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SBPV – Panorama do Mundo

Aluno: Willian Azevedo Vita


Turma: TM2

Tarefa: Fazer a leitura de um artigo que trate da temática 'religião e o homem' e escrever
uma sinopse, ou resumo a respeito da matéria lida.

A matéria escolhida para esta tarefa está na revista Ultimato, ano LV, nº 397. É um
artigo muito interessante de Bráulia Ribeiro sobre a religiosidade brasileira e a bizarra
perspectiva equivocada da transcendência de Deus. O título “a transcendência e a
minha fé” chama a atenção para a nossa convivência com o sagrado no Brasil ser
transacional, ou seja, marcada pela necessidade de resposta imediata às crises
apresentadas pelas eventualidades da vida.

Tendo trabalhado como missionária na Amazônia durante trinta anos e no


Pacífico Sul por seis anos, além de suas credenciais acadêmicas como MDiv pela
Universidade de Yale (EUA) e doutoranda em história e teologia política na
Universidade de St. Andrews (Escócia), a colunista faz análises categóricas e críticas
certeiras:

“A religiosidade brasileira nasce marcada pelo que é prático, pelo que é acessível,
pelo que nos aliviava a dor e o peso da existência, mas que por ser ancorado no
hoje não nos elevava o espírito ao sublime. [...] Deus não é o coach das minhas
ambições privadas. A minha felicidade pessoal não é superior ao código moral
divino. Deus não vai passar por cima da moral que ele mesmo ditou para ‘me fazer
feliz’. Deus não tem compromisso com meu pecado, meus ressentimentos e
frustrações nem minhas ambições mesquinhas. [...] Teremos esperança de sermos
uma nação melhor se recuperarmos a perspectiva correta sobre o tamanho de Deus
e o nosso tamanho.”

Também é mencionado no texto um completo descaso com o Deus que é Alto e


Sublime, assentado sobre um alto e sublime trono, para que haja apenas uma relação
de atendimentos de demanda, como uma espécie de serviço celestial de atendimento
ao cliente:

“Só no Brasil é que encontramos uma ‘devoção’ aos santos que inverte o polo de
poder do santo para o devoto. Para se obter favores, não se fazem aos santos
apenas promessas, mas também ameaças. [...] Nosso sagrado é feio, disforme,
pedestre como as esculturas de Aleijadinho.”

Esta antiga herança de relação com o sagrado se mantém até hoje, onde ainda há
maior engajamento cristão evangélico neopentecostal crescente em nosso país.
Quantos pastores e fiéis “mandando” em Deus, exigindo bênçãos e distorcendo as
Escrituras Sagradas de acordo com seus próprios interesses. Alguns buscando fama
e reconhecimento de homens. De fato, vivemos um momento nebuloso na cristandade
de nosso país, apesar de alguns ainda presarem pelo ensino correto da Palavra de
Deus. Concordo veemente com a colunista Bráulia; o temor do Senhor e a sua
maravilhosa transcendência (que coexiste com sua imanência) precisam voltar a ser
enxergados e vivenciados pelos brasileiros como povo, principalmente os que
professam a fé em Cristo Jesus.

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