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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

ÉRICA BEATRIZ OLIVEIRA BORGES


FERNANDA DIB FERREIRA DE CAMPOS

A RELAÇÃO INTERPESSOAL E A LINGUAGEM CORPORAL; PROCESSO DE


PERCEPÇÃO NAS RELAÇÕES HUMANAS E ATITUDES INTERPESSOAIS EM
AÇÕES DE SAÚDE .

UBERABA
2023

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ÉRICA BEATRIZ OLIVEIRA BORGES
FERNANDA DIB FERREIRA DE CAMPOS

A RELAÇÃO INTERPESSOAL E A LINGUAGEM CORPORAL; PROCESSO DE


PERCEPÇÃO NAS RELAÇÕES HUMANAS E ATITUDES INTERPESSOAIS EM
AÇÕES DE SAÚDE .

Seminário apresentado ao curso de pós


Graduação em atenção em saúde da
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
como requisito de avaliação da disciplina de
Didática e Comunicação
Professor(a): Dr° Jurema Ribeiro Luiz
Gonçalves

UBERABA
2023

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO………………………………………………………………………4

2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS……………………………………………………5

2.1 A TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DE PEPLAU…………………..6

2.2 IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS …………………………...7

2..ATUALIDADE E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ……………………………..8

3. A LINGUAGEM CORPORAL …………………………………………………….9

3.1 LINGUAGEM DO TIPO CINÉSICA ……………………………………………..10

3.2 LINGUAGEM DO TIPO PROXÊMICA…………………………………………..11

3.3 LINGUAGEM DO TIPO TACÊSICA……………………………………………..12

4. O PROCESSO DE PERCEPÇÃO NAS RELAÇÕES HUMANAS ……….13 e 14

5. ATITUDES INTERPESSOAIS EM AÇÕES NA SAÚDE…………………..15 -17

5.1 A JANELA DE JOHARI……………………………………………………...18 e 19

5.2 ESTILOS INTERPESSOAIS………………………………………..………..20 e 21


6. FATORES FACILITADORES/DIFICULTADORES E INTERVENÇÕES……
22

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………...………………………………….23
8.REFERÊNCIAS……………………………...……………..…………………….…24

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1. INTRODUÇÃO
Ao longo deste seminário iremos abordar as principais ideias acerca da
importância da comunicação não verbal nas relações internas das organizações, bem
como os principais tipos de linguagem corporal, o processo de percepção nas relações
humanas e as atitudes interpessoais nas relações de ações de saúde.

As relações interpessoais estão presentes no cotidiano das organizações e em


todas as ações sociais, torna-se necessário o desenvolvimento de habilidades que
capacitem os indivíduos a interagirem em grupo, sendo que, aqueles que as
desenvolvem estarão melhores preparados para conviver em sociedade.Todo ser
humano deve ser capaz de lidar consigo mesmo e com os outros.(WEIL, Pierre,2015,
p.5).

A semiótica estuda a linguagem através de sinais,sendo a linguagem cinésica,


proxêmica e tacêsica, tipos de linguagem corporal.O estreitamento de relações, o
ambiente de comunicação multimodal, veloz e intercultural no qual estamos
mergulhados, nos desafia a interpretar os signos, a comunicar de maneira eficaz e,
ainda, a exercer nossa identidade.(CORREIA, 2022).

O processo de percepção social está relacionado às informações que são


detectadas no ambiente ao redor e nos grupos aos quais pertencemos. Essa percepção
advém de conceitos pré estabelecidos e experiências anteriores já vivenciadas. Temos
atitudes positivas em relação a determinados objetos ou pessoas, o que nos predispõe a
uma ação favorável em relação a eles. Isso porque os componentes da atitude e
informações, afeto e predisposição para a ação – tendem a ser congruentes (BOCK,
2008).

Nesse contexto,as ações em saúde devem abranger a interdisciplinaridade com o


objetivo de promover as relações interpessoais e a comunicação, minimizar as
diferenças e ser eficiente nas propostas de Cuidado e de Promoção de Saúde, superando
as dificuldades, diante dos desafios na criação dos vínculos que estão relacionados ao
comprometimento e à responsabilidade com o próprio trabalho (SANTOS, 2015).

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2. RELAÇÕES INTERPESSOAIS

As relações entre os indivíduos de uma sociedade exige o estabelecimento de


vínculos, denominado relacionamento interpessoal. Desde a infância participamos da
vida familiar, escolar, atividades de lazer e durante todo o desenvolvimento, novas
interações ocorrem.O aprimoramento da práxis no que diz respeito ao desenvolvimento
social e emocional, são funções que se incorporam, aperfeiçoando todos os outros
aspectos humanos.(LIMA,2020)

A compreensão da importância da relação interpessoal e do desenvolvimento de


características como empatia, controle emocional e habilidades de comunicação
contribuem para o fortalecimento dos diferentes grupos sociais. “Entende-se por
relações interpessoais o conjunto de procedimentos que, facilitando a comunicação e as
linguagens, estabelece laços sólidos nas relações humanas”. como diz Antunes (2007,
p.09).

