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RESUMO DA UNIDADE

Esta unidade analisará os fundamentos e a gestão em qualidade, segurança, meio


ambiente e saúde. Especificamente, são enfocadas: a) a conceituação do sistema
de gestão e sua evolução histórica; b) a regulamentação do sistema de gestão em
qualidade, segurança, meio ambiente e saúde; c) a gestão do sistema de qualidade,
segurança, meio ambiente e saúde. Trata-se de um referencial teórico sobre a
temática dentro de legislações na área e artigos recentes, bem como materiais
bibliográficos de referência que tratam do sistema de gestão em qualidade,
segurança meio ambiente e saúde. Justifica-se esse material devido à sua
relevância para as áreas de trabalho industrial e empresarial, às quais normalmente
os sistemas de gestão são aplicados. Os resultados revelam qu e a aplicação das
normas de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde colaboram para a melhoria
dos processos de trabalho, tanto na parte técnica, quanto humana e legal.

Palavras-chave: Auditoria. Gestão Empresarial. Gestão Industrial.


SUMÁRIO
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1
SUMÁRIO .................................................................................................................................2
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3
CAPÍTULO 1 - CONCEITUAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO ...................................4
1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GESTÃO DE QSMS. SISTEMA DE GESTÃO
E DOCUMENTAÇÃO DE QSMS...........................................................................................4
1.2 Conceitos e interdisciplinaridade ............................................................................9
1.3 INSTALAÇÕES, EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES ............................... 12
CAPÍTULO 2 - REGULAMENTAÇÃO ........................................................................... 18
2.1 SISTEMA DE GESTÃO DE QSMS: ISO 14001, ISO 9001 E ISO 45001..... 18
2.1.1 Auditorias de Certificação e Auditorias Internas ............................................... 28
CAPÍTULO 3 - GESTÃO DO SISTEMA DE QSMS ..................................................... 34
3.1 TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE GESTÃO: GESTÃO POR
RESULTADOS ...................................................................................................................... 34
3.2 CONCEITO DE INDICADORES PROATIVOS E REATIVOS DE
QUALIDADE, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE .......................................... 39
3.3 PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DE SISTEMAS
INTEGRADOS DA QUALIDADE, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE........ 44
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 48
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

QSMS é uma sigla que significa “qualidade, segurança, meio ambiente e


saúde”. Trata-se de um sistema de gestão integrado com quatro fatores diferentes.
Nesse material, discutiremos alguns de cada um desses quesitos.
A qualidade é referente não somente aos produtos e serviços que a empresa
e/ou a indústria presta, mas também ao processo de produção e execução da
gestão.
A questão da segurança trata de todos os segmentos envolvidos no processo
de produção e distribuição, envolvendo especialmente a segurança no local de
trabalho.
Sobre o meio ambiente, este material focaliza o monitoramento dos impactos
ambientais nas empresas e indústrias visando equacioná-los, ou pelo menos,
diminuí-los, de modo a garantir que a atividade realizada não cause danos à
natureza.
E sobre a saúde, é colocado em pauta para o estudo sobre a qualidade de
vida do trabalhador, incluindo o uso dos equipamentos, a ergonomia e a exposição
do trabalhador aos possíveis riscos que venham a danificar a sua saúde física e/ou
mental.
Este material foi desenvolvido de modo a oferecer uma base pedagógica ideal
para que haja um aprendizado real referente à legislação e prática do Sistema de
Gestão de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde.
A relevância desse estudo dá-se pelo fato de que o não cumprimento da
legislação concernente à saúde, segurança e cuidado ambiental pode acarretar
pesadas multas para a organização, bem como em processos morosos quando trata
de danos à saúde do trabalhador.
Ante tais considerações, é possível perceber que a empresa que busca
desenvolver levando em consideração a qualidade, a saúde dos seus
colaboradores, a proteção e o compromisso com o meio ambiente e a segurança no
local de trabalho tende a ter mais sucesso do que as que não levam em
consideração esses aspectos. Por isso, é preciso que as empresas estejam a par
das legislações vigentes e suas aplicações.
CAPÍTULO 1 - CONCEITUAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO

1.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GESTÃO DE QSMS. SISTEMA DE GESTÃO E


DOCUMENTAÇÃO DE QSMS

O sistema integrado de gestão é composto pelo Sistema de Gestão da


Qualidade, pelo Sistema de Gestão Ambiental e pelo Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde no Trabalho, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1 – Sistema Integrado de Gestão

Fonte: Tribunal Superior do Trabalho, 2020.

Com o avanço da tecnologia, houve uma melhoria significativa nas empresas


para atender o mercado, que tem se tornado cada vez mais seletivo na escolha das
suas opções de compra.

A busca pela excelência na Gestão em Segurança, Meio Ambiente e Saúde


(SMS), passou a ser uma meta estratégica para as empresas que
pretendem garantir participação em um mercado cada vez mais competitivo
e regido por uma sociedade a cada dia mais exigente. A implementação de
ações que visam a melhoria do rendimento humano tem sido considerada
f undamental para o desempenho das organizações que buscam a
excelência, como f orma de obtenção da sustentabilidade dos negócios [ . . . ] .
Entender e melhorar a interação do conjunto homem– equipamento–
sistema organizacional, denominado “f atores humanos”, e a busca de sua
incorporação aos processos, passou então a ser o desaf io da indústria
neste novo milênio. Entende-se que esta incorporação não deve ser
realizada de f orma isolada, mas sim de f orma estruturada e sistêmica via
Sistema de Gestão de SMS (THEOBALD; LIMA, 2007, p. 50).

