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PESSOAS
Introdução à Gestão de Pessoas
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
GESTÃO DE PESSOAS
Introdução à Gestão de Pessoas
Sumário
Adriel Sá
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Adriel Sá
A gestão de pessoas nas organizações deve conjugar (e não priorizar) a realização dos objeti-
vos individuais dos empregados e dos objetivos organizacionais. Como vimos, as pessoas são
parceiras da organização que contribuem com algum recurso para a organização.
Errado.
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Adriel Sá
Instrumental
Afetivo Normativo
ou calculativo
Estou aqui porque Estou aqui por Estou aqui por
me sinto bem! necessidade! obrigação moral!
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Adriel Sá
O autor Stephen Robbins1 cita algumas variáveis dependentes e independentes dessa re-
lação entre indivíduo e organização:
As variáveis dependentes são os fatores-chave que você pretende explicar ou prever e que
são afetados por outros fatores. Essas variáveis são:
• Produtividade: uma organização é produtiva quando consegue atingir seus objetivos,
transformando entradas em resultados ao mais baixo custo possível. Assim, a produtivi-
dade implica preocupação tanto com a eficiência como com a eficácia.
Conciliação gera conflitos e reduz produtividade? Não, mesmo! A conciliação reduz o conflito
e aumenta a produtividade! Aliás, esse é o papel da Gestão de Pessoas.
O ponto de partida para o sucesso organizacional é levar em conta as pessoas, uma vez que
essas passam a maior parte de seu tempo vivendo ou trabalhando dentro das organizações.
Errado.
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Adriel Sá
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CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
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• Satisfação com o trabalho: a satisfação com o trabalho pode ser definida como a dife-
rença entre as recompensas recebidas de fato pelo funcionário e aquilo que ele acredita
merecer. Diferente das quatro variáveis, a satisfação com o trabalho é mais uma atitude
do que um comportamento. Embora haja bastante evidência de que os colaboradores
satisfeitos são mais produtivos que os insatisfeitos, parece haver, nos dias atuais, uma
preocupação não apenas com a quantidade (entenda-se alta produtividade e bens ma-
teriais), mas também com a qualidade de vida.
• Cidadania organizacional: no atual mundo organizacional dinâmico, no qual as tarefas
são cada vez mais realizadas em equipe e a flexibilidade é crítica, as organizações pre-
cisam de colaboradores que adotem um comportamento de bom cidadão, ou seja, que
faça declarações positivas sobre o trabalho de seu grupo e da empresa, ajude os co-
legas em suas equipes, ofereça-se voluntariamente para tarefas extraordinárias, evite
conflitos desnecessários, mostre cuidado com o patrimônio da empresa, respeite as leis
e regulamentos, e seja tolerante com ocasionais aborrecimentos e imposições relacio-
nadas com o trabalho.
Como vimos, Stephen P. Robbins destaca que as variáveis dependentes são os fatores-chave
que você pretende explicar ou prever e que são afetados por outros fatores. As mais comuns
são: a produtividade, o absenteísmo, a rotatividade e a satisfação no trabalho. Mais recente-
mente, uma quinta variável – a cidadania organizacional – foi incluída nessa lista.
Certo.
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De acordo com Oliveira (2010)3, as empresas reproduzem a diversidade social que se encontra
na sociedade inclusiva: brancos, negros, índios e suas subcategorias étnicas; brasileiros e es-
trangeiros de diferentes nacionalidades; filhos de famílias ricas e pobres; pessoas criadas na
cidade e na zona rural; colaboradores com alta e com baixa escolaridade; homens e mulheres;
religiosos adeptos de várias crenças e não crentes; jovens e velhos; profissionais em início de
carreira e pré-aposentados; gestores e executores etc.
Certo.
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No entanto, existem questões que cobram as diferenças entre esses termos antecedidos
pelo substantivo “departamento”. Em suma, quando for mencionado “Departamento de Recur-
sos Humanos”, pense logo em algo mais aproximado das pessoas; quando for mencionado
“Departamento de Pessoal”, pense em algo mais burocrático, mais papelório!
Na visão de Chiavenato (2000)5, o Departamento de Recursos Humanos (DRH) tem a fun-
ção de cuidar das pessoas como sendo o maior bem da empresa, e não apenas uma fonte de
recursos. O DRH atua no recrutamento e seleção de pessoal e no treinamento e capacitação
dos colaboradores para desempenharem suas funções atuais e futuras. A responsabilidade
desse departamento é de profissionais da área de Administração e Psicologia.
Por sua vez, o Departamento Pessoal (DP) é o responsável por cuidar de toda a parte bu-
rocrática, como admissões e demissões de funcionários, cálculos e fechamento de folha de
pagamento, cálculo de rescisão de contrato, concessão de férias, afastamentos, 13º salário,
dentre outros.
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GIL, A. C. Gestão de pessoas: enfoque nos papeis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.
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FISCHER, A. L. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (org.). As pessoas
na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
8
DUTRA, J. S. Gestão de Pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2009.
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CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
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Segundo relata Gil (1994)10, na década de 90, a maioria das empresas brasileiras de grande
e médio porte mantinham departamento de RH, porém a adoção dessa designação parecia
estar relacionada aos interesses em apresentar uma característica de modernidade. O apare-
cimento da Administração de Recursos Humanos deve-se à introdução do conceito originário
da Teoria Geral de Sistema à gestão de pessoas.
Certo.
Obs.: Suponhamos que determinado órgão público esteja reestruturando a sua área de
gestão de pessoas ao estabelecer o seu planejamento estratégico para os próximos
5 anos. No item que trata da política de desempenho no cargo, ao invés de manter o
atual plano amarrado em uma estrutura rígida, opta pela regulamentação e adoção do
teletrabalho.
Percebe-se, então, que o teletrabalho vem a ser uma prática da política de desempe-
nho no cargo.
10
GIL, A. C. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1994.
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O processo de Gestão de Pessoas requer compreender as funções clássicas dessa área, que
englobam todas as atividades desenvolvidas pela administração de recursos humanos nas or-
ganizações. E, é claro, essas funções envolvem processos, subprocessos, práticas e políticas.
Certo.
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A nova gestão de pessoas considera as pessoas como seres humanos, dotadas de perso-
nalidade própria e profundamente diferentes entre si, com uma história pessoal particular e
diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências indispensáveis à
adequada gestão dos demais recursos organizacionais.
Certo.
O modelo instrumental ou funcionalista concebe a gestão de pessoas como uma questão técnica,
sustentada na racionalidade de meios e fins. O foco aqui é direcionar o ajuste do desempenho indivi-
dual e grupal às expectativas da organização. Entende que todo conflito é negativo e deve ser evita-
do. Por isso, as decisões são tomadas nos níveis mais elevados da organização. O papel da gestão
de pessoas é de definir políticas, objetivos e ações necessárias para responder de forma mais ade-
quada às exigências do ambiente (mercado). Nesse modelo, as mudanças são vistas como fruto
das decisões estruturadas do departamento de recursos humanos.
O modelo político, por sua vez, tem como principal diferença em relação ao modelo instru-
mental a noção de conflito. Os conflitos, aqui, são fundamentais nos processos de gestão de
12
MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 2006.
13
DAVEL, E.; VERGARA, S. C. Gestão com pessoas e subjetividade. São Paulo: Atlas, 2001.
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pessoas. As pessoas são vistas como atores que buscam a concretização de seus interesses.
A organização, portanto, é vista como uma arena onde a construção de consenso ocorre por
meio da ação política de vários grupos. O papel da gestão de pessoas está relacionado às po-
líticas e práticas consideradas negociáveis e contingenciais.
