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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BRAGANÇA
FACULDADE DE HISTÓRIA

Docente: Tiago Porto

Disciplina: História Medieval II

Discente: Analice Reis Da Silva

N. Matrícula: 202212640011
O ensino de História Medieval no campo estudantil: Uma visão sobre a
África na ensino fundamental.

Analice Reis da Silva

Introdução

Este artigo se dispõe a dialogar com o leitor sobre o ensino de história medieval
nas escolas de ensino fundamental, especificamente 6 ao 7 ano e em como os alunos têm
recebido através dos professores e do material didático o ensino deste assunto, como por
exemplo; a África no período medieval como foi apresentado pelo professor na disciplina
Medieval II na universidade federal do Pará (UFPA). Foi realizada uma pesquisa em
campo com os alunos do 7 ano de escola pública visto que, já no final do 6 ano já tiveram
contato com os assuntos sobre o período Medieval e seus aspectos, na pesquisa se
desenvolveu uma análise com base no professor, alunos e livro didático, que apresenta
textos completos, atividades, imagens, curiosidades e textos de reflexão que é de suma
importância para o entendimento do aluno para com o mundo moderno, porém como nem
tudo é perfeito, a falta de alguns temas e assuntos no livro didático e o desvinculo de um
período para o outro podem confundir os alunos que estão em desenvolvimento de
aprendizagem. Uma breve conversa com os alunos percebeu-se que nada se lembrava do
período medieval alguns tópicos e lembranças como; clero, feudalismo e outros foram
citados pelos alunos mas sem reconhecer em que período pertenciam cada assunto,
encontramos então outra problemática, será que o currículo está transferindo para os
alunos de forma coerente o assunto ? essa e outras problemáticas irão ser discutidas nesse
artigo.

Como foco neste artigo será analisado o ensino da África tanto no período
medieval como no ensino geral sobre O continente africano e suas características culturais
no ensino básico educacional e em como os alunos tem recebido o assunto e quais os seus
efeitos na sociedade.
Enxergando além do Mediterrâneo.

Sabe-se que no atual estado da humanidade muitos assuntos que antes ocultavam
no ensino está cada vez mais sendo incluídos no meio educacional, porem nada novo
debaixo do sol quando se fala sobre o ensino da África e o poder que a historia única tem
quando se relata de forma vaga e vazia a atual realidade dos povos africanos tanto no
passado como no atual presente. O que se pode compreender e que vários há fatores e
questões há serem discutidas para a melhora e principalmente a inclusão de historias
verídicas sobre os povos africanos que além da pobreza que é demostrada há por trás
historias que merecem ser contadas, “uma imensidão de terra marcada pela pobreza e pela
fome pela exploração’’ (VIANNA,2021,p.621) o que o autor trás no seu artigo sobre esse
tema e que, o que se encontra nos textos e livros didáticos levados para sala de aula são
temas contraditórios e padronizados como; a pobreza na África e suas civilizações modos
e preparos de alimentos, artes e artesanatos e danças que são geralmente demonizadas
pela sociedade e como o próprio autor dialoga com o leitor quando se refere ao espelho
onde só se vê o exterior e não vai além ou ate mesmo uma maquiagem que e programada
para mostrar apenas o irreal.

Um dos pontos e fontes sobre o continente africano que e abordado no artigo e a


grande riqueza e poder de musa I o mansa Mansá Mūsā I foi o governante do Mànden
Kúurufáaba, conhecido como “Império do Mali”, uma organização política e social que
se estendeu pelas terras dos atuais Mali, Mauritânia,Senegal, Gambia, Guiné, Costa do
Marfim, Burkina Faso e Níger entre os séculos XIII e XVII da África Ocidental
(VIANNA,2021,p.620) e as grandes riquezas de reinos civilizações africanas grande
riqueza em como esses reinos ultrapassariam qualquer outro rei que não poderia
comparar com os homens mais ricos do século XXI. Percebe-se que há um grande vácuo
historiografia (VIANNA,2021,p.621). o quanto a história real do passado e atual do
continente africano, para VIENNA o problema seria o termo medieval que ao ser citado
em sala de aula o pensamento europeu, logo os alunos estudaram em algum momento na
escola sobre a África mas não na sua temporalidade.

Algo relacionado com o a temporalidade seria então o próprio currículo como


afirma Maurício Silva o currículo transmite para o aluno o mínimo sobre a África e em
como mais uma vez a pobreza e destacada como tema principal da África assim como
mulheres africanas que em imagens são colocadas com aparente tristeza e fome. O autor
enfatize que mesmo com a LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003 que obriga os
centros estudantis a abordarem em sala de aula ensino afro brasileiro, se encontra mínimas
informações sobre a África nos livros didáticos e por este fato a construção de uma
consciência histórica sobre vários acontecimentos históricos fluem de forma errada e ate
mesmo começa a se ter duvidas sobre a própria identidade na vida de crianças africanas.