Desse modo, é possível afirmar que a Gestão em Segurança, Meio Ambiente e


Saúde teve origem diante das demandas cada vez mais exigentes do mercado, o
que incluiu também a busca pela qualidade nos processos industriais.
Através dessas compreensões, percebe-se que o sistema integrado de gestão
tende a tornar-se cada vez mais elaborado, haja vista que, com a concorrência
acirrada das empresas, as que não se adaptarem a esse tipo de gestão correm o
risco de não avançarem no que concerne aos nichos de mercado.

FIQUE ATENTO
O Sistema Integrado de Gestão evoluiu não apenas devido a uma questão de
avanço nas empresas, mas também devido ao fator humano, ou seja, para atender
às demandas do mercado.
Para saber mais sobre esse assunto, leia o seguinte artigo:
THEOBALD, Roberto; LIMA, Gilson Brito Alves. A excelência em gestão de SMS:
uma abordagem orientada para os fatores humanos, Sistemas e Gestão, v. 2, n. 1,
p. 75-88, janeiro a abril de 2007.

Outro fator que fez propício o surgimento do Sistema de Gestão da Qualidade,


Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS) foi a globalização, que serviu para
ampliar as conexões da comunicação, economia e tecnologia em todo o mundo.
Desse modo, a globalização veio trazer grandes ganhos no que concerne à
qualidade e excelência.
A globalização uniu as fronteiras com o auxílio da tecnologia e do avanço da
comunicação, o que serviu para ampliar os melhoramentos na área laboral,
conforme mostra a Figura 2. Referente ao sistema de QSMS, é imprescindível que o
gestor que atua nessa área conheça as normas de gestão e suas respectivas
documentações, em especial sobre as principais ISO relacionadas ao meio ambiente
(ISO 14001), saúde, segurança (ISO 45001 e OHSAS 18001) e qualidade (ISO
9001).
Figura 2 – Sistema Integrado de Gestão

GLOBALIZAÇÃO TECNOLOGIA

GESTÃO EM COMUNICAÇÃO
QSMA

Fonte: Autora, 2020.

A ISO (International Organization for Standartization) é uma organização que


foi criada em 1946, em Genebra, na Suíça, e tem por objetivo desenvolver uma
normatização que seja usada em todos os países do mundo. No Brasil, a ISO é
representada pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT) (TEMPLUM,
2020).
Na gestão de QSMS, a norma que serviu de base para as demais é a ISO
9001, na versão 2015, pois trata de uma forma integrada da qualidade. A questão do
meio ambiente e saúde, com suas respectivas normas, veio integrar a questão da
qualidade, aprimorando cada vez mais o bem-estar e a produtividade laboral,
avançando não apenas na qualidade dos materiais e serviços, mas também na
proteção do colaborador e do meio ambiente.
Já a gestão ambiental empresarial está pautada na ISO 14001, versão 2015,
que mostra como deve se dar a implementação do Sistema de Gestão Ambiental
(SGA) nas empresas e organizações, desde o seu advento até o monitoramento,
sendo de grande relevância, haja vista serem as indústrias grandes produtoras de
degradação ambiental, sendo necessário que haja um controle e monitoramento da s
suas atividades.
Já a OHSAS 18001, que faz parte da família OHSAS, é a norma mais
conhecida na área de segurança do trabalho. A OHAS (Occupational Health and
Safety Assesment Services), que traduzida para o português significa Serviços de
Avaliação de Segurança e Saúde Ocupacional, é uma série de normas que compõe
a família OHSAS 18000, que foi elaborada pela BSI (British Standards Institution)
(AMBIENTE SST, 2016).
É preciso que o gestor de QSMS ainda conheça de forma pontual a legislação
de segurança e saúde relativa ao ambiente laboral. Vale salientar que esta
legislação é muito ampla, cabendo ao gestor conhecer as mais pertinentes à área de
saúde e segurança no trabalho.
É ainda muito importante que haja um conhecimento, nessa área de gestão de
QSMS, o conhecimento do PDCA (Plan, Do,Check, Action), o qual é traduzido para
o português como Planejar, Fazer, Checar e Agir. As normas ISO e OHSAS têm por
base de funcionamento este ciclo.
De acordo com Marshall Junior et al (2008), o PDCA é um método gerencial
que promove a melhoria contínua e espelha, em quatro passos integrados, o
fundamento da melhoria contínua para o meio do planejamento, execução,
verificação e ação corretiva.
A Figura 3 mostra como funciona o ciclo PDCA, que acontece de forma
contínua:
Figura 3 – Ciclo PDCA

Fonte: Depositphotos, 2020a


IMPORTANTE
O ciclo PDCA é muito utilizado em processos que envolvem gestão e administração,
visando à melhoria contínua nas empresas e organizações, sendo aferida a
qualidade e observância da legislação pertinente por meio de indicadores.

O PDCA é dividido em quatro etapas:


Plan (Planejar): trata de uma experiência e hipótese referentes aos resultados,
onde são estabelecidas metas para controle dos processos, diante dos objetivos
propostos pela organização. Esta fase é de grande relevância, pois são repassados
os dados e as informações que darão suporte às fases seguintes (ANDRADE,
2003).
Do (Fazer): essa fase corresponde à implementação do plano, quando são
coletados os dados necessários.
Check (Checar): aqui são estudados e analisados os resultados, sendo esta
etapa baseada nos resultados de ações anteriores (PRASHAR, 2017).
Act (Agir): nesta fase são observadas as padronizações das ações propostas e
aferidos os indicadores de qualidade, bem como propostas as melhorias para o
processo e propostas as correções das falhas detectadas.

