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SEMANA

EM FOCO

Principais des taques do Bras il


e do mundo

Elaborado pela Mesa de Renda Variável


da XP Inc.

08 A B R / 2 0 2 3

[ CLASSIFICAÇÃO: PÚBLICA ]
MESA DE RV
Renda Variável 08 Abr

DJIA S&P 500 Nasdaq 100 Stoxx Europe 600


33.485 USD 4.105 USD 13.063 USD 459 EUR
+0,63% -0,10% -0,90% +0,24%

FTSE 100 Ibovespa Nikkei 225 Shanghai CSI 300


7.742 USD 100.822 BRL 27.154 USD 3.842 USD
+1,44% -1,04% -3,17% +0,99%

A semana encurtada pelo feriado da Páscoa terminou com os

NEWS
mercados internacionais operando sem direção definida, repercutindo
dados mais fracos de emprego na economia americana. Durante as
sessões, o petróleo voltou ao radar dos investidores após a Opep+
anunciar o corte na produção do bloco em mais de 1 milhão de barris
por dia, o que alimentou o receio de pressão adicional sobre a inflação
mundial. No entanto, as sessões seguintes foram marcadas por forte
Olhar de Mercado – Abril volatilidade nos dois lados do atlântico, frente à divulgação de dados
que mostraram uma desaceleração na economia americana,
2023 reforçando os temores de recessão no país.
Fique por dentro dos principais
O anuncio de corte na oferta de petróleo corroborou para uma alta expressiva do Brent na
acontecimentos do mercado e os semana e impulsionando os avanços dos ativos energéticos.
impactos nos investimentos.
160,0
140,0
120,0
100,0
Economia em Destaque: 80,0
Governo busca 60,0
40,0
arrecadação 20,0
Seu resumo semanal de economia no
0,0
Brasil e no mundo
abr-20 out-20 abr-21 out-21 abr-22 out-22 abr-23

Brent

Nos EUA, as atenções foram voltadas para uma agenda de importantes indicadores macro, que se iniciou pela divulgação
dos PMIs Industriais e de Serviços, ambos registrando queda abaixo do esperado pelo mercado. Dado a queda nos
indicadores, o mercado viu espaço para mudanças nas projeções da trajetória de política monetária do Federal Reserve, onde
a aposta de manutenção dos Fed Funds, na faixa de 4,75% a 5,00%, se manteve majoritária nos meses de maio e junho, mas
já precificando um corte nos juros em julho. O enfraquecimento nos dados econômicos e a perspectiva de uma política
monetária mais branda pelo BC americano corroboraram para o recuo dos rendimentos dos Treasuries, com destaque para o
de 10 anos próximo a mínima de 6 meses. Ainda na agenda de indicadores, o feriado da última sexta-feira (07) foi marcado
pela divulgação do payroll que deve repercutir no desempenho dos ativos na próxima segunda-feira (10), com o fechamento
dos mercados em função do feriado. No mês de março, o relatório informou a criação de 236 mil empregos, resultado abaixo
das expectativas do mercado que aguardavam a geração de 240 mil vagas. Os dados publicados reforçam a percepção que o
mercado de trabalho americano continua aquecido, mas corrobora para o lembrete de que levará algum tempo até que seja
possível avaliar o impacto do estresse do setor bancário, após colapso do SVB, sobre a economia. Com a diminuição de
empregos em março, a percepção de que o Fed possa justificar um novo aumento de juros em maio é reforçada, onde as
autoridades de política monetária sugeriram que queriam vê-lo para evitar um aperto monetário adicional, o que apoiaria o
cenário de um aumento de 25 bps na próxima reunião. Por fim, apesar dos índices em NY não terem refletido ainda os dados
de emprego do payroll, a semana se encerra com os mercados ansiosos em relação aos rumos da economia americana, após
os dados divulgados reforçarem que esteja em curso uma recessão decorrente do forte ajuste monetário do Federal Reserve.

No continente europeu, a semana encerrou com os mercados acionários em alta, destoando dos pares americanos. A
semana sem grandes movimentações no radar teve como principal destaque os dados de produção industrial da Alemanha,
registrando alta mensal de 2% em fevereiro, surpreendendo o mercado que aguardava estabilidade no período. A recuperação
da indústria alemã no primeiro bimestre sugere que a maior economia europeia provavelmente evitou uma recessão técnica
durante o inverno. O alívio na Alemanha ajuda a desviar a atenção de investidores europeus de indicadores fracos do
mercado de trabalho e de serviços nos EUA, que reforçaram temores de uma possível recessão da economia americana. A
semana abreviada pelo feriado teve como fator principal a ausência de notícias dos bancos europeus frente as recentes
crises na zona do euro, impulsionadas por Credit Suisse e Deutsch Bank. Em meio a indicadores positivos, a percepção do
mercado é que os dados encorajam o BCE a continuar a elevar os juros nas próximas reuniões de maio e junho. Por fim, as
falas de dirigentes do BCE voltaram ao radar dos investidores, afirmando que a decisão de juros de maio depende de fatores
ligados à inflação, sem se comprometer anteriormente com o desfecho da reunião. O aperto monetário tende a ser negativo
para os mercados acionários, que seguem em compasso de espera frente a condução dos juros europeus.

