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Yoel e Alis
& Família
Lechuh Neranenah (Salmo 95)
Vinde e ergamos nossas canções para Adonai; aclamemos a Rocha de nossa
salvação. Com ação de graças nos apresentaremos perante Ele e em Seu louvor
entoaremos salmos. Pois Adonai é Ha'Shem e Rei majestoso, acima de todos os
poderosos. A Ele pertence toda a terra, dos abismos mais profundos ao cume das
montanhas mais elevadas. Seus são os mares e os continentes, pois tudo é obra de
Suas mãos. Vinde, pois, adoremos e prostremo-nos em reverência ante Adonai,
nosso Criador, pois Ele é nosso Adonai e nós somos Seu povo. Ele é nosso Pastor e
nós somos o rebanho que Ele guia neste mundo, desde que Sua voz obedeçamos.
Que nossos corações e nossas mentes saibam compreender Sua exortação. Não
permitais que se endureçam vossos corações como em Meribah, como aconteceu
em Massah, no deserto, quando vossos pais, mesmo tendo presenciado Meus
feitos, duvidaram de Mim. Por quarenta anos Meu desgosto fez aquela geração
vagar pelo deserto, pois Eu lhes disse: “Sois um povo de coração desnorteado,
incapaz de trilhar Meus caminhos.” Em Minha ira, então, jurei não deixá-lo entrar
na terra de Meu repouso.
Mizmor Le'David (Tehilim - Salmos 29)
Salmo de David. Rendei a Adonai, ó filhos dos poderosos, rendei a Adonai glória e
força. Rendei a Adonai a glória devida ao Seu Nome; prostrai-vos ante Adonai que
é pleno de esplendor e santidade. A voz de Adonai ressoa sobre as águas; o
Ha'Shem de Glória faz trovejar, Adonai está sobre a vastidão dos mares. A voz de
Adonai se manifesta em força, a voz de Adonai se manifesta em majestade. Sua
voz espedaça os cedros do Líbano.
Adonai quebrou os cedros (os reis pagãos) do Líbano; Adonai os faz saltar como
bezerros, os próprios montes do Líbano e Sirion, como filhotes. A voz de Adonai
emite línguas de fogo. A voz de Adonai faz tremer o deserto de Kadesh. A voz de
Adonai faz tremer as corças e convulsiona as árvores dos bosques, enquanto no
Seu Beit Ha'Mikdash tudo proclama Sua Glória. Acima do Dilúvio estabeleceu
Adonai Seu trono e como Rei permanecerá pela eternidade afora. Adonai
concederá força ao Seu povo; Adonai o abençoará com paz.
Mizmor Shir Leiom Ha'Shabat (Salmo 92)
Salmo e cântico para o dia de Shabat. Como é bom louvar Adonai e enTo'ar salmos em
honra de Teu Nome, ó Altíssimo! Proclamar desde o amanhecer Tua bondade e, às
noites, Tua fidelidade. Com o alaúde, a lira e a harpa acompanhando com seu som
minhas palavras. Porque me trazes satisfação com Teus feitos, cantarei com alegria,
celebrando as obras de Tuas mãos. Quão magníficas elas são, ó Adonai, e quão
profundos são Teus desígnios! O insensato não os percebe e os tolos não conseguem
entender que, mesmo que brotem como erva os iníquos e floresçam os malévolos, eles
serão, para sempre, destruídos. Porém Tu, ó Adonai, permaneces eternamente
exaltado. Pois Teus inimigos, ó Adonai, perecerão, e serão dispersos todos os que
praticam iniquidades. Exaltaste minha força como a de um búfalo e me cingiste com
óleo puro. Meus olhos enxergaram o destino de meus inimigos, e meus ouvidos hão de
escutar o que acontecerá aos malévolos. Os justos, porém, florescerão como a
palmeira; como o cedro do Líbano crescerão altaneiros. Plantados na casa de Adonai,
florescerão nos átrios do nosso Ha'Shem. Mesmo na velhice, cheios de seiva e viço
produzirão frutos para proclamar que reto é Adonai. Ele é a minha Rocha, que não dá
lugar à injustiça.
Adonai Malach G’út Lavesh (Salmo 93)
Reina Adonai e majestade O reveste; sim, força e majestade O revestem.
Firme e inabalado está o mundo por Ele criado.
Desde a mais remota antiguidade, firme é o trono de Adonai.
Elevam os rios a voz de suas águas fragorosas.
Acima, porém, do bramido das águas mais volumosas, acima do quebrado das
vagas do mar, está Adonai, que é poderoso nas alturas!
Fidelíssimos são os Teus testemunhos; santidade embelezará Tua casa, ó Adonai,
agora e para todo o sempre.
מַ ה־טֹּ בּו
Ma tovu
Ma tovu - מַ ה־טֹּ בּו
MA TOVU OHALECHA YA'AKOV, מַ ה־טֹּ בּו אֹּ הָ לֶיָך ַיֲקֹֹּ ב
MISHKENOTECHA YSRAEL
ִמ ְׁשכְׁ נֹּ תֶ יָך יִ ְׁש ָראֵ ל׃
MA TOVU OHALECHA YA'AKOV,
מַ ה־טֹּ בּו אֹּ הָ לֶיָך ַיֲקֹֹּ ב
MISHKENOTECHA YSRAEL
ִמ ְׁשכְׁ נֹּ תֶ יָך יִ ְׁש ָראֵ ל׃
VA'ANI BEROV CHASDECHA
, ְׁברֹּ ב חַ ְׁס ְׁדָך-וַאק נִ י
AVO VETECHA,
QUÃO AMÁVEIS SÃO AS SUAS TENDAS, Ó YA’AKOV, אָ בֹוא בֵ יתֶ ָך
MISHKANS, Ó YISRAEL
COM OS SEUS
QUÃO AMÁVEIS SÃO AS SUAS TENDAS, Ó YA’AKOV,
COM OS SEUS MISHKANS, Ó YISRAEL
QUANTO A MIM, ATRAVÉS DE SUA ABUNDANTE COMPAIXÃO
ENTRAREI EM TUA CASA.
Ma tovu - מַ ה־טֹּ בּו
ESHTACHAVEH EL ECHAL COD'SHECHÁ BEIR'ATECHA.
. ְׁביִ ְׁראָ תֶ ָך,הֵ יכַל ָֹ ְׁד ְׁשָך-אֶ ְׁשתַ קחוֶה אֶ ל
HA'SHEM AHÁVTI MEON BETECHA
UMECOM MISHKAN KEVODECHA .
; ְׁמעֹון בֵ יתֶ ָך,ה׳ אָ הַ ְׁב ִתי
. ִמ ְׁשכַן כְׁ בֹודֶ ָך,ּומֹֹום ְׁ
Ó ADONAI, EU AMO A CASA ONDE TU MORAS, E O LUGAR ONDE A TUA GLÓRIA RESIDE.
Ma tovu - מַ ה־טֹּ בּו
VA'ANI ESHTACHAVEH VE’ECHRAAH, ;וַאק נִ י אֶ ְׁשתַ קחוֶה וְׁ אֵ כְׁ ָרֲָ ה
EV'RECHA LIFNE HA'SHEM, OSSE.
ה' עֹּ שֵ י- לִ פְׁ נֵי,אֵ ְׁב ְׁרכָה
VAANI TEFILATI
וַאק נִ י ְׁתפִ ל ִָתי
LECHA HA'SHEM ET RATSON,
ֲֵ ת ָרצֹון,'לְׁ ָך ה
ELOHIM BEROV
ֹלהים ְׁב ָרב ִ ֱא
CHADESCHA, ANENI
BE’EMET ISH'ECHA.
EU ME PROSTRAREI E ME INCLINAREI, E ME AJOELHAREI ,י ִֵנ
נ ֲ
ק ; ָך ֶדס ְׁ ַח
PERANTE ADONAI MEU CRIADOR.
QUANTO A MIM, QUE A MINHA ORAÇÃO A TI, ADONAI, .בֶ אֱ מֶ ת יִ ְׁשֲֶ ָך
SEJA EM MOMENTO OPORTUNO.
Ó HA'SHEM, EM SUA ABUNDANTE COMPAIXÃO,
RESPONDE-ME COM A VERDADE DA TUA SALVAÇÃO.
ִב ְׁרכוֹּ ת הַ שַ חַ ר
Birchot Ha'Shachar
ִב ְׁרכוֹּ ת הַ שַ חַ ר
Birchot Ha'Shachar
HA'SHEM DE SARAH,
HA'SHEM DE RIVKA
HA'SHEM DE RACHEL
E HA'SHEM DE LE'AH
Te'FILAH (AMIDAH)
Avot V'Imahot - אָ בֹות וְׁ ִאמָ הֹות
LABEN: :ַלבֵ ן
YESIMCHA ELOHIM KÊ EFRAYIM VECHI-MENASHEH. :ֹלוהים כְׁ אֶ פְׁ ַריִ ם וְׁ כִ ְׁמנַשֶ ה
ִ ֱיְׁ ִש ְׁמָך א
LABAT:
:ַלבַ ת
YESIMECH ELOHIM KÊ SARA, RIVKA, RACHEL VÊ LEA.
:ֹלהים כְׁ שָ ָרה ִר ְׁבָֹ ה ָרחֵ ל וְׁ לֵאָ ה
ִ ֱיְׁ ִשימֵ ְך א
Parashah nº 18
Shemot - Êxodo
21:1 - 24:18; 30:11-16
21:1 - 22:3; 30:11-16 - 2023
AMEN.
QUE NOS ESCOLHESTE DENTRE TODOS OS POVOS E NOS ן ֵמ ָא
DESTE A TUA TORAH.
BENDITO SEJAS TU, HA'SHEM, QUE NOS DESTE A
TORAH. AMEN.
21:1-4 ְׁשמֹות
ֵיהם:שר תָ ִ ֖שים לִ פְׁ נ ֶ ֵֽׁ וְׁ ֵ֨ ֵאלֶה הַ ִמ ְׁשּפָ ִֹ֔טים אק ֶ ֹּ֥ א
ִח ָּנֵֽׁם:
ם־בֲַ ל ִאשָ ה ֹ֔הּוא וְׁ ָי ְֵֽׁׁצ ָ ֹּ֥אה ִא ְׁש ֖תֹו ם־בג ַֹּּ֥פֹו ָי ֖ב ֹּא ְׁבג ַָּ֣פֹו י ֵ ֵֵ֑צא ִא ַ ֵּ֤
וא ְׁ ִ ג
ֲִ ֵֽׁמֹו:
שה ִאם־אק דֹּ נָיו יִ תֶ ן־לָ֣ ֹו ִאשָֹ֔ ה וְׁ ָיֵֽׁלְׁ דָ ה־לֹּ֥ ֹו בָ ִנ֖ים ָ֣אֹו בָ נֵ֑ ֹות ָ ֵֽׁה ִא ָ ָ֣ ד
ִ ֵֽׁויל ֶ֗ ֶָדיהָ ִ ֵֽׁת ְׁהיֶה ַ ֵֽׁלאדֹּ ֶֹ֔ניהָ וְׁ ֖הּוא י ֵ ֵֹּ֥צא ְׁבג ֵַּֽׁפֹו:
Shemot - Êxodo 21:1-4
1 “Estas são as regras que você lhes deve apresentar:
2 “Se você adquirir um escravo hebreu, ele deve trabalhar
durante seis anos; mas, no sétimo [ano], ele será libertado sem
pagar nada.
3 Se ele veio solteiro, deverá sair solteiro; se veio casado, sua
mulher deverá acompanhá-lo quando ele sair.
