ções. Esse é o capit:al humano rcspons.1-
,·cl pela compttitividade org,.1nizaclonal. Afinal, o desempenho das org.1niz:1çõcs depende
dirct-amentc do desempenho das pessoas que as formam. Uma quest;\o de componamcn-
10 organiz2cional.
Este livro baseia-se no que hi de mais moderno em termos de conce:i1os., práticas e de-
sempenho organiucional. Além do mais, retine exemplos, aplicações e pesquisas típicos
da nossa culrnrn latino•:uncrican:1 e: que podem ser utilíz.1dos vamajOS."lmerHC cm nOSS:IS
org.1niz.'lÇÕCS sem necessidade de adaprn.çõcs. correções, transposições, dccodific:1çõcs ou
interpretações. Aliás, a folta de uma literatura sobre compon-amento organii.icional em
noss."l lingua tem sido uma lamenld\'cl lacuna que pretendemos pretnchcr co1n este li,·ro.

IDALBERTO CHIAVENATO
(wrvw.thiavenato.com)
SUMÁRIO RESUMIDO

PARTE 1
O Contexto Ambiental e Organizacional

CAPITULO 1 lntro<lução ao Comportamento Organizacional 5


CAPITULO 2 O Mundo das Organizações: Globalização,
Tecnologia, Diversidade e Ética 23
CAPiTULO 3 As Organizações e sua Administração 59
CAPÍTUL04 Desenho Organizacional 93
CAPITULO 5 Cultura Organizacional 121
CAPITUL06 Organizações de Aprendizagem e Conhecimento
Corporativo 149

PARTE li
As Pessoas nas Organizações
Microperspoctlva do CO

CAPITULO 7 Diferenças Individuais e Personalidade 187


CAPÍTULOS Percepção, Atri buição, Atitude e Decisão 219
CAPITULO$ Motivação 241

PARTE Ili
Os Grupos nas Organizações
Perspectiva Intermediária do CO

CAPITULO 10 Equipes e Empowerment 279


Comportamento Organizacional • IOAL8EATO CHIAVENATO ElSt!VIER

PARTE IV
A D i nâmica Organizacional
Macropers pectlva do CO

CAPiTl.lLO 11 Comunicação 313

CAPITl.lLO 12 Uderança, Poder e Polttica 345

CAPÍTUL0 13 Estresse, Conflito e Negociação 389

CAPfTULO 1• Mudança.e Desenvolvimento Organizacional 425

CAPfTULO 15 Estratégia Organizacional 471

Glossário de Termos 507


Bibliografia 527
lndice de Nomes (Autores) 529
índice de Assuntos 533
SUMÁRIO

PARTE 1
O Conte xto Ambie ntal e Organizaciona l

CAPITULO 1 INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO ORGAN IZACIONAL s


Conceituação de Comportamento Organizacional 6
Introdução ao CO 6
Caractoristicas do CO 8
Os Três Níveis do co 10
ModelodeCO 10
Variáveis independentes do CO 11
Variáveis dependentes do CO 12
As variáveis intermediárias 13
Variáveis resuttantes ou finais 15
Os Novos Desafios do CO 16
Utilidades do CO 18
Questões 20
Aosumo 20
Questões 21
Referências bibliográficas 21

CAPITUL02 O MUNDO DAS ORGANIZAÇÕES: GLOBALI ZAÇÃO,


TECNOLOGIA, D IVERSIDAD E E ÉTICA 23
Cooce~o de Organização 24
O Estudo das Organizações 25
Do que São Formadas as Organizações? 26
Os Parceiros da Organização 27
Relações de Recip,ocidade 28
O que as pessoas esperam da 0<ganlzação 30
O que as 0<ganizaç6es espe,am das pessoas 32
Contrato psiOO!ógioo 33
O Ambiente 34
Ambiente geral ou rnac,oambien1e 35
Ambiente específico ou ambiente de tareta 35
Seleção ambiental 37
Percepção ambiental 37
D Comportamenlo Organizacional • IOAUERTO CHIAVENATO E.LSEVIF.R

Consonância e dissonância 37
Organizações oomo Sistemas Abertos 38
Organizações como Sistemas Sociais 40
A Sociedade de Organizações 40
Globalização 40
Tecnologia 43
Oive,sidade 44
Ética 44
Fatores que influenciam as decisões é1icas 45
Código do ética 45
ResPonsabllidade Social das Organizações 49
Abordagens quanto à responsabilidade social 50
Graus do envoMmento organizacional na responsabilidade social 52
ResPonsabllidados da Sociedade 53
Resumo 56
Questões 56
Relerêodas bibliográf,cas 56

CAPÍlULO 3 AS ORGANIZAÇÕES E SUA ADMINISTRAÇÃO 59


As Organizações Precisam Ser Administradas 60
As Teorias Admintstrativas 63
A Primeira Onda: A Ênfase nas Tarefas 63
Administração Científiea 64
A Segunda Onda: A Ênfase na Estrutura Organizacional 66
Teoria C1ássica da Administração 66
Modeto burocrálloo 68
Teoria Estrutura.lista da Administração 7t
Teoria Neoclássica da Administração 72
A Terceira Onda: A Ênfase nas Pessoas 75
Escola das Relações Humanas 75
Teoria ComPortamental da Administração 76
A Quarta Onda: A Ênfase no Ambiente 77
Teoria de Sistemas 79
Teoria da Contingência 81
Os TomPoS Modernos 84
Complexidade 86
Teoria do Caos 86
A Infindável Busca do Eficiência e de Eficácia 86
Rosumo 89
Questões 89
Refe,ências bibliográficas 90

CAPÍTULO 4 DESENHO ORGANIZACIONAL 93


Conceito de Desenho Organizacional 94
Tamanho e cicto do vida 95
Diferenciação e integração 96
Oual É o Negócio da Organização? 98
Missão Organizacional 98
Visão Organizacional 99
!.!I
8.SIMER

~ Objetivos Globais
Dimensões Básicas do Oesenno Organi,acionaJ
• Somârio

100
100
-
Modelo mecânico e modelo orgânico de organização 100
Depanamentalização
. 106
Modelos Organi,acionals 109
Estrutura simples 109
Burocracia 110
E.strutura matricial 111
Novos Modelos Organizacionais 113
Estrutura de equipe 113
Estrutura em rede 114
A nova lógica das organizações t t5
Resumo t t8
Questões t t9
Referências bibliográficas t 19

CAPiruLOS CULTURA ORGANIZACIONAL 121


~ 1 0 de Cultura 122
Dimensões culturais segundo Hofstede 123
Dimensões culturais segundo Trompenaar 124
Cuhura OtganizacionaJ 125
Caraeteristicas da Cultura O<ganiu,cional 128
Tipos de Culturas e Perfis Organizacionais 129
Culturas conse,vadoras e culturas adaptativas 131
Culturas tradicionais e culturas participativas 132
Caracteristicas de Culturãs Bem•sucedldas 132
Valores culturais 135
Socialização Organizacional 139
O Espírito Empreendedor 142
Fatores psicológicos 143
Fatores sociológicos 144
Resumo 146
Ouestoos 146
Referências bibliográficas 147

CAPiruL06 ORGANIZAÇÕES OE APRENDIZAGEM E CONHECIMENTO


CORPORATIVO 149
Natureza do Conhecimento 150
Uso do conhecimento 154
Conhecimento Organizacional 156
Aprendizagem 158
Meios de aprendizagem 160
Processo de Aprendizagem 160
Condicionamento clássico 160
Condicionamento operante 161
Aprendizagem por obsenração 162
Aprendizagem emocional 162
Aprendizagem em equipes 163
Aprendizagem organizacional 163
11V Comportamento Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATD ELSEVlER

Gestão do Cooheei~to Co<porativo 164


Da gestão do conhecsnento pa,a a capaci1açêo pa,a o
oonhecimento 165
Organizações de Ap,enoizagem 166
Capital Intelectual 174
Resumo 178
Questões 178
Referências btbtiográficas 179

PARTE li
As Pessoas nas Organizaçõe s
Microperspect lva do C O

CAPfTuLO 7 DIFERENÇAS INDIVIDUAIS E PERSONALIDADE 187


As Pessoas e as OrganizaQões 188
características Individuais 190
A lmportãncia das Diferenças Individuais 192
O Capital Humano 192
Diferenças Individuais em Aptidões 194
Aptidão física 196
Aptidão oognitiva 196
Diferenças Individuais em Personalidade 199
As cínoo dimensões da personalidade 199
Como utilizar os testes de personalidade 202
As Competências Essenciais 204
Beneficios da Diversidade 210
Resumo 214
Questões 214
Referências bibliográficas 215

CAPÍTULOS PERCEPÇÃO, ATRIBUIÇÃO, ATITUDE E DECISÃO 219


Conceit~o de Percepção 220
O Processo Perceptivo m
Fatores que lnffuem sobre a Percepção 224
Fatores na situação 224
Fatores situados no alvo 224
Fatores inten'0s 225
DistorQões da Percepção 225
Dissonância Cognitiva 226
Atribuição 227
Os Paradigmas 228
Atitudes 231
Decisão 232
Tipos de decisão organizacional 232
Teoria da decisão 233
Processo decisório 235
Resumo 238
Questões 238
Referências bibliográficas 239
!!
l:LSl:.VIER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ __

CAPÍlVL09 MOTIVAÇÃO 24 1
Conceito de Motivação 242
Processo Motivacional 244
Teorias sobre Motivação 247
Hierarquia de necessidades de Maslow 247
Teoria ERC 250
Teoria dos dois fat0<es de Herzberg 251
Teoria das necessidades adquiridas de McClelland 252
Teoria da eqüidade 255
Teoria da definição de objetivos 257
Teoria da expectância 258
Teoria do relorço 262
Visão Integrada das Teorias da Motivação 265
Motivação e Cultura 265
Clima Organizacional 267
Utilização das Teorias da Motivação 268
Efetto da Administração sobre a Motivação 270
Resumo 273
Ouestões 273
Referências bibliográficas 273

PARTE Ili
O s Grupos nas Organi zaç õe s
Perspectiva Intermediár ia do CO

CAPÍTULO 10 EQU IPES E EMPOWERMENT 279


Natureza dos Grupos 279
Tipos de grupos 280
Estágios de desenvolvimento do grupo 282
Mapeamento da rede social 283
Estrutura do grupo 284
Condições organizacionais para o trabalho em grupo 289
Eficiência e eficácia grupal 290
Tomada de decisões em grupo 291
Equipes 292
Tipos de equipes 294
Como Desenvolver e Gerenciar Equipes Eficazes 295
Empowerment 295
O Continuum do Empowerment 301
Equipes de alto desempenho 303
Resumo 307
Questões 307
Referências bibliográficas 308
DI Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVEHATO EI.SEVU;R

PARTE IV
A Dinâmic a Organizacional
M acroperspect i va d o CO

CAPÍTULO 11 COMUN ICAÇÃO 313


Sociedade da Informação 314
Conceituação de Comunicação 316
Funções da Comunicação 316
O Processo de Comunicação 318
Comunicação Humana 320
Fat0<es de persuasão da fonte 324
Fat0<es de persuasão da mensagem 324
FatOfes de pel'SUasão no destino 324
Consonãncia 325
Tipos de comunicação interpessoal 325
canais informais de comunicação 325
Barreiras à Comunicação 326
Comunicação Organizacional 330
Como melhOrar a comunicação organizacional 332
Comunicação em equipes 335
Acesso o uso da infonnação na organização 336
Reuniões 337
Resumo 341
Questões 342
Referências bibliográf,cas 342

CAPÍTULO 12 LI DERANÇA, PODER E PO LÍTICA 345


Conceito de Pode< e Dependência 346
Dependência 348
Táticas de poder 348
Gerência ou Liderança? 350
Politica 352
Concetto de Liderança 353
Teoria dos Traços de Personalidade 353
Teorias Comportamentais 360
Pesquisa da Universidade de Iowa 360
Pesquisa da Universidade de Michigan 361
Pesquisa da Universidade de Ohio State 361
Grade de liderança 362
Teorias Situacionais e Contingenciais de Liderança 364
A escolha de padrões do liderança 365
Teoria da contingência em liderança de Fiedler 366
Teoria da liderança em passos gradativos de House 369
Teoria situacional da liderança de Hersey e B&anchard 373
Novas Abordagens sobre Liderança 374
Uderança carismática 374
Uderança transacional e ltderança transfOfmacionaJ 374
Abordagem social oognttiva 375
Visáo ampliada da liderança 376
Substitutos da liderança 379
~
ILJE\Et
• SumMo mi

Como Ampliar o Contexto da Liderança 379


Resumo 384
Questões 384
Referências bibliográficas 385

CAPfTUL013 ESTRESSE, CONFLITO E NEGOCIAÇÃO 389


Estresse 390
Conceituação de estresse 390
Dinâmica do estresse 392
Causas do estresse 393
Conseqüências do estresse 396
Como reduzir a insatisfação e o estresse 397
Aeonselhamento 400
Confino 401
Conceituação de Conflito 400
Níveis de gravidade do conflito 400
Condições antecedentes dos conflitos 400
O processo de conflito 404
Níveis de abrangência dos confl~os 406
Efeitos do conflito 408
Estilos de gestão de conftnos 409
Técnicas de gestão de conflitos 410
Negociação 412
Conceituação de negociação 413
Abordagens de negociação 414
Habilidades de negociação 416
Processo de negociação 417
Negociação eolettva 417
Resumo 420
Questões 420
Referências bibliográficas 421

CAPiTIJLO 14 MUDANÇA E DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL 425


As Mudanças no Cenário 426
Ciclo de Vida das Organizações 429
O Processo de Mudança 430
Mudança Requer Habilidades Humanas 432
Renovar Organizações Significa Impulsionar as Pessoas 433
Agentes de Mudança 438
Resis1ência à Mudança 438
Como Superar a Resistência à Mudança 442
Mudança Organizacional 447
Reconhecimento do problema 447
tdentilicação das causas: esquemas de diagnóstico 447
Implementação da mudança 448
Avaliação da mudança 449
Pesquisa-ação 450
O que Mudar? 450
Desenvolvimento Organizacional 451
Comportamento Organizaclonal • 10Al8ERTO CHIAVENATO ELSE\ ~ER

Técnicas de 00 453
A Necessidade de Inovação 454
Encorajando uma Cultura de Aprendizado e de Mudança 456
Incentivando e Impulsionando Esf01ços de Mudança 459
Resumo 467
Questões 467
Referências bibliográficas 467

CAPÍTULO 15 ESTRATÉGIA ORGANIZACIONAL 47 1


Conceito de Estratégia o,ganizacional 472
Os Níveis Administrativos da Organização 474
Nível institucional 475
Nível intermediário 475
Nível operacional 475
Gestão Estratégica 475
Objetivos organizacionais 477
Racionalidade organizacionaJ 479
Hierarquia de objetivos 480
Compatibilidade enue objetivos 0<ganizacionais e objetivos
individuais 480
Formulação da Esuatégia Organizacional 481
Análise e mapeamento ambiental 484
Análise organizacional 485
Tipos de estratégias organizacionais 485
Implementação da Esuatégia Organizacional 489
Avaliação da Estratégia Organizacional 490
Desempenho Organizacional 492
Ba/anced Scorecard 493
Eficácia Organizacional 498
Como a sociedade avalia as organizaçÕ8S 499
Resumo 502
Questões 503
Referências bibliográficas 503

GLOSSÁRIO OE TERMOS 50 7
BIBLIOGRAFIA 527
ÍNDICE DE NOMES (AUTORES) 529
ÍNDICE DE ASSUNTOS 533
PARTE 1

OContexto
Ambiental e
Organizacional
Comportamento Orge:nh:e:eional • IOA.l8ERTO CHIAYfHATO ElSEVIER

AS ORGANIZAÇÔF.S REPRF.SENTAM A INVENÇÃO croorganit◄1çõcs - como microcmprcs.,s ou p(que•


mais sofis.tic;1da e complexa de toda a história <la n:as e simples cmprcs.1S indi\1 iduais - 3té enormes e-
hum:midade. Elas con.stitucm a base da i1wcnçlo de complexas organit:1çõcs mul1inacionais e globais
iodas 3S dtmajs i1we1,çócs. Fic,mos tnC3nmdos com que estendem a sua influência pdo mundo todo c-
as mar:wilh.'lS criadas pelo conhecimcmo humano - uhrapaS$.'lm as fronieiras dos países.. Existem org."l·
como o coinput3dor, :1 n.a\'c tSp:1ci:1I, o :1vião a j:uo, o niiaçóes compostas de u1n invej:h·cl patrimônio fís-i•
telefone celular e outras tecnologias avançadas - coe recurSO$ t3ngíveis.. corno rambém exinem org3.•
mas nos c-squ«emos de que tO<las t..'$$3$ invenções niiaçót-.s \'irtuais que- nlo requerem os tradicionais
s:io invcnradas. criadas e dtsenvolvidas dentro das concei1os de espaço e tempo para fo11cio1lar.
organizaçór:s. Na verdade. todas as i1wençõts mo• As org:i.niz.açõcs fau-m pane de um mundo maior.
dcrnas slo produtos das org.1nizações. S:\o as orga• Elas n:'iocxistcm isobdas ou insuladas e nem são au•
nizaçõcs que projetam. criam, aperfeiçoam, dcsc-n• 10-suficicntcs. N:io vivem sozinhas. Na \'Crdadc,
\'Ol\·em, produzem, diStribuem e entregam nido o elas são sistemas atuando deniro de sistemas e estão
que preçis:unos par~1 viver. Produtos, SC"rviços, foci• inseridas cm um meio ambiente connirnído por ou•
lidades, entretenimento, informação. inovações - tr.t.S org.1niz.1çõe$. De um modo geral, as org."lniza-
mdo isso é continuamen1c gerado e d~rn-oh•ido ções dependem umas das outras para poderem SO·
por orgnni~çõcs. brevi\'er e comperir em um complexo mundo de or•
Na "erdade, vivemos em uma sociedade de orga- g:anizaçócs. Elas fome-cem os insumos e recut$0s
niiações. em que qu:isc rndo é projet:ido, feito e p.ir:.1 que as outras organiwçócs poss3m fu1"ionar e
produzido por organizações. NaKemos em organi- m,balhar. Hi. ponamo, um univct$0 de or~niza-
2.'lÇÕCS, aprendemos nelas, trabalhamos nel:as e :ué çôcs. O dinâmico intcre.\mbíoemre as organiz.ações
morremos nelas. Vi\'emos a maior pane de nosso uhr:tpassa as fronte-iras dos países e se projem cm cs·
tempo e de nossas vidas <lemro delas. É incrível a cala gloOOI. A int<:rdtpendCnci3 organiz.1cion.:1l l
quan1id:1de e a he1erogcneid:1dc de organi:t.1\ÕC'S: cada vez maior graças às alianças estratégicas entre
empresas. bancos., fin:rnceiras, escolas e universida- as org.1.nizaçóes que se relacionam em redes integra-
des. hospir-ais., lojas e coinfrcio, shopping ccmers, das e complexas. Afinal, :a unilo faz a forçn. E i.ssosc
Sup(rmcrcados. postos de gisolina, rcstaurames., aplic.a principalmente às organiwçõcs.
CSt:lcionamcmos., organtl.3çôcs náo•go\•ernamen• O Comporrnmcmo Organizacio1'-ll (CO) está ,·ol-
rais (ONGs), igrej-1$, rcp:mições públiC'3S, Exército, eado para o csmdo da dinâmica e do funcionamento
fr\bricas. rádio e tcle\·is.'l.o, al~m de uma imcnniná- das org:anil-1ÇOO, Seu foco cemral csr.i cm comprcen•
vcl lisra de exemplos. As or&,1nil.3çócs produum der como a org..·mizaç..io fundona e como se com•
bens e serviços das m:iis divcrs.1s naturcz."\S e car::ie• porta. Como âS org.,ini:c.ações são profundamente
terí.sticas. 1>roduum di\·enimcnto e conveniênci:as, diferentes cmre si, o Comportamento Organizacio-
proporc:ion::im informação, geram e distribuem CO• nal se- preocupa cm definir as b;iscs e c:iracterístic:is
nheci1ucmo, cuidam da ~údc e da educaç3o. im- principais do seu foncion:amemo. As organiz.'lÇÕ<.'S
pul.sion:am a inovação e fuciliram o dc-Sell\'Olvimcn• se caracterizam por um dCS(nho estrutural, ou seja,
10 tc-cnológico e social. Acima de c-udo, elas :i.grcg.1m cada org:aniuç.;\o tem uma c-s1rt1nirn org..·miz.1cional
valor e criam riqueza. O dcscnvoh•imemo d<" uma que serve de plat~forma b..í.sica para o seu funcio na•
naç.ão se baseia primariamente no dC$C1wolvimemo mcnto. Além disso, cada organiz.1ç:io tem :1 sua pró-
e na amação de suas organil.3ÇÕCS. S:io a) org.1niz.1• prla cu Inira organit:tcional, ou .seja, um conjunto de
ções que criam o descnvolvimcmo humano e social. crenças., \•alort:s e comporrnrncmos que lhe dlo a
S:lo elas que rocam a economia de cada país para a din3mi~ neccssiria p:ara o sc-u funcionamento. Co-
frente. nhecer o ambiente externo é o passo fundamental
Não existem duas org.,nizaçõcs iguais. Elas s.io para o entendimento do compormmento de uma
profundamcn1e diferentes entre si. Exi.su·m org.1ni• organiz.1ção. Além do conhcc;imento do contexto
:e.ações de todos os mmanhos possí\'cis. desde as mi- ambiental, toma-se necessário conhecer mmbém o
- Contexto
PAATE 1 • 0 Ambiental O Organlzaoional
~
Q.ll'.'\lD
- -- --- -'---- 3

t . lntroduç6o ao Componllmento Of9'1nllacl0nll


2. O Mundo d . . Ôf9•nluç6"
O Con1exto Ambien1ai 3. Aa Otganlzaçóto• • SUi Adfflinlttra,ç-.k>
4. DeNnho Ofg•nl&KklNI
• Organlzaclonal 5. C.ulhn Org1nluc-iontl
6.°'90n1UÇ. ., . . ..,,...,.._.
Conheclmtnto Ço,portttvo

1. mr.t.nç&a lnclMdualt • Per.ontlidldt
8. Pet-c.pç-jo. AtrlWç.io, Alituôt e Dec::lt,6,o
O lndMduo
9. Motlvaçio

O Grupo ~ 10.Equlpet e E,npowe~

/ __A~M~~, , , • Comunleaçto
12. Udtt'•nça. ~ • Politlca
13.. Et~. Conflito• tMgoc'-çio
, ... Mudlnça • 0.MrwofVlmento °'9anlz:ICIONII
16. E.atrllf'9la Orpntuelonal

1
Flgur• 1. Estrutura do livro.

contc-xto org.1nit.:1cional: o desenho org:miz..1cio1,al 2. O Mundo das Orga.niz.1ções: Globalização,


e a culrura organizacional. Assim, o co,ncx:10 am• Tecnologia, Di\•crsidadc e Ética
bicnrol e o contexto org:mizacion:-il s.'l.o os pa»os 3, As Organiz:1.ções e :,,u:1 Adminisuaç~o
prdiminarcs par3 a comprccns.1.o do comport:.uncn• 4. Desenho O rganizacional
to de uma org..1.nização. S. Culrur-a Organiwcion:il
Es('a primeira parte está ronstiruída de seis capí•
6. Org:.rnizaçôcs de Aprcndiz.1gcm e Conheci•
tu los introdutórios que rcprcscnrnm o comext0 am•
menu, Corporo1ivo
bicntnl e organiz..,cional ao esrudo do Cornpon:i·
mcmo Org.'lni1,..1cional:
Corn todo C$SC pano de fundo, teremos as condi-
1. lru roduç3o ao Compori:uncnto Organiza• çOO preliminares pam entrar cm dct-alhcs no c.-srndo
cional do Comportamento Organizacional.
CAPÍTU LO 1

INTRODUÇÃO AO COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL

Objetivos de aprendizagem
• Definir o que é o Comportamento Organizacional.
• Sumariar as principais características do ComJ)Ortamento OrganizaclonaJ.
• Aptesentar os três niveis do Comportamento Organizacional.
• Demonstrar a utilldade do estudo do Compor1amen10 Organizacional.
• Mostrar os novos desafios e paradigmas do Componamento Organizacional.

e CASO OE APOIO

CONSULTORIA ORGANIZACIONAL
Frodortco Rodriguez ó consultor org.ontzack>naL Seus referências sobro os problemas o $UH causas. A ao-
cUcmtes do omp,osas do girando p,o,to que 1tUJm nos gulr, faz reunl6ea com grupos lnto,nos P6r1J <Mbltor,
mais variados ramos de Mg6e:Joa. Para oanhar novos checar e confirmar 6UH conclusóes. Quando está ••
clientes, Fredetlco faz reunl6es com d irigentu mpr► guro de que o seu dlag:00$tico est6 preparado, Frodo,t.
aarlals a fim de conqulatar novos c.ontr1to1 do Pf0$tl• co começa a planejar•• lntervenç6es o soluçóos no-
çâo de servJços. Frederico p<ecisa coohocor profunda• cosdrias para ellmlnar ou reduzir o problema que afll-
monte a vida 0tganlzaclonal, os &eus problemas o solu• g• a em~-11 cllonto. Nossa altura, vona a fazer reu-
çóet,, p,ra conseguir ""Yender o seu peixe"'. Feito o con- n16es com a diretoria da organluçio para apresenta, o
trato, o trabalhO Inicial do Frederico consiste em fazer seu dla,gn6sUco • o plano 6o açio te,apêutica a fim de
um dlagnôstleo S)fóvlO tobto os pcobloma., enfrenta- resotver o problema da omproN e rocebor o teu aval o
dos pela emprota cllento. Pira tanto, l)f"ocure obtor da• dar prouegulmonto aos trablllhos. Para conduzir to-
dos por meio dt ontr~tt#t com HUt executivos e run- dH essaa ações preliminares de con.t,utto,11, Frederleo
cion6riot e verilicar ot relltóriot Internos a respeito. À precisa uN.mlr profundos conheclmentot tobfe com-
medkla que colige dados e .,form&Ç6es, tez anotações portamento organl.zaclonal. Na sua oplnl6o, quait M-
e registros na tentativa de elabora, um quadro gCfal do ,1,m OSMS conhecimentos? •
1 Comportamento Organizacional • IOAUERTO CHIAVENATO ELSEVIER

Vivemos a maior pane de nossas vidas dcmro de Conceituação de


or&3ni1...1\Ó<'s ou em contato com das, Seja t-raba• Comportamento Organizacional
lhando, 3prendendo, dh·enindo, comprando ou
us:mdo os p rodutos ou serviços por das oferecidos. O Compormmcnto Org.1nii..1cional (CO) refere-se
Por essa raz\o, t fund:amcm.al que conheçamos co• ao estudo d e indi\'fduos e grupos atuando em o rg.1.•
mo elas são e, principalmente, como d;tS se com• niz.1çõcs.. Preocupa-se com :.t influência das pt.'SS03S
pormm. A dinâmica orç.1.nizacfonal tem os seus se• e grupos sobrt" as organiz.1çõcs e, vice•verS3, com a
gredos. meandros. macetes e caractcrístic-as pró• influência d:'lS o rsani1..:1çócs sobre .1s pessoas e gru·
prias. É import-:tnte conlu."<'er coino íuncion.:im as pos. Na realidade. o CO rctrara a contínua intera•
org:miz.ações par-a podermos viver e trabalhar nelas. ç:lo entre pessoas e organi2açõcs que se influc11ciarn
rdacion.ar•nOs com elas e. principalmente, dirigi-las rcciprocamemc. Cons1imi u ma imponantc árc..-a de
adequadamente. Qualquer que seja a :u ividadc cs· conhecimento para c<>da p<SSOO que necessite lidar
colhid:i como proíiss.i.o b.isica de qualquer pessoa - com o rg.'1niz.1ções - seja para crfar novas org.1niz..1-
adininistr:u;lo, mcdidn.1! engenharia, direito, psi- ções, mudar o rg.,ni1.aç(,cs já cxisct"ntes, 1rnbalhar
cologia. sociologia. rnrismo. serviço social, cnícr• cn1 organiz.açóes, investir em org:mit:1çõcs ou. mais
magc1n - o conhccirncnto do compon-:imcnto org:i- importante ainda, dirigir organiz.aç<'ks.
ni;i::iciom1I é imprcscindi\•cl para o $CU sucesso pro- No lundo, o CO é urna disciplina ;1cndêmica que
(issional. Crnndc pane dcss.:is profissões ser:i néces• surgiu como um corpo in1crdisciplinar de conheci-
sariaincmc réaliz:ida dentro ou por meio de org,rni- mentos para é$tud.:1r t" remuar o comport.1mcn10
:c,açõc.-s - cm hospimi.s, clínicas. construÇÕC'S, tribu• ln1m3no na.s o rgani1..1çõcs. A dcnominaçlo pcrma-
n;iis. fóruns., companhias ;iérc..'35. hotéis. cmpr~s. lt(."('('U, mas. na \'erdadc, não são as org.1.nizaçõe.s

indlíStrfas etc. Daí a imPortância do conhecimento que :.presentam um co1nporrnmemo. mas sim .1s
sobre o comporr-ame11to org..1.niucional. pesso.1s e grupos que delas panicipam e que nelas
Al6n disso. as org.1nii.1çôcs não funcionam ao .1rnam.
actl.So. E nem s.-io bC'rn,succdidas alc:uoriamente.
Efa.s prccis.1.m s.t:r administradas. E os cxccurivos Introdução ao CO
que as dirigem o u gerenciam precisam conhcccr
profundamcmc o fator humano nas org,m i1..1çõcs. O CO está rdacionado com as ações das pessoas
O sucesso ou o fracasso da maioriA dos prOjt"rOS or• no 1r;1balho cm organizações. Baseado prcdomi-
ganizacionais depende do fator humano: é prcci.so nan1cmcntc na contribuição de psicólogos, o CO
5,,1bcr lid:ir com J>CS$0.'lS de diícrentcs pcrsonulidu, é um:t jrc-a que trata do componamcmo indi,•i•
des e s.1.bcr se rdacion:ir e comunic.ar com elas. Isso dual. isto é. de tópicos como pcrson:tlidade, atitu•
n:1d;1, tem o ver com os conhc.."Cimcm os té-cnicos e es- des, percepção. aprendizado, moti,•ação. Al~m
pecializados da formaçt\o de cada executivo, e sim disso. o CO também es1.i relacionado com o com-
com o d1.--sc1woh•imcmo de h:1bilid:1d cs no rclacio- pormmento grupal. isto é, inclui tópicos como
n:un cnm interpessoal. O conhecimento pur.tmentc norm:is, papéis. construção de equipes e conflito
tfcnico é c:ip:1z de le,•:ir até um cerco ponto. Mas.. e, nesse ~ ntido. buscia-se n:t contribuição dé SO•
depois disso. as habilidades interpessoais St tornam ciólogos e dt' psicólogos sociais. Todaviu. o com·
imprescindí"eis. Somente h:i pouco tempo as esro· portamcnto de um grupo de pessoas nâo pode ser
las de adminis1raçJo-quc :,mcs limita,•am seus cur• compreendido apenas pela soma d.1s ações dos in•
rículos focados quase cxclusi,·a111t"1He nos :tSpectos divíduos agindo sozinhos. O compom11n cn10 gru•
técnicos 0-3 adminisrração. enfutiiando economia. pai é difc:rentt" do comportamento individual. Es•
finanças, contabilidade, produção e 1é-cnicns quanli• sa c::.r:icterística 1orn:1-sc mais \'ÍSí\'cl cm c;tSoS ex•
c-ativ-:is - pas5:.lrarn a pri,•ilcgiar a comprccns.'lo do iremos, quando u rna gangue de rua ataca cida•
comportamc-ntO h umano no alcnnce d a eficiência e dãos inocentes, por exemplo. 0-s membros da
eficlcia das organi1.aç6cs. g.inguc. quando agem sozinhos, raramente se en•
!I
ELSIM~------------------------------
CAPmJLO 1 • ln1todução eo Comport,mento Organizacional 1

QUADRO 1. 1 Algumas dofiniçdos de Compoaamonto Organizacional

■ CO pock, s.e< def" 'do Con'IO o ~P,Nnsóo, t)f'odi(ôo • gelt6o do ~ n t o hi.Hl'ICW> no:t Otgot'lb.~ '
■ CO • um compode es.tvdovoflodo poro pr..,e,, ex,,lkor, eotnp,ffndet • mocfmcoro~tohumono no con•
leJOO do, • mp,ncs. OCO enfoco compo,toment01o obs.e~ fconvenc,,, ttobolho,), lido com 0tobe1 inle,no, (pen·
s«, perteb« • dee:ldi,), e,tvdo o comportom.enlo dos peuocn («>mo indMd~ ou «>MO membtoi de unidode1. sociois
l'l'IOM)l'M) • onoliso o COMpe>rtomeMo deuo, unldode, moloNs C;tupo, e orQOr1b.0(6es).2
■ CO • o .-studo dos incfMduos • 9fVPOl nos o , ~J
■ CO , o ca mpo de e,tudot ~ tnYes.tigo o impodo qve indMCNOs,'g,vpos e estn.,turo o,v,oni1ocionol ttm JOtwo o com•
portomen!o dentro dos 0tgoni'l'"õ6ti, com o ptop6$lto de op5cor toi5 conhoô1Mntolporo mohotor o fflCÓ(io o,goni,
10cionot "
■ CO 6 o ..tvcto e o ~ do conll«i~to sobre como os peUOO$ otvomdomrodo5 Ot"90nii:oç6ft, Troto•M do vmo
f.o«om.ento humono poro benefício hvmono. :l

Aspectos
Vlsi'vels

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POi1oc19 e ProcecflmetllOI

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eor-.~.lnl~

Figura 1.1 . O Comportamento Organlz,clonst como um Iceberg.

g."'ljam cm tal comportamento. Nas org.tniiaçõts, do CO, como as estratégias a.dota.das pela org:miz:i•
as pessoas agem canto como indivíduos como Çlo. a fixaç-:io de objetivos globais a serem :tlCtnça-
membros de grupos. Assim, necessitamos estudar dos., as políticas e os procedimentos adotados, a es-
o comportan,cmo sob esses ângulos. rrunir:i organizacional, a autoridade formal e cadeia
Por outro lado. um dos desafios p3rn a compre- dccoma.ndoca tecnologia utiliiada. Todos esses as-
ensão do CO l que ele pode ser \'isívcl apenas par• pectos visíveis e superficiais do CO s.'lo fucil mente
cialmentc. Existein 2sp«tos vish-eis e superficiais perct.bidos nas organizações.
Comporlamen10 Organizacional • IOALBERTO CHIAYENATO ELSEVlER
1

Contudo. cxisu!'m também aspectos im•isívcis e 2. O CO adota uma abordagtm co11ti11ge11cial.


profundos do CO, como prrccpções e atitudes indi• Procura identificar as diferentes situações or•
viduais, normas g.rupais, interaçÓC'S informais e con· ganizacionais para que se poss.1. lid.tr com
íliros interpessoais e intergrupais que s.io dificil• elas e exnair o m:bimo proveito delas. OCO
mente percebidos nas organizações, mas que dina• utiliza a abordagem sitmicional. jl que nio
miwm e inílucnci:am o comportamento de pessoas e existe uma única e exclusiva maneira de lidar
grupos. com as or&3niiaç6cs e com 3S pessoas. T udo
depende d:1S d rcunst3ncias, e nad:'l é fixo ou
imur;\vcl.
• CASO OE APOIO 3. OCO 11riliza mltodos â~,irf(icos. Desc1wolve
e testa cmpiriC'3mente hipótc.scs e gencraliia-
CONSULTORIA ORGANIZACIONAL
çócs sobre a dinj mica do compQrtarneruo n.\S
A.pós rolatar sou diagnóstico prellmlnar e aeu plano de org.1nizaçõcs. Os funda mentos do CO se ba·
ação terapêuUea à d iretoria da tmprtta cllente, Fred&- sciam cm uma metodologia ciemífic:i de pcs·
rlco Aod,lguez 16 lem todos os elementos ncee.súrios quiS3 sistem:hica.
para dar continuidade a seu trabalho, O paaso a,eguln-
4. O COajuda a lidar com as pessoas 11asorga11i•
te 6 desenctidoar uma sêrlo do Intervenções na orga•
wções. As org.1niz.1çcks são c.-n1idades vivas.
nlzaç.io para enfrentar o probl ema ontio diagnostica•
M:1is do que isso, sio entidades soci:tis, pois
do. Mas Fredorleo é consultor e não executOt. O papel
são constituídas de pcsso:.1s. O objetivo b.i.sico
do consultor organliaclonal é preparar cabeças eco-
do CO é ajudar as ptsso.1.s e organiz..1çOO a se
raç6ea para desenvolver e Implementar planos de mu-
entenderem cada V<"Z melhor. De um lado, o
dança. Quase sempre o trabalho do contultorla orga•
CO é íund,amental para os administr:.d o rcs
n1zeclonal está em mudar e não cm manter sltuaçóot
que dirigem org.,niz:.1çõcs o u u nidades dcl:as.
probtomátlcet quo geralmen1e ocorrem nas emprHAS
assim como é indispens.-ivcl para toda e qual-
e organluç6os. Fr~ertco ô um agente de mudança,
Mas l.sso requer lidar com aspectos visíveis o superfl• quer pessoo que pretenda ser bem-sucedida na
chtls do CO, bom como com os seus aspoetos lnvlsl• sua atividade com as organiiaçõcs., dentro ou
veis • prorundos. Como fazê-lo? • íor.1 delas.
s. O CO recebe contribuiç&s dt várias ciiuâas
eomponamt,itais, como:
a . Cién,;as Políticas: com conceitos sobrt po·
Características do CO der. conílito e polític-a orga,niz..1cion:d etc.
b. Antropologia: com conceitos sobre cultu ra
O CO apre~nra c:m1cterfsticas próprias e marcan•
organitacional. anilisc cultural. valores e
tCS. Tr:ua-sc dt uma 3.rt"a do conhecimento humano
que I: vital para a comprecns.io do íuncionamcnto :nin1dcs etc.
d.as org.'lniz..,ç()(.-s. As principais c:aractcrfnicas do e. Psicologia: com conceitos sobre diferençis
CO são:
individuais, personalidade, sens~u;ão, per•
cepçlo, moti\'açâo. aprcndiiagem etc.

1. O CO é ,m,a disâpU11a citmtl/iea aplicada, d. P$icologia Social: com conceitos sobre: gru•
Está lig.1do a questOC's priticas no sentido de po, din5mica de grupo, interação, lideran·
ça, comunicação, .nitudes, fO mada de deci•
:1judar pcsso.ts e organizações a alcançar nf-
\'ciS ele,·ados de desempenho nunca antes ai•
s.io gnapal etc.
cançados. Sua apfiC;1bilid:1de es.tá cm si1nult:1- e. Soâolo,gia: com status, prestígio, ·poder e
ne:unentc buSC'3.r aumemar a satisfação d.as conflito etc.

pessoas no trabalho e elevar os padr<xs de f. Socio/og;a Orga11i::aâo,ia/: com teoria or•


compcli1ividadc e de suCC"SSO da organizaçlo. ganiz.1cion:il. dinâmica org.1.nizacional etc.
!I
f.LSIMER _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPlru.o
___ , •_ _...;__
11111ooução ao_ ____
Compo<tamO<lto __ _
o,g.,,lzaclonal t

Na verdade:. o CO é uma ~rea interdisciplinar logfa quando prccis.1. 1mbalhar com org.1.ni-z.1ç6(s. E,
que urilizn conceitos oferecidos pOr virias ciências conSC"qOenttmen1e, com todos os profissionais - de
sociais paro serem apli~dos ta.mo ~1 indivi'duos. qualquer tipo de form,tç:io cducacion;il -que traba•
como a grupos ou org.1niiaçõcs. lham direta ou indirer;1.mente com orga.ni1.açúcs.

6. OCO tstá imimame,ztc relaâonado com vá•


rios campos de estudo. como a reori;1 das org.'1· .À ADl,1 1N ISTRAÇÁO E CD
niiaçôcs (f0), o desenvolvimento org::mita•
A formação de admlnlstradOros tradkiOnalmento se
cion~d (DO) e :1 gcsdo de pesso."LS ou ;1dminis•
~sela em dois enfoques principais: • ênfase no COO•
unção de rccuí$0s humanos (ARH). Em com-
p.uação 00111 ess.'1.S disciplinas, o CO tende a
ser ctoricainente orientado par.1 o nível micro
-
teúdo do trabalho admlnl.stratlvo- o que fazer - em ter-
mos de finanças. marketing. produç~, recursos huma•
nos ete.. • e 6ntase na admJnÍitr&Çào como processo -
de análise na medida cm que mili:t.J as aborda- como fazer- em termos de planeJarnento, Ofgantuçáo,
gens teóricas da$ ciências comporramentais d ireção e controle, bem como os comportamentos e as
para focafü.a r principalineme o comporrn· hat>llldados nocenérlos para um desempenho geren•
memo individual e grupal nas organiia\-ÕCS. elal edoquadO. De um lado, a formaç.io téc:nke o, de
Nê»e sentido, o CO pode ser dríinido como a outro, e atuação comportamental. Assim, o procono
comprccns..1.o, prcdiç.lo e gestão do compona· gerene&al requer uma formação dOs admfnlsttadOfea
mcnto humano nas org;.1ni1..1çõcs.' com profundo çonheclmento do CO- em termos de es•
tudo dt pessoas, grupos e suas Interações nas estrutu-
OCO se confunde com a administr.1ção? Absolu• ras organlzaclona11. A eompreensão dos proceuos
t.tmt-nte 1i.io. OCO corresponde ao lado humano da administrativos li o melhor antídoto para ul trapassar as
adminisu·aç.ão, nus n:io à sua wt:ilidadc. A :1dminis• freqüentes 11mlt8çóes gerene&als quanto à falta de co-
tmçâo envoh·c abordagens de processos. siStcmas. munleat>llklade, problemas dt relacionamento lnter-
gdclo do conh<"cimento, contingência etc. O profis• pouoal. diflcu1dad♦I no procosso doclsôrto, lnsenslbl-
sional de adminiscraç.,o precis.1. conhecer o CO cm 11dade quanto a auuntos humanos, dlflculdade do lnt ►
profundidade para ser btm-s.uce<lido em sua.s ativi• grar funções empresariais ete. •
<bdts. O mesmo ocorre com o profissional de psico•

o_,
Compocu,nento

\CO)

- Admlnll1raçio M
Recursos ~nos
(AAH)ou
Gfftio~PffloON

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Flgu,a 1. 2 . As 1e1aç6es entre CO e ouuas disclpllnas co,relatas. 1
10 Comportamento Organtzaclonal • IOAL8ERTO CHIAYENATO

Além disso, o CO não se confunde com a Psico• porcion:ar ncgociaç~o, tipos de poder e políti•
logb Organizacional (PO). As ciências S()Ciais (an• ca e coordenar ati\•idades de tr.ibalho. 10
tropologfo. sociologia e csprcialmcnte a psicolo• 2. Ptrspectiva imemttdidda do CO. Tr:.t3 do
gia) íiieram uma contribui\áO significativa pua os comporrnmcmo de grupos e de equipes na o r-
íund:unc1nos teóricos e de pesquisa do CO. A c-s• g.1nii.1çáo. Recebe o nome de comportamento
trumra organiz.1cional e os p rocessos :tdmin i.strati• mC:SO<>rganiucional. pois funcion3 como lig2•
vos (como deci.s5o e comunic.açâo) assumem um ç:\o entre as o utras d uas pcrspectiv2s do CO.
p3pcl imporr:mte no CO, 1ttas sccundjrio na Psico· Focaliza o comporrnmcmo das p<.'SSO."lS q ue
logia O rganizacional (PO). Será que o ,·clho vinho trabalham cm grupos ou cm equipes. A pers•
(PO) foi colocado cm uma garrafa nova com um pt.-cti\'a intermediária do CO ~ basci:1 cm pcs•
.selo diícrcmc (CO)? Parece que não.• É o que va• q uis.,s sobre equipes, tmpo1qen11e11t, din:imi•
mos ver no decorrer deste livro. c:a g.rup:11 e intergrupal. Busca encontrar for• }
mas de socialiwçâo que inccntiv.1m a coopc:•
ração entre as pc:sso.1s, mdhori11 da p roduth'i•
 A FILOSOF IA DE RH DA XEROX '
dad e cm grupo e quais as combinações de ap-
A Xerox busc.a construir uma rel&çio do parcerla com tidões emrc membros de uma equipe para au •
pus colabotadores fundamOf'ltado no otondlmonto de mcnmr o desempenho do grupo.
oxpeetalivH mútuas. A sua mosona de RH se baseia
3. Microperspectiva do CO. Trata do comporta•
em certas premiu.as básicas do CO, a seber:
mcmo do indi\·íduo ao crabalhar sozinho na
• Sou rolaclonamento ó fundementado no alcan• o rg.ani~çáo. 11 Rcttbc o nome de comporta•'
ce do objeUvo do negociação e dos objetivos mento mietoorgani:c.acional. Em funç:lo de
do vide prollsslonal do cade um, su2s origens, a micrope:rspccti\'a do CO apre•
• Busca construir ume visão comum da empreH senta uma orientação íor1emcn1e psicológica.
e dos empregados .sobro o futuro do negócio. Focaliza as diferenças individuais, pcrso1iali-
• Ética, respeito, confiança o rosponubllidado dade1 J>('rccpç:;\o e :ntibuiç-lo, motivação e sa·
sio aspectos primordiais NS relações. tisfoção no trabalho. As pcsquis.1s nessa área
• Utiliza ao mbimo s.ou talento na busca da qua• focaliz.1m os efeitos <las aptidOO sobre a pro•
lldade e produtividade e procura recom~nsar dutividadc das pt-ssoas, o que as motiva a de·
do aco,do com seus rosultados. sempenhar suas tarefas. sua smisfoção no trn·
• O desenvolvimento de competêtlcla proflsslo- balho e como elas sentem e percebem o seu lo•
nal ê vital para uma relação duradoura. • col de trabalho.

Modelo de CO
Os Três Níveis do CO
Para rcpreSC"ntar seus conceitos, as ciências geral-
O estudo do CO en\'oh·e crês níveis hier.\rquicos d e mente utilizam modelos cuja finalidade~ fucilimr a
abordagem, a saber: explicação e comp rcens.io de deter minados fcnô•
1, Macroperspectiva do CO. Trnm do compOrto• menos complexos. O moddo é uma representação
memo do sistema o rganizacional como uma simulad a de um fenómeno real ou uma forma de
totalidade. É o que chamamos de comporta· abstr:1ç;\o da realidade. Serve para represenrnr a
mcnto macroorganiuacional e reícrc·se :.10 cs• rc:illidadc d e maneira mais simp les e int'eligívcl, se•
tudo dos c-ompormmcmos de o rg.·miz..1ções in• ja na forma d e um o rganograma de empresa, flux o·
teira.s. A abordagem macro do CO se baseia grama de 3tividadc, planr2 de um edifício o u eq ua•
em como comunicar, lider.'lr, proporcionar ç.\o matcmáiic-3. O modelo convencio nal de CO
decisões, lid:11 com estresse e coníliro, p ro- utiliiado pela maioria dos autores envoh·e três 11i•
~
WIMER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___
CAPITVLO 1 •_ _ _ _ao
lnuoduçêo _C-Omponamento
______ _ _ __
O<ljOnizadonal 11

O Universo de
Organlzaçoes o Conctx10Arnblortolo-

•-ln<.. ·~-
-doCO

Peftpec(wa lnlermedi6r'8. dO C0
O Grupo O.<l<upoonos()fga,,lzaQOes

OlndMduo
..--~
Micfoptrtp«:Civt 00 CO

Figure 1.3 . Os ,,,s nívois de abordagem do Comportamento Organizacional.

\·eis de análise:: individual, grupal e org.1nizacion:il pondo-se a de eomo se fossem blocos de constru•
cm níveis crcsccmcs de complexidade, e c:1d:1 um ç:lo dinJmicos e imcr:uivos. Os três níveis íunc-io•
deltS f conStruído a partir do nh,d anterio r sobre:• nam como variáveis independ entes do CO e deter-
minain as dcm.iis variá"eis subseqüentes que verc•
e CASO OE APOIO mos 3 seguir.