O modelo estratégico busca o equilíbrio entre pessoas e organizações, considerando:
• a integração das políticas de pessoas com o planejamento estratégico da organização;
• o lócus de responsabilidade, que não é mais situado no âmbito dos gerentes de pesso-
as, mas, sim, nos gerentes de linha;
• o foco de atuação muda das relações “RH sindicatos” para “RH empregados” e, nesses
termos, muda de um âmbito coletivista para outro individualista; e
• o comportamento e o exercício da iniciativa são exaltados em um contexto no qual che-
fe e supervisores desempenham o papel de facilitadores e de coaches.
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MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 2006.
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Chiavenato (1999; 2000; 2008; 2010) faz diversas comparações entre as áreas de RH de
antes e a área de GP contemporânea. Para facilitar, concentramos todas essas informações
num quadro resumo. Vejamos:
Administrativo Consultiva
Estímulo ao envolvimento e ao
Padronização e rotinização
desenvolvimento
Visão voltada para o presente e passado Visão voltada para o futuro e destino
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Controle por meio de regras e hierarquia Controle por meio da visão e dos valores
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Na gestão moderna (século XXI), não há espaço para o foco em produtividade e eficiência, já
que nesse tempo as pessoas se elevaram em status de importância no contexto organizacio-
nal. As pessoas precisam ser geridas não só de maneira a proporcionar eficiência e produtivi-
dade, mas efetividade, considerando a evolução e a transformação, além do desenvolvimento
de cada profissional.
Logo, a prerrogativa de eficiência e produtividade são do século passado (século XX).
Certo.
Uma das macrotendências de GP é uma tendência nítida e rápida para o downsizing. Isto é,
o gradativo e sistemático desmantelamento da área, sua redefinição e sua descentralização
rumo às outras áreas da organização.
Certo.
É claro que essa visão é bem sintética e, para percebemos o assunto de forma mais deta-
lhada, teremos que esmiuçar um pouco mais esse conteúdo.
Novamente, vamos apresentar diversas exposições doutrinárias sobre esse processo evo-
lutivo da área de GP.
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• Fase operacional – até a década de 60. Nessa fase, a gestão de pessoas preocupa-se
basicamente com a operacionalização de captação, treinamento, remuneração, infor-
mações etc. Passou a surgir o termo administração de pessoal, restringindo sua ação
unicamente ao assistencialismo e a burocracia trabalhista, em que as guias de recolhi-
mento tomavam o espaço da evolução e desenvolvimento das pessoas. O ser humano
nesta época, embora reconhecido como necessário, era visto de forma fragmentada:
uma pessoa submissa, de baixa iniciativa e criatividade.
• Fase gerencial – dos anos 60 até início dos anos 80. Período em que a gestão de pesso-
as passa a interferir nos diferentes processos da organização, entre eles como parceira
nos processos de desenvolvimento organizacional. A administração de pessoal embar-
cou nos programas de qualidade, em geral voltados para a visão racional, e não holística.
Mas, o mundo do trabalho foi invadido por uma série de mudanças devido aos grandes
desafios provocados pela evolução da comunicação. A chegada da globalização e do
desenvolvimento tecnológico provocou o rompimento de paradigmas ou modelagens
mentais antigas e o padrão de gestão não poderia continuar sendo o mesmo.
• Fase estratégica – a partir dos anos 80. Nessa fase, a gestão de pessoas começa a
assumir papel estratégico na internalização de novos conceitos de pensar na geração
de valores para as organizações. A estratégia da organização passa a ser determinada
em função da forma como ela deseja atuar no ambiente e do seu patrimônio de conhe-
cimento. As pessoas influenciam e programam a estratégia da organização, pois, em
constante desenvolvimento, compõem o seu saber. A ação consciente das pessoas é
um grande diferencial competitivo na implementação da estratégia organizacional.
O autor Chiavenato (2010)16 faz uma relação da evolução da gestão de pessoas com as eras
da Administração: a Era Industrial Clássica, a Era Industrial Neoclássica e a Era da Informação.
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DUTRA, J. S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2009.
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CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas; o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
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Como resumo, podemos apresentar o seguinte quadro dessas três eras organizacionais:
Era da Industrialização Era da Industrialização
Era da Informação
Clássica Neoclássica
Após 1990
1900 - 1950 1950 - 1990
Mista, matricial, com ênfase
Estrutura Burocrática, funcional, na departamentalização por
Fluída, ágil e flexível,
totalmente descentralizada.
organizacional piramidal, centralizadora, produtos ou serviços ou
Ênfase nas redes de equipes
predominante rígida. Ênfase nos negócios. unidades estratégicas de
multifuncionais.
negócio.
Administração de Recursos
Relações Industriais Humanos
Gestão de Pessoas
Administração Departamento de Pessoal Departamento de Recursos
Equipes de Gestão de
de pessoas Departamento de Relações Humanos
Pessoas
Industriais Departamento de Gestão
de Pessoas
Fischer (2002)17 apresenta uma outra classificação para a evolução da GP, classifican-
do-a em quatro categorias principais, cada uma delas correspondendo a um período históri-
co distinto.
17
FISCHER, A. L. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (org.). As pessoas
na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
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Como se percebe, a afirmativa diz respeito ao modelo de gestão de pessoas como departa-
mento pessoal, e não como gestão estratégica.
Errado.
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Nesse período, o Gerente de Recursos Humanos foi reconhecido por diversas organiza-
ções como diretoria, em nível estratégico, e não mais como um funcionário de terceiro
escalão.
A afirmativa, na realidade, refere-se à fase contábil, que se restringia aos cálculos da retribui-
ção a que os trabalhadores faziam jus em decorrência do trabalho prestado.
Errado.
19
MARRAS, J. P. Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
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• Terceira fase ou fase tecnicista (de 1950 a 1965): marcada pela força das indústrias
automobilísticas e a entrada de multinacionais no País, as quais emprestam o modelo
americano de Gestão de Pessoas. É criado o Departamento de Relações Industriais e
aparece o Gerente de Relações Industriais (GRI), com a consequente modificação do
aspecto das relações entre capital e trabalho. Foi nessa fase que a área de RH passou
a operacionalizar serviços como os de treinamento, recrutamento e seleção, cargos e
salários, higiene e segurança no trabalho. Nessa fase estão presentes fatores tecnoló-
gicos e sociais.
• Quarta fase ou fase administrativa (de 1965 a 1985): período marcado por relações
trabalhistas tensas e pela ditadura militar, fazendo surgir o movimento sindical. Desta-
ca-se o surgimento do Gerente de Recursos Humanos (GRH), além de emergiram novas
teorias e técnicas gerenciais, como a gestão participativa, o planejamento estratégico e
o controle total de qualidade. Nessa fase estão presentes fatores políticos, culturais e
sociais.
• Quinta fase ou fase estratégica (de 1985 até nossos dias): é nessa fase, no fim da déca-
da de 1990, que a ideia de Gestão de Pessoas diferenciada da ideia da Administração de
Recursos Humanos começa a tomar forma. Ocorre a alavancagem operacional do cargo
de GRH, de uma posição gerencial no nível tático para uma posição de diretoria no nível
estratégico. Nessa fase estão presentes fatores estruturais.
Não temos uma fase denominada de “social”. A afirmativa trata é da fase estratégica.
Errado.
Fatores estruturais são percebidos na fase estratégica. No entanto, não temos fatores demo-
gráficos e ecológicos influenciando nenhuma etapa da evolução da área de gestão de pessoas
no Brasil.
Errado.
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Fatores estruturais são percebidos na fase estratégica. No entanto, não temos fatores demo-
gráficos e ecológicos influenciando nenhuma etapa da evolução da área de gestão de pessoas
no Brasil.