Por fim, as commodities voltaram a ser destaque nos mercados, após o anúncio de corte na produção pela Opep+,
corroborando para a alta de 7% do Brent na semana. Em comunicado divulgado após reunião ministerial, a Opep confirmou
na última segunda-feira (03) que alguns de seus integrantes reduzirão sua oferta em 1,16 milhão de bpd a partir de maio e até
o fim de 2023. Apenas a Arábia Saudita responderá por um corte de 500 mil bpd. Ainda no comunicado, a Opep diz que a
decisão é uma medida preventiva com o objetivo de sustentar a estabilidade do mercado de petróleo. Os resultados
corroboraram para a alta dos indicadores da commodity na semana, impulsionando também os ativos ligados ao setor de
energia nos mercados internacionais. Para a próxima semana, investidores aguardam dados de confiança e varejo na zona
do euro, na terça-feira (11), junto à espera de maior visibilidade da condução dos juros americanos, através da Ata da reunião
do FOMC na quarta-feira (12).
O payroll de março registrou a criação de 236 mil novas vagas, abaixo do Os rendimentos dos Treasuries operaram em queda na semana, refletindo
consenso que aguardava a geração de 240 mil vagas. Os dados devem dados mais fracos de emprego e o aumento da possibilidade de recessão nos
refletir no desempenho dos mercados na próxima semana. EUA.

6,00

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abr-18 abr-19 abr-20 abr-21 abr-22 abr-23
2 anos 5 anos 10 anos

[ CLASSIFICAÇÃO: PÚBLICA ]
MESA DE RV
Renda Variável 08 Abr

EWZ EEM US 10yr Dollar Index Spot


27 USD 39 USD 3,31 % 102 EUR
-1,06% -0,18% -162,6 bps -0,67%

Dólar / Real BZ CDS 5Yr Minério de ferro Petróleo - Brent


5,06 BRL 233 PTS 121 USD 86 USD
-0,11% +2,00% -5,10% +7,54%

A semana seguinte a apresentação do Arcabouço Fiscal proposto pelo governo Lula trouxe uma semana de
queda para o principal índice local, com o Ibovespa apresentando desvalorização de 1,04% aos 100.822 pontos.
No câmbio, a moeda apresentou performance levemente positiva em relação ao dólar enquanto nos juros, o
movimento foi de fechamento da curva de juros em meio as perspectivas fiscais melhores para os próximos
quatro anos do mandato do governo atual.

No começo da semana tivemos a divulgação do relatório Focus, com o boletim mostrando uma deterioração nas
expectativas de inflação para o ano corrente, com o IPCA saindo de 5,93% para 5,96%. Contudo, para os anos de
2024, 2025 e 2026 as expectativas se mantiveram estáveis em relação ao último boletim, o que pode ser visto
com viés positivo após várias semanas indicando uma deterioração nas expectativas. O PIB sofreu uma revisão
levemente altista nas projeções para os próximos 3 anos, acompanhando uma melhora da percepção para a
economia brasileira. Ainda no contexto econômico, tivemos a divulgação do IPC, inflação medida pela FIPE no
mês de março que mostrou uma variação de 0,39% no período, abaixo das expectativas de inflação que
indicavam uma oscilação de 0,47% para o indicador.

Ao longo da semana, o destaque ficou com a cena política mais uma vez, com os investidores avaliando as
medidas que governo irá adotar para conseguir chegar no superávit primário anunciado na semanada passada
como meta para o novo arcabouço fiscal. Dentre as propostas apresentadas, o ministro da fazenda, Fernando
Haddad (PT) deu grande destaque para a eliminação das subvenções para custeio de grandes empresas que
geram superlucros. De acordo com o ministro, cerca de 400 a 500 empresas possuem lucros bilionários no Brasil
e recebem subvenções para investimentos, o que na visão dele acaba sendo contraditório. Além dessa medida o
ministro avalia taxar as empresas que atuam no mercado de apostas online, assim como as importações de
pequenos valores, alvo principal das empresas de e-commerce chinesas. Essas medidas somadas com uma
possível tributação de fundos exclusivos poderiam gerar algo em torno de R$ 100 a R$ 150 bilhões de
arrecadação adicional o que seria suficiente para gerar o superávit estimado. Com isso, o ambiente para a bolsa
durante a semana ficou negativo, com a percepção de que a conta será paga principalmente pelas empresas
listadas em bolsa, com um aumento da tributação e consequentemente redução do lucro das empresas. Somada
a isso, as declarações recentes do ministro de Minas e Energia de que a metodologia de preços da Petrobras
seria alterada também trouxe volatilidade para o mercado, visto como mais uma possível medida que gera uma
redução de lucros para a companhia e o índice como um todo.