SAIBA MAIS:
Vídeo sobre o assunto: Videoaula Ciclo PDCA (Resultar Gestão, 2016).
Acesse o link: RESULTAR GESTÃO. Vídeo Aula Ciclo PDCA. 2016. (4m16s).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2MLmqQaLAFk. Acesso em: 21
de setembro de 2020.
Artigo: WERKEMA. M. C. C. Métodos PDCA e DMAIC e suas ferramentas analíticas.
Rio de Janeiro: Elsevier. 2013.
Observação: sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do ciclo
PDCA nos processos administrativos e industriais.

Observa-se que a gestão de QSMA, com o passar dos anos, requer uma
melhoria contínua dos processos, baseadas as documentações e legislações
vigentes, trazendo avanços para empresas e indústrias.
1.2 CONCEITOS E INTERDISCIPLINARIDADE

Na atualidade existe uma tendência de unir os saberes e a ciência na


promoção da interdisciplinaridade, não sendo diferente na gestão de QSMS, haja
vista esta contar com uma integração de conhecimentos na área de saúde,
qualidade, meio ambiente e segurança.
Segundo Bayeh (2017, p. 1):

A imagem de uma organização perante os seus clientes e colaboradores é


essencial para o sucesso corporativo. Com isso, viu-se a necessidade da
criação de sistemas de gestão de Segurança do Trabalho, de Saúde
Ocupacional e de Meio Ambiente, dando início ao que se conhece como
Sistema de Gestão QSMS (Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e
Saúde). Um bom Sistema de QSMS, quando bem implantado, pode trazer
inúmeras melhorias à empresa como redução de custos, melhorias
operacionais, aumento de produtividade, entre outras coisas. Neste
contexto, um bom entendimento sobre o tema f az com que se ref lita sobre
as vantagens, metodologia e principalmente os resultados obtidos com a
implantação de um Sistema de Gestão QSMS.

Desse modo, vê-se que o Sistema de Gestão QSMS traz uma proposta
interdisciplinar, colaborando para a melhoria da economia da empresa, da qualidade
dos serviços e produtos destinados aos clientes, e ainda, para a proteção ambiental
nos processos e resguardo da saúde dos trabalhadores.
O Sistema de Gestão Integrada de QSMS corresponde a um conjunto de
normas estabelecidas depois da efetivação de um mapeamento dos processos
empresariais, dos impactos ao meio ambiente e análise dos riscos a que o
trabalhador está sujeito na rotina laboral. Depois dessa avaliação são propostas
políticas, metas e objetivos para uma proposição de uma gestão que ocorra de
forma integrada visando reduzir os custos e ampliar a qualidade de vida dos
colaboradores mediante a legislação proposta, evitando também as multas e
autuações governamentais no que concerne à saúde do trabalhador e ao meio
ambiente (ARM LOGÍSTICA, 2017).
Trazendo a questão da gestão de QSMS para a interdisciplinaridade, pode-se
afirmar que este pressuposto tem gerado nessa área uma integração da ciência e
tecnologia para promoção da melhoria ocupacional e empresarial.
Pensar na interdisciplinaridade é refletir sobre o conhecimento que é produzido,
as formas de sua aplicação e os meios de enxergar a realidade. Na obra Discurso
do Método, de René Descartes, qu e trata da questão disciplinar, a ideia do autor é
mostrar que o mundo é um todo coeso, com várias partes separadas que interagem.
Assim, disciplina pode ser caracterizada dessa forma: a fragmentação do
conhecimento em várias partes que interagem. No entan to, cada uma das partes é
independente da outra (DESCARTES, 2001).

IMPORTANTE
A interdisciplinaridade é hoje tida como de grande relevância nas escolas e
academias, haja vista que o ensino e a aprendizagem não devem ser realizados de
forma engessada e separada, mas os saberes devem “conversar” entre si na
construção do conhecimento.

Então, o conhecimento proposto por Descartes é conhecido como método


cartesiano, que divide os saberes em partes separadas. Isto é, os saberes não são
estudados de forma conjunta. Esse é o caso das disciplinas isoladas.
A Figura 4 evidencia as características da disciplinaridade.

Figura 4 – Disciplinaridade

Fonte: Autora, 2020.

É preciso colocar aqui que o conhecimento disciplinar não corresponde mais às


demandas impostas pelo ensino/aprendizagem, haja vista que existe uma
complexidade no saber na sociedade.
Por isso, a função da interdisciplinaridade é reconectar essas partes
separadas, entendendo que o todo é mais que as partes isoladas, possuindo
múltiplas relações, e é na região dos limites, onde cada disciplina se encontra, que
pode existir a interdisciplinaridade.
Desse modo, a ideia da interdisciplinaridade é integrar esses conhecimentos a
partir do que lhes é comum. Eles não apenas atuam em parceria uns com os ou tros,
mas exploram zonas de convergência.
Fazenda apud Suero (1986, p. 18,19) colocou o seguinte conceito sobre
interdisciplinaridade:

A palavra interdisciplinaridade evoca a "disciplina" como um sistema


constituído ou por constituir, e a interdisciplinaridade sugere um conjunto d e
relações entre disciplinas abertas sempre a novas relações que se vai
descobrindo. Interdisciplinar é toda interação existente dentre duas ou mais
disciplinas no âmbito do conhecimento, dos métodos e da aprendizagem
delas. Interdisciplinaridade é o conjunto das interações existentes e
possíveis entre as disciplinas nos âmbitos indicados.