Os objetivos da administração de pessoal são: societário, organizacional, funcional e individu-
al (e não logístico).
Errado.
Já o autor Chiavenato (2010)20 diz que os objetivos da área de gestão de pessoas incluem:
• Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão: a função de GP
é um componente fundamental da organização de hoje. Antigamente, a ênfase era co-
locada no fazer corretamente as coisas por meio dos métodos e regras impostos aos
funcionários para obter eficiência. Não se pode imaginar a função de GP sem se conhe-
20
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
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cer o negócio de uma organização. Cada negócio tem diferentes implicações na GP. O
principal objetivo da GP é ajudar a organização a atingir suas metas, objetivos e a reali-
zar sua missão.
• Proporcionar competitividade à organização: isto significa saber criar, desenvolver e
aplicar as habilidades e competências da força de trabalho. A função da GP é fazer com
que as forças das pessoas sejam mais produtivas para beneficiar clientes, parceiros e
empregados.
• Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e bem motivadas: quando um exe-
cutivo diz que o propósito da ARH é construir e proteger o mais valioso patrimônio da
empresa – as pessoas -, ele está se referindo a este objetivo da GP. Preparar e capacitar
continuamente as pessoas é o primeiro passo. O segundo é dar reconhecimento às pes-
soas, e não apenas dinheiro. Para melhorar e incrementar seu desempenho, as pesso-
as devem perceber justiça nas recompensas que recebem. Isso significa recompensar
bons resultados e não recompensar pessoas que não se desempenham bem. Tornar os
objetivos claros e explicitar como são medidos e quais as decorrências do seu alcance.
As medidas de eficácia da GP – e não apenas a medida de cada chefe – é que devem
ser proporcionadas às pessoas certas, na fase certa do desempenho de um trabalho e
no tempo certo para a organização.
• Aumentar a autoatualização e a satisfação das pessoas no trabalho: antigamente, a
ênfase era colocada nas necessidades da organização; hoje, sabe-se que as pessoas
precisam ser felizes. Para que sejam produtivas, as pessoas devem sentir que o trabalho
é adequado às suas competências e que estão sendo tratadas equitativamente. Para
as pessoas, o trabalho é a maior fonte de identidade pessoal. As pessoas despendem a
maior parte de suas vidas no trabalho, e isso requer uma estreita identidade com o traba-
lho que fazem. Pessoas satisfeitas não são, necessariamente, as mais produtivas; mas
pessoas insatisfeitas tendem a desligar-se da empresa, a se ausentar frequentemente
e a produzir pior qualidade do que pessoas satisfeitas. A felicidade na organização e a
satisfação no trabalho são determinantes do sucesso organizacional.
• Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho: Qualidade de Vida no Trabalho
(QVT) é um conceito que se refere aos aspectos da experiência do trabalho, como estilo
de gestão, liberdade e autonomia para tomar decisões, ambiente de trabalho agradável,
camaradagem, segurança no emprego, horas adequadas de trabalho e tarefas significa-
tivas e agradáveis. Um programa de QVT procura estruturar o trabalho e o ambiente de
trabalho no sentido de satisfazer a maioria das necessidades individuais das pessoas e
tornar a organização um local desejável e atraente.
• Administrar e impulsionar a mudança: nas últimas décadas, houve um período turbu-
lento de mudanças sociais, tecnológicas, econômicas, culturais e políticas. Essas mu-
danças e tendências trazem novas abordagens, mais flexíveis e ágeis, que devem ser
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As organizações necessitam das pessoas para atingirem seus objetivos; as pessoas dão su-
porte à execução dos processos organizacionais. A expressão “competências em comunica-
ção” destaca a importância da comunicação como forma de linguagem, permitindo às pesso-
as o desenvolvimento de pensamentos e um sistema de relações entre elas e a organização.
Certo.
O processo de mudança deve ser antecedido por um processo de comunicação clara e obje-
tiva, informando acerca da razões pelas quais a mudança se faz necessária. A sensibilização
dos colaboradores depende de eles saberem da importância da mudança!
Certo.
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Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
Por fim, o autor relaciona quatro papéis principais da Administração de Recursos Huma-
nos, quais sejam:
21
ULRICH, D. Os campeões de Recursos Humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura,
1998.
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mentando a eficácia geral de uma organização, através dos executivos, mediante contratação,
treinamento e premiação de gerentes que aumentam a produtividade e reduzem as perdas.
A metáfora escolhida dessa função é a do especialista administrativo. Assim, cabe tam-
bém a esses profissionais atuarem como especialistas administrativos, buscando a eficiência,
eficácia e novas formas de melhorar suas atividades, que deverão ser empreendedoras ao
ponto de levar à reengenharia contínua dos processos de trabalho que administram.
Ajuste das
estratégias de
Administração
Execução da Parceiro RH à estratégia
de Estratégias de
estratégia estratégico empresarial:
Recursos Humanos
diagnóstico
organizacional
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Reengenharia
Construção
Administração da de processos
de uma Especialista
Infraestrutura da de organização:
infraestrutura administrativo
Organização serviços em
eficiente
comum
Gerir a
transformação
Administração da Criação de uma
Agente da e a mudança:
Transformação e da organização
mudança assegurar
Mudança renovada
capacidade para
mudança
A afirmativa está de acordo com o magistério de Ulrich (1998)22. Para esse autor, o profissional
de Recursos Humanos deve realizar quatro funções, de forma simultânea, ao longo de dois
eixos:”estratégia X operações” e”processos X pessoas”: parceiros estratégicos, especialistas
administrativos, defensores dos funcionários e agentes de mudança.
Certo.
A expressão “gestão estratégica de pessoas” nada mais é que a visão atual do papel des-
sa área nas atividades da organização. Assim, a gestão estratégica de pessoas trata do ali-
nhamento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas com a missão,
22
ULRICH, D. Os campeões de Recursos Humanos: inovando para obter os melhores resultados. São Paulo: Futura, 1998.
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Adriel Sá
23
MASCARENHAS, A. O. Gestão estratégica de pessoas. São Paulo: Cengage, 2008.
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Planejamento estratégico
Planejamento estratégico de pessoas
organizacional
Desenvolvimento da compreensão e do
Visão de negócio
comprometimento com a visão do negócio
Implementação Implementação
24
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2010.
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sentação visual de quem substitui quem na eventualidade de alguma vaga futura dentro
da organização. A montagem do sistema requer um organograma com informações
fornecidas pelo sistema de informação gerencial. Cada retângulo do organograma apre-
senta o nome do funcionário com algumas informações para tomada de decisão. Cada
funcionário é classificado em três alternativas de promovabilidade:
− A: Funcionário pronto para promoção imediata;
− B: Funcionário que requer maior experiência no cargo atual;
− C: Funcionário com substituto já preparado.
• Modelo baseado no fluxo do pessoal: baseado nas informações passadas de pessoas
que deixam a organização e que são promovidas, permitindo predizer quantas pessoas
deverão ser admitidas para manter a estabilidade. É muito útil na análise das conse-
quências do plano de carreiras, quando a organização adota uma política consistente
nesse sentido. O modelo é limitado por ser apenas quantitativo.
• Modelo de planejamento integrado: leva em consideração o volume de produção plane-
jado, mudanças tecnológicas, condições de oferta e procura no mercado e planejamento
de carreiras. O modelo integrado é um modelo sistêmico e um pouco mais abrangente,
permitindo um diagnóstico razoável para auxiliar a tomada de decisões sobre a compo-
sição do quadro de colaboradores da organização.
