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AULA 10 –

LEGISLAÇÃO E ÉTICA
NA COMUNICAÇÃO
- Iconomania e
Iconofagia
- O crescente povoamento das imagens nos espaços
humanos é um processo que ocorre desde o
Renascimento, no entanto, com maior intensidade
no século XX.

- Com o surgimento da internet e a popularização


das redes sociais, o uso excessivo das imagens se
tornou ainda maior. Nesses ambientes de
integração, as imagens têm assumido papel
primordial e de destaque.
- Verifica-se uma clara hegemonia das composições imagéticas
em detrimento da silenciosa e vagarosa escrita. Esse avanço
célere dos ambientes de imagens ficou conhecido como
iconomania.

- Baitello Junior salienta que:

- “vivemos hoje em um mundo não apenas de franco


domínio da imagem, como de escalada aberta das
imagens com uma visível perda progressiva da escrita
em favor de ícones”.
- A produção de imagens se deslocou do âmbito
artístico para o midiático, estando presente em
meios como cinema, jornais, revista, televisão,
além da internet que, em seu interior, também
contém outros ambientes como you tube, blogs e
fotoblogs.
- Nessas circunstâncias, Baitello Junior diz que a
produção imagética pode ser designada como oceânica,
não sendo possível quantificá-la, nem mesmo por
- Para Baitello Junior ambiente é tudo o que rodeia os
seres vivos e as coisas, e “cada coisa ou pessoa gera em
torno de si um ambiente saturado de possibilidades de
comunicação”.

- Nesses cenários, existe uma integração constante, pois os


ambientes configuram as pessoas e são por elas configurados.

- É o que se pode verificar no Facebook, uma das redes sociais mais


populares, que, até o primeiro semestre de 2014, já tinha alcançado 1,23
bilhão de usuários em todo o mundo. Nesse espaço cibernético, as
empresas e marcas podem interagir com os seus consumidores através das
- É nesta circunstância de sobrecarga visual que surge o termo
iconofagia em seus três vetores, que são:

-1) imagens devorando imagens,


-2) imagens devorando corpos
-3) corpos devorando imagens.

- Sendo assim, no primeiro instante, o que há são repetições,


imagens que procedem de outras imagens, reproduzem
conteúdos, são ecos.
- Iconomania e ambientes de imagens
- Viviam Flusser define imagens como “superfícies que pretendem
representar algo”. O mundo não é acessível imediatamente e, por esse
motivo, as imagens têm o objetivo de mostrar o mundo.

- Já Baitello Júnior discorre sobre a origem da imagem. Conforme ele, a primeira


produção de imagem esteve relacionada a uma tentativa de superar a morte. Para se
afastar e se esquecer da morte, o homem produziu a “imago”, uma máscara de cera
colocada no rosto do defunto. Era o retrato de um morto.

- Sendo assim, inicialmente, a imagem esteve presente nas cavernas, em


manifestações ritualísticas e de culto. Posteriormente, passou a ocupar galerias e
museus, por exemplo.
- Houve, no entanto, uma mudança nos processos da produção imagética,
fazendo surgir outros ambientes de imagens. Benjamin já mencionava
essas transformações, explicando que houve a passagem de uma
sociedade que produzia suas imagens de maneira manual e artesanal para
uma sociedade que inventou máquinas reprodutoras de imagens.

- Surgem então as imagens técnicas que, conforme Flusser , são


produzidas por aparelhos. Assim, a imagem se deslocou do âmbito
artístico para o midiático.

- Baitello Júnior salienta que as imagens passaram a ocupar todos os


espaços e há uma “multiplicação exacerbada de imagens cada vez mais
onipresentes”. Há uma iconomania nos ambientes de imagens.
- O mesmo autor chama isso de descontrole e enfatiza que houve um
desdobramento da reprodutibilidade imagética. Com isso, a carga
excessiva de imagens passou a integrar o cotidiano, criando ambientes
de imagens.

- Tal fato leva ao que Dietmar Kamper chamou de “Os padecimentos dos
olhos”, uma doença que ataca o homem na atualidade.

- O autor levanta questionamentos: será que o homem consegue enxergar


alguma coisa ou será que apenas imagina estar vendo? Ele assegura que os
olhos não conseguem mais acompanhar toda a produção imagética, seja
pela abundância, seja pela maneira acelerada em que ocorrem a aparição e
desaparição das coisas.
- A reprodutibilidade imagética em enormes quantidades se tornou ainda
mais exacerbada com o advento de smartphones, tablets, e demais
eletrônicos com câmeras digitais.

- A popularização desses aparelhos, e a facilidade de conexão dos mesmos


com a internet, fez surgir, no ambiente online, espaços virtuais
sobrecarregados de elementos visuais.

