Você está na página 1de 19

Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA

Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

CC0279 - Elementos de Análise Combinatória

Teoria do Cap 4- Seções 4.2 e 4.3 do Morgado - 20/07/2020

Prof. Mauricio Mota

1. ( Teorema -pg 104) Se x e a são números reais e n é um inteiro positivo


n  
n
X n k n−k
(x + a) = a x .
k
k=0

Note que:

(x + a)n = (x + a)(x + a) . . . (x + a) = P1 P2 . . . Pn .

Quantas vezes aparece ak xn−k ?


Para isto devemos escolher um a de k produtos entre os produtos P1 P2 . . . Pn dos restantes
(n − k) a gente escolhe o fator x.
Assim há nk de escolher os k produtos. A expansão geral é a soma destes fatores.


vamos expandir o somatório:


       
n n n 1 n−1 n 2 n−2 n n 0
(x + a)n = x + a x + a x + ... + a x .
0 1 2 n

Na realidade temos um polinômio de grau n na variável x:

P (x) = (x + a)n = A0 + A1 x + A2 x2 + . . . + An xn ,

em que
 
n k
Ak = a , k = 0, 1, 2, . . . , n.
k

Note que:
n
X
P (1) = A0 + A1 + A2 + . . . + An = Ak ,
k=0

isto é, a soma dos coecientes do desenvolvimento P (x) = (x + a)n é o valor numérico do


polinômio calculado no ponto x = 1, isto é,
n  
X
nn k
S = P (1) = (1 + a) = a .
k
k=0

i. O desenvolvimento de (x + a)n possui (n+1) termos.


ii. Os coecientes do desenvolvimento de (x + a)n são os elementos da linha n do triângulo
de Pascal. Note que:
A linha 0 é dada por:
 
0 0
(x + a) = 1 =
0

1
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

A linha 1 é dada por:


   
1 1 1
(x + a) = x + a = x+ a
0 1
A linha 2 é dada por:
     
2 2 2 2 2 2 2 2
(x + a) = x + 2ax + a = x + ax + a
0 1 2

A linha 3 é dada por:


       
3 3 2 3 3
2 3 2 3 3 2 3 3
(x + a) = x + 3ax + 3a x + a = x + ax + a x+ a
0 1 2 3

A linha 4 é dada por:

(x + a)4 = x4 + 4ax3 + 6a2 x2 + 3a3 x + a4


         
4 4 4 3 4 2 2 4 3 4 4
= x + ax + a x + a x+ a ,
0 1 2 3 4
e assim por diante.
iii. Escrevendo os termos do desenvolvimento na ordem decrescente das potências de x, o
termo de ordem (k + 1) é dado por:
 
n k n−k
Tk+1 = a x , k = 0, 1, 2, . . . , n.
k

Geralmente o binômio de Newton pode aparecer como:


n  
X n k n−k
(a + b)n = b a .
k
k=0

As vezes aparece na forma:


n  h
 n X n ik
P (x) = a(x) + b(x) = b(x) [a(x)]n−k .
k
k=0

Neste caso a soma dos coecientes de P (x) é dada por:


 n
S = P (1) = a(1) + b(1) .

Outras vezes aparece como:


n  
n
X n n
(a − b) = (a + (−b)) (−1)k bk an−k .
k
k=0

Vamos resolver alguns exemplos:


Exemplo 1: Exemplo 4.6: Determine o coeciente de x2 no desenvolvimento de

 1 9
x3 − .
x2
Solução:

2
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Vemos que n = 9 e

1
a(x) = x3 e b(x) = − = −x−2 .
x2
O termo genérico do desenvolvimento é dado por:
 h
n ik h in−k
Tk+1 = b(x) a(x)
k
 
n
= (−x−2 )k (x3 )9−k
k
 
n
= (−1)k x−2k (x)27−3k
k
 
n
= (−1)k x27−5k .
k

O problema pede o termo em x2 . logo

27 − 5k = 2,
o que acarreta

k = 5.