CONSULTORIA ORGANIZACIONAL Variáveis independentes do CO


Como conau!tor 0,9:,nlzoclonol, Frederico ROdrlguoz
Os três nívds de anilise - o sistema o rs,1niz.1cion:1I
proc:1111r1tuiilh.11r om tris nívolt do oçjo: orgonlucio~
como um todo. os grupos de pessoas e os indivíduos
nel, grupal o individual, As soluçóos dos problemas
- constimr-m as ,,a,ii,·cis independentes do CO, a
org1nlzacionals paasam pelos três nivela e ex.lgem
s;_,ber:
que todos eles sejam ativados simultaneamente. Fre-
derico precisa trabalhar com conceitos ststêmleos
1. Varidi.-eis 110 n fvel do sistema organhaâo11al:
como comunlc.açio, llderonç.o. tom1do do decisão,
sdo as v.irii,·eis 10<.-nlizac.bs na org..1niuição
conflito o negoclaç6o, p,odor o Polílica o, sobretudo,
coino um todo . A abordagem dess:;'ls variiveis
com mudança organizacional. Também precisa tra•
deve ser holística. isto é, envo lvc:ndo a tom•
bilhar com grupos e equipes para proporcionar d lná•
!idade do sistema, como o desenho o rganiza•
mica grupal e lntergrupal e Incentivar o empower-
cional. a culmrn organii.1cional. os processos
menr. E não podo esquecer das dlferenç,s lndlv1•
duais o do personalidade, percepção o a tribulç6odH de 1rnb.1lho etc. Deve-se considerar que o
pessoas, motivação o aatlsta<;io no trabalho. EH.a vi- todo f diíeremc de suas panes conslimime.s.
No global t holistlea do CO 6 a principal preocupa• assim como 3 :tgu:.1 é diferente do hidrogênio e
ç.lo dt Frede,lco. Qual nível de atuação. na sua opi- do oxigênio que a fonn:un.
nião, 6 o mais Importante? Por quõ? • 2. Varidv~is 110 11fvel do grupo: são as variivtis
localii.'ldas no compor1:1mcnto gropal. is10 é.
12 Compor1amen10 Organlzaclonal • IOAUERTO CHlAVEHAlO

quando as pessoas nabalham cm g.rup0s. O re ~ disponíbilid3de da forÇt de tr.tb.:1lho. iSto


componamen10 grup:11 ~ diferente do com· é~ quant~ pessoas cst~o ausentes do trabalho
port:imento individual 3$Sumido pelas p(SS03s por m0tivos vjrios. Absemcísmo ou au~ntiS•
que imcsram o srupo. mo siguifiro a freqOfoci:a ou duraç.lo do rempo
3. Variáveis 110 11ft,,e/ do i11divfd110: são :as vMi;\• de trnlxllho perdido quando as pesso.1S nlo
veis dtt0rrcntcs das C.1rae1crísticas indi,·iduais rom1xu·tttm ao tr:1balho. As faltas ao trnlxtlho
d:is pessoas que tr:ab:.1lham m1 org.1nizaç~o1 podem ser ,,oluntárias (foltas ao trabalho que
como pcrSOnalidades. história pcss<>31, educa• são decididas pela pcsso3) ou involunclril.S (í:JJ.
ção. competências, valores e atitudcs.,sem dei• ras dc,.•idas a mori\'os de força m:aior que impc•
xar de lado aspectos como pcrccpç-ão. tomada dein 3 pessoa de ir tr.1lxtlhar). O abk-ntefsmo
de decisão indi,·idual, aprendizagem e mo1i• impõe custos clc\ t1dos às org.anii.1çõc:s. Uma
1

,•2ção. Ao ingressar na org;,rni'l.1ç:io, as pc-sso.1s pc$Quis3 nesse sentido n.·Yda que o custo anual
possuem características indi,·idu:ais próprias do a.bsentdsmo uhr-Jpassa os 40 bilhões de dó-
que iníluenciarão fo rtemente o CO e serão htres em cmpres:is americanas, 12 bilhões cm
por de iníluenciadas. cmpres:LS can:tdenses. 12 enquanto na Alcma•
nha ,·ai al6n dos 60 bilhões de marcos. u Ourrn
As variiveis independentes condicionam forte• pesqui5.l mosun que a falta de um dia de um
mente o CO configurando as variáveis depc-nden• func-ion.irio de escricório cusu cm m6dia 100
tcs., como nível de desempenho. baixo ab~ntdsmo, dólares às empresas amcrican:lS dc,•ido 30 nlo-
b.1ixa rotatividade, satisf-aç-lo no trabalho e o nível trabalho, nlo·produç-lo. rcduç:.lo da eíiciC:nci:1
de cidadrrnia organizacional. Vejamos cm detalhe as e :mmcnto da carga de tr:ibalho do super.•►
vari;\veis dependentes. sor. 1" Em gemi, abscntcísmo significa interrup-
ção do trabalho, pc-rda de produç.'.io, enormes
prejuízos e até p:1r.1liz.1ç.fo parcial ou tot:al da
Variáveis dependentes do CO fibrica ou da empresa por falt;i de pc$SO.'lS. u
Em sua interaç.lo, as v:ui;\,•cis independentes do Uma org.1niz.'lÇ'âo que tenha 100 p,esso3s e um
CO provocam 0011.seqiléncias ou decorrências na índi« de absemtí.smo de $% pode contar com
forma de vari;\veis dcpendentts, O modelo de CO :1.pcn:1s 95 pc.ssoos no período. Nenhuma org.1•
crwoh·e também c.ssas v:iriáveis dependentes que nizaç:\o pode operar normalmente e nem ai•
constituem os f:uorcs fundamentais que se pretende ronç:ar seus objcci\'OS se as J)($SOOS não comp.1•
:wali:1..r ou medir. As variiveis dependentes s:lo basi• recem com regularid:ide ao trabalho.
cam('ntC variá, eis intermediárias, a S.'lbcr:
1 3. Fi<kfiJ.,,ck: a fidelidade:) org.;miiação fuvortt'C
a redução da rorarivid:ide. A rot.1tivid:ldc ou
1. Dt~mpt11l,o: sig.niíiro a maneira pda qual as tumowr signiíic;1 o fluxo consrnntc de saídas
p,essolS exercem suas fu nções, realizam su:'lS (demissõn e desliga.mC"ntos) e entradas (admis•
atividades, executam S\1as rardas e cumprem sões) de pcsso.'1S n:i org..1niZ,'lÇ30, ou, inversa•
suas obrigações. O desempenho individual mente, a entrada de pesso."lS par:\ compensar a
afeta o desempenho grupal e este condiciona saída de outras nos quadros da organi:ZJçlo. A
o desempenho orpniz.acional. Um dcscmpc· romth'ldadc pode ~r \'olunr.iri.a (qu.1ndo a pes•
nho excelente facilita o sucesso da organiz:i• soa decide dcsligar•se d:1 empresa) ou involun·
ç-ão, enquanto unl desempenho medíocre não tfüi,a (quando a cmpr~ decide demitir a pcs~
agrcg.1 ,·alor ~ organit.'lÇàO. OCO~ profund3· soa. Kja por redução de quadros ou por de•
mente influenciado pelo desempenho indivi• sc:mpcnho Íll$\lficicntc}. O aumento do ttmro·
du.tl, grupal e Otg.'lniz.acional. vtr implica ncccssari:.1mente cm clevaç-ão de
2. F..,,gajamenro: o engajamento à org;.1niz;.1ção fa. cusms de admiss.io-como recrucamcmo. sele•
vorece a re<luç;lo do absc111císmo. Este- se rcíc- ,jo e treinamcmo-bcm como amos de desli•
- CAPÍ'T\ll.O , • lntrodvçéo ao COmportatnento Otoanitacional
2----------'--~---=-------
ElSMER
13

g:unC'nto - como indcnii.1çõcs, :1n1ttipaç.\o de ter um di111a organiiacional sadio, motivar as


férias e de 13-2 s.-ilário. Nas c1npres3s america- pessoas e conquistar seu comprometimento.
nas. o CltitO médio de ro1:nivid;1.de por pcssoo Certamente, a satisfação no trabalho nlo
se situa 30 redor de 1$.000dólarcs. 16 Na medi- constitui um oompom1memo cm si, 111as umll
da em que uma pessoa S3i d:t org.anii.1ção, tor• atitude d.1s pessoas diante da sua função na
na-se neciessiria a sua substimição, que nem org.aniuiçâo.
sempre l fácil ou imediara. Por css.1 r.tt.1.o, aro- 5 . Chladm:ia organiu,cio,:al: cidadania significa
1.11ividadc prejudica a c-íiciência organiiacion.11 ô grau cm que uma pessoa dispõe de um con-
e pode sinalit.1r perda de capit.11 hum.ano para junto de direifOS civis e polilicos em uma de•
outras organi-zaçõcs. Por outro lado, urn índice u:rminad,a comunidade política ou social. A
de r0tati\'id.1dc igual a zero - nenhuma ror:ui- cidadania organizacional expressa um com•
vidadc - pode ter um significado ntgativo: a portamento individual que vai al6n dos coti•
org..1nit:1ç.ão n3o renova seus pArticipamcs e dianos dc,•eres e exigências requeridos pela
torna-se rígida e imut:\vel. De\·e h.:wcr uma ccr• org.--mizaçiio. o que permite melhorar substan-
ta rotntivid.:1de no semido de substituir pessoas cialmente a cfic:kia organizacional. 18 A cida•
com desempenho inferior por outras mais com- dania organizacional mn dccorréncias ~udj-
pcrcmes e mo1iv:1d:1.s, a fim de reno,•ar e trazer "eis como fidelidade e comprometimento das
idéiM novas para a organiz.açJo. 11 E qual to ta· pessoas em rdatio 30S objetivos da org.,niz..'l•
manho de uma rornti,•idadc r:azoj,•eJ? Ixpcn· ção. respeito :ks regras e regulamentos, inicia-
de das c.iraeterísiicas de cada organi~Ç-lo. Or• ti\'3 pcsso.11 acima do requerido, desejo de aju-
g:mizaçõc-s mais conscn·adoras - como ferro• dar e de contribuir que \'ai além dos devC'rt"S
vias, indúStrias sidc:nírgiCM e de cimento - po· do trabalho, volumarismo e excelência no de·
dcm aprC$Cnrnr b.aixíssi,no tumover. ~ tas org..-i• scmpenho. Alguns autores apregoam que as
nizações m.1is cxpost:ts: às mud.1nças ambienmis - organizações que destm'olvem cidad.,nia orga•
como eletrônica, mo<fa~ mídia, propaganda - nizacional apresentam dc$Cmpcnho superior
prodsam rtnovar•SC C01\Stamcmeme e rcque• cm relação às demais. 1'
rcm uma rotatividade maior. No mundo amai
de negócios, uma cerra romti,•idade "olundria As variáveis Intermediárias
dos fu ncion$rios permite :aumentar a ílcxibili-
dade org.,ni1..acional ou reduzir a necessidade As variáveis independentes e dc:pendemcs do CO
de demissões por p.-ine da organização quando produ-icm v::1ri.:h·eis intcrmediirias cm uma Ín(ima
ela precisa dcsacdtrar os negócios. Em geral, rel:iç-io sis-têmic., e não-linear. As vari5vcis imermt•
as org.."1nizaçõcs oferecem programas de inct"n• di5rias mais imponames do CO s.i.o:
th 0 à demissão volunt:iri,a- os chamados PDV
1

ou programas de dtmi~o voluntária - quan• 1. Produtividade: uma organizaç:\o é produtiva


do precisam con.ar cuStos ou reduiir seu iama• quando consegue alingir scu.s objc1ivos, mtns•
nho par., adequar-se ao merC:ldoquc se rcfrai. fo rmando seus insumos ou entradas cm resul-
4. Satisfação ttO trabalho: as organiz.1çõcs bem• tados cada ,·ez m.:iiores e com o mais b3ixo
succdidus constroem um excclcme lugar para custo possível. A produtividade é uma medida
crabalhar e que seja imrinseatmcnte gr:uifi- de desempenho que inclui a eficiê1,cia e a cfi-
ca.mc para as pessoas. A ~ tisfaç\o no trnba- clcfo. A eficiência sig.nifiC'I o uso adequado
lho tem muito a ,•cr com a qualidade de vida dos recursos disponí\'ei.s - ou sei~, a ênfase
no trabalho, assunto que veremos mais :adi:rn· nos meios e processos. A eficiciasignifica oal•
te e que está rdaciOn3dO a como a pessoa se cancc de mcrns e objt"1i,·os prcviamemc defi-
sente na org.:miuç¼o. O g.rau de s.atisfoç:1o no nidos - ou seja, a ênfase nos fins e resultados.
trabalho ajuda a atrair e rc:ter ralenrns, man• Uma empresa é eficaz quando consegue satis-
14 Comportamento Organizacional • IDALBERTO CHIAVEHATO F.1.SEVIER

Varlávels Independentes: Vari-'vels Dependentes:

..o,g._,
V11U1vel:s no N,wt

• Oew,hoO,g, •,.
• Olitura O,g.an,.iac:ion;.
• PfO()N$01delrabo,,,o

-~-··-
V.""'9ts no Nevtl dot Gtupoa:
• E~•Em,,owe,m,ot'lf

_ __
........_..._
Variável, no N...... doa lndlvktuot,:
• Fi<J,olidlOo

• SM!daç6ooomoTrabah>

• Sa:IS&oçto no Trabeh>

Figur a 1.4 . Modelo pars compreender o CO.

fazer com suct-sso as aspirações de St'us dicn• tos, habilid1dcs e competências. A Rexibilid:;,dc
tt.'S. e t cficicme quando foi isso com baixo signifirn a capacicbde de alterar comport:.1mcn·
custo. Se uma empresa melhora seus mé-1odos tos e modific:i.r :1ti\·id.1des em íunç;io de 00\"aS
e processos. ela tende a aumcnt:1r sua dici<n· cxigêncfas internas ou extcrn3S. Refletem a Cl•
eia. $t' da ultrap.,ss., suas meras e objc1i\'OS, p.,cidadc de m.anobrabilidade da organi23ç\o
eleva a sua didc:ia. em situações nov:i.s e diícrcmt'S, Ambas decor-
2. AdaptabiUdade e fl~xibilidad~: a :1d:ipmbilid..1de rem da.s ,·ari-ávcis dependentes do CO.
é d«orrente da fuc:ilidadc em se- ajust:tr a diíe- 3. Qualidade: a pala\'ra qualidade tem muitos
remes simações e aprender nO\'OS conhecimen- significados. Pode significar a capacidade

À A BUSCA DA PRODUTIV I DADE


O índice de produtividade noagrobuslness braallelro está chegando próximo ao dos palses mais produ11vos. Por
exemplo, a produtMdade média na safra de soja ô mt<Slda om toneladas por hoctaro. Veja HtH dados:20

NO BRASIL 12004/2005): NO MUNOO (200-1120041:

-
MalOGrosso

Pa,w
S!oPat.lo
2.9
2.7
2.6
2.4
Esto<IOS Un<los
Atgeo-,na
mgu,,

°""
2,4
2.4
2.4
1.7
MalO Grosso cio 51.1 2.0 ~ 1.5
!I
EUEVIE!l _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ ___
CAPÍTULO 1 •_ _ _ _00
lnuoduçáo _COmporu>menlO
_ _ __ _ _ _ _ __
0,ganizacional 15

de atender J 10do o rtmpo ;ls necessidades 1. Alca11Ge de objctit.'0$ org,ani~âonais: o m C"•


do cliente, seja imcrno ou externo. Ou a lhor destmpcnho da forç:t de u:1b.1lho. :i :1d:1p•
adequ:.1ç:io à íinalidadC' ou uso. Pode signi• rnbilidade e Oexibilidade das pesso.'1S, a inova•
íic;"ir também o grau de conformidade com (.âo co1\S1ame e a s:uisfuç.:1o do clicn1e certa•
as exigências. Ou aind:i o grau de :tdequ;t• mcmc são ingrediemcs que ajudam no ak~rnce
çlo a um determinado padrão wmado co• dos obje1i\'OS org:miiacionais.. Quando uma
mo rdcrência. Qualidadt pode csc:ar nos org:.mii.1ç:io alcança Stus obje1ivos globais, ela
processos imcrnos. no padr:lo de vida org.i• C'Sd transformando-os cm realid-adc.
niz.acional o u nos produtos e serviços da or· 2 . Valor económico agr~mlo: é a riqun:.1 incor•
g:111i1.aç.lo. Ela é mais do que um re:>ulrado porada à org;.miiaçlo cm dccorrCncfo dos rc•
(inal, f um estado de cspírico. E13 é basica- suhados c1ue produzem um emergente sis1é•
mente qualit:uiva. ao contdrio <b produti• mico: o acréscimo de vJlor - tanto rangível.
\·idade, qut é quantit:1ti\•3, O impon:rncc /: na forma de lucro ou capit-Jl financeiro, como
que n3o cxis1c qualidade externa (inscrid:i imangí\'el, na forma de :ui,·os i1wi.sfrcis como
nos produtos e ser,·iços e oferecida ao c.1pital inu:lec1ual.
cliente) sem que haja qualidade interna (mo• 3. Renova(.40 orga,,i:aâo11al: é a con.srnme rc,•i•
do de \•ida na org;miiaç:lo). Em ou1ros ter· r.lliiaç:io d:.. org.·miiação p,or meio de no,•as
mos. a qualidade exu~rna nunc.1 é maior do pni1icas e processos, aumemo d:.. moti\'açâo
que a qu.alidadc interna. nus apenas reíle- das J>C$SO~,s. emu)i:...,,mo, participaçao C' mu·
xo deb. dança ors,.,.nizacional planejada e oricruad:... A
4 . foov.,çdo: (: a capacidade de :t org.1niz:.ç:io org,mi1,.1ç.io que se renova con:i:mme1nemc
crfor algo imeir:.mcme nO\'O e diferente. f.111 nun~ fic3 vclh:t ou uhrapass:id:t.
um mundo dc ncg<kios excremamcmc dinâ· 4 . Crescime1110: é a conseqüência na1ural de uma
mico e mutá,·cl. a c.1pacidade de inow1ç.i o rC'• org.1niz.1ç:io bem,sucedida. O cre.scimcmo rc·
pre~nta urn forte diferencial competiti\·o da sulrn do valor econômico :1greg.,do quando
organi1..1ç:io. lnO\':tr pOr meio de novos pro- cs.tc permite co,,diçócs JXl'ª que:., organi1..1ção
dutos., .serviços, métodos e processos signific.i aumeme suas competências e seus recursos.,
estar na lideranç:.1 dos negócio>. isto é, o seu t:tm.11lho ou m:-aior panicipaç.lo
5. Salisfacdo,Jotlit•me: é a c.ipacidadc de:., orga· no mercado.
niz.1ç.1o atender às exp<.-cta1i,·as e :t\pir~1çôcs
do cliente - .seja inttrno ou extemo - ofere· A Figurn 1.5 sug.trc urna extensa cadeia de \'alor.
cendo-lhe um atendimemo primoroso e con• Olhando essa cadeia de nlor crescerue do fim paro
íidvel. A S3tisfoçao do cliente cons1itui um im- o início ,·c-111os qut·. pMa que a org;.ufr1,.1ç:\o chegue a
porta me indirnclor do suchSO organir...,cional. \'~1rith•cis finais ou resultante~ - como alcançar obic•
Afinal, a orgoniiaç.\o é cr-i:td~1 p:1r;1 ser\'Ír :.10 1in>s. globais, agri-g.1r ,·alor econômico (em termos
cliente. É de que determina ◊ )CU sucesso ou de lucrati\'ldadc ou aumento de seus ati\'OS intangí·
frnrnsso. ,·eii.), renovar e rc,•itali?....u e crescer-. efo precisa g:.,-
r:.mir variá\'cis imerm{'(liárias. corno produ1i,·ida•
de, adapt:ibilidadc e flcxibilid:.tde. qualid.,dc. ino\'a•
ç;io e s:11isfaçio do cliente. Ess.-is v.1riá\'eis in1trm<-·
Variáveis resultantes ou finais
diárias dependem de variá,•ds depcndentt'S como
Por que c-SS;ts \':trii"cis intcrmcdi5rias ~o impor· dc.'$é:rnpc:nho, :1bscn1eí.>mO, ro1atividade. s.-i1isfaç:lo
mmes? Porque produzem as variáveis resuhantc> no trabalho e grau de cidldania org;1niiacional. E
ou \':triávcis finais cm uma cadei.1 de valor crescen• estas sJo dccom:ncias das ,,ariá\·cis indcpcndcmcs.
te. As ,•ari~\'ciS rcsultantt.~ mais impormntt~ do Daí a irnportància do CO: ele t"SClarecc o nticlt.-o e a
CO s.'io: lóg,ÍC';l organi1,..1ciom1I que permite alc:tnçnr o suc:t'S·
11 Comportamento Otganizacional • IOAUERTO CHIAVENATO 1::LSEVIER

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• wo, ~'6tnico aor-oedO

Figura 1.s. As varl6vols lmporumros no CO.

so d.:as organiz.1çõt-s. E o succsSO org.1ni1..1cio1i.1I so·


mente acontece qu;1.ndo as v:iri~h·eis dtpcndentcs • CASO OE APOIO
provocam as decorrências e desdobr,uncntos que
CONSULTORIA ORGANIZACIONAL
ac.1bamos de ,•cr, cm uma cadeia de v:alor cre~cnte
que leva is variáveis rcsuh:1mcs, No fundo. as organb:eç6H precisam apres.entar resul-
tados globais e hoUstlcos que demonstrem su.& saúde
organlzaelonal. Como cons.uttor Ofganltaek>nal, Fr.cl•
Os Novos Desafios do CO rieo Rodriguez sabe que p<ecisa Influenciar positiva-

OCO est~ rd:u:ionado com 3 111;1ncira como :is or• mente os rotutt&dos orga,nluclonals M pretendo &g.r •
ga, valor àt &uas empresas clientes. A.umento da p,o-
g.1.ni;,:açõcs se comporcam cm um mundo din.imko
dutlvldado, redução do absenletfmo e da rotatMd&de,
e em constante desenvolvimento. E o comporca•
molhoria na talitfaçào com o trabalho o cons.cktntiu•
mcnto das organiu\ôes depende dos grupos e indi•
ção da cidadania organizacional são resultados gto-
,•iduos que :'IS fonn:un. A cad:1 di:1 que p:1s~, o CO
bals q..,. Fr~lco tom somp,e om .,,.nto na sua atM-
se d<"íroma com as novas e mutáveis realidades d o
dade p,ofissk>nal. Como medir tais reault&dos? •
mundo do trabalho, coino:? 1

1. O mmulo esJd 11mda11do com uma rapidc~ ;,,.


crivei. A :u:dcraç--lo das mudançns é cada vez 2. O ambiente de negótios C$tá mudando iu~ri1,<tl•
maior. O mundo se ,ornou uma verdadeira ai• meute. Entra mos na Era da lnfonn.,çlo e esm·
dei:1 g.lob.11 onde a$ org.1nizaçôes faze m transa- mos deixando a Era ln<lus1ri:1l para mh . N:.1
ções indcpendcmc de lugar ou tempo. g~s à Era lndusuial, predominavam os ativos 13ngf•
tecnologia d:t informação. Nesse nnmdo glo· ,·ei:) e ~m íbicos como mJquin:lli-. equipamcn•
b.1li-z.1do, a ,ínica consrante é a mudançi COnli• t os, instalações, ferramenras e o capital íinan•
ta1Hé. E a mudança es:ri se tomando roda \'CZ cciro. Na Er:t da lníormaç,jo, cs,ão predomi•
mais dpida e profunda. \'elot e descontínua. n:mdo ati\'OS intangh·cis e ben:) intelectuais. A
!!
8.SE\1ER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ __
CAPtTVlO 1 •_ ____
lnttOdução ao _ _____
Componamen10 _ _ __
Organizacional 17

cm do tijolo e do concreco cs.t:i ct-dendo lug.1.r s . As o,ganizafôes estão mutlamJo. A~ organiza-


para uma no,,a era de idéias e concepções. O ções cs1~0 mud:mdo agora e continuarão mu•
capim! inu:lc:cm:tl esd cm aha. C.,da ,·cz mais, dando no SC'ntido de sobrevi,·er e prospcr.1r
as organizaçõe-$ cStâo :tumenr:.mdo seu ,-.1lor cm um arnbieme de negócios complexo e mu•
patrimonial por meio de ati,·os intangíveis e in• dvel. Nesse sem ido. das c..-s1:lo cnxug,.mdo gor·
1elccmais. O conhecimento <.'$1.Í se fOm:mdo a d uras. reduzindo tamanho, eliminando ní\·tis
mOéda mais importame do 1erceiro milênio. hier.lrquicos. rercciriz:.1ndo 31i,,idadcs nào es•
SCnciais, formando ali:mç.,s com ou1r.1) org,,-
3. A forra de trabalho Ntd m mlm:do. As pessoo.s
niiações, cri3.ndo no\•as cstrurnms mais ~im•
que "ivcm e uaNlh;un nas org:.1nizaçóc-s estão
pies e cíicau.-s. 1ornando-sc globais e utili-
se canK'terizando por aspec1os como diw:rsi-
z..·mdo c1.-cnologias mais sofisticadas p;tra lidar
dadc. novas h:abilidadc:s e competências e di•
com as prCSSÕC..'$ coinpc1irh·as. Mais do q ue
fcrcmc:, v:.1lOrC$ soci:iis. As org.1.niuçôes e seus
isso. as org.1ni1.açõcs n:\o C)llo apena) se aju)•
dirigc-ntcs devem esrnr prcpar:1dos par.1 lidar
1ando às nov3s cxpcctati\·as dos clientes. ma)
com pcsso:is de diferentes ta'\3S e- ccnias.. de di•
1enmndo antecipar•~ -a ela). criando nov,1s
fcrerucs idade) e b.1Sts cuh urais. de difcrcmcs
cxpcct:11h•3.s p3ra os seus produtos e scrviçM.
pcrspccci,,3s e preferências d e estilo de ,·ida e
6. Os geremes e tlirige111es estdo mudando tam•
de diíercmcs valores pcsso:.1is. As organit.1•
çó<:s mmbém precisam es1ar prcp.iradas par.1
blm. Nlo n-sm dúvida de que 3) dircç<X'\ \.\o
clara) e o ÍUturot.':)t,\ >e cklmeJndo lortcmemc.
lidar com pessoas cuja-s h:ibili&,dts e compe·
C:.1da ,,n mais.. os gcrenre-s e dirigente) de- orga·
ténci:tS tsrào se dc:sc,wok cndo «mrinuamcn•
ni1,.1çõcs estão percebendo a n~e..,1d,1dc Jc
te cm funçjo de nO\':lS ccc-nolog_i.'ls e padrões
COllSt'JlHCS ajUSl(.'S e rnudaoças pessoJÍ\ e OrgJ•
de carreira proíi~sional. Em sum:1. a força de
niwcionais para assegur:ir a rompctiti\·idadc
cr:ibalho escá se c:'lr:ac1criz.ando por a~pc<.t()S
cm um con1ex10 c:'lm:gado de dC$.1fios e de in-
como diversidade. muhicuhurnlidade, poliv.t•
ccnez..,s.. Par.u significa ficar par3. tr:is., O pró-
ICnc:i:a, mudança e dC"senvolvimcnto.
prio ccrmoge-reme est:i sendo q uc.-stionado de•
4, As t·xpectativas dos dicnus e consumidores es· ,•ido ao seu canitcr tradicional de comando
tt1o mudando. Nos mercados atuais, somcme hierárquico e de :iutocracia. Vários 1ermos C') •
prosperam as o rg."lnÍtaÇÓi.':S cap3.US de ofcrt• t;l.o sendo u1ifoi::.'ldos p.,ra 1e-nrar sub:.tituí•lo,
cer aos clientes elevada qualidade. melhores corno coordenador. líder. ,oach. focilirn:dor ou
~rviços. baixos custos e \'3.lor agregado. Esta• incentiV3dor a fim de moscrar o seu n O\'O papel
mos n.:1 C'rn da ge)t,i o da qualidade rornl. ou impulsionador e in~pirador. A mc1\S.1gem é da-
seja, 3. gestjo dcdic-.tda toralmcnrc a obter o ra: o gcrcmc ou dirigtmc do 110\'0 milénio
compro mbso de tod0$ os seus membros cm deve fazer os ajus1t-s rornporl'amcntai) e aiitu•
relação j melhoria comínm1 e ao ~u endimcmo dinais necessários p.,rn poder :&)Segurar o ~u
toml das necessidades do cliente. Aumen1:ir o sucesso profissional nos no,•os tempos,
\'alor par.1 o dicme, superar suas cxpcct::nh•3.s 7. O ,011heâme1110 lmmano está se tomando o
e cocam.i-lo pass.""lrtun a Sér o grito de guerra principal fator dt produ(dO de riq11~ws. Os
das org;.1nizaçõcs. Comudo. o cliente não está tradicionais fo1ores de produ~o - n:irnreia,
csd1ico e parado no tempo e no e~paço. Su.1s capital e 1rnbalho - já c~got:.1ram e ex3uri-
expectativas e necessidades cs1ão stinpre mu• ram sua contribuição no que tange à eíiciên•
d3ndo e se tornando cada \'ez mais comple- eia e eíidcia de sua uriliz.1ção. Eles foram
xas. As org:.1niz.ações precis.""lm :tcornp:anhar ou cxcelcnies impulsionadores na Em lndu)•
se antecipar às suas mutá\'ciS expccr:1rh•3.s e triai. N3 Er;i J3 lníormação1 o mundo dos
necessidJdc-s. Daí a i11cess.a111c necessidade de negócios depende cad:a vez mais da produ·
mudança e ino\'aç.io. ç:io de idéias e de conceitos. e os scr\'iços e
11 Compor1amen10 Organizacional • 10Al8ERTO CHIAVENATO EL'iEVlF.R

as iníorm:.çõc:s dcc-orrcmcs do conhecimcn· Todos esses aspt"CIOS c-st;\o requerendo no,•as


to esrao se tormrndo os bens essenciais nego- rn:mciras de lidar com :1-s pcs:so.-is e de adminisn:i.r as
ciados no mercado. Embor::. continuemo) a org.,nizações.
vender ,. :1 coinpr:1r bens m:ucriais. as mcr•
cadorias slo criadns e produiid:1s por idéias
que pron!·m dos prOCt.'SS-Os de p,c-squisa e dé• • CASO OE APOIO
se1wolvi,nento. O S:.ll>cr não é urn bem <-<O•
CONSULTORIA ORGANIZACIONAL
nômico no scmido ctbsico: o seu uso n:'io o
de>trói e a sua tr:msferênci:t não representa O mundo n!io ettâ parado. E nem as organizações do
um.t ptrda para quern o detfm. Ao contrário es1.6Ucat. Ê como se entrasse em um trem em alta ve-
dos bens mzm:riais - sujeitos à c.iepr«foçio e locidade cada contrato do pre.staç.áo do consultori:,
decomp<))iç,lo -. quanto mais u1iliz..1do. rc- com novos cJlon1os. FrOdorlco ROdriguoz: sabo quo
parcido e compartilhado, canto mais o co• ostá lidando com organlz:ações que do entidades dl•
nhecimcmo se t0rn~1 mais valioso. nãmlcas que se movimentam lnce-ssanlemente e que
precisa entrar na corrida ocompanhendo-as na mts•
Além do m:iis. :. n:m1rcza do trabalho dcmro das
mo velocktodo. Pior alndo: Frederico não podo se og..
.org.1ni1.ações
m1cns.1.S. ra1s como: ..
..
. escl p1Ssando por mudanças rápidas e quoeor do que o mundo dos negócios lá fora tam~m
es1.6 girando cada vez: mais depressa. lidar com col•
a.as e entidades em Incessante movimento o crescente
1. Os componcmcs humanos e rccnológicos do mudança i uma das habilldados quo FrOdorleo prtci•
rrnb:,lho estão se- misturando de maneira cada aa de.sonvolver para .ser bem•suee<lldo em suas ellvl•
\'CZ mais intensa. A té<'1tologia e-srá se- rransÍOr•
dades. O que você augerlrla para Frederico? •
m-:i:ndo cm uma p.1nc do org:.mismo humano,
scj;,i p:m, tr:mspone, comunicaç:\o, di\'cnimcn•
ro. trnb.1lho. c."<lucação cu.·. Utilidades do CO
2. Os cargos C$tão sendo cada vci menos defini-
dos e progrnmados. A nmd:mça nas rarcfm• e Toda otg;.1.ni-z;1.çlo ezwoke unM infinidade de intern•
n:1 maneira de rr:ibalh:lr es1;'i dando maior li• çõcs imcrnas e cxu:rnas p:.1ra r~Jliz:.1r suas opcr:lÇ~S.
berd;1<le e :mtonomfo às pessoas. :1grcg.1r valor e ak:.mçnr SC'Ul> objetivos. Para ~r
3. Os trabalhadores témpodrios e o trabalho rc• bC'm-suCédida. :t org:111i1.:.1'Ç'áo prccis::i. lid:trcom vários
111010 cst.lo se tornando uma proporç.'io signi• p:.m:eiros do negócio. 001110 ,·cremos no próximo c.i·
íicmi\'J da força de irabalho. pfrulo. O rnmpo de e)tuclodo CO ;1juda gercnu.-s. di-
rigentes.. consultores, focili1;1doréS e pesso.1s qu<" trn•
4. Os clientes inílucnci:mi o tr:iOOlho que é exc•
bJlh:un cm org;,.niz:tc;õcs:t lid:ar com assuntos organi•
cur·.1do dentro da org.1ni1;aç.io e os padrô<.-s de
wcionais e a melhorar a tíidcia d:lS org;.,ni1..'1Çõcs.
qualidad(" é quantidade utiliz.1dos p:ir:a avaliar
Um gercme que compr«nda CO está mais prcp.1ra•
o trabalho.
do p:.tra conhecer sirnaçócs de tl":lbalho. a lidar corn
5. As cquipes- e não mais os indivíduos isol:tdos
problemas org;.mi1,.'tcion;1is e a ajud31 J>C$SO:.tS e gni·
- estão se constituindo n~,s u11id;1.des•b:isicas
pos :t alcanç.-.r sem, objetivos de maneiro m:tis eíic::iz.
de trabalho. O emporverment (.'$tá aí.
A utilidade do CO consisr·e em:"
6. Os org.·mograrn::i.s rradkionais nlo m:iis cap•
tur-am as n·d<..-s de iníluêncfo e de rdacion:a• 1. Permitir um;1, m:tncirn de pcns;ir si.st<:micamcn· •
mente» que c:aractcriz:un o nO\'O local de tr.1- te sobrt ocomp,ortamemo de ~ : I S e de gru-
b:ilho. En:\o se tornando pc-ças de museu. Ê pos cm trnb.1lho organiz:.1do c intc-g.rado.
que as org.1nizaçõcs C)tâo se ílcxibilii.·mdo e 2. Ofcrcctr um vocabuMrio de ,ermos e concci•
se 1orn:.1ndo c;1d:, \'C".t: mai:,; inregrndas. conec• tos que comp:anilhe-m. disc,.11-:im e analisem
radas e dinâmicas. claramente ('Xpcriências do trabalho.
'""'""" ________________________________
!t CAPh"ULO 1 • lnttOduçào 80 Componamonto Otgani~I 11

3. Propor um conjun10 de 1écnic.is para lidar 5, Criar condições p.1rn 1om..1.r 3S org;ani.7..açÕ('S n'-1.is
com problemas e oJ)Ortunidades: que ocorrem eÍK"::n'.CS e compeciti\'3S de mall('ir:1 sustcm~vel.
em siruações dt trabalho,
Sem dú,•ida. o conhecimento do CO (: de impôr•
4. Dcsen"oh·cr C"s1ratégi:1.s adt-quadas par:i me·
llncia capital para quem deseja nabalhar, adininis•
lhorar a qu~1lidade de vid.a no trabalho e: nas
trar c investir em organiz.açOO ou simplcsmcme cn•
org;.miz..1çôt-s.
1r:1r em corm110 e imer~1gir com elas.

e CASO
AS MELHORES EMPRESAS PARA VOCÊ TRABALHAR"
A cada ano, a rovl,ta Eirame destina uma equipe de fot- peso de 10% e eon11a10 numa avallaçio Jornalistlca
naHtlH para fazer vt11ta1 e emprosH prkl:iulficad.&s com reuni ões com funcl on6rios (do nível operaclonel)
a fim de eotrar no Guia Elcamo - As MetlhO<H Emp,tsH o gerentes que responderam à pesquisa, em separa•
,,.,a Você Trabalhar no Brasil, Para avaliar o lntangfvol, do. A quarta o últlma feso ê umt1 reunlio de consenso
o gula utfllza uma metodologla para transformar a s.ulr entre os consultores da Great Plaee 10 Work ln.slítute e
JMMdado em dados eonc:reios e compar,vels entre st o, fomallstas do gula.
OS elnço valores a roapeito dO ambiento de 1rabalh0 O porlil de cada empren é descrito por meio de:
que n.ortolam a posqul aa aào:
1. Boneficlos.
1 . Respeito. 2. Remuneração.
2. Credlb!Udade. 3. ÊUea o ekfadenla.
3. lmparel alkfade. 4. Dea.envolvlmento proflss.lonal.
4. Orgulho. 5. Equllibrlo entre trabalho e vida pessoal.
5. Camarad:.gom.
As emprens premiadas na ú11ima pesquisa são:
A metodologia foi ertada no Inici o dos anos 80 por
1 . Magazine Lulza
Robert Loverfng da empresa Great Placo to wor1c: lnsll•
tute. Em fevereiro de cada ano as empresas se Insere• 2. Redeeard

vem na pesqul.a assinando um termo de eompromls•


3. Todotehln1

to o aeeltaçio da metodok>gla. Recebem uma unha 4. Marcopok>

de acosso ao sito do gula o doflnom s.o querem que 5. McOonald'a

MUI funcionários respondam à pesquisa pola lntornot 6. Tigre


7 . Natura
ou pelo cartão de leitura óptica do questionário lm•
8 , AES Sul
p,0110. Na primeira fan , os tunel on6rJos são escolhi•
9 , Organon
dos em uma seleção randóm~a para responder à pes•
quita e devem ter liberdade para fa lar sobre sua t-atls• 10. 8ank8o1ton
fação no trabalho. Trata-se de uma pesquisa do clima O que as melhores empresas para 10 trabalhar t6m
0tganlzaclonal (eulture au<lft) que tem o peso de 6544. do ospocl al? Simples:
Ao meamo tompo, o RH reapondo a ou1ro quesUon.ério
sobre políticas de gestão de pessoas, que tem o peso 1 . Elas têm uma crença g4m0ína de que as pessoas
de 25%. Trata-se de uma avaHaçio tknl ca das p,6ti- tio lmprotdndivols para o suco"° dos negódos.
cas e polftleas de AH. Ambos os questionári os são ta• 2. Elas não se eans.am do comunicar, eomunlcat e
~lados para análi.se dot dados. P,sum para a H · comunicar. Assim, permitem quo tOdot lnfluen•
gunda fase H empresas quo obtiveram as maioros no- elom nas decisões que os ateiam.
IH médias na composlção dos doi s questionários e 3. Elas conhecem a sua cultura. Isso determina
do v1sltadat pelos Jorn.allstas do gula. A vl slla tem o aua maneira de lidar com as petsoas. •
20 Comportamento Organizacional • 10AL8ERTO CHIAVENATO

OUAORO 1. 2 As Melhores Empresas para Trabalhar em 12 Setoresn

AUTOMOIIVO: SERVIÇOS FINANCEIROS: FARMAC!UIICO:


1- - - LVS 1-C111bank 1 - O!ganon
2-Pdeg,1no 2-seras. 2 - Pfàe,
3 - TCA 3-- 3 - 8risl01·M)ffi SQulbl>
4 - YaleO Tónnico 4 - llen'I Lyoc,h 4 - Merel< Sllarp & Oohme
5 - Jomllem s- Puu> Seotro 5- S<heón!i·Plougll
OUIMICA E PITROOUIMICA: COMERCIO VAREJISTA· TECHOLOGl>,ICOMPUTAÇÃO:
1 - Monsanlo 1-0pa- 1 - Mictosig,
2-Dow 2- LolosAmo 2-X!IOx
3 - FMC 3 - A!,OAmazõria 3-HP
4 - Cope,ú 4-1.opsReme, 4-RMSistlmas
5-~Tr\lnfo s- 0taoa Ra~ 5-EMC

TELECOMUNICAÇÕES:
1 .. lntefbris
SERVIÇOS: •
1 -Alga<
, __
GRUPO AllMEHTiCIO:

2- Lucenl Te<:M010gies 2-zem. 2 • Elma Clips


3 • Tele De,lgn 3 - Atcc< 3 - IQual,l Cof6 SoiÚl'el
4 - Avaya 4-Paode~a, 4 - Moooca
5-lmpsal 5 - 0rsa 5-W-
SERVIÇOS OIVERSOS: BENS OE CONSUMO. IUOUSTRIAS DIVERSAS:
1-Cecrd 1 • Mulblltás l •A88
2 - Sal""'1s 2 -Gole.. 2- 111ema!iona1P"'°'

·---
3-tesa

5-AESS<II
3 - Mm!ar
4 • Sp,1nQ c:,,,;e,
5- Condo<
3- Cia. Paraie<N Melais
4 - Weg
5-Plsa •

l auestões 1Resumo
1. Você conhece e..~ c-1nprcs:a.s? Qu;11 !>ll.l imprt">JO As org..1.niz:aç~s con·' limcm o ccn~rio cm que 35 pes-
:a rcspci10 dcbs? ~ , pa~m a m:1ior p.1rrc de suas vidas descrnpcnha,,-
2, Como ,·o,cê monuri:t um.:. ~ui~ p.tra :&\'JILu a:i,; do p:ipéi-. difcrcmcs e :adquirindo produtos e serviços
melhores C'mprcsas i»r.a ~ 1r:ibalh.1r? difercnte.s. De ~111, fado, as org.:in izaçõcs n«cssi1.1m de
3. Qu11is ()) i1c-n) qu<" ,·O('(' C'~hc-ri.a para :;i,.1liar <">·
pcsso.1.s p:.1r-;a poderem funcionar e alc-,mç.1r sucesso.
SJS cmpr~.)?
t nquamo. d( ouiro. a.) pcssoos necessitam d:is org.mi•
4. Como ,·océ conchu.iri.a a pcsquiS:1?
S. Como ,·oc(' cmrari.a c-m com.no com os funcion~- zaçôc-s para po,derem vi\·er, tr.1b:llhar, c-ompr-Jr seus
rio) d.is c-mprN.b ;wali.1d:b? bens c '-Crviço-:. comer, diverrir-$-C' etc. OCO refert•SC
6. Como voei comunic:tri:t º" ,c,.11h;1dos da pc... ao c-<mdo de indivíduos e gn1pos :1.tu;u,do cm o rg;mi•
qui,-a? iaçõcs. e recr:u:i a ron1fnua in1cr.1çlo c-mre pcsso,b c
IIIII lntrOduÇâo ao Comportamento Or9&nizacionalCAPiTUlO , •
~
EI.SIMER - - - -- -
Z1

org;mil:.lÇÕCS qu<" )(' iníluenci.-im r«ipro,ci1mc m<". O 1O. Qu:ais 2.s principais v-Jrii,·cis <kpcndrmcs do CO?
conh«imc:-mo do CO é indisprns.·h·d para an3lisar. fa. 11. F~pliquc o que- sig.nific:t produtividade.
u r invc:s1in1emos e obtc-r recornos. ou par-.1c riar nov;i.s 12. Explique o que significa 2.bstmtlsmo.
organii.1Ç'Ó('S, mud:i.r organii.1.çõcs iá cxis1cn1cs., 1r.iba• 13, Explique O que i ignifica rotJtividaclt'.
14. Explique o que s.ignific:1 $1ti.sfaç:\o no rr,tb.llho.
lhar em org3ni:Z.:'IÇÓCS ou. m:ais imporunie :ainda. diri-
15, fu:plique o que signifia cidad:111ia org.1niz..1cional.
gir org.,.niz..1,çõcs. OCO C'lraC'lerizJ•.SC por ser uma di.s•
16, Qu.ais O) dn.afios do CO di.:uue de um nu1ndo rm
ciplina científic-a apliCldJ, por adot:lr uma abordagem
• contínua mudar~a?
contingencial. por utiliz.n metodologia científica, por 17. Explique os dn.aíios do CO dial'Hc- d.:i.s nmd~nç:i.s
ajudar as pessoas a resolver problc-m~ org;.anizacion:ais no mundo dos nq;ócios.
e por cs1:ir rd:acionado com as cii:nci:as socbis.. 18. F.xpliqut os dt'S.líios do CO deYidos is mud.'lnç:u
OCO pode ser abordado em 1rê:s ní\·ei-.: a macro.1• 1u força de mab.llho,
bord.1gem no nh·el org.aniz.xion:al. a meso:ibord:igem 19. Quais O) dt'S.lfios do CO cm íunç!ao das mudança,
no nh·d grup:al e a micro.1bord:igem 110 nh'cl indh•i• n.Js org.1niz.1çócs?
dual. Assim. íoetli.za varii,·eis indcp(ndcntcs situ::id.:,s 20. Por que Ot'Onhcdmrmo está se 1orn:1ndo o princi•
no nlvd do sistema o rg;,,nizac-ional, \'3ri;h-cis no nh•d p.,I fa tor de produçlo n:as ors;,miuçóe's?
gropal e \'ari.iwi.s no nfrcl do comportamC"ntO indivi•
du:al d;tj pessoas. 1\ llm disso, (oc~1fü.:1 \'ariávtis dtpcn•
denics romo produti,•id.,dt, abscnidsmo , ro1.tth ida- 1
1Referências bibliográficas
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ni~.Jtio11.1I lkl1Jvior: S.·mrfog Com1Htili1.'t' Advau•
t.tntC"l-, como o nh-d de mudanÇt no mundo e no :im•
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dicmcs e consu1nidorC'$. n.:ls própri2s org.·mii.,çõcs.. ch:ard N. Osborn. &sic ◊'8-',ti:atio,:.1I 8tl1.111ior.
noromport-anwnto dos dirigcmcs e gcrcmes das org:1- Nova York: John \Vile>' & Sons. 199S. p. 2-l.
ni:z~çõcs c. sobretudo. no fruo de que o conhccimtmo 4. Stcphen r. Robbins. Org;111i:at lo,:al fkh;wio,:
esni M:" tornando progrcssivamcn1e o pri,1cip:1I fator de Co11up1s. Co11tro11n1irs. Appli,atiom. f.ng,lcwood
produç.io. Tudo isSO (-:iz com que o cswdo do CO sej.:i Cliffs. NJ: Prtnticc H;'III. 200 1. p. C-S.
cad.:t \ 'C't m.1i..: impon:rn1c t;uno p.ira o suC'ô-S-0 o rgani• S. Kcith Davis. J-l11ma11 Behnf)f(JT at Worl.: O,sani~.J·
z."\Cio1,:1I. como 1>:ira o sucesso p,csso.11daqueles que li• tio,ral [kh.-,f/Wr. Nov.1 York: McGraw-Hill. 1981.
d:am rom organizaçÕC"S. p. J,
6. Frc-d Luth2.11S. O,ga11iu11io11al Bch.111fr•r. op. ât..
p. 23.
Questões 7. Fttd Luthans. ~,,i~riou.r/ &/Jo:Ji,io,.op. â1.• p. ?J.
8. frcd Ul1h:a;ns, O,g.111hatio11.1I lkhavior, 01,. ât., p.
1. Comc-ntt :a imponjnda das o~nii.açóe's no mun•
24.
do moderno.
9. José A. M.:ucondcs d(' ~loura. Os Fmros da Q:wli•
2. Explique p.1r:a qu" ~rv<'m :as org.miuçõts.
da.de-A E.-.:,writnci.Jd.J '&roxdo 8rJsil, SJo P::1ulo:
3. Oisa11.1 :1 rttiprcxidade e1nrt ~ s e ors,aniz.içõcs.
~fakron Sook:l. 1994.
4. Conct'itue CO.
10. John A. Wagner Ili & John R. HoHtnbt'<'I:, O,ga•
5. Quais as f'in;.1lid.1dcs do Cô?
11i:.atio,1al BdJJl!ior: S«"ri,rg Compdith-e Adtv11•
6. Expliqut' J.S princi,nis ~r.1C'tcrl$1ic;is do CO.
tage. op. â t.• p. 6.
7. Quais.'!.) princip;ais v:1.ri.i,•eis independente$ do CO
11. John A. Wagntr Ili & John R. Hollcnb«k. O,g..1•
no nh·el organiucion;al?
,,i:,a1iQ,1.1I &h.wior: $«11ri,tg ComJNtitit~ Adt•.111•
8. Quais 3s princip;ais v2.ri;h•cis ir.dependentes do CO
rage. op. cit.. p. 6.
no nh•d srup.1.I?
12. S.R.Roddcs & R.M.StcerS. Ata11agi11g Employu
9. Quai:s :is princip:a;is , •.ui,tvris inde-p(ndcntt's do CO
,,bst'nlf'ism. Rcading. Ma .: Addison,Wcslcr.
no ni\'d mdi\·idual?
1990.
Compor1amen10 Organizacional • IDAL8ERTO CHIAVENATO EL')F.VIER
22

13. Extr.tído de: J. Schmid. -Skk Gcnnan WorkC"n. 19. P..M. P<kikoff. M. Ahr:tmr & S.6.M:liCKrntir. •Or·
G<"1 Corpor:uc Medicine-. lnt~nratio,,al Hm,ld g;inix.uional Citittnship fkha,·ior and thC' Qu;uuit)·
' frib1111t', sc1cmbro 2.8·29. 1996. p. 1. :and Qi.L1lity of Work Croup PerfomLUlC'e~.Joumal o{
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indiretos do :ahscn1dsn\V, ,·cj.:i: ld.:ilhcrco Chi:ivc- 21. John R. Schermcrhorn. Jr .. JamC'i; C. Hum & Ri•
nau). &<ttf'$()$ Numa11os: O Capital Hmmmo daJ ch:trd N. Osborn. &sic Org,111i~atio,1,1l Bd1,1vior.
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200• . 22, 0:miel R. llgcn & Ebine D. f\11:i~l:o,. (l'd$.). 'fbe
16. Conforme o :mi~-o: ..You Oíicn L~ thc Oncs Changi,,g Na111rr o/ Per/onnance: lmplicatio,:s for
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p . .S. cisco. UI.: JosJ>tr•B.t». 1999.
17. O.R.O., hon & W.O. Todor. '"fun~ion.:il Turno· 23. J:a)' \Yl. I..QtSCh (F.d.). H a,ufhooJ: ofQsa,:i:atiottal Jk.
\'Cr: An F..mpiric-..111\s.xossmcnt'".Jo11rnal o{Applicd h.tvior. ~'000 O iík. NJ: Prtntict-H,:11. 1987.
Psycl>o/ogy. ck·umbrodc 198 1, p. 7 16-721. 24. Exame, As Melhores EmprC'):b par:t Vo,cf T r.1b.1•
18.. S.W.Org.rn. -v ouOítcn l,.o,.e1hcOnc,;You l.o,·e-. Ih.a,. f.diçlo 2004. p. 28-37.
l11d11s.t')' Wrek. no,·cmbro 12 de 19S8. p. S. 25. lbM. p. IJ-17.
CAPÍTUL O 2

OMUNDO DAS ORGANIZAÇÕES:


GLOBALIZAÇÃO, TECNOLOGIA,
DIVERSIDADE E ÉTICA

Objetivos de aprendizagem
• Definir organizaQC}es e suas caracteristieas básicas.
• Oesetever a sociedade de Of'ganizaçôes.
• Explicar as organizações como sistemas abonos om uma sociedade g!oba.1 zada.
• Apresentar os parceiros da organ,zação e seu papot no sucesso organlz.'\CIOMI.
• Mostrar a tnfluência d-a gk>balização. da teenoJogia, da diversidade e da éti<:a SOO!'o e-:
o,ganizações.
• Explicar a responsabilidade social das organizações.
• Apíesentar os ptincipais fatores que moldarão as organizações no futuro.