- Flusser discorre sobre a existência de uma “sociedade informática”, que


ordena as pessoas em torno de imagens. É uma sociedade que está
“programada a vivenciar, a conhecer, a valorizar, e a agir apertando
teclas”.
- Os indivíduos têm, em seu dia-a-dia, presença marcante
das novas tecnologias, fato que, consequentemente,
acarreta no surgimento de mais imagens.

- Isso tudo promove ambientes de integração, pois:


“todo indivíduo estará ligado a todos os demais
indivíduos do mundo inteiro através da imagem
técnica que o está programando” .
- Atentando-se novamente para a produção de imagens nesses novos
aparelhos tecnológicos, verifica-se que o indivíduo, conectado às redes
sociais, posta constantemente fotografias pessoais que, normalmente, estão
relacionadas ao seu cotidiano.

-Houve uma popularização da imagem, tanto da sua produção, quanto da


sua veiculação. As mídias tradicionais abrem espaço para outros meios que
permitem à grande massa expor o seu próprio conteúdo. Com isso, o que se
tem são ambientes cada vez mais iconomaníacos.

- Convém, por exemplo, que o Facebook há a opção de ingresso com a


criação de um perfil, para pessoas físicas, como é possível a elaboração de
páginas para empresas, marcas, celebridades e organizações em geral .
- Vetores da iconofagia

- Nesse cenário de sobrecarga visual, surgem tentativas de se compreender


qual é o vínculo existente entre a cultura das imagens e a cultura dos corpos.
Baitello Junior constata que as imagens conquistaram “no mundo
contemporâneo o grau de igualdade em relação aos homens: ocupam o
mesmo espaço, consomem o mesmo tempo”.

- Para ele, o homem passou a servir de “comida” ou alimento para a cultura


das imagens. Tal consumo de elementos visuais é tão exacerbado que, ora as
imagens devoram, ora as imagens são devoradas. Isso é o que ficou
conhecido como iconofagia. No processo em que imagens devoram
imagens, Baitello Junior , menciona sobre uma gula das próprias
imagens.
- Conforme ele, “ao invés de remeter ao mundo e às coisas, elas
passam a bloquear seu acesso, remetendo apenas ao repertório
ou repositório das próprias imagens”.

- As composições imagéticas não possuem referência, nem


significados próprios, mas sim, constituem-se em meras
repetições de outras imagens. Ele explica que as imagens
não passam de recordações, reproduções dos mesmos
repertórios já apresentados em outros elementos visuais.
- No ambiente online, especificamente, nas redes sociais,
essa iconofagia, na qual imagens devoram imagens, é
muito evidente. Isso porque houve uma popularização de
aparelhos tecnológicos com câmeras digitais.

- Conectados à internet, os internautas publicam fotos


muito semelhantes, comumente relacionadas à
gastronomia, cotidiano, também a momentos de lazer, de
trabalho, entre tantas outras situações idênticas.
- O internauta passa, então, a viver em função das imagens. Há
uma perda do real, pois ele não contempla, nem vivencia
inteiramente as situações nas quais está inserido, mas está
frequentemente reproduzindo cenas com o seu smartphone, tablet
ou webcam e, ao lançá-las nas redes, aguarda com expectativa a
quantidade de likes que tal postagem pode alcançar.

- Nesse cenário, é importante ressaltar que Romano afirma existir


um predomínio da mídia terciária, em detrimento da primária. Ou
seja, o contato pessoal perde espaço para as relações
estabelecidas por meio dos aparelhos eletrônicos, que, por sua
vez, acabam criando mais distância entre os indivíduos.
- Por outro enfoque, ao mesmo tempo em que há um
distanciamento nas relações interpessoais, há uma
aproximação de conteúdo no âmbito virtual. Conforme
exposto outrora, há um anseio comum e predominante no
âmbito online, especificamente, nas redes sociais.

- As pessoas parecem estar em sintonia quando produzem e


reproduzem imagens em série, semelhantes, com as mesas
posições diante das câmeras, com cenários muito
parecidos.
- As “selfies”
- As “selfies” são a grande tendência do momento. Trata-se de auto-
retratos feitos em frente ao espelho, ou em um encontro com amigos, na
hora da refeição, entre tantas outras ocasiões. Em suma, o que se tem são
imagens citando outras imagens, reproduzindo composições
antecedentes.

- Flusser antecipa que a sociedade espalhada não se constituirá num


amontoado de partículas individuais. O autor diz que haverá um vínculo
entre as pessoas, pois, para ele, “todo indivíduo estará ligado a todos os
demais indivíduos do mundo inteiro através da imagem técnica que o
está programando, já que tal imagem se dirige a todos os indivíduos
indistintamente e da mesma forma”.
- Resumindo:
- A sociedade contemporânea passa por constantes transformações. Com
o surgimento de aparelhos reprodutores de imagens, houve uma
massificação da produção imagética, fazendo-a se deslocar do âmbito
artístico para o midiático.