A identidade, e o saber de quem sou, qual a historia de cada um é de extrema


importância principalmente para crianças e adolescentes afro-brasileiras que estão em
formação:

Podemos então pensar que uma necroeducação é construída


quando observamos o apagamento, a subalternização, a animalização, o
silenciamento dos alunos negros e de sua (sub)representação no sistema
educacional, quando se está exercendo o direito de deixar morrer aquele
que se quer extinguir. (SILVA,2019 p.12)

essa morte citada pelo autor e executada por quem esta na linha de frente
principalmente na construção do currículo. Um dos termos usados pelo autor no seu artigo
e a Biovida e Biopoder e em como a escolha de assuntos e temas nos livros que vão para
o ambiente escolar e na grade curricular causa uma Necroeducação (Silva,Martins, Costa,
2020 p.5) pois a quem está dando o direito de voz ou como o próprio autor diz biovida
,outro ponto importante e em como a escolha entre a vida e a morte está afetando o
desenvolvimento de identidade de crianças e adolescentes africanas visto que o ensino
centralizado europeu tem apagado ou como o autor gosta de dizer, tem causado a morte
de informações sobre seu e sua historia.

O ensino de História Medieval é essencial para a aprendizagem de crianças e


adolescentes todos os temas abordados em sala de aula pelo professor é de extrema
importância, quando se faz a análise de quais temas estão sendo abordados fica claro a
inexistência de um em questão, o grande continente africano e seus ricos reinos e como
se refere o autor do texto a uma grande um grande apagamento da história africana não
só no período medieval mas em todo ensino de história causando assim então a morte
citada pelo autor de uma história cheia de conhecimento e vida como é dito por Viena em
seu artigo que a uma face que precisa ser quebrada para enfim poder contar a real
realidade que acontecia do outro lado do Mediterrâneo.

O PROFESSOR E OS DESAFIOS NO ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA


Em entrevista com o professor de História da educação básica relatou que um de
seus métodos de ensino é a leitura já que não se pode compreender a o assunto sem a
leitura:

Porque pra mim se eles não aprenderem a ler não


adianta ensinar história, pois não se consegue nada, a
leitura é essencial para a melhorar a compreensão da
História, tudo em História envolve a leitura para melhor
aprofundamento de assuntos. (Professor de História do
ensino Básico)

Como alude o professor o essencial para melhor compreensão e a leitura, e a


história que cada leitura apresenta é confiável? Para o professor o livro didático e a fonte
do aluno para conhecer outros povos e culturas, transferindo isso para o ensino de história
da África o que se pode encontrar nas leituras sobre os povos africanos “face” é
exatamente o que acontece Uma máscara e o mesmo modelo padrão de faz presente em
cada texto Fazendo com que o aluno como já dito, questione sobre seus espaço na
sociedade A questão muitas das vezes e o conteúdo e em como os textos de transformam
em História única ou seja contando como única fonte histórica uma visão Europeu
contemplando assim os “heróis” como únicos autores, desaparecendo assim com a
história africana e causando a morte de identidades.

O livro didático

Ao analisar o livro didático percebe que há vários temas e assuntos relacionados


a idade média mas infelizmente não se encontra a África e sua História no período
Medieval, indagou ser então com o professor como ele falaria da África em sala de aula
sem ter o tema no capítulo direcionado a África o professor respondeu que o estudo sobre
a África seria encontro no livro didático apenas no próximo ano letivo, onde os alunos
iriam estudar sobre diversos assuntos relacionados ao continente africano. Mas como
alude o autor Viena na quentão de como saber em que temporalidade ocorreu cada
situação sobre a África se ela está totalmente afastada de certa temporalidade, dando a
entender que no período medieval o continente africano não tinha suas transformações e
acontecimentos.

Outros métodos de ensino do professor utiliza em sala como fontes são imagens
textos produzidos pelo próprio professor de linguagem coerente , vídeos, curtas e
documentários meios que fazem o aluno a compreender o passado e certo que deve ser
organizado de forma inclusiva nos livros o estudo e ensino das histórias africanas.

Conclusão

Conclui se neste artigo que mesmo estando ainda em pleno século 21 algo ainda
não evoluiu como a educação e o ensino sobre a África ainda há na história contada nos
livros didáticos a superioridade Europeia e a inferioridade dos povos Africanos. Precisa
mostrar as crianças e adolescentes que há algo muito além da pobreza histórias de grandes
reinos como o império de Mali devem ser incluídos na grade curricular para que assim as
incentivares possam ser firmadas. A aprendizagem na sala de aula e fundamental na vida
das crianças para gerar o respeito ao próximo, a grande lição tirada na disciplina Medieval
II juntamente com o trabalho final foi saber que muito fique e ensina em uma sala
universidade não é ensino em uma sala de ensino básico e isso nos realça tristeza é grandes
desafios que precisamos lutar para que haja mais inclusão e para que os futuros
profissionais sejam pessoas que respeitem as diferenças.

Considerações finais

Porque é tão importante ensinar sobre o continente africano? Um dos pontos importantes
nesse artigo é o quanto a História única pode ser perigosa, ensinar apenas um lado da
história pode matar história incríveis e marcantes. Espero que você caro leitor tenha
compreendido o tema central deste artigo.
Referências bibliográficas:

COSTA/MARTINS /SILVA. Necroeducação: reflexões sobre a morte do negro no


sistema educacional brasileiro/ Revista Brasileira de Educação/2020.

VIANNA/ A História Medieval entre a formação de professores e o ensino na Educação


Básica no século XXI [livro eletrônico] : experiências nacionais e internacionais/ RJ:
Autografia, 2021.

SILVA/ EDUCAÇÃO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO BRASIL: TENSÕES


ENTRE OS CURRÍCULOS AFROCENTRADO E EUROCENTRADO/Curitiba , PR:
Editora Bagai, 2021. E-book.

https://youtu.be/qDovHZVdyVQ

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