Assim k + 1 = 6. O termo de posição 6 é dado por:


 
9
T6 = (−1)5 x27−25 = −126x2 ,
5
e o coeciente vale −126.
Exemplo 2: Exemplo 4.7. Determine o termo máximo do desenvolvimento de
 65
1 + 1/3 .

Solução:

Vemos que n = 65 e a = 1 e b = 31 .
O termo genérico do desenvolvimento é dado por:



65  1 k 65−k
Tk+1 = 1
k 3
  
65 1 k
=
k 3
 
65 1 65!
= k
= .
k 3 k!(65 − k)!3k

Para que valores de k temos

3
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Tk+1 > Tk ?

Note que
 
65 1 65!
Tk = Tk−1+1 = = .
k−1 3k−1 k!(66 − k)!3k−1

65! 65!
k
> .
k!(65 − k)!3 (k − 1)!(66 − k)!3k−1

Vamos arrumar de modo conveniente e cancelando 65!

(66 − k)! k! 3k
>
(65 − k)! (k − 1)! 3k−1

Simplicando

(66 − k)(65 − k)! k(k − 1)! 3 × 3k−1


>
(65 − k)! (k − 1)! 3k−1
ou

66 − k > 3k,

66
k< = 16, 5.
4
Logo Tk+1 > Tk para k ∈ {0, 1, 2, . . . , 16}
e analogamente Tk+1 < Tk para k ∈ {17, 18, . . . , 65}.
Vamos juntar tudo:

T1 < T2 < T3 < . . . < T16 > T17 > T18 > . . . > T66 .

Assim o termo máximo é


 
65 1
T17 = .
16 316

Vamos ver a solução pelo R.

> n=65
>
> k=0:n;k
[1] 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
[26] 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49
[51] 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65
>
>
> ###a_k=T_{k+1}
> ak=choose(n,k)*(3^(-k))

4
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

> max(ak)
[1] 15054479
> which.max(ak) #####assim k=16, e o máximo é T_17.
[1] 17
>
>

Exemplo 3. Determine o termo máximo do desenvolvimento de

9  
 9 X 9
P (x) = 1 + x = xk .
k
k=0

Assim Tk+1 = 9
, k = 0, 1, 2, . . . , 10.

Solução: k
Logo
   
9 9
T1 = T10 = = = 1,
0 9
   
9 9
T2 = T9 = = = 9,
1 8
   
9 9
T3 = T8 = = = 36,
2 7
   
9 9
T4 = T7 = = = 84,
3 6
   
9 9
T5 = T6 = = = 126.
4 5

Usando o software R temos:

> n=9
> k=0:n;k
[1] 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
> T_k=choose(n,k);T_k
[1] 1 9 36 84 126 126 84 36 9 1
>

O valor máximo é 126. Os termos são T5 e T6 . Perceba que neste caso são dois valores de k
que atingem o valor máximo.
Vamos formalizar?
Quando há duas modas temos que procurar valores de k tais que:

Tk+1 = Tk ?

Sabemos que

5
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

 
9
Tk+1 = , k = 0, 1, 2, . . . , 10,
k
e  
9
Tk=k−1+1 = , k = 1, 2, . . . , 10.
k−1

Assim,

Tk+1 = Tk ,

   
9 9
= ,
k k−1

Logo como k 6= k − 1 e usando as propriedades de combinações complementares temos:

k + k − 1 = 9,

2k = 10,

k = 5.

Logo
T5 = T6 .

Quando
Tk+1 < Tk ?

9! 9!
< ,
k!(9 − k)! (k − 1)!(10 − k)!
simplicando 9! e manipulando os termos:

(k − 1)! (9 − k)!
< ,
k! (10 − k)!
vamos brincar um pouco mais:

(k − 1)! (9 − k)!
< ,
k(k − 1)! (10 − k)(9 − k)!
simplicando

1 1
< ,
k (10 − k)
logo

10 − k < k,

10 < 2k,

6
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

k > 5.