A Figura 5 evidencia os pressupostos da interdisciplinaridade:

Figura 5 – Interdisciplinaridade

Fonte: Rios, Sousa, Caputo, 2019.

Um dos objetivos da interdisciplinaridade é chegar a um consenso pontual


sobre as variedades de temáticas propostas pela ciência. Isso não quer dizer que é
chegar a uma verdade absoluta; mas, sim, a um diálogo.
Nesse âmbito, a comunicação pode servir de elo para o compartilhamento
dos saberes a serem construídos, haja vista que é preciso dialogar sobre os
conhecimentos pertinentes a cada área, para que seja feita a integração destes e
para que haja o confronto da aproximação dos saberes.
No caso da gestão em QSMS, a interdisciplinaridade é requisitada nos
processos, especialmente porque tratam de saberes diferenciados, como a saúde,
meio ambiente, qualidade e segurança.
A saúde ocupacional é hoje tratada de forma holística, é preciso observar o
ambiente no local de trabalho para que possam ser buscadas soluções para os
possíveis problemas de saúde causados pela rotina de trabalho. Nesse âmbito já
entra em cena a segurança, pois, em ambientes onde há falhas nessa área, o
colaborador pode sofrer danos à saúde.
O meio ambiente também entra nesse contexto, haja vista que quando há
desequilíbrios ambientais no local de trabalho, o colaborador é também atingido. A
poluição e a degradação ambientais, causadas especialmente pelas indústrias,
podem provocar danos tanto à natureza, quanto diretamente à saúde do trabalhador.
Assim, seguindo uma tendência mundial, a interdisciplinaridade é presente de
forma pontual na Gestão em QSMS, trazendo para esse âmbito novas formas de
pensar, de agir e de revolucionar os processos administrativos e industriais por meio
da união de saberes.

FIQUE LIGADO
A interdisciplinaridade é comum a todas as ciências na atualidade. A academia
procura uma integração de saberes em todas as áreas visando trazer à tona um
delineado mais abrangente de todos os assuntos estudados.

1.3 INSTALAÇÕES, EMPREENDIMENTOS E ATIVIDADES

Na atualidade, as alterações no contexto social, político, econômico, ambiental


e tecnológico mostram que as empresas desejam avançar na adoção de novas
práticas e estratégias organizacionais, segundo Benite (2004). Tal fato tem ocorrido
devido à exacerbada concorrência vigente no mundo empresarial.
As empresas que não se adaptarem a essa realidade podem ficar fadadas a
serem excluídas no mercado. E um dos caminhos encontrados para a melhoria das
empresas como um todo é a implementação de Sistemas de Gestão, pois na sua
utilização existe uma série de pontos positivos e vantagens competitivas, unindo a
responsabilidade, ética e lucro. Segundo Baye (2017, p. 12): “Um bom Sistema de
QSMS, quando bem implantado, pode trazer inúmeras melhorias à empresa como
redução de custos, melhorias operacionais, aumento de produtividade, entre outras
coisas”.
Os usuários dos serviços ou consumidores dos produtos fornecidos pelas
empresas, hoje, possuem uma visão mais crítica no que concerne à escolha das
empresas. Ao passo que as organizações que descuidam da saúde do trabalhador e
do meio ambiente podem ser descartadas do mercado.
Além disso, o consumidor é hoje extremamente exigente com os produtos e
serviços. É muito fácil desistir de uma compra ou devolver um produto; assim, a
questão da qualidade é de grande importância para as empresas.
A Gestão em QSMS requer uma união dos saberes na área de saúde, meio
ambiente, segurança e qualidade. Desse modo, é preciso que engenheiros de
segurança do trabalho, engenheiros de meio ambiente, médicos e outros
profissionais estejam integrando seus conhecimentos na aplicação da gestão de
QSMS.

ATENÇÃO
A maior parte dos empreendimentos exige, hoje, a integração no setor da
segurança, saúde, qualidade e meio ambiente. A gestão integrada possibilita que, de
forma holística, haja uma maior resolução dos problemas encontrados nessas áreas;
bem como o avanço no que concerne ao atingimento das metas propostas pela
gestão em QSMS.