A convivência interfere nas percepções e nas ações dos seres, sob a influência
dos aspectos culturais da sociedade. Por conseguinte, a formação do indivíduo também
depende das instruções apreendidas no âmbito escolar e no relacionamento com todos
que compõe o ambiente.(LIMA,2020)

A comunicação exerce papel fundamental nas relações interpessoais , sendo


capaz de minimizar os problemas comuns ligados às diferentes formas de agir e pensar
dos participantes de diferentes grupos. Sem a comunicação todas as relações que se
estabelecem entre as pessoas e os diversos grupos humanos seriam impossíveis, sejam
relações comerciais, de trabalho ou afetivas.(PIMENTA,2002)

As relações interpessoais podem exercer influência positiva ou negativa no


modo como as pessoas vivem, relações salutares contribuem para nosso
desenvolvimento, por outro lado, podem afetar nossa produtividade e nossas ações
cotidianas.As relações interpessoais possuem uma dinâmica diferente e,
consequentemente, apresenta também desafios diferentes, uma vez que a relação
interpessoal é capaz de gerar consequências para o futuro na relação.(CORREIA,2022)

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2.1 A TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DE PEPLAU

A Enfermagem , como ciência, têm em suas teorias o papel de fundamentar as


ações práticas da enfermagem,de forma sistemática, validando de modo racional. As
teorias de enfermagem contribuem para a coordenação do trabalho e possibilitam
diferenciação das outras profissões ao estabelecer seus limites profissionais.
(MCEWEN,2009).

A Teoria das Relações Interpessoais de Hildegard Elizabeth Peplau aborda as


relações interpessoais e têm como finalidade explicar o processo interpessoal que
envolve paciente e enfermeiro, relacionando as causas e os efeitos dessa interação, e,
apresentando, como e porquê os elementos constituintes da teoria se relacionam.
(SANTOS,2004).

A teoria de Peplau, enfatiza a relação entre a Enfermagem e o cliente, baseada


em um mútuo protagonismo em prol da saúde e da recuperação. A exteriorização do
vínculo entre profissionais de enfermagem e os pacientes é o fator que intensifica a
relação interpessoal. O relacionamento interpessoal é recorrente no cuidado da
enfermagem e influencia a qualidade da assistência.(TELES, 2022).

Os quatros conceitos: enfermagem, saúde, pessoa e ambiente, fundamentam a


correlação entre antecedentes culturais, ambiente domiciliar e de trabalho devem ser
considerados; a teoria de Peplau é aceita nas áreas da psicologia em enfermagem, saúde
mental e enfermagem clínica, no nível de ensino e de pesquisa e, com menor proporção,
na prática(SANTOS,1996).

No contexto da análise das relações interpessoais, a teoria de Peplau têm a


Enfermagem como uma relação interpessoal, que é significativa e terapêutica e atua
como um apoio aos outros procedimentos humanos, possibilitando a saúde aos
indivíduos nas comunidades.(TOMEY,2004).

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2.2 A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

As relações interpessoais são essenciais para a melhoria do convívio, dos


serviços prestados e das boas práticas das ações, através da comunicação há o
fortalecimento do vínculo,uma vez que, é indispensável para a vida em sociedade.Toda
relação interpessoal mobiliza processos psíquicos. Estes processos se situam na origem
do desenvolvimento cognitivo e afetivo do ser humano.(CHANLAT, 2013).

A empatia, o respeito, a honestidade e a transparência fazem parte das ações que


fortalecem as relações interpessoais e em processo de socialização deve-se solucionar
dualismos divergentes; através da comunicação entre as partes oponentes. Dentro desse
contexto surge a comunicação como um fator fundamental para amenizar problemas,
visto como a ferramenta mais importante de favorecimento das boas relações.
(MAGALHÃES, 2022).

O isolamento social pode estar relacionado a problemas pessoais de saúde


mental, que incluem ansiedade e depressão e risco para a saúde mental, refletindo
nos pensamentos sentimentos e comportamentos que impactam a vidadas pessoas.
(CARARO,2021).
O relacionamento interpessoal merece maior atenção devido à sua
complexidade, já que lidamos com relação entre pessoas, cada uma com suas
características e personalidades diferentes,sobretudo, no campo de atuação da
Enfermagem deve-se incrementar desde a formação a atuação no que tange às
habilidades das relações interpessoais e do aperfeiçoamento técnico, favorecendo assim,
a eficiência da assistência de enfermagem ao paciente e sua competência profissional.
(RIBEIRO,2003).

