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Apostila para mesa de discipulado - IGREJA CARTAS VIVAS

Projeto para 2023 - Jesus em parábolas

Fundamentos para 1 mesa do ano - Lucas 16:1-3 - "0 Mordomo Infiel"

1 SEMANA - APLICAÇÃO BÍBLICA

O princípio da mordomia :

"Dizia Jesus também aos seus discípulos: Havia certo homem rico, que tinha um
mordomo; e este foi acusado perante ele de estar dissipando os seus bens."
Lucas 16:1

OS QUATRO PRINCÍPIOS DA MORDOMIA BÍBLICA


“Cada faculdade que você tem, seu poder de pensar ou de mover seus membros de momento
a momento, é dada por Deus. Se você dedicou cada momento de sua vida inteira
exclusivamente ao Seu serviço, você não poderia dar a Ele nada que não fosse, de certo
modo, o Seu próprio”.

C. S. Lewis, Cristianismo puro e simples

Gostaria de expor 4 princípios sobre o que é mordomia bíblica. Pois se trata de um dos
fundamentos mais importantes na caminhada cristã.

1. O princípio da propriedade.
O salmista começa o 24º salmo com,

“Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”

No começo de Gênesis, Deus cria tudo e coloca Adão no jardim para lavrá-lo e cuidar dele. É claro
que o homem foi criado para trabalhar e que o trabalho é a mordomia de toda a criação que Deus
lhe deu.

Este é o princípio fundamental da mordomia bíblica. Deus é dono de tudo, somos simplesmente
gerentes ou administradores agindo em seu nome.

Portanto, a mordomia expressa nossa obediência em relação à administração de tudo o que Deus
colocou sob nosso controle, o que abrange tudo. Mordomia é o compromisso do próprio eu e de
minhas posses para com o serviço de Deus, reconhecendo que não temos o direito de controle
sobre nossa propriedade ou sobre nós mesmos.

Ecoando Deuteronômio 8:17, poderíamos dizer: “A minha força e a fortaleza do meu braço me
adquiriu este poder.” Mas Deuteronômio 8:18 nos aconselha a pensar de outra forma:

“Antes te lembrarás do Senhor teu Deus, que Ele é o que te dá força para adquirires poder”.
2. O princípio da responsabilidade.
Ao explicar a responsabilidade, Peel escreve:

Embora Deus nos dê "todas as coisas ricamente para desfrutar", nada é nosso. Nada realmente
nos pertence. Deus é dono de tudo; nós somos responsáveis pela forma como tratamos e o que
fazemos com isso. Enquanto nos queixamos dos nossos direitos aqui na terra, a Bíblia
constantemente pergunta: E quanto às suas responsabilidades? Proprietários têm direitos;
mordomos têm responsabilidades.

Somos chamados como mordomos de Deus para administrar aquilo que pertence a Deus.
Enquanto Deus graciosamente nos confiou o cuidado, o desenvolvimento e o prazer de tudo o que
possui como seus mordomos, somos responsáveis por administrar bem Suas posses e de acordo
com Seus desejos e propósitos.

3. O princípio da prestação de contas.


Um mordomo é aquele que administra as posses do outro. Somos todos mordomos dos recursos,
habilidades e oportunidades que Deus confiou aos nossos cuidados, e um dia cada um de nós será
chamado para prestar contas de como administramos o que o Mestre nos deu.

Esta é a máxima ensinada pela parábola dos talentos. Deus nos confiou autoridade sobre a
criação e não nos é permitido governá-la como bem entendermos. Somos chamados a exercer
nosso domínio sob o olhar atento do Criador, dirigindo Sua criação de acordo com os princípios
que Ele estabeleceu.

Como os servos da Parábola dos Talentos, seremos chamados para prestar contas de como
administramos tudo o que nos foi dado, incluindo nosso tempo, dinheiro, habilidades, informação,
sabedoria, relacionamentos e autoridade.

Todos nós daremos conta ao legítimo proprietário de quão bem nós administramos as coisas que
Ele nos confiou.