Isto quer dizer:

T7 < T6 , T8 < T7 , T9 < T8 , T10 < T9 , T11 < T10 .

Para k = 1, 2, 3, 4, 5
temos
Tk+1 > Tk

Logo

T1 < T2 < T3 < T4 < T5 .

Juntando tudo temos:

T1 < T2 < T3 < T4 < T5 = T6 > T7 > T8 > T9 > T10 > T11 .

T5 e T6 são os termos com valores máximos.


Esta técnica será empregada em Probabilidade I para calcular a moda das variáveis discretas
como a Poisson, Pascal e a Binomial.

> > n=9


>
> k=0:n;k
[1] 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
>
> C_k=choose(n,k);C_k
[1] 1 9 36 84 126 126 84 36 9 1
>
> ###o valor máximo 126 ocorre nas posições 5 e 6.
>
> max(C_k)
[1] 126
>
> which.max(C_k) #####Cuidado ele fornece a posição da primeira posição.
[1] 5
>
>

Exemplo 4: Exemplo 4.8: Qual é a soma dos coecientes do desenvolvimento de


 15
P (x) = x3 − 2x2 .

Solução: O desenvolvimento do binômio tem 16 termos. Poderíamos calcular cada termo e


depois somá-los. Esta técnica é muito trabalhosa. Vamos pensar em outra.
Se tivermos um polinômio de grau m , isto é,

7
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

m
X
P (x) = Ai xi = A0 + A1 x + A2 x2 + . . . + Am xm .
i=0

O valor numérico de P (x) para x = 1 nos dará a soma pretendida.


m
X m
X
P (1) = Ai 1i = A0 + A1 + A2 + . . . + Am = Ai .
i=0 i=0

Assim
m
X  15
Ai = P (1) = 13 − 2 × 12 = (−1)15 = −1.
i=0

Vamos fazer de outra maneira usando o software R:


Note que o termo geral é dado por:
  k  15−k 15
15 2
Tk+1 = − 2x x3 = (−2)k x45−k .
k k

Para k = 0 temos o expoente m = 45 que é o grau de nosso polinômio.


Logo

15 15   15  
X X 15 k
X 15
Ak = (−2) = (−2)k 115−k = (−2 + 1)15 = −1,
k k
k=0 k=0 k=0
note que

115−k = 1,

belo truque não? multiplicar por 1 não altera.


Seja Tk o k-ésimo coeciente termo. Assim,
 
15
Tk = (−2)k−1 .
k−1

> n=15
> k=1:(n+1);k
[1] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
> T_k=(-2)^{k-1}*choose(15,k-1);T_k
[1] 1 -30 420 -3640 21840 -96096 320320 -823680
[9] 1647360 -2562560 3075072 -2795520 1863680 -860160 245760 -32768
>
> sum(T_k)
[1] -1
>

8
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Os próximos exemplos são somatórios que precisam ser transformados em Binômio de Newton.
Vamos aprender?
Exemplo 5: Exemplo 4.9 a. Calcule

n  
X n k
S= x .
k
k=0

Solução: Note que:


n   n  
X n k X n k
S= x ×1= x × 1n−k = .
k k
k=0 k=0

Temos a fórmula do Binômio de Newton. Logo


 n  n
S = 1+x = x+1 .

Exemplo 6 :Exemplo 4.9 b: Calcule


n  
X n k
S= k x .
k
k=0

Solução: Note que para k = 0 o coeciente é nulo e assim não altera a soma. Vamos começar
o somatório com k = 1.
n   n  
X n k X n k
S= k x = k x .
k k
k=0 k=1

Vamos simplicar usando o fato que k não é zero.:

 
n n!
k = k
k k!(n − k)!
n!
=
(k − 1)!(n − k)!
(n − 1!
= n
(k − 1)!(n − k)!
 
n−1
= n .
k−1

Logo,
n   n  
X n k X n−1 k
S= k x =n x .
k k−1
k=1 k=1

Fazendo a mudança de variável i = k−1 no somatório temos que para k = 1 temos i = 1−1 = 0
e para k = n temos i = n − 1. Note que

k = i + 1.