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2.3 ATUALIDADE E AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS

A Internet, ainda que tenha consolidado seu surgimento há algumas décadas,


impactou profundamente nas relações sociais, transformando a comunicação em escala
mundial, sendo meio de comunicação rápido e eficaz, sendo um sistema que sustenta
uma grande complexidade técnica e social. A rede abrange dimensões gigantescas com
potencialidades surpreendentes no mundo.

As redes sociais são plataformas sociais virtuais compostas por pessoas


conectadas por vários tipos de relações, que dividem valores, objetivos, interesses e
ideologias comuns, possibilitando um relacionamento democrático e igualitário. Para
elas não existem barreiras geográficas que possam impedir a interatividade, não sendo
possível distinguir qual a distância real das relações fora do ambiente virtual.
(RADOMSKY, 2007).

As tecnologias possibilitam a comunicação integradas,estreitando as interações


sociais, constituindo uma ferramenta de extensões ampliadas, não somente ligando
indivíduos em relações diádicas, a rede passa a ser um recurso explicativo para um
conjunto específico de relações numa determinada sociedade(RADOMSKY, 2007).

Evidencia-se, assim, a forte influência que as redes sociais têm sobre as pessoas,
interferindo politicamente, socialmente, economicamente na sociedade , da mesma
forma que influencia os comportamentos mais simples, contudo,as pessoas tornam-se
mais dependentes. O ser humano passou a ser um “indivíduo virtual“, capaz de conviver
e integrar-se mais facilmente no ambiente das redes sociais, sendo o oposto no espaço
concreto e real.(RADOMSKY, 2007).

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3. LINGUAGEM CORPORAL

A comunicação é um processo de interação no qual compartilhamos mensagens,


idéias, sentimentos e emoções, podendo influenciar o comportamento das pessoas que,
por sua vez, reagirão a partir de suas crenças, valores, história de vida e cultura.
(SILVA,2020).

Freud, em 1988, inicia a percepção acerca da linguagem corporal e as


potencialidades terapêuticas e importância dessa forma de comunicação:

"Quem tem olhos para ver e ouvidos para ouvir pode


convencer-se que nenhum mortal pode guardar um
segredo. Se seus hábitos silenciosos ele conversa com
os dedos,a revelação transpira pelos poros (FREUD,
1996, p. 72)”.

Os conhecimentos acumulados sobre a linguagem corporal, demonstram o


quanto essa linguagem pode constituir elemento importante para a comunicação eficaz
entre os indivíduos. O esforço consiste em chamar a atenção para a linguagem do corpo,
mostrando que ela pode ser reveladora das relações de comunicação. O corpo fala,
expõe “verdades”, reforça ideias, favorece ou dificulta o entendimento; enfim, dá ênfase
à comunicação.(GOIS,2011).

Os tipos de comunicação variam a partir da expressão e pode ocorrer de forma


verbal e/ou não-verbal. A comunicação verbal exterioriza o ser social e a não-verbal o
ser psicológico, sendo sua principal função a demonstração dos sentimentos, sendo que
a linguagem corporal é uma forma complexa de interação interpessoal, da qual temos
pouca consciência, ocorrendo por vezes, à margem do nosso controle.(SILVA,2020).

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3.1 LINGUAGEM DO TIPO CINÉSICA

O termo cinésica diz respeito à linguagem corporal, caracterizada pelos gestos,


expressões faciais, olhar, características físicas e postura corporal. Conhecer a
linguagem do corpo é importante não apenas para trazer informações sobre o outro, mas
também para o autoconhecimento.Um dos aspectos importantes na cinésica é a
gestualidade. (BIRDWHISTELL, 1985; PEREIRA, 2008).

Todo movimento ou expressão corporal exibe um significado, e seus padrões


são influenciados pela cultura de cada um e por padrões adotados pela sociedade em que
se encontra inserido .Um dos aspectos importantes na cinética é a gestualidade. Os
gestos podem ser conceituados como movimento do corpo imbuídos de significados, e
funcionam como apoio na comunicação verbal, ou até mesmo como substitutos
(BIRDWHISTELL, 1985; PEREIRA, 2008).

Na cinésica, o rosto é a parte do corpo humano mais expressivo de linguagem


não verbal. O olhar é um primeiro sinal de interesse pela pessoa, pois ninguém é
insensível ao olhar do outro. Ele direciona o fluxo da conversa, controla a atenção,
retrata as emoções e as orientações culturais. A audição exerce papel imprescindível na
comunicação interpessoal, não essencialmente na sua função fisiológica de ouvir, mas
na função de escutar, termo “empatia” para designar a habilidade de imersão no mundo
subjetivo do outro e de compartilhar a sua vivência, mas sem perder a sua identidade
(PEREIRA, 2008).

