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An Anthropology of Images – Hans Belting

- “Uma imagem é mais do que um produto da percepção. É criada como o resultado de


intenções e conhecimentos individuais e coletivos. Vivemos com imagens,
compreendemos o mundo em imagens. E esse repertório vivido de nossas imagens
internas conecta-se com a produção material das imagens externas na vida social ”; p. 9;

- Não defende uma separação entre meio e imagem, entre forma e construções
individuais e sociais; “duas faces de uma mesma moeda”; p. 10;

- As imagens para além da sua dimensão artísticas (pintura; cinema);

- Foucault: “Michel Foucault foi o primeiro a falar do que chamou de “crise de


representação”, uma crise pela qual ele considerava responsável o novo mundo de
imagens”: p. 14;

- “Apenas as eras passadas, parece acreditar, conseguiram conciliar as imagens com o


real. Mas esquecemos que essas idades também construíram sua realidade social em
imagens cuja autoridade moldou o imaginário coletivo.”; p. 14;

- “A crise da representação é, na verdade, uma crise de referência, algo de que não


somos mais certos de que as imagens são capazes. As imagens falham somente quando
não mais as creditamos como representações do real.”; p. 14;

- “Baudrillard culpou imagens em que não podemos ler a prova do real (chamando-as de
"simulacro"), assim como ele suspeitava que a simulação subverte a equivalência de
signo e significado.”; p. 14;

- “A crise da representação vem à tona também na imagem digital, onde questões


ontológicas parecem ter sido substituídas por questões de tecnologia de produção.”; p.
14;

- “Imagens são produzidas e transmitidas pela mídia em seus próprios tempos. A


interação entre imagem e tecnologia, antiga e nova, constitui um ato simbólico. A
resposta, a percepção da imagem pela audiência, é também um ato simbólico. Essa
dinâmica é melhor ilustrada por imagens que ocupam espaço público e o fazem em
virtude de um meio escolhido por alguma agência autorizada. É essa mise-en-scène
oficial, seja de natureza religiosa ou política, que inicia o ato coletivo de percepção.
Dentro da tríade imagem-meio-corpo, o meio refere-se à tecnologia ou ao artesanato
que transmite a imagem e ao que é que dá visibilidade à imagem; “Corpo” refere-se ao
corpo vivo, o espectador. As imagens não devem ser separadas nem confundidas com
suas tecnologias mediais. No primeiro caso, elas são reduzidas a meros fantasmas, no
segundo, a mera técnica. Essa falsa dicotomia é, em parte, o resultado de um falso
dualismo entre imagens internas (endógenas) e externas (exógenas), as quais têm um
corpo técnico ou artificial que chama a nossa atenção. Esse dualismo nada mais é do
que uma nova reviravolta na antiga distinção entre mente e matéria. De fato, as imagens
mentais e físicas de qualquer época (sonhos e ícones) interagem tão intimamente que é
difícil separá-las nitidamente. Imagens públicas sempre controlaram a imaginação
pessoal; e a imaginação pessoal, por sua vez, coopera com eles ou os resiste.”; p. 15;

- Formulação problemática: a imagem é mental e o meio é material; p. 20;

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