9
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Dessa maneira

n   n−1
X n − 1 n−1
X n − 1
X n−1 k i+1
S=n x =n x = nx xi .
k−1 i i
k=1 i=0 i=0

n−1
X  n−1
X n − 1
n−1 i
S = nx x = nx xi 1n−1−i = nx(1 + x)n−1 .
i i
i=0 i=0

Uma outra solução envolve derivada. Considere a função real de variável real

f (x) = (1 + x)n ,

cuja derivada em relação a x é dada por:

f 0 (x) = n(1 + x)n−1 .

Usando Binômio de Newton podemos pensar também:


n  
X n k
n
f (x) = (1 + x) = x ,
k
k=0

cuja derivada em relação a x é dada por:


n  
X n k−1
f 0 (x) = k x .
k
k=0

Igualando as duas temos:


n  
X n k−1
k x = n(1 + x)n−1 ,
k
k=0

multiplicando ambos os lados por x temos


n  
X n k
k x = nx(1 + x)n−1 .
k
k=0

Exemplo 7: Exemplo 4.9 c: Usando o exemplo 6 mostre que:


n  
X n
k = n2n−1 .
k
k=0

Solução: Note que:


n  
X n k
f (1) = k 1 = n × 1 × (1 + 1)n−1 ,
k
k=0

n  
X n
f (1) = k = n2n−1 .
k
k=0

Exemplo 8. Mostre que

10
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

n  
X n
= 2n .
k
k=0

Solução: Vamos usar a fórmula do binômio de Newton:


n  
n
X n k n−k
(x + a) = a x .
k
k=0

fazendo a = x = 1 temos:
n   n  
n
X n k n−k X n
(1 + 1) = 1 1 = = 2n .
k k
k=0 k=0

Exemplo 9. Mostre que


n  
X n
k
(−1) = 0.
k
k=0

Solução: Vamos usar a fórmula do binômio de Newton:


n  
X n k n−k
(x + a)n = a x .
k
k=0

fazendo a = −1 e x = 1 temos:
n   n  
n
X n k n−k
X
kn
(1 − 1) = (−1) 1 = (−1) = 0n = 0.
k k
k=0 k=0

Exemplo 10. O próximo exemplo tratará de obter a soma dos termos de ordem par de um
Binômio de Newton (x + a)n ordenado segundo as potências decrescentes de x. Seja SP esta
soma e CP a soma dos coecientes dos termos de ordem par. Mostre que:

(x + a)n − (x − a)n
SP = ,
2

(1 + a)n − (1 − a)n
CP = ,
2
Solução:

Vamos expandir (x + a)n

(x + a)n = T1 + T2 + T3 + T4 + . . .

(x − a)n = T1 − T2 + T3 − T4 + . . .

Subtraindo as duas expressões temos:


h i
(x + a)n − (x − a)n = 2 T2 + T4 + . . . .

11
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

n   n+1
n
X n k n−k
X
(x + a) = a x = Tj .
k
k=0 j=1

n   n+1
n
X n X
(x − a) = (−1)k ak xn−k = (−1)j−1 Tj .
k
k=0 j=1

Subtraindo temos:

n+1
X n+1
X
(x + a)n − (x − a)n = Tj − (−1)j−1 Tj .
j=1 j=1

Vamos colocar o − do segundo somatório para o interior do mesmo.

n+1
X n+1
X
(x + a)n − (x − a)n = Tj + (−1)(−1)j−1 Tj ,
j=1 j=1

n+1
X n+1
X
n n
(x + a) − (x − a) = Tj + (−1)j Tj ,
j=1 j=1

Vamos deixar um único somatório

n+1
X 
(x + a)n − (x − a)n = 1 + (−1)j Tj
j=1

n+1
X 
(x + a)n − (x − a)n = 1 + (−1)j Tj ,
j=1

mas

se j é ímpar;

0
1 + (−1)j =
2 se j é par.
.
Assim,
X
(x + a)n − (x − a)n = 2T2j = 2SP ,
j

para todos os valores de j tais que 2j ≤ (n + 1).