• CASO OE APOIO

A DEPENDÊNCIA ORGANIZACIONAL
Pedro Almeida 6 um ddadáo eomum. E como todo ci- lher em casa. Eles pegam a rodovia marginal - onde
dadão comum, Pedro vtve e convive dentro de organl• paga o pedágio para a emp<esa conceuloná.rta - e
U9H1. Trot>e;tha hâ anos na Game $/Aem tempo lnt.,_. vio Juntos ao Shopping Conter (onde estaciona sou
gral como gerente do vendat o ,-e,pon$6vel pelos carro no Partclng Center) para passear. Jantar no resta-
contatot da emptt-1a com todos o, 1♦u1 ellentet ••· urante Supremu.s e assistir a uma fl1a no Clnemar. De-
palhldos pela América LatlN. Todo dia almoça no VJ. pol1 disso, voltam para e.asa passando novamente
va't.. um conhecido rt1tt1uri,nto, juntamente com MUI pel-1 rOdOvla marginal, onde novamente Pedro paga o
colegas. No fim dl Jorni,da, Podro sal de carro d-1 sua pedágio. A Jornada de Pedro mostra a sua estreita de-
♦mp,.sa, pana pela farmácl-1 Rem~lo & Cla. para pendênela com vârla.s or9anlzaçõe1 sem que ele te-
comprar sua medlcaçio para estresse, abastece HU nha plena con.set6ncla disso. Em cada organluçio,
carro na Ga,1011, pusa, pelo 8anco 1nttrnaclona1 para POdro dHempenha um papel diferente e um relaelo-
retirar dinheiro no caixa, etotrbnico o a~nha sua mu• namento diferente. Tente oxpllc-1, Isso. •
Z4 Componamento Otganlnclonal • IOAUERTO CHIAYENATO ELSEVIER

O estudo do Comport3nu:mo Organizacional As org..'1nizaçóe:s im•adem e permeian, tanto aso•


(CO) começa obrig:,1toriamcnrc com o t~ttido da:,; cicdadc c:omo a "ida particular de cada pessoa. Dia-
organi-,...,,õcs. Esse- I: o ponto de p.1rtid:1. Afinal, o riamente C"Stamos em comaro com org;iniz.1çõc~. Se
CO é uma caractcrísrica cspcdfica d.as org:miz.,. n:io participamos delas como membros - no rr~b3·
çõcs: de somc1Hc existe nas organizações. Como as lho, na escola, n~, vida S<>Cial e ch-ic:l, na igreja - so•
organi1,.1çõcs são extrema me me variadas e divcí$ifi- mos afcrndos como dicntt'S, pacicmcs. consumido·
C';ldas, o estudo do CO prccis.1 Kr íciw por m('iO de res ou cidad3os. Nossas expcriêncil.S nn,s organii.1-
um.1 muhiplicidadc de conceitos que dt"SCnvolvcrc· çócs podem ser boo.s ou nús. Algumas ,·eies. as or•
mos ao longo dc:."Stc li,·ro. ganizaçócs po,dem parecer adequadas ou :.1justadas
:is nossas necessidades e. outtas ,·eus, nosso conta•
Conceito de Organização to com cla!Jõ pode provoc:tr irrit-ação e frustração.
E.las podem :Hé 1ornar•SC' um tormento para nós..
Uma org.,ni1,,1Ç.i<> é um conjunto de pcssoos q ue atuam Mai s.1o imprcscindívci:,; para a qualidade de nossas
juntas cm uztu critcrios.t di,•isão de tr.tba.lho par:t ai• \•idas e para o nosso sucesso pe-ssoal.
cmçou um propósito comum. 1 As org.mii.,çõcs são J\..., org.1ni1..1çõe., d(pcndcm d,1s ;ui,•idadcs e dos
instrumcmos sociais por meio dos qu:,is muitas pes• esforços cole1i\·os de mui1as pessoas que colaboram
so:is combinam seus esforços e 1rabalh:im junras para para o succ5-i0 org.1ni1,.1cional. Nesse scmido, as
atingir propósitos que isol:1d:uncmc j;imrli.s podi'• pessoas SJo os ch:,.mados recursos humanos d.as or•
riam faiê-lo. No fondo. ~,s org:.mi~çOO s:.\o um sis- g."lniiações - os indivíduos e grupos que dcsempc•
tema coopcrmivo r:icional. A!lo pessoa))(' dispõem 3 nha.m ath•idades e fazem COntribuiçõe> que tOrnam
coopcrnr cmrc si c!c mancir.1 racional e intencional a org.rniiaçJo capaz de servir :1 um propósito parti·
p.1r:1 alcançar objetivos e proporcionar rcsuh.adCb cular. Mas. p:m1 q ue -as pcsso.,s poss.,m produiir rc•
que individualmemc n:'io teriam nenhuma condiç.lo suhados e proporcionar sucesso e prosptridadc às
de realizar. F...ss.1 lógica pcrmi1e que os ~forços indi- organi-z.1çOO, elas rambém requerem recursos íi~i-
,·iduais e grupais sePm conjug.1dos e integrados no cos e materiais - como tecnologias. ma1érias•pri•
sentido de produ1ir resultados ampliados e expandi- ma>, equipamentos (í..icos, in1t1:.1l:1çõt.~ e dinheiro -
dos. D:ií. 3 import:in<ia do papel das pes.so.,s e sru• que s.io opt•r:,dos e processados por meio do trnba•
po~ no componaml'ntO das org.1niz.1çôes. lho d:u J>e),,S,ô.1>. Tod°"' es~ recul'>Q> - humanos e

QUADRO 2. 1 Vários conceitos de organizaçlo

V6rlos Conceitos de Organlza~ão


• OtpOl'li1Qf6.J JÓO uinidodes. JO<~ C04.I oOfVPOIMl'lk>I tw~ >
inlOftCliol'loll'l'IOffle co.utruídoJ e recons.1ru66M, o fim
do o!ing>f ~ espedl";cos. ht6o induldos. ,_,. conceito os corpo,oc;óe,,, •,c~<;ieo,, OKolos, hos,,flo~. 'ortiof e Of
pri"6ff; OJtdve,m.s,e o, tribos, doUff, grupc» 6micos, gn.,pos. do omig,o,s e fomlio,. 1
■ M QtVOnhoSW• '6o co,oct-,itodos. pot "'"' (.OflfUl'IIO do reloçoet soóoi, ~ e ct.iibtl'Odotnenie criockts. como el(•
pliá,o intonc;6o do olconço, ~iYo, ou Pfop6sÍlos.. M sim, o OfVon«OÇÕO • -..mo ~ S.0001 ct.l'ltro do qvol o, Pff·
som olconçom rob;60s os.KMN, (1'16o nece$.)000mente foce o ÍO<e) entre s.i, no Mil'lrido do focili,o, o okonc:e de um
conjunto do obietivos. ou me10,.'
■ A OtpOtWloç6o , um S.1temo <OO~rotiYo • que tOffl por bo1,e o rocionor.cJode. Elo , um si5te mo JO<iol boModo no
coope-,oçbo en,,e 01, ~uoos e eJCÍ'1e qvondo oco«e m <Of'liUf\tom&nt• '' '-' concf'.tÇ6es.: lnte roç6o en.lre duo, ov moi,
pe1,soo.s.; des.t;o e d!~ de <oopeN>Ç6o; • finolidode de okoncor "'"' ob;etivoCJOmutn. N orgoM.O(Oe, '6o aio;•
dos porool)t.,o esfor<os.i~ d e"'ÓhOJpeHoose okonco,rob;ttNOJq-.,e~nte .tostl)l"l'IOG tenc>m condi•
4
çóes de okonçor.
■ Orgonizoçóo, umoun.dodetoeiol<Ol'ls.âo,ntemen1e c ~. compo,,;tode<NOSou mobcl)OUOOJ,quefunc-lonode
moneito relolivomertte <Ot'lllrwo, com o imuito do otlngir um obiefivo CGm11m. $
!!
Wll\'USR _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPil\JI.O
_ _ _2_ • O_ __
Mundo _0.gani>a.;óes
das _.:._ _:__
25

nlo-humanos- s.-lo indis.J)C'ns,frcis para a produç{io ,•iços. Elas também criam o ambiente cm que a
~ bens ou de scr"iços e. conscqücmemcntc. parn o maioria &1s pessoas p.-.ss., a \'ida e. nesse sentido,
suct-Sso organii.,cional. tim uma gr~1ndc influência sobre o componamemo
As orga.ni-z:i.ções constirncm 3 :1!.:wanc:\ do dcscn• humano. A compreensão do cornpon~unenio das
,-ol"imcnto «onômico e )()C."ial. As rcaliz.,ç<X'S que" pessoas nasorganil.3çócs /:. o objeto b3sic:o do CO.~
ocorrem na sociedade moderna s.-io somente possí• Assim. as organi1,.1ções constimern o fenômeno
,,eis graças ao (-:no de que as p<..'SSo;u agnipad.as cm íundamcnt':.ll pam a comprccns.io do CO. O csrndo
or&,"'lniz.1ÇÕCS se e1woh·em cm projetos romuns. R<-al• do Co dt\'(• começar com as or~rnizações. pois c.s·
mente. a sociedade moderna dcse,wol,•eu-se gr.iç:is t:ts rcprc:scnmm o comexto cm que de se dC$CnrOla.
l criaçio de org.1niz.1ções t'Specialiudas que fome• At org:rnizaçõe-s funcionam oomo sisttmas ;1.bcrtos1
«mos bC'ns t serviços de que cl::i pr('CÍS:I. É duvido- ou sei:t, cm comínu:.1 imeraçlo com SC'U -ambiemc
:ioO que o esforço de uma pessoa i.sofoda pudesse fo. externo e com o qual fai tr<>cas e intercâmbios.
ur muim coi.:i,a dentro de n ~ Socit.-<lade. Na ver• Como sistemas abcrios, as org.,nizaçócs não s.1.o sis-
<bde, vivtmos em uma sociedade org:miucional, temas dcrcrrninís,icos do ,ipo de c;.1usa-c-efeito li-
~ qual a-s organiiaçCX•.:; são as principai:, rc~1li1..'ldO· near. Pelo contrario, as org.111izaÇ'Õts, como vcre•
t.1$ t impulsionadoras da inovação e progresso. São mos adia11tc, s.1io sistemas probabilísticos cujo corn-
ebs que produzem bens ou serviços. São cfos que ponamemo n:io pode ser explicado apenas por as•
impulsionam o desenvolvimento dos países. ~o• p<.-aos SC'parndos ou por relações c-.,uS;Lis simples e
aedade moderna dc-se1l\'Ol\·tu•se alr.l\'és da criação dire,as. A complexidade org.1 ni;i:~1eion:d não pode
de organti.açô<:s cspccialiiadas c.apatcS de fom ccer ser cxplic.ada simple.smeme por blocos de constru•
os bens e scr\'iços de-queda n«essi1-a. O grau de de-• ~o, mas por uma vi~o sistl:mÍC';l. e holístic:.1. que ,•e·
sem•oh•irncnio de uma nação e a qualid:-idt de "id:l remos adiante.
de ~u pQ\'O dependem íundament:.llmcnte da quali• Além disso. as orga11it.1çôcs n:io s.1.o c-.srátic:1s. E
cbdc e s.upcrioridadc-<le suas org:.1nizaçóes. Além da nem ~1.o inertes. Elas têm ,•ida própria. Nascem,
unporrincia par:i as n:lçõcs.. não dc,·emos esqu ecer crescem. vi\'cm e morrem. Nt, verdade. ~,s organiw-
.11mp0nància das org.-inizaçóc:-; par:a as pessoas. São <;ôr:> não são simplc:-smcntc prédios ou conjuntos de
ndas que as pessoas pass.1.m a maior parte de su.1-s s.-.las e de- m:1q11in:irios. A infr.i-csmuurn íísic-., -
nda~ cotidi:rnas. como edifícios, máquinas. cquipamcmos. insrnla-
A primeira justific:.ltiva para a proliícraç:\o de or• çócs - SCt\'e upen:h paro que :l organi1..1çio 1enha
p.ruzaçôes é a de que cenas metas somente podem uma plai-aíorm:.1 para funcionar. ou Seja. para trans•
~r alc.ançad:1.) mediante a aç.i.o co1wergtme de gru• formar insumos- como recursos. matcriai,s. cnergi:i
pos de pesso.-is. Q ualquer que seja o meia - obten· e informaç.lo - cm res.uhados - como produt·o s o u
çlo de lucro,. educaç1o. religião. s:uíde. eleiç.lo de SC"r\'iços. Mas 1.-ssa ath·id:1dc operacional e cotidiana
um C'.lndid:no ou construção de uma es.1rada - . a.s não constitui a essi?ncia dt1s org.1ni1..-.çõcs. Elas s.1.o
OQ;,1nizaçóes se c.arac1cri1..-.m por um comporta· muito m:lis do que isso. Na re:.llid:.1de. as org:.1niz.a• '
mie-mo voltado para determinada mera ou p:.1ra um çõcs são organismos vivos e inteligentes que se ajus-
ou mais objr1ivos. As org.,nizaçóc:s JX·rs~:g.uem mt• tam e se adt1pmm cominu.1 e incess:m1emcnte no
w e objetivos que somemc podem ser akanç,1dos co,ntxto ambiem:.11 cm que vÍ\•em. Tod;wia. não
Jc. modo mais eficiente e efirnz pela ação conjunta $.10 as org,.-ini1.açõcs que ~o inteligentes, 1nas as pcs-

ck indivíduos. As organiz;1.çóc:s s."'l.o instrumentos vi- S<XlS que nelas trabalham e cooperam.

uis p.u:;1 a sociedade. Suas realizações nos campo$


da indústria, cduC'.\Ç:\O, saúde, entretenime1Ho. rc• o Estudo das Organizações
whJ..f'.1m em enormes aumentos do padrão de vida
da .)Qelcdade. Uma org.init.1ç.lo é uma colt.-ç.i.o de pe$$03S traba-
Contudo, as organizaçOC'S são 1nuito mais do que lhando juntas em uma di,•isâo de trabalho para ai•
mtros instrumentos par:t a produç.lo de bens e ser- cançar um propósiro comum. As org.'lniz.-.çócs s.io
Compor1amento Organi2acional • IOAL8ERTO CHIAVENATO HSEVIER

in)lrumcntos sociais por meio dos quais muir-:i.:i J>C)• • CASO OE APOIO
soas combinam seus esforços e irabalham jumas
pam a!C':lnç;,r obje1ivos que sozinhas jamais conse• DEPENDÊNCIA ORGANIZACIONAL
guiri:tm ~1k.anç1r.7t.!_ essa integraçlo de esforços Pedro Almokla participa cnreio ou lnd1retamente de vá•
conjug.ados e coordenados .,que permi1c a con~1ru• r1a.s organlzaç~, das qualt dopendt para trabfilhar e
ç_:io de ediHcios, produção de :mtom6vcis, presta• ganhar seu satárlo, vtver, comer, divertir•st, k>Como-
ç:\o de serviços_, atendimento hospitalar, comcrc-ia- ver,se etc. Em cada organJzaçio, Pedro assume um pa-
lizaçlo de bens e serviços e1c., além de um infinito pel dlferente • e.speciHco, tom uma vinculação diteren•
número de produtos e arividades especializadas.• As to• bu.sea alcançar obtetivos difcrCf'ltOS. Pedro :ioostu•
org.,ni1..3çóes cons1inicm a invenção mais com~ mou-ao lnconsclente-mente a avallar as organtiaçõot
c..s.o.fisllcada do ;;er humano. com quem mantóm eontetot o relaclonamentos.. Como
l As org.1ni1,,1ções se b.iseiam n3 coopcr:'lç:1o eco· cliente, Pedro troe-a olgumas organlz.aç6" por outras
labor,1çâo das pessoas. Na verdade, elas surgir:i.m mais tricientes o eficazes, segundo Mus pontos dt vis•
cm íunçào das limitações individuais d:is pessoas. ta. Também avalia o.s produtos o nrvlço• oferecidos
Juntando esforços, as J>C$S03S con~guem uh rapas• pelas organiuçôes e faz • ~heis, ou seja. toma decl·
SM sm1s limirnçôc) indi\'idu:'lis e alcançar r<!$uha- sóe:S sobro oonlinu.u a comp,6-los ou ttocor por outros
dos que sozinhas jamais podcri:un akançar. Assim, mal.s adequado.s às suas expectativas. Como voc,6 po,
o fundamento das organiiações é a colaboração e a dorta explicar ouo.s &.spectos? •
cooperaç-;lo das pessoas c1woh·idas no .scntido de
alcançJ.r ob1e1ivos comuns. Na verdade. o resulta-
do desse esforço colcci\'O não é uma soma. ma~ 3 As org.·mi1,.nçôcs sio c:ntidade-s .sociais im·emad.is
multiplicação dos esforçoç indi\·idu:1is. Por tss.1 r:.t• <: rci1wcnmdas paro alc:mçu objetivos comun). Po·
tão. o insnumcnto de controle das org.ani;,.açõcs derfamos dizer que as org.1nizaçôcs s.io formadas de
deixou de ser o comando hiedrquico e regr.1.) b u• prédios, insmlaçõcs_, equipamentos, tecnologias, sis·
rocdtic:1s para chegar ao compromi$SO prsso.11 e j_ temas.. proce.)sos de trabalho, recursos oomo capit:il
respon~bilidadc solidária atro\·fs do trabalho cm e maré-rias-primas etc. Tudo isso é correto. Mai. tO•
equipe. das css:is coi53s constituem :t infra•e.)u utura das or•
Demro dess:i colocação. a gc.~1.'io de pc~:1s hoje ganizaçõcs. ou $(.•ja, o arS<"nal de ,neio.;; físicos e con-
se faz em ioda a organi1,.1ç:lo. A) unidadc-s de RH cretos com que elas contam para poderem func io•
fu ncionam como consultores in1ernos. ger:indo e nar. Na realidade, essas coiSl.s física~ e 1angí\'eissão
oferecendo recursos e condições para um cíctivo as que mais m;u cam a preS('nça das org:mi1..ações
gerenciamento do talento~ conhecimento e do capi• tradicionais, mas não s..s\o elas que form;im as orga•
tal humano por meio dos geremc.-s que trabalham nii.1çõt-s modernas. A essência das organiuçôcs
como gc~tores de pessoJS. está nas pessoas. Se:m as pessoas jamais existirfam as
Q.._rganizaçõcs. As pr.ssoas s:\o a alma das org:1niz.1•
Do que São Formadas çõcs. aquilo que lhes d;t \'id.t e vigor.
As org.·tniz.1ções s.io formada$ R.Qr_uJJ.13.integm•
as Organizações? ç:\Óde diferente.'$ ~ 1rso.s. Elas s.io dot'3d:LS de re·
As organiiaçõcs neccssilam dt recursos para fundo· cursos materiais - como prédios, edifícios. instala•
nar. Na verdade, elas f,rncionam como sistemas çõe.s, m;\quinas, equipamentos, matéri;tS•primas
aben os qué apresentam uma incrí\'d rciteraçno dt e1c. Caractcrium-sc como sistemas fec hados. incr~
ócios: importam recuí$0S - na forma de insu111os., ccs e sujeitos a decomposiç~o, dc-sradar.lo. perdas
energia ou info rmaçlo -, procewm 1ais recursos - e dcprecia~:\o. As organizações rnmbém s.1.o dota•
ao longo de seus processos produti\'O S-c expOrtam das de: recursos fi nanceiros - como capital, finan·
recursos - na for ma de produtos, .scr\'iços ou infor• cbmemos~empréstimos, in\'CStimentos e1c. O di-
mação. nheiro .sob a forma desses recursos fi nanceiros cm\
2.
- _ _ _ _CAPfTUlO
_ _
2 • 0 Mundo ~___;__
-.-,.
das Or=niz..,.,_
El.5IMER

Oqu.t6m:

--
Sltisf&ttmne00.....,._

-·-
CriamaçAo-

-
Mol:Namupes.,oes

Organlz:aç6es

.........
T6rnpeuoas --
·-
...........
-
Proce.,soe Conerb,om para o bem
,og..,,. ~
Comunlcom
TQtnOmdoCJ$6N

Fl9ura :Z , 1. Oe que slo formadas as organizaçôes.

sujei10 a inflação. dcflaçio, mercado de capit3is e .à VOCÉ JA SE DEU CONTA DE :


pode oscil:tr em íunção de»es fe nô menos. Ambos
• Ondo voc.6 trabalha?
- recu rsos materiais e fina nceiros - constituem 3
• Ondo vod ottud.a?
~se da conrnbilidade tradicional. S:io ª"aliados
• Ondo voc4 compra produtos o serviços de que
qu:1mi11nh•:uucmc e cm moeda corrente. Corres•
voc-6 necessita?
pondem aos ativos tangíveis da o rg.aniiaç.io. Ou-
• Onde voe6 paga as sua.s contas?
r.amc a Ern lndustri:il, as organiz:içóts tinham o
• Ondo voe6 ae d iverte?
>tu ,•alor de mercado em fu nção d t.-s:scs recursos
org:mizacionais rnng,ívc-is, Além disso, na_Era h1• Certamente você fez todas essas coisa• em vártas
dustrial. as pcswat_qu~ cons1in1íam um:.1 org.,niza• o diferente. organluçôes. Vivemos em um mundo de
~o cr.im denominadas recursos humanos.. Na Era organl:zac;óes onde tudo ô fefto dentro do organlz.11•
da Info rmação, :as pessoas foram alçada,;; à <,11cgo· ções.. Ouat a doflnlçio que voc6 daria: b organWI•
ria de p3tceic.os d a.,0..(g:tniia~ão. Elas não s.10 m:iis çót1? e
~p..tic..d.ack- da org.1niz.1ção. mas col3bor;1dorcs
internos ou c-xtcrnos que- conti:.ibu(nJ para o succ-s•
!íO org:miz.1cion:.tl. 1-J.Qjç cm di!!Já não se fo la cm
adminis1ror as ~ssoas, mas em administrar c~m as
Os Parceiros da Organização
pessoas. El:ls s:\o as rc.spons.ivds pc-13 .1d,ninism1• Antig.1m('nt<.', eram considerados corno particip:m·
ç-lo dos recurSos o rg:mit..1cionais.' tcs das organizações apcn:ts os :icionistas ou pro,
Comportamento O,ganlzacional • 10AL8ERTO CHlAVENATO EI.SEVIER
zt

prielnrios, osadministr:idort.-s-dirccorc."S e gerentes don~riO) e colaboradores. Em algumas circ-unstjn-


- e os íuncion:irios.. Os primeiros comribufam com c-ias. nlguns desses parceiros podem as.sumir um p.1-
o capital fin;incc iro. crédicos e ativos da org:.mi7..'l• pd domin:i.me para o equilíbrio da organi1...1ç::io.
ç.io. cnqmrnto os scglmdos se incumbiam de diri• .\ 1:as todos ele$ mantêin relações de rttiprocid~1de
g.i•fo, e os terceiros de cxc:cumr as tarcfos e opera• com a org.1niz:1.ç:io: proporcionam contribuiçOO
çócs por meio do seu trabalho. b"S:I antiga e rc.-strira cm troca de incentivo), enquanto a org.1ni:tação
\ 1 isão- a dosslwrd,o/ders, aqueles que companilh.i• proporcion:t incentivos cm troca de contribuições.
m a propriedade d:a sociedade - foi :.ubstitufda por
uma visão mais moderna e :abrangente - a dos stake- Relações de Reciprocidade
1,olders. os vários parctiros que comribucm para a
organização. Vcriíicou•sc que. par;,1 poderem ÍUn• Entre os p:uccir~ e a organiz:aç:lo cxbte uma forte
c.·ionM e alcançu sucesso cm suas opcraç~s., as or· rc:lat:\o de reciprocid:ide: a organizaÇj.o espera que
g,.1.niz3çõcs prccis.1.m da contribuição conjug:.1da e si- os parceiros trag.1m contribuiçõt-s e concede-lhes
muhânc-a de vários parceiros. Para ob1cr e incrt• incentivos e recomp«:ns..'ls par.t incenti\ á•los a :m·
1

menmr es~ contribui~o, as org:.mi1,.1ções prccis.1m mtnrnr suas contribuições. Do l:ado inverso. O> par•
faur com que ela valha a pena: a organi-z.aÇjo preci- ceiros proporcionam contribuições t c.sper.1.m in-
.sa rccompcn:;.1r adequadamente c,,d:1 contribuição cemi,·os e rccompenSjS cm troca. Çada pane fo-z in•
com moeda igual ou maior, como ,·cremos adi,rmtc. vestimentos n1 ou1r.1 com a cxpec1·ati\·a de obter re-
Nem todos esses parceiros arn~un nece-ssari;1mcnte tornos mcdi:uos ou imediatos. Cada parte mm:t de•
dentro d:1 org..,ni:tação. Alsuns partidp:imcs podem ci:.ões sobre 1 continuid~ule de seus i1wes:1imcmos
esmr ÍOr:l d.a org.1niz;tç;lo - c-omo os acionisras.,_ os na dependência dos retornos alcançados. Se os rc·
íorn~edore-s e os c-licntcs - ou podem est3r dentro tomos forem s:.nisfat6rio:;. a decis.s\o final scr.i man-
d~, org.1nização - como os diretores., gerentes. fun• ter e continuar os i1westimc111os.

PARCEIROS CONTRIBUtÇóES INCENnVOS


(Partlclpant.,) (lrw. .tlmentos fc,itos) (Rttomoa ttperadiol)

Em-
__..._.._,,
Concribuemcomtiabeflo,

ctotomper.'lO, conh4drnoolo.
$6omod,odolpo, .......
~ - ptêtrios, eloglo$.
~o.oportunida<lk.
_.......no.,,.,...go,
-.competências.

- --... ___..__ Conttb.Jem com dinholrO ~ Sào moêrvad0e Por rerubilidacle,


ln""1ktorff ou lucntMdadt, iQIJOoZ. ttlOfflO
btma dO aQ6es., empróseimOS.
do~menlO.OMótndOt.

Contnbueffl ()Offl nw.orlais. $6omotNadol Por ntOóc>OS,


'°'~ matérioM-pri,,,.._ ~ , .
MMÇOS tlPO(l!tlli~
t&.11Kamenl0, ~ .
roi1omo do ~ o .

Contrltiutm 00l'l"I dWMllro Sào tnOWtdOS po, preço.

-·-
pele aQl.'!SiÇ6odos ptodUIOS qu1111lldt0t, ~ dO
e_, ou ~otereoctoe pela p,agamonlO, W.lstaçéo de
organczaçt,o ♦ pele) seu
<X>MOO'IOOUUfiliUÇ60. Clt o,cp«:iatfVu.

Figura 2.2. Os parceiros da organlzeç6o. 'º


- CAPITUlO 2 • 0 Mundo das Organizações
~
Q.Sl;VlER
- - ---- 21

Aa PNIOll oitl'totm ~

_
como<

_.
-~
• Trablh>

........
•>g--
• ~dC>~

Pessoas Organlzaçbo

14~-ece,n~
como:
• Sll6r1o•BeMlaioe

·-
• Tr~,10••~
• Segurança no Emprego

~ ~
,_ ~..
• ~Ambitf'lle Ot Trtblllo

.
Figura 2.3. Relações dt u,ciprocidttde entre pessoas e o,gan/zaç4o."

Esse processo de reciprocidade(; impormmc pa- 4. Todo parceiro someme mamer:'i sua pan ici-
ra a compreensão dos interd mbios q ue ocorrem p.1ç!io na org.1nizaç,io enquanto os incentivos
dentro e fora da org.1.nização. 0 Jí a chamada ,coria ou recompensas que lhe s.1.o oferecidos fo rem
do equilíbrio org::mizacion:11que pode ser t'Xplic:1da iguais ou maiores do que :is contribuições que
da seguinte maneiro: 11 lhe são exigidas.
s . As contribuições u:uid:.1s pelos parceiros con.s•
1. lnc,mti1,os ou alici~11tc$: s..s\o "'pag:1men1os" 1irnem a fonte da qual a organii.1\àose supre e
feitos pela organiz.:1ç'io ~,os seus parceiros (na ~ alirnema para proporcionar os incemi,·os
forma de :!tali rios, bendícios, prémios. d o• aos parceiros.
gios. opommidades. rcconht-cimcmo. di"idcn- 6. A organit1ç.áo será ..soh'entc'" - e cominuacl
d os.. preço, qualidade. atendimento etc.). existindo - someme enquanto as contribui•
2. eo,,1rib11i(&.s: sao os ..pag:unemos" que CJda çóes forem suficientes para proporcionar in-
p.1rcciro cfcma à org.1nii.,ç.io a q ue escl lig.1do centivos ou recompcns.'lS cm qua111idade e qua•
(na forrn.1 de tra.bruho. dtdi<'aç\o, esforço. habi- lidade suficiente de modo 3 induzir os pareei•
lid.-WC::S. compct( ncia-s. prc.-ço. fKklid:uk etc.). ros :\ prestação de comribuiçõcs.
3. A organiz.1çio é um ~istema de compomunen•
tos sociais imer-rdacionados de numerosas De um lado, as organizações est,io disJX»ms a ofc•
pc-5$035 e outras org.1nizaçôc-s que s.\o os par• rccer incentivos e alicicn1cs para os seus p3nicip:.ln·
«iros J 3 org:mizaç\o. Cad:i parceiro recebe tcs desde quc estes lhes dêein um re10mo SJtisf:uório
incenti\·os o u r«ompens."\S cm trorn dos qu:ais - expectativas d:as organii.-içóe$- cm termos de con•
fai co11tribui<Ol-s j organiz:iç,.lo. lribuiçõcs. trabalho, alcance de objclivos e re5:ulra•
Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAYENATO P.LSEVIER

do:,. Por ou1ro lado, as p,tSS<>as cst;.\odispos1-a-s a fou:r ção de algumas expe-ctati,•as. Embora es.sasexpe-cta•
contribuições desde que CSt3S produ:tam um rt.'tOrno tivas mudem de pessoa para pessoa, elas :iprcscnr:tm
s:nisfatório - expccr-:1tivas d.as pcsso.,s - em termos ctnas semelhanças. Em geral. as pcsso.'ls busc,101 em
de inc.·cntivos e :1lic-icntcs, tr.1.balho. S31:\rio. bendí• uma org.,nizaç.'io:
cios, incentivos. oponunidadcs e qualidade de vida.
Ess:is relações de interclmbio entre organizações e 1. Um txee/e,,te /11gt1r para trabalhar: onde as
pc~:, dc\·cm ser rclativ:unentc cquilibr.1.das, o que pcsso3s tenh:101 orgulho e bem•C$rnr íísiro e
significa que ambas as partes devem ter algum rctor• psicológico para trabalhar. Principalm1:me,
no significativo nesse rcl:"1cionamemo. O cham.1<lo q ue das si1H'am que são irnporcamcs., v3liosa5
equilíbrio org.111i1..1cional dttorre exatamente disso. e que seu trabalho é imprcKindivel para o ~u•
Assim. pessoas e org.-u,í1.ações estão c1woh•id.1S cm cesso da org:;iniiaç5.o.
um (mimo e prolong.,do inter-relacionamento. Um.1 2. Recou/Juimc1110 e recompensas: como salário,
e:,.pl'Cle de ~imbios,c. As pessoas precis:un das organi- Mncífcios e inccntl\'OS que rr,1duiarn o reco•
1.açõcs pam rrab.1lhar. colabor.1.r, p:micip.1r e g:rnh.ar a nhccimemo pelo bom tr:.1balho. As pessoas cs-
vid:t ou pm-a obter produtos. serviços. emrc1enimcmo per:un ser reconhecidas e rttompen.s:ad3s pelo
e conveniências. Por ou1ro lado, 3S org,.·mi1.:.,çõe, de- seu desempenho. Isso serve de reforço PoSiti-
pendem de pessoas p.1r:a poderem opcr:ar e funcion:u "º para que elas aprimorem eada "ª mais o
satisf.nori:tmcmc e vender seus produtos e serviços. seu desempenho e $(' simarn s:uisfeit3S com o
C.'ld:t pane n.io pode vi,-er ou sobre\'i\·e r sein a Otll'r.l. que esttlo fazendo.
Há uma dependência múrua «:nrrc cl:JS. Mais do que
3. Oportm,;dades decrescimento: eduetçfiO e car•
isso. um:i expc.-amiv-a rcdpróCl que realimcntl seus
reira que 3$$tgurem condições para o de-sen•
rdaciomuncmos e interações. voh•imen10 pesso;-il e profissional. As pessoas
prcdsam sentir que existem condições de 1>ro•
O que as pessoas esperam grc.'SSO dentro d:i organit.tçdo e que ess.--is con·
da organização diçôc.s est.\o co1almente à sua disposiç5o de-
pendendo cxclusiv3memc de seu esforço e de•
As pcsso.1s se semem impelidas a ingressar cm um:1
dicaç.io pessoal.
org.1ni1..1ç:lo. :.1plic:.1r seus miemos e competências,
trabalhar, assumir riscos e ,~cfo p,ennantter cm íun- 4. Participa{dO 11as dccisdes: envolvirncmo e in-
clus.1o das: pessoas nas decisões principais da
org.1nii.1ção. Elas preci$.'l111 sentir que p<>dtrn
.à. O EQUILÍBRIO ORGAN IZACIONAL panicipar das decisões da organiz::,Ç'âo que
Pot que alguma1 o,ganlzaç6es No melhorot do qut lhes dig."l respeito.
outrat? Por que algumas organlz.açóea do bem•su• S. Ubcrdade e autonomia: responsabilidade~-
cedidas enquanto out.rH vivem etemamente b voltas ai pelo tralxtlh-0 é indispens.·h·el. Isso signifie3
com problemas o cr1Mt? Por quo etgumas são bri- ausêncfa da gerência rrndicion:al e do velho CSfi-
lhantes e lnveJadaa enquanto outrat do desprezadas lo de corn;,1;ndolobt'<fíência ou de ordenv'submis•
e maMslas? Por que umas c,oaeem o-nquanto O!Jt.ras são cm mxa de um novo estilo de lideranç,/
1.lmp101-mente murcham e desaparecem do cenário? É cooperação ou de ob;«h·a'compromisso.
dilicll explicar as ruôea. As organluções aio entkla• 6. Apoio e suporte: por meio de uma lidcranç:i
des complexas. Quanto mais as estudamos, m,ls to- renovadora. coaching e que prop0rciont re1a-
mos a estud.ar. Quanto malor o conhocimonto tobro guard:t qu:tmo a oritntaç;lo1 aconselhamento.
organizações, tanto maior 4 a percepçio da nona lg• preplra~o. cap:icimç:lo. dirccionamcnt0 e
norànela a respeito delas. Contudo, quanto mais co- impulso às pc)S()aS.
nhecemos as organliaçôes, tanto mais temos condl•
7. Emprrgabilfrladc e otupabilidadt: 3 emprega·
ções de Udar eficiente o tHeazmentt com elas. • bilidadc significa a <':tp:icid:tdc de c.-onquistJr e
!f__________________
ELSIMER
CAP1TU
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oa_na •çoos
'-- SI

mam<:r um emprc-go cm uma org:.,.nizaç:\o, F..stá 8. Camaradagem e tolcguism o: as ~sso:is bus•


reladonad:., com a m:.1nu1cnção do cmprt..-go e é c-:im um rcktcionarnento humano íntimo e
uma C1.r~1cc,·rística das condições de perma1'k:'n• franco c:uactcrizado pelo respeito nnírno.
eia e Qt.lbilidade d.'l Era lndu:mfaJ. 0col'1'e confiança recíproca e .tmiiadt autêntica.
que, na Er.1 da Informação, o emprq;o t')tá ~ 9. Di1,' trtimtnlo . alegria t sati.sfa{.40: tr:idutidos
corn~mdo cada vci mais ílcxh'tl. nnuável, par• cm um clima o rg.·mizacion;il agrad:ivd. dcs·
cial e- ,•irtual. Daí, a necfflidade de oc-upabili- oomr.tído e informal de trnbalho cm que :as
dadc: ,1 c.1pad&1de de manter uma atuali?.açâo ~"s se sentem bem e dcscj:1m pcrm:an~cr
profissional intensiva e connamc que ,t.Ssegurc e colabornr.
íle,:ibili<fade, op,onunidades de- rnrrcira. projc•
1 O. QuaUtla,le de vida 110 lrabaflx>: trnduzid:t cm
tos, rnrcfa&. dcmro ou for;i. da org."lniz.:aç.\o. Isso
termos de s:uisfoç.io no n;1balho, ;1dequaç.io
cscl se tornando mais impQrt.imc do que .sim-
da 1.ircfu, cuhura e dim.i o rg.-.niz.tcional, cspí•
plcs.mcmc garantir a scguranç:i no emprego
rito de equipe e de cok·guismo, s.1lários e be·
ana...'ll, cujo concc:ito está sofrendo enorme cro-
ndícios percebidos etc.
s:l.o em funç.ào d:u mud:mças pro,·oc:1das p,el:1
lt"Cnologia da infom1:1ção e pel:a globaliz.,~o.

.
~

·-
~
...eno. bontlí<:ios Ooo<t-
de ~ o :
edUcaQ6o•

--
çenMa

...
Ubetda(fit e
...onomia

O que as pê$$08S
esperam da organização
-(=-----------...✓.lótrançe
., :::.. Apolo•~t'Of"IOYadott.

~-
-

Figur a 2 .4 . As expectativas dos PHSoos nas orgonlzeçóos.


Comportamento Orgenlzaclonat • IDALBERTO CHIAYEHATO F.LSEVJER
n
• CASO DE APOIO ç.âo na sociedade e no :1mbic1uc e que poss.1.m
comribuir para a realiz.1ção da 111iss.io org.1.ni•
DEPENDÉNCIA ORGANIZACIONAL zac-ional. Ess.a contribuiç;io pode ser tanto
Na empresa onde trabalha- a Alpha Center Ltda, - Pe• m:1ior quanto mais a pessoa C)tc;a focada na
dro Almeida é gerente de manutenção. Pedro, ambl• mi&,ão de )Ua org.·mizatão. A mi.ss:l.o org.:1.niz.1·
clo&o e alimenta multas oxpoctattves em relação ao cional pode ser di\ ulg:ida, di.scutid:i. qucstio-
1

que espera de 5ua organização. Elo txi&ea um oxco• n:1d:1. rcpens.1da. Mas ela preci~ sempre estar
lento lugar para trabalhar, reconhoclmonto o reeom- na c.1bcç:a e no coraçlo das pessoas.
pontas polo stu dotompenho, oportunidades de cre-s- 2. F0to 11a visão de futuro: f- importante que as
clmento, participação nas decltôos rtl&donadas com pessoas conheç:am os objetivos organi1,;1.cio·
seu trabalho, liberdade e autonomia para trabalhar, nais e a \•isjo org."lnizacional desejada par.1
apolo e tuporte de seus superiores, empregabilidade que p()SSam contribuir p ~1r:1 o futuro da orga•
o oeup,obllldado, cemaradagem e coleguismo, d iverti- nizaç'io. Quando das conhc,ccm períci1amcn·
mento. alogrla o Hlittaçáo no trabalho. Pedro estâ ln• te o que a org:iniz.:1ç:io pretende ser em foturo
tereuado em melhorar sua qualidade do vida. Como 1>róximo O\I remoto. podem ;.ijudá-la a ai•
ele poderia alcançar tais eitpectaUvaa? • canç:u as metas e objc1i\·os definidos. A con·
tribuiç;\o d.:1s pcsso:is se tornt1 mais eficaz ;\
medida que conht.-ccm os objeti\·os íu1ur~ da
O que as organizações org.,nizac;ão (e, melhor aind:.1, se participam
esperam das pessoas dé." sua íormul:u;lo).
3. Foto do clielllt: o clicme é fundamental para
1O m1b.1lho organizacional depende fundamental-
a organizaç.io. Quem trata o cliente s:1o as
mente de pesso~,s. Embora :as organil.JÇÔl"S possuam
pc-»oa.s que :uuam n:.1 periícr·ia organiz.:1cio·
recursos próprios ou não - íin:mceiros. matcri:ais..
nal e que tran~1cionam ou se relacionam di-
men."adológ.icos - e urna iníra•estrutur~, ttcno!óg.ica
retamente com ele. Quando as pe-!lsoas t)táo
- m:1quinas, equipamcmos. lccnologia -. elas n<."CCS•
focada) no cliente, elas podem melhor servir
sif3m de pessoas p.1r~1 tniliiar tais rmirS<» e operar a
aos interesses deste e contribuir para a sua s..1•
tecnologi:a. E de maneir., dicientc e cíicn1,. Não cxis•
tisfação.
cem org.1.niZ.1ções sem pessoas. exatamente pelo furo
de que os rccurws e a tecnologia não s.io :u110- 4 . Foco em meras e resultados:ao i1wés de foca r
$UÍtcicn1cs: des são inertes e cscltiros. Requerem os meios. tornou-se mais i111por13nre focar os
pc.-ssoos de \•:1rios ralemos e compc1êncfas para urili- íins. As pessoas cs1,lo melhor.indo seu dcscm•
zJ-los e operá-los adt..-quad;imente. No íundo, recur• penho para akanç:ir mct:.'I:> e re.sulrndos dt"Sc•
:;;os e 1t..-cnolc>gi:.1 funcionam como íerramentas ou jados. O c-mninho (: impor1antc, cntrct:into
insm1111emos de trabalho das pc-sso.tS. Daí a nec~i- mais i111port3ntc (: aonde se prc1ende chegar.
dadc de :1umcnrnr gradath·amente a e11,aciração d1s 5. Poto em mel'1oria t dtseml()fvimt nlO co11tí•
peSS0.1s para ac,m1panhar o clpido dtstnvoh·imemo m,os: isso :.igniíic., um sen.so de inconformis•
<la tttnologia. Quando uma org;.,niz;iç'io admirç pes· mo com o sta/115 quo, ou seja, uma atitude crf•
soas para crab:.llhar ou col:ibor:1r, cl:.1 depebira «ms rica qu:amo :.o presente e uma preocupação
cxpccr:ui\·as nas pessoas.. ~1uito emborn as é."Xp«'t:lti• const:1mc de mclhor.u e melhorar sempre ru•
va.s mudem de ors-1.niZ.1çâo par;i organiz.1Ç'jo. das mo à períeiç.to. Em outras pal3vras. :tS organi•
:apresentam ccrr:is simifaridadt..-s. Em ger:.11, o que 3.) z:.1çóts estlo prt-cisa.ndo de pessoas preocupa•
org:.mi1,..1çôcs bu!.C.1m nas pessoos s.io MJ>(ctOS <."Omo: das cm mclhor:ir e des<nvoh·er mé1odos é."
prOC(."SSOS. produtos e scr,,•iços. agregar valor e
1. J~o 11a missão orgp,riwôom,I: (: import:mte c-riar riqueza. Todas as pçssoas dc\'eriam estar
que as p<.~so:» conhcç:1m o papel da org.1ni1..1.• cons1antementc preocupadas em u,rnar :.1 or•
!f CAPiTuLO
EI.SEV1ER _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___ 2 •_
O Mundo
___ das_
Organizações
_ _ __

g.1ni1...1çlo mais dicaz.. em t0rnar o c:lientc profission;1I p:.tra adapmr•se ~s mud:rnç:is que
mais s:nisícito e cm se tom-ar mais valiosas a ocorrem no ambiente de negócios.
cada din que p~. 1 O. Ética e respousabilidade: as pessoas precisam
6 . Foco no trabalho participativo em equipe: cm ter uma condurn den1ro de um código de ética
lugar do trabalho individual. scp:irado t iso- e de respons:ibilid.idc solidári~1. No fundo. as
lado. Hoje. é mais importante juntar do que organiz.,çõcs prccis.1m de p..-ssoas que foçam
separar as pesso:ts. O uabalho cm equipe - m-ais do que os seus deveres usuais e ~1prcscn·
com p3rticipação e e1wolvimenco - tem um ·,em um desempenho que vá além d:.ts expcct:.1·
deito multiplicador de ralemos é comperén• tiv-as., mas dentro de padrões éticos e respon·
cias. Por essa nrllo. o trabalho conjunto e SO· s,h·ds.
lidário éSt:\ em alta nas org:aniz.açócs, seja
como células de produção, equipes muhifun•
Contrato psicológico
cion:li.s. equipes de ah o desempenho. equipes
au1ogerendadas. íorças•t:.uefas. grup-Os de en• E.».""LS expcreuivas nu'11u.:1s-d, org.,niZ3çà.O e das JX'S·
volvimcnto eu:. so.,s -ger.1m as condiçóc:,, p:i.ra :1 definição do contra•
7. Comprometimento e dedicação: embora a 10 psicológico. N3osc tr.m.1 de um com rato íormal. le-
u-:adicion~ll e velha íiddidadc do cmprcg.1do g-al ou corwencio1ul. mas de um conjumo de expecta•
à emprc.-s:t cmp rcg,,dora esteja indo para o tiv:is - quaSé sempre pouco definidas ou esclarecidas.
museu diamc das mud:rnç-as no concei,o de nus importantes - que, se não :ucndid-as por qu-alquer
emprego - como emprego p-arcial, emprego d'\S p.,nes envolvidas pode prcjudic:ir o rdacioll,"I•
de meio período, tr-ab-alho remoto, home of. memo entre org.,niz.ição e pcs:so:u.. que é regido Por
{ice, trJb:tlho comp-artilhado. cooper-ativas esse comr:no psicológico. Embom nem sempre h.,j.'l
de trabalho etc, - as organi1.-ações espcr:.lm um acordo formal ou :11,go cfarnmeme dito e acord.1-
compromisso e dedicação das pessoas que do, o contrato psicológico é um emendimcmo l'ácito
nelas trab:tlham, apes.ar da ttmpor:tried:tdé e entre indi,•fduo e org;.111i1.:.,ç\o, no stnrido de que um.'l
da loealidade do trabalho. C:.lda pessoa tsc3 vasta g.,1.ma dt direitos, pri,·ilégios e obrig;ações consa•
sendo tntendid;1 corno uma forntce<lom de grados pdo uso secl-0 respeitados e observados pelas
talentos e competências para a organização e panes erwolvida:i. O rontr:.uo psicológico é uma ~l>é·
não mais um funcioná rio burocr:u-a como an• cie de acordo ou cxpecr:niva que as pessoas mant(m
tigamente. consigo mesmas e com os ourros. No fundo. cacb pes·
8. 'falemo. habilidades e tom/>eténâas: e.ada soa represc1H·a seus próprios com.ratos que regem tan·
pessoa comribui com rnlento. habilidades e t'O suas Ttl:tçócs interpessojis, como o re-lacionamemo
competênci.1s pessoais p-ara a org.mii.1ç:io. que m:.m1ém consigo mesma (relações i111rnpessoliS).
Ess.1 é a r:n:io fundament;1I pela qu.11~1 org:.1· Uma fonte comum de dificuldades nos rel:1cion:unen•
nizaç:io -accit-a pessoas p:.1ra nela trabalh-ar. ros imerpessoais é a fah~1 de :1cordos cxplk i1os e ela•
9. Apr~udizat/o ~ ere.sâmtnto profi.ssioual: a ca• ros. As pessoas nem sempre dizem .ibcn:1 e explicita•
pacidade de :i.prender e de Crt"SCtr profissio• mcn1e o que querem e do que precisam. A inrcr.tçio
nalmemc é indispens.ivcl para que :ts pessoas emre :uub.1.S as p.irtes - pessoas e org."'lnizaçõcs - de·
mantenham sua empreg;.,bilidade e ocup:ibili- pende de como :1s expectativas m(nuas csroo sendo 3).
dade no longo pr.uo em um mundo de negó• canç.,das e :iatisfeira.s. O contrato ~icológico íuncio•
cios em consrame mud:rnça. e tr:msformação. na como uma norm-1 de n.-c:iprocidade entTC as p.,nes
l$:SO significa. mudar continuamente o perfil envoh,id.1s.
Comportamento Organizaclonal • IOAL8EATO CHIAVEHATO EI..SP.VIER

............ ...........
- -~----Oda
......
c:titn:•

··-
Fccolf'l\tnelM

O que as organizeç6és
esperam das pessoas
-
-...-
......
~
•oedk:8Qào

- tlieae

Figura 2.S. As oxpoctativas das organlzaçóos com rolaçlo ,h pessoas .