4 No entanto, caso seu Ha'Shem lhe tenha dado uma mulher, e
ela tiver dado à luz filhos ou filhas, então a mulher e os filhos
pertencerão ao Ha'Shem, e ele sairá sozinho.
שמֹות 21:5-8
ְׁ
ה וְׁ ִאם־אָ מֵֹּּ֤ ר י ֹּאמַ ר הָ ֲֶֹ֔ בֶ ד אָ הֵַ֨ ְׁב ִתי אֶ ת־אק דֹּ ֹ֔ ִני אֶ ִ
ת־א ְׁש ִ ֖תי
וְׁ אֶ ת־בָ נָ ֵ֑י ֹּ֥ל ֹּא אֵ ֵ ֖צא חָ פְׁ ִ ֵֽׁשי:
ֹלהים וְׁ ִהגִּ ישֹו אֶ ל־הַ ֹ֔ ֶדלֶת ֖אֹו ל־האֱ ִֹ֔ ישֹו אק דֹּ נָיו אֶ ָ ָ֣ ו ֹלוְׁ ִהגִּ ֵּ֤
אֶ ל־הַ ְׁמזּוזָ ֵ֑ה וְׁ ָרצֵַ֨ ע אק דֹּ נָ ֵּ֤יו אֶ ת־אָ זְׁנֹו בַ מַ ְׁרצֵֹ֔ ֲַ ַ ֵֽׁוֲקבָ ֖דֹו לְׁ עֹּ ָ ֵֽׁלם:
ת־ב ֖תֹו לְׁ אָ ָ ֵ֑מה ֹּ֥ל ֹּא תֵ ֵ ֖צא כְׁ ֵ ֹּ֥צאת ָ ֵֽׁהֲקבָ ִ ֵֽׁדים: ז ִ ֵֽׁכי־יִ ְׁמכֹֹּּ֥ ר ִ ִ֛איש אֶ ִ
ם־רֲָָ֞ ה ְׁבֲֵ ינֵ ֵ֧י אק דֹּ נֶ ִ֛יהָ אק שֶ ר־לֹּ֥ ֹו (כתיב אשר־לא) יְׁ ֲָ ָ ֖דּה ח ִא ָ
דֹו־בּה:
וְׁ הֶ פְׁ ָ ֵ֑דּה לְׁ ֲַֹּ֥ם נָכְׁ ִ ִ֛רי ֵֽׁל ֹּא־יִ ְׁמשֹֹּּ֥ ל לְׁ מָ כְׁ ָ ֖רּה ְׁב ִבגְׁ ָ ֵֽׁ
Shemot - Êxodo 21:5-8
5 Mesmo assim, se o escravo declarar: ‘Amo meu Ha'Shem, minha
mulher e meus filhos, por isso não desejo ser libertado’,
6 o Ha'Shem deverá levá-lo diante de Deus e, ali, junto à porta ou ao
batente, seu Ha'Shem deverá furar-lhe a orelha com um furador; e o
homem será escravo dele por toda a vida.
7 “Se um homem vender sua filha como escrava, ela não será libertada
como os
escravos.
8 Se seu Ha'Shem se casar com ela, mas decidir posteriormente que
ela não lhe agrada mais, ele deverá permitir que ela seja resgatada.
Não lhe é permitido vendê-la a um povo estrangeiro, pois ele a tratou
de modo injusto.
שמֹות 21:9-12
ְׁ
ה־לּה: ט וְׁ ִאם־לִ ְׁבנ֖ ֹו ִ ֵֽׁייֲָ ֶ ֵ֑דּנָה כְׁ ִמ ְׁש ַּפֹּ֥ט הַ בָ נ֖ ֹות ַ ֵֽׁיֲקשֶ ָ ֵֽׁ
סּותּה וְׁ ֲֵֹּֽׁ נ ָ ָ֖תּה ֹּ֥ל ֹּא יִ גְׁ ָ ֵֽׁרע:
ִאם־אַ ֶ ֖ח ֶרת יִ קַ ח־לֵ֑ ֹו ְׁשאֵ ָ ִ֛רּה כְׁ ָ ֹּ֥ י
אָ ֵ֑סֹון ֲָ נָ֣ ֹוש ֵיֲֵָֽׁ ֵֶ֗נש ַ ֵֽׁכאק שֵֶ֨ ר י ִ ֵָּ֤שית ֲָ לָיו ַ ָ֣בֲַ ל ָ ֵֽׁה ִאשָֹ֔ ה וְׁ נ ַ ָ֖תן
ִבפְׁ לִ ִ ֵֽׁלים:
כג וְׁ ִאם־אָ ֖סֹון ִ ֵֽׁי ְׁהיֶ ֵ֑ה וְׁ ָנֵֽׁתַ ָ ֹּ֥תה נֶ ֖פֶ ש ַ ֹּ֥תחַ ת ָנֵֽׁפֶ ש:
שן ַָ֚יד ַ ָ֣תחַ ת ָֹ֔יד ֶ ֖רגֶל ַ ֹּ֥תחַ ת ָ ֵֽׁרגֶל: שן ַ ָ֣תחַ ת ֵ ֵ֑ ֲַַ֚ יִ ן ַ ָ֣תחַ ת ֲַֹ֔ יִ ן ֵ ֖ כד
Shemot - Êxodo 21:21-24
21 a menos que o escravo [ou a escrava] viva por um dia ou dois;
nesse caso, a pessoa [que bateu] não deverá ser punida, pois o
escravo é sua propriedade.
22 “Se pessoas estiverem brigando, e uma delas ferir uma mulher
grávida de modo tão severo que seu filho ainda não nascido
morra, ainda que não haja outro dano, deverá ser penalizada. Ela
deverá pagar a quantia a ser fixada pelo marido dessa mulher e
confirmada por juizes.
23 No entanto, se algum outro dano for causado, vocês darão vida
por vida,
24 olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé,
שמֹות 21:25-28 ְׁ
בּורה: בּורה ַ ֖תחַ ת חַ ָ ֵֽׁ כְׁ וִ יָה ַ ָ֣תחַ ת כְׁ וִ ָֹ֔יה ֶּפ֖צַ ע ַ ָ֣תחַ ת ָּפֵ֑צַ ע חַ ָ ָ֕ כה
ת־ֲֹּ֥ין אק מָ ֖תֹו ת־ֲֹּ֥ין ֲַ ְׁב ִ֛דֹו ֵֽׁאֹו־אֶ ֵ וְׁ ִ ֵֽׁכי־ ַי ֵֶ֨כה ִּ֜איש אֶ ֵ כו
וְׁ ִ ֵֽׁשח ָ ֵ֑קתּה ַ ֵֽׁלחָ פְׁ ִ ֹּ֥שי יְׁ שַ לְׁ ֶ ֖חּנּו ַ ֹּ֥תחַ ת ֲֵ ינֵֽׁ ֹו:
אֹו־שן אק מָ ֖תֹו י ִ ֵַּ֑פיל ַ ֵֽׁלחָ פְׁ ִ ֹּ֥שי יְׁ שַ לְׁ ֶ ֖חּנּו ֵ ֹּ֥ ם־שן ֲַ ְׁב ִ֛דֹו וְׁ ִא ֵ ֹּ֥ כז
Bereshit – Gênesis
10:1 - 13:16
11:4 - 12:28 - 2021
Introdução
Mishpatim, seguindo logo após os Dez Mandamentos, trata principalmente da Lei Civil.
A justaposição do ritual com o mundano fornece uma percepção esclarecedora do
Judaísmo. Vista pela perspectiva da Torah, não há distinção entre as atividades
cerimoniais e mundanas da vida - ambas devem estar permeadas de santidade e
ambas devem ser cumpridas por completo e com diligência.
Incluídas entre as leis civis discutidas na Porção da Torah estão as leis relativas ao servo
judeu e sua liberdade; penalidades por causar ferimentos corporais em outra pessoa e
por danificar sua propriedade; leis relativas a vigilantes e tomadores de empréstimo; a
mitsvah de mostrar sensibilidade ao pobre e de oferecer-lhe empréstimos sem juros; e
leis relativas à concessão honesta de justiça.
Após mencionar as mitzvot de Shabat e Shemitah, a porção continua com uma breve
exposição das três festas de peregrinação: Pêssach, Sukot e Shavuot - e a renovada
promessa de Ha'Shem de levar o povo judeu à Eretz Yisrael. A Torah então retorna à
revelação no Monte Sinai. O povo judeu declara seu compromisso de fazer tudo aquilo
que o Criador ordenar, e a porção conclui com Mosheh subindo a montanha, onde
permanecerá por quarenta dias e quarenta noites para receber o restante da Torah.
Diferença entre:
Instrução, Estatutos, Ordenanças, Testemunhos e Mandamentos
1. Instrução - Torah
• Manual de Instruções onde consta tanto os Estatutos, quanto as Ordenanças e os
Mandamentos.
2. Estatutos - Chukim / Chok
• Estatuto é uma regra geral, tipo de convivência regras que regem um povo. Na
categoria de chok (plural: chukim) classifica-se todas as mitzvot cujo propósito ou
significado não são compreendidos pela inteligência humana. Esta categoria de
mandamentos é a mais difícil de respeitar. O Talmud nos diz que essas são as leis
que "a má inclinação (yêtzer hará) e as nações do mundo tentam contestar." Se
não compreendemos o motivo de alguma coisa é tentador achar pretextos para
não faze-la. Quando tentamos explicar nossa religião aos não-judeus, as leis que
não tem um motivo óbvio são as mais difíceis de compreensão.
• Os chukim, contudo, não são "leis sem razão"; sua lógica, porém, é Divina. Os
maiores dentre nosso povo foram capazes de compreender algumas delas. O fato
de um mandamento não ter um motivo óbvio torna seu cumprimento um ato de
fé, muito mais ainda. Ele indica que estamos prontos e desejosos de obedecer às
ordens de Ha'Shem, até mesmo quando não podemos justificá-las racionalmente.
Mesmo o "decreto" mais irracional tem seus elementos racionais - elementos
que podem ser analisados pela mente humana e por ela avaliadas como uma
lição na vida. Como escreve Maimônides, "Embora todos os chukim da Torah
sejam decretos suprarracionais… é correto contemplá-los, e seja o que for que
possa ser explicado, deveria ser explicado.” Todas as leis de pureza e impureza
ritual pertencem à essa categoria de mandamentos conhecidos como chukim,
decretos. Portanto, disseram nossos sábios, "O corpo morto não impurifica, e a
água não purifica. Mas sim, disse Ha'Shem, Eu dei uma ordem, e emiti um
decreto - e você não tem permissão para questioná-lo.” Demonstramos assim,
que estamos colocando Ha'Shem acima de nosso próprio intelecto. Apesar de
talvez não sermos capazes de justificar esses mandamentos perante o mundo,
expressamos nossa segurança interior como judeus ao continuar cumprindo-os.
3. Ordenança / Juízo - Mishpatim
• Juízo seria a pena que Ha'Shem dá para aqueles que não obedecem seus
estatutos e mandamentos. Mishpat (singular de Mishpatim) é o mínimo universal
de uma sociedade justa. As leis que estabelecem essa sociedade justa, garantem
também a liberdade, uma vez que a pobreza escraviza. Em mishpatim o errado é
punido e as ofensas são corrigidas. Não existia habeas corpus preventivo,
permissão legal para mentir, muito menos delação premiada. Todas as pessoas
tinham que ser iguais perante a lei e todas teriam acesso a ela. Mishpat, junto
com chessed (no seu mais amplo sentido, não apenas compaixão, mas amor
pactual) e tzedakah (não apenas como caridade, mas justiça social) montam um
tripé que sustenta e dá dignidade ao judaísmo. Os Mishpatim são tecnicamente
complexas e estão além do alcance de qualquer tratado. Foi feita uma tentativa
de dar um breve perfil da maioria das mitzvot, para permitir ao leitor apreciar a
sabedoria Divina: "As leis de Ha'Shem são verdadeiras e justas em sua
totalidade". (Tehilim 19:10). Mishpatim - As Diretrizes Divinas que
Regulamentam a Conduta entre um Judeu e seu Semelhante.