Assim,

(x + a)n − (x − a)n
SP = .
2
Para calcular a soma dos coecientes de ordem par basta fazer x = 1.

(1 + a)n − (1 − a)n
CP = .
2

12
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Vamos considerar um exemplo para ilustrar:


Considere

(x + 2)4 = x4 + 8x3 + 24x2 + 32x + 16 = T1 + T2 + T3 + T4 + T5

e Considere

(x − 2)4 = x4 − 8x3 + 24x2 − 32x + 16 = T1 − T2 + T3 − T4 + T5

Assim,
h i
SP = 16x3 + 64x = (8x3 + 32x) = 2 T2 + T4 .

Se vc quiser saber a soma dos coecientes de ordem par 8 + 32 = 40 é só fazer:

(1 + a)n − (1 − a)n (1 + 2)4 − (1 − 2)4 34 − (−1)4 81 − 1


CP = P (1) = = = = = 40.
2 2 2 2

Vamos fazer os exercícios da seção:

1. (Exercício 1-pg 110) Determine o termo central do desenvolvimento de:


 1 8
x2 − .
x
2. (Exercício 2-pg 110) Determine o quinto termo do desenvolvimento de:
 1 7
2x − .
x2
a. Supondo o desenvolvimento ordenado segundo as potências crescentes da primeira par-
cela;
b. Supondo o desenvolvimento ordenado segundo as potências decrescentes da primeira
parcela;

3. (Exercício 3-pg 111) Determine o termo independente de x do desenvolvimento de:


 1 10
x2 + .
x3
4. (Exercício 4-pg 111) Determine o coeciente de x3 no desenvolvimento de:
 1 12
2x4 − .
x
5. (Exercício 5-pg 111) Determine o coeciente de x28 no desenvolvimento de:

(x + 2)20 (x2 − 1)10 .

6. (Exercício 6-pg 111) Determine o coeciente de xn no desenvolvimento de:

(1 − x)2 (1 + x)n .

13
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

7. (Exercício 7-pg 111 ) Para que valores de n o desenvolvimento de:


 1 n
2x2 − ,
x3
possui um termo independente de x?
8. (Exercício 8-pg 111 ) Calcule o termo máximo e o termo mínimo do desenvolvimento de:
 1 120
1+ .
2
9. (Exercício 9-pg 111 ) Determine a soma dos coecientes
do desenvolvimento de:
 1991
2x2 − 3y .

10. (Exercício 10-pg 111 ) Calcule a soma dos coecientes dos termos de ordem par
do desenvolvimento de:
 n
2x2 − 3y .

11. (Exercício 11-pg 111 ) Qual é o maior dos números a = 10150 e b = 10050 + 9950 ?
12. (Exercício 12-pg 112 ) Calcule
n  
X n
2k .
k
k=0

13. (Exercício 13-pg 112 ) Calcule


n  
X n
k 3k .
k
k=0

14. (Exercício 14-pg 112 ) Determine o coeciente de x6 no desenvolvimento de:


 1 3  2 1 3
2x + × x + .
x2 2x
15. (Exercício 15-pg 112 ) Calcule o valor da soma

20 20 20
    
20 1 2 20
− + 2 − . . . + 20
0 2 2 2

16. (Exercício 16-pg 112 ) Prove que


h √ n i
2+ 3 ,

é ímpar para todo n natural. ( note que [x] signica parte inteira de x )

14
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

17. (Exercício 17-pg 112 ) A é um conjunto com n elementos e B é um seu p-subconjunto.

a. Quantos são os conjuntos X tais que B ⊂ X ⊂ A?


b. Quantos são os pares ordenados (Y, Z) tais que Y ⊂ Z ⊂ A?