• CASO OE APOIO O Ambiente


DEPENDÊNCIA ORGANIZACIONAL Tudo o que \'imos amuiormcnte foi pane do que
A Alpha Center Ltd.a. - empresa onck> Pedro Almelda tra• comumcmc se- denomina ambiente imcrno: nido o
balha - 6 uma organlz.açto exlgonto. A d 1roçio da orn- que ocorre dentro de uma org:.mi1,.1ç.lo. É o que se
preaa tem multas expectativas a rospalto do tJab.'111\0 CIO com1m:i i;-:h:1mar de ambiente organi1.o'KiOnal. O que
seus membros. Ela requer um toco na mlssto organlt&- 1ramrem~ dorav:m1e nesta SC'ÇáO é o ambiente ex·
cionaJ, na visão de Muro o em metas e resultados a so- 1erno: tudo o <jue ocorre fora da orginiiaçJo. mas
rem efconçados. Atêm disso, Impõe que cada membro que a iníluenci:1 de maneira consrontc e poderosa.
ostoJa foe&CIO om sua prõp,ta melhoria e deseÔvoM. Doravante. quando fala rmos de ambic111e, f'Starc•
monto contínuos., no trabllhO p,rdctpallvo em eqolpe:s., mos nos referindo ao meio ambiente externo que
comprometiiMnto o ffdleaçio ao t,ablllhO, contrlbul• c1woh·c a org.1.niuçào.
ção com tal e-nto, habilidades o compttêncies. aprendl• As org.'lnizaçóes n:\o ,,i,·em no vácuo. F,. nem são
r.ado e crescimento proflnlonal e t'tlca o rOSi)OnN!t>III• auto•suficiemcs ou autónomas. Para ){" cornprecn•
d.ade. A organização ostá Interessada om Obter o mó.xi· der melhor a din:imic.a org.,niz:,cional precisa-se a.n·
mo de seu pe:s.soal nesses aspec:tot. Como a AJpha tcs entender o contesto em que :l5 org."lnii.1çõcs vi•
Conter podef1a atcançar tais expectativas? • ,·cin e prolií('ram. Es.iamos nos referindo ao ambicn•
!I
ELSE\1ER _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ ___
CAP1T\Jl0 2 •_
O_ __
Mundo _Otganiz"90eS
d.. _ _....;._ n

1c. ~definição simples de ambicmc é diu:r que • Variáveis culrmais: a cuhurn de urn PO\'O pene•
ele é tudo aquilo que est~ fora de uma org.1ni1..'!Çjo, tra 11as organiz:açõcs por meio dJ.S cxpé.'crnti, as e
1

Mas, olhando de íor-1 para dentro. podemo), di• modos de pen.s.u. :.1gir e )Cntir de- SC'us parcici•
icr que o ambiente é o ,ontcxto no qual a org.ani• pames e de S('US clientes.
7.c-1~0 c~tl in~rida. 0.1neio ambiente ou comexw • Variáveis leg,ais: s.'lo dccorremes d:.1 lcgislação vi•
ambiental rcprc-:sema tO<las as forças externas que geme que aíera direta ou indiretarnc.·n1e as org:,•
inílucnci:1111 as organizações e o seu coinpomuucn- nizações, :1uxili:rndo•2s ou impondo-lhes rc~ari-
to. Nesse scotido. o ambiente ( ~ligo \'~1Sm. imenso. çóc$ ou limiles às suas operações. As lei3, de cacl-
complexo. murável e dt$:lfiador. Com essas cirac- ccr comercial, ci\'il, trabalhista, fisc.i.l etc. consti-
tcríStic:1s complexas. o ambiente 1raz inccrtcia ~ or• tuern cltmencos normativos p:irn a vid:i d.as or-
g.1 niiaçlo. f..s:,a inccrté:'ia n:io rc~idc no ambiente, g.1niz.1çõcs.
mas na pc:rccpçíio das pessoas que dirigem ou que • Varid11~is polrtiltls: s:\o decorrentes dos v2lores.
trabalham nas org:miL1ÇÓC$. Dc1Hro de um ponto decisões e definições políticas tomadas cm nível
de \'i~t;i mais amplo, o ambiente n~o é soincmc federa l. estadual e municipal que influenciam âS
composto de omras org..1.nizações. mas t-:imbém de org.,nizaçõcs e que oric-nt:un as próprias condi-
um romplcxo de forças e vari:i.\·ci.s imcragcmcs - çõc-.s t.-conómicas e lcgais..
cconõmicas, tccnológ.ic.is. culturai~ legais. políti• • Variáveis demográ(,cas: s.io decorrentes d3 ttt.-<:I
case demogr:iíicJS - que são ícnôm<'nOs :1mbien, de crescimento. populaç;lo, raça.. reli,gi:\o. distri-
rais que íorm:m1 um cnmpo din5:mico de forças e buição geogr.H'ica. distribuição por )Cxo e idade
aprcscnt:1m um eíci10 sistêmico e resultantes que
e detcnninam 3$ e:1rn<;1erístiC3S do mercado :uu:11
nem sempre podem ser prcvis1:1s. Daí a inccnc,::, e futuro das org..1niz:içócs.
ambientJI.
Ambiente específico ou
Ambiente geral ou macroambiente ambiente de tarefa

O ambiente geral ou macroambicntc é o :ambicmc De um pomo de \'Ísta mai> próximo t imedi~uo, C3d:!I
maior cm que es1jo localiz:1das :as dem:iis org.,niza• organi1...1ção se rompona cm um nicho ambicm:11 CS·
çõcs. Por ser , :1s10 e comum a rodas as org.1ni:,...,.
1
pccffico que denominamos ambienie de rnreía. Cada
Ç'ÕC$, o ambiente geral~ constituído de inúmeras ,,.,.
org;,miz.1ç5o tem o seu cspccífic.-o :.uubieme de t:1refu
riã,·cis: IJ que lhe proporciona as e11t-radas e saídas nt.-<ess;iri:is
~ sua subsistC:nci:1 e sobrevivência. De um lado. o am•
• Variá,,e;s e<-o,zómicas: cons1i1uem a C$trutura e biente de tarefo. oíerece oportunidadc.-s e recursos :\
conjunnira que de1crmin:un o desenvolvimento organi1.;.1ç-.fo, m;1s por outro fa do. lhe impõe coações.
económico ou a rctraç-lo cconómic:1 e que con· conlingênc:ias. dt'$1ÍIOS e ameaças.
dicion:am fom:mcmc as organiiaçõcs. A infla• O ambiente específico - o segmento ~unbicm-al
çâo, a b.llança de pag.,mentos, a distribuiç~o de mais próxi1no t imediato de C:.1da org•mi:t:içlo. t,1m-
rc-nda imern:'l s..s\o M()<'ctOS económicos que in- bém chamado de ambiente de tarefo ou microam•
flucnci:i.m :,s org.1nizJçõcs. biente - é o :1mbiente de op,er:!lçóes da o~niz..iç:\o.
• Variáveis tccnol6gieas: :, tecnologi:a - principal• do qual ela extrai suas emrad:t.S e deposita 3-ua~ ~aí-
mente a tecnologfa da iníormaç.:io - provoca das. É constinaído de: 1~
profundas influt ncias nas org.1ni.i:açôcs e na :ma
maneim de comporrnr. As org;.,nitaçôt-s prcci- • Formxedorts de trttradas: s.'lo os pr0\ cdores de
1

sam ajustar-se e ad:1pt:1r-sc às ino\'.ições tecnoló- mdos os tipo$ de rttursos de que um.:\ org.mi:z..1•
gicas que provêm do ambicme gemi para não ç:io nt-«SSÍt3 paro lrJbalhar: r«ursos ma1erfai.s
perderem sua compe1itivid:1dé.' diante d:'ls outras (por meio dos fornecedores de mat~rias-prirnas
Orsz'nizações.. que íormam o mercado de fornecedores), rccur•
Comportamento Organizacional • 10Al8ERTO CHIAVENATO f.~EVmR

sos financeiros (por meio dos fornecedores d e • Órgdo5 reguladores: (':ld.l o rg:aniiação c..-stá sujei•
capiral que for mam o merendo de (.'lpitais), rç• 1:1 ~ ação de várias o rg.-inizaçõcs que pr<>eur.lm

cursos tecnológicos (:uravés dos fornecedores de rt-gular ou fiscaliza r as suas 3tivid3des. Solo os
tt.-cnologias) ('IC'. An1igamt'nt<", inclufom•se aqui sindicu os. a5SOCiações de classe. órgãos regula•
os rt'C'ursos humanos (por meio dos fornecedo- mcn1adorcs do go,·erno, órgãos pro1el0res dos
res de talentos que fo rmam o mercado de recur• cliemes. organi1..1çôes náo•go"ernamentais etc.
sos humanos). hoje denominados parceiros ou
colaborndores d.a o rg.1nizaçâo. Mui1as org3ni1..1çõcs. escolas. hospitais, sen•iços
• Clil'ntes, usudrios ou ,onsumidores: S3o os coo• 1n'iblicos parecem muar os clie1ucs. estudantes. p,1-
sumidorcs das s~lidas da org~miz:1ç;'io. Moder• ciemes e cidad-3os como se: ele.s exisri~m p~•m a o r•
mmtt•lll(', os dicmes são os condicionadores g..1nii.1çJo. e não o contrário. Muitos administrado•
do sucesso o rgani:r.acional, i:no é. são aquclé"s res também sabem mtnos sobre o ambicme do que
que definem 3 qualidade e adequaç:\o dos pro· sobre qualquer o utro aSpc-ctO de sua a1i,·idade. O
du1os/sen 'iços oícrt·cidos pela organii.ação ao ceno é que c.ad.'I organização lida cominuamc:nte
mercado. Se os dierues do conquistados e corn o seu ambiente - principalmente com St"u am•
znamidos. a org;1ni1,açio será bem-sucedid:1. bieme de tarefa. Enquanto o ambiente geral é co•
C:t.)O con1rário, a o rgani1...1ção não terá condi• mum para todas 3.) organiz..1çõe~. o ambiente de ta·
çóes d e sucesso. refa con.s1i1ui o cenário imediato de operações de
• Concorrentes: cada org;.1nização não t'Stá sotinh.'1 cada org.-inização cm panicular. l:s:so >igniíica que
e nem existe no vácuo, mas dispm!l com omra.> ()), "alores e necessidades da sociedade dc\'Clll cons·
org:1ni1,.1çõcs concorren1es os mesmos re<\1rsos tiniir as prioridades do administrador.
(enimdas) e os mesmos toinadore.s de suas s.1í• Quando uma org.1ni1.aç.ão define o seu produto
das.. 0;1i os concorrentes quanto às c:mrad:as de o u serviço e qu:mdo escolhe o mercado onde pre•
recursos e concorrentes quanto 3 clientes e con· tende colocá-lo ela está definindo o seu ainbie,nt de
sumido res. tarefa. ~ no 3mbitnre de urd3 que a organii.1çio

-
AMB'f.NTE GERAL

-
C COn6fw

AMBIENTE OE TAREFA
(:onQQI,. . . teo~•·

ORGANIZAÇÃO

o...,.-

Figura 2.6. O emblemo geral e o ,mblenre de ,,,ela.


!I
ELSE\1ER _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __CAP1MO
_ _ _2_• O_ __
M uOdo _Orga,,izações
das __:_...,;._
17

tst-abel«e o seu domínio. ou pelo menos. procurn tivas, txperii:ncfas. problemas. convicç()C..'$ e moti•
es1.1bek-c~•lo. O domínio depC"nde d.1s relações de vaçót..-s. Cada organi1,.1ç;lo J)<'rcd>e t· intt·rprcta de
pock-r ou dt-p,end~ncia de um;.1 org.·mi7,.1Çl<) qu:mto forn1a própri:1 c peculiar o contexto ambicm:1I. Isso
aos íomcn'Clorcs de ~-uas cmr:.d~ e dos tomado res <k sig.niíka que um mesmo ambiente pode ser perccbi•
su.\S ~íd3S. A o,~1.ni~lo ttm poder sobre seu :unbicn- do e interpretado diÍt'rcmeme,ue por du;1s ou m~•is
te de 1-ard-:1 quindo 3S sua.s decisões -afc1am ~ d«iwe.,. orglni-z.,çôes. É a cham:1da percepção ambicm.11,
dos íomt.-c(-<lorcs de emradal, ou ro1t>untidorcs de saí• que é uma construç.lo ou um conjunto de infonn:1•
das. Pelo contr:1.rio. :1 organiz.'lÇ;lo tem dcpçndÇnda çõcs )C:Jc:cionadas e cstrnturndasem função da expc·
em rtlaç;\o ao seu ambiente de tarefa qu.ando as ~u:,~ riênci:.1 anrcrior. intenções e mancirns de pcns..1r dos
decisões dependem d.:i.l> dec~ tomadas pelos S(uS dirigentes de cada org:.miiaçlo. A percepção dcpen•
fom«filores de entradas ou consumidores de s:iídas. de muito daquilo que rnda orga11izaç'io considera
De um modo gcraJ. as org.1ni1,.1çõcs procur.i.m aumcn• rdevame cm seu ambiente. Como o tunbicnte não~
t:lfo seu poder e reduzir ~a ckp<:ndê-n<ia quamo ao es1~tiro. nem fixo. mas extremamente din5mico e
seu ambitme de mrc-ía e csrabclecc-r o seu domínio so· m\1t.lvel. as org.1ni1..1ções s.;o informadas das \':trfa•
brc o mesmo. Esse é o p.1.pd d;,1 cstr.ul-gi.1 org.1niz.'lcio• çCX"s que ocorrem. desde que cms v:ariaçót.-s ~jam
nal. <k que tr.u:arernf» mai.~ adi:uue. sufidcmc:mcntc cl:.1ras.. importantes ou rdevantes e
A coruprecnsào das fo rças e c-omponcmcs ~un- que estejam acim., de um lirni:1r de sensibilidade c:i·
biem:tis é fond:uncm.11 p:ira o sucesso org.1nizacio• paz de :alt·rtar•lhcs a :tccnçlo. Assim. a pcrcepçlo
nal. Toda,·i3. ~ compreensão não f ohjcci,·a e rc• :tmbiemal cstti ligada à capt:1\"àO e 1ratamento da in•
alís,;irn. mas predominantemente subjcti,•:t. Efo c.-st.1 forrnaç.lo cxtenu consider.tda útil. Todavb. qu:m·
sujéit:t :t um proocsso de seleção e de percepção por do falamos cm selc~lo e pcrcepç.3o ambicnt.11 C.)ta•
pane dos dirigcntt--S de cad.a org.1niz.1~lo. mos querendo dizc:r que não são 3.)- org.111i1..1~ôt-s em
si que selecionam e percebem seus ambicme.s. mas
as pessoas: quc administram as org;,rnizaçõcs. 16
Seleção ambiental
As org.1.ni1~çócs não s.io c1pazcs de compn~cnde-r tO•
Consonância e dissonância
d.lS as condiç~ ,·ariá,•e is do ambicntc dc uma só ,·a
P:tm lid:.u com :t complcxid,1de ambicmal. ~\S org;mi- Ao selecionar e percebtr seus a,nbientt."S. as org,.1niz.1•
Z3ÇÕ(S sclccion:1m seus ambicmcs e p:J;S$3m a vi.suali• ÇÔé.'S procur.tm reduzir a disson;lncia e mamcr a con•
iar o seu mundo exterior 3~11a.s nas panes escolhid;;'lS so1ünci.:1. Exi5'c u1M forte ncct"$id.:1de de con.sonân•
e stlecion:ld3s desse enorme conj-umo. É a ch::im:id.1 eia e cot-r~ncia na vida das organiz.:1çót."-S. A conso•
sc.lcçjo arnbicnral: apcn.is um3 pequena porção de 10- n5ncia signiíiC'3 que :is presunções da org.1ni1..1ção a
d.'LS as variáveis ambienrnis 1>:micipa realrnc11tc do co- re.spc:ito de seu ambiente :;,.10 confirni.,das na pr3tiC'3
nhccinlrmO e da cxperiCncfa d.1. org."lniz.iç.lo ou dos e no cotidiano. F..ss.t oonfirmJç.io serve paf':l reíorç.u
seus dirigcmcs. Em ,·ez de con~idcrar o :unbient1: ainda mais aquelas presunções. Com isso, a Ofl?lllÍ•
como fci10 de coisas - como m:uérias,primas e maré· z:ição mantém a cocr~nci.a cm seu componamcmo.
rias-primas transforinadas-. as organlz:u;ões inu:rpre• ou seja, ll('u compoName1Ho pennanccc cong ruente
c::un a sua rtalid.1dc externa por meio da informaç-lo. corn suas presunções. C1da iníormaç:'io ::unbiental
O ambie-mc signifk-Mivo plr.t a org;inizaç-loé descrito rcccbid:1 é comixu·;.1da com as dt-duçbes anteriores.
p0r meio de informações sclt."C'ionadas p.1r-a reduzir :.1 Se a comparação rc\'da alg,tun dcs,·io, incoerência ou
:ambi_gOidadc- exiS1cntc l,á fora. u dissonincia, :t o rg:mit:tção tende ;1 rC:$f:t.bdccer o
cquilibrio desícit0, seja modifi("3ndo suascrenÇ\S an·
1eriorcs. seja desacrcdi[;Lndo na no,•-:1 informação rc•
Percepção ambiental
cehid.1. N:t \'trdade. as org;.1.11i:t..1çõcs esmo diante dc
Al~m di$SO. :1s org~rnizaçóe-s J)<'rcebem subjtii\'a• um continuo e iníindá\'cl processo dc rC'duúr adis•
mcmc seus ambientes de acordo com suas C'XJX.-Cl;"t• oonlncia a rt-spci10 dc seus ambicnu,-s. 1"
Compor1amento O,ganizactonal • IOAUERTO CHIAVENATO f.LSEVrnR
31

• CASO OE APOIO Toda or~niiaç~o am;i cm detcrmin:ado ambicn•


te e su:a existência e sobre,•i,·C:ncia dcpçndcm da m.,.
DEPENDÉNCIA ORGANIZACIONAL ncira como ela se rcl;iciona com c»e meio. O siste•
Pedro AJmelda aabe que cada organização atua em um
ma abcrw apresem-a fronteiras -ahamcmc permc.l•
mundo do negócios globalizado e envolvido por fato-
\'eb, que permitem um constante imcrc:lmbio de rc•
rot éCOn6mlcos, teenológ~ot., sociais. cutturals, le- cursos, cnergi.1 e iníorma~o com seu meio arnbien•
gais. pofítlcos e demog,.flcos. 5ab0 tembêm que cada te, <lo qu:tl recebe os insumos (enrr.1.das ou iupulS)
organização tem seus fornoeedOfff., CliOf'ltOI, conoor• nc.."Cc..'SSJrios:) sua sobre,'i\'ência e às suas opçmçóts e
rentes e órgãos reguladOfH dos quais deponde para no qual coloca os: rc:i-uh:idos de suas operações ()aÍ•
roaliur seut n~los. AI> avaliar soa org,aniza,çào - a das ou outpurs) na for ma de produ1os ou scr,•iços.
Alpl\a Ctntt< Lida.... como Pedro poderia carKterlzar Enquanto os sistemas fechados - como as máqui•
o sou ambiente gorai o cspe,eiflco pera propo, provi- nas, equipamentos e hardw,,res físicos - se cont.-c-
dências quanto à oxpanl&O dtl companhia? • rnm com o ambiente de maneira p re,,isívd e mec~,-
nística por meio de cntr3das e saídas pçrfei tamcntc
conht."Cidas e que têm um comportamc11to prc\·isf·
,·cl e predeterminado - os sistemas aberto) - ronu.>
Organizações como 10<los os seres vivos, organizações. :1 c.-conomia e a
Sistemas Abertos própria soc·icd:tdc - imeragem dinamicamente coin
o arnbien1e atra,·é-s de um1 multiplicidade de entra•
As org;inizaçõc-s íuncio11am como sistemas abertos. d35 e saída~ que não >30 cxat:uncme conhecidas e
Isso signifiC":I que elas estão cm um processo comi• nem obedecem às relações direr;is de cau.)a e deito.
nuo e inccssamc de troe~ e intcrc.\mbio:,. com o am• Daí o compon-lmcnto complexo dos sistemas ;1ber-
biente. Em outras pal.a, ras._ a org:mi1..1çáo como um
1
tos. Eles n:io s..io coisas. mas org.1nismos complexos
:,.i:.tema abc:no é pane de uma socitda<le maior e (: que se comportam de mandr:i complexa.
co1htirníd:i de pan es mcnorc:s. EsS3 i1Hegt3ç:\o cn· As org:rnii.1çõcs como si)temas :tbcrtos ;1prescn•
tre as p.-ines menores produz um t0do que não pode mm as )eguimes caracrerís1iro.s: 11
M'r comprtcndido pçla simples "bu:tlizaç.i.o d.u vá•
ri3) panes 1omad3s i:.olad-amcmc. As organit.1çOO • lmportaç.do e ~:<portacão : a org,.1.nizaç.\o importa
:.."lo vi:;;t:J.S como >i>temas dentro de >btemas. Os sis• continu::uncntc do ambienic os recurso), m;11e-
temas :..-io complexos de dememos cm intcraç-lo 110 rfois e energia nt.-ce$$.1rios para ab3Stcccr suas
).Cntido de akançar objeti,·os. OJX'raç<k-s e exporta continu1mcnte para o 3m-

--
Ambttn1t Ambientt

Entradas Organlzaçjo Saidas


como um
CoMec:rrne,mo .Sistema Aberto

Rt trooçto

Figura 2. 7. A organizaçlo como um sistéma abérto om inro,açlo com o t1mt>lonro.


~
WIMllll _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ ___
CAPITUI.O 2 •_ _ _ das
O Mundo __O,ga,-zaçóes
:.,__;_

biente os prodmos ou serviços que produz. De pai (:lt;lCterfsti(:I idcmificadora d.as org.·miza•
um lado. a o~nização 1em suas emradas pro• çõe.s como sistemas aberto::..:i Enqu~rnto uma
vind.1s do ambieme e. de outro. 1cm suas >,1ídas máquina não pode mudar suas engrenagens e
par:& o .imbicnu.·. E»e íluxo de impon-ação,cx• um animal não pode crfo r uma perna ou c.1beça a
pom1ção é a camctcris1i<.l pri11cip.1.I d:t organi1.,a- mais. a organiz.,ç.lo pOde modificar coininua-
ç.\o como sistema ;1bcno. mcme a sua consi:ituiç'io e estrutura p.tra melho-
• Homeostasia: é a 1cndênci:, de o sistema abcn.o r~,, o :i.lc,rncc de seus objetivos.
pcrm:mt"«r em um t'QUilíbrio dinâmico m.:imendo • Ntgenrropia ou entropia m-g.1tfoa: a entropi:t é
o seu stalt,s quo interno. O sis1em,1 abcno pr<-cisa urn processo pelo qual t<xfas :ts formas org.,niza-
mamer uma ron)t.inci.J no interclmbio de tiH.·rgia das 1':ndem à exaust.io, à dC>Org;1ni:,..1ç-üo, à de•
importada e exportada do ambieme parn 3SSCSl,1· si111e-g.rnç3o e, por fim. à monc. É :1 degrad:içjo
rar su.a ew.ibilid:l<lc e $0b-reYi\'ência. A homeostasi.:1 cípic:i. dos sis1emas íech:.1dos que sofrem dcsg.as•
g:iramc a ~abilid.1de- e o esrndo íirm1: do sistcm:i tt. di:cornposiç.io e dc.:pr<.-ciaç:io. Para sobrcvi•
a ~r de tod.:is as \ :.uiaçóes que ocorrem no :un-
1 ver, os sistemas ~1bertos se reabastecem de insu-
biente. Ela cnf.u i:r,a o processo ou :ui,·i<l-tdc:. inter• mos t eoergia :ilC:m de su:,s ncccssidadt..-s básicas
nas da org.1niz.lÇ'lto. i:>tO f, a buSC3 de eficiência in• no scmido de ma111er inddinid:uneme ~ua estru•
terna. A homeostn.sfa leva ~ rotina e à consen":lç.lo tum org:11üz.1cional por meio d:i emropia ncg.1ti•
do )ÍSttm,1, e g;,ir..1111c o equilíbrio dinâmico d.1 or• va. Com isso. os sistcm:,s abertos evitam a entro•
g:mii:.ç-ão <'m um contexto v:i.r,i\·cl. •• pia arr;l\'éS da impOrtaç:io de qu:uuidades maio•
• Adaptabilidade: é :1 mudanÇ1 na organiiaçâo do re::. de energia do que elas devoh·c:m ao ambiente
sistema. n;i :iU:t in1e-r:.1ção ou nos padróc-s rcquc• como prcxh110 ou S(.'rviço. Parte da entrada de
ridos para consc-guir um novo e diferente c-.stado energia cm uma o rg.,niz.1çio é in\'cStida direta·
de equilíbrio com o ambiente externo, mas por mcntt para proporcionar ~1 &1ída o rganii.,cional
meio da :1her.1ç:io do sc-u statm t/11<> interno. A na form:1 de prodtuo ou scr\ iço. Outra parte da
1

adaptabilidade ocorre graças ao processo de re• cnm1da de cnergi:1 é absor\'ida e consumida pcb
troaç'io </ttdb:zck) para manter a org..,nização própria organi1.~çâo p:,ra compens.-ir a perda de
viável. A r('lrC).iÇ:lO jX'rmitt que a saída de um energia . entre emrnda e $.11'da.-~"
sistema influencie posiriva ou ncg.tth•amcme a • Sinergia: é o oposto da cmropia. Representa um
su:i cmr;1da no sem ido de :1ju.srar o sbtema a de-- esforço siinult:inco de várias partc.-s ou subsisu.~-
termin:1dos p.1drõe-s <le funcion:tmento ou corrl• m35 da org..1ni1..1ç.io em benefício da nu::-sma íun•
sir possíveis desvios. Ess,.-, ÍOC'.alii.1ç\o .1dap1:11i,,:1 ç:io. Assim. a si11ergfa é um eíeilO muhiplicador
e ecológirn das org..1ni:iaçôcs 1r:.1z como consc- d:lS panes fazendo com que o rc)uhado de urna
qiiênci:t uma í~li~1ç-üo nos rtsulr-ados (s:iJdas org.-iniwç...io scj:1 diferente da sorn:t de suas par-
ou 0111p111s) cm vez da ('nfaS< sobre o processo te) ou de S<'uS insumos:.?I A aritmética organiia•
ou :ni\'idadcs d-1 org.,niz:.-içio. Ênfase sobre a efi, cional é diferente da aritmética m,dicional. As•
dcia e não exclusivamente a i-nfase sobre a cíi• sim. 2 + 2 pode ser igual ou m:tior do que 4. Isso
ciência do sistema. Ao comr:.irio d;,1 home~t.isia, mostra o ernergcnie sis1êmico. ou se~,. o r~uha-
;1 ad:1p1abilidadc leva à ruptura, à mudança e l do do t()(lo pode ser maior do que o de suas par•
inovação no sistema para que ele: possa :ijuSt-ar-se tcs. Quando menor do que 4, temos entro pia de•
¼s demandas mut:Í.\·cis do ambiente cxterno.!O \'ido às perdas do sistem:1. Além disso. as caracte-•
• Mor(ogbreu: é uma decorrência da :idaprabili• rística.s <lo SÍS{cm a podem ser complcr:uneme di•
dade do sistema aberto ao seu ;unbie,m:-. Dife• ferentes das camc1erfsticas de suas panc..-s cons1i•
rente do que ocorre nos SiS,1cmas fechados e me• tuimes. A :\gua, por exemplo. é complec:11ne"ntc
dnicos e mesmo dos sistemas biológicos, o siste• difcreme d:is car.;1.ctcrí~ticas de seus componcn•
ma abcno t<'m :i C1pacldade de modificar a si tes. o oxigênio e o hidrogênio. A ílor<.-sr.1 é com·
próprio dt· maneiras estnuur,1is. b$.1 é a princi• plcr:imente diferente de su;,1s árvores.
Componamen10 Organizacional • IOAL8ERTO CHlAVENATO F.I.SF.Vlf.k

Es5,., é a razão pela qual n pcr$pcctiva sis1êmica gurança. m:mutenç.âo de ruas e t':Stradas. Na su.a
ou holísticn tr.'lz uma n0\'3 m:ineira de ver as coisas. grande maioria, as organizações n~o•lucr.1tiv:1s s.\o
N.'í.o somemc em 1ermos de :.1br:mgênd:1. mas. so· repaniçõcs públiC3s. or~niZ3çóes municipais. esta•
brc1udo qu:rn10 ao enfoque. O enfoque do iodo e duais e (eder.1i.s1 presídios. ab.,s1ecimen10 de ~sua e
da) panes, do que está demro ç do que está fora. do esgotos etc. Grandes org.1.nil.;1çõcs industriais pro·
10tal e da cspeciali:r..1ç:io das pam.·s. da inu.-grnç:io duzcru automóveis., alimentos. roup.-u, prodm<b elc--
intcrn:1 e da :1d:1p1:1ç.lo ex1crna, d:1 <·íiciCnci:;1 t da troclc1rõnicos etc. Pequenas organiz:1ç-O<:S ocupam
cíidcia. A vi!--iO global ou gc~táhica da) coii..."l) privi• nichos c..-sp«-íficos de mercado ainda não explora•
legia a co1alidadc e as suas panes componemc-s sem dos J>("las grandes. Existem org..-iniz.;1çócs de todos
de:,prciar o que cl,amamos de emergente si.stCmico: 0$ tipos: e caracu:rís1icas. Efas nascem. crescem. \'Í•
;IS propriedades do toclo que não apar«cm cm ne• vem e morrem, passando pôr ciclos vimis de cresci•
nhuma das partes. Trata-se de ter ;i vis:lo do bosque mcmo. manirnç:'í.o. cxp;in.são. consolid:tç-ão e declí-
e ntlo d<· ('ada jn•ore. A visão da cidade e não dé.• nio como qu:1lquer org,.,nismo vi,·o. O:ií a comple•
CJda prédio ou edifício. O importante é a visão J3 xidadc do cnudo do CO.
organi1..,ç:io toda e não ;ipenas de cada uma de )Ulb
panes..z4
Globalização
Organizações como Além disso. hi o impacto da globafü..1\-d<>. A glob.1li-
Sistemas Sociais zaç.,o é um processo de cxpanS;.\o «-0nórnie."1 que
dermb:t rodas as b:.1rreiraS para o interdmbio t'COn<>•
As OQtanizações são si.s1crn:1s so<i:iis. isto é, sistc• mico e co1npc1iti,·o, sejam elas sociais, cultura.is. am•
mas com1>0st0s de pessoas cm contínua e incc..-ss.,n• bicnr::iis.. bicas. lcg.3is. fin.1nceir.1s ou Políticas. El:i
tt· interaç:\o. Tudo o mais signific:a inírn•estnuurn foz com que produtos, SC"rviços, recursos. :mcf:nos e
ou plataforma de trabalho. como prédios. instala- idéias de 1odos os países sejam forç,1dos n competir
ções. mjquina$ ou equipamentos. Na verdade. as no n"M:rcado mundial. Tudo isso depcndé de reduçâo
organiiaçõcs rcprcS<ntam a coordcnaç3o de difc• de amos - como salMios. :tpõios sociais. condições
rentes aüvidades de comribuinic-ç incli,•iduais com de sc.-gumnça no trabalho, prm~o ao ambiente -
a finalidade prcdpua de efcrnar transações pfone· que podem dwniir o :unbieme no sentido de incre·
jadas com o ambicnic.H As coniribuiçõe.s de cada n.rnr:u a produti"idade e aSS(-g,urnr a dominação
pessoa à org~rnizaçâo v:iri:im cm função nlo so• econõmka. O succs:so ncss."l cornp,ctiç..'í.o acirr.,,da
mente das )Ul\S diferenças indi,·iduais. conheci- pôde ser medido pela lucr.uividade - a ra1.ão entre O)
mentos e compctêncfa.s. inas 1an1bérn dos sistemas rerornos financeiros e os custos de produção. f>;ira
utilizados pela organi1,.;1ção. contrabalançar os problemas dtc0rrcntcs da globali•
~o - que não dependem do dCSC-0\'olvin,cmo eco•
A Sociedade de Organizações nômico internacional, mas <L1 concorrêocia b.1scada
no lucro-. tom:t•se n«tSSirio criar n0\'3S formas de
As org.1.nizaçóçs \'Ívem e se comportam cm um organiz.1çio que pô$).1m ser b.1scad:a.s cm valores.
mundo de organiwçôcs. E a sociedade depende do produti\'idade eficienu: e produção de bens de alta
funcionamcmo dessas org.1.nizaçôcs. O propósito qualidade sem destruir o ambiente. dc.-grad:u a vida
de q ualquer org.1ni1.aç.lo é produ1.ir um bem ou ser- humana ou dcsfigunu culturas de minorias. Trata•sc
viço que seja útil para a sociedade. As organiz.1ç6cs de criar íormas de dese-n\'oh·imemo c.-conômico sus·
lucrativas produu:-m e vendem produtos e serviços 1cntávcl e,'ltando as forras dcstmtivas nessa compC"•
vis:.rndo um rernrno financeiro de s.uas opcr:içóts, riçio dcscnfrc.-:ida. A globali1.aç:lo se refere à inter•
l)e outro lado. :.1s org.1ni1.~1çõcs njo-lucrativas pro• nacionalização dos mercados e <las org.anit...1çócs
duicrn serviços vis:indo ao benefício ptíblico. corno que est-á rnud.ando a maneira como sdo feitos os ne•
assis1ência ~ s:.11ídc. educação. sistema judiciário.~- gócios. Para alcançar 3-> economi:is de escala no scn•
!f __________________
EI.SIMfR
CAP1Tut
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_ ações
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tido de obter C\lo)tos mcn(m.'S e operar rom preços gem multidomé.stic.1. qu~bC ~mprc utili1,.1ndo
mais b.,ixo,., a n~essidade de compctiti\'idadc escâ uma divis.i o cspcciíic.1 para lidar com o mar•
le\";1..ndo as org;inizaçõcs a pensarem cm mcratd0$ keting c:m vlrios países individualmente.
globais e n:io mai~ s.impl~mcntc n.1cionais. À medi• 3. E.stdgio multi,zaâoual: a cmpr('S.."1 p;a_ss::i a ter
da que as org.inizaçóc-s se 1ornam globais, a gcst:lo inst:.tl:tçóc.s de produç.\o e marketing IQC'.1li:r..1•
t.stratfgica se torna e-ada \ 'Cl mais impormmc p3ra o das cm vários paí~-s. com mab, de um terço de
posicionamento cm u:rmos de vantagem compctiti• :.u~ ,·end:b fora do p.1ís. Ela cem um país
va di~1mc das dem.ais. Onde c-em~liz.1 sua ;1dministraç:lo e. muit.1.it
O processo de globalizaç:fo passa sel':llmcntc por \ 'CZCS, opta por um:1 abordagem binacional,
q u:uro est~gios distimos: 16 com du:1s emprt."S::IS pare."~ em paí.sts distintos
mance11do o controle de suas opcr;.1çõcs. A
1. btágio domlstie,o: o mercado po1cnci3I é li• Unilc\'cr e o grupo Ro) .1I Ou1ch/Shell s.-i.o
1

mirado pelo mercado nacional, com todas :1s cxcmpl~ de emprc.s.1S b:,sc:td.is na Hol:1nda e
ins1alaçóc.-s de produção e marketing locafüa• n.a Inglaterra. simuh:.tncamcntc. É também o
das no país. A dircçio percebe o ambicn1e glo- C;1SO da lt~ipu Bin:u:-ional.
b:,I e considcr.1 fom~ntrnle o envoh•imemo in• 4. Estdgio global: slo as corporações intern:1•
u.·m~1cional como um objetivo imponame. mas cionais que ultrapa:.sam a cemrnlizaç:\o ern
ainda din:ime. um determinado país. Operam de maneir:.t
2. Esldgio i11tcmaâoual: as exporcaçóc.-s aurncn• g.lobal, ,·cndendo e comprnndo rccur$0~ em
ram e a emprt."Sl p:tSS..'l a adotar uma aborda• qualquer país que oícrcça a~ melhore:. opor•

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Neçessidede -IM Coomena,ç6o

o.°' Buroorát,cos -----+ -


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Fig u ra 2 .8 . o procHso de globalizaçáo o sua compiexldadft. 11


Compor1amento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO EI.SEVIER

mnidadcs e ao mais b:1ixo c usto. Nc)Sc C)t ;\• nufrm1r~1 p:m cs onde for m~1is \':tnrnjoso, t m
gio, a propriedade, os controles e., alta admi• iodo o mundo.
nisrr;1Ç30 tendem a c.~tir dbpcrSOs cmre várias 2. Uma organi1,,1ç.io multinacional é geralmente
nacionalidades. controlada 1>0r uma única autoridade :idmi-
ni.stratiw, que toma :is decisões cs1ratégicns re•
Todas as org:miz.-.çôes - dc.-s<lc as pequenas até as
!acionadas com mcbs as afiliadas. Embora :il•
gig:.mtescas-1Cm urn~, ,,a ri1.-dadc de meios p.1r.t ~ en•
gumas m:nrizc-!, sejam binacion:1is. existe uma
vol\'er cm negócios imcmacionJis. Um deles é buscar
certa ccntralir...1ç;lo adminis1r.:ui,•:1 p:ir:1 man•
íomcs de suprimentos cm outros pai.ses. o chamado
ter a intcgraç-;\o mundi:il e a maximi1.Jçâo do
outso11rting. Outro é dese1wolvcr mercados par., seus
lucro da org.1ni1:aç.io como om todo.
produtos cm ourros países, o que cm·oh-c cxportJç.\o,
3. Os :idministradore~ de 1opo d a org,.-iniz:iç.!io
lictn,C'iamemo e im·cs1im1.•mos diretos. S.io 3$ ch.:una•
muhin:1cional exercem uina pcrspcc1iva glo•
cl1;s C$tr:.1tégi1S de cntrnd.1; em mcrc.tdos. porque rc•
b:il. Eles "isualizam o mundo iodo como u m
prest11tam nleios :ihem..11ivos p.u:i ,·cnder produtos e
mercado p~1ra decisões cstra1égic:1s. aquisiçlo
serviços cm mcrCtd<)S estrnngciros.
de recursos. loc:dização da produçõo. propa•
Não M urn:i dcíiniçlo prccis.1 do que sejam as or•
g.1niwçóes multin:tcion..,is. Em gcr.tl, S;.\o aquelas que
g.1nda e cíiciCnci:1 de m:irkcdng..
rt"ecbC'm mais que 25% de suas ,·cn<bs cotnis de ope•
r.1ções fora de seus JXIÍ-.CS de origem. Mas das :iprc· Além disso. existem org..1niz.1çõc.-s ernocêmri(';ls
sentam algumas c:trac1erfStic:.1S dis.tint:.ts.. como: 18 (que cnía1iz.1m C':lr:l(1trís1ic.as de seus p3í.scs de o ri•
gem), org3nizaçõcs policêmriCb (que s.\o m:iis orien•
1. Uma org.1niz:1.ç;lo muhin~1cional é um sis1cma 1ad.:1s par:1 os merctdos dos p3iscs hospedeiros) e
integrado de negócios no mundo iodo. Afili:i• organi1.:1çôc.':S geocCntricas (que ~'lo orientadas para
dos cs1rangeiros 1ralxilham cm tStrcim :ili:i.nç.t o mundo todo t sem qualqu1.•r idcmid;'ldc n:1cion.3I).
e cooperação entre si. C,pital. a 1ccnologia e Essas últimas ~\ o csmnurndas de tal modo que as
:1s pessoas ~o transferidos entre os paíSC$ :ih• íron1eir1S nat"ionais simpl<·smeme des:ipareccm.1'
liados. A org."lnizaç\o adquire m:.ucriais e ma• A figura 2.9 d:i um:.l idéia d<.~s:lS org.1nizaçôc.-s.

-- --
....,_.,
...............
MuSC)IÍiStsdt~

--......... ...........
.
- ....
.........--
___,
po(w~ot

- -
--
S6o ~ l)WI O
f'l'II.W'IÓC)·~qi.-,.,

Fig ura 2.9. O loco das o,gonlzoçóe$.H


!!I
El.llMER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ ___
CAPiTIJLo 2_
• O_ __
Mundo _O<ganôzaçoos
das _:__ _:__

Tecnologia 3. A bal:mç;,1 do poder c.~r-:t pendendo para o lado


do dicmt. Com o acesso ilimitado 3 informa-
A tecnologia - e principalmente a 1ecnologi:1 da in• ç:lo na lmcrncr, ~ clicntt"S tornam•se mais
íormaçao (TI). ou seja. a ro,wcrg~ncfa entre o com• txigcntcs do que tradicionalmente.
e.!n.1dor_. a tclcvis.io e as telecomunicJçCX"S - C!id rc• 4. A competição esd mu<fondo. As ors,1nizaçms
volucionando o mundo dos ncsócios. A lmcrnct impuhion:ulas por nOY3S tecnologias estão ex•
es,-á mudando não apeno~ a mancirn pda q ual clicn• piorando a lmernct pa~1 .)( !Ornarem mai~ i1,o•
tts. fornttcdorcs e companhias e.silo imcr:ag,indo. ,~ador.t> e cfic-icntcs.
como rnmbém a mancir.1 pela q ual :t!i org.1niz:1ç(X's
5. A m,uch:'I dos negócios cst,~ mud:rndo drnsti•
t'~t:\o tr:tbalhando irucrnamcmc. Após poucos anos carncme. Horizontes de planejamento. nCCt.'$·
de sua imroduçJo. cb pas:iou a aíernr proíunda.• sidades de informação e cxp<.-c1;11ivus de clico•
mcmc a b.,~c de comj'>C'tiç.:\o de muitos mcr<:3dos. té:S e- fornt.-ct'dOrcs c:-stáo rdletindo a urg~nçia
Uma p.."SQuis.1 entre cxt"C"Uti\'O> de topo rc\'d0l1seu~ t' o imedfatismo da Internet. Devido ao am•
tcndénci:ts de, id~ ao crcscinlento d~, lntcrnct.-u biente mrbulcntO. o tempo é fortemenic com·
1. A lmcrnct C>t,Í forç.,n<lo M org:iniz~1çóc-s a S(' primido.
mrnsformarcm a si mesmas. O conceito de rc- 6. A Internet C$1;Í tmpurrando a.s org.a.ni1..1çóes
deS dcm)nica$ de cliente~. fornecedores e par• para além dt su:'ls íro,ncir-as 1radicion:tis. A
cciros est3 sc: wrnando uma realidade. tradicion:tl ~p:trnção cn1rt' íornc."<'edort'S.. ma•
nufaturas e d ie1Ht"S cstj d..:-s:tp:treccndo com
2. No,·os (':ln..1~ csdo nmd:.mdo o acesso a m<.-rcn•
:t txp:tns.'ío d;.1> extr,mcts, nas quais as organi·
dos e marc-JS.. pro,·oc:mdo a desintcrmcdiaçjo
1..1ç<X·:i. cooperam entre si p:ua ter ~ ,cesso aos
dos m1dícion..1is c.·m ah de- di~tribt1içào. Trab.,-
lh.:uxk, dif"(..'tamtntC' com os ditmcs. a-s org.1ni• pfonos e procc»os operncionais in1trnos das
Outras.
z..1çõcs t.'Stâo cYit.mdo o-. lbuai~ disuibuidorõ,
íonn.,odo rd ~ de dttJlt"1'$ com os u.smirios 7. O conhcdmcmo está $t' torn:mdo o principal
fir1.1is. md ho r.mdo ~rYiÇOÇ e reduz.indo custos. ativo organizacional e a maior fonte de vanrn·

.6. A POOEROSA INFLUÉHCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO "


As aocledados modernas 011.~o H organtz.ando de tor• manas de linguagem em sinais digital• noa mie.roei,.
ma totalmente nova com as r~e-1 d lg.ital1. Ao ligar cultos dos computadores. O desenvolvimento da mi•
pessoas nos 18/es e loeala de trabalho, nas empreus croeletrônlea fez com que a volocidado do proeeu a•
e fillals espalhadas por v6rloa paíse.s e pel.'lt dlleron• mento dos compu1adores cresceuo de forma oxtraor•
tet partos das cadela.s produtivas, dentro da omproso dlnárta em paralelo com uma queda generalizada dos
ou entre os clientes e fornecedores, ess.a verdadeira custos e dos preços. Finalmente, as tecnologias do
•~• mundial de comunicação e de ações virtuais dá transmluio pelas ondas de rádios de alta freqü6nc.ia
um novo sonlldo ao lermo globali:r.açio. Es.s.as redes e pelas modernas re<fes de flbra óptica aumentaram
podem sor do natureza pública- como a Internet - ou o.x,ponencialmento a velocidade de circulação das ln•
privada - como uma intranet ompresarlll. formaç6os polH rode-1 digitais, além de reduzfr de for-
Três inovaç6ea tocnológicH rtctntH permitiram o ma lmpresslonante os custos d-a lnfr••tslrutura flslea.
aprofundaram es.se fonbtneno do Integração mundlal: Os mais otimistas anaJi:a1As do MlOt da tecnologia di·
a dlgltallzação do som o da lmogom, o dosenvoMmen• zem que o ser humano ainda 0116 no começo da utiliza•
to tecnol6glco do setor do mlcroetlttr6nica o a tr-an$• ção de todo o potencial tecnológico, Tud<> liso faz supor
mltúo das lnformaçóes por ondas de rádio do alto que a utllà.açio da.s redes digita.is na vida de tOdas a.s
ttpeeltO o pot redes de flbta óptica. A digitalizaçào do pessoa,s seri alnd,a muito maior no futuro. E muito dife-
som t da Imagem permitiu transformar as formas hu• rente daquilO que ê hoje. O qlH! dizer disso tudo? •
,M Comportamenlo Organi zacional • IOAL8ER10 CHIAVEN.ATO F.LSEVmR

g,cm compc1iti\1a. Os ;uin.>:i (isicoscontabiliza• '