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ÁREA ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
ESTRATÉGICA DE CONSERVADORA E
PROSPECTIVA E OFENSIVA
GP DEFENSIVA
- Produção eficiente
- Inovação
- Ênfase no controle
- Flexibilidade
FLUXO DE - Descrição explícita de
- Classes amplas de cargos
TRABALHO cargos
- Planejamento vago do
- Planejamento detalhado
cargo
do cargo
- Recrutamento externo
- Recrutamento interno
- Gerente decide sobre
- DRH decide sobre seleção
seleção
- Ênfase nas qualificações
ADMISSÃO - Adequação da pessoa à
técnicas
cultura
- Processo formal de
- Processo informal de
admissão e socialização
admissão e socialização
- Demissões voluntárias
- Dispensas
- Congelamento de
- Recrutamento quando
admissões
DESLIGAMENTO DE necessário
- Apoio continuado aos
FUNCIONÁRIOS - Demitidos sem apoio
demitidos
- Nenhum tratamento
- Política de preferência à
preferencial
readmissão
25
OLIVEIRA, D. de P. R. de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia, práticas. 25. ed. São Paulo: Atlas,
2008.
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Adriel Sá
ÁREA ESTRATÉGIA
ESTRATÉGIA
ESTRATÉGICA DE CONSERVADORA E
PROSPECTIVA E OFENSIVA
GP DEFENSIVA
- Individual - Em equipe
- No cargo - Externo
TREINAMENTO
- Específico - Genérico para flexibilidade
Comparar habilidades - Construir habilidades
- Salário fixo
- Salário variável
- Salário baseado no cargo
- Salário baseado no
- Salário baseado na
RECOMPENSAS individuo
antiguidade
- Salário no desempenho
- Decisões centralizadas
- Decisões descentralizadas
sobre os salários
26
ALBUQUERQUE, L. G. Estratégia de Recursos Humanos e Competitividade. In: FALCÃO, M. M. V.; OLIVEIRA, L. M.
B. Administração contemporânea: perspectivas estratégicas (org.) São Paulo: Atlas, 1999.
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Adriel Sá
ESTRATÉGIA DE
ESTRATÉGIA DE
CARACTERÍSTICAS COMPROMETIMENTO –
CONTROLE
ATUALIDADE
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Trabalho muito
ORGANIZAÇÃO DO Trabalho enriquecido,
especializado, gerando
TRABALHO gerando desafios
monotonia e frustrações
REALIZAÇÃO DO
Individual Em grupo
TRABALHO
RELAÇÕES DE TRABALHO
Baixo, trabalho
NÍVEL DE EDUCAÇÃO E Alto, trabalho enriquecido e
automatizado e
FORMAÇÃO REQUERIDO intensivo em tecnologia
especializado
PARTICIPAÇÃO DOS
Baixa, decisões tomadas de Alta, decisões tomadas em
EMPREGADOS NAS
cima para baixo grupo, de baixo para cima
DECISÕES
Foco no encarreiramento
Foco no cargo, emprego a
POLÍTICA DE EMPREGO flexível, emprego a longo
curto prazo
prazo
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ESTRATÉGIA DE
ESTRATÉGIA DE
CARACTERÍSTICAS COMPROMETIMENTO –
CONTROLE
ATUALIDADE
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Adriel Sá
Os conflitos entre linha e staff são notórios. Essa distinção de atribuições é fonte de diver-
sos fatores divergentes de ideias. Vamos ver um exemplo, para clarear?
Obs.: Determinada gerência necessita de duas pessoas para trabalhar na área de produção.
Quem requisita? O gerente, é claro!
Abre-se processo de recrutamento e seleção e quem irá organizar todas as atividades
de captação e seleção dos melhores candidatos? O órgão de staff, é claro!
O órgão de staff recomenda oito candidatos considerados aptos.
Quem irá decidir pelas duas contratações? O gerente, é claro!
Assim, a seleção final é responsabilidade de linha (de cada chefe ou gerente) e a pres-
tação de serviço (aplicação de técnicas de seleção iniciais) é função de staff.
Quem administra o pessoal, de forma direta, é cada gerente dentro de sua área de atuação.
No entanto, temos uma unidade organizacional que estará à disposição de cada gerente para
serviços especializados.
Certo.
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27
CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. São Paulo: Atlas, 2003.
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28
CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro:
Campus, 2004.
29
GIL, A. C. Gestão de Pessoas enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001
30
MILCOVICK, G. T.; BOUDREAU, J. W. Administração de Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 2000.
31
AQUINO, C. P. Administração de recursos humanos: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1988.
32
ROBBINS, S. P.; DECENZO, D. Administração de Recursos Humanos. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
33
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2008.
34
DUTRA, J. de S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.
35
BORGES, L. O.; MOURÃO, L. O trabalho e as organizações. Atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre: Artmed,
2013.
36
PALMEIRA, M. Gestão de Pessoas. In: BULGACOV, Sergio. Manual de gestão empresarial. São Paulo: Atlas,
1999.
37
LUCENA, M. D. da S. Planejamento de recursos humanos. São Paulo: Atlas, 1991.
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Talvez, a classificação mais cobrada em provas, é a exposta pelo autor Chiavenato (1999)38.
Para ele, a Gestão de Pessoas é um conjunto integrado de processos dinâmicos e interativos.
Esses processos também são chamados de macroprocessos ou subsistemas básicos. Os
seis processos são: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas.
• Agregar ou prover pessoas: são os processos utilizados para incluir novas pessoas na
organização. Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pes-
soas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas.
• Aplicar pessoas: são os processos utilizados para desenhar as atividades que as pes-
soas irão realizar na empresa. Incluem desenho organizacional e de cargos, análise e
descrição de cargos, orientação das pessoas e avaliação do desempenho.
• Recompensar pessoas: são os processos utilizados para incentivar as pessoas e satis-
fazer suas necessidades individuais mais elevadas. Incluem recompensas, remunera-
ção e benefícios e serviços sociais.
• Desenvolver pessoas: são os processos utilizados para capacitar e incrementar o de-
senvolvimento profissional e pessoal das pessoas. Envolvem treinamento e desenvolvi-
mento, gestão de competências, aprendizagem, programas de mudanças e desenvolvi-
mento de carreiras e programas de comunicações e consonância.
• Manter pessoas: são os processos utilizados para criar condições ambientais e psico-
lógicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem administração da cultura
organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e manutenção
de relações sindicais.
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Introdução à Gestão de Pessoas
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Obs.: O autor, em obra publicada ano de 2006, apresenta apenas cinco subsistemas inter-
dependentes: provisão; aplicação; manutenção; desenvolvimento; e monitoração de
recursos humanos. Em síntese, o processo de recompensar se funde ao processo de
manutenção.
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Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
A afirmativa trata, na verdade, dos processos de agregar pessoas, e não aplicar pessoas.
Errado.
40
ROBBINS, S. P.; DECENZO, D. Administração de Recursos Humanos. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
41
SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
42
DUTRA, J. de S. Gestão de pessoas: modelo, processos, tendências e perspectivas. São Paulo: Atlas, 2002.
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44
BORGES, L. O.; MOURÃO, L. O trabalho e as organizações. Atuações a partir da Psicologia. Porto Alegre: Artmed,
2013.
45
PALMEIRA, M. Gestão de Pessoas. In: BULGACOV, Sergio. Manual de Gestão Empresarial. São Paulo: Atlas, 1999.
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rios, entre outros; atividades de seleção, como determinar etapas da seleção de pessoal,
critérios para selecionar candidatos, elaboração e aplicação de testes de seleção, e en-
trevista de seleção; e a integração de pessoal, envolvendo um processo de socialização
organizacional.