18. (Exercício 18-pg 112 ) Partindo de

(x + 1)n × (1 + x)n = (x + 1)2n ,

e igualando os coecientes adequados, prove mais uma vez a Fórmula de Lagrange:


 2  2  2  2  
n n n n 2n
+ + + ... + = .
0 1 2 n n

19. (Exercício 19-pg 112 ) Partindo de

(x + 1)m × (x + 1)h = (x + 1)m+h ,

e igualando os coecientes adequados, prove mais uma vez a Fórmula de Euler:


             
m h m h m h m h m+h
+ + + ... + = .
0 p 1 p−1 2 p−2 p 0 p

20. (Exercício 20-pg 113 ) Prove que 4747 + 7777 é divisível por 4.
Sugestão: 47 = 48 − 1 e 77 = 76 + 1

21. (Exercício 21-pg 113 ) Calcule o valor de:

a.        
n n n n
S1 = + + + + ...
0 2 4 6
b.      
n n n
S2 = + + + ...
1 3 5

Sugestão: Parta de
n   n  
n n
X n k n−k
X n
2 = (1 + 1) = 1 1 = = 2n .
k k
k=0 k=0

e
n   n  
n
X n k n−k
X
kn
0 = (−1 + 1) = (−1) 1 = (−1) = 0.
k k
k=0 k=0

Assim
       
n n n n
A= + + + ... + = 2n
0 1 2 n
e

15
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

     
n n n n
B= − + + . . . + (−1)(n) = 0.
0 1 2

Somando A e B temos:
n   n   Xn  
X n X
k n k n
A+B = + (−1) = [1 + (−1) ] = 2n
k k k
k=0 k=0 k=0

Para k par temos 1 + (−1)k = 2 e para k ímpar temos 1 + (−1)k = 0, Assim,


n n n n 
A+B =2 + + + + . . . = 2S1 = 2n
0 2 4 6

Logo

S1 = 2n−1 .

Subtraindo A e B temos:
n   n   Xn  
X n X
k n k n
A−B = + (−1) = [1 − (−1) ] = 2n
k k k
k=0 k=0 k=0

Para k par temos 1 − (−1)k = 0 e para k ímpar temos 1 − (−1)k = 2, Assim,


n n n n 
A−B =2 + + + + . . . = 2S2 = 2n
1 3 5 7

Logo

S2 = 2n−1 .

22. (Exercício 22-pg 113 ) Calcule o valor das somas:

a.      
n n n
S1 = 2 +4 +6 + ...
2 4 6
b.        
n n n n
S2 = +3 +5 +7 + ...
1 3 5 7

23. (Exercício 23-pg 113 ) Calcule o valor da soma:


         
n n n n n
S= −2 +3 −4 + . . . + (−1)n (n + 1) .
0 1 2 3 n

Sugestão: Mostre que S pode ser escrita como:


n  
X
k n
S= (−1) (k + 1)
k
k=0

Depois mostre que para k ≥ 1 temos:

16
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

   
n n−1
k =n .
k k−1

Agora transforme S em dois somatórios e aplique os resultados.


24. (Exercício 24-pg 113 ) Demonstre por indução a fórmula do binômio.
n  
n
X n
(x + a) = ak xn−k .
k
k=0

25. (Exercício 25-pg 113 ) Qual é o termo máximo da sequência cujo termo geral é dado por:

(2n + 1)5n
an = ?
n
Vamos fazer inicialmente no R:

> n=1:8;n
[1] 1 2 3 4 5 6 7 8
> a_n=((2*n +1)*5^n)/factorial(n)
> a_n
[1] 15.0000 62.5000 145.8333 234.3750 286.4583 282.1181 232.5149 164.6980
>
> tab=cbind(n,a_n);tab
n a_n
[1,] 1 15.0000
[2,] 2 62.5000
[3,] 3 145.8333
[4,] 4 234.3750
[5,] 5 286.4583
[6,] 6 282.1181
[7,] 7 232.5149
[8,] 8 164.6980
>
> require(MASS)
> fractions(a_n[5])
[1] 6875/24
>
> ###O termo máximo é o a_5=6875/24.
>

Isto não é uma prova e sim uma simples vericação. Para calcular o valor máximo de uma
sequência an para n = 1, 2, 3, . . . devemos proceder da seguinte maneira:
Passo 1:

Calcular a razão:
an+1
qn = .
an
Passo 2:

Vericar quando qn < 1 , qn > 1 ou qn = 1.