4. Testemunhos - Edut - עדות
• Se uma mitzvah testemunha um evento histórico ou algum aspecto de nossa fé, é
chamada de "Edut", testemunho. São exemplos a mitzvah de observar o Shabat,
que atesta nossa crença de que o Todo Poderoso criou o mundo em seis dias;
observar as Festas (Yom Tov), pois comemoram o Êxodo do Mitzráyim; as mitzvot
de tzitzit e tefilin que demonstram nossa crença na soberania de Ha'Shem.
5. Mandamentos - Mitzvot – 613
• Mandamentos, seria regras para se cumprir particularmente perante Ha'Shem.
• As Assêret Hadibrot estão contidas nos 613 Mitzvot → 6 + 1 + 3 = 10 → E as
Assêret Hadibrot foram escritas por Ha'Shem e apontam para Ele → 1 + 0 = 1 →
א
• Os 613 Mitzvot são divididos em:
✓ 248 Positivos - Tipo “faça”;
✓ 365 Negativos - Tipo “não faça”.
Os quatro chukim:
1. Yibum: Um judeu que se casa com a esposa de seu irmão enquanto este ainda está
vivo, ou mesmo após sua morte, incorre em pena de caret (morte espiritual), contanto
que seu irmão tenha tido filhos. Porém, se a esposa do irmão não tem filhos, é mitzvah
casar-se com ela (levirato, yibum). Sendo que a lógica acha muito difícil aceitar este
paradoxo, o versículo enfatiza: "E vocês guardarão Meus chukim." (Vayicrá 18:26).
2. Shaatnez: A Torah proíbe vestir-se com roupas que contenham mistura de lã com
linho. Não obstante, é permitido vestir um traje de linho em cujos cantos haja tsitsit de
lã atados. Por mais que questionemos esta exceção, a Torah declara, no que concerne à
mitzvah de shaatnez: "E vocês guardarão Meus chukim." (Vayicrá 19:19).
3. O bode para Azazel: Um bode era enviado à morte como parte do Serviço de Yom
Kipur, purificando o povo judeu de seus pecados. Ao mesmo tempo, impurificava o
agente que o enviava. Por conseguinte, esta lei é chamada de "um chok eterno" (Vayicrá
16:29).
4. A vaca vermelha: As cinzas da vaca vermelha purificavam um judeu que encontra-se
impuro, enquanto tornavam impuro qualquer um que estivesse envolvido em sua
preparação. Uma vez que isto também desafia a lógica, a Torah introduz o assunto com
as palavras: "Este é o chok da Torah" (19:2); devemos aceitar a mitzvah como uma
ordem Divina.
Avançar, Sim! Não Retroceder!
Esta questão pode ser resolvida com base em uma questão de gramática hebraica.
Rashi declara - Rashi, Shemot - Êxodo 21:1, baseado em Shemot Rabah 30:3, e
Mechilta sobre este versículo: Sempre que a Torah usa o termo Eleh (“Estas são”), ela
nega o que foi dito anteriormente.
Sempre que a Torah usa o termo Ve’eleh (“E estas são”), ela adiciona ao que foi
mencionado anteriormente.
Assim como aquelas mencionadas inicialmente, isto é, Assêret Hadibrot, foram
reveladas no Sinai, também estas, as leis da Parashah Mishpatim, foram reveladas
no Sinai.
Rashi está enfatizando que os julgamentos que são objetos de nossa leitura da Torah
não são um desvio da revelação do Monte Sinai, mas uma consequência natural
dela.
A Torah é mais do que espiritualidade transcendental. Ao contrário, o principal
impulso da entrega da Torah é o revestimento da vontade e da sabedoria de
Ha'Shem em conceitos que os mortais podem entender.
O fato de que a Torah fala de entidades no plano material não diminui seu núcleo
Divino. Para emprestar uma analogia do Tanya 4, é como um abraço amoroso de um
rei que esteja usando vestimentas. Não importa quantas vestimentas o rei esteja
usando; o importante é estar num abraço amoroso de um rei.
Quando alguém estuda a Torah, ele está entendendo a Divindade e unindo sua
mente com a de Ha'Shem. Pois a compreensão intelectual envolve o
estabelecimento de uma ligação entre nossa mente e o conceito sob consideração.
De fato, tal ligação é mais completamente estabelecida no estudo daquelas
dimensões da Torah que se relacionam aos assuntos mundanos, pois estas são ideias
que o intelecto humano pode compreender completamente - Ver Tanya, Kuntres
Acharon, Epístola 4.
CUMPRINDO O OBJETIVO DE HA'SHEM
A Entrega da Torah completa o objetivo da criação. Ha'Shem criou toda a existência
porque Ele desejava um local de moradia nos mundos inferiores - Midrash
Tanchuma, Parshas Bechukosai, seção 3.
O objetivo da criação é, assim, não a revelação do poder transcendental de Ha'Shem,
mas que as entidades mundanas como elas existem sejam permeadas pela verdade
de Seu Ser. Isto é conseguido através das mishpatim da Torah. Elas comunicam a
Divindade em relação às vidas cotidianas dos mortais.
Apesar dos mishpatim expressarem o propósito da Entrega da Torah, a Torah
primeiro enfatiza as revelações transcendentais descritas na Parashah Yitrô. Isto é
necessário pois deve estar claro que o conteúdo intelectual de Mishpatim não é
meramente a razão humana, mas, em vez disso, uma expressão do infinito de
Ha'Shem.
Depois que a dimensão transcendental da Torah é sublinhada, é possível esclarecer
que o infinito absoluto de Ha'Shem se estende ao domínio do finito e se torna
manifestado na sabedoria das leis da Torah.
A compreensão destas leis traz Divindade à mente de cada pessoa, tornando-a uma
“moradia para Ha'Shem”.
E a aplicação destas leis cria uma sociedade que permite ao homem atingir objetivos
espirituais em paz e satisfazer suas necessidades materiais com retidão –
estabelecendo uma “moradia para Ha'Shem” no mais completo sentido.
DE VOLTA AO SINAI
A Parashah Mishpatim conclui com uma descrição de alguns detalhes da entrega da
Torah (Apesar de que esta porção da leitura da Torah aconteceu anteriormente (de
acordo com Rashi), ela é mencionada na conclusão da leitura porque a Torah nem
sempre segue uma ordem cronológica. Pessachim 6b; Rashi, Shemot 19:11.
Se as narrativas na Torah estivessem em ordem cronológica, seria preferível que a
sequência fosse mantida.
O fato que esta sequência é às vezes transposta indica que o objetivo fundamental é
ensinar lições pertinentes ao Serviço Divino), incluindo a declaração naasseh ve
nishmah (“Faremos e ouviremos”), que representa a declaração máxima da Emunah.
Mesmo antes que nos tivesse sido dito o que fazer, nós prometemos obedecer.
Isto complementa a lição de Mishpatim.
Esta explicação nos permite entender porque o nome Mishpatim se aplica a toda a
leitura da Torah, incluindo sua conclusão.
Da mesma forma, pode ser explicado que as passagens da leitura que descrevem as
festividades também se relacionam ao nome Mishpatim, pois a compreensão
completa das leis da Torah provoca sentimentos de felicidade, e esta é a essência das
festividades.
Depois que alguém tenha sido capaz de internalizar a Divindade através do estudo e
da aplicação das leis da Torah, ele está preparado para vivenciar dimensões de
Divindade que transcendem a compreensão humana – o coração da experiência do
Sinai.
O estudo e a prática refinam a personalidade, tornando possível para a dimensão
infinita da Torah apagar qualquer separação que possa existir entre seu ego e sua
Emunah.
O CONTEÚDO DESTA PARASHAH
Muitas das leis nesta Parashah são tecnicamente complexas e estão além do alcance
deste trabalho.
Foi feita uma tentativa de dar um breve perfil da maioria das mitzvot, para permitir
ao leitor apreciar a sabedoria Divina: “Mishpetei Ha'Shem emet tzadku yachdav - os
mishpatim (leis) de Ha'Shem são verdadeiros e justos em sua totalidade” (Tehilim
19:10). As mitzvot abaixo relacionadas são mencionadas nesta Parashah e também
em outros lugares da Torah. Portanto, serão explicadas quando surgirem nas futuras
Parashiyot.
✓Emprestar dinheiro aos necessitados
✓Ajudar a descarregar a carga de um animal de outrem
✓Guardar as leis de Shemitah (ano sabático)
✓Celebrar Pêssach, Shavuot e Sukot
✓Levar bikurim (primícias) ao Beit Hamikdash
✓Não selar pactos com quaisquer das sete nações de Êretz Kenaan
UM FURO NA ORELHA - Por Rabino Jonathan Sacks
Primeiro, em Yitrô, houve asseret hadibrot, os “Dez Pronunciamentos”, ou princípios
gerais. Agora em Mishpatim vêm os detalhes. Eis aqui como eles começam:
Se você comprar um servo hebreu, ele deve servi-lo por seis anos, porém no sétimo
ano, ele deve ser libertado, sem pagar nada… Porém se o servo declarar: “Gosto do
meu amo e minha esposa e filhos não desejam ser libertados,’ então o amo deve
aceitá-lo perante os juízes. Deve levá-lo até a porta ou batente e furar sua orelha
com um furador. Então ele será seu servo por toda a vida... (Shemot 21:2-6).
Há uma questão óbvia. Por que começar aqui? Há 613 mandamentos na Torah. Por
que Mishpatim, o primeiro código de lei, começa neste ponto?
A resposta é igualmente óbvia. Os israelitas tinham acabado de passar pela
escravidão no Mitzráyim. Deve haver uma razão para isso ter acontecido. Séculos
antes Ele já tinha dito a Avraham que isso iria acontecer: Quando o sol estava se
pondo, Avraham mergulhou num sono profundo, e uma escuridão densa e
assustadora caiu sobre ele.
Então o Eterno lhe disse: “Saiba com certeza que durante quatrocentos anos seus
descendentes serão estranhos num país que não lhes pertence e que eles serão
escravizados e maltratados ali. (Bereshit 15:12-13)
Parece que esta era a necessária primeira experiência dos israelitas como nação.
Desde o início da história humana, o Ha'Shem da liberdade forneceu o livre arbítrio
para os seres humanos livres, mas uma após a outra as pessoas abusaram dessa
liberdade: primeiro Adam e Chava, depois Kain, depois a geração do Dilúvio, então
os construtores de Bavel.
Ha'Shem começou novamente, dessa vez não com toda a humanidade, mas com um
homem, uma mulher, uma família, que se tornariam pioneiros da liberdade.
Mas a liberdade é difícil. Nós a buscamos para nós mesmos, mas a negamos a outros
quando a liberdade deles conflitua com a nossa.
Tão profunda é essa verdade que dentro de três gerações dos filhos de Avraham, os
irmãos de Yossef quiseram vendê-lo como escravo: uma tragédia que não terminou
até que Yehuda estivesse preparado para perder a própria liberdade a fim de que seu
irmão Benyamin pudesse ficar livre.
