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EU FUI SALVO DE QUÊ?

Compreendendo o significado teológico da


salvação

Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo em Casa Amarela


Escola Bíblica Dominical
Pastores: Pr. João Alves e Pr. Sílvio de Almeida
E o que dizer da Igreja atual? Será que os
evangélicos de hoje têm um entendimento mais
profundo do evangelho, do que significa ser
salvo? Lamentavelmente, parece haver pouco
entendimento mesmo entre os que são mais
ativos nos círculos evangélicos (SPROUL, 2006,
p. 16).

Não há entre eles nenhuma convicção a respeito


a pessoa de Cristo e da apropriação individual
Lc 12. 47-48 dessa obra por meio da fé (SPROUL, 2006, p.16
– adaptado)
Do alto do púlpito, diante de cerca de 7 mil fiéis com as cabeças cobertas por um pequeno
pano avermelhado, um homem vestindo uma roupa que imita estopa aponta o dedo para um
rapaz da plateia: “Você é homossexual?”, diz ao microfone. Ao ouvir uma resposta afirmativa,
continua: “E você quer sair do homossexualismo?”. O interlocutor diz que sim, e é convidado
a subir no altar. Enquanto uma canção entorpecente embala a cena, o líder espiritual cerra os
dois punhos, ergue os braços e grita: “No milaaaagre de Manassés, Deus apaga da memória
agora todo o passado de sofrimento. No milaaaagre de Manassés, Deus faz a pessoa esquecer
que um dia foi homossexual”. Volta a se dirigir ao rapaz.
– Seu nome?
– Junior.
– Você tinha alguma vida errada no passado?
– Não.
– Pensei que você era gay… Pensei que você morava com um homem…
– Não, Deus me livre.
Você foi salvo...
 De Deus
 Por Deus
 Para Deus

De Deus:
 Dois erros fundamentais nos fazem ficar chocados com a
ideia de que somos salvos de Deus:
 O fato de não compreendermos quem realmente Deus é e
quem nós somos.
 “Temos uma visão muito inferior de Deus e muito superior
da humanidade[...]. Não estamos preocupados com a ira de
Deus porque subestimamos a gravidade do nosso pecado.
Nossa auto-estima é um escudo que protege nossos olhos da
santidade divina” (SPROUL, 2006, p. 28-9).
Quem realmente nós somos
 Rm 3. 10-18
 O pecado de Adão e Eva nos é imputado, de tal forma que já
chegamos a este mundo pecadores (Rm 11.32)
 Sl 51.5
 “Nossas melhores obras não são suficientes para satisfazer o
padrão divino de justiça [...]. Vangloriamo-nos do nosso
desempenho porque o avaliamos em um gráfico,
comparando-nos aos outros. Enquanto houver pessoas que
pareçam mais pecadoras do que nós, elogiaremos nossas
virtudes” (SPROUL, 2006, p. 36-7). – 2 Co 10.12
Quem realmente nós somos em relação a Deus

As três dimensões da natureza do pecado:

DEUS HOMEM
DÍVIDA

INIMIZADE

CRIME/
INJUSTIÇA
 O pecado como dívida.
 “Deus não governa por referendo ou plebiscito. Ele não apresenta dez
sugestões ou recomendações para Israel. Ele dá mandamentos: ‘Farás
isso’ ou ‘Não farás isso’. [...] Se Deus nos impõe obrigações e não somos
capazes de cumpri-las, contraímos uma dívida. Assim, Deus torna-se
credor” (SPROUL, 2006, p. 50).
 O pecado como inimizade
 “Desobedecemos a Deus porque temos uma hostilidade em relação a ele
desde que nascemos. [...] Nossa condição pecaminosa nos faz sentir uma
antipatia natural em relação ao domínio dele sobre nós. Portanto, no que
diz respeito a inimizade, Deus é a parte insultada ou ofendida. Isso não
quer dizer que ele seja nosso inimigo. Somos nós que o desrespeitamos”
(SPROUL, 2006, p. 53).
 O pecado como crime
 O pecado atinge a justiça de Deus que deve ser justo para com toda aquele
que é pecador. Punindo-o por este ferir a sua santidade.
 Resta-nos, portanto:
 Sofonias 1.18
Resta-nos também...

“Deus, concede o que


exiges e exige o que
desejas”

Agostinho de Hipona
“A cruz é tão central no cristianismo que Paulo, usando uma
hipérbole, disse que estava decidido a não pregar nada, a não ser
Cristo, e este, crucificado (1 Co 2.2.)” (SPROUL, 2006, p. 42)

Se eliminarmos (quer seja teoricamente ou praticamente) a


reconciliação com Deus, por meio de Cristo na cruz do calvário, o
que resta a Igreja evangélica brasileira são legalismos institucionais,
cujos não valem a pena convencer ninguém a se entregar.
Salvos por meio de Deus: a cruz de Cristo e
seus benefícios
 Reconciliação
2 Co 5.18-20
 Expiação: Gl 3.13
 Propiciação
 Com os benefícios da expiação e propiciação o que há de mais
gratificante entre Deus e o homem, tomando por base o
conceito da aliança, é conquistado novamente: a benção de
Deus.
 Justificados por Cristo – “Deus concede o que exige”.
 Rm 5.1,2
Salvos para Deus: a adoção e a visão
beatífica
 Adoção – Rm 8.14-18; 1 Jo 3.1-3
 “Hoje em dia, parece que fomos vacinados contra essa
verdade maravilhosa. Estamos imunes à extraordinária
realidade de nossa adoção. Aprendemos há muito tempo que
todos nós somos filhos de Deus. Assimilamos a ideia de que
Deus é nosso Pai por natureza. De maneira alguma! A
Bíblia afirma que, por natureza, somos filhos da ira”
(SPROUL, 2006, p.101).
 Integração a um corpo: 1 Co12.12
 Uma vez integrados ao corpo passamos a ser sacerdotes de
Deus no mundo (1 Pe 2.9).
CONCLUSÃO
Entender todo o processo que envolve a nossa
salvação é de salutar importância para
compreendermos quem Deus é, e quem nós somos.
Noções como a soberania de Deus e a insuficiência
humana, frente aos seus desígnios, são extremamente
necessárias para cultivarmos uma espiritualidade
saudável e agirmos de forma mais bíblica nos serviços
da Igreja: culto, evangelização, aconselhamento, etc.
PERGUNTAS?
Baseado na aula de hoje, mediante todas as
referências bíblicas citadas, o que você
responderia a Deus caso Ele lhe perguntasse o
motivo de lhe deixar entrar no céu?

É correta a frase (com a exclusividade que ela


intenciona): “Deus ama o pecador e aborrece o
pecado”? Por quê?

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