Ao se comprometer com a gestão de QSMS, é preciso que a empresa não


apenas esteja interessada em estar em conformidade com a legislação de saúde,
qualidade, meio ambiente e segurança, mas também, em realmente implementar os
pressupostos exigidos na prática, que podem ser aferidos através das auditorias
internas e externas.
Almeida et al (2006) afirmou que a implementação de um sistema de gestão
em QSMS necessita propor uma avaliação em saúde, meio ambiente, qualidade e
saúde em todas as suas atividades dentro do empreendimento, avaliando os pontos
de convergência entre as atividades efetivadas e as normas e leis da gestão, tendo
por base o ciclo PDCA.
O mesmo autor colocou os seguintes passos para implementação da gestão de
QSMS:
a) Passo 1: estabelecimento da política que trate da qualidade, segurança e
saúde ocupacional, meio ambiente e responsabilidade social corporativa.
b) Passo 2: mapeamento dos processos de construção e descrição dos
processos de produção, bem como a identificação dos possíveis riscos e perigos, e
avaliação do entorno e distribuição dos espaços. Nessa fase: “É essencial identificar
os aspectos e impactos ambientais das atividades da instituição. É fundamental
avaliar os riscos de segurança e saúde do trabalhador. É crucial entender as
expectativas dos clientes e partes interessadas” (QSMS PRO, 2018, p. 1).
c) Passo 3: atendimento dos requisitos das exigências colocadas pelas
legislações pertinentes; e avaliação dos objetivos colocados pela política
estabelecida.
d) Passo 4: realização de treinamentos para sensibilização em relação à
definição das competências dos colaboradores, para que estes possam se
familiarizar com os sistemas e as diretrizes, especialmente no que concerne aos
riscos e seu gerenciamento. Essa fase é de grande relevância, pois é preciso contar
com a colaboração dos trabalhadores desde o “chão da fábrica” até a alta gestão
para que o sistema possa funcionar de forma efetiva. Para efetivar essa
contribuição, o papel do gestor é muito importante na motivação dos funcionários.
e) Passo 5: implantação do sistema de gestão em QSMS. Nessa fase, os
registros e documentações necessitam passar por um gerenciamento de modo a
descrever o sistema, mostrando em detalhes as ações a serem realizadas, seus
responsáveis e quais tipos de registros devem ser gerados e mantidos. Essa fase é
muito importante, pois é a fonte de todas as informações do sistema de gestão em
QSMS.
f) Passo 6: aqui deve ser realizada a auditoria com o objetivo de analisar o
andamento do sistema na organização e examinar as atividades que têm sido
efetivadas; bem como o registro e a identificação das áreas que necessitam de
ajustes, evitando, desse modo, riscos desnecessários. É preciso também averiguar
se os objetivos e as metas estão sendo alcançados de acordo com a política
estabelecida e em cumprimento da legislação vigente.
g) Passo 7: sendo detectadas as falhas, é preciso aplicar nessa última fase as
ações de prevenção e correção, visando a melhoria contínua do processo e a
resolução de problemas. São verificados para essa análise os registros e relatórios
de desempenho, bem como seu monitoramento.
A Figura 6 mostra as palavras-chave desse processo de implementação do
Sistema de Gestão de QSMS:

Figura 6 - Implementação do Sistema de QSMS

Fonte: Autora, 2020, baseado em QSMS PRO, 2018.

Almeida et al (2006) ainda divide essas fases em quatro tipologias:


Planejamento (Passos 1, 2 e 3), Execução (Passos 4 e 5), Verificação (Passo 6) e
Ação (Passo 7). No caso, observa-se que a implementação do sistema de QSMS
acontece mediante o ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act).

FIQUE LIGADO
A integração dos profissionais na gestão de QSMS é de grande importância para a
sustentabilidade corporativa, haja vista a competitividade nas empresas e
organizações, que exige cada vez mais avanços na área interdisciplinar no
desenvolvimento das profissões.
É importante que os Sistemas de Gestão fundamentados na ISO 9001:2015,
ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007 estejam integrados. Diante disso, é
necessário observar os requisitos comuns que vão cooperar com a integração dos
sistemas. Neste caso, torna-se menos dificultoso gerenciar o Sistema de QSMS do
que trabalhar com os sistemas de gestão de forma isolada.
É bom colocar aqui que os sistemas supracitados, ainda que funcionem de
forma separada, acontecem de acordo com o ciclo PDCA, isto é, são contínuos,
dando espaço para correção das inconformidades para uma melhoria no processo.
Sobre isso, Bayeh (2017, p. 46) afirmou que:

Para o desenvolvimento de um sistema de gestão integrado é preciso que


haja uma interação entre as normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001.
Como as certif icações, conf orme descrito no capítulo 4, são realizadas por
norma, ou seja, há uma certif icação para a NBR ISO 9001, uma para a NBR
ISO 14001 e outra para a OHSAS 18001, os Organismos de Certif icação
realizam as avaliações em auditorias combinadas. Para racionalizar o
processo de auditoria são avaliados em conjunto para as três normas os
requisitos comuns. Da mesma f orma, por ocasião da implantação, em
decorrência da existência de um modelo de conf ormidade integrado, as
empresas identif icam os requisitos comuns nas três normas e desenvolvem
diretrizes e práticas também comuns, nascendo assim o sistema de gestão
integrado de QSMS. Após a seleção dos requisitos a serem integrados, a
metodologia adotada segue os moldes convencionais utilizados para o
desenvolvimento e implantação de sistemas de gestão independentes.

São colocados requisitos gerais para integração das normas, de acordo com a
tabela 1:

Tabela 1 - Comparação dos requisitos gerais


NBR/ISO 9001 NBR/ISO 14001 OHSAS 18001
4.3 - Determinando o Escopo 4.3 - Determinando o escopo 4.1 - Requisitos Gerais
do sistema de gestão da do sistema de gestão
qualidade ambiental
4.4 - Sistema de gestão da 4.4 - Sistema de gestão
qualidade e seus processos ambiental
4.3 - A organização deve 4.3 - A organização deve - Estabelecer e manter um
determinar os limites e a determinar os limites e a SGSST; - Conformidade com os
aplicabilidade do sistema de aplicabilidade do sistema de requisitos descritos.
gestão da qualidade para gestão ambiental para
estabelecer seu escopo; estabelecer seu escopo;
4.4 - Estabelecer, 4.4 - Estabelecer,
implementar, manter e implementar, manter e
melhorar continuamente o melhorar continuamente o
SGQ. SGA.
Fonte: Bayeh, 2017.
A integração desses sistemas pode ser efetivada com o estabelecimento da
documentação e implementação dos procedimentos próprios a cada norma,
determinando a forma como o sistema atenderá a tais requisitos.
Com a integração do sistema de gestão, é possível citar os seguintes
benefícios para empresas e/ou organizações: melhoramento na qualidade de
produtos e/ou serviços; menor tempo investido nas rotinas da organização;
diminuição dos custos operacionais; transparência nos processos; retirada de
processos inadequados; melhorias perante o mercado; ampliação na segurança;
identificação e diminuição dos riscos; redução no número de acidentes; diminuição
de custos relativos ao meio ambiente; melhoramento da empresa perante a
sociedade (QSMS PRO, 2018).

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
CHAIB, E. B. D. Proposta para Implementação de Sistema de Gestão Integrada de
Meio Ambiente, Saúde, Segurança do Trabalho em Empresas de Pequeno e Médio
Porte: Um Estudo de Caso da Indústria Metal-Mecânica. Tese de Mestrado em
Administração. Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2005.
MORAES, G. Elementos do sistema de gestão de SMSQRS: Sistema de Gestão
Integrada. 2ed. Rio de Janeiro: GVC, 2010.
RIQUENA, Renata M.P.T.; ARAÚJO, Carlos Magno de A. The challenge: implement
a management system integrated into QSMS in a work of ducts in th e Amazon; O
desafio: implementar um sistema de gestão integrada em QSMS (Qualidade,
Segurança, Meio Ambiente e Saúde) em uma obra de dutos no Amazonas. 2008.
Disponível em: Acesso em: 22 de setembro de 2020.
CAPÍTULO 2 - REGULAMENTAÇÃO

2.1 SISTEMA DE GESTÃO DE QSMS: ISO 14001, ISO 9001 E ISO 45001

O mundo organizacional caminha hoje para uma aproximação entre as


profissões visando a integração dos saberes, o que foi possível para dar uma
amplitude holística aos processos administrativos e industriais.
A globalização envolveu enormes benefícios para a humanidade, desde
melhorias na saúde até a difusão da cultura e o crescimento econômico. Neste
último aspecto, a globalização é, em grande parte, responsável pelo crescimento
econômico de países inteiros (JONHSON, 2002).
O fato é que o avanço da ciência e tecnologia tem crescido junto com as
formas de gestão empresarial. Fato esse comum em todo o mundo, sendo fruto
também da globalização.
Hoje, as organizações que não se adaptarem às exigências impostas por essas
alterações que a globalização impôs ao mercado terminarão por ser excluídas do
mundo empresarial.
Com a implementação das legislações vigentes no Brasil na área de saúde e
meio ambiente, as empresas em não conformidade com as leis que buscam
resguardar o meio ambiente e a saúde do trabalhador podem ser penalizadas, caso
constatadas as não observâncias.
A sociedade tem se adaptado também às mudanças impostas pela
globalização, tornando-se cada vez mais exigente com a qualidade dos produtos e
serviços, preferindo transacionar com empresas e organizações que investem em
responsabilidade social, nas questões ambientais e sociais.
FIQUE ATENTO
A integração dos profissionais na gestão em QSMS é de grande relevância para qu e
a gestão ocorra de forma exitosa. Tal fato exige do profissional uma maior abertura
para lidar com outros saberes, além das suas especialidades.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse ao vídeo sobre a 1ª Semana de Gestão
em QSMS-RS (SST ONLINE, 2020) através do link:
https://www.youtube.com/watch?v=U3565vC1j8k. Acesso em: 14 de outubro de
2020.
A Figura 7 mostra as palavras-chave do contexto da Gestão em QSMS na
atualidade:
Figura 7 – A Gestão em QSMS na atualidade

Fonte: Autora, 2020.

A não observância das legislações em relação ao meio ambiente e à saúde do


trabalhador pode causar sérios danos não apenas à empresa, mas à sociedade
como um todo. Além disso, as empresas que não cooperam com o cuidado
ambiental ficam maculadas perante os olhos da sociedade.
Um dos acidentes ambientais mais comentados na atualidade foi o rompimento
da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019, advento
que foi tido como o maior acidente de trabalho no país, e o segundo maior desastre
industrial no presente século, levando à morte 259 in divíduos, sendo que 11 ainda
são tidos como desaparecidos. Os danos ao meio ambiente, e em especial aos
seres humanos, foram muito severos, conforme mostra a Figura 8:
Figura 8 – A Gestão em QSMS na atualidade

Fonte: Douglas Magno, 2020.

A barragem de rejeito era controlada pela Vale S.A., sendo classificada de


“baixo risco” e “alto potencial de danos”. Atualmente, a empresa foi multada em R$
350 milhões devido ao desastre ambiental.
O valor será destinado às causas ambientais:

Do valor total, R$ 150 milhões serão destinados especif icamente a sete


Parques Nacionais no estado de Minas Gerais "possibilitando, com isso, o
f ortalecimento das unidades de conservação e o incremento da atividade
ecoturística". Os outros R$ 100 milhões serão investidos no saneamento
básico, resíduos sólidos e áreas urbanas no estado.
Os Parques Nacionais que serão contemplados são o Parque Nacional da
Serra da Canastra, Parque Nacional da Serra do Caparaó, Parque Nacional
da Serra do Cipó, Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, Parque Nacional
das Sempre-Vivas, Parque Nacional da Serra do Gandarela e o Parque
Nacional Grande Sertão Veredas (SBT, 2020).

