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Ó pé de anjo, ó pé de anjo
És rezador, és rezador
Tens o pé tão grande
que és capaz de pisar
Nosso Senhor, Nosso Senhor
A mulher e a galinha
Um e outro e interesseiro
A galinha pelo milho
E a mulher pelo dinheiro
Olha ele, cuidado! / Alfredo Albuquerque (Hilário JF) (1929)
Vive de tratantagens
Com todos os seus amigos
de tanto truque que ele tem
chega a andar pensativo
Pelo Telefone / Baiano, 1917
O chefe da folia Ai, se a rolinha – Sinhô! Sinhô!
Pelo Telefone Se embaraçou – Sinhô! Sinhô!
Mandou me avisar É que a avezinha – Sinhô! Sinhô!
Que com alegria Nunca sambou – Sinhô! Sinhô!
Não se questione
Para se Brincar Porque este samba – Sinhô! Sinhô!
De arrepiar – Sinhô! Sinhô!
Ai, ai, ai Põe perna bamba– Sinhô! Sinhô!
É deixar mágoas prá trás Mas faz gozar – Sinhô! Sinhô!
Ó rapaz
Ai, ai, ai, O peru me disse
Fica trise se és capaz, Se o Morcego visse
E verás (bis) Não fazer tolice
Tomara que tu apanhes Que eu então saísse
Pra não tornar fazer isso Dessa esquisitice
Tirar amores dos outros De disse-não-disse
Depois fazer seu feitiço
Pelo Telefone (cont)
Ai, ai, ai Porque este samba – Sinhô! Sinhô!
Aí está o canto ideal De arrepiar – Sinhô! Sinhô!
Triunfal Põe perna bamba– Sinhô! Sinhô!
Ai, ai, ai Mas faz gozar – Sinhô! Sinhô!
Viva o nosso carnaval
Sem rival Quem for bom de gosto
Mostre-se disposto
Se quem tira amor dos outros Não procure encosto
Por Deus fosse castigado Tenha o riso posto
O mundo estava vazio Faça alegre o rosto
E o inferno, habitado Nada de desgosto
Modernismo
no Brasil é
‘especial’
ª isso não é simplesmente transpor pro meio erudito traços da música popular
ª Quem pretende escrever música ‘universal’ deve ser rejeitado (assim como a
Rússia faz com Strawinsky e Kandinsky (EMB)
ª Poderiam haver ‘gênios’ no BR? Sim, mas, se não o for e pretender fazer
música universal, é uma reverendíssima besta (EMB)
Se fosse feito isso, não teria base acústica... Nossa harmonização tem de se
sujeitar às leis acústicas gerais e às normas de harmonização da escala
temperada
ª Talvez MA não gostasse, mas isso foi feito na Europa (escalas de quarto de
tom, uso de buzinas, motores etc...)
Obs.: MA conhecia
A trilha musical foi gravada em 2000por Paul
Lehrman Antheil e Theremin
Theremin:
Obs.: MA conhecia
Antheil e Theremin
Música sertaneja ‘raiz’ pode ser vista
como algo ‘modernista’ (fama de ser
não-comercial, autêntica, pura,
ligada ao meio rural etc
Grandes Sociedades
Fim do século XIX Cordões e Ranchos (decadentes)
Festa
carnavalesca
Formou a Estácio de Sá
Jornal Mundo Sportivo
Desfiles
Samba Enredo
Comum só no Tiradentes, 1º enredo gravado
fim dos 1940s (1955) - Império Serrano
Repare o
andamento!
Brasil, fonte das artes / Acadêmicos do Salgueiro
(Djalma Sabiá, Éden Silva, Nilo Moreira) - 1957
Repare o
andamento!
Mudanças no samba e nas gravações
Pelo Telefone Æ Ismael Silva diz que
é maxixe
Entrevista em
Fins dos
1960s de
Sérgio Cabral
•Por que as bandas atuais evitam gravar sons que não podem reproduzir ao vivo?
•O que faz uma caneta Mont Blanc custar mais de U$400? Por que alguém
compraria uma caneta assim?
•Faça uma crítica (diga algo de bom e de ruim, por exemplo) do programa 'Show
do Milhão' ou 'Dia de princesa'
Classificação
Valorização de algo não pelo que custou, mas a quem se destina. Ex.: canetas
Uniformização
Achando-se o ‘molde’, duplica-se ad infinitum. Ex: Tchan no Japão (e depois
no Havaí etc)
Fetichização
Valoriza-se a obra mais pelo seu prestígio que pelo seu conteúdo. Ex.: nunca
se deve dizer que algo de Glauber Rocha ou Brahms são chatos
• Indivíduo tem suas reações modificadas.
– Individualidade
• Quando menos os indivíduos forem diferentes entre si, mais fácil será vender algo a eles,
pois terão gostos muito parecidos ou até iguais.
–Raciocínio
•Pensar ‘atrapalha’: é melhor vencer na vida com o “Show do milhão” , o “Big
Brother” etc
–Poder
•Vence o produto da corporação mais poderosa, não aquele que tem o conteúdo
mais interessante.
–Moralismo e censura
•Antigamente, ‘o mocinho sempre ganha no final’.
•Atualmente, ‘a tecnologia mostra o quanto a humanidade avançou’
•Não se promove situações ou conteúdos contrários aos consensos da sociedade.
• Mas há críticas a essa posição pessimista
– Moda não é imbecilização
• Num mundo com tantas ofertas, ter marcas ou tendências alivia o esforço na procura por
determinado produto
–Passividade é aparente
•Mesmo um bombardeamento de determinado produto pela Indústria Cultural não
significa que as pessoas não reajam contra ele.
Até 1922 – nos EUA só se usava uma única frequência, 833kHz. No Brasil,
Roquette Pinto cria a Rádio Sociedade, com aparelhos receptores com licença
dada pelo governo
1924 – começam a ser plugados na parede (antes, eram apenas fios presos a
metais)
1926 – estipulou-se o espectro entre 500 e 1500 kHz (hoje 535-1604 kHz) para uso
comercial. Aparece a Mayrink Veiga no BR.
1927 – gravação passa a ser elétrica
1928 – primeira escola de samba
1932 – no Brasil, GV autoriza a publicidade (isto é, depois de várias acomodações
técnicas, pouco lembradas na história do rádio). Oficialização das Escolas de
Samba (samba de negro e marginal passa a não ter cor e ser brasileiro)
1932 em diante: produção vai se sofisticando e custos vão subindo
1937 – decreto de GV facilitando a abertura de rádios e sistemas de alto-falantes
Sobre a especificidade da música no rádio
Gravação:
- esbarrão é amplificado
- escuta pode ser solitária
- criou a oposição ‘ao vivo’ x ‘gravado’
- no início, visto como ‘recriação’ e não como ‘reprodução’
- traz a atenção para o intérprete (e menos para o compositor)
- trouxe portabilidade para determinado repertório
Sobre a especificidade da música no rádio
emissoras x Receptores:
· 19 (anos 20) 30.000 (1926)
· 78 (1940)
· 106 (1944) 660.000 (1942) Æ IBOPE é criado
· 111 (1945)
· 136 (1946)
· 178 (1947)
· 253 (1949)
· 300 (1950)
· 447 (1955) 1.000.000 (1955)