4. O princípio da recompensa.
Em Colossenses 3:23-24, Paulo escreve:

“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não como aos homens;
sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.”

A Bíblia nos mostra, nas parábolas do Reino, que mordomos fiéis que fazem a vontade do Mestre
com os recursos do Mestre podem esperar ser recompensados incompletamente nesta vida, mas
totalmente na próxima.

Todos nós devemos desejar ouvir o Mestre dizer o que Ele exclama em Mateus 25:21:

“Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do
teu senhor.”

Como cristãos no século 21, precisamos abraçar essa visão bíblica mais ampla sobre mordomia,
que vai além dos orçamentos da igreja ou dos projetos de construção, embora importantes;
conecta tudo o que fazemos com o que Deus está fazendo no mundo.

Precisamos ser mordomos fiéis de tudo o que Deus nos deu, nas oportunidades apresentadas por
meio de Sua Providência para glorificá-lo, servir ao bem comum e promover Seu Reino.
2 SEMANA - APLICAÇÃO FAMILIAR

A Missão familiar:

“É por meio da família que aprendemos os primeiros valores que nos seguirão por
toda a vida. São as noções de como nos relacionamos em sociedade, a percepção do
mundo em que vivemos e a instrução pelo caminho em que possivelmente
seguiremos. Sagrada, a família é o nosso porto seguro, onde encontramos o apoio
necessário para os momentos de dificuldade e alegria da partilha diária.”

Essa parábola está inserida na compressão da contextualidade e intencionalidade


bíblica, em cada parábola de Jesus. O mordomo infiel do capítulo 16 , está dentro do
contexto de perdas do capítulo 15. Ou seja, dracmas perdidas e filhos perdidos.

A falta de sabedoria de mordomia em algumas das 4 áreas, de alguma maneira será


manifesta nas relações familiares ….Filhos perdidos e Dracmas perdidas são
exemplos desse caso.

Dracmas são filhos perdidos dentro da própria casa …


Filhos pródigos , filhos perdidos no mundo … Ambos são sintomas da falta de
mordomia em algum dos 4 pontos ( propriedade, responsabilidade, prestação de
contas e recompensa ).

Os 3 princípios do discipulado familiar:

Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com
persistência a seus filhos. Converse sobre elas quando estiver sentado em casa,
quando estiver andando pelo caminho, quando se deitar e quando se levantar.

Deuteronômio 6:6-7

1 - Só podemos dar o que temos : ( Ensine que está em seu coração )

2 - Discipular filhos requer perseverança

3 - Relacionamento aberto e direto


3º SEMANA - APLICAÇÃO PESSOAL
“Agora sei o que vou fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me
recebam em suas casas. E chamando a si cada um dos devedores do seu senhor,
perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor? Ele respondeu: Cem cados de
azeite. Disse-lhe então: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta.
Perguntou depois a outro: E tu, quanto deves? Ele respondeu: Cem coros de trigo. E
disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. E louvou aquele senhor ao injusto
mordomo por haver procedido com sagacidade; porque os filhos deste mundo são
mais sagazes para com a sua geração do que os filhos da luz.”
Lucas 16:4-9
“A ação não surge do pensamento, mas de uma disposição para assumir
responsabilidades.”
Dietrich Bonhoeffer

Esses versículos chamam a atenção para dois elementos fundamentais para nossa
mordomia na obra de Cristo. Duas figuras proféticas, que representam a capacitação
de CRISTO em nossas vidas: O Azeite e o Trigo.

O azeite: “Ora o anjo que falava comigo voltou, e me despertou, como um homem que
é despertado do seu sono; e me perguntou: Que vês? Respondi: Olho, e eis um castiçal
todo de ouro, e um vaso de azeite em cima, com sete lâmpadas, e há sete canudos que
se unem às lâmpadas que estão acima dele; e junto a ele há duas oliveiras, uma à
direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.” Zacarias 4.1-3

O azeite é uma figura do Espírito Santo. Por isso, a ordem de manter sempre acesa a
lâmpada no tabernáculo é aplicada no Novo Testamento como se referindo ao
Espírito de Deus, a quem jamais devemos extinguir!