17
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Note que: qn < 1 signica que an+1 < an . qn > 1 signica que an+1 > an . qn = 1 signica
que an+1 = an .
Passo 3: Se a sequência tem um valor máximo para n = m espera-se que ela vá crescendo de
n = 1 até n = m e depois ela decresça.
Vamos aplicar:

an+1 (2n + 3)5n+1 n! 10n + 15


qn = = × n
= 2 .
an (n + 1)! (2n + 1)5 2n + 3n + 1

>
> q_n=5*(2*n+3)/(2*n^2+3*n+1);q_n
[1] 4.1666667 2.3333333 1.6071429 1.2222222 0.9848485 0.8241758 0.7083333
[8] 0.6209150
>
> tab1=cbind(tab,q_n);tab1
n a_n q_n
[1,] 1 15.0000 4.1666667
[2,] 2 62.5000 2.3333333
[3,] 3 145.8333 1.6071429
[4,] 4 234.3750 1.2222222
[5,] 5 286.4583 0.9848485
[6,] 6 282.1181 0.8241758
[7,] 7 232.5149 0.7083333
[8,] 8 164.6980 0.6209150
>

Note que
a5
q4 = >1
a4
temos
a1 < a2 < a3 < a4 < a5 > a6 > a7 > . . . .
e
a6
q5 = <1
a5
temos
a1 < a2 < a3 < a4 < a5 > a6 > a7 > . . . .

logo a5 é o valor máximo.


Vamos vericar teoricamente quando qn > 1.
Assim

2n2 + 3n + 1 < 10n + 15,

2n2 − 7n + 14 < 0.

18
Departamento de Estatística e Matemática Aplicada DEMA
Universidade Federal do Ceará Semestre 2020.1

Vamos descobrir as raízes da equação:


2n2 − 7n + 14 = 0.

Logo a = 2, b = −7 e c = 14.
vamos calcular o delta.

∆ = b2 − 4ac = 49 + 112 = 161.


7+ 161
n1 = = 4, 92
4
e

7− 161
n2 = = −1, 42
4
Assim

2n2 − 7n + 14 = 2(n − n1 )(n − n2 ) < 0.

Como (n − n2 ) > 0 temos que


n − n1 < 0 logo n < 4, 92 e o maior valor de n é 4. O que diz que a5 é o termo máximo.
Vamos descobrir as raízes no R.

> polyroot(c(-14,-7,2))
[1] -1.422144+0i 4.922144-0i
>

Na lista de exercício veremos um caso em qn = 1


26. (Exercício 26-pg 113 ) Calcule
n  
X n
k(k − 1) 2k .
k
k=0

27. (Exercício 27-pg 113 )


Calcule
n  
X
2 n
k 5k .
k
k=0

Respostas:

1: T5 = 70x4 ; 2a: T5 = −560x−2 2b:T5 = 280x−5 ; 3: T5 = 210 4: -1760; 5: 755


(120)
6: ;7
n2 −5n+2
2 n é múltiplo de 5 8: Tmax = T41 = 24040 e Tmin = T121 = 2−120 ; 9: -1 ;
(−1)n −5n
10: 2 ; 11: a; 12: 3n ; 13: 3n × ; 12: 24; 4n+1 15: 2−20 ; 17a: 2n−p
; 17b: 3n ; 21:a 2n−1 ; 21:a 2n−1 ; 22: S1 = S2 = n2n−2 ; 25: a5 = 24 ;
6875
26:
4(n − 1)3n−2 ; 27: 5n(5n + 1)6n−2

19

Você também pode gostar