Observa-se, desse modo, que a prevenção de acidentes ambientais é


sobremodo relevante para a gestão de QSMS, uma vez que os cuidados tomados
nessa área podem resguardar o meio ambiente e, principalmente, vidas humanas.
IMPORTANTE
A falta de comprometimento com a segurança do meio ambiente e do trabalhador
pode trazer sérios danos, como acidentes ambientais de larga escala, como o
rompimento da Barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Por isso, tais áreas são
de grande relevância para a gestão em QSMS.

Cabe aqui mencionar também a importância dos saberes na gestão em QSMS


em relação à saúde, segurança, meio ambiente, qualidade e responsabilidade
social. Esses elementos juntos vão fortalecer o sistema de gestão como um todo,
ampliando a atuação de cada elemento.

SAIBA MAIS:
Vídeo sobre o assunto: Mineração e acidentes ambientais - Opinião Minas
(Opinião Minas, 2020)
Artigo: MADEIRO, Carlos. Mortes, danos ambientais e sequelas marcam tragédias
com barragens no país. Maceió/AL, 06 de nov. 2015. Disponível em:
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/11/06/mortes-
danosambientais-e-sequelas-marcam-tragedias-com-barragens-no-pais.htm. Acesso
em 10 de outubro de 2017.
Acesse os links:
https://www.youtube.com/watch?v=Bgljz2sZXG4 e
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/11/06/mortes-
danosambientais-e-sequelas-marcam-tragedias-com-barragens-no-pais.htm.
Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do
assunto dentro do seu campo de atuação.

Diante da importância da integração da área de meio ambiente, saúde,


qualidade e segurança, nesse material serão tratadas as ISO indispensáveis para
que essa união aconteça, dando origem a um sistema único – a gestão em QSMS.
A primeira norma a ser tratada é a ISO 14001, que regula o Sistema de
Gestão Ambiental garantindo a redução da poluição gerada pelas instituições
através da melhoria contínua dos processos visando o melhoramento do
desempenho ambiental, o controle de insumos e a redução de matéria-prima,
contribuindo para o equilíbrio ambiental e melhoria da qualidade de vida
(CONCENTINO, 2016).
A ISO 14001 é uma norma que visa implementar um Sistema de Gestão
Ambiental nas empresas e/ou organizações com foco nos ganhos econômicos
através da redução de recursos e custos, levando em consideração a cadeia de
valor, ciclo de vida e outras questões que promovam o bem-estar e a qualidade
ambiental.
A ISO 14001 foi lançada em 1996. Em 2004 houve o lançamento da segunda
versão. Em 2012/2013 houve respostas a um inquérito sobre a ISO 14001 realizado
durante este período, que levou a alterações necessárias na vigente norma. E em
setembro de 2015 foi lançada a terceira versão da ISO 14001:2015, dando início ao
período de transição, que foi finalizado em 2018.
A ISO 14001 é tida como uma das normas ambientais mais bem elaboradas
do mundo. Atualmente, cerca de 300.000 instituições no mundo são certificadas pela
norma ISO 14001, evidenciando a sua proeminência na área ambiental.
Essa última alteração que a ISO 14001 teve trouxe as seguintes mudanças:
a) uso da estrutura do Anexo SL, promovendo o alinhamento com demais
sistemas de gestão, o que propicia a sua integração no sistema de gestão em
QSMS;
b) requisição de um compromisso da alta gestão e inclusão de compromisso
com a “proteção ambiental” na política ambiental;
c) utilização do ciclo de vida1 para identificar os aspectos e impactos
ambientais;
d) relevância da comunicação interna e externa como base da transmissão de
informações e treinamentos da ISO 14001;
e) foco na otimização do desempenho ambiental no que concerne à gestão
dos aspectos ambientais.
Os principais benefícios da ISO 14001 podem ser citados como:
a) conformidade com a legislação ambiental;

1“O ciclo de vida permite entender elementos do modelo de gestão e estratégias por elas adotadas.
Baseado na visão das ciências biológicas, leva em conta que as organizações progridem numa
sequência de estágios nos quais se pretende distinguir característic as que essas empresas possam
ter ao longo de suas vidas. Dessa maneira, estudos sobre ciclo de vida permitem aos gestores o
entendimento das organizações e suas características durante sua trajetória” (FREZATTI et al, 2017,
p. 605).
b) entrelaçamento da liderança e colaboradores com os objetivos propostos
pela organização no que concerne à questão ambiental;
c) impulsionamento do envolvimento dos stakeholders2 devido à
confiabilidade na reputação da empresa;
d) melhoria na redução dos custos;
e) otimização no desempenho ambiental da organização.
Desse modo, a ISO 14001 apresenta os segu intes pontos de relevância, de
acordo com a Figura 9.

Figura 9 – Pontos Estratégicos do SGA

Fonte: Autora, 2020.

Segundo a Previnsa (2018, p.1):

Se uma empresa quer obter o certif icado ISO 14000, ela precisa estar
comprometida com toda a legislação ambiental prevista no país. Uma vez
que conquista a certif icação, a organização atesta sua preocupação com a
natureza e demonstra responsabilidade ambiental em padrão mundial. Não
basta apenas estar de acordo com as leis regionais. Trata-se de uma
reorganização da corporação levando em conta padrões que determinam a
melhoria contínua de processos pelo treinamento dos colaboradores.