Foi preciso a experiência coletiva dos israelitas, sua experiência amarga, profunda,
íntima, pessoal, da escravidão – uma lembrança que foram ordenados a jamais esquecer
– para transformá-los num povo que não mais entregaria seus irmãos e irmãs como
escravos, um povo capaz de construir uma sociedade livre, a mais difícil de todas as
conquistas no âmbito humano. Portanto não admira que as primeiras leis ordenadas
após o Sinai estivessem relacionadas à escravidão.
Teria sido uma surpresa se fossem sobre qualquer outra coisa. Mas agora vem a
verdadeira questão. Se Ha'Shem não deseja a escravidão, se Ele a considera uma afronta
à condição humana, por que Ele não a aboliu imediatamente? Por que permitiu que
continuasse, embora de maneira restrita e regulada? É concebível que Ha'Shem, que
pode produzir água de uma pedra, maná do céu, e transformar o mar em terra seca, não
possa mudar o comportamento humano? Existem áreas nas quais El Shaddai é, por
assim dizer, impotente?
Em 2008 o economista Richard Thaler e o professor de lei Cass Sunstein publicaram um
livro fascinante chamado Nudge. Nele eles abordam um problema fundamental na
lógica da liberdade. Por um lado a liberdade depende em não legislar demais. Isso
significa criar espaço dentro do qual as pessoas têm o direito de escolher por si mesmas.
Por outro lado, sabemos que as pessoas nem sempre farão as escolhas certas. O
modelo antigo no qual a economia clássica era baseada, de que deixadas por si
mesmas as pessoas farão escolhas racionais, acabou não sendo verdadeiro. Somos
profundamente irracionais, uma descoberta para a qual diversos acadêmicos judeus
fizeram importantes contribuições. Os psicólogos Solomon Asch e Stanley Milgram
mostraram o quanto somos influenciados pelo desejo de nos conformar, mesmo
quando sabemos que outras pessoas erraram. Os economistas israelenses, Daniel
Kahneman e Amos Tversky, mostraram como até quando tomamos decisões
econômicas com frequência calculamos mal seus efeitos e deixamos de reconhecer
nossas motivações, descoberta pela qual Kahneman ganhou o Prêmio Nobel.
Como então você impede as pessoas de fazerem coisas prejudiciais sem tirar a
liberdade delas? A resposta de Thaler e Sunstein é que há maneiras disfarçadas pelas
quais você pode influenciar as pessoas. Numa lanchonete, por exemplo, você pode
colocar comida saudável ao nível da visão, e junk food ("comida lixo", numa
tradução literal do inglês, e pode ser traduzido por "porcaria" ou "besteira", é uma
expressão pejorativa para "alimentos com alto teor calórico, mas com níveis
reduzidos de nutrientes") num local menos acessível e menos perceptível. Você pode
ajustar sutilmente aquilo que eles chamam de “arquitetura da opção” das pessoas.
Isso é exatamente o que Ha'Shem faz no caso da escravidão. Ele não a aboliu, mas a
limita tanto que coloca em ação um processo que, de maneira previsível, mesmo que
somente depois de muitos séculos, levará as pessoas a abandoná-la por vontade
própria.
Um escravo hebreu deve ficar livre após seis anos. Se o escravo se acostumou tanto à
sua situação que não deseja ser libertado, então ele é forçado a passar por uma
cerimônia que o estigmatiza, na qual tem a orelha furada, o que permanece como
um sinal visível de vergonha.
Todo Shabat, escravos não podem ser forçados a trabalhar. Todas essas estipulações
têm o efeito de transformar a escravidão de destino vitalício em condição
temporária, algo que é sentido como humilhação em vez de ser algo escrito
indelevelmente na história humana.
Por que escolher esta maneira de fazer as coisas? Porque as pessoas devem escolher
livremente abolir a escravidão, se é que desejam ser livres.
Foi preciso o reinado do terror após a Revolução Francesa para mostrar o quanto
Rousseau estava errado quando escreveu no Contrato Social que se necessário as
pessoas têm de ser forçadas a serem livres.
Essa é uma contradição em termos, e levou, no título do notável livro de J. L. Talmon
sobre o raciocínio por trás da Revolução Francesa, à democracia totalitária.
Ha'Shem pode mudar a natureza, disse Maimônides, mas Ele não pode, ou prefere
não fazê-lo, mudar a natureza humana, exatamente porque o Judaísmo é construído
sobre o princípio da liberdade humana. Então Ele não poderia abolir a escravidão da
noite para o dia, mas poderia mudar nossa arquitetura de opções, ou em palavras
simples, nos dar um cutucão, mostrando que a escravidão é errada mas que nós
devemos aboli-la, em nosso próprio tempo, através do nosso entendimento. Foi
preciso muito tempo de fato, e na América, não sem uma guerra civil, mas
aconteceu.
Há alguns assuntos nos quais Ha'Shem nos dá um cutucão. O resto cabe a nós.
O ESCRAVO HEBREU VENDIDO PELO BEIT DIN
A mitsvah referente ao escravo hebreu foi escolhida para ser a primeira da Parashah
de Mishpatim. Bney Yisrael foram libertados do Mitzráyim para se tornarem servos
de Ha'Shem. Um judeu deve tratar seu servo com consideração. O amo hebreu deve
libertar seu escravo o mais tardar seis anos após o início da servidão.
Nossa Parashah trata de um ladrão que não consegue reembolsar o que roubou. O
ladrão é vendido pelo Beit Din (Tribunal - Assembleia de Juízes) a fim de reembolsar
a vítima de seu crime com o dinheiro da venda.
Mosheh ensinou aos judeus:
“Um judeu que rouba dinheiro e não possa devolvê-lo deve ser vendido como servo
a outro judeu. Será vendido pelo tempo necessário para devolver o dinheiro
roubado. Porém, não pode ser vendido por mais de seis anos.”
Os juízes do Beit Din que vendem o ladrão tomam o dinheiro da venda e o dão à
pessoa que foi roubada.
COMO MOSHEH ENSINOU A TORAH AO POVO JUDEU?
Como o povo judeu aprendia as novas mitzvot de Mosheh?
1 – Primeiro Ha'Shem ensinava a Mosheh a mitzvah, ou várias mitzvot juntas.
2 – O irmão de Mosheh, Aharon, entrava na tenda de Mosheh. Este ensinava a
Aharon tudo que havia aprendido.
3 – Entravam os filhos de Aharon, El’azar e Itamar. Mosheh lhes repetia a mitzvah. Ao
mesmo tempo, Aharon, que estava ali sentado, escutava.
4 – Em seguida, entravam os setenta zekenim, os anciãos. Novamente Mosheh
repetia a mitzvah enquanto seus filhos escutavam. Os zekenim se sentavam.
5 – Finalmente, todo o povo se reunia. Pela quarta vez, Mosheh repetia o que havia
escutado de Ha'Shem.
6 – Agora Mosheh saía. Aharon se punha de pé e voltava a ensinar a mitzveh a todos
os presentes, e depois saía.
7 – Então El’azar e Itamar repetiam a mitzvah em voz alta e saíam. Desta forma se
ensinava a todo judeu a nova mitzvah quatro vezes.
Mais tarde, os judeus continuavam conversando sobre as mitzvot. Os zekenim
tinham a tarefa de assegurar que todos judeu compreendesse e conhecesse bem
cada mitzvah.
Aprendemos daqui que não basta estudar os ensinamentos da Torah apenas uma
vez. Para conhecer bem esses assuntos, é necessário repetir o estudo várias vezes.
COMO TRATAR UM JUDEU QUE É VENDIDO COMO SERVO
Embora o ladrão tenha pecado e seja castigado tornando-se escravo, a Torah ordena
que seu amo o trate bem.
A Torah refere-se ao ladrão como escravo, porém seu dono não pode utilizar o termo
escravo como uma alcunha desdenhosa. Deve considerá-lo um irmão. De fato, de
acordo com a Lei da Torah, o mestre deve conceder a seu escravo hebreu condições
tão excelentes que deve parecer ao empregador que não adquiriu um servo para si,
mas sim um Ha'Shem!
É evidente que, na Torah, a posição do servo é mais que tolerável, pois ao fim de seis
anos de servidão, o servo pode dizer: “Amo meu Ha'Shem, não quero ser libertado.”
Algumas das leis da Torah concernentes ao escravo hebreu são:
✓Um amo que compra um servo judeu não pode vendê-lo a ninguém mais.
✓É proibido encarregá-lo de trabalhos desnecessários, por exemplo, “Ferva água”
quando não deseja água. Tarefas inferiores e humilhantes também são proibidas,
como lavar os pés do amo, ou calçar-lhe os sapatos; mesmo que estas tarefas
sejam realizadas de bom grado por um filho ao pai, ou por um discípulo ao mestre.
✓O amo não deve obrigar o servo a trabalhar habitualmente de noite. Pode usá-lo
somente durante o dia.
✓Um Ha'Shem deve compartilhar qualquer tipo de alimento que possuir. Se ele
comer pão branco, não pode alimentar o escravo com pão preto. Se beber vinho,
não pode dar água ao escravo. Se dormir sobre uma cama boa, não pode deixar o
escravo dormir sobre palha.
✓Se o amo tiver apenas uma fôrma de pão ou uma taça de vinho bom, ou somente
um travesseiro, deve dá-lo ao escravo.
✓Se o escravo já tiver alguma profissão antes de servir ao amo, é proibido pedir-lhe
que realize qualquer tipo de trabalho, a não ser os que já estava acostumado a
fazer.
✓A servidão de um escravo hebreu jamais excede seis anos a partir da data em que
foi vendido. Após seis anos, é automaticamente libertado. Se, durante este
período, o escravo ficar doente e o amo incorrer em despesas por sua causa;
mesmo assim o escravo não lhe deve nada ao partir.
✓Se, quando iniciar a servidão ele for casado, é obrigação do amo sustentar também
sua esposa e filhos.
✓Se o escravo for solteiro, o amo não pode lhe entregar uma criada canaanita para
viver com ele; a fim de adquirir novos escravos advindos dessa união.
✓Se for casado ao ingressar na servidão, o amo pode lhe entregar também uma criada
canaanita, com o objetivo de criar os escravos para si.
Não obstante, um judeu não pode seguir sendo servo toda a vida. Quando o servo é
posto em liberdade?
1. O servo judeu é posto em liberdade no começo do sétimo ano a partir de sua
venda. Ele nunca pode ser vendido por mais de seis anos. Ao ir-se, não precisa
pagar nenhum dinheiro ao amo. Ao contrário, o amo deve dar-lhe presentes
(como leremos na Parashat Re'eh).
2. Se durante os anos de serviço ocorrer um ano de Yovel (Jubileu), o servo será
posto em liberdade ao começo deste ano. (Depois de cada sete anos shemitah,
ano sabático, o quinquagésimo ano é um ano de Yovel).
3. Se alguém dá ao servo dinheiro para comprar sua liberdade, este pode pagar o
saldo devido ao amo e se libertar. Por exemplo, se foi vendido por um período de
três anos a um preço de três mil dólares, mil dólares por ano, pode redimir-se ao
final do primeiro ano pagando ao amo dois mil dólares, ou, ao final do segundo
ano, pagando mil dólares.
1. Se o amo morre e não tem filhos, o servo é posto em liberdade. Se o amo tem um
filho, o servo continua trabalhando para o filho.
2. Se o amo deseja pôr o servo em liberdade antes que expire seu período, pode fazê-
lo.
POR QUE SE FURA A ORELHA DO JUDEU QUE QUER
CONTINUAR SERVO E POR QUE FAZER ISTO JUNTO A
UMA PORTA
Ha'Shem quer que todos os judeus sejam Seus servos. Disse a Bney Yisrael em Matan
Torah: “Sois meus escravos porque vos libertei do Mitzráyim.”