Etlca
dos para 62.8%do \~lor 1ot;1.I de mcrc::ido na:,
cmprcs:as industriais amcrlcrnas em 1980 fo- Érica é o conjunio de princípios mor.tis ou ,·alores
r:un de apenas J7.9%cm 1991. O ,·:alor rema• que deíincm o que é cerro ou crt:tdo p.1ra uma pes•
n.:scente de mtrcado é agor.i com~10 de :.ni• so., ou grupo. Ou ainda par:a um;1 organizaÇUo. O
vos inmngh,ei.s. ou c;1.pi1al intcleccu:al. comporr.uncnto ético acorm:ce quando os membros
aceitam e seguem 1ai.s prindpios e \'alorts. Ao mes•
mo 1empo. a o~niiaç;\o encoraja S<u$ mc-nlbros a
Diversidade componar-sc eti(';l.memc de t,al m:meir:1 que sir\'.im
de exemplo para as demais org:mi1,.1çõcs. Em con·
A divcr:iidade ~tá rclacion:ad:i com :as di(crenç-a:, in•
trap.1.rcid.:i, o comport1mcmo antiético ocorre qu:an•
di,,iduais crure as J>tilóas.
do as pessoa.> viobm rais prindpios aceitos corno
A di,·e°"idadc diz: respeilO ao grau de diforenças
com~tos e adequado à ath•l dadc organi1.;1cional. Sob
hum:1n.1s básicas em uma de1ermim1da população.
um asp«tO genérico, a écic, 6 urn:t preocupação
~ a existência de uma ,•arie<lade de pessoas de di(c-
com o bom cornponamcnto: uma obrig.1ção de
rcnte> características que cons1i1t1cm 3 força de
con:,idcrnr n,\o somente o próprio bem-c:St.1r JX'S·
u;ibalho de uma organix.açlo. Significa que u pés•
wal. mas também o das outras pessoas. lsso lembr-;1
soas que trabalham nas organiuçõcs - ames prc•
-;1 \'Clha regra dourada: não faça 30S outros aquilo
dominantcme1He masculinas e brancas - s!iO :ltual-
que você n;\o dcstja que os Outros lhe façam.
menu.· carnctcriiadas não apenas por diferenças in• No mundo dos negócios. a é1ic;,1 inílucnci:a o pro•
di\tiduab corno :1.ptidões füicas e cogniti\·as ou por
CtiSO corporati\'O de wmada de decisões p:i.ra de•
diferentes traços de p('n.onalid:adc. mas princip:11- terminar quais s.io os valores que aforam os \'ários
mente por di\'etS."I.S C.lf:ICtcrís1icas demogr:Hic:.1s e grupos de parceiros e par., csr:abclc-ccr romo os diri•
culturais. Diforcntes rnças, línguas. credos.. reli- gc-mcs podem usar rni.s \'alore.s no di:,.-a-dia da ad-
siôé>, classes sociais. id:ades. sexos. cuhums ecos- minism,ç.io d:1 org.1.nizaçlo. Assim. a é tio nas org.,-
rnmes sã.o alt:.unentc diferenciados. A força de 1ra• niz.,çõcs con5firni mn clcn,e,110 (';lt;tlisador de ações
balho das org;rnizaçõcs em lOdo o mundo é :uual- socialmente rcsponsi\'eÍS da organiiaç-âo por meio
mcme constimíd:i por mulheres, minorias e imi- de seus parceiros e dirigente:,. Dirigentes éticos al-
gramcs. Isso cst~ obrigando 3$ organiiaçóes :i rc• canÇtm sucesso a p:i.nir de práticas administrath·as
ptnsar e a mu<for suJs polílicas intcrnas.JJ Além caracterizadas por eqüi<Llde e justiç.1. Sem serem
disso. a crescc-ntc slobalizaç.io das org."lniz:içóes éticas, as org;miz.,ções n5o podem ser competiti\·as.
foi com que efos cxp:md:im grad:ui,·amente as suas nacional ou internacion~llmentc. Afinal, t1i~ e corn•
operações para OlllfOS p:i.ísts, o que aumema :adi- pe1itividade ~to inscpar,l\'cis.. Nenhuma socied.-ide
,·crsidadc da~ pcsso:1s que nelas 1r:.1balham. Assim. pO<le compelir no longo prazo ou com sucesso com
as org:mi1,.1çócs f.-.Sl:10 eníreruando um ambicme pc~as que procuram cng.1nar as oumis; com pcs•
interno muhiétnico e mulripoforizado. Dessa m:,.- S03$ que 1cmam apro,·cirar•se das ouir:u; com rodas
neir:,., a diversidade nas organizações e-st~ k 1or• as aç6<s rcquerc11do confirmação de cartório por-
nando uma fonte de \'antagem competiti\':t: uma que n3o .se .:lCTedit~, nas outras J)C$.)Õ.1S; com cada
força de 1rabalh() di,•crsificada é mais cri:iliva e pequena disputa a~b.,ndo cm litígio nos uibunais;
ino\•:tdor.,. Tem mais idéias e di(erentes abord:i.- e corn poucos csd:arccimemos da lcgislaç.ão regula-
gens. O desafio esd cm ak:inç,1r uma m:usern tória fatcndo com que os negócios dificilmeme .se•
competiti\':t com as diferentes p,e,ssoas que traba- jam hone:,tos. Além disso. a utiliiaç:lo de prálios
lham nas org.1nizaçôes.J" étiC:lS não esd necC$53riamcmc lig3da:) lucrati,•ida•
A di\'ersidadc rcalçi 3S diferenças indi\·iduais e se de financeira. Mas é inc\'i~h·cl o conílito entre prá·
c()ntrnpõe à homogeneidade.-, que procura 1ratar as 1ic.1s élicas e a ênfosc no lucro.
pessoas como se ela:, (~em padroniz.1d.1s e Jesper• Todo sis:ccma de compr1içáo pr~sumc \'alores
son:tlizada.s. H ~ubjact•mes de confiança e juniça. O impon:imc é
- CAPfruL02 • OMundodasO<ganizações
~
ELSIMER - - -- - -
que 3 utilizaç:lo dt pr:hic.u é1icas nos negócios me- 1. /mcmidadc élica: é o grau de preocupação
lhor.1 a ~údc organiz.acional cm irê:s a:;1xc1os: que as pessoas 1t:m a rcspcilO de algum a~-
sumo ético. Cada dccis.1o está sujeila a uma
1, O primeiro é a produtividade. Os íuncioni• intensidade ética. A intensidade élica é .lha
rios de uma organizaçlo $30 os parceiros afc• quando a:, dcci~ôes s.io amplas, certas, com
rndos pelas pdticas adminismni\'aS. Quando conseqüências imediatas e quando estão físi•
a adrnini.)traç:io cnfotiz.1 a ética em suas açõrs ca ou psicologicamente próximas aos que
diante dos :;.cus parceiros, os íuncionários siio s.'lo afetado~ por elas. Muitas das deds~s
aícrndos dircra e positivamente. Quando uma corporati\'aS são encaradas mais como deci •
org:.miiaç\o faz um esforço especial para asse- sôe:, éticas do que como decisões econõmi•
gurar S.'llldc e bem•cstar dos funcionários ou cas, pois se preocupam em fazer as coisas
ddine programas para ajudar os funcionários ctrtas.
em problemas finan{'-Ciros ou lc~lls, rnis pro-
2. Dcse11volvime1110 moral: as decisões éticas de-
grnmas cons:tinicm uma fonte de prodmivida-
pendem do nível de dtsenvolvimento moral
dc melhorada. ak.-inçndo pela org.1niiaç~o ou pcssoa ..u
2. Um segundo aspccw é que as práticas .-idmi-
3. Definição ,le 1,rindpios élitos: 1nuitas org.1ni•
nistrativM éckas melhoram 3 saúde org.·10iia-
1.açôcs definem princípios éticos para guiar e
cional afetando posidvamcmc os parceiros
orienmr o comportamento de seus parceiros.
externos, como fornecedores ou clientes. Tais princípios co11stimem os balizamenms do
Uma imagem p(1blica positiva pode atrair comportamento ético e nonciarn toda a con·
consumidores que \•isualizam a imagem <la dut'a org:.1niucional. O Quadro 2.3 mostra al-
organi1,ação como favodvel ou de~ejávd. i\
guns princípios éticos seguidos pel:as org:.rni-
Johnson & Johnson. pro<lutor:i de produtos
za~ões.
parn bebês, guarda cuidadosamente sua ima•
gem p(1blica como uma companhia que põe a Os ui-s fotores que influenciam as decisõe$ éticas -
saúde e bem•estar do consumidor aC1ma dos a intcnsid:lde ética da declS;.'\o, o dcscn\'olvimento mo-
lucros. como mostra seu código de édca no ral e a dcfiniç:io de princípios éticos para lidar cornos
Quadro 2. 2. negócios e problemas - ~io indi::,pensá\·ei:, para a
3. O terceiro asJ>(.-CtO é a minimização da regula• compreensão d.1 condur.t ética da:, organiz...çQ(S.
mentaçáo pcl'lS agê:nci.is go\·mumcnt:iis. QuM·
do :.t.s ori:;~rnizaçÕéS s;\o confoh·eis quanto à Código de ética
açíio ética, a sociedade deixa de pressionar
por um reforço nas exigêllcias legais ou por Muims org.1ni1,açôe-s têm o seu código de ética p;1r.1
uma lcgi.slaç:\o que regule mais imcns:uncme oriemar e guiar o compon3memo de seus parcei-
os negócios. ros. O código de ética funciona como uma declar,1~
çlo form:tl que scr"e como guia p:ua t0mar dcéisões
e agir de1Hro de uma org:rniiação. Tod:l\'ia, <luas
Fatores que Influenciam
coisas dcvem ;1,conu."<'cr par3 que o código de ética
as decisões éticas
encoraje decisões e comport~mcntos éticos das pcs•
A ética inílucncia todas as dccisócs dcmro da orga· soas. Primeiro. as companhias devem comunicar o
ni-z.,ção. Toda"ia, nem todos os parceiros tr:nam as seu código de étirn a tO<los os li-CU:, parteiros, istO f,
decisões da mesma forma ética. E.'<isu:m três fruorcs :is pessoas demro e fora d:1 org.1nização. Segundo,
que iníluenciam as decisões éticas em uma org.1ni• as companhias de\'Cm cobrar continuamente com•
zaç-.lo: a imcnsidadc ética da dccis.io. o deserwolvi- portanu:mos éticos de li-CUS parceiros seja por meio
mento moral e os princípios usados para resolvc:r o do rcspeilO aos seus valores b.isicos, seja por meio de
problel'lla. Vejamos C'3da um desses fomres. prátiC;ts e~pc.-cííic1) de negóc·ios.
41 Compor1amento Organizacional • IDALBERTO CHIAVEHATO EL"-F.VIF.R

OU ADRO 2 .2. Código de ética da Johnson & Johnson

• Aaeditomot, quo nosso ptincipot res.pon$0bilidode ostó rolooonodo com médko$, enformeltoso pocient-os, com M6e,
o poi, de todos os peuoos quci utiliiotn nossos produto$ ov MNi<OI,,
■ Poro otencf.4H' 6s no<:o~ do SO<ieclode, ck,YOMOs trobolhor com o moe$ otto quolidoc'-,
■ O,o.,.mos constontc~to rodvtir no»OS '""°' no sentido de monter ~ s rotoóYois.
■ 0$ ~ dos cl•nlü do-Yom Mt otoncliôos pronto e corretomonte.
■ Nouos f o ~ e s • distnbuidofes d.-,om ,., oportunidoôt ck, oko~r um odeqvodo. ''°'"º
■ Somos responsóvels po1 nouos ..-nptegodos, ~ o mulhefos QU41 trobolhom conow> oo rodo, do mvndo.
■ Codo peuoo d.-,. '°' cons.td~ um indivkluo.
■ Oo,omos r..speitor o dignidodo doJ pouooi • rewnho<.emos Hus mf:ritos.
■ As p,ouoos do-Yom sentir 149uront;o om sovs corg,os,.
■ A «>mpensoçôo d~ ser jvsto e odequodo, o os condM;6ff ci. trobolho limpos, ~o 500v<0s.
■ Os omp,ooodos do,,om Hnfir,s.o lM-o-i poro fator wgtilbes e reclorno(b6s.
■ O.,,,.~iguolopo,tvnidodopo,oto,dotnoomprogo, bomcomodosomoolv.n-...oop,ogmsopotQO$mol$quo'6codos..

■ ~ • mos ofo,r.cor umo odministroç6o c~t~to cvios 0<6o$ Hiom justos o éticos..
■ Sotnos reiponloOved per-onte oi comunidodO'S em qutt Yivemot- o trobolhotn0$ no mvncfo,
■ 0oY•mos M< bons cictodóos - opo.o, bonl trobolhol • p,opo,ctOn<M' condode.
• ~•mos oncOl'OjOf' molhonoi cívicos • mo,lhotor o soúdo • educcw;6o.
• Oo-Yemos monw em boo ord,om o propri.cfoôo que tomos o ptivi~iodo ""°'•protegendo o ombietrt. o os r~ut$0l
not\N'Ois..

• Nouo rospons,obil~ finol 6 com noum il'WOJtidofe-s e ocionbtos..


• Os negócios cSev.m propo,cionot um lucro od,tquodo.
• Oo-Yemos sempre ~mtontor noYOS idi6io1.
• A pesquiso deve s.er impubionodo por prooromos ino-lOdofos .-mondo-se erros.
• DeYemos odqvifir l'IO'IOS o,qu;pom•ntos e f'IO'WOl instoloçóe,1 poro lon<01 ncwos p,odvtol no tnO«Odo.
• ltoHr.os fi.non«iros do-..m Hr cnodos poro provisóo em tempm Och-Or$0S.
• S.mpro qve opo<omos do O<Of'do com ossos ptindl)m os ocionis.kn podem rooliUJr um rosomo jus.to do~• inves;ti•
M'le!'ltos.

OUAORO 2 .3 . Princípios ôticos

1. Principio do ovro-im~rem o longo prezo: todo oçóo d...,. 6stot I.Qodo o outo-,ift1~ do 1onQo pr~o.

2. Princípio do vim>de possoaf: nunco se ~ four olgo que n6o Mtjo honflto, obetlo e confi<MI.I ou que posso ser onul'I•
ck,do em jomois ou no 11t1Msóo.

3 . Print.1,,.0 dos ~u~ reUeio:soJ: nvnco se dove tomo, umo oc;6o qye po»o vir o pr~udtcor o s,o,ntido d• comunidode
ou do trobolho conjvnto cios peuoos;. Compoi:wo e bondode i6o fvndornentols.

4 , Princ.rl)H) dos roqvWtoJ g<MH'nonwntois: o loi repteHinto os podf6e1 mlniirnosdo umo sociedode. Oeve,se n&o SOf'nef'lto
~itor o te., n,o, opoió•lo em todos os cittunstOndos.

5 . Princípio dos bettefidos vtil,t6rios: todo 0<6o CM'llo rosuhor ♦M Uf'YI beMficio po<o o sociedodo. o_.,.,.s.e c,ior o 1"m poro
o motOt nómtoro do peUOOI .

6. Princ,(l)H) dos diroffos inc/Mdll0'1: nunco se d•~ tomo, vrno oc;óo qu. infrinjo os diroi1os dOi outtoJ.

7 . Prindl)H) do justiço distributt'llo: nunco se cS..... tomor umo oçõo qvo prejudique olvutm do olgumo '1'10Miro. Est. prind•
pio buico proteg« o ~. o indefeso, o o.du6do, o <Ms.emp,ogodo ou o do-sprototicfo.
11111 CAPtruLO 2 • O Mundo das Organizações
~ - - -- - -
EL!IMER

Q UADRO 2 .4 . Código do govornança corporotfva do IBGC"

O conceito do go•itMO~o < O t ~ -,;to ouociodo Os r• fO<~s tttt-ro 0<ionis1o$ • odmio.s.trodotes ou e..cutlvot do em•
pr.s.o. AJ. , egt0s do ~ dt-fint.mdir"'10$ oobrito(6-oSdotoocion~toso odmiMlrodot-,. emreloç6o óempres.o, no
preuvpoÜÇC)o de qvo 0$ odministrodo<Oi- como oOOft!iH do$ ocionis:tos- devom oôentoro o1UO(Õc) do empresa no wnti•
do do wmp,i,,Mtlto ~ obt,tt!VOJ e do o~i~to dc,f, •~otivos dos c,cioni\.tos. O lmliMo BfoMt.oVo de Govwmonoo
C-orpo(otlvo - 18GC -publi<ov vm cod,00 com os"'"""°'º' p,óticos de ;,HtOo empl'osotiof com bose no comi:,droc;6o de
°'
1S e ~ int.,-r,oc~is. IU lif'lhos f'M1.ltOS SOO o troMpor♦nc'cl, o p,oitoi;6o de contos e o oqUt<k»de entre o6 onbl01.
O ob;rivo e oiudor os ompres.cn o Mtolhot'Ot o dtumPtnho, •IObtor o poder -,,tre o principol executivo e o con~ho de
odmil'lntro<6o e povlor Mu compo,tOmffl!O ~lo •tko e ~lo tronspor♦ncio,
■ OI 09tff!et do governonço e ~ WO o conielho de odml,nisWO(àO, o póncipol exkUtiYo e o dit01orio, o oudi'lorio
tnde~nte e o cons.el'-o M<OI.
■ lg-.,okk,,d,t tmre c,s$Óõ0); vmo0(6o6 igwl o um voto. fue pôndpo~ Mt'obodeàdo po,todos os til>OJ,do ~
■ O conMlho de odmind,rO<;OO ~ ter de cinco o nov. ~ . e wo miuóo 6 PfOI~ o potnm6nio e moJQmhor o
retomo do irwe,tirro.eno dos odonrslOs.
■ O eic:.cvtwo-<hefo tom o dO'Yerde p,ffk>t conto, o fornece, todo, o, infomlo<~, po<o Ol <onk'olodotfl • todos o, por•
t-es interit»Odos-
■ lodoet'l"IP,OMI ~te,ymo ovdilorio ~ potoYefffit'OrOl demon1ttoç6es <ot11ôbeis. O<'Ol'\lO!ho fiKOl~io
o <0nHfho de odmfni1koçóo • ..,...,. como \lffl controle independente poro o, p,.,;.16,iot.
■ AOtl'IP'ffO deve tffu«i <Odivo de ~~('(lfflflfOl'tltooodmini1t,oç6oe Olfvncion6ri0$ •obtonjo os r.i«óos entr.
fvncion6rios, fome<edote-s • ociion:slo1-,
■ O <ódipo de êti<o ct.Ye tJ'01or dol s.egu.ntes que116e1;
- p,opino, ... pogomento1 .mpróp,iol
- cOt'lflffo de inteceue1 ... informoç60s priwilegiodos
- r«ebimento de p,tien!fl ... diKnminoç6o de oportunidodti
- dooç6ff ... meio ombiento
-ouódio50).\IQI ... 1egu,onço no trobolho

-
- otrwWode, poli~ , ... reloç6el com o comur-.dode
- uso de ókool • dtogo1 - confi6e.nciolidodo peuool
- dh ito o privocidodt
- trobotho inlontil

QUADRO 2.5. Código do conduta publicado pela J .C.Pennoy om 19131-t

■ ~ oo pObli<o tonto quon10 pouiY•I po,o ,uo ~ 10iúJo<óo,


■ bpefor urno remunero<óo jvuo poro o MMl,o quo of.recemo1, • n6o o moiot tu<to pos.,t,,,ol,
■ Foxer lodo o po,.sJvel poro COfflpt,n$0r o ~monto f.ito pelo c5oni. em lCtfmc» de quolôdc)de e iotido(6o.
■ Confinvor o l ~ r nos.ios o,IOdodos poro que o MMQO Mjo moi, • moi, ffltel;g.ntemente ckls.e~ .
■ ~lhorot <oruton,~• o fot<W humono ~ no»ot, n,egooo,,
■ a ecompe-nww homem • muliMres em nouo orgon~ por meio do portki~ noquilo quo o negoctO p(Odut.
■ Tes.tor codo ~ o. rMiodo • oç6o neue contexto poro veri.Gc:ot te e&o1o sóo <Ottetos, • jus:tos.

A~ org.,ni1.:ições brm,succ:didas definem seus va• quais os as:mntO) que :Jo éticos e assim cvit3r
lorcs e estão continua1nente preocup~1,hs em uei• a r:.1cionali1..1ç:io de compoNamento unfiico.
nar seu J)(Sso.1I par3 que c.ste poss., tomar decisões O Citicorp criou um jogo c-han13do "'O Tr;,1b.:i•
étiC\S. Os principais objeti\'OS do trcin::imcnto cm lho Ético... no qu:d os j-Og:idore) ganh:un ou
é1irn org..,ni1..1.cio1lal sio: perdem pontos, dependendo de suas r<.-spos•
tas a questões legais, regulatórias, julgamcn·
1. Dcsem,'0/vcr a atcnfào das pessoas quauto à 1ais e rdacionadas COMl politicas.
ét;ca: isto é. 3jud::ir as pc~a::. a reconlu..-ccr
Comporlamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO HI.SE\'IF.k

2. ílfcancar credibilidade com os fMssoas: cm \ 'l":t 3. E11s;,1aràs pcs.soas um m<xl~loitico de tomada


de cnsin:ir conc..-itos, muitas org:miia~ôe) cri• ,Je decisões: ou seja, um ,noddo simples que
am si mações do mundo rt":il para tnsinar com• ajude 3S pé.'SSOOS :t pcnS3r sobre :tS conscqiiên-
porramcmos. cias de suas escolh.ts.

 O LEVANTAMENTO DA TRANSPARENCY "


A organtz.ação não-govemamentol denominada Tra.ns-- maio, aAo conslderedos pouco corruptos. oos 21 paí•
paréncla lntemaclonal. secU.ada om Berlim, na Alema- ses da América Latino lnclu1dos no levantamento, ape-
nha, publica todo ano um ranklng sobre a corrupção nas o Chllo (nota 7,5) utá nesse patamar. A nota 5 ,..,..
no mundo todo.40 O levantamento i f eito em 102 paí- p,esenta a médta.
ses com b4so om pea,qulsa de opinião de lnvestldo- Cerca do 70% dos paíHs pesquisados tiveram
ro.t, funcionários de empresas multJnaclonals e ana• nota abalxo deS, ou aefa, apresentam Imagem dottrlo,.
listas o apresenta uma o.scal.a do zero (o mblmo de ,ada pela corrupção. A maior parte é representada por
corrupção) a dez (O máximo de transparência) para pai.ses pobres nos quais as causas da cotrupção es•
medir o Índice de PercePÇão da Corrupção. Quanto tAo diretamente ligada.a a fatores relecionados com a
menor a nota, maior a percepção da eorn.1pç60. A cor- pobreza e onde so nota Incapacidade do Estado de
n.1pção está relacionada com o uso do poder público controla, HUI próprios quadros e a falte de mecanl1•
para obtenção de ganhos privados. Envolvo propinas, mos de controle entre os três podorts. Os países po-
negociatas, subOmoa., dosonesUdade, comportamen• bres estio menos estruturados para combater a cor-
tos arbitrários etc. Significa o Inverso da responsablll• rupção. A corrupçjo produz custos elevedos sobro
dade aoclal. Os países que epresontam nota 7 ou países, organizações e lndMduos. •

o ,anklng dlJ COffupçlo

__
QUADRO 2 .6.

,,._
1t ~ 9.7 27'E_,. 6.0 S3'.- 3.7 7!11- 2.6
..,2'Dw1o1N,u 9~ 281- S.7 s.•- 3.7 80!- 2.6
u
......... 9~ 29'E,_ SS'E- 3.7 e1t ~ 2.S

6'Su6clo
7'C-,,
9.•
9.3
9.3
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21t .1ap1o
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<8'l'MI
'·º
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7-zt-Honci.ras
73'frd.
2.7
2.7 ~.._.. 1,7
1,7

,.,_
74'- 2.7 1,7
'·º 10()1-

TI'
7t/l--
23'- 5.9 ,g,-. 4 7~Twani, 2,7 101•~ 1,6
241Bocsuw 6.< 3,9 76'r.n..ut 2.7 102'- 1.2
25'1'1- 6..1 511Ctoida u 2.8
26' """'°" 6.3 S2fR,p. Td'lecl l7 2,8
111!1
~ - - - - CAPiruLO 2 • O MundO dos O<ganlzoçóes
-~ 4t
El..Sl;\'IER

Responsabilidade Social 1, A responsabilidade sotial emerge do po<lt r so-


das Organizações âal. Toda organiia\"âO tem sig.nificmi\•a in•
íluência ou poder sobre ~1 socied ade. e C5l:.l
Até algum tC'mpo :ur.\s. ~1s o rg..1nizac;OCi, t")f3\'3m dc\'e exigir oondiçó<.'") q ue rc)uham do exerd·
orientadas cxdusivamtnu.- para os seus própri~ nc• cio des:St podtr.
gócios. Gr:ad:1.tiv:.1memc, c.:;;$-1 orirmaçâo deixou de 2. As orga,ii:af&S dcwm operar cm um sistema
ser imcrna para se cxtcrnalitar cm dircç.1o ao am• aberto de duas via.s, com reUPfdO aberta de i,i-
biente de negócio$. A ;11cnçiio dada à árca de rc:s• sumos da soâed:,de e ('Xpttlição aberta de suas
ponllabilidadc social pcfa.s organizações :.1umcntou oj}<raçóes /~ra O /ní blito. As organi1.., çócs de-
signiíiC"Jti\•amcmc n<ni, l1himo:;; ~lllO) e, cen:unentt, \'em ser Ou\·idas pelos rcprcscmames d.a )OC'ie•
devcd .u1mcn1:ir ainda mais no futuro. Jade quamo ao que dt \'Clll manter ou melho-
A rC)J)Oll.!>.1bilidadc social significa o grau de obri• rar cm termos de bcnN·.smr geral. Po r o uuo
gaçócs que uma organii.1çào assume por meio de 1:tdo. a sociedade de\'C om•ir os relatórios d as
nçõcs que pr0tcja111 e indhorem o bcm•cstar da so- org.1ni1..1ç()(s em termos de atendimento das:
ci«fadc 3 mcdid:t que procur.:a atingir Sé."u S próprio) rcspons.-ibilidades )OC'iais. As comuni~çóc:s
interhSh, A rcsponS,:;1,bilid:-idc social rcprc~nta :l en1rc reprc.-scnra11h.'S das org:.mi:,;açóe$ e da )O•
obflgJç\o da organii.1ç.io de ador:tr políticas<: assu· cied;ide dewm ser aberms e hon{"St:as..
mir d«i~ e açôt-s que bcndkicm a )()Ciedade. Em 3. Os custos e ben4íâos soeiais de uma ativida-
outras pabvras. rcprc~nta a obrig.,çlo gerencial de ,lc, produto ou serviço devem ser calculados e
tomar açót·,. que prou:gem e mclhor.1m o bcm•C)t.lr considerados ,ras ,lcâ$6es prévias sobre eles. A
d:i. soc:1C'<bdc como um todo e~ imcrc-SS(>S org.-ini- \'iabilid:ade téc11ica e a lucratividade econômi•
z.1ciom,i~{'")peciíic;11nc1He. Os dirigemcs de u ma or- c:.1 não s:lo os únicos fotorts que dt\'Cm pcs.·u
ganii..1ç:io d C\'Clll buscar alc.,.nçar )imulrnncamemc nas decis6és sobre as organiz.1çôt.-s. F.sras de•
obje1i\·~ org.miz.acionais e socie1ários. Uma org:mi- \·cm considcr.1r rambém as oonstqüências de
t.-içlo socialmcme n.·.spons:\w:I é aquela que <lesem• n in o ou longo pr:.120 sobre t0das .l.) ati,·idadc.s
penha :is segui me) obrigaçóe.s:"1 de negócio:;:.
4 . Os c11stos sociais rtlaâo,rados a tatla ativida•
• Incorpora obj-cti\'OS sociais cm seu~ proce:»0s dt de. produto 0 11 servi{o d~vt•m ser h:/m.w,dos ao
p1:mcjamcnto. com,mâdor. Os negócios não dc\'cm Str fi.
• Aplic~1 normas compar.11iv.1) de Oulr.\S org.,niw- n;inciados somente pela org.111izaçáo. O custo
çôcs em seus pr<>gf3m~,s sociais. de manter :.iti,·idades socialmente de~j:\veii:
• Apr~nrn relatórios aos membros org.,nizacio- dentro d os negócios deve Str mrnsíerido para
n:iis (' aos parceiros :i,0brc 0) progressos 11;1 sua o consumidor por meio de prc.-ços mais elcvj,•
resp()ns.1hilidade social. d os d os bens o u serviços rel:lcio1,ados com as
• Experimenta diíercn1cs ;ibordagens parn mc.-dir ati\·idadcs socfalmcm..: dcsejá\'eis.
o Stu desempenho social. 5. Como âdadàs. as organhaç()es de ueg6â0$ de•
• Procur:a medir os custos dos programas )OCiab f/t m ser em!Olvidas ,,a rrspo11s.'lbilidade por cer•
e o rct0rno dos invc.'")timent()) cm progr:un:is tos 1,roblt mllS sociais que estão fom ,le suas
soc1a1~. tire-as nommis de o~r;1;do. Toda org.mi1~Çlo
que possui a expertisc de rt'$0h'Cr urn problcm.,
Davis" 2 oíert."<'C urn modelo de responsabilidade sociJI com o q ual n ão está dircc-a.mcmc associa•
social corpor.ui\ a partir de cinco proposições -
1
.,.
da dc\'C ser suticiememc111e responsável para
por que e como as organi1.açóes dc\'em aderir ¼ ;'ljudar a socii..·dadt a rcsoh·tr esse prohlc.·ma.
obris,,çlo d(· tomar açõc-.s que protejam e melhortm
o bem-estar da )O(.'"i~dade e da organizaç-lo - 3 sa• Os principais ~rgumcmos parn o de:Stmpcnho de
lxr:"3 a1i, itfadcs de rei;:pom,abilidade social sio:•1◄
1
Comporlamento Organizacional • IDAl BERTO CHIAVEHATO f.l..SEVIER

1. O interesse maior dos negócios é promO\'cr e Es$.1 crescc1ne preocupação n.'io foi e.sp<>nt.lnca.
melhorar :is comunidades onde :i org.,nizaçio mas pro,·ocada por mo\'imentos ecológicos e de de•
foi negócios. íc-sa do consumidor que põem cm foco o relacion,:1-
2. As :tções sociais e as 2ç6(s étic.1s podem ser lu• mento entre org.'lnização e sociedade. Du:1.s posi-
crati\'3S. ções aniagônicns emergem dt'SS:l prcocupaç.'io: a
l)O$ÍÇàO contrir-ia e a posição f:.wonh-cl à rc)ponsa•
3. A respons.:3bilid:tdc socfal melhoro 3 im.:,gtm
pllblic-a da organii.açJo. bilidadc social. Aíina.1. a quem a org."lnii.,ç:io de,·e
prestar comas? Aos seus propricr:1rios e aciooistas
4. A respons.:,bilid:idc soci.:,I aumenta a \'iabilid.:,-
(sl,arel,olders) cxclusiv:imenie? Ou a todos os seus
dc dos negócio$. Os negócios existem porque
parceiros (stakeholders)? Assim, existem duas pers-
proporcionam benefícios sociais.
pecti,•a:;: sobre cS)C aspecto: o modelo do sharehol-
5. É ncccss.irio evitar ou se ameei par à regufoçio dcr e o modelo do stakel,oldcr. Ou. em outras p.:,l:t-
g0\ Crn:1111emnl ou intCr\•ençOO exu:rnas p:trn
1
vr:is: a posi~o comdria e a po:;:içjo f:.wor:h·el à res•
s:inar a orniss..-'io das org..1nii:içõcs. ponsabilidade social. Vale a pena reíle1ir sobre os
6. As leis não podem S(r definidas par.1 todas ª" argumentos de amb:,s ns posições.
circunstàncias. As org.·mii.1çôeS de\•em assu•
mir responsabilidade para maruer uma socie- 1. Posição ,ontrária d respomabilidad~ social das
dade ordeirn. justa e legal. orga11izaç&s. É o modelo shareholder. que se
7. As normas sociocuhur:.1 i.s exigem respons..1;bili- preocup:1 basicamente cm maximizar lucros,
dadc social. ou seja, satisfazer O:i proprietários ou acionis•
8. A respons.1bilid.:,de soci~,I é do interesse de tO· tas da org.·mizaç5o. Ao maximizar lucros,.:, or·
dos os p:arcciros da organil.:lção e n:io de ape• g.1ni~1ç:io maximiza a riqut-13 e s.1tisfoção dos
nas alguns deles. proprietários e acio1üst:1s1 que s:io pessoas ou
grupos corn legítimos interesses na organiza•
9. A sociedade dc\'e oíert·cer às org.'lnitaçôes a
~o. A medida que os lucros crescem. as ações
oportunidade de rcsoh-er problemas sociais
da organi1.aç:io aum<:nt.1111 de vt,lor e.", conse•
que o governo nio tem condições de fazê-lo.
qüemcmeme. ~, riquC"U dos proprietários e
10. Como as org.·mii.1çôc.-s são domdas de recur- acioni~ras. Ess.<t é a posição dos executivos (i.
sos financeiros e hum~rnos, tias slo as instimi- nancciros da maioria das organitaçôc:;:. A tare•
ções mais adequadas para resol\'cr problcnu~ fada org.-iniz.:,ç:\o é 01imizar o lucro do acio•
sociais. nista ou proprietário por meio do bom uso
1 1. Prevenir certos problemas é melhor do que 1er do-li rt-cur$0S org.1nit.1cionais. Assim. a org.1ni-
de rtsolvê-los postcriormen1e. Muitas organi• z.:ição não deve assumir responsabilidade so-
zações se amecipam a ccrios problemas antes cial dirc."1-a. F..ssa tese é profundamente cri1ic:1-
que eles se tornem m.:,iorcs. d:1 pelo fa10 de omitir a justiça social.
Paro os seguidores de-llS3 po.)iç:io, a empresa
Abordagens quanto dc,·cria apcn~1s buscar a Otimiz..,ç~o do lucro
à responsabilidade social dentro das regr,1s d:i sociedade. A o~niz~1ç:\o
Toda org:mii.1ção produz alguma repercuss:lo no lucrati,·a beneficia a sociedade ao criar novos
seu :1mbien1c. F~ repercussão pode ser positiva - empregos., pag.u sal3rios justos que melhoram
quando a org.,nização bt11eíkia o ambiente por meio a vida dos funcionários e melhorar as condi•
de )U:IS d(."('.'isócs e :içóes - ou pode ~ r neg.·niva - ções de trabalho. além de coniribuir para o
quando a org:iniz.:,ç.\o traz problemas ou prcjub..os hcm-cs1ar p1íblico p.1g.ando impostos e ofcre·
20 ambienu:.
cendo prodmos e serviços aos diemcs. A or•
Apenas r(."('.'c nternente, as organizações pass.,r,1m g:.miza~ào que conctmra seus recur~.) cm
Mias próprias :1.ti\·id:1dcs e não cm ações sociais
a preocupar•SC mais com suas obrigaçôe:;: ~iais.
!!I
ELSEVIER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _2__
CAPITULO _ _ <1<1$
• 0 Mun<lo __ ..:..__ _;__
Orgonliações

consegue t11ilitar seu.) recursos com mais cíi- uso dc.'$SC poder."5 Para os dc:fcnsorcs dessa
dl:ncfa e cíicld:i e aumenta sua competi1ivi• pô)iç{ao. a org,.1.niz:ação prt"Ci$3 C)rnr aberta 30)
dade. problemas sociais e fazer t.-sforços na área d.1
2. Pos;ç4o favor4vel à rtspo11s.Jbilidade s0<,ial das responsabilidade social. Ser socialmeme rcs•
o,g.-mizações. É o modelo stakeholder. que 5;1. pond\'el 1cm o seu preço. mas as o rg.1ni:i:.1çõcs
li<:nt:1 qu<' :1 m:1ior respoitsabilidade está. situ3• podem repassar com legitimidade esse cu)t<)
da na )()brcvi\'~ncia ao longo pr.no (e nio aos consumidores na forma de Jumento nos
apenas maximiz..1ndo luc·ros) por meio da sa• · preços. Alguns defensores vio mais além: :.1
ti.)foção do:. intcre»c~ do) nuíhiplos p.1rcciros OCS3ni1,..1ç:Jo 1cm obrigaç;\o de ajud:ir a r('.sol·
(e n.\o apenas dos propriet3rios ou acionisus). \'tr problcrnas sociais nos quais nio está dirt."•
É um movimemo que deícndc a rcsponsabiJj. tamc111c cm oh·ida. Ess-1. <>brigaç;lo vis., o bem
1

Jade social das or~niiaçóc-s. pois da ~rnda de comum, porque quando a sociedade melhora.
màO!> dadas com o pôdcr social. Como a cm- a org..,ni1,:1çJo se beneficia."
présa é a m:i.ior pmênci;i 1to mundo contem• Apesar d:as c.fü•crgências qu:11110 ao grau de•
porâ,u.-o, d a IC'm :1 obrig.1çiio de assumir uma scjado de rcsponSJbilidadc social, h1101;1.I con·
re5pon.s.1bilidadc sod:1I corrcspondt•me. Aso• cordânc13 em que a org.,nizaç:lo deva realizar
cicdadc deu é.':)~ poder às emprcs."lS e deve pelo menos iodas as ações de rcspons:ibili&,-
chamar a empresa par:t prcnar comas pelo dt social q11e s:lo uigidas pela lrg.isfação. Con•

• AUMENTA A ATUAÇAO SOCIAL DAS EMPRESAS


O envoMmento das grandes empresH prtvadas na• r-"uç6o de lmpattot a pagar. Para 73% das ompro-
ck>nals em ações soclals tende a cresce,. IHO nk> 6 H.t, o, Incentivos fit.eall nltodo lmporta.ntes na doei•
apenas um modl.smo. Ê o que aponta a pe.squlta 80n· tão ompretarlal de fner a aç.io social e 56% delas
dade ou lntereHe - como e por que t.11 emprosas nto usaram Incentivos fiscais om sua atuação aoclal.
atuam na área toelal, coordenada peto lnttltuto do IU empresas elogiam os lneeoUvos à cultura, mas cri•
Pesquisa Econ6mlca Aplicada - lpea, realizada e par- tlcam os lneontivot dirigidos a entidades tilantr6plcas
tir de tntrtvllt.ot com dirigentes de47 empresas. Mais e ao Fundo da Crl.ança e do Adolescente.
do 80% das emp,osat po,qulsadas tàm porspoetlvas - anos 90. • prolifo,açiodas 0<9&nlzações ~
do expando do atondlmonto soelal. Cerca do 98% de- vemamontnls (ONGs) e o maior debate tobte Qtlt.stõet
clar,ram nunca tor Interrompido a ação e 60% não al- ambientais fizeram cr0$CClf na sociedade e nas empre-
teram os Investimentos soelals m esmo em períodos sas a Idéia de que o Estado sozinho não conte9ue ae.a•
do dificuldades econ6mfeas. bar com a pobreza. A tala de empretárlot e dlrigento.t 6
Oo ocordo com a puqulse, embora as molfvações a mesma dos movimentos sociais: é preeJto eomp.._
pouoalt do ospírfto humanltjrfo Influenciem muito montar a ação do Estado e ter responsablUdade social.
essas lnk:1-atfvas, as empresas percebem que os ln• As prestõet soclalt e e:dg6r')ciH de m0<cad0 para que
vettlmentos soclals dão retorno de outra, formas. at empro... tenham r♦.sponubllldad♦ toe&al ttndtm a
Para 65% das empresa.s, a ação social melhora a lma• se eontoll<far. O marketing toclal ainda ett, começan-
gem da empresa Junto à comunldade. Para 50%, deles, dO no pa.lt. Apenas 56% das omprosu pesqultadl1 di•
melhora a Imagem da tmpreta com o, cllentos. A vuf9am a sua atu.aç.ão social. Boa parte d~a.s tez quos•
maior part.e dat empresa, (53%) percebe um aumento t6o de nio divulgar auas aç6tt., algumas por receio de
do envotvlmento dot funck>n.árlot com a mltdo da quo a demanda crosça domais al-6m do que a empresa
empresa, o que aumenta a produtividade. possa atender. Além d isso, M lnidlr um profelo social
Contudo, 59"4 consldt.ram quo as atuaç6os sociais melhora a imagem da empreaa, Interrompê-lo traz des•
nio d.Ao nenhum retorno d ireto no aumento do ven- gasto. A conUnuJdade passa a " ' uma necessidade e
das: 82'% dlum que a ação social nào causa nonhuma não uma opção. •
!12 Comportamento Organizacional • IDAL8ERTO CHIAVENATO [I.SEVIER

tudo, escl h:wcndo uma gr.:td:11iv;1 :-idoç:io dt abordagem que m:\iS exige da$ organiiaçõcs.
medid:1s mais imensas de n..-spons.1bilidadc so- pois impõe que esrn-. devem ante-cipar-st· :1os
cial pelas org.1nii.1çõe.s. problemas socfais lidando com dt) antes que
~ rornem C\'idcnres e crflicos. Impõe também

Graus de envolvimento organizacional a utiliz.1ç.io de recu™>~ org.1.niucionais agor~,.


na responsabilidade social o que cri3 um impacto ncg.11i\'On.1 otimizaç.io
de luC'ros no prc:.emc. ~u abordagem é rípicJ
Asegunda p<.>siç.io que é Í:.wor.i"cl .io c,woh•imcnto de cidadania corporniiv~, e repr~nro um pa•
organizacional cm :ni"i<bdes e obrns soci:ais .1prc- pel pro:nivo 11:1 sociedade. isto<-, fazer uso do
Sént;) crês diferemcs graus de cm·ol\'imcnt0: .. , poder que lhe é dado parn mdhor:i•la. Os pro•
gram:ts cduc:1tivos íin~1nci:idos por org:1,,iza•
a. Al>orda.gem da obri_ga(do soâal e legal: i;:upõe çõts n:1.> escola:. p1íblica:. wbrc droga:i. são um
que :t.S principais metas de uma org,."lnizaç:\o exeinplo. O ganho (ururo signific:a urna fo rça
são de narnrcia cconômic:.1 e ÍOC3d:ts na otimi• de trabalho s.1ud:i\'cl, mesmo que no momen-
z.1çõo <lo::. lucros e do património líquido dos to o organiZJ~O n~o tenha nenhum problema
:1cionis1:1s. Portanto. a org.111iz:içâo de\'C ape- relacionado ,om drog.1) no loc:il de trobalho.
n:a.s s:.nisfozer as obrigaçôes mínirn:is impos1.1s Org:.'lnizaçóc:i. com sen)ibilidadc sod:il procu•
pela lei stnt assumir nenhum ei;:íorço adicio- r:1111 o cnvoh·imemo na comunidade e cncora·
nal ,•ohmtário. As dcc:isóes organizacion:i.i::, jtun seu:. membros a fazerem o nlt...,mO por meio
são 1om~1d:u com base apenas em ganhos eco• de esforços de con'lCien1iz.1çao )Oelal. cspec.-i:tl•
nõmicos projerndos. mente cm :'irea.s cmergenciais. Os progra.m!ls
b . Abortlagcm da responsabilidade social: supõe connmiclrios ba)(.-:idos no volunrariado e-s.pon•
que a org.1nizaç:io n5o tem apen::tS metas eco• 1.lnt-0 dos íuncion.ários cm áreas c;1ren1es s..1o
nômicas, mas também cen3s respons.1bilida• um exemplo a ser imitado:H
des.)()Ciais. i\s dc.-cisões org..1nizac-ionaiss:lo CO•
mad-as com b.1sc n:io apen.1s nos sa,nhos t"t'O• Os níveis de scnsibiliz:iç'io sodal pro,·ocarn ccr•
nômicos projetados e na conformidade leiµ,I, tos comportamento:. nas org."lnii.1çõc.·s ,·oltados p;t•
111!\S também no critério do bencíício socit,I. ra mividades e obr.is sociais, Em íunçlo desses ní•
Alguns recursos org.1nizacionai.s s:lo us.1do:. \'tis. cad, org..111i1..1Çlo deíine uma íilosofia de respon-
par., projeros de bem-estar social stl'll trazer S.."lhiliiaç?i.o social que produz c:uegori:as de rc:.pon-
dano econômico para a org.,nizaçlo. Exi.stc a :i:,bilid:tde:, wciai) que podem )o(r de simplc.-s rc:içlo
às carências e nc-ce:)sidadt.·) da comunidade, :1como-
prcocupaç.io cm otirni1.ar os lucros e o p:uri•
daçJo. :1doç.ão de mecanisrno) de deíes.1 ou com•
rnônio líquido dos acionis1as e também com
port-a.memo pro.ui\'O e ;intccipat6rio.
prosram~\S de ação soei.ai e cnvoh•imemo SO·
A \'Crdade é que a rc:.pomabilidadc ~i;il cst.i
cial. São org.."lnizaç&-s que desejam uma ima-
deixando de se limit:i.r aos velho) conc('it0, de pro•
gem de politicamcme corretas com gr:rnde e~-
tcção p:1)Si\'a e p:itemalista ou de fiel cumprimento
forço na :.írea de relações p(1blic-.1S. Em geral,
de regrn:-. leg.1i-. para :1\'ançar n:1 dircçjo da proteçlo
s:.io org.1nii'..l\Õl".S que pr.nicam uma adaptac;ão
~Hi\·a e da promoção humana, cm Íunçjo de um ~is•
re:ui,•a. pois agem para pro,•idenci:ir uma ~-
tema definido e explicirado <le valore-. éticos. Exi~-
luç.io a problemas jj exisu.·mcs.
tem seis razÕC's para isso."9
e. Abordagem ,la sensibilidade soci,11: ~upõc que
a org:miiaç,\o nlo tem aptnas met-:is c::conômi- 1. A afirmação do con,eito de cidadania.
(.~S e soei.tis. m:1.s 1-ambérn prt"t'i53 se antecip:i.r 2 . rh condiçõc:. atuai) de dis1ribuiçjo da riqueza
:10~ problemas soci:1is <lo futuro e agir agora gcr.1da.
em rc~posta a eSS(•S íuturos problcm:t). F..st:1 é 3 3. A for1e ampliaç.io d,1s :1!1piraçõc~ )(Xiais.
~ CAPITULO 2 • 0 Mundo da$ O<ganizaQ08$
W IMElt _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __.:...:...__..:.::,::..::.......:_....:_..:....._.;.::;_:_::.::_.=::::

~ 6' s.ntlbl~ Sodlil:

pr.,.._ rtlile:ionldat com


~•obtl0li06Nklgais••~
fOdeil a&\MII •

.. _
Ambiente ~ e 1Wld6nciiN queesi60~.
mesmo QIJ9e""4iffl ind.-otar,'l,tntf i ~
Otganiz.eclonal

...,.....,
saflsW• uotwlgllQ6N: lilgals e u ~
......
Comunldedo locl.a. OCUloS Ql.lit elttam droc.atnen1e a ernc:wesa.

Abot~ °'
Obr'9lçio Soclal. UQII:
~ - tomtntt•oc,riga,Q6N tOCilis
♦.ldgidasptllak,gr&IIÇ6otm~

Figura 2 . 10. Nlvols de sonslbllidade social das o,ganizaç6os.

4. A fr~1gili1.aç:\o orç-3mem:iria do go\'crno e a Responsabilidades da Sociedade


conseqüente con\'crgência das <.~feras p(1blica
e pri\':tda p:1ra a :uloçáo de ações d<'.' inter('Sse Se, de um lado. as org:inizaçõcs têm rcspon.:s.1bilida•
social. dcs par:. com a sodcdad1.•. a rt"Cíproca é \·erd:tdeira:
s . A posrnr::i socfalmeme responsá,•d como :11ri- rnmbém a socied.1de tem rc:spons.1.bilidadt-s com rc·
btno <.'$tratégico 1>arn a liObrcvi\·ênci:t. o cre-s• laç:lo às Ors.:'niz;u;õc-s:' 1
c·imento e a perpetuação d.as cmpres.1s.
6. A busca por rderenciab éticos, como pomos 1. ésllibt ltccr regras claras e comisuutes: c:i,ta
de sustcnt:tç,\o de políticas, processos e ~,ções. é uma da~ regras fu ndamentais que a sode•
d:lde de\·(" deíioir por meio do seu go\'crno.
Toda organizaç;to requer um cerro sr:m dt
Por omro lado. a rcspon$.1bilid.adc soei.ai da~ or•
regulação. isto é, um conjuntO de regras
ganiz.,çócs deve ~r cn(:uiz:ida, cobrnda é av:iliada
par:1 operar. M:b :-.s regras 11.lo podem sçr
n.a org.·mizaç.;'ío, Além dos bal:mços cont:\bc:is con-
\'ag:'ls, iinprécis~,s ou ambíguas: das dt\'cm
,·cncion:iis. lc\':.tnrnm-se b.-.lanços de alcmce exter-
str cl:lr.1s.
no. como o liOC'ial e o ambiental. Assim, rclaçóc:i,
tr:111.sparcnte:i, com a sociedade, re:sponsahilidadé 2 . Tomaras rcyras tecuicamc,,,~ viávt•i$: a.., orga•
diante dt gerações futuras. :.tuto·regubç:lo da con· ni1,.1çóc.S n:io podem fozer o irnpossí\'tl. Os
dum. comprc..:n$.10 d.1s dimensões sociais dos a10:s padrÕé'S de\'em ser possh•cis de serem atendi•
econômic():s (pródu\"!io. gcraç.\o de rcnd:t. con:sumo dos.
e acumulaçio). sde\30 de agentes e de parceiros in• 3 . A~ttr.Jrqucas regras sejam eC0'10micam~ute
scridos cm cadeias pr0<.h11i\·as e gcrcnciarncmo do:s v;ávcis: a s()Cic·dade não pode impor uma re-
impacto:s imcrn<.»; e externos de Mt:.lS :ui\·idade:-. ),1o gra que ninguém poss..1. pag.-,r. Se o custo da rc•
algum, dos nO\'OS a1ribmo-. a que as empres.."l.S de\·em gulaçlo gov1.•mamem:.1I uhrnpasSa o \'iável. as
corresponder. Atributos como c-ssc.-s não s:'io modis- org:.rniiaçõcs ccrtamen1e mudado para outro
mos e dt\'Cr3o resistir indefinid:u111.•mc ao 1empo. so lugar, onde as regr.b sc:j-;1.m viáveis.
Comportamen10 O,ganizac1ona1 • IOAlBERTO CHIAVENATO ELSEVIE~

• AVALIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL DAS ORGANIZAÇÕES


O lnslftu10 Ethos avalla a re,ponsebUldado soclal dH 4 . Fornecedores:
em prosas por melo de uma aistemátk:a de auto--avalla- a . Stleçl o • parceria com tomecedores: crlt6-
çbo dividida cm sete grandes temas, desdobrados da rlos de seleçto de tomecedores, relaç6H
seguinte manelra:52 com trebalhadorff tercelrlzados e epolo ao
duonvolVimonto de fornecedores.
1. Valoroa organiuclonais o trans parôncia:
• · Auto-regulaçlo da condu1a organlzaclorntl:
compromisso• êtlcos e enratumento da cul•
s. Consumidores:
• · Olmonsâo .s«lal do consumo: política de
tura organizack>nal.
merk etlng o comunicação, exeelltncla do
b . Relaçóes transparentes com a sociedade:
atendimento , conheelmentos dos danos po,
diálogo com parttt lntereuadas (stakehol•
tencials dos produtos e serviços.
ders), relações com a concorrência e balan•
ço soclal.
6 . Comunidade:
2. Público Interno: a . Rotaçóes com• comunidad e local: gerencia•
•· Olâtogo e p,artlclpaçJo: relaçôea c om os sln• mento do Impacto do atMdado prOdullva na
dlcatos. 9es:tâo partlcll)$tlve o participação comunidade e relaçõos com organtiaç6es
nos lucros ou resultados. atuantes na comunidade.
b. Respeito ao Indivíduo: compromls.so com o b. Fll1ntropl1J1nvo.sumontos sociais: mecanla.-
futuro da.s crlenç.es o valotlz:aç.ão da dtvorsl- mos de apolo a projetos socJals, estratóglas
dade. de atuação na área social e moblllzaç.ão de
e. Respeito ao trabalhador. comportamento cU• recursos para o Investimento &oclaJ.
&nto do demluôes, compromluo com o d►
e. Trabalho voluntário: ,econhoclmento e apolo
&envolvimento profissional e empregabiUda•
ao trabalho voluntflrlo dos empregados.
de, culd&do com a Núdo, segurançe e concU-
ç6es do trabalho e preparação para a apo-
7 . Qovemo • sociedade:
sentadoria.
a. Transparência política: cont,lbulçõos para
3. M elo ambiente: campa.nhas políticas e práticas anticorrup-
a . Gttonc/amonto do Impacto ambiental: conh&- ção à propina.
clmento sobre o Impacto no mek> ambiente b . Liderança soe/ai: liderança o l nfluêncle SO•
(somente pare lndús.trias), proceuo p,Odutfvo clal o participação em proJetos governa•
(lndústrlas), responsabilidade sobre o ciclo de montais.
vida dos produtos e s-ervlços (lndUstrlas).
b. Rosponsabifldade diante das geraç:68.s tutu• Como você avallarie • responsabilidade social do
ras: compensação da natureza pelo uso de uma organizaçjo? O questionário do Instituto Ethos
recuraos e Impactos ambienteis (Indústrias) estâ dlsponlvel no sito: www.othos.gov.br. •
o e<fucaç:ão ambiental.

