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ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO

O artigo explora a inteligência artificial e a sua utilização no processo de criação


artística, mais especificamente, de Jos Avery, um artista que recorre a um programa de
computador conotado como MidJourney para o desenvolvimento de retratos intimistas e
monocromáticos. Este artista cria e conta uma história meramente ficcional sobre a “pessoa
fotografada”, dando-lhe uma personalidade, um passado e um devido presente.

O que é a inteligência artificial? John McCarthy escreveu em 2007 que a inteligência


artificial é “a ciência e engenharia de produzir máquinas inteligentes, especialmente
programas de computador inteligentes. Está relacionada com a semelhante tarefa de utilizar
computadores para entender a inteligência humana, mas a Inteligência Artificial não tem de se
confinar a métodos que são observados biologicamente.” Com a evolução, a inteligência
artificial está a começar a ser intrínseca a diversos meios e métodos de trabalho. Este caso
fala-nos da sua utilização como princípio de uma obra de arte e início do processo criativo
deste fotógrafo. Segundo o jornal Público, Joe Avery gera milhares de imagens com o
MidJourney, acabando só por escolher e agregar as melhores partes de múltiplas imagens com
o intuito de conseguir atingir algo que, aos olhos do público, se pareça com um retrato
captado por um fotógrafo.

Primeiramente, acredito que esta novidade deva ser considerada como uma forma de
produção artística pois na minha opinião apesar de a imagem em si ser gerada por um
computador, a visão preconcebida e a intenção artística/ criativa recai inteiramente nas mãos
do artista. Neste contexto ele usa a inteligência artificial como motivo de conceber o físico a
uma história de um ser humano originário do pensamento. Sendo assim a máquina faz a
materialização “espontânea” de alguém que não existe. Joe Avery diz que terá gerado um total
de 13723 imagens para as suas 160 publicações no Instagram, o que a meu ver requer um
esforço mental enorme para conseguir atingir o conceito desejado, pois mediante a minha
pesquisa é necessária a criação de uma descrição da imagem que se pretende obter e cada
pormenor irá alterar o resultado. O artista também afirmou que depois de finalmente
conseguir materializar a sua visão passa horas no Photoshop para conseguir alcançar o objetivo
de semelhança a uma verdadeira fotografia. Contudo acho que aos olhos da sociedade, esta
opinião não seja unânime, pois para isso acontecer é preciso desmantelar os cânones e a ideia
de que a arte tenha de ser totalmente concebida sem nenhum tipo de ajuda e com a maneira
mais complicada. Mesmo assim não acredito que o objetivo deste artista seja o facilitismo,
mas sim a criação de uma nova aparência, algo que ele não conseguiria fazer com uma câmara
fotográfica.

Concluindo, a arte existe em diversas formas e a inteligência artificial será o futuro e a


direção que bastantes artistas irão seguir. Este artigo e o trabalho de vida deste senhor
fizeram-me repensar no que é a arte e expandiram a minha mente a novos métodos de
produção artística que eu não conhecia.

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