Um judeu que é escravo de um amo humano não pode servir bem a Ha'Shem. Não é
livre para estudar Torah e cumprir as mitzvot todas as vezes que desejar. Deve estar
sempre à disposição do amo.
Portanto, quando um servo judeu decide continuar servindo a seu amo depois de
seis anos, significa servir mais ao seu amo, isto é, o homem, e menos a Ha'Shem.
Ha'Shem disse sobre ele: “Não escutaste no Monte Sinai que deves servir a Mim?
Parece que não escutaste bem; por que preferiste servir a um amo humano? Como
sinal de que não escutaste bem, tua orelha será furada! Isto demonstrará que não
estou satisfeito contigo!”
Qual o motivo de realizar a cerimônia ao lado da porta? Ha'Shem disse: “Durante a
Praga da Morte dos Primogênitos, Bney Yisrael, no Mitzráyim, colocaram sangue
sobre os batentes e umbrais de suas portas. Poupei-os em mérito dessa mitzvah, a
fim de que vivam para se tornarem Meus servos. Um judeu que, doravante, se
oferece para tornar-se escravo de outro ser humano deve ser denominado na frente
de um batente!”
Isto deve fazer o homem refletir: “Ha'Shem preferiria que Lhe servissem, e não a um
amo humano.”
Mais ainda, a porta que conduz à rua foi escolhida como o local para este rito, a fim
de que os transeuntes possam censurá-lo, dizendo: “Por que você quer ser escravo,
se a lei da Torah lhe concedeu liberdade?”
De todos os órgãos, por que é a orelha que deve ser furada? Ha'Shem disse: “Que a
orelha seja furada, pois ela escutou no Monte Sinai: ‘Não roubarás’, e mesmo assim
seu proprietário ignorou o Mandamento e cometeu um roubo!”
AS LEIS DA SERVA JUDIA
Se um homem empobrece e vende suas posses, seus campos e sua casa, contudo ainda
não consegue honrar suas obrigações financeiras, pode então vender uma filha com idade
abaixo de doze anos como escrava.
Ela se torna criada numa casa judia. (Uma mulher, porém, não é vendida pelo Beit Din por
roubo.)
O dono da casa ou seu filho têm uma mitsvah especial da Torah de casar-se com ela.
A Torah, desta maneira, provê para ambos, o pai empobrecido e a filha.
Se o dono da casa se casa com ela, o dinheiro que pagou por sua aquisição constitui-se,
então, no dinheiro do kidushin (núpcias).
Se nem o dono ou o filho quiserem se casar com ela, devem cooperar assegurando que
seja redimida rapidamente, concordando em deduzir o tempo que já serviu do preço do
resgate. Se o pai que a vendeu se torna abastado, deve redimi-la.
Todas as leis concernentes ao tratamento respeitável que o amo deve dispensar ao
escravo hebreu também se aplicam à escrava judia.
Ademais, o amo não pode enviá-la em missões à feira ou mercado como um homem;
ao contrário, deve fazê-la ajudar a dona da casa.
Ela é libertada se mostrar sintomas de amadurecimento físico, se seu amo morrer, se
os seis anos de servidão findarem, ou se chegar o ano de Yovel. (As leis de um
possível prorrogação da servidão furando a orelha não se aplicam a moças).
PUNIÇÃO POR ASSASSINATO
Morte não-intencional Se uma pessoa mata alguém por engano, não tendo intenções
de causar-lhe dano, deve fugir para uma das cidades refúgio (arê miklat). São cidades
de refúgio especiais, estruturadas para este propósito (como será explicado
futuramente na Parashah de Maasseh).
Assassinato premeditado Um homem que deliberadamente mata outro na presença
de testemunhas, e após ter sido advertido sobre a proibição da Torah de cometer
assassinato, é passível de pena capital pelo Beit Din.
A PROIBIÇÃO DE UM JUDEU FERIR OS PAIS E MALDIZÊ-LOS
Um rapaz acima de treze anos ou uma moça acima de doze, que desfere um golpe
em um de seus pais, causando um ferimento que sangre é passível de pena capital,
contanto que a criança tenha sido advertida, e duas testemunhas tenham
presenciado o ato.
Ferir deliberadamente os pais é o auge da ingratidão com aqueles que o trouxeram a
este mundo, e fizeram-lhe tanta bondade.
O Talmud nos relata que o grande erudito de Torah, Rav, nunca permitiu a seu filho
tirar-lhe um espinho da mão ou pé, para que o filho não provocasse um
sangramento no pai. Um rapaz acima de treze anos e uma menina acima de doze que
amaldiçoam um dos pais com um dos Nomes de Ha'Shem são passíveis de pena
capital, se foram advertidos e a maldição foi pronunciada na presença de duas
testemunhas. Esta lei se aplica mesmo se os pais já faleceram.
COMPENSAÇÃO POR FERIR UMA PESSOA
Se uma pessoa, desferindo um golpe em outra, causa-lhe danos em uma ou mais das
cinco maneiras abaixo, deve pagar restituição:
1. Nezek – causar ferimentos físicos
2. Tzaar – causar dor
3. Ripui – causar despesas médicas
4. Shevet – causar abstenção do trabalho
5. Boshet – causar humilhação
A seguir, explicações mais detalhadas sobre cada tipo de injúria:
1. Nezel – Se o agressor causa à vítima a perda, incapacidade ou ferimento de um
olho, dente, mão, pé ou qualquer outro membro ou órgão, o Beit Din calcula em
quanto o valor deste homem será diminuído por causa de sua deficiência, se fosse
vendido como escravo. O atacante deve pagar a soma que o Beit Din calculou como o
valor do membro. (O valor dos membros ou órgãos não pode ser padronizado, uma
vez que sua importância varia de acordo com a profissão do homem. Alguém que
ganha a vida com trabalho manual e perde a mão recebe compensação maior que
um intelectual que perde a mão.)
2. Tzaar – Além de compensar a vítima pelo dano sofrido com a perda, incapacidade
ou ferimento de um membro, ele deve pagar por qualquer dor causada pelo
acidente. A quantia depende da gravidade da dor.
3. Ripui – O atacante é responsável pelos honorários e outras despesas médicas
resultantes do ferimento.
“Sou fazendeiro”, retrucou.
“Quem faz as uvas de seu vinhedo crescerem?” perguntaram.
“O Criador”, foi a resposta.
“Por que, então, você semeia, ara e cultiva o vinhedo, intrometendo-se em Seus
assuntos?” perguntaram.
“O vinhedo não produzirá”, respondeu, “a menos que eu limpe a terra, tire as
pedras, fertilize e are a terra!”
Então responderam: “Agora percebe a tolice de sua pergunta! Os homens reagem da
mesma maneira que as plantas do campo; como a planta se desenvolverá apenas se
for nutrida e aguada adequadamente, assim o corpo humano florescerá somente se
lhe fornecerem nutrição e medicamentos adequados.”
4. Shevet – Se o agressor causar perda financeira à vítima, impedindo-a de
comparecer ao trabalho, deve pagar por cada dia que a vítima faltou ao trabalho.
5. Boshet – Mesmo que um homem insulte outro verbalmente, ou desfira um golpe
que não causa dano real, mas apenas o humilha, o assunto é levado ao Beit Din. Os
juízes estimam a compensação financeira que é devida à vitima pela vergonha
sofrida. O atacante deve pagar a soma determinada pelo Beit Din.
Embora o atacante compense a vítima pelos danos, Ha'Shem não o perdoa a menos
que se peça perdão à vítima. Esta não deve ser mesquinha, e deve perdoar o
atacante.
Dano causado por um animal pertencente a um
judeu
Se um judeu é proprietário de um animal e este causa dano a outro judeu, a Torah
estipula quanto deve pagar pelo prejuízo.
Se um dos seguintes animais causa dano, o dono é responsável pelo pagamento total
do prejuízo: lobo, leão, urso, pantera, leopardo ou serpente. Como são animais
selvagens propensos a causar danos, o dono é completamente responsável pelos
seus prejuízos. Não adianta dizer que ele domesticou o animal; ele deveria tê-lo
guardado cuidadosamente para evitar danos.
Se um animal doméstico – em geral inofensivo – causa dano, o dono deve pagar
metade do dano. Se o animal tem chifre, como o boi ou a cabra, mas geralmente não
ataca com seus chifres, o dono paga a metade dos danos.
Se um animal ataca uma pessoa ou outro animal em três ocasiões, o dono é
advertido pelo Beit Din que cuide do animal. Este é considerado um muad, um
animal “advertido”. Depois disso, o dono deve pagar a totalidade dos danos
causados pelo animal.
Que acontece se um animal de um judeu mata outro judeu?
O animal é apedrejado pelo Beit Din até morrer. É proibido ao dono fazer o abate do
animal antes de ser apedrejado, para comê-lo ou vendê-lo.
Se este animal já matou pessoas com os chifres em três ocasiões, e o dono já foi
advertido, é considerado um animal “muad”. O dono então paga uma soma de
dinheiro estipulada pelo Beit Din à família da vítima.
Se o animal não foi “advertido”, é apedrejado, mas o dono não deve pagar nenhum
dinheiro.
Restituição de propriedade roubada
A Torah nos proíbe tomar o que não é nosso. Roubar é proibido, mesmo que o objeto
seja de pouco valor.
Se um judeu roubou algo de outro judeu, deve compensá-lo pelo roubo da seguinte
forma:
Se duas testemunhas notam um artigo roubado entre as posses de um homem, ou
em sua propriedade, o ladrão deve devolver o artigo, e ainda acrescentar o
equivalente de seu valor em espécie. Se já não puder devolver o artigo roubado,
deve restituir o dobro do valor do artigo, pagando o dobro do que roubou (kefel).
Esta lei aplica-se apenas nos casos em que o ladrão agiu furtivamente (ganav).
Contudo, se alguém roubou em plena luz do dia (gazlan), deve restituir apenas o
item roubado, mas não o valor em dinheiro. O ganav é considerado mais culpado
que o gazlan, pois ao agir secretamente, demonstrou que teme apenas as pessoas,
mas não o El Shaddai.
A Torah exige reembolso maior para um boi ou carneiro roubado.
Se alguém rouba um boi, abate-o e vende, deve reembolsar o valor de cinco bois. O
reembolso por um carneiro roubado é de quatro carneiros.
A Torah pune o ladrão de bois e carneiros mais severamente que o roubo de
qualquer outra propriedade, pois esses animais constituem a posse mais valiosa de
um fazendeiro, sem a qual sua subsistência fica ameaçada.
Por que o reembolso por um carneiro é quadruplicado, enquanto a Torah exige
reembolso de cinco bois para um boi roubado?
1. O boi é o mais valioso dos dois, uma vez que realiza trabalhos para seu dono,
enquanto o carneiro não.
2. Deste modo Ha'Shem nos ensina que Se preocupa com a honra de cada ser
humano, até com a de um ladrão.
Enquanto rouba o carneiro, o ladrão se degrada, pois o carrega sobre os ombros. Um
boi, porém, é facilmente levado embora. Ha'Shem leva sua vergonha em
consideração, e diminui o pagamento.
A proibição de enganar
A Torah considera ladrão não apenas aquele que rouba propriedade, mas também o
que age de maneira enganosa com outros.
Incluídos nesta categoria estão:
✓Aquele que insiste para que o outro jante consigo, enquanto em seu íntimo não
deseja tê-lo como visita – hipocrisia.
✓Aquele que oferece presentes a outro, sabendo de antemão que este não os
aceitará – hipocrisia.