Cada um de nós hoje é o santuário de Deus e também o sacerdote responsável pela


manutenção do candelabro nesse santuário. Temos o Espírito Santo em nós e
devemos mantê-lo aceso, ou seja, SEMPRE OPERANTE.

O trigo: Devemos entender que o trigo é um cereal que serve para fazer pão, pão é
alimento em linguagem Bíblica é a Palavra de Deus e a Palavra de Deus é Jesus; (João
6: 32-35) e (João 6:50-51). Podemos dizer com certeza que trigo na profecia de Joel se
referia a Jesus (João 12: 20-24).

É interessante compreender que o mordomo negocia justamente essas figuras. Fica


claro que quando Ele nos confia algo, Ele nos dá total condições para que a Sua obra
seja realizada.Como diz:
“E aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes
igualmente justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou. Hino de vitória:
Deus é por nós.”
(Romanos 8:30)

Precisamos entender que a Unção do Espírito Santo e a provisão de Cristo ( Palavra,


sustento, autoridade, provisão) nos será concedida para que possamos cumprir com
êxito a missão confiada.

O que esse texto nos ensina, de forma pessoal, é que o mordomo infiel termina sua
obra negociando o que Deus lhe confiou.
Precisamos refletir muito sobre isso, precisamos definir se vamos ser mordomos
sustentado pela unção e a provisão de Deus, ou mordomos que negociam com a obra
que Ele nos confiou.

Responsabilidade pessoal tem em vista acima de qualquer coisa, nos levar a uma
imersão pessoal acerca dos nossos dons, talentos, projetos .. e etc.

Síndrome de Saul - Um mordomo reprovado por agradar o povo


“Sim, eu pequei”, admitiu finalmente Saul. “É verdade que desobedeci às tuas
instruções e às ordens do SENHOR. Tive medo do povo, por isso fiz o que me pediram.
Rogo-te que me perdoes o meu pecado desta vez e que venhas comigo adorar o SE NÃO
.”
1 Samuel 15:24-25

Síndrome de Uzias - Um mordomo reprovado por ser orgulhoso


Entretanto, depois que Uzias se tornou poderoso, o seu orgulho provocou a sua
queda. Ele foi infiel ao Senhor, ao seu Deus, e entrou no templo do Senhor para
queimar incenso no altar de incenso.
2 Crônicas 26:16

Síndrome de Eli - Um sacerdote que não ensinou seus filhos a temerem a Deus
Quando ele mencionou a arca de Deus, Eli caiu da cadeira para trás, ao lado do
portão, quebrou o pescoço, e morreu, pois era velho e pesado. Ele liderou Israel
durante quarenta anos.
1 Samuel 4:18
Fundamentos para 2 mesa do ano - Lucas 14:38-32 - "0 Construtor e o Rei"

1 SEMANA - APLICAÇÃO BÍBLICA

“Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o
preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce
e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem
começou a construir e não foi capaz de terminar’.

“Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se
assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra
ele com vinte mil? Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda
está longe, e pedirá um acordo de paz. Da mesma forma, qualquer de vocês que não
renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo.
Lucas 14:28-33

A Parábola do Construtor da Torre e o Rei Guerreiro é um ensino de Jesus presente


em Lucas 14:28-33. Na verdade não se trata de apenas uma parábola, mas duas
parábolas, porém ambas estão intimamente ligadas de modo que uma complementa a
outra.

Jesus contou essa parábola durante sua viagem da Galileia para Jerusalém. Nessa
ocasião Jesus estava acompanhado de uma grande multidão (Lc 14:25). Na verdade, a
grande maioria dessas pessoas tinha uma concepção completamente errada acerca de
Jesus.
Elas estavam seguindo o Senhor pois o identificavam como um governante terreno, e
achavam que, quando chegasse a Jerusalém, Ele iria estabelecer seu reino e
finalmente exaltar a nação.