4. Tomar as regras pros~clivas e 11ão relroali• S. Tomar as r~ras orientadas /Xira alam,c ,te OÚ·
vas: a retribuiç:io referente :10 paSS.'ldo não ittivos. não para prese.rir.do de proudimc,11os:
tem sentido p:1ra os negócios. Os padrões de a maneira apropriada de um governo ou na•
rnxaç?to de\'c:rn ser pre\'i;1rnente definidos cm ~áo deíinir como as organizações devem opc·
rcfoçjo ao íurnro e não :10 pass~1do. men:. e objetivos e não foca-
rnr é e-stabeleccr
lizar o como fazer ou executar seus negócios.
~ CAPiruLO 2 • O Mundo das O.gani,ações
~~ - - - - - - - - - - - - ---....:::..:.....:.:::...:.._..:.......:.....:.:..::::..:::.:::=:::::::
e CASO

NIKE E REEBOK LIDAM COM OS DIREITOS HUMANOS EM TODO O MUNDO"


As duas malOfes companhias do calçados e:Sportlvos A Rcobôk tem um conJunto de padr6es jNlra a pro-
- a Nlke e a Reebok -1ercelrl%-am s.ua produção ao re- dução de seus produtos ao qual d6 o nome de Pa-
dOr de todo o mundo. Mascado uma dolas edmtnlttra drões de Direitos Humanos na Produção. Ela utiliza
o ptOCOl$0 de tercefrlzação de maneira difortnlt. es.ses padrões na seleçto do subeonttatantes, contra•
tentes. tomeeedores e owos parceiros de nogôc&os.
N lk e Algun.t desses padrões Incluem os Hgufntos 1,11pee,.
A Nlke 6 conhe<:ld• como uma •empresa em fortna de tos. que podem ser vfsuallz.ados em sua hOmo pa9t:
rede.. e está Intimamente conectada a outras compa• www.reobOolc.com.
nhlas que produzem HUI produtos. A Nl.ke emprega
~ca de 8.000 pessoas nas értH do admlnl1traçio, 1. S1lírlo1 Justo,: e Reebok busea parc♦lros que

dt-Hnho, vendas e promoçio. Eta nlo produi nenhum oferecem s.alárlos e benefícios adequadOs aos

de HUI produtos, pois entrega toda a sua produçio seus operários. Ele No aceita parceiros que PI•

nas m6os do 75.000 trabalhadores em todo o mundo gam menos do que o salârlo m inlmo local.

contratados per diforentet empregadores. Muitos doa 2. Trabalho Infantil: o Roebok não trabalha com
produtos terctlriudos dl Nlkt v6m da Indonésia e parceiros que empregam crianças menores de

Vietnã, onde os ul6rlos do twtb1os o e, lels trabalhis- 14 anos na produção.


tas sio frágeis. Recentemente, a Niko foi cr'ldcada por 3. Amblentt de trabalho seguro e savdivel; a Reo-
IUH relações com subcontratanto-t da Coréia o Vlotnã bok procure parceiros que proporcionam um 10-

acut.ados do maltrotar s.eus opor6rl o1. Na Corôla, as c.111 de traball'IO odequodo e que não exponha as
mulheres orem forçadas a levantar sous braços dura.n-- pessoos a condlçõos pedgosa-t.
te vtrlos minutos ou eram amordaçadas por terem 4. Horário de trabalho: a RHbok pretere parceiros

conversado durante o horârlo do trebalho. No Vietnã, qu• utilizam 48 hot81 semanal-t do trabalho d~
alêm de molestaçào de mulheres, os meninas rece• ~rârk,s. Na prátJce, ttabalha com parceiros
blam US$0,20 por h«a e trabalhavam durante 6 dias que No requerem mais de 60 hotos umanals

por umana. Esses lncldentH envolveram as "'empro- de trabalho.

a.as em rede- , • a Nlke cons.egulu ficar tora dos ho'ofo- 5. Parceiros: a Rctebok só acei ta parceiros com
tes porque ela nio 6 propr..târla dessa.s fábricas, mas pleno conhecimento das tacmdedos de produ•

apenas faz negóclos com elas. A Nlke não tem planos çio e que tomam medkJas pcsltive-t para Imple-

de mudar suas operaç6es, • realize bab:os lucros para mentar e monitorar padróos adoqu.ados de tra-
mlnlmlz.ar o problema. Mas anunciou um novo Código balho.

de Conduta mai s aevero, passou • seltclonar mal-t


Quest6es:
cuidadosamente seu.s parceiros e faz u.ma Intensa mo•
1, Como voc6 avalia as abofdagons da Niko o da
nitoração do pr,uc,s desumanas na Indonésia, China
Reebok na torcelriz.açio de sua produção no
o Vietnã. mundo todo? Voc.6 p0dO apllcar o termo etno-
Reobok contr1smo ou o termo r t latlvtsmo 6tlco nesses

A Reebok é conhecida companhia g1obel de calçados dois ç.asos? Qual 6 a sua aprKlaçio sobre o

• roupas esportivas e orgulha-ao dO sou eompromlt.$0 conctito de untversallsmo moral para HNS

com os d irei tos humanos. A companhl:e osti compro- duas situações?

metida com parceiros que uum polítk:as ,ucas na 2. Faça uma análise dos parceiros de cada compa•
manufatura. A Rtobok ajudou a crJar a Força Tarefa do nhla separadamentt. Depois, proceda a uma ca-

Prilticas Globais de Manufatura a fim de organizar, tegorização dos parceiros com relação a direi-

pe.squls.ar e desenvotver re-comendaçóts do ação éti- tos. obrigações, Incentivos e motlvaç6ts. O que

ca o respon-tável. é - ou o que poderia 101 - seu papel no dlloma


Comportamento Otganizacional • IDAUERTO CHIAVEHATO ELSEVlE~

de torcoirlur produção pt'lra paíaos ondo ocorro 4. Quais as açõos que os consumidores poderiam
uma situação do trabalho desumano? tomar P'I'ª acabar com a exploração humana?
3. Avalie o Impacto que mudanças do parceiros Quais urtam os resultados para os vários par-
poderiam provocar s.e suas recomendações fos- ceiros? Você acha que a publlcldade negativa
sem acellas. Quais os benefícios e perdas da sobre a Nlke provocou mudança positiva nas
utiliiaç.60 do trabalho desumano na torcolrWI• Políticas da companhia? •
ção da produção? Como seria o futuro dessa si-
tuação?

1Resumo S. Conceitue org.1niz.1çlo. /


!
6.tl;.~pti_que o csludo d:i org:iniz.-,~o;'I
O mundo d:ts org:anitlçóessc (':1.r:tcccriz;1 por .--sp,«1:0~ 7. ()() qut slo form.1d;a$ 3) org.miz..,çÕC"S?
cOn\O g.lobalizuçio. tC"cnologia. diver,idade C' ética. A.. 8. Explique 03' p:arcciros dJ org.1ni1~lo e seu p:apcl
org.1niz..'1ÇÕC'-S s.io unidudC"s socfais (ou agrup:.uncmos no sucesso org;.ani;i;1cion;1I.
hum:mos) intC"ncion:ilmcntc ronstrnfd:.ls e r«()n~truí• 9 . Explique a orpniuç3o como um sistc.'m.;1 abcno.
da!>. ~1 fi111 de atingir objetivos e)pcdftco). Eb.s nar.cem. 10. fapliquc .b c--.ar.a('terístkru: principaO d.1 org.:miz.t•
c;rcsccm. vh•cm e morrem. Conmd o • .1s org:aniuça6C's ç.io como um sis1cma :i.berto.
dependem d.:u, ath•idadt:s e dos c-sforços colech·os de 11. Ê.~pliquc :a org;uii~ o romo um )istem.;1 SOC'i.al.
12. O <1uc )ignific.1 socicd.ad(' de organi1.açõcs.'
muit.1.s pessoas que cobboram para o seu sucesso. No
13. Como as decbÕC's éticas :afor.tm :i ors,iniuv\o?
fundo• .-s org.·miz..-.çõc-s s.lo sistemas de cobbor:tçlo e
14. Quai .. ~\o O) fatores qul' 3fo1.am :tS d«iSÕé'$ éticas?
cooperação hum;m:a. O CO C"xii-tC' C"m íunc;:io dasors-,•
Explique-os.
niL1ç~. Ele é um prodmo i111ríns«o a cl:as.. 15. O que signifi~ um código de étic:a?
As org.1.nizaçóe$ constituem a :al:wanc.a do dtsc,wol• 16. Explique :a rC$pon~1bilicbde socl:11.
\'imcmo «onô miro C' social. S:io das que prO<hllC:m 17. Qu:1is os gr:1us de tm·ol\·imcnto org.,nizacional n;.1
bens ou scniços e- impulsionam a inov3Ç:\o e o progrcs• rcspons:.ihilidade .social?
.so dos paíSC"S, O deSC'rwoh•imento de urn pois depende 18. Explique as ropon!>:lbilid.adcs d.., :kx'ic.-dadc.
do grau de.· dc~m·o lvimc.'1ltO de :;U:b or~m iz:ações.
Ebs s.,o forn1;1dls por um.1 inr~,o de diferences 1Referências bibliográficas
rm1rsos. ELu são douadas de rC'Cursos materiais e rc~cur•
,ç()S fin~nct'iroç que corra:pondcm :aos s.cus :uivos t.tngi• 1. John R. Schcrmerhom.J:amC'$C. Hunt & Rich:ird
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negócios. 7. Chcs1er 8:arn:nd. As hm(&:1 do Exte11rivo, Sio
4. Coment(.' a étic-J organiiacion;al. Paulo: Edi1or:1 Atl:as. 19i 9.
!!Ir
El. !1,"Vlat ------------------ ------------'----'--
CAPITULO 2 • O MundO das 0.gonlzoções 17

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w1v1vJu•br.isil.~.úr
w1v1v.tl~1t,r~r•sile.<Om
WllJIV.</i(k/ómt'.(,0J'1,i,r
CAPITULO 3

AS ORGANIZAÇÕES
E SUA ADMINISTRAÇÃO

Objetivos de aprendizagem
• Apresentar uma vis.Ao geral dos dosar.os o mudanças do paradigmas que as organiza-
çóes estão enfrentando no início do novo século.
• Mostrar a ênfase nas tarefas que ptedominou durante os primeiros passos gradativos
de desenvolvimento da teocia adminiStraliva.
• Mostrar a ênfase na estrutura organizacional e seus efeitos na teoria administrativa.
• Mostra, a ênfase nas pessoas e seus ef8flOS na teoria administtativa.
• Mostrar a ênfase no ambiente e seus efeitos na tooria administrativa•

• CASO OE APOIO

A PLUG-ON
Pedro Menendez é o diretor presidente da Pl'9'0n, uma to do negócios. Para tanto, Menendez ptedsa ser criativo
emptesa hlgh roch que ptoduz: e Yende p,odutos o5otronl- o inovad<>r, som ctospreur os aspectos cocktl:mos das
eos para uso em lnfom\âtSea. Menenctez est6 no cargo hi operações da sua omprcsa qtJO proclsam te, eneiêncla e
apenas seis meses. o &cu ~pol CIOSaflo 6 llmuttanea• efic-ácia em alto g,au. Menen<:Mz sabe que o MU ntgôcio
mente Lançar produtos novos no mercado • ljU$UM' sua se çaracterlza pelêl globalà.ação, mudança e competitM-
tmprtt,a condnuamen.1e às novas demandas do ambien- dado, COmo - poderia .... bem-suc:edido? •

Vimo~ que~ orga11izaçÕC's \ 'i\'Cnl cm um mundo de E nem almoçam succ»o por acaso. Elas prccis.1m
negócios que se caracterila p<:la glob~1li1.i1çlo. mu• S("r adminis1radas para poderem funcionar adequa-
dança e compc1i1ividade. 1>ara pOdercm robre\•ivcr. damente e :i1ing:ir seus objetivos d.a melhor m:incira
.. <'On1inuamcntc estar km-
a) org.1ni1.,.1çõcs prtth1m possível. Como a._4; organiz:tçc)(-$ s.io grnpos de pcs•
çando novos produtos e scr"iços. dc-sc1wotvendo soas que 1rabalh~1m em co11jumo p::ira milizar e apli-
nov.1s tecnologias~ criando 110,·c» mercados, apri• car recursos org;rniz...,cionais - como capital f'inan•
mor.1ndo proc.:csi.Os e mé1odos de 1rabalho, dimi- ceiro, 1«nologia, máquina~ e equipamentos, m:ué-•
n:mdo cu~tos e incremtMando resuhados. Contu- ria-4õ•prim~. conhecimento - e alc,nçar propó:,iios
do, as ors,.1niz~1çó<:s njo íuncion,1m por :,i rn~m;\!,. comum, - t..:-01110 cumprir um:a miss..io. mingir um:t
.. Compor1amen10 Organizacional • 10Al8ERTO CHIAVENATO ElSP.VIER

"lisão. scn•ir ao mercado, satisfazer ~1os seus parcei- de moderna, e n5o :1 cecnologfa. ou a infounaç:\o.
ros, como c.licmcs, :acionistas, cmpreg."ldos, fome• f...sramos \'ivendo em uma sociedade de organiz.,.
c«:dor('s - cl:1s necessari:lmcme precis.-im ser :u.imi• ÇÓ<'S c~1da vez mais complexa. O núcleo da socieda-
nisu:.1d:1s. ~ administração permite _proporcionar de moderna é a org.,niiaç.io admini.sm1d:1. A insti-
sem ido_, dirt-ção e <1oordcn:1ç'io nesse trabalho con• tuiç:fo social ~ a mantirn utiliz.1d:1 pela sociedade
jumo e lcv;ir :1 ors,.11frz.açj,o exar3mcntc aonde d:1 para conseguir que as cois::is sejam i1wemado.s. cria-
predS:1 chq;.1r. Enquanto as org.1ni1..1çócs s.;o cstu• das, dcsenvol\'idas~projeradas e (eiras. E a admini-s-
dadas pela Teoria da Orgaoizaç3o (íO), a adminis• tr:tçáO é a ferramenta específic.11x1ra rornar as orga-
traçtao das org.1niz..1ç6éS é <'$tudada pela Teoria Cc• niz.1çôes c~1p~w.es de gerar resultados e s.1tisfazer ne-
r:1I da Adminis1r:1ç:\o (fGA). C.1da reori:i ndminis- cessidades. A org;.rniz.aç:io não existe simplesmente
muiva tem :1 su:1 pró1>ria ddiniç-.io de o rganiz~1ção. 1 dentro da sociedade. Efo existe p;tra produzir resul•
Assim, n5.o é de c~rns.u espanto que diferentes auto· tados dentro da sociedade e principalllleme para
rcs façam diícremt-s conceituações de organização. modifrcl-fo. Daí avuha o papel do administrador.
Não só fazer as org.1ni-z..1çócs funcionarem bem.
mas. sobretudo, (:11.ê•las produzirem res11lt:1dos e
As Organizações Precisam a.greg.1rem valor. Mais ainda: mudar comínua e
Ser Administradas const:mtcmcntc as org.111iZ-1çóe> p.1r:1 aju>tá-las prOO•
ti\'amen1e ao ambiente que se torna cada vc:."'t mab
Todas as organiiações s.-\o guiadas pelas decisões de mut~vd e impre\'i>Í\'el. O administrador dc,·e ira•
um:.1 ou mais pesso:.,.s que chamamos: de adminis-tra• b:-.lhar como a.geme \-:.rali1~1dorfdc H.-sulrndos e co-
dores. Os administradorcs alocam recursos C''SC3SSOS mo agente de mud:rnça.
para íins ahern:uivos e quase sempre compctirivos. De fato, as org.,nizaçhc:..-s requerem adminis1rado-
Elc..-s dctcrmin~rn1 ~1 relação cmrc meios e fins. Ois• rcs para puderem ser dicicmcs ~· cficaz.cs. Ot.:vido 3
põem de muoridadc (ddcg.1d:.1 pela sode<la<le) e crescente complexidade da sociedade e 30 r,1m;mho
rcsponsabilid~,de (aceim. por eles) de constniir ou cada vez maior das org.1ni7,.1ções. as declsõc..-s :idmi-
dc.•struir comunidades. lazer ~1 paz ou a gucrr:1. puri- nistrnth·as indi,·iduais têm grande repcrcus~\o n:1
ficar ou poluir o :unbicme. Eles estabelecem as con• sociedade. Considere o impacto da folência d:1 En•
diçõcs rel:uh•as aos c-arsos, produtos. ser\'iços, clicn• ron no mundo financeiro global.• Veja também os
tcs, rccei1as, conhecimento, es1r;11é-gi3s etc. o~ ad• problem:1s que a sociedade enfrenta no cocante à
minisuadores - como .1s organizações - est3o ram- s.1úde ou à energia e os problemas relacionados aos
bém difundidos por tOOa a socicdade.2 custos enormes t.: :1 outras indiciéncias de org.111iza-
Além disso, st a sociedade moderna tem e1u)rmc çõcs públicas ou privadas. Cada um dcsSc."s proble-
necessidade de org.1niiações bem adminbrrndas.. a mas nos ajuda a imaginar as necessidades críticas da
conclus.1.o é de que os administr~1dorcs s:io um recur- sociedade com relação a administradores eficiente:,
so socfal muico impottanrc. Toda pessoa s:ibe algu• e dicttzes. /
ma cois::i sobre adminiStraç.ão de,·ido aos contatos A adminis1r.1ç\o das org.,niz.:içQCS requer um pro,.
di~rios com as v~rias org.1ni.z;.1ç-Oé.'S ou com os admi- fundo conhecimcntO do CO. Sem esse conhec-imen•
nistradores de tais orçaniz:açôt.-s. f..ssas expcriéncbs co, a administração pode tornar•><: fria, desumana.
podem ser boas ou más, e as atitudes con, rcl.aç\o aos mecânica. rígida, ineficiente e ineficaz. OCO é uma
administradores r:unbém pO<lcrn ser po:sitiv,1s ou ne• área do conhecimento humano rclativ,uncnte rc-
g;:itivas. Comudo. embora SJiblmos um pouco de ad-
minis1r,1ç,jo, 113 prátic:t aind:i operamos de modo
• '/'>.'()la do T,J,{11/()T: A E,1roo, umJ dJ) nuiorç, o~niuçõn,
indkieme. Basta compar:mnos nOSSO> pl:mos Oti• muhín..acion:ai.s a.merka.n:b. falm no final ~ 1001 Jç,,Kto ;a
mistas de omem com as rcali~çõc> reais de hoje.J l..10Ç.Jm(m~ rom:i~i.s que cr.an,.form:a, ,1m <ksprs.ti em rt\.""<'1·
l;tj.. x,,1bou )(' torNnJo um dO' n,aior~ ~.,,Kl::aloç n..1 COn\11•
Aliás. Orucker" afirma que c~tá ficando cada \'Ct
nid..lde emprc:s,.ari.11 an'CtK:lru e pro,()C()u enornlt") pc:rda) no
mais claro que a org.1nit.aç"io é o cemro da soci1.·da- mer.:~do fin.an«iro intC'tn.Kl01L1l.
11'
~
111 - - --
CAPITUI.O 3 • As Organiz.aç6es e sua Administraçào
__..:._-----'- 11
W.V,ER

ccnu· e que propordon;i condiçõc~ par.to conheci• p:apd, ccluloscl sidcn.irgirns, automóveis. pro•
mcnto e entendimento da din.ârnirn organiz1cion,1I. dmos químico~. miner:1çlo etc. - as org;mii.'l·
E is.so é íund:unemal p;,1ra SU:.'I adcqtrnda :.1dminh,r:.1• çõcs lonse\•as permanecem em harmonia corn
ção. As org.-inizaçõcs prt-ci->,·un ser b(m comprttndi• o mundo à su:1 voha e reasem de m:ancira
das para que poss.1m str adminisiradas e posidona• oportuna às condições da socic:dad e que as
d:tS em seu comcxto de negócios. E..xi.stcm dois as• cerca. Efos possuem uma capacidade in.aro de
p<.-ctos bS.sicos que prccis.,m ser consider.i.dos:S ~mtccipar a necessidade de mudar e de: explor:.1r
os crises no sentido de tmnsformá-lasem novos
1. A organhação é 11m ser uivo. Eb nasct', cresce nt-gócios. E.las csrão plugadas no seu ambicmc:
e morre, d ependendo da m:meira como é ad- e vivem ~,sictuneme em íunç.to dele.
ministrada e impulsionada. É preciso dar 2. O,gmd:açócs longeuas sAo c~sas e dotadas de
maior :ucnç:io par.1 o desc-1woh·imemo da or· um forte senso de ideutidadt. Q ualquer que
ganiu,çjo e de seus p.i..nicipamcs. Esse é um sej:a o seu grnu de diversificação. seus íuncio•
:1spccw que não pode íicar ;\ mercê dos :icon· nários (incluindo os forncct'do rcs) sentem que
tecimemos. ou :.10 s.-ibor dos \ 'Cntos. A organi- todos são pane de uma só emidadc. Ebs se
"Z3~o precisa investir forte mente no sru pró• vfrm como uma frota de navios. cada um de•
prio dcse1wolvimemo. E boa pjrte de-ssc de• lcs indt•pendenic, porém o todo da írom é
stn\'Oh'imento é dccom.~nci:1 do dc$Cnvolvi- mais forte do que a ~m:a de suas 1nme:>, Ess.1
mcnro das pt."Sso.1s que delas participam. sensação de fazer pane de uma comunidade e
2. As dt•âsócs desse ur vivo sdo resultado de um de ~r capaz de se idcmific~u com suas ações e
«mt fm,o e iu,~wntc />rocesso de apn•ndiui• rcafü..:içõcs é que 1>ermite um3 forte ,•incula•
do. A :1prcndi1..1gem é o mecanismo \'ital que ção cmoc-iom-11e psicológica dos fo ncionários
propordon:t s.--i(1dc e longevidade à org;mi:t.'l· com a emprcs.1. o que é essencial para su:t so•
\"ão. A org.'lnii.1ç:io e mdos os seu~ participan• brcvivência em meio à mudança. A cocs.'lo e
1es precis.1rn apre11dcr a aprender cada ,·ci integr~ç;\o se fazem graças a promoçôt.-s imcr•
m::iis. e cad:1 ,·ei mais dcprc»a. A aprendiza• nas sis1cm:J1icamcnte :mibuídas 3s pes-was da
gem dep,ende muito do c-s.t:1do de t-spírito que casa cm dccom,:nci:1 do rt."<rutament<> imerno.
se crfo dentro da organi1,:1ção: deve h:l\'cr uma c~,c.-t.a nova gt·raç~io de gererucs e funcionários
motivação p:trn aprcndtr continuamente. Isso rcprt~enia um OO\'O tio d:,, longa corrente. A
prt-eis.--i ser enfatii:ado e inc:cnrh·ado constan• priorid:tdc m;b:im:1 e princi1,al preocupaç~o
h~mcmc pela cllpub da organi1.1,âo. da adminhlr~\-;io é a saúde da instimiç.io co~
mo um todo. São org;.miz.'lçõcs em que vale a
Como seres vivos. ~l.S org;.rnizaçôcs 11:1scem. cre-.s• pena trabalhar e invc.~1ir pc.-sadamente.
cem e morrem. Mas. por que tantas org~rniz:içÕi.-s 3 . O,g,a11ha{Õé'.S Jo,,g,•vas sdo toler4111tes. Elas
morrem tão prcmarnr;imerne? Poucas delas g..,nh:im evitam qualquer com role cemralizado sobre o
:1 longevid.1dc. Arie de Ccu.s fez uma pcsquis.'I para componamen10 das pessoas. E nlo coíbem
verificar por que algum:is org::inil3ç00 duram mais 1ent:11ivas de di,·c-rsificar ou modificar a cm•
do que outras.. Quais as r:izõcs? De Cem, aponta presa. El:l,s s:io tolerantes com as ati\'idadcs
quatro (:uorcs princip:ais cm cornum para :1 longc,•i• que se desenvolvem j margem dos negócios,
d:adc org:inizacional:' como c~p,eriCncias. :ui\•idades paralelas, no·
\'OS cns."li0$ e exccntricid:1dcs deniro dos limi•

1. Org,aui:uzç&s longtvas sdo senswe,s ao seu 1e-s de um:,, org.:iniiaç~o COC$a. S:lo orga,,iia•
ambitnte. Sejam construídas com base no co· çõcs que cs.150 $Cmprc :unpliando suas po:;;si-
nlu.-cirnento - como cm inovações 1ccnológi• bilidades e abrindo novos horizontes parn o
casque agrcg;,tm valor à vida do~ cliente.-) - ou futuro. A cria1ivid:1dc e inovjç.\O est!io na b."'sc
cm recur~<» naturais - como fabricamcs de disso rndo.
12 Comportamento Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATO

4 . O,ganiwciks /011gcvas sdo ,onurvadoras nas uma espécie d e teste com rebç:\o :ué ond e consc•
f,ua n(as. Elas s3o írugais e n:io arriscam gra• guirá avançar nas oportunidades e ,•e nccr os d esa•
tuitarnemc o seu capit-:il. O í:uo de ter d inhei• fios. O potencial humano e o invc:stimemo no ta•
l'O na m:io lhes dj maior ílcxibilid:idc e inde- ltnto é que determin:ir.lo :ité- onde ir:i esse ponto
pcnd«:ncia de ação. permitindo buscar opções de deslocamento e avanço. Esse tipo de desenvol•
que os concorrentes nlo são capa1.es de obter vimemo não 1>odc: ser comprado. E nem sequer íei•
em íunç..io dt seus compromissos programa· to sob um programa csptcífico ou tópico d entro d:1
dos. Essa aut01lomi-:1 finarm:irn lhes dá scgu• própria cmpre~,. Na ,·erdad e, ele somente pode
rança. liberdade e csr:ibilidadc. su obtido quando se ac.-cira os riscos <lccorrcrnes
da confiançn nas pessoas e se dá tempo a elas para
Oc Gcus argumenta que a capacidade de pro• podere1n se desenvolver e aprender. A empresa
1>orc1onar rc1orno de invcstimemo ~,os acionisrns precisa mosrrar que não considera as pe.ssoas como
p;1recc n:io ter 11:1da a ver com a longevidade or• um conjumo d e cérebros já prontos, períeiros e
ganiiacional. A rcntabilidad<" de urna empresa é ac:ibados, mas d otadas de um pOt<"nc.-ial e rn contí•
um sinto ma de saúde corporath•:i, mas não é um nua expans:\o e consolidação. Essa é a razão pela
indicador ou um determinante da s.-11íde corpora- qual os executivos dedic.1m pane considerável de
tiva. É claro que n :administraç:\o precis..-i ter todos seu cempo - algo oomo 2S% o u mais - p:u.1 ques-
os <bdos contábeis à mão. m;1s esses números. em• róes rebcion:idas com o descrwoh•imento e a colo•
bora exams. apenas descrevem o passado e nio cação d e pessoas subordinadas a eles. Jack \'1ekh,
asseguram o futuro. A longe,•id:ide t:imbém n:io o executivo principal da General Êleetric durante
parece esrnr relacionada com o patrimônio m:tte• quase duas décadas, costumava pedir :ios seus se·
nal. com o setor de atividades ou linha de produ· rentes quc dcvo1-a.ssem 50% do seu tempo a css~
tô> ou pa(s de origem da org;1nização. A expcc1a• q uestões de desenvolvimento dos subordinados.
uva de ,•ida empresarial ocorre tm qualquer pa(s De Gi:us afir ma que, qimlquer que seja a p<>rcenra•
e nO> mais variados setores - da manufotur3 e ,•a• gem de ,empo que cada execurivo dispcnSt" a <"SSe
rejo 3té serviços íinanceiros. agricultura ou ener• assunto. ele constitui o componente mais crucial
gia - desde que os qu:uro f:uorts citados estejam do seu trabalho.3
presentes. Dentro dessa vis:io, :1 administraç~\o das o rg:.,-
Há uma fone distinção cn1rc emp resas viv:1s - niuções é fu ndamcnial para sua sobre\'ivência e
no concei10 de De Geus.1 cujo propósitO é re3fü...1r suc-e sso cm um mundo c.uacteri~ado por mudan•
seu p-01enci:1I e se perpe1t1:1r como comunidades ças aceleradas e incrí"el competitividade. A ad mi•
longcvas - e empres:1s simplcsmeme c.-conómicas ni.s1r:1ç5o - tal qual a conhecemos hoje -é um pro·
que esi:\o prtsentes ,, o mundo dos negócios corno d uro típico do século XX. As várias ceori:1.s e pd.·
único propósito de gerar riquez:1 imcdiat:1 para um cicas adrninistr:1ch as que- ;i.prcscmaremos a :.cguir
1

l)("queno grupo de indivíduos. Aquelas almej:un a constituem os figurinos utili1.1dos c m determina•


longc,·id:1de. enquanto <.-sras ::i.gem :,penas em íun• dos períodos do século passado para responder às
ç.\o do lucro imediato. Daqui a 10 ou 20 :inos. a nccc~idadcs c pressões típicas d e cada época. S:\o
competiti,·idade d a empresa dependerá d:1 _qu:1li• as :-ibordagens preconiz.ada.s par:t rcsoh cr proble·
1

dade das pc-ssoas que hoje est:io aprendendo a ira• mas e desafios organiz:icionais cspcciíicos que fo.
balhar e a inow1r dcmro da org.·mi1.açâo. O rec-ru• r~un surgindo com o pass..1r do tempo. Nes:sc senti•
tanu:mo e a sdeçjo de talentos constituem apenas do, embora sejam enfoques de diÍtremes perío-
o primeiro p:1sso. O dcserwolvimemo e c1,carreira• dos. não se pode dizer quc são reorlas ultrapassa•
menro se encarreg:un de movimentar as pessoas ao das ou obsolcrns. Tod as elas têm a su:t aplicaçjo
longo da.> oportunid:ides e dos <lesaíios ao longo nos dias de hoje e pto\•3velmentc nos di:1.s d e ama•
do tempo. ,\ medida que um exectn ivo a:)sume n hã. O imponante é saber como. quando e pc:>r
uma nova posição na o rganiz:ição. ele pa»a por que utili7.á-las.
!!I
EI.SIMER _ __ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPtrut.o
__ _3_ • _o,garõzaçóes
...,:._ _;__ •_
sua ~
_Admlnlst<a~
_ _ _:..__ 13

• AS EMPRESAS MAIS ADMIRADAS DO MUNDO


Anualmente, a revista FOrl.ur>e om parceria com o Hay 3. Talentos humanot..
Group entrevista algo como 10,000 executivos, de diri- 4 , Oualidado dos prOdutos e Mrvlços.
gentes de empresas e analistas de mercado, com 5. Inovação.
bato em oito atributos bá1lcos de reputoç6o para elo- 6. Uso dos ativos corporativos.
ger as omprous mais admiradas do mundo. Os oito 7. Sollde-t financeira.
atributos do roputaç6o do: 8. Oualldado da administração da empresa. •

1, ResponsabUld.ado socl,I d11 empresa.


2. Valor dos kwcstimcntOI realtzadol no longo prezo.

• CASO OE APO I O

A PLUG-ON
P~ro Menondez sabe que não bula apenas pensar e Inovar. Ele acha que as pessoas não aio rocursos
no lucro lmodteto, mas na continuidade da companhl.a humanos, mas parceiros e colaborado,e.s do nogóclo.
em um contexto extremamente mutâvel de nogóclos. E Mas Monencrez precisa de ktélas, conceitos e oxp..
prlnclpalmonto na prcparaçio continua e Intensiva de ri6nclas alheias para poder aprender e aJudar sua em•
a.eus colaboradores - como 4 o nome pelos quais presa a trilhar pek, sucauo, Como conseguir obtê-los
seus emP,egados são chamados - pois ó graças a e aprend&-lo• com a rapidez necaa.sárla para n.io pe,-
eMs que e companhia pode c,esce,, progredir, mudar der o t>onde andando? •

As Teorias Administrativas prochuos. F.m de<orrt:nci:i. :is :1migas oficinas se


transformarnm gr:.tdati\'.1rncnte cm fjbricas que
as teorias e práticM :tdrninistra?i\'as que lcvar.1m .10 p:.tss:aram 3 concentrar gnrndes contingcmcs de tra•
.CO de ho;e comeÇtram a surgir a e:nir do final do b:1lhadores. Aos poucos.. surgiu a engenharia indus•
século XIX c cm todo o decorrer do século XX. triai como resposta inidal à nt.-cessidad,c- de invcn·
quando surgiram as gr:mdcs organi1,.1_çbc~e ~ua mr, dcsern-oh·er e mdhor:.tr o maquinário. Não de-
crescente complexidade trouxe inesper:tdan,c,uc morou muito par;i que ela se \'Oha»c pam a melho•
complicaçôc:i: e desafios! Na \'Crdadc, rndo come- ri:a dos métodos de trab:.tlho. sekção e treinamento
çou com :i Rc\·ol~o Industrial que )Ubstimiu a Era dos trabalhadort"S. ~Qjukio..do..século X.X. alguns
da.,J\griculrnr.1 _pela Em Industrial n~rfodo cmrc engenheiros p.1.ssaram a concc111mr•St" no de:s.eO\'Ol·
qjinal do $éculo XVIII e todo o século XIX. A apli• vimemo de teorias gerais d:i adminis.t.mção.
casã,o da máquina a vapor nas pequenas oficinas da
A
~ criou novt,s fo rmas de produç~o em massa A Primeira Onda: A Enfase
que prov<>Caram o surgimento das f~brica.s e indtís•
nas Tarefas
r.ri:is e tur.naranLC'IPitfamemc otxolet~ <>s :unisos
mémdos gcrcndai5. da ép(lea. ,\ maquinaria i1npul• As primeiras teorias 3 respeito das organii:.tçó<.'S a.)•
sionada pela energia do vapor proporcionou um.1 sumiram i,,icfalmeme a fo rma de princípios de ;1d•
b.1sc de produ\.io C,lCb \'C'l mais p<>S53me com maior ministração dcstinaclos a indic:ir aos gerentes co·
quantidade. melhor qualidade e mc,,ores custos.. o mo administrar as cmprcs:is tendo por base 3.) t:.tre•
que :.tbriu caminho p.1r:1 a exp:msão de mcrcad~ fasa serem exc.-cur:tdas. Assim surgiram :is primei•
graças aos preços mais b.1ixos e populariz.1ção dos ras idéias sobre como administrar :1.s org..,.,niz..1çôes
.. Comportamento Organizacional • IDAUERTOCHlAVENATO

industriais a parcir d.t r:icionali1..1ção do trab;1lho 2. ~ leâo,,ar as p,•ssoas mais adeq\1:tdas para a
dos operários no chão d:1 fábrica. cxccuçlo das tarefas. O gerente de,·c combi•
nar as habilid:ad<.'S de cad.a opcdrio com as de•
mandas de <":Ida trab..1lho.
Administração Científica
3. Tr~inar as pe.ssoas p;1r~, cx'--cm~1r o irabalho de
A chamada Administração Citn1ííic.a ~ a pioncirJ acordo com o mÇtodo estabelecido. O gerente
n(ssc campo. Seu fu ndador, o engenheiro :rnu:ricJ• deve ensinar cada operário no uso de métodos
no Fredcrick Winslow T3)'1or ( 18$6- 1915). prco• p:idroni,-.ados projetados paro o seu 1rab.1lho.
cupou•st com a eliminação d o desperdício e com o 4. Monitorar o dese-mJ]<11ho do trabalho para g.-i•
aumento da eficiência por meio d;1 difcrcndaç:io ramir que aquilo que foi plancj:tdo foi re-al-
entre os gerentes - que dc,·em pcn~r e definir o mcnte exccu1-:i.do.
método de n;1b.1lho - e ~ trobalhadol'CS - que de-
vem exccurnr o mftodo de trabalho definido pelo
A responsabilidade- pela org;mi7..içdo do trabalho é
g(rente, bem como :t sistem:niiaçâo do trabalho de
cxclu)i,,a dos scrcntcs. ~te:s dcw:m pc•~ e plane•
:imbos. T:aylor prc1cndia >Ubstituir a impro,·is.1.-ç3o e jar. enquanto~ trabalhadores devem apenas C.'(m1•
o empirismo pda ciênci~, no semido de criar uma tar as t:ucfus de acordo com os mémdos definidos
:idrninistraçJo cicmific;.1. Deu enorme impulso à cn• pelos gercmcs.. Compete a~ ç,crentes a dinribuiçjo
gcnh.irfo indlLSnial. Adrun Smith 1º foi seu inspir.1· d:i.s 1'3refas entre os opcr.irios e a elimin.,ç:io de inter•
dor. e Menr)' Ford, 11 o emprt~rio que re\ 0lucio•
1

í}l__esôcs p:im mamê-loS...!!Jl um..!_, h·cl elevado de_pro-


nou os procc.s.sos indusniais da sua época. Toda ên• duçjo. prou.-gcndo-os das imeríerênci:as indesejáveis
fase era colocada na tarefa, que era fr.1gmem:1da de no destmpcnho de seu trabalho. Daí a tpf':lx" mlS ta•
modo que cada operário pudesse cx<.'Cutar um con• ~As. idéia.) de ·ra)'lor pro,·ocaram profundo im•
jumo de movimento~ repetiti,•os e cadt·nciados por p.icto 1l.1 adminis1r3ç.lo no mundo todo cm sua épo•
meio de um método de tf'3balho. a fim de assegurar cn, uma verdadeira re,·oluçio n:1s cmprc.-s.'lS. reduzin•
a p:idroniz:.1ç:'io e garan1ir o máximo de d iciC:nc-i:a do dr.:asticnmcmc d~ptrdícios e :akanç.illdo níveis
nas operações. Era uru:t visão de baixo par3 cima elevados de eficiência nas f:ibric:as.
baseada na cxpec1:a1iva de que a máxima cíiciência Taylor 1c\'c imímer~ !P(."Suidores. O caS.11 Frank
de todos os opcr,lrios ccrt':.lmcme conduziria a uma C ilbrcth (1868-1924) e Ulian Cilbmh (1878- 1972)
máxima c(iciência da empres.,, O csrndo de tempos 1arnbém se dedicou 3 busca d.1 melhor maneira ck
e movimentos e o mémdo de 1rob.1lho pa».1rom a cxc.-<:umr um trabalho. u Seu (oro est;wa no esrndo de
ser os principais in~trumemosde organizaç;\o 1'3<:io· 1empos e rno,•inwmos. uma nlt"todolog.ia cm que cida
nal do trab.,lho nas empresas cm buS<:a da eficiên• ,;ab:tlho é redu1,id-0 ;1os ~us mo,•imentos mais ele•
eia. Ta)·lor fü.cr.i. uma cspécle de reengenharia de 111çn1-arC$ e ,k,·idamenre c:ronomcfr;.1do pam medir a
'
méwdos na su;1 ép()Ca e se basear:a cm uma c.-spc;:c,c . êfici~náa do opeclrio. Henry Gantt ( 186 1- 1919) de•
de be,uJm1arki11g imemo cmrc os opcr,írios ;t0 CS· sc1wolvcu urn pi.ano salarial de t:irda e y.nifiC'lç-lo
colher o mélOdo mais adequado para e.ada tarefa. que proporcionava o p.,gamemo de um abono sobre
A prt-ocupaç:io íundamenr-;.d era a melhor manei• o saljrio nonnal aos opcririos que completassem o
ra de executar as t:arefas - o cham;ido tl,e best,way. trab.,lho no prnro e-ripulado. 14 Era a engcnluria in-
Os princípios da Administração Científic.a, segundo dustri:al aplic,d."t ao tl'3b.1lho hum.1no. Na époc.-a ,,igo-
Ta)'l<>r s.io: 12 m.,-a o conceito de l>omo cwnomitus: a idéia de que
' as ~.,~ trobalh:un exclus,i,·amemc para ganhar re-
1. Racio11alh.ar as tarefas. Í:itO é, utilizar o méto· compensas s:il:ariais. A l1nic.1 m.,ncir3 vi.:h·d de inccn•
do científico p.1r:1 dl."terminar .:t melhor manei- tiv;u ~IS pt"SSO.'lS era por nwio do s.1lirio. Uma tercdl'3
ra de cxecurnr cada tarefa. O gerente deve comribuiç:\o à Adrninisujç-jo CicmífiCJ foi a de H:ir•
projet,tr o método de irabalho p:ar.1 aumentar rington Emcrson (ISSJ-193 1). que :,plicou urna lista
a eficiência cm sua cxccuç-.io. de 12 princípi~ de :idministr:iç-lo. em·okcndo rtw·
111[1
~
CAPITUI.O 3 • As Organizaçóos o sua Admini:Siraçào
- - - - . . . . . : _ _ ; _ _ __ . . . ; _ 15
tl-"-VIER

QUADRO 3.1. A contribuiç4o da Administraçlo Ciont/Uca ao CO

• Enge,,halía-
• T~ • Ef-
• ESOldOde"'1"!)0Semovi1lenCos · Roc~do•-
• -de•'°'1ho-thebeSlw,y • M,c(plos deadlMis,raçao
• Sal!tio por proooçao • lnc-sabtlals • Espedal~ d o ~
• Cond~ tisicas e am- de 11111>alll0 • ~de--
• PlanejamenloeccrnrolGdal)(OduçlO • E$1UIIOda fac,ga tunona
• COnceilodehomo- • Rocompens,o -

mcndaçóc:s par., a definição de obtt,1i\'OS cla.ros.. orien• A Administrnção Científica foi o primeiro p.asso
t:iç.lo aos opcclrios. gCSf:io com ~1sciça e lisul':.'I, uoifi• para a formaç;\oda atual teoria adminismu i,·3 e tem
(3Ç'.1o de pnx('(lim-cntos. rc..-duçio do d~pc:rdic:io e wdos os defeitos de uma aborJ3gcm pioneira. El:t
prcmiaç.\o 30) trab:tlhadorcs çficicme-s, I.S começou pequena e de baixopar3cima-dosopcrá-

à O APOSTOLO DA PROOUÇÁO EM MASSA "


Uma das mais bem-suc-edkfas opllcaçõot dos concel• Todavia. a mccanlzaçjo da lilbrfca trouxe efeitos
101 da Admlnl stri,ção Clontiti<;a tol kfeallzada • doson- adversos. Tanto mais Ford preulonava s.eus trabalha-
voMda por Htnry Ford, Nos klos de 1903, depois de dores, tanto mais descontentes eles IJcavam. Em
uma tentativa frustrada de fabrk:ar carros, ele criou a 1913, a rotatividade de pessoal chegou a 380% o Ford
Ford Motor Company. Em 1908 o modelo T começou a linha de admitir dez ve.zet: mais trobalhadOtet: dO quo
ser p,oduzldo p.ara as massas. Um carro que p,atlca• neces.sltavo para manter o Unha do montagem cm mo-
mente qualquer ckladáo americano poderia comprar. vimento, Em uma decisão surp,e-ondente, Ford slm-
Nessa época, o automóvel era rabricado artcaanal- plosmente dobrou 01 salárlos para manter os operâ•
montt o constitula um símbolo do status• um produto rios motivados a trabalhar mais dur-amente. Nos d ias
exclusivo dos ricos. Ford percebeu que era necessá- seguintes ao anúncio, centen&s de trabalhado-ros vi►
rio produzir um grande volume e a babo custo. Focall• r-am à fêbric.a procutt1r emprego. Na1uralmente, a poli•
zou sua fábrica na eficiência, mecanizando tOdo o ela tovo do controlar oa m-als aflitos. Quando moueu
posslvel e segmentando as tarofos om seut: menores om 1945, Ford tinha uma fortuna estimada em US$600
componontet:. Cada trabalhadOr doverla desomp,e- mllh6es.. Mas deixou uma m-arca Indelével tanto na ln•
nhar a moama tarefa sempre e sempre, produzindo dústrla como na sociedade americana. Seu nome,
não uma parte acabada, mas apenas uma das peque• ainda s.lnônlmo de p,Oduç.io em massa• do ap,orecl~
nas operações necessârlas pare a p,oduçio do todo; monto da moderna toorla O<Jmlnlstratfva. O modelo T
a parte Incompleta urla pauada para outro lttlbalha• produzido em maua mudou subsiaoelalmente o pa-
dor, quo deveria contribuir com uma oporaçio suces- norama do mundo. Mas Ford é também Importante
siva. Com 1110. Ford conseguiu atingir elevada eti- como um pensador admlnlsttatlvo, po,que det:onvot•
c'6ncla. O p,lmelro modek> T levava 12 horas e 30 mi- veu e aplicou ldê&as a respeito d-a funçio dt Oc"Q&nlzar
nutos para ser produzido. Ooze anos depois, em 1920, as empresas o lnton1Hicar a prOdução tm massa. E foi
F0td ptoduzla um modelo Tem cada minuto. Em 1925, graças a ele que muitos teoria-tas, como Tayl0t, tive-
no au,go da popularidado do modelo T, os linhas do ram a oportunidade de desenvotver suas teorias admi-
montagem produziam um cano a cada 5 s.egundos. nistrativas. •
.. Comporlamento Organlzeclonal • IOAL8ERTO CHIAVEHATO El...'if.VIF.R

ri0$ p:tra o:, supervisores-do paniC'ular para o geral princfpios gcrnis e universais de administração e en-
- do trab3lho indi,·idual de c;.1da operário- e dentro fotiia,·a que tod:1s as emprC'S.'tS deveriam ser organi•
de um:t "is.,o intcmalizad:a para dC"ntro da (~brico. zacl:ts de uma lÍniet e melhor mancir:1 parn :alcançar
Sem dl'1vida, urna \'i~io paroquial e dcl;llhis1a da ari- cíiciC.:nci:i. Seus 14 princlpios gerni.s de.- adrnini:,;m,-
vid.:tde org.miz.acional. Mas foi o coml"(o. E daí a çâo estão :iprescnt:idos no Quadro J.2.
tc<>ria administr:ui,•a romeçou a disp;,u ar continua- Fayol .aprcgo:1v-a a adoção de princípios gernis
mcmc até che~,r aos concd1os atuais e modernos. de administrnçjo, por meio dos quais os gerentes
1omasscm suas decisões sobre como alcançar :1 má•
xima eficiência possível. Seguidores de f:l)'OI, co·
A Segunda Onda: A Ênfase
mo Gulic-k e Urwick 1' efoboraram seus princípios
na Estrutura Organizacional gerai5 e univer.s:1is de administraçjo par-a :.l homo•
Enqu:uno a Adminis1roç.io Científica de Taylor se geneiz:1ç--lo d:as tardas. abrindo o caminho da de-
concenmwa n:i.s tarefas e na redução dos custos part:.1mcntaliiaç5o na c.stnnura organitacion31. A
das n.ti,·id:tclcs prodmivas. na Europ.1. um grupo panir daí, 3 maior p:mc das grandes empresas pas•
dcSc:m·olvi:1 princípios de administração relaciona• sou a ser di\'i.sion:.llit:1da íuncion311nc:n1c, em de,
dos com a c:,tnuurnçlo das organizações.. :1 ch:am:t· p3r-t-amcmosde m:tnufa tura. ,•rndas, fi n:.rnças etc.
d:t Teorfo Clássica da Adrninism1ç--ão. Enqu:uuo a A grande ,·irada acon1cccu n3 General Motors em
.ibordagcm :.tmcric~ma se baseava no trabalho indi • 1921. quando o nO\'O presidente Alfred Slo:111
,•idual de c.i.da op-er;1rio, a abord:i.gem européia se J r .. " contrariando os princípios clássicos, impôs
basuv:i. na organização como uma tornlid:ade. A um programa de dcsccntralizaçjo da cmprC$3 e de
primcir:i foc.alizava o nh•el operacion:i.l - ond e as profission:1liz.1ç-ão dos seus exccuti,·os. A idéi3 de
rnrcfas ).'ÍO ex«m~,das - e de baixo para dm;1, cn• Slo.,n era dtsccntraliz:1r operações e ccntr.,liz:1r
quanco a segu,,da focafü·...-w a a emprcs:i no ~u con• controles. Em poucos :anos, Sloan tomou a CM a
juntO e de cima para baixo. A scg,inda onda-êní:a· maior empresa do mundo.
se na estrutura organiz:icional - t constituída Por N:.1 cstcir:i do trabalho dt Fa)'ol, o 3meficano Ja•
quatro movimentos sc:p:1rndos: Tcori:i Cl:\ssica, mes Mooncy (1S84 -19S7) criou cambém seus pró•
i\loddo BurO<'d1ico. Teoria Estruturalisra e Tco• prios princípios de adrninistr.i.ç;io: :0
ria Neoclássica. 1. Principio da t.oordcuacão: p:tra dc5rac:.·1r a im-
pon.incfa de se org:.lnit:1r as tarefas e ÍUn\ÕCS
Teoria Clássica da Administração de: uma emprcs.1 cm uma totalidade- coordena•
da. Coordcnaçjo é a ordcnaç:losistcm31ica do
O engenheiro francês Henri Favol ( 184 1-192S)
busc,w;, na mesma éJ,>:2(:'I ª di,•is.1.o do trabalho or• tsfor~o do y upo para ~ rantir unidade ck
açjo na re:1lii;açjo de um:.l missão comum,
ganizacional não na base inferior da organização.
çon10 o foiia Taylor. m3S no seu topo. A empresa 2. Prindpio esealar: p:u.1 idemiÍÍC'!lr a impon.in·
dcveri3 ser di,•idida cm seis íunçôes b:isic:as: pro• eia das cadeias c.scabresou hiedrquicas de su•
~uç~o. fin:1!!_i;as. conr:.lbilid:1dc, vcnd:.ls, pessoal e periorcs e subordinados corno mc:io de inte•
.!q;UQllÇ;). grar o crab.1lho dt diferentes funcionários.
l):1r:i Fayol. :.,dministr:.lr é prc\'cr. org:.lnitar. CO• 3. Princípio {1mdo11al: para .acentuar :1 impor•
m:utd:ir. coordenar e control:i.r. Isso envolve rC$• t-:\nci:t de di\'iSO<'S fu ncionais. como produção.
pc:criv:1mentt a prc\'is.io das. ati\·idadcs fmu ras, or• finanças. cont;tbilidade e comcrci:tlizaç;,o.
ganiz.,ção dos rttu~s da cmpres.1 para permitir a Como o trabalho cm c:id.a área (uncional l di-
implememaçio dos pkmos, coordcna~o e coman• íeremc e ~10 mesmo m npo :.iniculado ::1.0 tr:a•
do da mão-de-obra 11:1 direçJo de:»~1 implemcnmç~o balho de outr."ls Mta.s, o sucesso da empres.1
e controle pela comp3~ç.io cmre os objc1i,·os pia• requer coordenação e laços hierárquicos em-re
ncj:1dos t os resultad()) obtidos. 1• Fayol ado1.wa suas diferentes áreas íunc:lonai.s.
~
Els;\1Elt _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _CAPIM.o
___ 3_
• As_ _ _ _ _e_
Orgonlzaçoos Admlnlsoaç$o
wa_ _ _ __ 67

QUADRO 3,2. Os 14 prlnclpios do Fayo/11

PRIIICIPIO OESCRIÇÀO

OMslodOT,_ O..,,.,,, de um,_,. deve ser-em,,,.,., e


espeeializadas s,nplticadu. A
comc;,,açao....,. e,igências da weta e hablidadeS eap<idõesdoS lraOalhadores melhcn a
pcodu!Mdade. o gerenciamer<o ,,..,.,,..,..,.,. ser._.,,. da sua e,,coçao.