✓Um vendedor desonesto no que concerne a pesos e medidas.
✓O vendedor que mistura artigos de qualidade com mercadoria inferior, enganando,
assim, o comprador – também vendedor desonesto.
Hipocrisia: Uma pessoa hipócrita é aquela que finge ser o que não é, seja através de
religião, virtudes, características, ideias, sentimentos, e etc. A pessoa hipócrita finge
ter algo que não tem, seja para agradar aos outros, se aproximar de um determinado
grupo, ou até mesmo para melhorar a sua própria autoestima.
Hipocrisia é o ato de fingir ter crenças, virtudes, ideias e sentimentos que a pessoa
na verdade não possui, frequentemente exigindo que os outros se comportem
dentro de certos parâmetros de conduta moral que a própria pessoa extrapola ou
deixa de adotar.
Hipocrisia é a recusa de aplicar a nós mesmos os mesmos valores que se aplicam a
outros.
"A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude". Ou seja, todo hipócrita
finge emular comportamentos corretos, virtuosos, socialmente aceitos.
Um exemplo clássico de ato hipócrita é denunciar alguém por realizar alguma ação
enquanto realiza ou realizava a mesma ação.
“Hipocrisia é um vício que está na moda” - Rabino Avraham Stiefelmann.
Vendedores Desonestos: Realizam discursos empolgantes a respeito do produto,
prometendo ao cliente aquilo que não podem cumprir. Dizem que o item é capaz de
fazer algo que de fato não podem realizar. Escoram-se nas letras miúdas dos
contratos, e procuram passar toda a confiança necessária apenas no discurso. É o
chamado “papo de vendedor”.
Vendedores desonestos estão preocupados apenas com o lucro. Na visão deles,
pouco importa o cliente e sua satisfação pós compra. Logo, empurram produtos que
vão além da necessidade do comprador, enchendo o estoque do consumidor com
produtos vencidos e inúteis.
Se agimos como um vendedor que costuma praticar uma dessas duas atitudes
acima, devemos desistir de protestar contra o governo. A mudança deve começar
por nós. Se na atual atividade há tamanha desonestidade, imagine se estivessemos
em uma alta posição pública?
Mas, cuidado em não chamar alguém de desonesto: é Lashon Hará e é Crime -
Calúnia, difamação e injúria - os crimes contra a honra.
Porém, que pratica e é provado essa prática, isso é denominado de ato de
improbidade praticado por empregado caracterizando da justa causa trabalhista.
“Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.” Mishlei
- Provérbios 26:19.
“Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano;”
Mishlei - Provérbios 26:24.
“Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus
lábios.” Mishlei - Provérbios 24:28.
“Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece
ao Ha'Shem o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Ha'Shem dos
Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios.” Malachi - Malaquias 1:14
Algumas leis sobre danos causados pelo fogo
Se um judeu acendeu um fogo que causou dano, tem de pagar o dano completo.
Mesmo que tenha feito o fogo em sua propriedade, se este se estender à
propriedade de outra pessoa, deve pagar a totalidade.
Se o fogo causou dano a outro judeu, o homem que causou o incêndio deve os cinco
danos enumerados acima (“Compensação por ferir uma pessoa”).
Se um judeu é responsável pelo incêndio da casa de outra pessoa, paga não somente
pela casa como por tudo que ela contém.
O que o judeu deve pagar se usar os bens de
outro judeu e os estragar
A Torah divide as pessoas que cuidam dos bens de outrem em quatro grupos:
1. Shomer Chinam / Guardador não pago – Se um judeu cuida da propriedade de
outro como favor, sem cobrar, e por acidente perde ou estraga algo, deve pagar pela
perda e dano? Segundo a Torah, o guardador não pago não tem a obrigação de
devolver o que estragou. Os juízes do Beit Din o fazem jurar que não foi negligente
no cuidado do animal ou da propriedade. Se foi negligente ou se causou o dano de
propósito, deve pagar por ele.
2. Shomer sachar / Guardador pago – Se um judeu contrata outro para cuidar de
seus bens, e o zelador estragou alguma coisa por acidente, não tem obrigação de
pagar por ela. Porém, se algo foi roubado ou perdido, tem que pagar por aquilo.
3. Socher / Uma pessoa que aluga um animal ou objeto – As leis relativas à pessoa
que aluga um animal ou objeto de outro judeu são as mesmas que as aplicadas no
segundo caso, Shomer Sachar.
4. Shoel / Uma pessoa que pede um objeto emprestado – Se um judeu pede
emprestado algo que pertence a outro judeu e o perde ou é roubado, ou
acidentalmente se quebra, deve pagar por ele. Não obstante, se o quebra ou danifica
durante o uso normal, não é obrigado a pagar por ele.
A mitsvah do Bet Din de executar quem pratica
feitiçaria
O Beit Din deve executar alguém que pratica feitiçaria em Êretz Yisrael.
Apesar de a Torah enunciar a advertência dizendo: “Não permita que uma bruxa
viva”, homens e mulheres devem igualmente ser punidos.
A razão por que a Torah especifica mulheres é porque bruxaria era mais comumente
praticada por mulheres.
Quando o Todo Poderoso concedeu aos tzadikim poder para realizar milagres, Ele
simultaneamente também concedeu à humanidade a habilidade de realizar
feitiçaria, através dos poderes da tum’ah (impureza).
Assim sendo, as pessoas têm livre arbítrio para discernir entre a luz e a escuridão.
Exercer bruxaria é considerado rebelião e negação dos Poderes do Céu.
“Porque a rebelião (desobediência contumaz) é como o pecado (chatá) de feitiçaria
(magia “negra”), e o porfiar (desobediência) é como iniquidade (avon) e idolatria
(terafim - deuses domésticos / “espíritos familiares” – idolatria de não judeu).
Porquanto tu rejeitaste a palavra de Ha'Shem, ele também te rejeitou a ti, para que
não sejas rei”. Shmuel Áfef - I Shmuel 15:23
GER SHEKER (prosélito insincero) - aquele que ocultava a preservação de costumes e crenças de sua fé de origem;
GER TSEDEK / HATZADIK (prosélito justo) - aquele que se convertia com conhecimento do judaísmo, com sinceridade e com compromisso;
GER G'ERURIM (um converso auto-realizado) - não formalmente admitido e convertido, mas que é recebido informalmente pela comunidade
(Avodat Zara 3b);
GER ARIOT (prosélito por medo) (Hull 3b) - aquele que é pressionado direta ou indiretamente para a conversão. O exemplo clássico é os
"gerei Mordechai vê-Esther" -- conversos de Esther. (Esther 8:17);
GER CHALOMOT (prosélito por sonho) - conversos por conselho místico, por sonho ou por interpretador de sonhos (San. 85b);
GERIN TO'IN (prosélitos em erro) - conversos que não seguem os direcionamentos do Judaísmo mesmo sem traí-los por outros preceitos.
(Iev. 25a).
Guer - Estrangeiro - Converso
• GER TOSHAV (prosélito residente) - aquele que para adquirir cidadania limitada na
Palestina, renunciava à idolatria. (Gittim 57b);
• GER SHÊKER (prosélito insincero) - aquele que ocultava a preservação de costumes e
crenças de sua fé de origem;
• GER TZÊDEK / HATZADIK (prosélito justo) - aquele que se convertia com conhecimento
do judaísmo, com sinceridade e com compromisso;
• GER G'ERURIM (um converso auto-realizado) - não formalmente admitido e convertido,
mas que é recebido informalmente pela comunidade (Avodat Zara 3b);
• GER ARIOT (prosélito por medo) (Hull 3b) - aquele que é pressionado direta ou
indiretamente para a conversão. O exemplo clássico é os "gerei Mordechai vê-Esther" --
conversos de Esther. (Esther 8:17);
• GER CHALOMOT (prosélito por sonho) - conversos por conselho místico, por sonho ou
por interpretador de sonhos (Sanhendrin 85b);
• GERIm TO’IM (prosélitos em erro) - conversos que não seguem os direcionamentos do
Judaísmo mesmo sem traí-los por outros preceitos. (Iev. 25a).
GER CHALOMOT (prosélito por sonho) - conversos por conselho místico, por sonho
ou por interpretador de sonhos (San. 85b);
“A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas
nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. Ya'akov - Tiago 1:27.
Não amaldiçoar um juiz, apesar de discordar de
sua decisão
Além da proibição de não amaldiçoar nenhum judeu, Ha'Shem nos deu um
mandamento especial, que proíbe amaldiçoar os juízes (dayanim) do Beit Din.
A proibição envolve amaldiçoá-los usando o Nome de Ha'Shem.
Um homem que tinha um litígio judicial foi absolvido pelo juiz.
Ao deixar o tribunal, era só elogios ao juiz, proclamando a todos que homem
maravilhoso era ele.
De outra vez, teve outro processo judicial, que foi presidido pelo mesmo juiz.
Desta vez, foi declarado culpado, “Este juiz é um perfeito idiota!” declarou, deixando
o tribunal.
É proibido amaldiçoar um juiz, um rei ou o líder do San'hedrin (Supremo Tribunal).
Algumas leis aplicáveis a juízes, testemunhas e
réus
✓Um juiz está proibido de escutar os argumentos de um litigante se o outro estiver
ausente. Ambos devem estar presentes ao mesmo tempo. Assim, se uma parte
disser algo errado, a outra parte está ali para contradizê-la.
✓O Bet Din pode não aceitar o testemunho de um perverso (rashah). Os juízes não
podem aceitar como testemunha um judeu que cometeu um pecado pelo qual
poderia ser condenado à morte, por exemplo fazer trabalho (melachah) proibido
em Shabat. Também não se aceita uma testemunha que cometeu um pecado pelo
qual poderia ser açoitado (malkut). Também não são aptas a testemunharem
pessoas que permitem que seu gado paste nos campos dos outros, e um apostador
profissional.
✓O veredicto é pronunciado de acordo com o voto majoritário dos juízes.
Um não-judeu perguntou a Rabi Yehoshua ben Karcha: “Sua Torah não ordena seguir
a maioria? Nós, idólatras, ultrapassamos muito o número de judeus. Vocês não são,
então, obrigados a se juntarem a nós?”
“Você tem filhos?” indagou Rabi Yehoshua.
“Tenho”, respondeu o não-judeu. “Você tocou num ponto sensível, lembrando-me
de meus problemas.”
“Por quê?” perguntou Rabi Yehoshua.
“Nunca desfrutamos uma única refeição em paz”, replicou o não-judeu. “Quando nos
sentamos para comer, um filho declara que seu deus deve ser abençoado, enquanto
outro clama que deve-se reverência à sua divindade.
Ao fim da refeição, todos estão machucados por causa da briga. Um tem hematomas
na testa, e o queixo de outro está ferido.”
“Por que você não promove a paz entre eles?” perguntou Rabi Yehoshua, “E decide
que deus devem adorar?”
“Sou impotente nesse assunto”, admitiu o não-judeu.
“Veja”, declarou Rabi Yehoshua, “que vocês não são maioria, pois discordam entre si
sobre que deus adorar.”
Para garantir que os votos não sejam divididos em duas partes iguais, o número de
juízes indicados ao Beit Din deve ser sempre ímpar.
Para decidir um caso relativo a dinheiro, o Beit Din deve ser sempre integrado por
pelo menos três indivíduos.
Para decidir um caso de vida ou morte, o Beit Din deve ter pelo menos vinte e três
juízes. Para condenar à morte o acusado, o voto da maioria não é suficiente. Deve
haver uma maioria de pelo menos dois votos.
Portanto, a pena capital só é aplicada se treze juízes considerarem o réu culpado.