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3.2 LINGUAGEM DO TIPO PROXÊMICA

O termo “proxêmica” para se referir às observações e teorias inter-relacionadas,


relativas ao uso que o ser humano faz do espaço como elaboração especializada da Ela
estuda o significado social do espaço e a sua estruturação, bem como os espaços
interpessoais que os comunicadores mantêm durante a interação a distância estabelecida
entre as pessoas e cultura” (HALL, 1981)

Comunicação proxêmica está vinculada a: regras culturais, situações e


circunstâncias, sentimentos, interrupções espaciais, interação entre os interlocutores,
idade, sexo, características físicas, personalidade, autoimagem, papel que desempenham
socialmente, e afinidades e existem três modos de espaço: as características fixas,
semifixas e o espaço informal. (HALL, 1981)

As características fixas são as disposições estruturadas inalteradas, e facilitam a


organização das atividades dos indivíduos e grupos..,as semifixas consistem na forma
como são dispostos o mobiliário, e o espaço informal relativo ao território pessoal em
torno do corpo e que se move com a pessoa O espaço informal inclui a distância entre as
pessoas, e é estabelecida em momentos de conversas informais e influenciadas pela
cultura.(HALL, 1981)

A linguagem proxêmica é constituída pelo o espaço pessoal e a territorialidade,


o espaço pessoal representa uma área de proteção localizada em torno do corpo da
pessoa, semelhante a uma zona energética ou bolha de proteção. Essa percepção faz
com que a pessoa tenha consciência de si. O distanciamento estabelecido entre as
pessoas se diferencia entre elas.

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3.3 LINGUAGEM DO TIPO TACÊSICA

O toque e suas características são estudados pela tacêsica, e comporta-se como


canal de comunicação não verbal. Devem ser analisados alguns aspectos em relação ao
toque, como: tempo, período, localização, extensão, modo, representação, parte do
corpo a ser tocada e sensação desencadeada.(SILVA,2013).

A comunicação tacêsica é um dos mecanismos mais importantes de contato com


o mundo, isso é perceptível já desde o nascimento da criança, quando usa o tato para
tocar o seio de sua mãe ao ser amamentada e os objetos que a rodeiam. Com o passar
dos anos, o tato vai se tornando mais contido e rígido, pelas exigências sociais e
culturais(SILVA,2013).

Pode ser instrumental (exercido durante um procedimento técnico); expressivo


ou afetivo (na manifestação de empatia, afeto e de aproximação); terapêutico (na técnica
terapêutica de imposição das mãos) e não deve estar condicionado apenas à realização
de procedimentos técnicos, mas demonstrar atenção, empatia, segurança e relação de
proximidade entre profissional e paciente (SCHMIDT; SILVA, 2013).

Entretanto, é necessário considerar as diferenças individuais e culturais de cada


pessoa. No caso de uma pessoa introspectiva, ela provavelmente rejeitará o toque; já
outros aceitam melhor essa forma de comunicação. O toque sofre interferências em
relação à qualidade e quantidade, a depender do estado emocional do profissional,
empatia, profissionalismo e características dos pacientes (SILVA, 2013).

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4. O PROCESSO DE PERCEPÇÃO NAS RELAÇÕES HUMANAS

A percepção é o processo pelo qual as pessoas tomam conhecimento de si, dos


outros e do mundo à sua volta. O processo perceptivo é uma ferramenta fundamental
nos relacionamentos, pois aguça a interpretação de sinais interiores e exteriores.
Provoca reflexões críticas gerando nas pessoas a necessidade de avaliar suas próprias
crenças como mecanismo de preservação da qualidade de vida e da sua identidade
humana(RIBEIRO, 2021).

Com relação à percepção interpessoal inclui a de si mesmo, não vemos as coisas


como elas são, mas através do que elas significam para nós, por esse motivo duas
pessoas chegam a “ver” coisas diferentes diante de uma mesma situação, existem vários
fatores que influenciam nossa apreensão (percepção) da realidade, ou seja, as
necessidades: de algum que estamos necessitamos no momento influencia a nossa
percepção, cresça: nossas crenças influenciam as nossas percepções e, em grande
extensão, determinam o nosso comportamento, não desistimos facilmente do que
acreditamos ser verdade, valores: percebemos mais prontamente aquelas coisas,
experiências e pessoas que valorizamos, admiramos, estimamos e por fim autoconceito:
a percepção é um processo seletivo (vemos o que precisamos ver para nos defender ou
para nos aproximar dos nossos alvos), desse modo, a imagem que temos de nós mesmos
vai determinar a riqueza e a variedade das percepções que
selecionamos(RIBEIRO,2012).