No contexto corporativo, o destaque ficou a divulgação por parte da Natura que anunciou a conclusão da venda
da sua subsidiária Aesop para a L’oreal por cerca de US$ 2,5 bilhões. O anúncio que era esperado pelo mercado,
surpreendeu pelo valor, acima das projeções iniciais de US$ 2 bilhões. Apesar da reação inicialmente positiva, a
ação caiu cerca de 18% ao longo da semana, com investidores realizando lucros e com receios de que as
operações remanescentes estão com muitos problemas operacionais de curto prazo, reduzindo a visibilidade
para a empresa ao longo dos próximos trimestres. Outro destaque ficou a PRIO que divulgou seu relatório de
reservas com números acima do esperado, assim como uma redução do custo de capex esperado, contrariando
os dados de PetroReconcavo e 3R que trouxeram aumento do capex esperado. Além disso, a companhia iniciou a
produção do poço N5P2, localizado no Campo de Frade, com cerca de 11 mil barris de óleo por dia, o que
impulsionou as ações ao longo da semana a subir 7,5%.Para a próxima semana, os investidores devem se manter
atentos as medidas de aumento de arrecadação para a cumprimento da meta de superávit fiscal, além da
divulgação do IPCA na terça-feira e as vendas no varejo na quarta.

Ativo Preço (R$) 5 dias (%) Ativo Preço (R$) Mês (%)

IBOV 100.822 -1,0% IBOV 100.822 -3,3%


PRIO3 34,86 7,8% ECOR3 5,44 32,7%
ECOR3 5,44 6,5% CCRO3 12,83 16,1%
UGPA3 14,43 5,8% MRVE3 6,59 15,8%
ENGI11 41,75 4,6% CMIG4 11,69 11,0%
BBSE3 34,05 4,5% CPFE3 33,04 10,4%
SMTO3 28,4 4,0% UGPA3 14,43 9,3%
CPFE3 33,04 3,7% EQTL3 27,68 8,5%
CCRO3 12,83 3,1% ENGI11 41,75 7,8%
CMIG4 11,69 3,0% EMBR3 19,65 7,8%
BPAC11 20,45 3,0% ABEV3 14,43 7,4%
ALPA4 7,5 -10,8% JBSS3 16,79 -14,3%
LREN3 15,71 -10,9% BEEF3 10,12 -14,7%
AZUL4 10,76 -11,2% SUZB3 40,36 -15,5%
CASH3 0,89 -11,9% CSNA3 14,57 -15,8%
SOMA3 7,63 -12,5% ARZZ3 62,47 -16,9%
PETZ3 5,71 -12,7% QUAL3 3,69 -18,2%
ASAI3 13,63 -14,7% ALPA4 7,5 -19,4%
CVCB3 2,77 -15,3% ASAI3 13,63 -23,2%
HAPV3 2,37 -15,4% CVCB3 2,77 -24,5%
NTCO3 11,2 -17,9% NTCO3 11,2 -26,5%

[ CLASSIFICAÇÃO: PÚBLICA ]
MESA DE RV
Renda Variável 08 Abr

COMENTÁRIO TÉCNICO
Por Gilberto Coelho Jr. CNPI-T 832.

O Ibovespa está em tendência pelas médias de


21 e 200 dias e caso perca os 99.897 abrirá
caminho para teste dos 96.996, em fundo
recente ou 94.000 em projeção de Fibonacci.
Para retomada do sinal de alta de curto prazo
seria importante fechar acima dos 101.650
mirando então resistências nos 104.085 ou
106.720. O IFR aponta para baixo indicando
maior força vendedora.

O DOLK23 segue em tendência de baixa pelas


médias de 21 e 200 dias, e caso perca 5.029
projetará teste do fundo em 5.015 ou 4.835 em
projeção de Fibonacci. Acima dos 5.102 teria
sinal de repique de alta mirando resistências em
5.150 ou 5.220 em pullback na média de 21
dias. O IFR está em sobrevenda e se superar os
30 favorecerá repiques de alta.

O SP500 está em tendência de alta pelas médias


de 21 e 200 dias e como fechou acima dos
4.107 favorece teste dos 5.150 ou 5.200. Um
sinal de realização viria com a perda dos 4.069
mirando suportes em 3.950 ou 3.769. O IFR
apontou para cima retomando sinal de maior
força compradora.

Suporte e Resistência

WING23 WDOG23 ISPH23


SUPORTES RESISTÊNCIAS SUPORTES RESISTÊNCIAS SUPORTES RESISTÊNCIAS

100.790 101.300 5.069 5.080 4.127 4.134

100.040 102.000 5.031 5.102 4.098 4.168

99.000 103.320 5.000 5.120 4.060 4.200

98.020 104.675 4.975 5.188 3.980 4.233

MESA XP | Renda Variável


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