Autoridade A 3'/loridade é o clireito de dar oroens.A respoosabiHdade ele aceilaf as cOflSeqO!ncias do


uso da autoódade. Autoódade erespoosabildaele de.em ser equíhbladas enue si.
Oiscipina Diseil]lina é arealizaçao ele uma iarefa com ot>e<litncia e dedicaça<,. Somente polle ser
obtida quando gereotes e subordinados conconlam arespeito das iarelas especiflcas que
amboS e.ecuiar.10.
Unidade de Comando C.da pessoa dm receber ordens ele aper,as um $Ull8rior lierátlll,ico.
Unidade de Oir~ C.da grupo de alividacles dirigido para o mesmo objelivo de.e ler apenas um geren:e e um
plMO,

lnleresse Geral Olnleresse dos hdMduos e os da o,oanizaçao dmm ser traia<los com Igual respeito. mo
se polle penrm- que um suplante o outro.
Remuneraçao Opagamento recebido pelOS foocionários deve ser justo e satisfatório. tanto para etes come
para aempresa. Opagamento C1ffl ser proporcional ao desempenho pessoal.
Cenualiz~ Si!Jjfica o grau de retenç.lo de autoooacle pelos gerentes Deve ser utilizada~ os
gerentes precisam de maior controle.
Cadela Escalar Refere-se à linha de ~ i a que se es1ende do gerente mais alto até o subo<dinado mais
Inferior 111etatquicameme. A linha de autoridade acompanha essa cadela e é a rola mais
acleQlr.lda para as coroonlcaçóes.
0-dem TudO em seu clevido lugar. A ordem dM! ser incutida para reduzir o desperdício de
malt~ais e de esforços.

QUADRO 3 .3. A contribulçlo da Teoria Clássica ao CO

•- d e ~ • ~
• -de~da-
--~-
• Ellâlr<ia orga_,

-~
-~·~
• ~ ger11$cle-nç!O

• Hierarquia
• ~das-
-~
• Coocelo cle llrila e .wr

A Teori:i Cldssic;,1 da Administraçj,o foi o se- rcgr:,1s pJra administr;ir - e pelo modelo de si:;tc-
gundo paS)O paro 3 formação da teoria admini:,;• ma Ícch:ido - a ernprcs., é \'iSualiz.:1da apen:t~ in•
tr:uh•:i. atual. El:l. st ('aractcriza pelo ,,specto pres· tcrnamcmc sem nenhuma prcocupaç;lo com o ~u
critivo e normativo - <ní-ase cm princípi0/1 e em contexto externo.
Componamonto Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO

Modelo burocrático misso dos subordinados com a:i regras burocráticas


da org;rniz:iç.io.
Com o mundo cm g.radatÍ\•a mudança. as org.1niz:i-
\'(lcbcr notou que a partir de um certo tamanho e
çõc:s bcm-:,,uce<lidas pas:,,ar;un a apresentar um cres-
complexidade. as gr~ndes org:miZ.'IÇÕCS go\fcrna•
cimemo de mi c1werg.1dura que os prindpi{)) di»i•
mentais e muhin;icionais passaram a adotar a estru•
ros já n;\o ronscg.uiarn :icompanku. A di\'ulg..1.4.1oêáo
rura burocrática como forma de organi,.:ição inter-
dos escr-itos de Max \X1cbcr (1863-1920):.: na lín•
na. que passou a predominar ao longo de mdo o sé·
gu:i inglcs., em meados d:i dée.1da de 1940 crouxc culo.l 4 O modelo hurO<'rático focali1.:i tanto :t difo-
como conseqüência imediata um mo\'intento que rcnciaç.io -dh1 i.slo do trabalho e cspecfaliwçio das
culminou no :11,arccimcmo d~1 T coria da Burocracia tarefas - como a integr.1ç:\o - p<>r meio da hicr~,r-
como um:1 rc~posta tcóric:1 ao problema das org.,ni- quia de autoridade e d3 u1ili'l.1çâo de regrns e regu•
1..1çóes grandes e complexa!>, Webtr dese-rc\'CU mi•
lamentos t-scri1os - necessárias parJ urn:1 organi-z..1-
nuciosameme o modelo burocdtico de org.,nizaçio çâo íuncionar :1dequ:idamente.
que, n~, sua époc:1, esta\fa S<: consolidando forte• À ffk.-did:I que as organiz.1.çóes Cfesc(-.n, fatalmente
mente no mundo t0do. Wclx::r mostr.a,~a a~ princi• elas JX1$$.1m :1 adomr o modelo burocr:hico. na fulta de
pais características das g.rartdes rorporaçõcs. DJ· outra ahem,11iva melhor pam imegrnr os seus rttur•
v:i-lhes o nome de burocracia: o governo do funcio- sos. cfo1h-.1r as suas op<rnç6<$ e ordcrur o seu íuncio•
nário. namc:1110. Embor;a a burocmc:ia tenha sérias limitações
Para Weber," a burocracia é uma org.,nizaçào e restrições devido à sua rigidez e inflc::(ibilidadc. da
r:1eional J>Or c.xcclênci:t. Racion~llidadc implica adc- aind:i constinii. segundo muitos :tutores,u a form..1
quaç.\o dos meios aos fins. E.a....racionalidadc...buro• menos pior dé org:ufrr.ar os grandes negócios.
.5!1,hic:1 não lc,•a em cont:1 as~soos com as suas di- Para \Vcbcr, :1s principais características do mo•
íerenças indÍ\'iduais e o seu comportamento p$i• delo buroc-dtico s.'lo as sc-gtiimes: 26
c:oló_g,ico. U1na org:ani~o é rrce;ional quando os
meios mais cíicienu.-s são t-scolhidos 52Ma a implt• 1. Divisão do trnba/ho: a 1:1.refa org..·miz.1.cional é di•
menraç:lo dt mcms e objcti\·Os. No cm-:into. s.-\o :1s vidida e írag.me-ntad., cm cargos cspcçiali:tados,
metas colcth•as da Oa;?niza~o e nlo as dos seus
2 , Hierarquia: as rcbçôcs de aut()ridadc e rc..'S·
membros individuais que s.io le\'adas em considcra-
pons..1.bilidade slo daramemc definidas. J)re•
s!_o. Ocssc modo, o foto de uma organi1..1ç:lo St·r nt·
,·ak-cc o princípio da unidade de com~rndo.
cional não implica ncces&1riamcme que wdos os
is.to 1. cada chcíc tem 101:il :nuoricfade Sóhre
seus membros ajam rac-ionalrnemc no que concerne
seus subordin;1dos.
:is suas próprias cxpectati,•as e aspirações. l'-1uito
pelo contdrio. quamo mai~ racjoo.11 e bur.oc:ritica 3. Regras e regulamentos: a org.1niiaçlo define
se torna a or&,,"\nizaç-;io, t-anto mais os: membros indi- critérios e regras par:t o compon-:ime1110 d:is
,•iduais se 1orn:1m simples engren:ig.cns de uma má· pc.ssoas em suas t~1tefas.
guina is._norando ô prop&.i1,2...c ô )ignificado do seu 4. fon,,alh.açdo das commúca,ões: uxJas asco•
~ ortamcnto. Weber considcra"-a a burocracia munica«,t·s dC\'em ser feiras por cscri10 e de•
como a mais cficie111c forma de org:rnii.1ç.\o-crfad,1 "idamcn1c documcn1;1das.
pdo homem, mas temia quc- tSS:l g,r:inde diciincia 5 C-Om/,ctêuâa túnica: as pe$SO:tS s:.io sclc.'Cion.'I·
seria uma enorme ameaça à liberdade indi"idual e das e proino,,·id,s de :acordo com seu m6-i10 pro-
:\s instituições dcmoccl1icas das socie-dadí.-S ocide-n• fissional• .seja por mdo dos 1es1es e concursos
tais. \'(lcbtr jj notara a fragilidade burocrática ao de !>CleÇlo ou da 3\'aliaçdo do seu dí.-SCmpenho.
anie\'er um poSSí\'cl conílito: de um lado existem 6. Proudimeutos tü1ticos: a org.,ni:t:1çdo baseia•
prc-SM>l:s constantes e de fo rças exteriores para en• se cm c-:ugos e n.io em pesso~t.S. Os cargos sio
oorajar o burocrata ~1 seguir omr:i.s normas difcren· dé.•sempcnhados atm\'éS de rotinas e procedi•
t ~ das da org:mi?..1ç:\o c. de ou1ro lado. o compro- memos ti'cnicos prC'\fiamem<· c:stabcl1.•cidos.
!I
El.OE\1Ell _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ __ _ _CAP!ru.O
_ __3 _ • M_ ..:,__...:..,__ _
Organizaç6es _ _Admln1$1ração
e sua _ _ ____:;_;. li

Percebeu,sc. posteriormcmc. que e.~~.) seis e~• disfunções da burocracia, As disfunções s;.lo dist0r•
racrerístiC:1s podem ser c.•ncontradas em m~1ior ou Ç(k> docmias ou anomalias <le compOnamento que
menor grau nas org."'lnii.1çõcs complexas dC"tenni• conduzem :1 indiciC:nt'ia tão comum em muilas em•
n:mdo diforenu.-s graus de burocra1izaç.io. : 7 prcs.1.> buroc,atiiad-as: os meios trnnsíorm~un•sc em
Essas camc,;erfs1iC1s S;.\o denomina&b dimensões fins. os p.u ticipante-s enfotiiam ca.d:i uma das di-
d:1 burocracia. Com cs.....as dirne1lSÕcs.. o modelo bu• mensões e se esquC1:em dos rcsulmdos e. principal-
r()Crntico proo.1ra iinpor 3 ordem, disciplina e padro- inentc, do obieti\'O m.:1ior da organiz.ação. que (: o
nizaç.io pant lidar com seus membros individu:li.s - cliente que est;\ fora dcb:u
que tmttm imprevistos e dcs,•ios pd:tS su~u diíeren• As disfunções da burocrncia s.-1o as s<.·guimcs:tt
~ indh•idu:.1is - e t.-01u.esuir a previsibilidade do
1. Exagc-r,ulo apego aos r~ulamc-mos. As nor-
romporr.unento da org."lni1.."lçio. E.ss.-u dirnen.sões se
m~lS da organiL.'1\JO - como o horário ou pon•
assenf3m na racion;1lidade do modelo. que é o akan-
c-e d'l m.1xirna eficiência possível. Como m~tra a fi•
w. a assiduidade, o rcmPo de casa - p.-.ssam a
adquirir um \':tlor próprio e imporrnme. inde•
gur:l 3. 1, a :1usênci:.1 ou ~aS)t?. das dimensões: lfjZ a
desordem e confusão, o desperdício e o caos. en•
pendente dos objeti\'OS da org.-ini1.açno e p:ts·
S.'1m a substituí-los gmdativarucmc. Pa.ss.'1m de
quamo o exce.sso das dim<'nSÕh conduz;\ rigidez e
ao mec.--.nici)mO do romport:uncmo org.1nii:.1cional.
meios a fins, e o foncion.Mio ndquire viseiras e
Tod,wi:i. a burocr;1cfa e~tá !>Ujeita a certas anom,,- vh·c cm função delas..
lias de comporcamcnto que comprometem a c-íi- 2. f.xtc-SS,O ,le fom,alismo. Tudo na burocmcia
ciêncfa da organi1,..,çjo. São a~ ch:nnadas disíunçôcs dC\'C ser íormaliiado por tserito. As rc.-gras.
cb burocrncia. A nc:.-cessidide de romrolar as p<.-ssoa.) dcci.$Õc-$ e :I\Ól"S devem ser regis1rndas e doeu•
e o funcíon,,mcmo da organi1,.."1çlo podem prO\'OC.ar mcm-adas por escrito. N:ida se accit-a vcrbal-
ramo as conscqüt?ncfa.s pre\'iSt-:lS por Weber - ~ <li• meme. Daí o caritcr forma l da burocracia. As
mtnsõcs da burocr:u:ia. - como 3.) não previ:i-1as - as comunkaçõc:s ícir~ con:i-ramcmente ~\o subs-

DMs6o dO Tr•NlhO

-_. -_
.......,_.
FalU.de~
_

OESOAOEM
OESPEOOICIO COHSEOÜtNCIAS
c,os

Figura 3.1. Os graus de burocratizaçlo das organlzaçóes. 10


70 Compor1amen10 Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATO E.l.SE\IIER

BUROCRACIA
Sb:IMle Sodel l\K:toNI

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Figura 3.2. O Modolo Burocrático do Wobor.''

tirnídas por formulários e ro1in:~ p:ira preen- u::izcr perigo :'I sua esf3bilidadc e segurança.
chê-los adequadamente. Oaf a neces.sid~1de de Com isso. a mudançn pa~ a ~ r indc.scjj\'cl. E
ó rg.los. como org:.mi:c3çjo e mé1odos, parl :'I medida do possfrcl. o funcionário passa a rc•
criar docurucn1os e formulá rios p:1droni1..1dos si~tir a <1ualquer tipo de mudanç.t que se qucir:i
e ro1ini1,.1r o seu prcenchimcmo. implant-.ir na org:ini1.aç:.,o.
3. f.xusso de f>.'1pel6rio. Talvez seja :i disfunç.lo 5. DtS~r$01talit.aç4o do rr/aciommte11to huma•
mais conhcc;ida da burocracia. Corno todas as 110. Uma das c.uacrerístic:.1$ da organi1,aç;io
ações e procedimentos s.lo feitos p.·ua propor- buroccltica é que da se baseia cm cargos. Os
cionar compro,•açáo e documemação en,•ol- ~ rgos s.'lo permanentes, e ~us ocup;mtes se
"cndo vários p.;micip:rntcs, surgem a duplica- rc\'C7..tm neles com o tempo. A burocracia en•
~º de documeruos.. as cópias paro terceiros e (:uiz:.1 os c:irgos e n:io as pessoas que os ocu•
o excesso de ptipelório. pam. As rel::tçõcsdentro da burocr:'lcia não são
4 . &$;.srlt1cia à.s mudancas. Como rndodt·mro da entre p<.'SSo:is. m;u entre ocupantes de C':lrgos.
burocracia é rotini1..J.do, padronizado, prc"lsw Os funcionirios conhc<X"nt os colegas não pc.-•
com :unecip.,~o. o Ítlnçionário se acosnima a los seus nom1,,.-s p<."SSO:l.is, mas pelos títulos dos
uma total pre\'isibilidade e repetição daquilo cargos que ocupam. Daí a despersonaliz.,ç:lo
que fui. o que pas.&<t a lhc proporcion.:u' uma to~ gr:l.daciv:i do relacion:unento entre os func·io•
ral scgurnrn;a a respeito de ~u futuro na buro- n~riO!> da buroc:r.1c.;!l.
cmci:1. Torn.:,•sc um simples cxecuror d:tS roti• 6 . Categori:a(.JO do relaâouam~1110. A burOCr:t•
nas e pro«"<limcruos. e não preci~'l Pl'nsar de eia se assenta cm uma rígida hicr:trquiz.açJo d:i
m.:mcir:t própria e pessoal Assi,n, quando sur• autoridade. Quem toma decisões em qualquer
ge alguma p<>l>:>ibilidade de mudanç;t dc111ro da simaç:io será aquele que possui a mais dcvad:i
o~mi1..:tç.lo, ccnamemc ~sa mudanç:t pass.'l. a categoria hicclrquiCl, indcpt'ndcntc do seu
)Cr imcrprcrnda pelo funcion:lrio como algo conhc.·dmcmo sobre o assumo. Quein dccide
que ele dcsoonhc-cc e, port:into. algo qL1c pode ~ o que ocupa o p(>StO hicdrquico mais alto.
!!lt """'"'"'"açáo
CAPilvLO 3 •
WEVI~ - -- - - - - - - - - - - - - - ---:::_---''-------'---'---'---'::..: ""o.gan;~ e sua 71

mc.smoquc nada 5.1iba a respeito do problem:1. Com t.'SS:lS disfunções, a eficiência ,·Ji para o cs·
a ser resolvido. Como as decisões burocr3tiC'3s paço. A orgJnii..1ç'io iorna-sc dcmor~da. lcnm, prc•
~1.o rotineiras. elas são documcnrad:b com :i guiçosa, ro1incira, dcs:ar1iculada. retrógrada ccc.
;15sinatura dos 1omadorcs de dt.-cisão nos do· Além <lo mai), o modelo burocr.\tico é adequado
cumentos e formulirios. para ambicmc.s está\'eiS. com poucas mudanças e
7. Superco,rfon1tidadt às rotinas e proctdimcn• alta previsibilidade. O a.spccto permanente e defini•
tos. A burocr:.1c-ia b:asei:a.se cm rotinas(' proct-• tivo da burocracia - ideali,,ado para as cmpn:!,as; do
dimcmos. como meio de garnmir que as pcs- comtçodoséculo XX-começou a mostrar proble·
SO:l.) foçam exarnmrntc aquilo que delas se es- mas de adcqu,1ç.lo e de ajusumemo externo qu;tn•
pcn. A burocrncia exige dcvoç,io c.strita às do as mudanças ainbient:.'lis se i1m:nsiíicar:rn, e se
normas e proccdimentos1 o que as 1r:msforma 1orn.1.r~un mais r-.1pidas. O modelo hurocr.hico. por
cm cois.."b a~luta:. e ~,gradas para o ÍUnÔO· Sér t-sscncialmcntc rígido e conservador. n:io leva
nário. 0-:i.í a rigide-z do c-omportamcmo do bu- cm conta as mudanças. PdocorHrário, ele age como
rocrat:,: o funcionário p:t$$.1 a fazer o csuira- unu barreira monolítica às mudanças. Uma cami-
mente comido nas normas. n:u regras.. nos rc- sa-de-forÇ3 que bloqueia c impt"de o ajus.tamcnto da
gulamemos. nM rotinas e pr<>C't'din,entos im- org."lni:i.1ç:io às mud:.tnças ambicnrnis. O obje1ivo
post0s pela org:.mii.1ção. Esta perde sua ílcxi- b..isico do modelo burocdtico é impor ordem. ori•
bilidadt, pois o íunc-ion.irio restringe-se ao cm-ação, dísciplina e m:umtençio do status quo, ra•
desempenho mínimo. Perde )Ua iniciati,•a, sua 1...io pela qual as suas normas e seus rcgubmemos

cria1h,idade e ino,·:ição. s.io eminentemente comrobdor<.-s~ conservadores: e


8. Exibi{.40 de sinais de autoridade. Como a bu· restri1h·os. A buroc;racia aprcscma caracteri)ticas de
roer.ida cnfatiz..1 a hier:1rqui::1 de mnorid.:idc. rigidez e inílexibilidade, aSJ)C"CtOS que Sé opõem
torna•se necessário um sistc-ma <:lpaz de indi• profundamente à namrei.1. mut~h •cl e c;unbi:mte do
car e sin::iliiar aos olhos de tOlios aqueles que ambiente c-m que nos dias de hoje ela dc:"c Opér:.u e
detêm o podc-r. Daí surge a tcndénci3 à utili7...'l• funcionar. O r«ulrado é uma org;.1niiaç:lo arcaica,
çio imc:nsiva de: símbolos e sinais de :)tll U:) uhr.ipass.1da e obsolet:.t cm unt ;unbieruc que cxig1.·
para dc-monstr:ir a posiç.lo hic:r:irquica dos ad.aproç:io, cria1i,•idade e ino,·aç:lo.
foncion;'irios. O tamanho da SJl:t ou da mes.1.1 Como nas 1eori:as amc:riorC$. prc:domin.a\'a na
o carpcce, o banheiro, o loc.al do rcíc:itório. o Teoria da Burocracia a lógica do )istcma fechado:
estacionamento. os btndícios mais rdinados cnda cmprcs.1 constituía o uni\'crs,o absohno e ,otal
s:.\o sinais indi~dores que idemific.un os prin• da 1coria adrninistrati"a, e sua dinfunica cst:wa imi•
tipa.is chefe$ da org.,nizaçto. mamente rek1cionada com ;L) relações determinís1i•
9. Dificuldades com clientes. O burocrnt;.1 c.srá ca.'> de caus.'l•e•dtito. Er:t ainda a chamada "teoria
completamente ,·ohado par:l dentro da org3· d'l ,mlquin:t'" que prc<lomina,·a nos íigurinos admi•
ni1,.1.ç.io, par:.1 sua) normas e regulamentos, nisu:uh•os. Corno n;tS teorias :anteriores. o modelo
para suas rotinas e procedimcmos. para seu c:st,t\\l d<.':)enhado para dcmro e parn sempre. par.t :>
superior hierárquico-que é o S<'u único clien• pcrn1anéncia e a est-:abilidadc. sonho que o mundo
te e que a,·alia o seu desempenho. Sua am:1ç.io jog;.u ia por terra nas d&-adas seguintes.
interiori1.ada par3 a organi1.:.1çâo gernlmc-me o
lc"a a criar conffüos com clicmcs da organi1.~1- Teoria Estruturallsta da Administração
\"âo. Todos os clieme-s são atendidos de forma
padroni:i~tda e impessoal. de acordo com os Ao rt-dor da década de 1950. a Teoria Estruturalis1a
regul:unemos e ro1inas inccrnos, faze ndo com -bak'ada na sociologia organi't.1cional - começou a
que o pl1blico se irrite com a pou~ a1cnç.io e agitar os meios acadêmicos e cmprcs.;r.riais. a que)•
<lesc,so par:l com os Séus problc:m:as e ne<.:cs'Si· tionar o modelo racional de o~nizaçio- o modc·
dadcs parcicuktrc). lo buroccllico - e, pd:t primeira \'t.?., a olhar para
Compottamon10 Organlzaclonal • IOAL8ERTO CHIAVEHATO F.L~EVIF.R
72

QUAOAO 3.4. A contrlt,ulçáo do Teotls da Bu,oc,acio ao CO

• fl>oSde- • Oi!mas d a - ~
• TlposdeaUIOllclacle • Olsfl,nçOeS da boo>coola
• C,,-c!ornocl<lo- , Grau, de ll<Jrocra:ilaçao
• Abordagem cle$Cri1m e e,cilcallva
• ~ adn"inis1ratt.-a

QUADRO 3. 5. A contrlbulç6o do TeorlB E$truturotista oo CO

• Conc61odesodedallede~ • -IIClonildea<garizaçao
•- O<o,nilacional'""' amlà · --de~
• Recon-,mal0rtai$es«óal$ • NNdsoro>r/zaoionais
• Cooceilo de llon"om 0 < ~ • OivfflldadeOfV'IW(-
• 1'>ololilas.,. ocganll,ções · ~~
• 1 ~ocgarmclonil · Conlono~
. e.o- O<Ol(izaclon3is • 5allras aO<garizaçao l>KOCr.ioca

for:.1 e tr:.lll:iJ)Or a., fromeira!'> da organi1..1ç.\o. Perce• mt'(Ou a surgir a panir da dk::u.l:i de 1950, quando
beu•sc que vi\·tmos cm um:. sociedade de org~rniz.:i- surgiu :.1 Tcori.1 Neocl:tssica da Administr:tç.\o. uma
çõcs e que existe uma intcrdepcndênci:., cfo o rg.1ni- reaíirmaç:io dos princípios clássicos devi&,mcme
z.1çào corn as demais outras que cons1irnem seu :lm• atualizados e redimensionados paro sua éJ>0(':1.. mas
J-,Jeme externo. Os hori1.omes da tcori:1 adminis1ra- sem ser cx:tgcradamentc prcscritiva e normati,•a. É
tiva começ1r:un a se ampliar e a )e projer:tr t"Xterna• também denominada Escola do Processo Adminis•
me,ue pam fora tia organi2.1ç~o. Dcix;w:i•sc dt lado 1rati\'O pelo foto de oonc,·irnar a administração das
o catecismo pre.scri1ivo e norm~nivo e pania-sc para organii.iç<X.-s como um proce»o cíclico e contínuo
urn:i vi~o cxplica1iv:.1 e descri1iv:.1 das organizações que comporta qua1ro funções ~,dmi11is1r:ui,•as:
e dc su~1 adminis1rnçJo com um cunho marc~1da•
mente crítico. Pcb primeira vez, uma cendi-ncia in• 1. Plantjam,•1110: é 3 (~ do processo admi1ÜS•
u.-sradora de juncar teorias apare1neinente co,uradi- trarivo que csrnbdecc os objc1i"os a strem 31-
tórias - como a Tc:.-oria Clá:ioSica e :.1 Escob dali Rcb- cançados e identifica as açõc~ nece~)áriM p:a•
çõc:.~ HumM1as c seus respc<:1i\'OS conceitos - para rn atingir tais oht{"ti\'OS. O csr.1belc-cimtn10 ck
um:1 ~,bord,gcm mais ampla.n ohjeth·os é ícito de 1113neira integrada e dcno•
minada \'isáo de íuturo da organizaçio.
Teoria Neoclássica da Administração 2. Orga11haf4o: é a fase do processo adininis1ra-
Até aqui. a teoria administrativa ensinava as regr.1.s e 1ivo que define ~1 di\'iSlô do trab.1lho org.,niz.,.
prind1>ios unh·crsais sobre como lidar ,·om a ccnc- cional a ser ícito por meio de tarefas de ó~os
za e com a prc\'i)ibilidadc. A grande mudança co - ou ,:argos (diícrcnciaçJo) e cuida da coordc-
~
ELSEVIER _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPITUlO
_ _ _3__ ...:,__ _;__
• As Orgar-,oçóes e_ _ _ _..:..,_
Adm;nisu~ "'ª 73

naç.ão (imegrnção) dos c-sforços p:1r.1 garantir Cada org:.1nii:1ção é con.sidernda simultaneamcn·
o alcance do 1nopósico dtscj.1do. te M>h o J>Onto de ,·ista de cíidêncfa <: de cfic.icfo.
3 . Dire(do: é a fase do processo :1dminis1ra1Í\'O Eíie;iênc·ia é uma medida de milii.1ç.io dos recursos
que coordena e converge os esforços de codas disponi,·eis. É uma relação cnire custos e benefí•
3S pc55()as p:lrn g.1ran1ir que elas desempe- ci0$, entre entradas e saídas. A dkiência p rccxu·
nhem suas tarefas dt modo :1 akJnçar os obie• pa•se rom os meios, métodos e procc.-dimcntos mais
th·os org;mit.'lcionai.s com suc<.~S<.>. Algun~ au• indic~,dos que prccis.1111 ser dcvidarncn1e planejados
tores 1rat:1111 csm íunç:\o corno lidc.·r;'lnça 113 e org:.rnii.1dos a fim de assegurar 3 otimii.1çáo cfa
organização. u1ilii.1ção dos recursos disponivtis. A cficlcia é uma
4. Comrole: é a fase do processo ;_1dminis1r;ui- medida dt alcance de rcsulrndos. Mede o succ»o da
vo que monit0r,1 o desempenho. compar-:\n• org.1nii.1Ç'30 no atingiment<.> de seus ohjeth·os. Em
do os r,--sult:1dos com os objetâ,·os propostos termos eco nómicos. a cíidci:l de uma org.1niz:.1Ç30
e :.tssmnindo açôc-s corrc1i,•:1s quando neces- se rdrre asu:i c~1p:icidadc de s:uisfoicr u ma necessi-
dade da sociedade por meio do forneci mento de
sárias.
seus prodmos (bens ou serviços). A didcia <.-St'á vol•
Assim. cm wdos os ní\'eis da organi1,..1çlo - S<ja ,~1da p:ira o ak:um.- dos obje1ivos visados. A medida
na presidência. na dirc:ç...io. na gerência ou n:t super• que o administrador st preocupa em fazer correm·
vi.s.'lo - o trabalho do administrador consiste cm 1ne11te as coisas.. ele se \'Olm para a eficiência - me•
planej;1.r, org.rnil.3r, dirigir e comrolar os recursos lho r miliuçlo <lo) recursos disponíveis. Porém,
no sentido de ak:mç:ir objetivos e resultados p.1m a qu~rndo ele se preocupa em alcançar objetivos. cs1á
org.·mii:iç.ão. Na verdade. o administrador ak:111Ç3 se ,·oltando para a cíiclci:l.
rais objeri,·o:. e rc:.-sultados 11:\0 ptlo seu 1rab:1lho in• Embor:.l paradoxal css.1 dupla <>ricm.,ç-.io )imu!t!I·
dividual. mas pelo 1r~1b3Jho conjugado e coordena• ne:.1 - c(tciência e cíiclcia -, d~1 <..-Ol'ISl:itui fator de SU(CS·
do d:i.s pessoas que trabalh~1m sob sua dircç\o. so para :lS org.,,.11i'l.JÇÕCS, do poni:o de vism ncocHssico.

Pl.aM Jlmtnto
• Definindo-

·- -
• Criando osert~ pata
eOngio.,.

deaç6o

·- -- Controle Organlzaç.io
Fu~6e• • OMdodotfabaho
• Oesignaç6ode peisoes

·--"°"
• Avallatldo rtMIIOos AdmlnlstratJvat
• Co,olgl'<IO- • Ak>ceçlO de rOCl.#10$
• Dandc> reloíQO P0$llNO

Direção
-eom.........-
• Inspirando~
• Oirigr<jo-ÇOO
• Udtr#ldO PtSSOIS

Figura 3.3. As quatro funções administrativas.''


Comportamento Organiz.acional • IOALBERTO CHIAYEHATO EISEVIER
74

::=====Ef=
lc= clo====='I~=====El=
lé=n= lc=
k=I=
•====:

·-- ·- -
• Fpe, co«olam0n10 as coa,., • Fazer aJ coisas certas

• ~ d a r roo.nos • Otimizar a utYizaçào dos recursos

• Qimp,wtarctase~ • Obter rOSUllados

• T,_,., $IIT'IC)f0 °' tubOr<fil'ladOI • Subofdntldos que a6ngem metas


• Manco,r as m6QIJnls tm ~ o • Proeluâcomasm6Quinas
• Joger futebol com 1110 • Ganher a po,tida
• Rezaroomkwor
·- • *
Figura 3.4. Diferenças entre eficiência e eficácia.

QUADRO 3.6. A contrl bulçtlo da Teori a Neocl6sslca ao CO

• Pl1ncti,los oer,is de admiris1ração


• An"l)liluOe - ·
• Abordagem ec1111ca da o,ganlzaçlo

• Ac!/rHmçao como tt<dca sooial


• Balo<lço eooe e-.Cla e etioxla
• Di'ii$llo do nbail>O 0<g3nizaclonal
• Fooções "°-
• CennliZ,çlo•~

• Proomo adn'inisntM>
. -•poder
• Espec~ • 1\,osdeo,ganlzaçllo
• Hier3IQláa • r.,.,. de depwmenlaizaçao
• Adtmi$11açlo JJ0f oc,je1ivos (APO) • R....,..,.,,... ""'1ais

A Teorb Neoclássica trouxe também a chamada ficou uma rt\'Olução dentro das empresas: a ênfase
1\dminisu açio por Objc1ivos (APO).J,,& A idéia tra nos fins e nos objeci\'OS e não mais nos meios e mé-
enfotiiar n.ão os meios ou métodos. mas os objeti\'OS todos de 1r:ibalho.
:1 serem alC':lnçados pela org;.,nização. A APO signi•
!!
El.5E\1ER _ _ _ _ __ _ _ _ _ __ _ _ _CAPITULO
__ _3_ _O<galllzaçóeo
• As ....;,_ _ _ _ _Admi,.,.,açâo
e $Ua __ __ 75

• CASO DE APOIO Escola das Relações Humanas

A PLUG•ON
A pt.-squi>o'l de Hawthornc comc.-çou cm 1924 na Í-;\•
bric-a. da Westcrn Elcctric em Hawthorne. nas pro·
ÃIJ ostudar a Teorla da Admlnl1traçlo em seus primór- xi midade:;; de Chicago, Illinois. Foi um.a das primei•
dios, Pe<lro Menendez aprendeu t<>b1t t1icl•n-c:la eefi- ms 1ent-:nivas de utilizar 1écnic:.1.) ciemíficas para
c&ela. produtMdado, ettmlnaçio de despordiclos, ot• examinar o compomuncnto humano no tl'3b:,1lho.Js
trutura organtzac.lonal, departamentallz.aç.Ao e outros A pcsqui~-. foi dese1wolvid:,1 cm m:-s crnpas e avaliou
conceitos lmport.antoa rolac.lonados com a tarefa e et--
os ef~itos de várias condições ÍÍ)ic.ts e práticas gc•
trutura. Tudo Isso pode aju<fá•IO ti Otganlur melhor a
renci:ais sobre :a eficiência no local de trabalho. O
Plug•On e obter resultados melhorH com os recursos
Q uadro J.7 d;\ 0 111:1 idéi:l gcr:tl d-as três etapa) da ex•
atualmentt d lsponivels. Mas Menendez acro<tít8 que
ptriência de Hawthorne.
todos esses conceitos epenas tomam melhor o em•
Apesar das cvidentés debilidades nos mét0dos e
preu naquilo quo ola J6 tom. Para ele, há um mocanl•
1écnic:.i.s adotados. a experiência de H:1wthorne
cismo típloo de 1Jstema1 feeh1do1 em todos esses
mostrou que mud:mças no pagamento de inccnii•
conceitos. O que vod acha? •
vos s..1lariais. nas tarefas exccut:-.d3.5, nos períodos
de dc.-scanso e no horário de crnb:.lho provocam
1ndhorias de prodmivid:.de que for:.m inici:-.lmen·
A Terceira Onda: A Ênfase l C :itribuídm,;; aos c:íeitos do fotor humano.1' Além

nas Pessoas disso, os csrndos de H:1wthornc lewmmram dúvi-


das a rcspci10 do enfoque da eficiência e dos prin•
Aénfusc nas pesso.~ \'Cio mud.1r radiC31inentc a T eo• cípi~ de adminis1raç~o :tté então utili:tado~. Mais
ria Ad mini~trativa. Os seguidores da Ad mini.i.tr.;tçâO do que isso. :'I experiência prO\'OCOu o surgimento
Citndfica e d:a Teoria Cl~si~ não~ 1>reocup,uan1 da chamada abordag<'m das relações hum,mas-. des•
enl testar suas idéi~u por meio de pe.squis:as dcmííi• "iando :1 :uenç-.lo do método de trabJlho para o au•
c:is e nem ).C preocuparam com :1s pessoas e :;;uas <li• mento da s:i1isfoç:io das J>b$()M no :lumcnto da eíi•
íerenç.ts indh·iduais. E»., omi~~o foi corrigid:t na ciênci:1 organizacional,->7 A escola das rebç<>t~ hu•
déc;,1da de 1920. qu:mdo alguns pesqt1i~dorcs co- n!anas inaus:urou a preocupação com os grupos in•
meç:.ir:un a utilizar métodos científico) parn :wali3r formais e com assuntos relacionados com comuni•
a teoria n:i prática e o papel dos g.rupos soci:iis na ,ação e mo1iw1~ão d:tS pessoas. Suas principai:. con•
eficiência das org;rnizaçôts. cl~1sôcs sào:J.11

QUADRO 3. 7. Resultados da expo,iéncia de Hawthorno

EXPERIU<CIA f.lUOAl<ÇAS EFETUADAS RESULTADOS ALCAl<ÇAOOS


1. E5'udo ele lrilaçao ConcliÇOeSdebrinoçaoc!O ioc,l detrabn Aumen:o da proclJIMda<le em quase

2. lt te:stede~
der~
$rr4)11ficaçao c!O - ·- tr-
ele mais
"""'· pausas pata desconso. SUl)eMSIO - ·
pa-0<1elncer<ivossaJa,lals
lodosOSnivelsde-
Al.menloda~em30

_ _.,.,, incet(Í\'(1$. h«lr1o de nbalhO ,.,,,..,.,dap,odulMdadeem12 e


mal$'"""· mal$ pausas pata deSCWO. ....,....i.ao

·~
..,.,_dal)(OOOIMdadeem

-~
mal$31TÍ$10S3
3. ~ d e - e-...,com todos os lundooanos pa,i CX)nheCft Oesoobe<ladap,ese,,çadenonnas
lnlormais d e ~
76 Comportamonto Organizacional • IDALBERTO CHIAVENATO

1. O mtbalho /: uma :ui,•id.:1dc tip icamente gru• Teoria Comportamental


pai e social. da Administração
2. O opedrio n:lo rt.tgc como indivíduo isofodo. Com o de:.,crl·di10 do mo,.•imcmo de rclaçõe,., huma.n,lS
mas como membro de um grupo social. &,,,jdo ao sc-u carnter emint"luememe m:mipul'lti,·o. os
3. A t:.lrcfo básica da Adminis1mçio I: for mar psicólogos o~rnh.acionais p:tss.1r:un a :1d0tar 11111;1
uma elite cip.rt de compreender e de comuni• :ibord:-sem m.ús ainpL1 e libero) oom a ch.1mad:.1 T rorfa
cu, com chefe-s democráticos., persuasivos e do Comporramemo da ,\ dminisrração. Em. o bt-l,a11i<>-
simpáticos a todo o pe.ssoal. ri$mo <k-mro d1 administraç-.jo. lx-mro dC' uma visão
4. O ser humano t: moth•ado ~,da nece-.ssidade de csplianiva e dcscri1l,'3, pass.1r.1.m a prcoo1p:1r"5C com :i
estar junto, de S<!'r reconhecido, de rtctbtr org;.mi:r,ação e ~us diferemes pan:kip.1mes e a desc-11-
adequ~1d:.1 comunicação. Daí o co1lcd10 de "°'"cr modelos <k mo1ivaç\o. lidtrnnça. ronmnicar.jo,
homo S-Oâal em contraposição ao con<'eito de raciocínio e roma<b de dc.-ci).io à cscolh:i do ndminis·
/J()mO eco11omic11s enrão vigeme. 1mdor pam que de- pudes:,e: ndrqu./4-10!5 às difcrcmes s.i•
5. A civili7.ação industri:1l iz:tda tr:.11, corno conse• n1ações ,,ossfreis em que :,e c1lCOnt~ . A tônict prin•
qüéncia a dc.-simcgraçio dos grupos prim..-írios cip;.,I p.1s.sou a ser :1 busca da íle.xibilid:tdc org.1niz..,c,.;o,.
da soc.·icdade. c<,mo a fa mília. os grupos infor- 11;'11e: a redução do 001,ffüo cnm.· os: obj,t."ti\'OS organiz.1•
mais e a rdigi:io. clona.is e objéth·os individuais dos p.1rticip:mu.-s."
6. Os métodos o rg.mizacion:1is d a époc:.1 con· A teoria compommcnr:11é urna <k<-orréncia da CS·
vergiam p:tm a eíiciência e não para 3 coope• cola d:i.s relações hmn:mas. Surgiu ao redor da d~da
raç;\o hum:11,a - e muito mcnO) par:i objeti• de 1950 com 3 teoria d1s decisões.'° mostrando que a
vos humanos - o que promovi:1 o conílito org;mi1.aç'io é um s;;.s,tema de decisões: as pessoas est:'io
socfol n:t socied3de industrial. Daí a incom• oonsmmcmemc t0m:,1ndo decisões :1 rC5.pcito de sua
pa1ibilidade entre os objeti vos org:tniz:acio• p.1rticip."lÇâo <" penn.,nencia na org.1ni~tç.i<>.
nais da empresa e os obje1h,os individuais Mais adiante, Douglas Me:Crcgor ( l 90§- 1964)" 1
dos empregados. despertou a :ttcnç;\o para o forte conm,ste íiloWíi-
co cmre a abordagem tmdicion:11 - da administm•
Contudo, a T eori:1 das Relações Humanas - Çto cicmiíica e dos princípios da administr:iç;\o- t
embora mais de111ocd1ic:a e participativa - ~1inda a abordagem das refoçõcs humanas. Empregou o
permanc-c-ia basicamente prescritiva e normativa e termo Teoria X para dcscrc\'cr as principais prc·
:tté cerco po,no parcialista: como lider:ir e moti• missas sobre a naturcz:- hum:1na da abordagem tra•
v~1r as pc.ssoas para akançar os objecivos organi1..1• dicional, e o t t rnlO Ttoria Y para:, abordagem da.)
cionais. refações human~1s.

QUADRO 3. 8. A conrribuiçlo dtJ Teoria das Re/açóes Humanas ao CO

• Coo-c>o<ta""'10 soc:lal das pes,oas • ~do-doC.VO


• G"-""'inlom\lis • toomcaçao tunana
• RellçMtunanasnouaballo • Otgani?Jçlo info,m;J
• Oillmicadego,po • Processo de muclloça
• 1'11mens esrudos soln mociY>çao • Mcnlacima~
• Plmitos - SOC<•lideranç• . ~ ~""
!t CAPITULO 3 • As ÔfQar\ilaÇôes 8 sua AdminislraçâO
El.St..'11:R - - - - - - - -- - - - - - - - - - - - - -- - - - - - - - - - - --
11

QUA DRO 3 .9 . As p reml$$BS da Teoria X o da Teoria Y''

TEORIA X TEORIA Y

I./UPfflOOSl'OONÍ$1êmavetSaoiner,....ao- 1. Oespend« esf"'l') !isico e menlaf 0 0 - 6 llo ll3llni


eoevltatlo-eque0$0IO<l)O<Slm. quanoo o lazer e o ""°"'°·/U pessoas médias nao
sao inetll'ltemence- avessas ao trab3Jho.
2. PordeleStatovaballo. amaloriadaspessoasprecis, 2. o cor<ro1e ex1emo e a ameaça de p.r;çao nao sao
!e< coagida, CO<ltrOlada. diriglcla 00 ameaçada de .. - meiO$ de di1gí- o esfO<ÇO para .. objetiYos
puijçaopa,-aquese~ooalcanced0$ 0<gariZacionaiS. /U pessoas pmicarao• -
ol>jetlvos oiganlzadonais. • o auoocomondo • servlçode objellvos cornos quais
se semem enYOhldos.
3. /Upessoas médias J)(efe,em,., ,,,._~ deSejam 3. A dedicação a ol)jelivos é o.ma função das recompensas
..itar a "'l)OnS3IJiodade. possoem , . . , _ associadas aoseu olcance. JU, -ma~
poucalll'lllçloe. SOl>tenJdO. queremS09Ura,,ça slgnil'calivas - CO<OO a satislaçao do 000 e das
eeslalliliclade. neeessidadesde 31.CO-realzaçao-l)Odetnler-
d<- do esl"'l')~a ol)jelivosorva,izacion,is.
4. Afugaá responsablidade, afana d e ~ ea1n1ase
na s,g..-.nçanaosaoC31>Cter1$tiCaSllurnaNsnmtes.

5.
··~A maiofla das pessoas IJ)(eodea liuSCar ea accilas

lmaginaçao.- .- ·--
""'""',_qualidade$ na sollçao d0$ problemas
oroanlzacionals sao dis_, ercre as pessoa~

St.•gundo C».'lli premi~-.s.. a tarefa dos gcrcmcs se modelos para aliccrçir seus trabalhos d e consuh o-
to rna complct:unena· difercmc, no Quad ro J . 10. rfa com base m1 abordagcrn coinportamenral.
Não rardou p~u a q ue surgissem nO\'as p roposi-
ções sobre a motivação human;1. •
A Quarta Onda: A Enfase
/'I. laslow e Hcrt.berg - que c$tudarcmos adi:inte no
Clpftulo sobre motivitçâo - dc:.envol\'cram 1eorias
no Ambiente
sobrc- motivação no tr:tbalho. Aos poucos. a 1eori:I A ênfosc no ambiente surgiu com a abordagem dos
oornpon a mental mudou toralmcme a ,onfiguraçlo sis1emas abertos nos anos 60. A org:.niz..iç.io é um
da teoria :.1dminiStra1iva. Em vez de estrutura org.-ini• sis.tema - um conjun10 irucgr:ulo de clemcrnos in-
7...lcion~d, dcpan:.me111ali1A1ç:io. mbodos e processos.. tcr-rclac-io,,ados para alcançar determinados obje1i-
o enfoque pl»ou para ~pectos hum:mos e sociais vos - 1..·m constam e i1n craç~o com seu ambiemc ex-
c-omo lidcr:.'l 1)ÇI, comunic.1çio. mocivaç,:lo. grupos e terno. A p:m ir d:ií, passou-se a considerar o am•
equipe~ cultur.1 e clima organiz.1donaJ. bicnie externo - tudo o que cnvoh·e externamente
Recc111emcnte, cmb..,bdo por esses no\·os concd· urna org;rnizaç:io - em contraposiç.io ao ambiente
tos, surgiu o movimemo do Dcscrwolvimcnm Or- imemo - mais pro pri:u nen1c deno min:1d o cultura
ganiucional (DO) no sentido de criar e dc..-scm•o h·er org:.rniwcional e q ue scd discu1·ido mais adiante. O
modelos d e mudanÇ\ organiiadonal planejada para passo fundam ental para isso foi a inc-lu~o da Teorla
possibili1:.r a rápida adequação das empresas js di• d e Si.s1cmas e o posterior surgimemo da Teoria da
nl mic-as d crnand.a:;; do mundo moderno:º O DO Contingência na teo ria :.1 dminist rati,·a.'"
surgiu repe111in:unc111e graças ao tr.1balho de con- As primeirns noções de ambien1e 5'.urgir:.un co m
sultores org~rnizacio nai~ p reocupados cm definir Einery e Trisc•.s que desc,wolveram :1 id ~ia d e q ue o
Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO El.$EVIER
71

QUADRO 3. 10. A tarefa dos go,ontos na Toorla X o na Teoria y4 e

TEORIA X TEORIA Y

1. 0s oeremes sao~ p e 1 a ~ dOS 1. Os _ . , sao responsáveis pela o,g,,,1,açao dOS


-clo--l)fOCIUti'IO-wno-. - o s do ~lmenlo proclUIM> - oomo-.
matw-l)llma. ~ - pessoal - unicamenle no matér1a1)Mla. ~-pessoal-no interesse
lnffflssedael!déncla"""'°'1xa. closli1Seoonõmieos.
2. Ali.rç!o do-e é motivar os-es.
direcionar seus eslorços. ""1tlOkV suas aço.. e
modfocar seu """"""""''"º pa11 a1enc1er às
....esSldacles da org,riU,çao.
clesernpenho. p0$$llôrem potenciol paro
pooeremaS5U1llrr--eesurem"5p0$1aSa
-pa,iaie,nçarmetas~osgeremes
o-··
2. 0eYldO ao 1a10 ele as pessoas serem motiYadas pe10

sao ~ por capacilá-tas • reconhece< ea


- ......__llàslca$.
3. Sem tal ln~.,,,. dOS on,ces. as pessoas 3. Atama menclalcla -111Ção é o,g,,,lza, condições
licar\1m passivos ou resl$1entes às - - oro,rilacional$ emélOdOS ele Ol)efaçao ele lonna ~
o,g,,,lzaclooals. Os - elevem"' persu,dcios. 1111>,1horpa,artalizarot,jetivos~-
casligaclos. ~ paro o bom ela empresa. seja • mellor maneira ele as pessoas alcanÇat1m suas
prdj)!las metas pessoais.