O desenvolvimento da percepção interpessoal influencia na maneira em que as


pessoas agem obedecendo a padrões que fazem nos compreender objetivamente o que
acontece à nossa volta e são importantes para a tomada de decisão, e são baseadas em
escolhas consistentes interpretando o ambiente ou a situação do problema, a percepção
dos problemas depende de cada indivíduo levando em consideração a formação da
personalidade e a percepção interpessoal, podemos analisar nosso modo de interação,
somos capazes de reconhecer nosso processo de aprendizagem e adaptação, nossa
percepção também depende do cenário ou situação em que tudo acontece.

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Conhecer a si mesmo e identificar a situação do ambiente e seus problemas
ajudarão na tomada de decisão com posicionamento firme em bases concretas. Segundo
Hinde, 1997, as pessoas apresentam-se de uma maneira que julga aceitável e como
gostariam de serem vistas pelo outro isso é especialmente válido para relacionamentos
formais, nos relacionamentos informais, tendência é de apresentar uma imagem cada
vez mais “realista” para o parceiro, após a fase inicial, a satisfação aumentará se a
imagem que cada parceiro tem do outro for semelhante à autoimagem de cada um,
outros elementos que influem na percepção do outro e são por ele influenciados, como
as relações de poder; a resolução de conflitos, a satisfação, o compromisso, a confiança
e a auto- exposição.

O que acontece nas relações interpessoais é que a interação social do ser


humano é totalmente conservadora, porque está baseada nas normas e nas regras de uma
sociedade e cultura, entretanto tendemos nas situações sociais a agir de um modo para
permanecer a nossa própria autoimagem, e tentar não abalar também a autoimagem que
o outro tem de nós, Esta norma de interação conservadora tende a diminuir a
sensibilidade da nossa percepção do outro e de nós mesmos, diminuindo as
oportunidades de testar a precisão das nossas percepções dos outros. Uma percepção
mais adequada, ou realista, do outro facilita dar e receber apoio emocional, o
desenvolvimento destes aspectos, por sua vez, contribui para apurar a percepção do
outro, experiência contribui com que as pessoas que têm mais experiência com
determinado tipo de traços fazem percepções mais acertadas(RIBEIRO,2012).

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5. ATITUDES INTERPESSOAIS EM AÇÕES NA SAÚDE

O cuidado em saúde é compreendido como um ato singular que objetiva o bem-


estar dos seres envolvidos , sendo imprescindível que o ser cuidado e o ser cuidador se
encontrem em interação qualitativamente produtiva. Pode-se dizer que as relações
interpessoais são importantes para entender o cuidado nas práticas profissionais em
saúde, uma vez que são inerentes a estas. Porém, considera-se que os diferentes
comportamentos sociais se devem a parâmetros típicos de cada contexto e cultura,
necessários para conviver com as demandas colocadas pelas situações interpessoais
impostas pela sociedade na qual a pessoa se insere.

Considerando que o processo de trabalho em saúde tem como um dos seus


elementos principais as ações de cuidado, tanto físicas quanto relacionais, este não deve
limitar-se à realização de procedimentos técnicos, pois a técnica impessoal e
mecanicista pode levar ao distanciamento da pessoa cuidada. Ao contrário, deve
englobar o sentido de ser, pois se trata de uma relação entre sujeitos, sendo primordial
na prática profissional em saúde como princípio norteador desta(FORMOZO et al,
2011).

Assim, para que esta relação seja possível, os atores envolvidos precisam
interagir entre si, visando o engajamento necessário para a concretização do verdadeiro
ato de cuidar. Cuidar inclui a realização de procedimentos técnicos aliados à expressão
de atitudes condizentes com princípios humanísticos, entre os quais a manutenção do
respeito, da dignidade e da responsabilidade entre as pessoas.

Ao cuidar o profissional de saúde estabelece com o cliente uma relação que deve
ser permeada tanto por valores morais, éticos e sociais, quanto pela interferência do
meio. Pode-se dizer, também, que o processo de cuidar é diretamente influenciado pela
formação pessoal e pela personalidade do cuidador e do ser cuidado, adquiridas através
de suas experiências, crenças e cultura(FORMOSO et al, 2011).

Os profissionais de saúde utilizam, frequentemente, as relações interpessoais


como instrumento de trabalho e são particularmente exigidos a desenvolver habilidades
sociais para subsidiar esses processos de interação. As habilidades sociais podem ser
definidas como o conjunto de capacidades comportamentais aprendidas e apresentadas

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pelo indivíduo diante das demandas de uma situação interpessoal, incluindo as
capacidades de comunicação, resolução de problemas, cooperação, empatia e
assertividade.