No entanto, essa viagem de Jesus a Jerusalém tinha um propósito completamente


contrário ao que o povo pensava. Em Jerusalém Jesus seria traído, preso, torturado,
julgado e executado no Calvário.

Então, num determinado momento, Jesus falou sobre o custo do discipulado, e


utilizou essas duas parábolas para poder exemplificar seu importante ensino.

Princípios de um discípulo de Cristo:

● 1 Amor
Deus é amor (João 1:4) e derramou seu amor em nossos corações, por meio do
Espírito Santo que ele nos concedeu (Romanos 5:5).

Em 1 Coríntios 13, Paulo escreveu sobre a natureza transformadora do amor e como


ele é maior do que dons espirituais como fé e esperança.

Assim, o amor é central para o Cristianismo. Qualquer discípulo de Jesus deve ser
motivado em sua vida pelo amor de Deus em tudo o que ele ou ela fizer. E sob esta
luz, que outras pessoas reconheçam o coração e os motivos desse discípulo..
#2 Humildade

Humildade significa não possuir e nem demonstrar vaidade em relação a si mesmo e


às suas próprias conquistas. De acordo com a Bíblia, humildade é agir de forma
decente e pura, sem motivação pecaminosa.

Nesse ponto de vista, ser arrogante não ajuda a modelar ou demonstrar os interesses
e amor de Cristo. Na realidade, este traço de personalidade está em conflito direto
com o discipulado de Cristo.

Inclusive, em Provérbios 16:5 diz que os orgulhosos de coração são uma abominação
para o Senhor.

#3 Motivação

Para um cristão, Jesus Cristo é o motivo de todo nosso trabalho, mas sabemos que,
nesta vida, muitas vezes fraquejamos e perdemos o foco em nossa movimentação.

Nessa perspectiva, bons discípulos de Cristo são aqueles que estão constantemente
lembrando de como viver o propósito de Deus e de onde Deus os tirou.

#4 Correção

Corrigir erros e falhas faz parte da vida de todo os cristão. Ser corrigido nem sempre
é fácil, mas é essencial se queremos andar no caminho certo. Por vezes, podemos
sentir que quem nos corrige está nos prejudicando, mas sabemos que Deus tem o
melhor para nós e corrige aqueles que Ele ama.

Muitas passagens nas Escrituras falam desse princípio, como em 2 Timóteo 3:16-17,
para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra.

Em Tiago 5:19-20, de igual forma, quem converte um pecador do erro do seu caminho
salvará a vida dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam perdoados.

Se você está se questionando como e em qual área todo discipulo deve ser tratado.
Seguem algumas áreas para tratar e ser tratado por Deus:

1. Na Compreensão do seu temperamento;


2. A respeito de suas preocupações;
3. No desenvolvimento dos seus dons;
4. Na construção de seus sonhos;
5. E no ajuste de suas falhas.

#5 Integridade

A integridade é a qualidade de quem não se deixa corromper e que age com


honestidade. A integridade envolve tanto ações quanto palavras e os verdadeiros
cristãos praticam e valorizam esse princípio.
Inclusive, a Bíblia menciona vários personagens que foram íntegros: Abel, Noé,
Hananias, Jó, José e outros, mas o maior exemplo de integridade na Bíblia é o Senhor
Jesus Cristo. Ele foi pleno, justo e autêntico em todo o seu viver. (Lc. 23:47)

Assim, todos que buscam honrar a Deus, vivendo à semelhança de Cristo, deverão
desenvolver essa virtude em sua vida prática.

Em Colossenses 3:23 fica claro: “Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como
para o Senhor, e não para os homens.”

#6 Obediência à vontade de Deus

Há muitos cristãos buscando sucesso, reconhecimento, fama e riqueza, mas um bom


discípulo busca ao Senhor e entrega seu caminho a Ele, que estabelece os próximos
passos.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua
mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e
perfeita vontade de Deus.” – Romanos 12:2

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