• Subsistema de aplicação: engloba a descrição e análise de cargos, onde se estabelece
qual é a estrutura e agrupamento das funções dos ocupantes dos vários cargos existen-
tes na organização, além das qualificações e responsabilidades inerentes a cada cargo;
procedimentos e elaboração da avaliação de desempenho e do potencial humano, en-
globando critérios de como será feita, quem será avaliado, e a elaboração das fichas de
avaliação. Os planos de carreiras também são incluídos no subsistema de aplicação,
envolvendo as estruturas e os tipos de carreira existentes, que possam se melhor utili-
zados para o empreendimento de pequeno porte.
• Subsistema de manutenção: é constituído por todas as questões relacionadas à remu-
neração, direta e indireta; aos benefícios sociais (planos assistenciais, recreativos, grati-
ficações, vale-refeição, entre outros); à higiene e segurança no trabalho, que engloba nor-
mas e procedimentos para proteger a integridade física e mental do trabalhador, como
normas sobre a iluminação do local de trabalho, nível de ruído, temperatura e umidade,
normas estas com caráter preventivo e corretivo; às relações trabalhistas, que inclui,
também, o relacionamento com os sindicatos das várias categorias ocupacionais.
• Subsistema de desenvolvimento: reúne as atividades que permitem o aperfeiçoamento
e crescimento humano, com enfoque de curto e médio prazo (treinamento e desenvolvi-
mento de pessoal) e de longo prazo (desenvolvimento organizacional), gerando profun-
das modificações na organização. O treinamento e desenvolvimento de pessoas (T&D)
é um conjunto de técnicas para gerar condições de melhoria e adequação de aptidões,
num enfoque de curto e médio prazo. Numa abordagem de longo prazo, o desenvolvi-
mento organizacional (DO) apresenta técnicas de intervenção, no sentido de criar condi-
ções futuras de mudança planejada da organização como um todo.
• Subsistema de controle: deve conter todas as informações sobre os recursos huma-
nos da organização, em tempo real, que facilitam o processo de tomada de decisão do
empreendedor, por meio de um banco de dados e sistema de informações bem estrutu-
rados e de padrões de avaliação para a auditoria da condição existente, em termos de
pessoal.
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Adriel Sá
RESUMO
Relações de Equilíbrio entre Indivíduo e Organização
• Cada uma das partes depende da outra, formando uma relação de mútua dependência.
• Comprometimento organizacional: conjunto de sentimentos e ações do indivíduo em
relação a sua organização.
− Comprometimento afetivo: um envolvimento, onde ocorre identificação com a orga-
nização.
− Comprometimento instrumental ou calculativo: custo associado a deixar a organiza-
ção.
− Comprometimento normativo: permanecem na organização por obrigação.
• Suporte organizacional: as crenças globais mantidas pelo empregado acerca do quanto
a organização em que trabalha cuida do seu bem-estar e valoriza suas contribuições.
• Contrato psicológico: expectativa que a organização e o indivíduo esperam realizar e
ganhar com o novo relacionamento.
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• Fischer (2002):
− Modelo de gestão de pessoas como departamento pessoal ou administração de
pessoal: originou-se nos Estados Unidos, por volta dos anos 1890, com o surgimento
dos departamentos pessoais nas empresas do país.
− Modelo de gestão de pessoas como gestão do comportamento humano: a partir dos
anos 20, a gestão de recursos humanos deixou de se concentrar exclusivamente na
tarefa, nos custos e no resultado produtivo imediato para atuar sobre o comporta-
mento das pessoas, por meio das linhas de pensamento behaviorista e humanista.
− Modelo estratégico de gestão de pessoas: nas décadas de 70 e 80, começou-se a
perceber a necessidade de vincular a gestão de recursos humanos às estratégias da
organização.
− Modelo de gestão de pessoas articulado por competências: a empresa competitiva
seria aquela que, além da reengenharia e da simples reestruturação operacional, teria
condições de criar um novo espaço competitivo em vez de esforçar-se por se posicio-
nar melhor no espaço competitivo atual.
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− Quinta fase ou fase estratégica (de 1985 até nossos dias): ocorre a alavancagem
operacional do cargo de GRH, de uma posição gerencial no nível tático para uma posi-
ção de diretoria no nível estratégico. Nessa fase estão presentes fatores estruturais.
• Gil (2001):
− Período entre 1890 a 1930, o RH, nesse período, limitava-se a remunerar os trabalha-
dores pelo serviço prestado.
− Período entre 1930 a 1950, preocupava-se com papéis e questões legais.
− Período entre 1950 a 1964, surge o departamento de Relações Industriais, em que os
cargos foram ocupados pelos mesmos chefes de pessoal, devido à falta de prepara-
ção adequada ao cargo.
− Período entre 1964 a 1978, deu-se maior importância a treinamentos e desenvolvi-
mento de pessoal, cargos, salários e benefícios.
− Período entre 1978 a 1989, devido à redução de pessoal e teorias gerenciais voltadas
para a redução de custos, as atividades de RH foram afetadas.
− Década de 90, período marcado pela globalização que conduziu à integração das
economias e sociedades de vários países, bem como a homogeneização cultural e
evolução das tecnologias de informação.
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MAPA MENTAL
Comprometimento afetivo: identificação com a
organização
Provisão: incluir novas pessoas na organização
Relações de equilíbrio entre indivíduo
Comprometimento instrumental ou calculativo:
Aplicação: desenhar as atividades que as pessoas irão realizar na empresa necessidade
e organização
Manutenção: criar condições ambientais e psicológicas Comprometimento normativo: obrigação moral
Desenvolvimento: capacitar e incrementar o desenvolvimento profissional e Subsistemas
pessoal
Departamento de Recursos Humanos (DRH):
Monitoração: acompanhar controlar as atividades, verificando resultados
Áreas Departamento Pessoal (DP): cuidar da parte
burocrática
Modelo baseado na procura estimada do produto: rela-
ciona o número de pessoas com o volume de procura
do produto ou serviço
Modelo baseado em segmentos de cargos: projeta os As pessoas como seres humanos
níveis futuros de mão de obra para cada área funcional
As pessoas como ativadores de recursos organiza-
Modelo de substituição de postos-chave: projeta as Modelos de cionais
futuras substituições nos cargos do quadro funcional planejamentos de pessoal Aspectos fundamentais As pessoas como parceiros da organização
Modelo baseado no fluxo do pessoal: baseado nas infor- As pessoas como talentos fornecedores de compe-
mações passadas, permitindo predizer quantas pessoas tências
deverão ser admitidas As pessoas como o capital humano da organização
Modelo de planejamento integrado: leva em consi-
deração o volume de produção planejado, mudanças
tecnológicas, condições de oferta e procura no mercado
e planejamento de carreiras
Gestão de Pessoas
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Adriel Sá
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/APOIO ESPECIALIZADO/PSICOLOGIA/2012)
Com relação aos processos de provimento e aplicação de pessoas nas organizações, jul-
gue o item.
A entrevista de desligamento permite diagnosticar falhas e corrigir aspectos causadores dos
pedidos de desligamento das pessoas nas organizações.
Essa é uma daquelas questões em que se extrai um pensamento isolado de algum autor em
alguma obra.
No entanto, é quase consensual o fato de que o comportamento e a produtividade dos funcio-
nários de uma organização vinculam-se, inicialmente, ao fator “motivação”, e não às capacida-
des individuais. Daí o erro da afirmativa.
A relação da motivação com o comportamento e com a produtividade é estabelecida quase
que de forma espontânea. O comportamento é percebido como sendo provocado e guiado por
metas da pessoa, que realiza um esforço para atingir determinado objetivo. Como consequên-
cia desse processo, a produtividade relaciona-se com o impulso ou com a tendência a realizar
determinados comportamentos.