Nessa perspectiva, compreende-se que, para desenvolver-se integralmente, o ser


humano necessita do meio social, sendo fundamental para essa inserção o
desenvolvimento das habilidades que permitam o estabelecimento de relações
interpessoais satisfatórias e efetivas . Para a determinação das habilidades sociais, faz se
relevante considerar os aspectos: não verbais, como postura, expressão facial, contato
visual, gestualidade e distância/proximidade; cognitivo-afetivos, que implicam em
autoeficácia e leitura do ambiente; fisiológicos, como a respiração e os batimentos
cardíacos; e a aparência pessoal e atratividade física(FORMOSO et al, 2011).
Dificuldades na aquisição e expressão das habilidades sociais, tanto pelos profissionais
de saúde quanto pelos clientes, pode ocasionar conflitos, trazendo prejuízos ao processo
relacional e ao cuidado. Cabe ressaltar que, quando há pouca utilização das habilidades
sociais, as relações sociais podem tornar-se restritas e conflitivas, interferindo de
maneira negativa no grupo em que o indivíduo se insere .

Nesse sentido, as habilidades sociais mostram-se relacionadas à qualidade de


vida, pois, por meio das mesmas, o indivíduo pode tornar-se capaz de desenvolver
relações interpessoais mais gratificantes e, consequentemente, maior realização pessoal.
Considera-se que os profissionais que utilizam as relações interpessoais como
instrumento privilegiado de trabalho, tal como os enfermeiros, devem buscar de modo
permanente o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das habilidades sociais, pois a sua
falta ou limitação pode tornar essas relações impessoais, distanciadas e conflitantes,
impedindo o estabelecimento do cuidado em saúde. Além das habilidades sociais, outro
conceito interessante à reflexão sobre as relações pessoais no cuidado em saúde é o de
comportamento social. Isto porque é fortemente determinado pelo contexto social
(valores, normas e cultura), tendo, por isso, características próprias conforme o grupo
social e a cultura nos quais o indivíduo encontra-se inserido(FORMOSO et al, 2011)

A partir do comportamento social, é possível compreender a si e aos outros, no


bojo do que se denomina de inteligência interpessoal e intrapessoal. A primeira,
definida como a capacidade para entender as outras pessoas, suas motivações e como
lidar com elas cooperativamente. A segunda, caracterizada como a capacidade para a
compreensão de si e das próprias motivações , o que contribui para que a relação

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profissional com o outro tenha como substrato o autoconhecimento e não os conflitos
pessoais colocados em relação. Diante do exposto, entende-se que a inteligência
interpessoal possibilita ao profissional de saúde planejar suas atividades baseado nas
necessidades e expectativas do cliente e, a este, entender as motivações do profissional.
Ao passo que a inteligência intrapessoal permite aos sujeitos envolvidos no cuidado
compreenderem suas próprias emoções, interpretarem e orientarem suas condutas.

Outro tipo de inteligência descrita no campo da Psicologia é a emocional, à qual


se associam quatro aspectos principais: conhecer as próprias emoções; autodomínio;
empatia; e habilidades sociais . Assim, pode-se afirmar que a inteligência
emocional estabelece as bases principais a partir das quais o cuidado se estabelece, pois
os sujeitos precisam conhecer seus sentimentos a fim de identificar suas limitações e
seus potenciais para prestar/receber o cuidado, manejar suas limitações e reconhecer as
emoções das pessoas (FORMOSO et al, 2011).

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5.1 A JANELA DE JOHARI

A Janela de Johari foi desenvolvida por Joseph Luft e Harry Ingham em 1961
com o objetivo de ilustrar o processo de dar e receber feedback. Para Hersey e
Blanchard (1982) a Janela de Johari é utilizada para representar a personalidade de
liderança e não a personalidade global. A diferença entre a personalidade de liderança e
estilo de liderança segundo estes autores, está em que a personalidade de liderança
inclui a autopercepção e a percepção dos outros; o estilo de liderança consiste apenas no
comportamento de líder de um indivíduo tal como é visto pelos outros, isto é, pelo
superior, pelos subordinados, pelos colegas, etc.

Assim a personalidade de liderança é igual à autopercepção mais percepção dos


outros (estilos). Fritzen (1978) coloca que o exercício da Janela de Johari é um bom
auxílio para se formar uma ideia clara de muitos dos comportamentos humanos e,
oferecer alguma solução para poder enfrentar as dificuldades nas relações interpessoais.

A área I (o eu público ou aberto) constitui o comportamento em muitas


atividades, conhecido pelas pessoas e por qualquer um que as observe. Este
comportamento varia grandemente conforme a estimativa do que é correto em um
ambiente específico e com diferentes grupos de pessoas. É considerada como a parte do
relacionamento que controla a produtividade interpessoal. Em outras palavras,
pressupõe-se que a eficácia interpessoal e a produtividade estão diretamente
relacionadas com a qualidade da troca mútua de informações num dado relacionamento.