- O indivíduo tem à sua disposição, smartphones, tablets, notebooks com


suas webcams e tantos outros aparelhos eletrônicos capazes de produzir
fotografias.

- Não obstante, o surgimento da internet gerou indivíduos cada vez mais


conectados e com um anseio em comum: registrar momentos e lançá-los
nas chamadas redes sociais.
- O resultado foi o surgimento, no meio virtual, de ambientes
iconomaníacos, nos quais há um franco predomínio de imagens.
Onde imagens e pessoas “devoram” outras imagens
( iconofagia ). Um exemplo disso é a rede social que mais cresce
no mundo, o Facebook.
- Nesse ambiente, as imagens assumem papel predominante, pois
se apresentam em uma grande quantidade. Há, portanto, a
presença de ambientes de imagens. Ou seja, cenários nos quais
imagens cercam e disputam constantemente pela atenção do
internauta.
• Referências
• Os conceitos de iconomania e iconofagia nas composições visuais da página do banco Bradesco no Facebook ( Suelen Fernanda de Camargo )
• BAITELLO JUNIOR, Norval. A era da iconofagia. São Paulo: Hacker, 2005.
• ______. A serpente, a maçã e o holograma: esboços para uma teoria da mídia. São Paulo: Paulus, 2010.
• ______. O universo das imagens técnicas: elogio da superficialidade. São Paulo: Annablume, 2008.
• KAMPER, Dietmar. Os padecimentos dos olhos. In: CASTRO, Gustavo de; CARVALHO, Edgard de Assis; ALMEIDA, Maria Conceição de (Orgs). Ensaio de complexidade. Porto Alegre: Sulina,
1997. p.131-137.
- Ecologia da
comunicação
- A ecologia da comunicação em Vicente Romano
- Em “A ecologia da comunicação” o comunicólogo espanhol
Vicente Romano García problematiza as consequências
ecológicas da colonização do tempo de vida dos seres humanos
pela onipresença, durante as 24 horas do dia, dos aparatos
eletrônicos de comunicação.

- Diagnostica que estamos diante de uma crise ecológica e


propõe uma ecologia da comunicação com o objetivo de se
adaptar as tecnologias da informação já disponíveis às
condições e possibilidades da comunicação primária, do
- Assim, questiona os efeitos do uso de equipamentos
quando estes, na sua leitura, predominam sobre os
contatos presenciais e propõe que as tecnologias, em
particular as que privilegiam as telas, devam ser
adaptadas às possibilidades do corpo humano e aos
valores eco-comunicacionais. Recorda que em...
- Seu sentido original de ” oikos, casa, lar, lugar de refugio, segurança,
bem-estar etc., a ecologia da comunicação pretende averiguar até que
ponto a comunicação pode criar comunidades nas quais o mundo
apareça como um meio adequado no qual o ser humano sinta-se à
vontade “
- Como humanista aposta na possibilidade de se construir uma ponte entre
comunicologia e ecologia humana; insiste na necessidade de se “aprender
a prever não só os efeitos materiais, mas também os espirituais e sociais
das extensões tecnológicas”;

- enfatiza que “criticar os efeitos negativos não significa ser um


apocalíptico no sentido depreciativo ou pejorativo que se costuma aplicar
este termo de Umberto Eco”.

- Como um pensador preocupado em não separar reflexão e ação, propõe


que os “seres humanos tomem consciência e assumam suas
responsabilidades diante do seu ambiente comunicacional”
- Podemos dizer que o autor estuda a comunicação
primária dos corpos envolvidos nos processos de
comunicação, com toda riqueza dos gestos construídos
culturalmente, como uma possibilidade de pesquisar
como homens e mulheres concretos participam de um
paradigma ecológico da comunicação.

- Assim, descreve as potencialidades dos estudos da comunicação


a partir do corpo e do conjunto dos sentidos: o tato, o olfato, o
gosto, o ouvido e a visão.
- A contemporaneidade, marcada pela centralidade e predominância dos
aparelhos tecnológicos nos remete ao conceito de hipnogenia, que e quando
as pessoas chegam ao estado hipnótico e simplesmente elas agem de acordo
com a maré que as levam para onde ela quiser.

- O ser humano abre mão de suas vontades e isenta-se das suas


responsabilidades, delegando-as as maquinas, aos aparelhos. O sujeito
hipnógeno e assim: despido de capacidade de autodeterminação.

- Os sistemas de comunicação criaram não apenas sujeitos, mas, sobretudo


objetos. E objetos que não tem a responsabilidade de tomar decisões. As
decisões estão transferidas para outras instancias contidas nos processos de
produção.
- Vicente Romano nos incentiva a pensar na comunicação
em uma perspectiva ecológica, ressaltando as características
qualitativas da comunicação humana que afetem
significativamente a nossa qualidade de vida.