Errado.
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A gestão de pessoas nas organizações deve conjugar (e não priorizar) a realização dos obje-
tivos individuais dos empregados e dos objetivos organizacionais. Logo, afirmativa incorreta.
Errado.
Segundo Thomas Jr. (1991)46, a diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça
ou gênero. Estende-se à idade, história pessoal e corporativa, formação educacional, função e
personalidade. Inclui estilo de vida, preferência sexual, origem geográfica, tempo de serviço na
organização, status de privilégio ou de não privilégio e administração ou não administração.
46
THOMAS JR., R.R. Beyond race and gender: unleashing the power of your total work force by managing diversity.
New York: AMACOM, 1991.
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Assim, sobre esse conceito mais amplo, é comum encontrar pesquisas que tratam especifi-
camente de atributos associados à diversidade, como por exemplo, à raça, à sexualidade, à
homossexualidade, ao assédio moral, dentre outros.
Certo.
Administração de recursos humanos e gestão de pessoas são termos teoricamente distintos, espe-
cialmente (no entanto semelhantes) com relação ao ajustamento vertical entre objetivos organiza-
cionais e individuais.
Errado.
Em suma, temos:
• Eficiência: é quando algo é realizado da melhor maneira possível, ou seja, com menos
desperdício ou em menor tempo.
• Eficácia: é quando um projeto/produto/pessoa atinge o objetivo ou a meta.
• Efetividade: é a capacidade de fazer uma coisa (eficácia) da melhor maneira possível
(eficiência).
Portanto, a eficiência e eficácia, em termos amplos, só surtirão efeitos se aplicadas no âmbito
de todas as áreas da organização. Considerando que a gestão do capital intelectual da orga-
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nização (recursos humanos) cabe à área de Gestão de Pessoas, essa assume um papel vital
no contexto desse objetivo.
Certo.
A área de GP considera que as pessoas passam boa parte de suas vidas trabalhando dentro de
organizações. Na verdade, cada uma das partes depende da outra. Ou seja, temos uma relação
de mútua dependência na qual há benefícios e esforços recíprocos, direitos e obrigações das
partes envolvidas, permitindo o alcance dos objetivos organizacionais e individuais.
Certo.
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Muito cuidado! A questão, à primeira vista, menciona o termo “eficiência”. E, como sabemos,
a eficiência é a dimensão do desempenho expressa pela relação do processo envolvido, seu
meio. Assim, refere-se aos custos envolvidos.
No entanto, eficiência não é simplesmente reduzir custos, mas sim a melhor relação entre
esses custos e o que se quer produzir. Eficiência é quando algo é realizado da melhor maneira
possível, ou seja, com menos desperdício ou em menor tempo – método ou modo certo de
fazer as coisas. Note que, no caso da questão, o que me garante que a redução de custos vai
manter a minha organização eficiente? Logo, afirmação incorreta!
Errado.
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Claro! A gestão de Pessoas envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do
trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade.
Certo.
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A nova abordagem acerca de gestão de pessoas superou o conceito de pessoas como sim-
ples recursos organizacionais, de modo que os colaboradores passaram a ser concebidos
como seres dotados de inteligência, personalidade, competências, aspirações e percepções
singulares.
Não se esqueça dos cinco aspectos fundamentais em que a moderna Gestão de Pessoas
se baseia:
(1)As pessoas como seres humanos, dotados de personalidade, conhecimentos, habilidades
e competências;
(2)As pessoas como ativadores de recursos organizacionais;
(3)As pessoas como parceiros da organização;
(4)As pessoas como talentos fornecedores de competências; e
(5)As pessoas como o capital humano da organização.
Certo.
De fato, a GP enxerga as pessoas como fonte de impulso próprio que dinamiza a organização,
proporcionando constante renovação e competitividade. Por fim, um dos propósitos centrais
do sistema de GP, além, é claro, dos objetivos organizacionais, é dar assistência aos funcioná-
rios na consecução de suas metas individuais.
Certo.
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É o modelo político, e não o modelo estratégico, que possui um trato coletivista nas relações
de trabalho com os funcionários; daí a visão unitarista de que indivíduos e organizações com-
partilham os mesmos interesses e as mesmas finalidades.
Sintetizando as três últimas questões apresentadas, temos:
• Modelo instrumental (funcionalista): ênfase no resultado, dimensão técnica (descrição
de cargos, recrutamento, seleção, qualificação, avaliação de desempenho).
• Modelo político: ênfase na solução negociada de conflitos de interesses por meio da
participação (definição de políticas e práticas de gestão de pessoas contingenciais, mu-
táveis).
• Modelo estratégico: ênfase no alinhamento entre objetivos organizacionais e políticas e
práticas de gestão de pessoas (a atuação na área de gestão de pessoas é ampla, envol-
vendo todos os processos organizacionais).
Errado.
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Para que objetivos pessoais e organizacionais sejam atingidos, faz-se necessária a existência
de interdependência entre pessoas diferentes e com experiências de vida diferentes. Essa in-
terdependência é facilitada pela existência de confiança.
Certo.
Na abordagem hegemônica normativa, o homem disputa seus próprios projetos, sentidos, de-
sejos, nos espaços públicos constituídos para tanto. Aqui homem seria aquele trabalhador ide-
al, um ator que pensa, formula e joga nos espaços que os dirigentes definem, sempre dentro
de uma moldura definida pelos objetivos organizacionais.
Já a abordagem funcionalista define rígidas atribuições, papéis e perfis ideais. Nessa visão,
não há atores, há papéis: o homem reduzido a um dos recursos necessários para o sistema
funcionar.
Certo.
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É correto afirmar que algumas das novas características da GP são: concentração na função de RH
(apoio da área – staff), especialização das funções (gerenciamento de pessoas), preservação da
cultura organizacional (inovação e mudança cultural), ênfase nos meios e procedimentos (ênfase
nos objetivos e resultados), e busca da eficiência interna (busca da eficácia organizacional).
A afirmação, na verdade, enumerou características do RH “de antes”, e não o RH “atual”.
Errado.
Quanta insistência, não é mesmo? É claro que o item listou premissas da visão moderna, e não
tradicional!
No tocante às pessoas, é na a visão moderna, e não na tradicional, que essas são vistas como
parceiras da organização que tomam decisões a respeito de suas atividades, cumprem metas
e alcançam resultados previamente negociados.
Errado.
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Uma das principais expectativas da gestão de pessoas nas organizações modernas é garantir
que o trabalho a ser realizado seja simples e as pessoas, bem gerenciadas, para que os objeti-
vos sejam alcançados.
É isso aí: a gestão estratégica de pessoas diz respeito ao direcionamento dessa área às priori-
dades estratégicas da organização; ou seja, deve haver coerência das práticas adotadas pela
área com os objetivos estratégicos da organização.
Certo.
A atuação da área de gestão de pessoas não se limita a atuar na atração e retenção de talentos,
ou em sua formação e desenvolvimento, buscando melhorar o desempenho da organização.
O administrador de pessoas deve ser capaz de conduzir indivíduos e equipes por meio da or-
ganização do trabalho e da construção de relações e ambientes adequados, equilibrando as
necessidades das pessoas com as da organização.
Quando o item se refere à expressão “níveis distintos de poder dentro e fora da organização”, a
primeira impressão é de que essa afirmação não se aplica a gestão de pessoas. Comumente,
o espaço de atuação da gestão de pessoas é intimamente ligado ao aspecto interno da orga-
nização. No entanto, a abrangência e seu alcance no que toca à sua atuação vai além desse
ambiente. As necessidades das pessoas estão concentradas em questões geralmente extra-
organização.
