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REDAÇÃO 2002

O artigo 14° da Constituição Federal de 1988 afirma que o sufrágio universal e o voto
direto e secreto, com valor igual para todos, são instrumentos da soberania popular. No
entanto, o mero direito de votar não é suficiente para promover transformações sociais
efetivas no Brasil, pois muitos votos são dados com descrença na capacidade dos políticos
devido à longa história de corrupção no país. Por isso, é necessário pensar em estratégias que
promovam a participação política consciente e ativa dos cidadãos.
Segundo dados do Instituto Ipsos em 2021, apenas 14% dos brasileiros confiam nos
partidos políticos e 23% confiam nos políticos em geral. Essa descrença compromete a
efetividade do direito de votar e leva muitos eleitores a se absterem do processo ou votarem
de forma descompromissada com as demandas sociais. Como disse Ulysses Guimarães,
presidente da Assembleia Constituinte de 1988, em uma de suas entrevistas: "A corrupção é o
cupim da República". Logo, a promoção da ética e da transparência é essencial para que a
democracia brasileira funcione de maneira efetiva e possa promover as transformações
sociais necessárias.
Portanto, para que o direito de votar seja efetivamente um meio para promover as
transformações sociais do Brasil, é necessário investir em educação política. As escolas
devem incluir em seus currículos aulas sobre cidadania, direitos e deveres políticos, além de
debates e atividades que estimulem a participação ativa dos estudantes nas questões sociais e
políticas. Além disso, é importante que haja maior transparência nos processos eleitorais e
que os políticos eleitos sejam mais comprometidos com a implementação de políticas
públicas que visem o bem-estar coletivo, para que haja transformações sociais por meio do
direito ao voto.

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