A área II ( o eu cego) representa as características de comportamento que são


facilmente percebidas pelos outros, mas das quais, geralmente, não estão cientes para
quem foi observado. Por exemplo, alguma manifestação nervosa, o comportamento sob
tensão, as relações agressivas em relação aos subordinados, o desprezo por aqueles que
discordam das opiniões etc. Há evidências de que é nessa área que, frequentemente, as
pessoas são mais críticas com o comportamento dos outros sem perceber que estão se
comportando de forma efêmera. Esta região pode ser considerada como um ponto
inibidor da eficácia interpessoal.

A área III (o eu secreto) representa as coisas sobre cada pessoa no seu íntimo e
que fica escondido dos outros. Estas coisas podem oscilar desde assuntos

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inconseqüentes até os de grande importância. Também esta área pode ser considerada
um fator de inibição da eficácia interpessoal. Numa situação fechada, ou relativamente
autoritária, é provável que haja muito mais deste aspecto do que numa situação aberta. É
nesta área ( III) e na área II que algumas modificações podem ser adquiridas entre
indivíduos trabalhando juntos, experimentalmente, com espírito de cooperação e
compreensão.

A área IV ( o eu desconhecido) constitui a parte do relacionamento que contém


um tipo de informação desconhecida tanto pelo próprio como pelos outros, englobando
dados psicodinâmicos, potenciais ocultos, idiossincrasias adquiridas e a criatividade de
seu ponto de origem. Esta área pode se tornar conhecida se a eficácia interpessoal
aumentar.

Os processos principais que regulam o fluxo interpessoal eu-outros ,


determinando o tamanho e o formato de cada área da Janela são os seguintes:

1) busca de feedback: consiste em solicitar e receber reações dos outros, em termos


verbais ou não verbais, para conhecer como o seu comportamento está afetando os
outros, isto é, ver-se com os olhos dos outros.

2) Auto-exposição ou Abertura: consiste em dar feedback aos outros, revelando seus


próprios pensamentos, percepções e sentimentos de como o comportamento dos outros
o está afetando.

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5.2 OS ESTILOS INTERPESSOAIS

Estilo interpessoal I: Este estilo interpessoal reflete um uso mínimo tanto do


processo de feedback como de Abertura, sendo por isso mesmo uma abordagem
bastante impessoal, onde o desconhecido é a região dominante, e os potenciais não
realizados, a criatividade bloqueada e a psicodinâmica pessoal prevalecem como as
influências mais visíveis. Um estilo como esse parece indicar, por parte de quem o
utiliza, um retraimento e uma aversão em relação ao risco; certamente, a ansiedade
interpessoal e a busca de segurança constituirão as principais fontes de motivação
pessoal. As pessoas que normalmente utilizam este estilo, mostram-se rígidas, distantes
e não comunicativas; elas são encontradas com freqüência em organizações burocráticas
onde é possível, e talvez até vantajoso, evitar a abertura pessoal e o envolvimento. Essas
pessoas tendem a provocar reações de hostilidade acima da média, isso porque as outras
tendem a interpretar a falta de exposição e de solicitação de feedback muito mais em
termos de suas próprias necessidades e do grau em que esta carência interpessoal afeta o
seu desejo de realização.

Estilo interpessoal II Nesta abordagem , também ocorre uma aversão nítida ao


processo de Abertura, embora esta venha acompanhada de um desejo de
relacionamento, o que já não encontramos no Estilo Interpessoal I. Deste modo, o
feedback é o único processo que resta para promover o relacionamento e por isso
mesmo é utilizado de modo excessivo. A aversão ao uso da Abertura pode, facilmente,
ser interpretada como um sinal de desconfiança básica em relação aos outros;
conseqüentemente, não é de se estranhar que a área do eu secreto seja característica
dominante de relacionamentos resultantes de um mínimo de Abertura, acompanhado de
um uso excessivo de feedback Este estilo se apresenta como um truque interpessoal de
sondagem e quase que de apoio e, assim que aparece a área secreta, ele provoca nos
outros um retraimento recíproco da confiança. Isto pode dar origem a sentimentos de
aversão, ansiedade e hostilidade, levando inclusive a crer que a pessoa que adota este
estilo é um tanto superficial e distante nos seus relacionamentos.

Estilo interpessoal III Este estilo interpessoal está baseado num uso excessivo de
abertura, em detrimento do feedback, podendo também refletir egocentrismo ou falta de

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confiança na opinião dos outros. A pessoa que utiliza este estilo confia bastante na
validade de suas opiniões, provavelmente valoriza a autoridade e não costuma tomar
conhecimento das opiniões alheias; como resultado a área cega é a dominante deste
estilo. Os outros tendem a se sentir explorados em relação a quem adota, pois começam
a achar que as suas possíveis contribuições e seus sentimentos não lhe interessam, ou
que sua utilidade é inteiramente dispensável. Um estilo como este provoca sentimentos
de hostilidade, insegurança e ressentimento por parte dos outros e, com frequência,
levando-os inclusive a se comportar de modo a manter a área cega da pessoa em
questão, deixando de transmitir uma informação importante, ou fornecendo apenas
determinados feedbacks.