Certo.
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Para a Teoria das Relações Humanas, as pessoas são motivadas pela necessidade de reco-
nhecimento, de aprovação social e participação nas atividades. Assim, vigora na teoria das
Relações Humanas o conceito de homem social.
Foi no contexto dessa teoria que Douglas McGregor desenvolveu a teoria da motivação X e
Y, afirmando que a Administração deve criar condições tais que os membros da organização
possam melhor alcançar seus próprios objetivos, dirigindo seus esforços para os objetivos da
organização.
Observe a justificativa da banca para o gabarito: “Trata-se, no item, tanto da influência da escola
das relações humanas na concepção das tarefas quanto do principal objetivo da gestão de pes-
soas nas organizações. Doutrina majoritária.”.
Certo.
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Vimos que a Gestão de Pessoas é a área da ciência da Administração que envolve todas as
ações que têm como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o au-
mento de sua produtividade.
E aí, você acha que “atender interesses de (...) sindicatos e associações de classe e órgãos ex-
ternos de controle” está no objetivo tópico da GP? Certamente que não!
Errado.
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Analisemos as alternativas.
a) De acordo com o modelo estratégico, a missão, a visão, os valores, os objetivos, as metas e os
processos de trabalho são elementos norteadores das políticas e práticas de gestão de pessoas.
Correta. A questão tem sua essência no alinhamento entre o planejamento estratégico orga-
nizacional e o planejamento estratégico de gestão de pessoas. Considerando que uma orga-
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nização é feita de pessoas, torna-se aspecto essencial que a estratégia organizacional esteja
atrelada à função de Gestão de Pessoas, não no sentido de dependência, mas de alinhamento,
pois a estratégia organizacional é mais abrangente que o planejamento estratégico de GP.
Relembremos o esquema:
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Traduzindo a afirmação, o item diz que a estratégia de pessoas deve estar alinhada à estraté-
gia organizacional, que é claro, considera aspectos internos da organização (políticas, práticas,
estratégias e estrutura) e aspectos externos, ou seja, o ambiente institucional, político, cultural
e econômico.
Assim, a gestão estratégica de pessoas trata do alinhamento do conjunto de conhecimentos,
habilidades e atitudes das pessoas com a missão, visão, objetivos estratégicos, estratégias
e planos da organização, proporcionando aumento da vantagem competitiva organizacional.
Certo.
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Mas, professor, não vi essa temática na teoria apresentada! Calma... a questão é mais raciocí-
nio lógico que Administração. Note que o enunciado destaca “tendências relativas ao futuro da
gestão de pessoas nas organizações”, mas ainda assim você poderia resolver a questão com
um olhar mais lógico. Observe:
A letra A diz que um setor irá retrair, mas que exigirá mais contratação; ora, se o setor decresce,
logo as contratações diminuem, e não aumentam.
A letra B é semelhante: setor retraindo e exigindo mais contratação; logo, incorreta.
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A letra C também está incorreta. Setor que se expande, exigindo mais contratações; ora, essas
contratações devem exigir maior capacitação técnica, e não menor capacitação técnica!
A letra D está correta: setor que se expande, exigindo mais contratações e com maior capaci-
tação técnica. Tudo certinho!
A letra E está incorreta: setor que se expande exige mais contratações com maior capacidade
técnica, e não menor capacidade técnica.
Para ciência:
• O setor primário está relacionado à produção por meio da exploração de recursos da
natureza. São exemplos as atividades de agricultura, mineração, pesca, pecuária, extra-
tivismo vegetal etc. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de
transformação.
• O setor secundário é setor que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor
primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos in-
dustrializados, eletrônicos, casas etc.).
• O setor terciário é o setor econômico relacionado aos serviços.
Letra d.
Vimos que o planejamento estratégico de gestão de pessoas deve ser parte integrante do pla-
nejamento estratégico da organização.
Ora, nesse sentido, temos que o planejamento estratégico de gestão de pessoas refere-se à
maneira como a função de gestão de pessoas pode contribuir para o alcance dos objetivos
organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos individuais.
Certo.
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Adriel Sá
Nada disso. Quanto mais avança, mais a GP considera as pessoas como portadoras de co-
nhecimento, inovadoras etc., e não um simples recurso sujeito a regras (visão clássica, inicial)!
Errado.
Conciliação gera conflitos e reduz produtividade? Não, mesmo! A conciliação reduz o conflito e
aumenta a produtividade! Aliás, esse é o papel da área de GP.
O ponto de partida para o sucesso organizacional é levar em conta as pessoas, uma vez que
essas passam a maior parte de seu tempo vivendo ou trabalhando dentro das organizações.
O contexto da gestão de pessoas é formado por pessoas e organizações. Como afirma Idal-
berto Chiavenato47, cada uma das partes depende da outra, formando uma relação de mútua
dependência, na qual há benefícios e esforços recíprocos, ou seja, direitos e obrigações das
partes envolvidas.
47
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
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Assim, se os seres humanos são a chave do sucesso ou do fracasso das estratégias inovado-
ras de uma organização, não há como separar o trabalho das pessoas, diante do impacto que
o trabalho nelas provoca.
Por outro lado, as organizações também necessitam das pessoas para atingirem seus objeti-
vos; as pessoas dão suporte à execução dos processos organizacionais. Quando uma pessoa
resolve deixar a organização, ela leva consigo os recursos organizacionais mais importantes
que podem existir: inteligência, experiência, conhecimento, inspiração e criatividade.
Errado.
Quando as primeiras teorias da administração surgiram, a produção industrial era muito simples
sob o aspecto da diversidade de produtos e a padronização atendia plenamente a demanda.
Com o surgimento de novas tecnologias e o desenvolvimento industrial, o mercado foi apre-
sentando novas demandas de consumo e os produtos padronizados não mais atendiam às
necessidades dos clientes.
A produção foi ficando mais sofisticada e o modelo de divisão do trabalho em tarefas elemen-
tares e a especialização dos funcionários na execução dessas tarefas não cabia mais.
Assim, era necessário adotar uma postura mais estratégica, menos voltada para a produção e
o cargo, e mais focada no indivíduo, que deixou de ser tratado como simples mão-de-obra para
ser tratado como capital humano, possuidor de conhecimentos e que está presente em todos
os setores da organização.
Portanto, diante das novas demandas do mercado, as organizações vislumbraram a neces-
sidade de tornar o trabalho mais flexível, adotando uma gestão de pessoas mais estratégica,
criando equipes multidisciplinares e estimulando nos seus funcionários a vontade de cada vez
maior de adquirir e agregar novos conhecimentos, mantê-los e, principalmente, saber como
utilizá-los em prol do alcance dos resultados pretendidos pela organização, tornando-a mais
competitiva no mercado em que atua.
Essa transformação é a prova da mudança na organização do trabalho. Em lugar de emprega-
dos que realizam atividades por meio de descrições minuciosas de suas tarefas, a nova lógica
requer indivíduos atuando segundo parâmetros elásticos ao realizar suas atividades48.
Certo.
48
SOUZA, M. Z. de A. Gestão de Pessoas: uma vantagem competitiva? Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016.
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Quando se fala em mudança organizacional, é comum que haja resistência dos membros da
organização, já que esse processo implica numa mudança de cultura organizacional.
Vimos que toda mudança tende a tirar o indivíduo da zona de conforto e o medo do desconhe-
cido é inerente ao comportamento humano, até mesmo pelo instinto de sobrevivência.