- Ele analisa as consequências sociais do desenvolvimento


tecnológico, destacando os impactos dessas transformações
em curso na sociedade sobre a comunicação primaria
( aquela que se processa a partir dos sentidos humanos ).
- Assim, a proposta de uma ecologia da comunicação e da
cultura ganha espaços nas pesquisas contemporâneas das
ciências da comunicação, chamando a atenção para os
desdobramentos e as consequências dos processos
midiáticos e culturais em curso com impactos nos ambiente
da sociabilidade e dos imaginários.

- Uma ecologia comunicacional estuda a ecologia dos sentidos que


são por muitas vezes descartados nos ambientes tecnológicos e
possibilita leituras criticas dos cenários possíveis a partir dos seus
contextos midiáticos.
- Segundo Vicente Romano, a comunicação tem uma dimensão
ecológica e ética que cria vínculos entre os seres humanos e
entre os humanos e as maquinas. A ecologia da comunicação é a
relação dinâmica entre as tecnologias que regulamentam e
desenham o mercado e os efeitos que tem na sociedade.

- É preciso investigar a repercussão da técnica na índole da


comunicação humana. Segundo Romano, a introdução das mídias
terciárias tem consequências para os indivíduos e para a sociedade. Já
que atualmente temos mais aparelhos técnicos, mais informação e menos
contato pessoal, os vínculos entre a função socializadora da
comunicação e a sua função informativa foram afetados.
- O conceito de ecologia da comunicação de Vicente
Romano tem seus fundamentos na teoria da mídia de
Harry Pross sobre a comunicação e o corpo:

“ Toda comunicação humana começa na mídia primaria,


na qual os indivíduos se encontram cara a cara,
corporalmente e imediatamente, e toda comunicação
retorna para lá”.......

........., ou seja, e no corpo que começa e termina a


comunicação.
• Referências Bibliográficas:
• Carina Basso, revista iberoamericana para comunicação e cultura contra-hegemônicas nº ISSN: 2318-5023, Mapeamentos do real na mídia e os impactos na sociedade paulistana do início do século XX
Mediatel / PUC-SP
• BAITELLO Jr., Norval. Corpo e imagem: Comunicacao, ambientes e vinculos. In: RODRIGUES, David (Org.). Os valores e as atividades corporais. Sao Paulo: Summus, 2008. p. 95-112;
• BATLICKOVA, Eva. A epoca brasileira de Vilem Flusser. Sao Paulo: Annablume, 2010; BERNARDO, Gustavo; FINGER, Anke; GULDIN, Rainer. Vilem Flusser: uma introducao. Sao Paulo: Annablume, 2008;
• FERRAR, Miriam Nicolau, A imprensa negra Paulista, 1985; FLUSSER, Vilem. Do Funcionario. In Suplemento Literario do Jornal O Estado de São Paulo. Publicado em 1o de maio de 1965; O Estado de S.
Paulo, 13 ago. 1910;
• PORTO, Antonio Rodrigues. Historia da cidade de Sao Paulo (atraves de suas ruas). SaoPaulo: Carthago, 1992. 2.ed. p.109; SEVCENKO, Nicolau. Orfeu extatico na Metropole: Sao Paulo, sociedade e cultura
nos frementes anos 20. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p.115;
• PILAGALLO, Oscar. Historia da imprensa paulista, 368 pp., Editora Tres Estrelas, São Paulo, 2012 # reproduzido da Folha de S.Paulo, 24/3/2012; titulo original “‘Historia da Imprensa Paulista’ nasce classica”;
• ROMANO, Vicente. Ecologia de La Comunicacion, 2004;
• ROMANO, Vicente, (1998) El Tiempo Y El Espacio En La Comunicacion ‐ La Razon Pervertida Navarra ‐ Spana: Argitalexte Hiru;
• ROMANO, Vicente. Desarrollo y progreso: por una ecologia de la comunicacion. Barcelona: Teide, 1993.
• Arquivo Público do Estado de São Paulo, Memória da Imprensa, http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoria/ verjornais.php , disponivel em 27 de maio de 2013;
• Arquivo Público do Estado de São Paulo, Imigracao em Sao Paulo, http://www.ar quivoestado.sp.gov.br/imigracao/ , disponivel em 28 de maio de 2013;
• Arquivo Público do Estado de São Paulo, Memória da Imprensa, http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoria/verjornais.php, disponivel em 27 de maio de 2013;
• Arquivo Público do Estado de São Paulo, Imigracao em Sao Paulo, http://www.ar quivoestado.sp.gov.br/imigracao/ , disponivel em 28 de maio de 2013;, Vilem. Da religiosidade: a literatura e o senso de
realidade. Sao Paulo: Escrituras Editora, 2002;

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