Estilo interpessoal IV Os processos de Feedback e de Abertura, neste estilo, são


utilizados com equilíbrio e em larga escala. A franqueza e a abertura pessoal, associadas
e uma preocupação com a necessidade dos outros em participar, são suas características
principais; a área dominante do eu aberto se torna o aspecto dominante do
relacionamento e espera-se que a produtividade cresça na mesma proporção. Num
estágio inicial, este estilo pode provocar uma certa defesa por parte dos outros, não
habituados a um relacionamento em clima de honestidade e confiança mas, a
perseverança tende a produzir de tal modo uma norma de franqueza mútua que, a
confiança é estabelecida e os potenciais criativos podem ser realizados.

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6.FATORES FACILITADORES/DIFICULTADORES E INTERVENÇÕES

Entre os principais fatores facilitadores no contexto de linguagem não verbal e das


relações interpessoais, primeiramente é que o ato de falar é comunicar se relacionar é
inerente da natureza humana deste modo indispensável pelo desenvolvimento e tal idade
o que acontece desde o início da Infância e podem ser aprimoradas durante toda a vida .

As teorias e conceitos que abordam temática são fatores facilitadores do processo,


destacam-se por exemplo a janela de Johari e as teorias do relacionamento interpessoal
de Edgar Peplau abordados em tópicos anteriores deste trabalho, destacam- se,também,
as ferramentas motivacionais, sobretudo, as digitais que são capazes de minimizar as
distâncias e facilitar o processo de desenvolvimento de habilidades e estratégias
interpessoais.

Como fatores prejudiciais, que dificultam o processo de comunicação, podemos


considerar as diferenças entre personalidades, saberes e culturas , que podem contribuir
para os conflitos e falhas de comunicação entre as pessoas. A tecnologia pode ser
considerada em alguns momentos um fator de distanciamento, pois pode diminuir os
vínculos estabelecidos entre os indivíduos.

Medidas de intervenção devem-se pensadas, estratégias a médio e longo prazo que


possibilitem os vínculos, com treinamentos que contribuam para o desenvolvimento do
diálogo e habilidades interpessoais, sobretudo, nos espaços profissionais, onde devem
ser desenvolvidas habilidades comunicação e de relacionamento de formas constantes.

E em todas as etapas da vida, deve-se estabelecer estratégias de relacionamento e


comunicação,sobretudo, em ambientes de trabalho, em especial os de saúde, onde
deve-se priorizar tais características, uma vez que, a relação profissional e cliente
necessita de diálogos claros e ações baseadas em boas práticas relacionais e
habilidades de comunicação .

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No que diz respeito ao relacionamento interpessoal, conclui-se que seus fatores


influenciam diretamente a prática de cuidado, uma vez que perpassam o agir dos
sujeitos determinando a interação social estabelecida. Com isso, os componentes do
relacionamento interpessoal fazem-se primordiais no desenvolvimento do cuidado com
vistas à sua humanização, contemplando elementos como a empatia e a escuta ativa.
Finalmente, destaca-se a necessidade de constante capacitação dos profissionais de
saúde, e entre eles os de enfermagem, envolvidos no processo de cuidar, não apenas em
procedimentos técnicos, mas especialmente na sua melhor qualificação para o
desenvolvimento de relações interpessoais seguras, aprendidas como ferramentas
profissionais de cuidado. Como os procedimentos técnicos, as habilidades sociais
podem ser aprendidas e desenvolvidas intencionalmente, desde que sejam ensinadas aos
profissionais desde a sua formação de base.

A proposta de aplicação do exercício da Janela de Johari abordada dentro do


cenário do dia-a-dia das organizações, visa fortalecer a percepção (auto e hetero) dos
comportamentos, e as diferenças existentes no estabelecimento das relações
interpessoais. Os processos que nos levam a saber receber e fornecer feedback nas
relações estabelecidas também se evidenciam no exercício proposto neste trabalho.
Acreditar que o futuro do perfil do Líder será não apenas o de desenvolver e direcionar
seus liderados mas sim de buscar, numa primeira instância, seu auto- desenvolvimento
através das “trocas “estabelecidas nas suas relações é, sem dúvidas, um desafio a ser
encarado pelas organizações e seus colaboradores. Que a citação a seguir fique para
nossas constantes reflexões a respeito: “As pessoas tem uma janela para ver o mundo
sem precisar sair do seu lugar. É preciso ajudar as pessoas a abrir sua janela de opções.”

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