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O namoro: passado e presente, símbolos do

amor/paixão
Introdução

Olá. Hoje vou vos falar um pouco sobre o namoro: passado e presente, símbolos do
amor/paixão.

O amor está associado a vários símbolos, de acordo com algumas mitologias. Então o
que é uma mitologia? As culturas antigas, na tentativa de enfrentar os problemas
relacionados à existência de vida e de entender o mundo, encontraram um meio de se
defenderem dos perigos reais e imaginários, criando os seu próprios deuses,
semideuses e heróis, envolvidos em histórias de magia e rituais fabulosos.

Nestas imagens podemos ver alguns dos símbolos:

 coração vermelho (Ocidente)


 rosas vermelhas (Grego e Romano)
 cupido (Mitologia romana)
 pomba (cristianismo e mitologia grega)
 cisne (Mitologia grega e romana)
 maçã (Mitologia romana e nórdica)

Desenvolvimento

 Passado e presente

Antigamente, o namoro era visto, apenas, como uma forma de construir família e, se
tal não acontecesse era considerado desrespeitador.
O amor de antigamente estava agarrado aos valores antigos, que estabeleciam uma
ordem clara de que o homem tinha de expressar o seu amor através do romantismo.

Porém, com o aumento da liberdade e desvalorização dos valores antigos, esta ideia
foi-se transformando. Hoje em dia, o namoro é visto de outra forma.
 Símbolo do amor no ocidente: coração

O coração é bastante usado para representar o amor. Este formato apareceu pela
primeira vez num poema de Francesco Barberino, que era um humanista e literato
italino, no século XIV (14). Mas porquê que o coração ganhou tanto significado para
representar o amor? O filósofo Aristóteles teve uma importante participação para
relacionar o coração e o amor. Ele disse que os sentimentos vivem no nosso peito e
não na nossa cabeça.

 Grego e romana: rosas vermelhas

As rosas vermelhas representam o amor e estão associadas, especialmente, a Vénus, a


deusa do amor.
Também a literatura reforça esta ideia. Shakespeare e outros poetas/autores
utilizaram as rosas vermelhas nas suas obras. O significado mais conhecido desta flor é
o do amor profundo e da beleza.

 Mitologia romana: cupido


Na mitologia romana, Cupido é o filho de Vénus, a deusa do amor, e de Marte, o deus
da guerra.
O cupido era o responsável por levar amor para os homens e os deuses, usando um
arco e uma flecha. Hoje em dia, é muito comum o cupido representar a paixão e o
amor entre os casais. Aliás, costumasse fazer uma associação brincalhona e feliz do
cupido a disparar flechas nos corações das pessoas apaixonadas.

 Cristianismo e mitologia grega: pomba

De modo geral, a pomba significa paz, serenidade e calma. Contudo, esta ave é a
mensageira do amor, pois na tradição cristã ela é um símbolo de fidelidade no
casamento. Aliás, muitas vezes na mitologia grega, Afrodite está com várias pombas ao
seu redor.
Na narrativa bíblica, a pomba teria sido solta por Noé após o dilúvio para que esta
pudesse encontrar a terra. A pomba voltou com um ramo de oliveira no seu bico e,
Noé apercebeu-se que o dilúvio tinha acabado.

 Mitologia grega e romana: cisne

Outro animal que também simboliza o amor, tanto na mitologia grega como na
romana, é o cisne. Isto porque os pescoços deste animal, quando estão juntos, parece
que forma um coração.
Os cisnes, normalmente, ficam juntos para sempre quando encontram a sua outra
metade. Além disso, esta ave simboliza a fidelidade, a origem da vida e dos seres
humanos.
 Mitologia romana e nórdica: maçã

Em muitas culturas, a maçã é utilizada para representar o amor. Na mitologia romana,


esta fruta tem ligação com Vénus e com a história bíblica de Adão e Eva.
Já na mitologia nórdica, os deuses comiam esta fruta para poderem continuar imortais
e manter a juventude e está associada à deusa Iduna. Na nossa atualidade, não temos
o costume de associar a maçã ao amor.

Eu decidi relacionar este tema com o poema de Florbela Espanca chamado Amar.

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!


Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...


Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:


É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada


Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

O tema deste poema é o amor e o que é amor (“Eu quero amar, amar
perdidamente!”).

Na primeira estrofe, o sujeito poético mostra o quanto quer amar e não tem nenhuma
pessoa que ama mais.

Na segunda estrofe, recorda que teve várias paixões na vida e afirma que não se pode
ter apenas uma.

Por fim, na terceira e quarta estrofes, o sujeito lírico diz que as pessoas tem que
aproveitar a vida pois foi para isso que Deus nos deu a vida e, um dia vai acabar.
Espera também que no dia da sua morte ele consiga livrar-se do seu velho corpo para
ter uma nova vida.
Conclusão

Em suma, depois desta minha apresentação considero uma vantagem a desvalorização


de certos tabus, como a ideia de dever no namoro e o aumento da liberdade. Contudo,
hoje em dia é mais raro encontrar casais em que o romantismo se descreva em
baladas e sonetos.

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