Para absolvição, contudo, o voto majoritário por um é suficiente.
Um juiz não pode basear sua opinião sobre a de um juiz maior, ou sobre a da maioria
dos juízes, raciocinando:
“Sua conclusão com certeza está certa.” Exige-se de cada juiz que esclareça o caso
em sua mente e decida verdadeiramente, mesmo se sua conclusão seja oposta ao
ponto de vista da maioria. Se perder então a votação, não será responsável pelos
resultados.
A advertência para não mentir
“Midvar shêker tirchak – afaste-se de uma mentira!” Este mandamento é direcionado a
cada judeu. Adverte-o para que evite envolver-se em qualquer mentira ou fraude, pois “O
Selo de Ha'Shem é a Verdade.” Há uma advertência geral para que um juiz evite o que quer
que possa distorcer a veracidade do julgamento.
Algumas implicações disto são:
1. Um juiz que percebe que errou não deve tentar procurar provas para substanciar sua
sentença prévia, a fim de não admitir seu erro.
2. Se um juiz ou testemunha estão cientes de que um de seus colegas é desonesto, deve
recusar tratar um caso junto com ele, mesmo se for conduzido de acordo com a lei.
Se o juiz tiver a impressão de que a testemunha está mentindo, mesmo se não conseguir
provar, deve retirarse do processo, preferencialmente a decretar o veredicto. Que não diga:
“Não é minha responsabilidade – a testemunha carregará a culpa.”
3. Se um dos litigantes comparecer ao tribunal vestido elegantemente e o outro em
andrajos, deve-se ordenar que ambos vistam o mesmo tipo de trajes no tribunal, para não
distorcer a objetividade do juiz.
O alfabeto hebraico começa com a primeira letra álef א, e termina com a última letra
tav ת. Cada letra tem um significado que por si só traz conceitos profundos sobre a
vida e como o Eterno criou o universo. Encorajo a todos a estudarem essa fonte de
água viva.
A palavra verdade em hebraico é אמת- emet composta por 3 letras: Aleph, Mem e
Tav. Sendo:
Aleph a primeira letra. Mem a letra do meio. Tav a última letra.
Quando contamos as letras do Aleph até ao meio do alfabeto chegamos ao Mem que
é a 13ª letra. Quando contamos as letras do fim (Tav) até ao meio do alfabeto o Mem
também é a 13ª letra se contarmos as letras “sofits” ou letras finais.
A própria construção da palavra nos indica sua essência e verdade, como na
gematria* hebraica o Alef vale 1, o Mem vale 40 e o Tav vale 400 reflete a
representação de uma proporção completa, um acréscimo de valores indicando o
valor da verdade e também um equilíbrio entre o início, o meio e o fim. A verdade
sempre será verdade no inicio, no meio e no fim com um acréscimo de sua
veracidade a medida que afirmamos a mesmo. Notem no desenho da palavra
verdade (Emet) que as letras tem 2 pontos de contato com a linha onde se escrever
indicando que a verdade é firmada concretamente e ancorado em algo sólido.
A palavra mentira em hebraico é שקר- Sheker, escrita em três letras: Shin, Kof, Resh.
A primeiro letra é Shin.
A segunda letra é Kof.
A terceira letra é Resh
A palavra mentira em hebraico é שקר- Sheker, escrita em três letras: Shin, Kof, Resh.
A primeiro letra é Shin.
A segunda letra é Kof.
A terceira letra é Resh
Aos produtos de consumo cru, como vegetais, frutas e verduras, deve-se ter maior
atenção no preparo já que o consumo de insetos e vermes é proibido.
Certificação Kosher
Para que os judeus possam se alimentar de produtos processados com confiança,
seguramente elaborados de acordo com as diretrizes da alimentação Kosher, foi
pensado o Certificado Kosher, que é hoje mundialmente reconhecido.
Evidenciado como um selo na embalagem dos produtos industrializados, o
Certificado Kosher é um documento emitido para atestar que o processo industrial
de determinada empresa, em determinada linha de produção, obedece as normas
específicas da dieta judaica ortodoxa.
As etapas para a certificação Kosher envolvem: pesquisa documental de
constituintes e matérias primas do produto em vistas de certificação, além da
obtenção de informações detalhadas de todo o processo de fabricação. Nesta fase,
algumas análises laboratoriais de verificação de autenticidade, como detecção de
resíduos de origem suína nos produtos, podem ser solicitadas. Após uma avaliação
de documentos a distância, a visita de um rabino ortodoxo na planta de produção é
determinante para a obtenção do certificado Kosher.
Os produtos com aprovado certificado Kosher são avaliados permanentemente,
sendo que o certificado tem duração de um ano. Após este período é possível uma
renovação mediante nova auditoria de um rabino.
Fundamentos da alimentação Halal
Assim como para os alimentos Kosher, os alimentos Halal, são produzidos de acordo
com determinadas regras embasadas na orientação religiosa mulçumana, orientadas
pelo Al Koran.
A orientação islâmica sobre a dieta determina que o o consumidor verifique se o
produto está em conformidade com as regras religiosas, já que, para eles, o alimento
pode influenciar a alma, o comportamento e a saúde física e moral do ser humano. E
aquilo que está em conformidade, é lícito ou autorizado é denominado Halal.
Animais que vivem tanto na terra como na água, como crocodilos e jacarés.
Suínos e seus derivados.
Sangue e derivados do sangue.
Animais carnívoros.
Répteis e insetos.
Álcool e intoxicantes como vinho, álcool etílico, licores, etc.
Toda carne que no momento do abate não seja invocado o nome de Allah.
Haftarah
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https://www.chabad.org/parshah/article_cdo/aid/2797/jewish/The-Logic-of-the-Mitzvot.htm
De maneira geral, as mitzvot são divididas em duas categorias: mishpatim lógico ("leis" ou
"julgamentos") e chukkim supra-racional ("decretos").
Os mishpatim são mitzvot como o mandamento de fazer caridade ou as proibições contra
roubo e assassinato, cuja razão e utilidade são óbvias para nós, e que possivelmente
teríamos instituído por nós mesmos se Ha'Shem não os tivesse ordenado.
Os chukkim são aquelas mitzvot, como as leis dietéticas ou as leis da pureza familiar , que
aceitamos como decretos divinos, apesar de sua incompreensibilidade e - no mais
extremo dos chukkim - de sua irracionalidade.
[Uma terceira categoria, o edot ("depoimentos"), ocupa o meio termo entre os decretos e
as leis. Um testemunho é uma mitzvah que comemora ou representa algo - por exemplo,
os mandamentos de colocar tefilin , descansar no Shabat ou comer matzah na Páscoa .
Essas são leis que não teríamos criado por nós mesmos, certamente não da maneira exata
em que a Torah ordena; no entanto, são atos racionais.
Uma vez que seu significado é explicado para nós, podemos apreciar sua importância e
utilidade. No entanto, cada um destes termos - mishpatim , chukkim e edot - também é
usado pela Torah como sinônimo de "mitzvah" e uma referência para todos os
mandamentos da Torah.
Um caso em questão é a seção da Torah de Mishpatim ( Êxodo 21-24), que abre com as
palavras de Ha'Shem para Mosheh , "E estes são os mishpatim que você deve colocar
diante deles." As 53 mitzvot que se seguem são, de fato, leis principalmente lógicas, mas
também incluem uma série de "testemunhos" e pelo menos um "decreto" supra-racional
- a última mitzvot da série, que é a proibição de misturar carne com leite (" Não cozinhe
uma criança no leite da mãe ").
O ensino chassídico explica que cada mitzvah é, em essência, um chok supra-racional e,
ao mesmo tempo, cada mitzvah é também um mishpat compreensível .
Ha'Shem criou a mente humana e a lógica pela qual ela opera. Obviamente, então, seria
nada menos que ridículo supor que Ha'Shem deseja algo porque é lógico. Em vez disso, o
inverso é verdadeiro: algo é lógico porque Ha'Shem o deseja. Em outras palavras, o
motivo pelo qual o mandamento "Não mate" é lógico para nós é que Ha'Shem desejou
um mundo no qual a vida fosse sagrada e moldou nossas mentes de acordo com Sua visão
da realidade. Em essência, no entanto, "Não matar" não é mais lógico do que a mitzvah
de parah adumah (o mandamento de espalhar as cinzas da Novilha Vermelha sobre
alguém que foi ritualmente contaminado pelo contato com um cadáver - frequentemente
citado como o sufoco final).
Portanto, a racionalidade do mandamento "Não mate" é apenas uma "vestimenta"
externa por trás da qual reside a natureza essencial da mitzvah como a vontade supra-
racional de Ha'Shem.
Nas palavras do Tanya : "Os fundamentos das mitzvot não foram revelados, pois estão
além da razão e da compreensão. Também nos casos em que foi revelado e explicado uma
certa razão que é aparentemente compreensível para nós, esta é não ... a razão última,
pois dentro dela está contida uma sabedoria sublime interior que está além da razão e da
compreensão. "
Por outro lado, mesmo o decreto mais irracional tem seus elementos racionais que
podem ser analisados pela mente humana e apreciados por ela como lição de vida.
Como Maimônides escreve: "Embora todos os chukkim da Torah sejam decretos supra-
racionais ... é apropriado contemplá-los, e tudo o que pode ser explicado, deve ser
explicado."
Assim, cada mitzvah - seja classificado como um chok ou um mishpat - é basicamente um
decreto supra-racional que pode no entanto ser experimentado como um guia
esclarecedor vida.
Cada mitzvah é um ato de submissão à vontade divina, um ato que reconhece que nossas
mentes finitas não podem compreender os axiomas que são a base de nossa realidade e
devem, em última instância, aceitá-los com base na fé de seu divino concebedor. Ao
mesmo tempo, cada mitzvah é um ato racional no sentido de que se relaciona com nosso
eu racional e nos ajuda a alcançar uma melhor compreensão de nossa natureza e nosso
propósito na vida.
A única diferença entre chukkim e mishpatim é: qual dos dois elementos é dominante. O
chok enfatiza a supra racionalidade de nosso compromisso com Ha'Shem, enquanto o
mishpat enfatiza a função das mitzvot como educadores e iluminadores da vida humana.
Outra expressão dos chuk e Mishpat elementos dentro do mitzvot é a distinção entre
preceitos bíblicos (mitzvot d'oraita) e preceitos rabínicos (mitzvot d'rabbanan).
Os mandamentos bíblicos são as 613 mitzvot explicitamente ou implicitamente contidas
nos Cinco Livros de Mosheh. Os mandamentos rabínicos são as leis instituídas pelos
sábios ao longo das gerações. (Por exemplo, orar três vezes ao dia, recitar o Kadish após
os mortos, fazer uma bênção antes de comer, acender velas de Shabat e os festivais de
Chanukah e Purim são instituições rabínicas. Na verdade, uma grande parte do que
chamamos de "Judaísmo" é de origem rabínica.)
Ambos são igualmente obrigatórios para o judeu. Os sábios instituem suas leis pela
autoridade divina expressa no versículo: "E observareis tudo o que eles vos instruírem" (
Deuteronômio 17:10) . Assim, a bênção recitada antes do cumprimento de uma mitzvah -
"Bendito sejas, Ha'Shem nosso Ha'Shem, Rei do Universo, Que nos santificou com Seus
mandamentos e nos ordenou a ..." - é recitada por meio de rabinos mitzvot também.
Ha'Shem é o único comandante de uma mitzvah, seja ela escrita ou aludida em Sua Torah,
ou instituída por seres humanos a quem Ele concedeu a autoridade para interpretar e
salvaguardar Suas leis e legislar a vida judaica.