Por isso, é necessário que o processo de mudança seja iniciado por meio de uma comunica-
ção clara e objetiva, informando acerca das razões pelas quais a mudança se faz necessária e
sensibilizando os indivíduos sobre o papel de cada um e a sua importância para que a mudan-
ça ocorra da forma menos traumática possível.
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O direcionamento das ações de gestão de pessoas deve visar resultados nos níveis individu-
al (desempenho, satisfação no trabalho e aprendizado), organizacional (eficiência, coesão e
adaptação) e social (desenvolvimento do capital humano e aumento dos níveis de produtivida-
de da mão de obra e da qualidade de vida das pessoas).
A aprendizagem organizacional pode ser definida como a aquisição de conhecimentos, ha-
bilidades, valores, convicções e atitudes, a partir de experiências ou treinamento formal que
possam ou não produzir mudanças de comportamento.
Certo.
Como vimos, o tema da diversidade é uma questão de ação no sentindo de se tentar, institucio-
nalmente, reverter as desigualdades entre as pessoas. Para que isso ocorra de forma eficiente
dentro das organizações, os gestores procuram diversificar a “demografia organizacional”, ou
seja, o estudo que investiga a representação desproporcional de alguns grupos sobre outros
que podem influenciar os processos organizacionais.
Sobre a letra A, desde quando a área de GP busca influenciar o mercado externo? Apenas para
fins de conhecimento, a modelo low cost funciona oferecendo produtos ou serviços de baixo
custo (ou preços baixos) sem recursos não essenciais.
Sobre a letra C, a responsabilidade social é algo que a área de GP enfatiza e busca maximizar.
Aliás, é um de seus paradigmas modernos.
Sobre a letra D, será que a área de GP busca o aumento das horas de trabalho de forma gene-
ralizada, a fim de prejudicar a saúde e o bem-estar do capital humano? Claro que não!
Sobre a letra E, setor de serviços não se relaciona com menor nível de qualificação no merca-
do. Enfim, nada a ver!
Letra b.
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Atualmente, a área de recursos humanos é considerada uma das mais estratégicas, pois a or-
ganização depende dos indivíduos para existir e alcançar os seus objetivos.
No entanto, a gestão das pessoas não é exclusividade desta área, porque gestão estratégica
pressupõe integração e envolvimento da organização como um todo.
Errado.
A expressão “gestão estratégica de pessoas” nada mais é que a visão atual do papel dessa
área nas atividades da organização. Assim, a gestão estratégica de pessoas trata do alinha-
mento do conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas com a missão, vi-
são, objetivos estratégicos, estratégias e planos da organização, proporcionando aumento da
vantagem competitiva organizacional.
Para essa atuação estratégica, faz-se necessário planejar! O conceito de planejamento estra-
tégico de gestão de pessoas envolve o processo de decisão a respeito dos recursos humanos
necessários para atingir os objetivos organizacionais, dentro de um determinado período de
tempo. Esse planejamento trata da definição, com antecipação, de qual a força de trabalho e
os talentos humanos são necessários para a realização da ação organizacional futura.
Certo.
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Atrair, desenvolver e reter talentos é hoje um enorme desafio para as empresas. Chiavenato
(2014)50 cita que a tarefa de manter e reter talentos em uma organização envolve um conjun-
to de fatores como estilos de gestão, relações entre os funcionários, políticas empresariais,
programas de desenvolvimento de carreiras, saúde e segurança no trabalho, engajamento nas
atividades, entre outros fatores que vão muito além, apenas, da remuneração.
Certo.
49
FISCHER, A. L. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (org.). As pessoas
na organização. São Paulo: Editora Gente, 2002.
50
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Barueri: Manole, 2014.
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GESTÃO DE PESSOAS
Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
Carreiras, transferências e sucessões são atividades que envolvem pessoas. Logo, atividades
típicas da área de Gestão de Pessoas!
Tudo que de alguma forma interfere nas relações organizacionais pode ser considerado como
um componente do modelo de gestão de pessoas. A importância da gestão de pessoas como
uma função organizacional justifica-se pelo fato de proporcionar a conciliação das expectati-
vas entre a organização e as pessoas e, posteriormente, a concretização dessas expectativas.
Certo.
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Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
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CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações 4. ed. São Paulo:
Manole, 2014.
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Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
De acordo com Chiavenato (2014)52, a organização tem a responsabilidade social com todas
as partes interessadas (stakeholders). Alguns deles são externos, como clientes e consumido-
res, fornecedores, agências reguladoras, sindicatos, comunidade e sociedade. Outros são in-
ternos, como os administradores e os colaboradores. O importante é atender às expectativas
e retornos dos investimentos de todos eles de uma maneira equilibrada e balanceada.
Certo.
Atrair pessoas faz parte do processo de agregar pessoa (“atrair” envolve o recrutamento em
si). O processo de desenvolver pessoas é utilizado para capacitar e incrementar o desenvol-
vimento profissional e pessoal das pessoas na organização. Já o processo de manter (reter)
pessoas é utilizado para criar condições ambientais e psicológicas satisfatórias para as ativi-
dades das pessoas na organização.
Certo.
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CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações 4. ed. São Paulo: Manole, 2014.
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Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
Segundo Chiavenato (2014)53, os processos de manter pessoas são utilizados para criar con-
dições ambientais e psicológicas satisfatórias para as atividades das pessoas. Incluem admi-
nistração da cultura organizacional, clima, disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e
manutenção de relações sindicais.
As demais alternativas estão incorretas, pois se referem-se aos demais processos de GP.
a) agregar pessoas
Processos de agregar pessoas: utilizados para incluir novas pessoas na empresa. Podem ser
denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e
seleção de pessoas.
b) recompensar pessoas
Processos de recompensar pessoas: utilizados para incentivar as pessoas e satisfazer suas
necessidades individuais mais elevadas. Incluem recompensas, remuneração e benefícios, e
serviços sociais.
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Manole, 2014.
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Introdução à Gestão de Pessoas
Adriel Sá
c) desenvolver pessoas
Processos de desenvolver pessoas: utilizados para capacitar e incrementar o desenvolvimento
profissional e pessoal das pessoas. Envolvem treinamento e desenvolvimento das pessoas,
gestão do conhecimento e gestão de competências, aprendizagem corporativa, programas de
mudanças e desenvolvimento de carreiras e programas de comunicações e consonância.
e) monitorar pessoas
Processos de monitorar pessoas: utilizados para acompanhar e controlar as atividades das
pessoas e verificar resultados. Incluem banco de dados e sistemas de informações gerenciais.
Letra d.
O Departamento de Recursos Humanos (DRH) tem a função de cuidar das pessoas como sen-
do o maior bem da empresa, e não apenas uma fonte de recursos. O DRH atua no recrutamento
e seleção de pessoal e no treinamento e capacitação dos colaboradores para desempenharem
suas funções atuais e futuras. A responsabilidade desse departamento é de profissionais da
área de Administração e Psicologia.
Certo.
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Adriel Sá
GABARITO
1. C 37. E
2. E 38. E
3. E 39. a
4. E 40. C
5. C 41. E
6. E 42. C
7. C 43. d
8. C 44. C
9. C 45. E
10. C 46. E
11. E 47. E
12. C 48. C
13. C 49. E
14. E 50. C
15. C 51. C
16. C 52. b
17. C 53. d
18. E 54. C
19. C 55. E
20. C 56. C
21. C 57. E
22. E 58. C
23. C 59. E
24. C 60. C
25. C 61. E
26. C 62. C
27. E 63. C
28. E 64. E
29. E 65. C
30. E 66. C
31. C 67. C
32. C 68. d
33. C 69. C
34. E 70. C
35. E 71. E
36. C
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Adriel Sá
Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos
presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.
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