OUAORO 3. 11 . A contrlbulçlo da Teorl, Comportimontal ao CO

·~ • -ele--
• -ele~
• $i$1emas ele ~

• Concelode ~ ·
• Processo deCi:sorial
·-~
• Tipos de l)Ol1iC)lpantes

• tn1ase nas pessoas


• Grupos • equipes
• CompOflamenlo O<ganlz,clon,I • An!lise ~ por meio cio ~
• Adlrririslr,çao ~ • -O<g,,,lzacloo,l(OO)
• Abordogem descmvi e e,q,licali'"

e CASO DE APOIO

A PLUG-ON
Pedro Menendoz percebeu que ospoetos estruturais do sous princ.lpal$ oxecutJ..,os .. é fundamental para
são Importantes pera sua empresa a llm de garantir- conduzir as pessoas para o comlnhO dO sucesso da
lho a plataforma básica p.ara suH operações cotidia- sua empresa. Tudo é uma questão de comportamento.
nas. Mas, como diretor-presidente da Plug-On, Mo- Significa criar condições para a colaboração e coo~
nendez s.abe que precisa der uma torça às pessoas. ração Irrestritas das pessoas que trabalham consigo.
Sabe que seu oatilo de administração .. bem como o Como ta_iê--lo? •
1!1111
~
CAPfrulO 3 • As Organizaçóe$ e sua AdminiiMraçào
-------=-----....:.---'-
79
l!LSIMER

ambiente que ciramda a org.1nizaçâo é a origem dos T coria Geral de Sistemas (fCS) parn nortear a imc•
rec-ursos necessários e. ao mesmo tempo. o destino mç.:lo e o desenvolvimento ordenado d.u ciências..tt
dos produtos a~b:ados. ~fais do que isso, fonte de Em a busca do globalismo no campo ciemífico. Não
oponunidadcs e fome dt :amC-:lças. Dentro dessa t:trdoo para que 3 TGS logo chcg."\SSC à adminiscr.1•
conccP<-to, :a sobrevivência organizacional depende ção. O aporte da Teoria de Sistemas trouxe uma ver•
da pé:rce~o dos ;1;mbicntcs e do aju)mmento is <ladeira revolução na Adrninistrnçio, de-:sl<>eando :.1
suas demandas. 1\ss.im, conhecc-r os ambientes e visão intcrnali~d:t para uma vi.s.'io n,:.ais ampla e
sua$ demandas permite melhorar essa percepç!io e :ibr;mgcntc. O ponto (oc;l_J de c:,tudo mudou r:adiC:31·
ajusta.iuemo. Cada org.,niz:tç.io responde de modo 1nen1e. De rcpe:mc. a tc..-oria adminiStr:uh-a tornou•~
diferente às diícrclltts condiçõeS ambic,uais cxis- cxcro,,ers.-. no estudo das organizações. As fronteiras
tcmc:s. EsS3 idé-ia connitui a b."LSC dos principais mo• da organiiaç..io íornm ultrap:assadas e o ambiente ex•
<leios de comport3mcmo macroorg:anizacio,'-ll e stS· ,crno passou :a ser consider.ado o condicion:ame bís.i•
tê-mico que veremos a seguir, co do format0 e do compomuncmo organii.1cionaJ.
O ambiente pode ser simples.. quando comp()S{o lnvene-u•SC a vemmtc do t'$tudo organizacion.al: ao
de pot1cas panes constituintes. como fornecedores, ilwés de C$tud.ar as org..1.niZ.'lÇÓC$ no seu interior, prc•
clientes e concorrentes. É o caso de mn pono de g."t· fe riu-se cstud.ar as organizações de for:i. par:.1 dentro,
solina que atu .1 cm um 00111cx10 simples e fácil de co• isto é. p.·trtindo do ambiente parn dentro delas. Do
nhe«r. Solicit-:1. matéria-prima de um (micodinribui• elemt'1HO maior e condicionador rumo ao demento
dor de combusd\'el, comercializa qua~ que cxdusi• menor e condicio,1..ado. Da ,,ari4vd inde-pcndcme
\'amcntt com clícntC!> que querem comprar gasolina para :.l vari;i,•d dc-p,endente. Afinal, o :unbiente é
ou lubrificnmcs par3 seus carros e prcci~ estar :uen- constituído por 001ras organi7..açôes.
co às atividades com~titi\·as de outros postos da rc~ Urn sistema é um conjumo de ckmemos dinamica•
dondct..i. Mas o ambieme pode )Cr \'asw e c-ornplc- mente rdxionados, fomundo unl.1 atividade JXU'3
xo. É o cai>O de fabricantes de automóveis - como a atingir um objetivo. operando solm:: d;idos/energ.ia/
Vol~wngcn, General Motors ou Ford -, que in· matéri.a par.1 fornecer infom1açóeYcncrgial'n1:néria.,..,
clucm um enorme mímero de fornecedores. muitos Os dcmemos «>nMitucm as p.1.rtes ou órg.l<h que
tipos difcrc111cs de clientes e im'1meros concorrentes compõem o si){ema e são denominados subsistem:\.).
nacion:iis e c..~1r.1ngeiros. Qu:ando o ambiente é com• Os sistemas podem sc-r físicos ou concretos (hardtw•
pkxo, asorganiz.1ÇÕCS 1êm dificuldWcs cm comprccn• re) ou poden1 ser abstr.atos e oon«iruais (so{lwar,:).
dê-lo e imerpreti-lo adl-qu:1.d:amc111c.•1 Podem :,er fochados (ou mecinicos e com relações co-
nhecicL-is com o meio extemo) ou aben:os (cm contí•
nua imcração con\ o arnbicme que csc:tpa da com-
Teoria de Sistemas
prtt1\s.\o). Além disso. o sisccnl.'l pode ser rcprC$Cnta•
Pouco ames. ll3S décadas de 1950 e 1960. um biólo- do por modelos. .Modek> é urna rt"presrmaç.\osimpli-
go chamado Benakulff)' lanç.iva as bases de uma fK'3d:I de um $i:,tcma ou de p3.nc da r~1lid:;idc.

QUADRO 3. 12 . A revotuçlo do aoordagom s/s1émica~

ABORDAGE.. TRAOICIOtlAL ABORDAGEM s1srt1,,iCA

~-C!O-O!o,ni2ad0NI ~ :lliSlOQIOb,lehols1lca
- •_ , ~ CIO IOC!O ,,.,,_silllôco: O"'1ema ccmopw de umsi$1emamalor
-.Relaçlo"'°"de.....,...•eleilo T ~: Osislem.lcomo-QIOb,lellrlclonolemM<ade
Qbie1Ml$•-
Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO EL'iEVIF.R

AMBIENTE
/

--.. .._..._ --· -.......


ORGANIZAÇÃO

Insumos Produtos

·-·-
• Ma16r\as-l)ltn,as Tran.slorma,ç.ào
.• Processos Q«WICIClio

'

Rwooçio (F_....,

Figura 3.S. As organlzaçóos como sistemas abertos.

A principal contribuiçio da abordagem sistémic;1 Mais rtcentemente. K:iri e Kahn 52 aprcscm:im


ao CO é o conceito de organi1,3ç:lo como um sisten1a urna abordagem m.:tis .:tmpb wbrc as organiz.:tções
aberto cm consromc imcr.lçâo com seu nmbicntc. como sistemas abertos. Para eles:
Sociólogos e psicólogos do lnstirn10 de Rclnc;ócs
Humanas de T:wistock p:tss.'1.r:irn a conccbt-r a orgo• 1. As organizações sdo sistemas abertos. Apresen•
nizaç5o como um sistem:1 sociotécnico que inu.~rnge tam car:1c1eríslicas de irnportaç:\o (entr.:td.:tS).
coniinuamcntc com o ambiente ao ~u redor.J 1 transformação (prOCC'SS.1me1110) e expormc;5o
Tocfa organizaç:lo é fo rmada p()r dois subsistemas: (~idas) em rclaçdo ao seu :unbiente. Além dis•
so, são ciclos de evc,n os que~ reprtem. Apre-
1. O subsistema t&uito. que compreende as l3· sentam enrropi.t neg.·ui\'3 (negentropia) c:omo
rcfas a serem de.sempcnh:1das. as ins1alaçóts forma de obter reservas de energia para deter
íísic:1$. o cquipamemo e os instrumemos utili• o proet-SSO de entropia. A iníormaçíio é o in-
zados. as exigências da tarefo, as urilidadcs e sumo que propõrciona retroo.ç:io negativa a
técnicas operacionais, o ambiente Hsico e a fim de m.:tnter o cs,ado fi rme do sistema e a
maneira como csc-3 disposto, be,n como a du• definição de suas fronteiras. além de um pro•
raç'io d:1 opcrnç--lo das tarefas. O subsistem!l cesso de de<:odíficaç:io próprio para rc-agir se•
técnico Cn\'olve a tecnologia, o território e o le1i\'arnemc apenas em rel:iç:lo 30S sinais de
tempo. É o responsável pd:1 eíiciêt1ci!l poten• informação p~1ra os quais esteja sintonizado. A
cial da org.1niz.:tç:\o. c:oníusão e a complicação ambiental s.'lo rncio-
2. O subsistema soâal. que compreende .:t.s pt"S· nafü.3das por meio de c:negorias significativas
soas. SU!lS carac,crínic::is íísic.as e psicológicas, e simplificadas para o sisttma.
as refações sociais entre as pessoas encarrcg.-i• 2. Estado /innc e J,omeostasia di11âmka. O sis1c·
das da execução da r-arefa, bern como as exi• ma aberto procur:1 manter certa const:lnda no
gênci3S de sua organização unto formal como interc.imbio de energia importada e cxpona·
informal. n,1simaç:lo de trabalho, O subsiste• da do .:tmbieme. assegurando o seu car:iter or·
ma social 1ransforma a cíidência potellci:tl em g.111izacional e evitando o processo entrópico.
cíiciêncfa re:il. Caracteriza-se por um cs1ado íirrnc: o quo,
~
W!Mffi _ _ _ __ _ _ __ _ _ _ __ _ _ _3_
CAPÍTVI.O _Organizaçl>es
• As _ _ _ _e_ sua_ _ __ _
Adminlwação 11

dente de intcrdmbio de energia e as rel:lc;õts extensão ern qut toda.s as fo rmas de rendi-
enm: :1s pMH·s con1inuam os mesmos apesar mento para a org.1ni1..1ç:'to s:io ma_ximi:,,adas, o
d:is variações que ocorrem externamente no que é determinado pela oombin.:1ção da cÍI•
ambiente. ciência da org;.1niiaç-:\o e seu êxito em obter
3. Di/erenâaçdo. Como todo sistema aberto, :., condições ,•ant:.1jos.:1s ou entradas de que nc•
organii.1ç5o tende à difcrc-ncfação. isto é, :) cessita. A eficiência busca incremcntos por
multiplicação e elaboração de funções. <> <1uc meio de soluções técnic:.ts e cconômkas, cn•
lhe 1raz t:tm~rn muhiplicaçjo dc- papéis e di• qu.:11110 :.1 eticlcia procura a ma.ximiiaç;ão do
forcncfaçào interna. rcndimcmo para a organização. por meios
4 . éqfii{i11alidadc. O ~isterna abeno pode alc:m• técnicos e econômicos {cfidénáa) e por meios
çu, por uma \'.1.titd.adc de caminhos, o mesmo políticos (não-econ6111icos).
esrndo final p.1rtindo de difcrcnu.-s condições 8. Org,miuzrà<> tomo ""' sisJema de papéis. Pa-
iniciais. A medida que os siMcma-s abertos de- pel é um conjunto de aii"idades solic-itadas de
:.cn\'olwm mcanismos regul.at6rios (homcos• uma pesso.1 que oc-up;a um:.t dctcrmi,~ada posi-
r-Jsia) ir.ira regular suas operações, a quamida- ção cm um:1 organiz.:1ç~o. A org:rniuÇjo pode
dc de cqi.iiíinalidadc pode ser reduz.ida. Porém. ser considerada como consistindo de papéis
3 tqüifinalid:,de pcnnant-cc: existe mais de um ou aglomerados de ati\'idadcs esperadas das
modo de o siStema produzir um de-1crmin:1do pessoas e de conjuntos de p:tpéis ou de grupos
rcsulrndo, ou sq.'l, c.xi:Stc mais de um caminho p.'l• quê.' sr superpõem. cada qual formado de pes-
r:.1 a consca.1Çlo de um objetivo. O estado C'Stá· soas que têm t:1is cxpec1-:11i\'as quanto a um dc-
\'d Pode ser atingido a panir de condiçÕé."-S ini- n:rminado indi,•íduo. A organiz..1Ç'!io é uma es-
ciais diícremcs e por meio de meio:. diícrcmcs. 1rurnra de papéis. Melhor dizendo, um si.stc•
5. Limites 011 /ro,ztefras. Corno sistemas abcnos,
ma de papéis.
asorg.1niz..1çõcs apresentam limite~ ou frontei-
ras, isto é, barreiras cmre o sistema e o am- A Teoria de Sistemas mossrou daramcme o bru•
biente. Os limites ou fronteiras definem a tS· t:tl roníronro entre abord:igcns de sistema fechado
ícr:.1 de açõo do sis1cm:.1, bem como o seu grau - como :.1 Teori:1 Clássica e o Modelo Burocrárico-
de :ibcnur:.1 cm relação ao ambiente. abordagtns de sistema abcno - como a Teoria da
Comingênda. De um Indo. enfoques rísidos e me-•
6. Cultura e dima org_tmi:aâo11al. Toda organi•
canís1kos e, de ou1ro. enfoq ues flexíveis e adtipt:i•
iaç:io cri:. sua própria cultura com seus pró·
veis às circunstâncias ambient::'liS.
prios 1'3bus1 costumes e usos. A colrnrn do sis•
A Teoria de Sistemas abriu as ponas para no,·a.s
tema rcíle,c as normas e os valores do sistema
:1bordagcns cm :idministraç!io e para uma vis:.lo
forma l, a sua rci111crprc1:.1çlo no sistema infor-
mais ampfo e :ibr:.mgeruc das organii.a\óes.
mtil, bem como as disputas intcrn:tS e externas
dos membros da org.1niz:1ção. seus processos
de 1rab31ho e diStribuiç:io (fsíc-a, as rnodalid:1- Teoria da Contingência
dcs de comunirnç:io e o exercício da au1orida- Em 196 1, Bu rns e St:.1 lkcr1 dois sociólogos indus•
dc dentro do sistema. triais ingleses, pesquis~muu vime indústrias p:1ra
7. E/idittda e cficdâa orga11hado,u1I. A d icién• verificar a rdaçáo entre as pd tic-as administr:11i•
eia org.1.nizacional rdere-sc :.10 quanto de cn• va.s e o ambiente cx1erno que .:is crwolve.5 ' Fica•
trada de uma org.1niz:.1ç:io r(."juh-1 como pro• ram impressionados com os diferen tes métodos e
duto e qu.:imo dela(: absor"ido pclo $iStema. A procedimentos :idminisu:.11ivos encontrados e
eficiência relaciona-se com a nccc:ssidadc de classificaram as indúsnias pcsquis~1das em dois ti•
sobre\'i,·ência da organizaçâo. ror outro lado. pos: organiz.,çôcs mceanísticas e organizações or-
a cíiclcia org.1nizacional relaciona-se com a gânicas.
12 Comportemen10 Organlzaçlonal • IOAUERfO CHIAVENATO f.LSEVIER

QUADRO 3 . 13. A conu Jbulçáo da Teoria do Stsromas 110 CO

• Or~como sls1ema abe110


• conc.llodel!lCldelO~

• - d e - · salda • -
·--
• Pe,q.iso 0p<t"10nal (PO)

• f,pos. ~ de -
• conc.llodecalQnegra • Ab0rcllgem-
• eonc..o de lnlonn,çao ere,roaçao • -se-da$~
• -de- • Coocdlode "°"""' klnclonal
• Nov•~Olv,nlz>clonal
• lnàoclJç.locll IIJ10maÇlo· -
• Abo<dogem e,i,llcaliva • - • • Concdlode - ·

QUADRO 3.14. As caracterlsricas dos sisromas mec,nlcos o orgAnlcos$•

CARACTERISTICAS SISTEl,IAS "EcAIIICOS SISTE•IAS ORGÀ1'1COS


ESII\Jlln Olgariz>clONI Buroctl:ica.11glda.de&'ilivaepermane,'4e -~·-""'lllJ!lvel•-

- ·- ..~-
Aul- BaseacllnaNefatQulaeno'°""""° 8a5eaOi noconhed'nenlo enaCXWlSu11a
...,fliR)C>

- ..
DosemodeC,,IIOS

-- com owpar<es e,peclalislas


~ ... ~
- . . e1M1ve1.c,,gossao-.
""""'.,,... com- Po!N-
Oesc-na bosecll~

-
~

~..._
Amblenle Fmme!
V-efom\Ols
Re!J»•~os-por
-1'>i<oscllTeoo,Cllsslca
•inw""',,... ~
Estiffl, lmrtâvelepim,anen<e
- ·"'"""
_ _ _ ,..COOU'icações

sao lnlonnols elnl"""'


T"1COScllTeomdaSRel,ç<)eSHurnanas
- -de<INn'lco

Concluíram que as organiz.,çÕC':> m«-.tní~tiC'ls s.io adminbtr.tti,·as. A diíercnciaç.io rCÍ<'rC•)C" ::'I di,·i,.io
aproprfadas par;1 condições :.uubicmais t'$T:Í\'CÍS e da org;.rniiaç.io cm subsis1em.1s ou depanamcmos..
pcrmantntes. cnqu~llltO :as org.111iz.1çóc-s org;.\nicas c:Jd3 q ual d<'stmpcnh:mdo um:i rnr<'fo t.~pccialiuda
lido mail, adcqu.1d;is para condiç(K~ ambientai:) de cm um cont('XtO :imbicmal rambém espccfali:t.1do.
mud:mç:a e ino,·:aç,.lo. Cada subsistema ou dcpartamc,no tent.le 3 rtagir
~fois 1arde, na déc.,d:i de 1970. Llwrrncc e uniromcnte àquela pane do ambicn1c que é rcle-
Lon.ch publicar., m os resultados de )U:.l pc,quisa so· \~nte para a s:u~, rnrcfa cspc:ci:1lii.1d.1. ,\ medida que
brc o :ambiente de org.1nizaçõc-s provoc3ndo o sur• os a.mbie1Ht.'S específicos diferirem quan10 às de-
sirnemo da T('oria d., Continsência.·u Conduír.,m manda) que foum à organização. :>urgirão na cs1ru-
que as crnprcs..'lS u1ili7.a.m dois m1."<'.anismos básicos rnra e n:t :1bord.1gcm miliiad;1 pelos dcp:maincmos.
de funclona,nento: a <lifore11cia~.lo e a in1cgraÇUo Do ambiemc s,eral emcrgcrn a.mbicme) c:>pecífico).
~
lil.5EVIF.R _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _CAPITULO
_ _ _3_• _
As _ ____
Otga~ e_
$U&_ _ _ __
Admlnlslração 113

a cada qu3I correspondendo um ~ubsistema ou de• 1...1cional e passou rnmbém a incluir o foco no crcsci-
parmmento da. org;ini~\o. A intcgraç;\o refere-se ao memo C' na sobrcvivê-nci~, das org.1ni1..1ções em um
processo oposto. íi,ro é. ao processo gt"rad-0 pôr prcs• meio ambiente cresccmememe mmi\'cl, Além do
sões: ,•ind.;'I.S do ambitme çer.U da organiz.1.çio no scn• m:,1is. a Teoria da Contingência incumbiu-se da
cido de :.dcanç:u unidade de c..~·forços e coordenação ad:1.pt-aç.\o :1.mbicm-:1I d:t teori:t adminis1r:tti\':t: tudo
emre os ,>ãrios subsis.enus ou dt>panasncntos. Assim. é rclat1\•o. nido é conting<'nte, nada ~ absoluto. t
ambos os CStados - diferenciação e imegrnçâo - ~o não existe uma única e exdusi,1:1 melhor m:rncira de
opostos e 3.r1mgónicos: quanto mais difertnciada é admini.sirar ou de organiur. Tudo depende das
um.1. org.1.niz.1çjo, mais difícil é a soluç.'lo de vo1uos de condiçõc."S do ro,uexto ambiental no qual as empre·
vi.sra conílitames dos subsis:ttm.as ou dtp.1n.:.uncmos e ~s vi"cm e operam. E as C"mpre!t-'IS- como sistemas
a olncn,çáo de colaboraç.\o e imegrnçi<> cícriva. À me• abC'rtos - s.;o dependentes do incio ambiente tanto
di<L-, que :1.) org:mi1.:1çõcs crC"SCem de- tama1,ho, difc• para suas entr.,das como para suas s.1ídas. As em•
rendam-se em p.1nes. e o íuncionamemo dC$S."LS p.tr· presas bC'n1-S-1.1cedid;as s.1· 0 aquelas que aprendem a
tcs scpar-.1<fas 1cm de )tr imegrndo pa.ra que o siSttnu adap1ar•se :\s dcm:rndas ambientais. s.1bcndo explo-
inteiro seja ,·ü\·cl. Contudo. as Org.lniz.,çõcs que mais rar as OPortunidadd e esqui\':l.r•S<.' das amcaç.u que
se :,proximam d.u car.1ctcrí.s1icas de diftrerlC'iaç-ào e pro"ém do ambiente que as circunda. As empresas
inttgraç-jo que são requericLu pelo ambiente serão as que não aprendem a :tdapi.tr•St 3 de téndt"m a dt"S."l•
m;,1,issujeims ao sucesso do que aquelas que se.- afast:1111 parecer, corno se houvesse um:. sclt.-çio natural das
muito ddas.S6 Assim, par:i emc:-n<ler um~1 org:.milaçlo. espécies org.,nizacionais. Sabemos hoje que a teoria
deve-se ames de tudo comprttnder o ambicmc que a t"volucio1,ista csf3 sendo confrom:.u;la com :t dt'SCO·
circunda t" c1wolw:. bcrrn de drásticas e repentinas mudruiç:as n:as t-Spé•
A .ibord~cm contingencial é ba)iC":lmente :1br:u1• cies como rea\lo adapr:ni,•~ ao 111cio ambiente. 1\
g<'nte e int<"gtativn no semido de m:uucr o foco in- evolução foi muito mai.s r.1dicnl e descontínua do
terno 11:1.s t:1rd,1S. nas pc:s:>00.s e na C.)trmurn org.mi• que pre~\\'a :t doutrina darwiniana.

........ _...,_
....._.
_.,,.,,_
lncortez.a moctorodamonto ella: Etovada Incerteza

__
P<:luoos SUt#Sletl\Q.

~ il'lltQr~.

Ex.: f ~ d e ~ - <Se l'nOOe,


Muilos ~emu.
Muita~•

.._,
muita W.e,gre,o6o•

•delecA~dePQIU

--· __
IOCOrtOU t>&lxa:
._...
lncertou moderadamente baixa
.._.............
--· ---
Mui1os ~
Poucodcfe1~e MI.Ata dilotencleç6o.

Ex..:blr••t~IOeM Ex,: ~l'lhla 6t ~ 0 $

COmploxld&de ambiental

Figura 3.6 A porcepç•o ambiental o o porcopçlo da Incerteza ambiental."


... Comportamento Organizacional • IOA.l.8ERTO CHIAYEHATO F.LSEVIF.R

~fas, volrando à.s org::mizaçóes.. S3btmos t:i.mbém


• CASO OE APOIO
que o ambiente que as rodeia é msw. difuso. <.·om•
plexo e imenso. Em decorrência, 3 pcrcc~lO(lue M A PLUG-ON
empresas têm dele é limit:td:t. parcial e subj<tiva. As
Mas como diretor•prealdente da Plug•On, Pedro Me•
empresas não cOnSC"gurm :1pretr1der o ambiente cm
nendez percebe que não podo ficar ln1u1-orlcntado o
sua toF.llidadc e cm su:t complexidade. Elas 11::io têm
toeado apenas nos aspectos Interiores de sua ompre-
condições p:1r:1 :.ibsorn·r tcxl:as 3$ informações que
H . Eles são Importantes, mas não Ião declstvos para o
pro"êin do :i111biemc. Seus órg:ios sensoriais e seus
mcc:rnismos pcrccp1ivos ).i() insuíiciemcs para t·al
t
sueeno organlzaelonal. preciso olhar mais longe e
para tora a fim do poder eomproendor o ambiente de
demanda. Aind:t existe um:i forte miopia por pane
negócios da sua organluçio e eprevoitar H oportunl•
das cmprcs.is :i.o visualiiar o seu campo de ação e de dados que surgem. O mala Importante n6o é o quo
manobr.i, bem como o mundo qut existe ao seu re- ocorro dentro da sua empr&ao, mas o relaclon.amonto
dor. Os horh:ontes das empresas ainda :!oo'lO muito de sua empresa com o contexto ambiental mala am-
curtos e cs1rci1os. plo. O que você acha disso? •
A Tcori:1. da Comingêncfa marc-1 o mais recente
e:>t:lgio <l:a teori3 adruinismniva que nos conduz :'I
urn:1. adminis.traç.áo :impliad,1 e sc-m fronteiras no eia is e nem segut"m urna relaç.ào entre causa e efeito.
u:mpo e no e~paço. Ou )Cja. a uma visão voltada m;is s.i.o tocalrncnrc di\'er53S e :.1lc:111ç:.1m p:u:unares
para o futuro e p.lra o ambiente ao redor. completamente d i(eunu.·s do passado, A protc'ç-lo
do p3SS:t.do ou exrrapolaÇlo do presem e n:io íunc:io•
Os Tempos Modernos na, urna \ 't'Z que as mudanças não çuardarn ne,,hu·
111:1. simifarid:idc com o que se foi. Assim, a econo•
Com o advento da Era da Informação. uma nov:i. mia saudável é aquela que rompe o equilíbrio por
onda de nn,danÇLS p:1ssou a se sobrepor às c:1.raCfc• meio da inovaç:.lo lecnológica. Em vez de tentar oti-
rístic:is da Er:1. lndustri:'11. ;\$ mud.1nç:1s e tr:snsfor• mi1..ir (> que j3 existe. a a1irnde produti,•3 é inovar
nlações se torn:un gr:id:uivamtme m.ais r:.'ipidas. in• por meio d:1quilo que Joseph Schumpctcr chama de
tensas e descontínuas. A descontinuidade i.ig.nifica d esnuiç.io cri:ui, :1., Desrruir para criar algo inteira•
1

que :1.s mudanç:ls não s:lo m:tis linc:1.rcs ou scqücn• meme nO\'O, Os ciclos em que o mundo viveu no

QUADRO 3.1 s. A eontribuiçlo dlJ Tooria da ConlingfJncla 80 CO

.- .... -.çao
• C<ir«ilodeo,ga,11zaçao
• Si"'"'3Sme<lnic0$•~
·-•~--
--~-m,-• Estrum
• -de- • ~ç<lo por eq.,lpes

• TlpOl)gia$de-• • Al>ol<IOgeflSemrecles
• !mse .. iecnoloQia • Colw:eiloclehomem-

---~
--
• Til)(IIOgios de lecnol",I~

• l.lldMça~
• -
• -

-~-
~ ele molivaçao
~ de liderança
•Alloldogelll-••~
111(11 CAPituLO 3 • As Organizações e sua Adm~istração n
~
WEVlER
- - - -----'---

! t.,... l! TeoriH AdmlntatrlUVH


ll'.:=::==============:1
Pr1nçl~lt Abotdagent

[ HHlo<ri>O 1[ l[ O r g ~ Rt,cloM,1 do Trlibah )

Or~f',ormal
T.orlaCl6~

_ .. .Prftlcfpk)I Gtnl• ff Admlnbtr"?O


Ofgal'I~ Fofmll lkHoerMke
Teorl-1 da lk.lrouaci. ~ °'9'nlmdonlf
N• b'tivlura
Mvldplo Ab0idl91m; ~ fonNli • lnfom'IM
T-tOrtl EMNturtlltta M61N.,...•~
CentrallU,Çào x Dffc.ntrallu,çt,o
ltcMIIIHeoe:""ª f\tnçOff do Admff'lltertdot
AdtnWa&r~ p o r ~ (APO)

_..,_ .......~·-
Otgt,1'11UIÇ6o tmormel

-- T.orla dat R ~ ttl.1NI\N

T.otll ~ , . . . t a l
Diln6mka dt OI\IPO

T.otla dn O.Ctt6et
Ea1'1ot 6- Admlnl~
Mu d . . - . ~ l o n a l ~

............ [ Teodl ct. Sbt>tma•

~da~la }[=....:;::.. }
Figura 3. 7. As Principais Teor/os AdmfnistrstivtJS e sous Entoques.t.•

p~"'Sado íornm rodos determinados por arividadcs pativ-a p.ua ob1er excelên<il na qualidade dos
económicas diícrcntc.'$- como agricuhura. indústria produ1os e serviços :.1 p:irtir das pcssoasl'
e, agor:1. informação. 2. Qualidade rotai. Enqua1110 a rntlhoria contí•
A Ern d:t Informação csd rr:ncndo mudança nua é aplicl\'el no nh•d oper:.1cional. a quali•
crcsccmcmcmc vc:loi e profuml:t. A iníluência da Jade 101:al <.'Stcnde o concei10 de qualidade
cccnologia da informação (fl) - o casamcmo do para toda a org:.rniiaçlo~ abrangendo todos os
compu1ador com a tclC\'i.s.'lo c,.• as rclccommlica\ÕCS nivci1> org;miiacio11:.1is. desde o pcSS0.11 de ts•
- que inv.1dc a vida das organi'Z.1\ÕC'S e d:ts pessoas critório e do chão da í1brica a1f a c(1pul:a. cm
est~l provoc:mdo profundas tr:.1nsfonnaçõcs. Além urn c1woh-imcnto 101al. Como a melhoria con·
do mab. soluçóts emergentes como: 1ínua. :.1 qualidade 101al é uma técnica incre·
mental par:l se obter excelência cm qualidade
1. Melhoria conlfm,a. É llllU t&-nica de mudanç.1 dos produ10~ e procc.-ssos. O objcti\'0 f fazer
org.1niiacio1ul :,u:l\'e e contínua centrada nas acré~imos de \'ator continuamente.'°
3tividadi..~ cm grupo das pcsso.1s. Vi)..'1 :'I quali- 3. Rec11g~11/,,1ria. Foi uma rca\.âO ao colossal
dade de» produtos e .serviços dcmro de progrJ• abismo cxi1,tentc entre as mudanç:1.ç ambien•
mas a longo prazo que prÍ\'ilc:gi:un a melhoria t.1i:, vdoz.<.'S e imensas e a torai in.1bilidadc das
gradual e pas.iô a passo por meio da imcn.siv:1 org.1.nizaçõc:s cm ajustar-se ~, css:as nmd:1111,"as.
colaboração e participaç\o das ~ - Tr.t• A reengenharia si,gniíica faz.cr uma nova e di•
ta•SC de uma :.1bord.1gem incremem3f e panici- fcn•ntc cngc11haria d:1 c:,irutura org.1niiacio•
Comportamento Organizacional • IDALBERTO CHIAVEHATO EL.5EVI F.R
"
n:11. Rcprcscnm uma tOr:tl reconstrução e não Teoria do Caos
simplesmenu.· uma reforma. total ou parcial da
c~1os é uma p:ila,•ra 1radicionalmentc associada a
cmprcs.-i. A reengenharia se baseia nos proces•
dC$0rdem. Na ciência moderna, caos signifiai uma
sos <mprc..-s:triais horizontais que cruzam as di-
ordem mascarnda de alea1oriedadc. O que- parece
vcrs.1s írontcims departamenrnis p.1ra chc..-g.·u
c-1ótico ~. na verdade. o prO<luto s:ublirnin:ir. no
:ué o cliente. Ela se íund:um•nta cm quatro pa•
qu:il pequenas pcr1urbações Podem CHIS,jr grandr-.s
1:wras: é fundamcm::il. radícal, ddstiC3 e íoca-
efeitos dc\'ido a não-linearidade do uni,•erso. O cs•
lit.'l processos e não funções ou t:,ucfas."
cado de equilíbrio. o determinismo e a cnus;_didade
4. lknchmarki11g. É um processo contínuo de
linears.ão casos mui10 singulares e raros cm um uni-
avafüu produtos, srr..,iços e pclticas dos con•
\'CrS-0 primordialmente evolutivo, onde tudo é ílu-
correntes mais fortes e daquelas empresas
xo. tran.sformaç¼o e.- mud.1nçn. Tudo na natureza
que s:lo reconhecidas como líderes empresa•
muda e c,•olui continuamente. Nada no uni"crso é
ri.1is. Isso pcrmi1c comp:iroçõcs de proccms
passivo ou cs:t'ável. No íundo. não existem mud:m·
e pr:hic,.s administrn1i,·as cn1re cmprcs."\S para
ças no uni,·crso: o que cxi.ste é mudança. Para a tco•
ide11tiíiC'3r o melhor do melhor e com isso al- ria do caos, a de-sordem, a instnbilidadr e o acaso no
c:inçar um ní\'el de supcriorid..1dc ou vanta•
campo científico cons1i1ucrn a norma, a regra, n ld.
gem competitiva.u
A iníluência dessas idéias no c;ampo das org."lniz.1•
s. Equi~s de a/10,lesein/1t11lx,. São «juiixs carnc- çCX'.s e.- de sua administração~ marcante. At.nal, CS·
teri1,.1das pela elc\'.1da panicipa'-.lo das pesso.1s e tamos ainda buscando a ordem e a ceneza em um
pela buse.1 de rC$p()Stas dpid-.s e inovadoras às mundo carreg.ido de inccn·c1.as e insmbilidadc. Os
mudanças no ambieme de negócios e que per• modelos de gestão b.,scados na velha vis."lo de equi-
mitam a1endcr :\s cres«ntes dcma.11das dos líbrio e ordem estão caducos. A ciência mosm, que
dicmcs." As org,:miz.açõcs est:io migrando r:tpi• o sistema vh·o f, par:t si. o cemro do universo, e sua
cb.mente par.t o trabalho cm «juipe. Nunca se finalidade é a produção de sua identidade. O siste·
falou ta.mo em ~uipcs com-0 agor.1. Mas não ma procurn interagir com o ambiente externo sem•
b."lSt-:t criar e desen\'olvcr equipes, É necessário pre de acordo com uma lógica qut prioriza a aíir•
a!Ç3-las :t um desempenho cxcclcmc. !\fais maç.lo de sua idcmid.adc. :iind:1 que par;1 isso dC\'3
adiante \'Olrnrcmos a disctuir esse assumo. CS:t:tr permanentemente ama 11.1,.,n d0·3... C~se,
con•
ccito dC" auto--Org."'lnizaç:lo é íund:unenrnl. A organi-
Complexidade z:iç.io é, portanto. ;1tiva. e ia.mo pro,·ê t arma.ien:i
energia. quanto a consome. Efa produz emropia - a
A complexidade consritui u1na nova vis;_\o das ciên•
dcgradaÇ'no do siS1cma e de si própria - ao mesmo
cias. A teoria da complexidade é a pane da ciência
tempo em que produz nC"gentropia - a regenernç:lo
que 1r:,ua do emcrgcmc, da Íí)ic.1 quântica, da biolo- do sistema e de si própri:1. Mais ainda: :t org-ani1,.,1•
gia, da inteligência artificial e de como os org."lnismos ç:\o é simuhanc:unente organiL'lç:lo no sentido<.'$·
vivos :1prcndem e se adaptam. A complcxid:1de mos·
trito - u1n processo perm:intnte de reorg.1ni1..1ç:lo
1ra que a ciência ab.,ndona o determinismo e aceita O
daquilo que tende sempre a desorganiz.ar-se - e nu•
indeterminismo e a incene1..1 inerentes ao honl(m e to-organização - procc,.~ pcrmanen1c de rcorg::ini-
às suas sociedades e ab3ndona tambtm o idc:tl de ob·
1...1ç:lo de si mesma."
je1i,•idade como únic.J forma vdlida de conhecimen-
10, assumindo assim n subjetivid:ide. que é a marca
1naior da condição hum:.rn:i. A complexidade s.lgnifi• A Infindável Busca
C';1 a impossibilidade de se chcg;.tr a qt1alquer conheci· de Eficiência e de Eficácia
mcntocomplc10 e de que não pode 1rnzcr certe'Zl S<,-.
bre o que é incerro.6-t A Administr:tçâo e o CO pas• As org.-iniz.açOO precisam ser co,l.sidcradas sob o
s:un a incorporar ~is conceitos. Ponto de vista de cíiciêoda e de cficld:1. simulrnnc:1-
- CAPm.lt.O 3 • As Ocgani:.ações e sua Administração 17
~l!LSIMER- - - - - -
mente. Aoomecc que ambos os conceitos não andam n,d possível. A cíici(ncia preocupa-se com os meios,
de mãos dadas n:1 maior parte das org3ni1~ções. métodos e procedimentos mais indicados que preci-
A eficiência é um.a medida da utifü.•1ção dos re- sam ser devidamente pfanejados e o rg:miiados a fim
cursos disp,onívcis. N:1 pcltic:1, é uma rcbç:lo emrc de asscgur:.1r :1 orimil3ção d.a uriliz.1ç:lo dos rcct1 r$0S
cntrad:is (insumos) e s.1fd.as (rcsuhados) ou, em ou• disp<>níveis. A cfic:iênc-ia n:lo se preocup:i com os
tros termos, urna rcbção cmrc custos e benefícios. fins, m:is simplesmente com os meios.
A cíiciênci:1est:i focada na melhor m:meirn (t'1c besl A cfic:kia é uma medid:1 do :.1lc:.mce dos rcsulrn•
t"'1)') pela qual :1scoisns devt"m ser íeitasou exccut:t• dos. A eficácia de um:.1 org..·mizaçào refere-se ~ sua
das (mftodos ou procedimtntos), a fim de que os c:1pacid.:1dc de s.1tisfa1.er uma neccssidadc da socic•
recursos - pessoas, máquinas, «1uipamcntos, m:tt~• dadé por meio da ofcrt:'t de produtos - St"j:un bens
rias-primas - sejam aplicados da forma mais r:1cio- ou serviços.

4 AFINAL , O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO EFICAZ?


A ericâcla organlu.clonal ô alcançada quando se rcú• 1 . Atendimento às necessidades da soctedade em
7
nem três condições es.senclals:• geral e do cliente em par1Jcular.
2. GeraçAo de emergente sistémico e de constante
1. Alcance dos objetivos organl:.aclonals.
crlaçio de velo, para todos o.s parceiros envol•
2. Manutenção do sistema interno.
vidos.
3. Adt1ptoção ao ambiento oxtorno.
3. Pto«ssos organtzacJono1s altamente cnclentos
Para que uma organização alcance etlcilcla ela de• e de baixo custo.
vo atender a OHH três concUçóos esuncJals simulta• 4. Qualidade o prOdutMdade quo se traduzem om
nea.mente. Todavla, o alcance da eflcécla esbarra na competitividade.
complexidade dos requlsilos quo uma organiuç.ào 5. Produtos o serviços oxcolentes que so Impõem
como sistema aberto possui. A eficácia e o sucesso aos dos concorrentes.
organizacional constltuom um problema comploxo. 6. Qualidade do vida no trabalho: ser um oxcolt nte
em virtude de suas múltiplas relaçôet com os elemen• lugar para trabalhar.
tos ligados à organlzaçào. A eficácia significa a salis• 7. Udorança o Inovação no setor que torna :i orga-
fação: nização uma referência (benchmark).
e. Valores organizacionais. ótica o rosponsablllda•
• dos clientes de social.
• da comunidade e da sociedade
• dos acionistas Podo•&O medir ou comparar a oxcolõncla organiza•
• dos gerentes clonal atribulndo-s.e pontos a enes requisitos.
• dos funcionários
Afinal, o que é uma o rganização
• dos fornecedores
bem-sucedida?
• etc.
O sucesso organizacional depende de vários trunfos
Não se trata apenas de uma laca de dois gumes, que a org3nlzaçio consegue oferecer:
mas com uma infinidade de gumes.
1. Quando atende à persp&ctiva financeira dos
A final , o que é uma organização acionistas: lucratlvk:lade graça.s à.s deel:S6es de
excel ent e? compras pelos clientes.
Aexoelêncle de um11 or911ntzoção ê ;;ilcimçadt quando 2. Quando atende à perspectiva dot clientes: lide-
êla consegue atender aotc seguintes requisitos Inter- lidado dos clientes dov1do à sua stUistaçjo com
nos o externos: os produtos o s-otvlços e mol0t parUclpaçio no
mercado.
. Comportamento Organizacional • IOALBERTO CHIAVENATO ElSEVIER

3. Quando atende à pers pectiva dos processos Jn• 4. Ouando atende à pe,apoeUva dos parceiros fr).
tomos: oflclê~la e eficácia na prestação dos torno&, os funcionários: aatlatação, cidadania
nrvlços Internos qu• toma a orga,nlzação com- organizacional, motivação o entutla.smo.
petitiva.
Cada um dos.ses aapoetos ô um Indicador do su-
cesso organlzaclonal. •

• CASO

A PRIVATIZAÇÃO DA USIMINAS"
O Programa Naci onal do Oosoatoti.a:açbo (PNO) lmpU• 1. Autonomia para decls6ff ostratéglcas, dcflnl,,..
eou umo mudança de propriedade do algumas emp,.. do um novo rumo para a empresa, em sintonia
soa do setor público para o setor privado para atender com as tendênclas mundiais e do pais.
a três objetivos estratôglcos: 2. Malor pruença dos emp,cgados M vkfo d.a em•
preso.
1. Aeutruturac;ão competitiva da Indústria.
3. Aproveita monto dH potencl,lldades para e cria-
2. Exposição planelada à compeUçâo internacio-
ção de subsidiárias, prestação de assltt6ncla e
nal. do consultorla técnica ospeclallzada.
3. Renovação e atualizaç6o da c.ap:icttoção tecno-
4. Ampliação dos lnvettlmentos, visando à moder-
lógica. nização e adequaçAo da empre,sa is exlgênclas
O PND foi desencadeado a partir do sotor Sidorúr• do mercado.
gico devido à folla do recursos pare Investir somada s. Permanente atuallzoçi o tecnológica dentro do
aos entraves burocráticos o go.stão Inadequada quo espírito do busu da excelência empteNrlal e
levou as empresas a um e-stado deficitário, com fHeva,, da competitividade.
do nível de CftdMdamento e obsolescincla 1ecnológl• 6. Diversificação, vertlcallzaç6o e a realização do
ca. o proceuo do p,tvatlzeção da Uslmlnas paras-eu parcerias om funç.ào de novos negóelos.
des.engajamento do Es.tado.cmprosárlo o 8Hodoçio 7. Consolldaçio dos avanços conHguldos pela
com empresas Japonesas começou em 1991 em pora• empresa no campo das conquistas sociais e t ra-
lolo com trôs tatoret: eX1.lnçáo do controle de preços., balhlttat.
saneamento financeiro o aumento da produtividade. A e. Oomoeratliaçio do copltol, com participação
kf61a era contemplar nào apenas o desonvolvlmento dos sócios Japoneses. de novos grupos ompro-
ttcnolôglco, o crosclmento empresarial e o aucesso sarlals n11c,lonals e estrangeiros, de emprega•
comercial, mas também a crloçio do ldeels trabalhis- dos o aposentados da empresa, de clientes, fo,.
tas fundamentados na busca de uma Integração com necedores e lnslitulç6es flnoncelros e de pes-
as ontidodes de classe para que os objetivos de am- soas físicas, com ampla pulvorluçto.
bas as partes so completass.em mutuamente. Mais
Os resultados visíveis da pr'lvatlzaç.io foram osso-
ainda, assegurar ao trabalhadOr molhOr qualidade ·pos-
guintcs:
aivel de vida, Hm que Isso significasse pcrdo da etl•
cl6ncla emp,et:1rlal. O modelo deveria aer lnquestio- 1. No campo estrat6glco:
Mvel e transparento paro não so transformar numa a . Autonomia para definir objettvos empresaria,is.
slmples troca do controle estatal pelo privo-do. Devorla b. liberdade para trabalhar com molores horl•
buscar empla democratização do capital e um sistema zontes estrat égicos.
de admlnlstroção compartilhada para assegurar as c. Autonomia para novos Investimentos, dlver-
poten-elaUdados ct:tratégicH da empresa.Os propósi- slflcaç.io e vertlcalliaçio dos ne,góclos e es-
tos da pr1vallz.ação foram: tabelecimento do alianças estratégicas.
~
ELSl,VIER _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _CAPÍTUI.O
____ 3 •_ Cl<ganizaçóes
As_ _ _ _ _o_ suo
_AdmlnlsUaç6o
_ _ __

2. Na âre.a financeira: 6 . Na área do recurso, humanos:


a. Pertlclp,ação nas operações do mercado fi- •· liberdade para ad mitir/d emitif o lmplemente-
nanceiro. ção de politfca salarial próptla.
b. Ac• Ho a cr6ditoa do Instituições nactonals o b . Romanojamonto do pessoal e obtonç6o cs.
estrangeiras, vedados às empresas estatai s. melhores níveis a.alartals.
3. Nas áreas de produção e de tecnologia: e. Adoção de remuneração baseada em eflclén-
a. Diagnose tecnolôglca da usJna o planos de eia e produtMdada.
mOdcrnluç:áo e atuallz.açào. d . Molores lnve,tlmentos e m capaeltaçio do
b. lnvesllmentos em expansão. pcuoal.
e. Ganhos subtt;,nc:lals em produtMdado. o. Afustamento de funções e estrutura organl-
Z#elon:il.
4, Na área d e suptlmentos:
f. Maior motivação dOCOr're-1110 deu.as mudanças.
a. Agllluçio o stmpllllcaçâo dos proceuos do
7. Na estrutura organlzaclonal e nos processos de
compras com redução da burocracia,
gestão:
b . Uberdade para ne,gocleção do preços e re<fu•
a . Revisão do processos Internos visando slm-
ção dos prazos do controtaç:áo do ompre.aa.s
plltleaçio, oflc.ácla, oOclênela, ellmlnação de
e de forneced<>fes.
d uplicidade de funç6es o maio r delegação do
e. AdOÇão do Just-ln,Umo o redução de esto-
autoridade.
ques o do custo do materiais.
b. MclhOrla da efle6ela organlzaclonal.
5. Na área comercial:
e. Elaboração do plano de desenvolvimento
a , Flexibilidade e agilidade nas negoelaçôes no
corporetlvo.
· morc,1tdO lnternaclonel.
b . Atendimento mais olielonto oos cllentos, com Faça um brovo ost>oço das vantagens o dosvant►
prazos de entrega reduzidos. gens alcançadas pela privatização da Uslminas. •

I Resumo comport3mcntal. A qu:ma onda foi a ê1,fosc no :a.m•


biente, incrementada pela 1coria de sistemas e realçada
As orpnit.1'ÇÕCS \•ivcm em um comexto de negócios <.'3· pcl.3 teoria da comingéncia. Com o ::idv4..'1HO d:i Era da
racterizado pda globaliuçlo, mudança e compttith•i• Informação, a teoria adminismui,•a tSt:i buSClndo solu•
cbde. N~ :tmbicme inccno e inst:ivcl. das pr«is:am çõcs cmcrgcmcs como :t mtlhoria com!nua, a qualida-
ser ~,dminiscradas ~r.t poderem funcion;u ben1 e 3tin• de toial, a rccn.gcnhari3, o Muhmarking e :i,s equipes
gir ~ us objetivos. Isso requer um profundo conhc.'Ci• de aho desempenho. A iníluência da tcori.a da romple-
mcmo do CO. A :tdminisu3ç.io conRirui um procluto xidadc e da teoria do C30S 1cm sido fone. Muira novi-
t:ípico do século XX e passou por dri:is onda$ socessi• dade VC'm robndo por 3.Í na in.íind.t,·el busca d,1 cíici&•
\'3S. A primeir.1 ond:.1 foi 3 ênfusc n:as t!lref':lS m:.1rcad:.1
ci.1 e d:t eficlcia org..,niU1cional.
pela f..ç(ola da Administr:aç;lo Cientííic.i de T a)'lor e se•
guidores, in.,ugurando :a teoria adminiStraclva. A ~ti,'\m• l auestões
da ondj foi a ênfase na escnuur-J org3nit.1.cional e teve
quatro desdobramentos: a teori:.1 c1,ssica da Adminis• 1. Explique as orS3nll.lçõcs como strcs vivos.
2. Com-c1uc .1 ll(.'CC'.$Sidadc de :1dminis1n1r .1s:organi~-
t~o com Fayol e seguidores. o modelo burocr-i1ico
çc'k.s.
dcscri10 por Max Weber, a T coria EstnnuralistJ que
3, Explique :i.s principais comribuiçõcs da Adminis•
tentou imcgrnr as diíerentcs abordagens e 3 teoria n('()- 1r:a~o Cicntffie:t :to CO.
cl.issiC3 que dcscn\'olvcu a idéi..1 do prOCC$$0 3dminis- 4 . Com,cn1c :i or&:,1,niz-1~0 r:acional do tnb:tlho.
trat-i,·o - pla~jar, organizar, dirigir e controlar. A ter• S. Explique o concc-ito de homo «.0no,m'e.Ns,
ccir.1 onda foi a ê nfase n.:lS pessoas, iniciada com a esco- 6. Explique :1.s principais comribuições d:l Trori.1
la das relações humanas e pos:ccriormentc com a teoria Clissic-a :ao CO.
90 Comportamento Organizecional • IDALBERTO CHIAVENATO f.LSEVIER

7. Explique~ princip;1is comribui('ôcs d2 TC'órU d::I 8. Aric de Ceus. A Emprtsa Viva. op. â t ,, p. 106.
Burocracia ao CO. 9. P:ara m:ai.) esclarecimentos veja um dos scsuimcs li-
8. Comente :ascaracteríStK':ls da burocroci:a enqu.lnto vros <'m gud;nivos nh·ci:s ck proíun<lidack sobre o
org..11fü;1çlo. :tiSSUIU O:
9. Comente~ di.sfonç6,c$ J.11 bur0<nei2 e $c-US c:íeitos • ldalbcno Chi:t.\·cn:uo. Teoria Cera/ da AJ,,,;.
n.11 organi~lo. nislfa{40. Volumes l e- 2, op. ât.
10. Explique ~ principais romribuiçôe$ d;1 Tcoria • Jdalbcrto Chiav('n:110. Jntroduf,do à Teoria Ce•
futnuur:ali~ta ao CO. ral da Admi11istraf4o, op. ât.
11 . Comente a :abord;agcm m.1.is ampla dos csm.uura-
• ldalbcno Chi:avcn:uo. lntrodu(40d Troria Ge•
lisi.u..
rol da Adminislraçào - Ediçlo Compact.a. Rio de
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Ncoclissica ao CO.
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