No entanto, a halachah (lei da Torah) distingue entre as leis bíblicas e rabínicas, aplicando
um conjunto diferente de padrões para cada uma das duas categorias.
Uma dessas diferenças é que, de acordo com muitas autoridades haláchicas, as leis
bíblicas definem a natureza de seu objeto , enquanto os graus rabínicos são apenas
proibições para a pessoa.
Por exemplo, se a lei bíblica proíbe determinado alimento, isso indica que a própria
substância do alimento é intrinsecamente negativa e profana; por outro lado, a proibição
rabínica de um determinado alimento é estritamente uma proibição para a pessoa não
comê-lo.
À primeira vista, isso parece indicar que as mitzvot rabínicas são menos "reais" do que as
bíblicas; que enquanto a lei bíblica afeta a própria natureza de seu assunto, a lei rabínica é
sobreposta à vida humana, tendo autoridade para ordenar e instruir, mas não para definir
a realidade. Em um nível mais profundo, entretanto, isso alude ao fato de que a lei
rabínica é a expressão mais profunda da essência da mitzvah como vontade divina.
As mitzvot bíblicas definem a natureza de nosso mundo, expressando o fato de que seu
elemento predominante é o papel da mitzvot como modelador e iluminador da realidade
criada. Não é assim com o mandamento rabínico, que se preocupa apenas com o que o
homem deve ou não deve fazer, não com como isso afeta a ele ou a seu mundo. Assim,
ele afirma o elemento "decreto" da mitzvah: a mitzvah visto que transcende todas as
relações com a vida física, seu único propósito sendo o cumprimento de um desejo divino.
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https://www.chabad.org/parshah/article_cdo/aid/5028249/jewish/Halacha-Motion.htm
Há uma pequena parábola maravilhosa que ouvi em meus dias de yeshivah :
Yankel (forma em Yídish para Yaakov), um judeu shtetl pobre e analfabeto, estava
celebrando o casamento de sua única filha.
De pé exuberantemente sob a chupah, prestes a ver sua filha alcançar a felicidade
vitalícia, ele foi distraído por um grito distante.
Era o pregoeiro correndo, trazendo uma importante carta endereçada a ele.
Incapaz de ler, Yankel entregou a carta ao escriba da cidade.
Examinando o documento, um olhar superficial passou por seu rosto. Ele se inclinou para
Yankel e sussurrou algo em seu ouvido. " Oy vey !" Yankel gritou e desmaiou no local.
O que estava na carta?
Yankel, sinto dizer, mas seu pai faleceu.
Agora, vamos pensar sobre isso por um momento. Dos dois, Yankel e o escriba, quem
melhor entendeu o conteúdo da carta? Alguém poderia argumentar que era o escriba,
pois ele podia ler, enquanto Yankel não.
Por que, então, Yankel reagiu tão dramaticamente à mensagem e o escriba não?
Porque era seu pai, não do escriba.
É um pequeno dispositivo retórico excelente para transmitir uma ideia importante: a
diferença entre simplesmente entender algo e realmente "entendê-lo".
E é o ingrediente mágico que precisamos injetar em nossas vidas religiosas agora.
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A Promessa da Terra
Eis que eu envio um anjo diante de ti, para te guardar no caminho e te levar (trazer) ao
lugar que eu preparei... à terra dos emorim - emoritas, hitim - hititas, perizim - perizeus,
kena'anim - cananeus, hivim - heveus e yevusim - jebuseus; e eu os destruirei...
Em um ano não os expulsarei de diante de você, para que a terra não fique desolada e os
animais selvagens se multipliquem contra você.
Pouco a pouco os expulsarei de diante de você, até você aumentar e herdar a terra.
Estabelecerei as tuas fronteiras desde o Yam Suf - Mar Vermelho até o mar dos filisteus, e
do deserto ao rio...
Não farás aliança com eles ou com seus deuses.
Não habitarão na tua terra, para que não te pequeis contra mim; pois se você servir aos
deuses deles, certamente será uma armadilha para você.
Sete Nações de Canaã / Kena’an
Todos os descendentes de Cão / Cham se tornaram um “problema” para os projetos de Deus na terra
• FILISTEUS – Pilishtim
• “povos do mar” - “destruidores de civilização” – Dagon (versão masculina da sereia),
Baal-Zebu (Ha'Shem das moscas) e Astarote (fertilidade – sexo livre) eram os deuses
dos filisteus.
• AMORREUS – Emorim
• Os amorreus eram ocupantes de toda a região montanhosa que se estende desde o
Mar Morto até às terras de Hebron. Ocupavam as encostas das montanhas que
ficam próximas à Jerusalém, o exato lugar que Deus havia prometido para Abraão e
seus descentes. Eles eram de pele clara, olhos azuis, cabelos claros, barbas
pontudas e nariz aquilino. Pelas descrições encontradas nos livros históricos
babilônicos e egípcios, eles eram homens bonitos, de boa aparência.
• HETEUS – Hitim
• Em função de já estarem na terra e dela serem desapossados, eles aparecem na
relação de inimigos do povo de Deus. Se infiltravam pelas “alianças” e “gentileza”
para com o povo de Israel. Os heteus eram um povo feio, de pele amarela, estando
as suas feições mongólicas fielmente reproduzidas nos seus próprios monumentos e
nos do Mitzráyim.
• CANANEUS – Kena’anim
• Os cananeus era os principais adoradores de Baal. O culto a Baal era caracterizado
pela perversão, tendo o sexo como ponto de partida. Através deste culto se difundia
entre os cananeus práticas abomináveis aos olhos de Deus. Incesto; O desrespeito
ao período da purificação da mulher; A cópula indevida ou ilegítima; O sacrifício
humano; O homossexualismo como prática de subserviência; Zoofilia.
• HEVEUS – Hivim
• Foi um Heveu violentou Diná, filha de Yaakov.
• JEBUSEUS – Yevusim
• Resistiram aos ataques de Yehoshua e de seus exércitos; adoravam seu deus baal e
sua deusa astorete. Possuiam fortalezas impenetráveis.
• Perizeus – Perizim
• Provavelmente eram cananeus que optavam por um estilo de vida diferentes, como,
por exemplo os ciganos, porque habitavam em tendas, em pequenas aldeias sem
muros que os protegessem.
Milagre
Ato ou acontecimento fora do comum, inexplicável pelas leis naturais.
Acontecimento formidável, estupendo. São intervenções de Ha'Shem,
aquilo que supera a nossa natureza e nossa compreensão.
Milagre não se explicam! Milagres se aceitam!
Milagres são presentes de Ha'Shem para nós!
Presente é surpresa! Surpresa não se conta!
Diz o ditado que errar é humano. E realmente é impossível que um ser humano nunca
erre, magoe ou cause danos aos outros, mesmo que seja sem intenção. Porém, está em
nossas mãos consertar os erros que cometemos, tanto materialmente quanto
psicologicamente. Um simples “me desculpe, eu errei”, “me perdoe” pode derrubar
muitas barreiras criadas por brigas e discussões.
Assumir o erro e pedir perdão é uma demonstração de maturidade e grandeza espiritual.
Por isso, apesar de errar ser humano, saber pedir perdão e perdoar é Divino.
Conclusão
Após a revelação no Sinai, Ha'Shem legisla uma série de leis para o povo de Israel .
Isso inclui as leis do servo contratado; as multas por assassinato, sequestro, agressão
e roubo; leis civis referentes à reparação de danos, concessão de empréstimos e
responsabilidades dos “Quatro Guardiões”; e as regras que regem a conduta da
justiça pelos tribunais .
Também estão incluídas leis que alertam contra maus tratos a estrangeiros ; a
observância das festas sazonais e os presentes agrícolas que serão levados ao
Templo Sagrado em Jerusalém; a proibição de cozinhar carne com leite; e a mitzvah
da oração. No total, a Parashah de Mishpatim contém 53 mitzvot - 23 mandamentos
imperativos e 30 proibições.
Ha'Shem promete levar o Bney Yisrael à Êretz Yisrael e os adverte contra a assunção
dos costumes pagãos de seus habitantes atuais.
O povo de Israel proclama: “Faremos e ouviremos tudo o que Ha'Shem nos ordena.”
Deixando Aaron e Hur no comando no acampamento israelita, Mosheh sobe o
monte Sinai e permanece lá por quarenta dias e quarenta noites para receber o
Torah de Ha'Shem.
Veja que interessante: Yehoshua desfez Amalek com sua espada!
Isso nos fala muito fortemente, pois Yehoshua representa Yeshua que com sua
espada (a Torah) derrota o inimigo! Halleluyah!
Porém, não nos esqueçamos daquilo que foi dito pelo Eterno: “E disse: Porquanto
jurou Ha'Shem, haverá guerra de Ha'Shem contra Amalek de geração em geração”
(Êx 17:16). A guerra contra o mal e a carne não findará! Por isso devemos estar
atentos para não cairmos em armadilhas que Amalek nos prepara a cada passo que
damos.
QUE HAJA PAZ ABUNDANTE EMANADA DOS CÉUS, E BÊNÇÃO DE VIDA SOBRE NÓS
E SOBRE TODO [O POVO DE] ISRAEL; E DIZEI AMÉM (CONGREGAÇÃO: AMÉM).
AQUELE QUE ESTABELECE (NOS DEZ DIAS ENTRE ROSH HASHANÁ E YOM KIPUR,
ACRESCENTA-SE: “A”) PAZ EM SUAS ALTURAS, POSSA ELE ESTABELECER PAZ PARA
NÓS E PARA TODO ISRAEL; E DIZEI AMÉM (CONGREGAÇÃO: AMÉM).
שה שָ לֹום
ֹּ ֶ ֹּע
Osseh shalom
Osseh shalom - שה שָ לֹום
ֹּ ֶ ֹּע
OSSEH SHALOM BIMROMAV ,שה שָ לֹום ִב ְׁמרֹומָ יו ֹּ ֶ ֹּע
HU YAASSEH SHALOM ALEINU קשה שָ לֹום ֲָ לֵינּו ֹּ ֶ ֲהּוא ַי
VEAL KOL ISRAEL
עמו ישְֹּׁ ָראֵ ל-כָל-וְׁ ֲַ ל
VEIMRU, IMRU.
AMEN.
וְׁ ִא ְׁמרּו ִא ְׁמרּו
:אָ מֵ ן
AQUELE QUE ESTABELECE PAZ EM SUAS
ALTURAS, POSSA ELE ESTABELECER PAZ PARA
NÓS E PARA TODO ISRAEL; E DIZEI AMÉM
(CONGREGAÇÃO: AMÉM).
ִב ְׁרכַת הכֹּ הקנִ ים
Birkat Ha'Kohanim
Birkat Ha'Kohanim – בִּרְכַּת הכֹּהֲנִּים
YEVARECHECHA ADONAY
VEYISHMERECHA. .ָיְבָרֶכְךָ ה' וְיִּשְמְרֶך
YAER ADONAY .ָיָאֵר ה' פָנָיו אֵלֶיךָ וִּיחֻנֶך
PANAV ELEYCHA
VICHUNEKA
ָיִּשָא ה' פָנָיו אֵלֶיך
YISSA ADONAY .וְיָשֵם לְךָ שָלוֹּם
PANAV ELEICHA
HA'SHEM TE ABENÇOE E TE GUARDE.
VEYASSEM LECHA, SHALOM.
FAÇA HA'SHEM RESPLANDECER SEU ROSTO SOBRE TI, E TE AGRACIE.
TENHA HA'SHEM MISERICÓRDIA DE TI E PONHA EM TI SHALOM.