2 O termo stakeholder é referente a indivíduos ou grupos que possuem algum envolvimento com a
empresa ou organização (FREEMAN, 1984), tais como colaboradores, sociedade, comunidade de entorno
fornecedores, dentre outros.
Para dar início à transição para a ISO 14001 na versão 2015, pode-se seguir
os seguintes passos:
a) devem ser avaliados os processos de gestão ambiental já existentes na
empresa e/ou organização;
b) um plano de implementação deve ser criado para a implementação da
nova versão da ISO;
c) os stakeholders devem estar envolvidos no processo de transição;
d) o Sistema de Gestão Ambiental deve ser atualizado para adaptar-se à nova
versão da norma;
e) deve ser providenciado o contato com o órgão que deverá certificar a
norma.
Outra norma de grande importância para a gestão em QSMA é a Norma ISO
9001, na versão 2015, que normatiza o Sistema de Gestão da Qualidade. Nessa
certificação da qualidade são colocados alguns requisitos, tais como: foco no cliente,
haja vista a exigência do mercado consumidor; liderança, onde a parte da direção
necessita estar engajada na implantação, manutenção e delegação da norma;
engajamento nas pessoas, pois é preciso envolver os colaboradores para mantê-las
hábeis nas suas atribuições; foco no ciclo PDCA, já que a norma ISO 9001 funciona
de acordo com esse sistema; a decisão baseada em evidências, pois é preciso que
se utilizem indicadores de desempenho; melhoria contínua, para atuar com o avanço
da qualidade.
Desse modo, é possível colocar as palavras-chave da ISO 9001, de acordo
com a Figura 10:
Figura 10 – Pontos Estratégicos do Sistema de Gestão da Qualidade

Fonte: Autora, 2020.

A norma 9001, como as demais estudadas nesse tópico, não é obrigatória,


mas as empresas aderem a ela por questões comerciais.
A primeira versão da norma ISO 9001 nasceu em 1987, e era indicada para
procedimentos, sendo muito direcionada para testes de qualidade. Houve uma
revisão dessa norma em 1994, quando a ação preventiva foi implementada, porém,
com foco em procedimentos, e nítida fragilidade para gestão de resultados. Em
2000, houve mais uma revisão da supracitada norma. Desta vez, a ênfase
aconteceu no ciclo PDCA, e melhoria contínua. Já em 2008, houve a terceira revisão
na norma. Nesse momento, tentou-se retirar um pouco da burocracia desse material,
tornando-o a norma mais genérica para produtos e serviços.
Nos últimos anos, a economia mundial tem se caracterizado por importantes
mudanças que têm efeitos tanto a nível macroeconômico, quanto da organização.
Esses efeitos incluem o aumento de riscos conhecidos anteriores, e o aumento de
novos riscos devido a novas tecnologias, avanços na pesquisa científica e
mudanças nas percepções sociais ou públicas (DARABONT et al, 2017).
Em muitos casos, as empresas não estão preparadas para lidar com riscos
novos e emergentes, e esta questão representa um grande desafio para o
empregador e a gestão da organização.
Nesse contexto, a nova norma ISO 45001 “Gestão de saúde e segurança
ocupacional sistemas - Requisitos com orientação para uso” pode ser um importan te
instrumento para o empregador lidar com riscos novos e emergentes.
O estudo dos riscos é de grande importância na aplicação da Norma ISO
45001. Darabont et al (2017, p. 11) define os riscos da seguinte forma:

De acordo com a def inição, um risco é novo se:


o risco era anteriormente desconhecido e é causado por novos processos,
novas tecnologias, novos tipos de locais de trabalho ou mudanças sociais
ou organizacionais, ou
uma questão de longa data é recentemente considerada um risco devido a
mudanças nas percepções sociais ou públicas; ou
novos conhecimentos científ icos permitem que um problema antigo seja
identif icado como um risco.
Além disso, o risco aumenta se:
o número de perigos que levam ao risco está crescendo; ou
a probabilidade de exposição ao perigo que leva ao risco está aument and o ,
ou
o ef eito do perigo na saúde do trabalhador está piorando (gravidade dos
ef eitos na saúde e / ou o número de pessoas af etad as).

O padrão 45001 pode ser usado para projetar processos que permitem à
organização prevenir ou reduzir os efeitos indesejáveis de novos riscos emergen tes,
já que a prospecção de um risco pode ser ínfima e também gigantesca, conforme
colocado na afirmação acima. Foram estudados, para implementação da Norma ISO
45001, experimentos táticos do exército que eram úteis na questão da segurança no
ambiente laboral.
A outra norma ISO 45001 trata da segurança do trabalho e saúde do
colaborador. Essa norma é de grande importância para a vida laboral, haja vista que
acidentes podem ser previsíveis e evitados, gerando mais qualidade de vida para o
trabalhador da empresa, e menos afastamentos do colaborador devido a danos
causados no trabalho, bem como menos multas para as empresas.
Desse modo, o treinamento do trabalhador é muito importante para que sejam
evitados acidentes de trabalho, implementando na empresa uma cultura de
prevenção através da ISO 45001. A última versão dessa norma foi atualizada em
2018.
A atenção do colaborador e seu posterior comprometimento ao desempenhar
a sua função laboral é um dos pontos mais tocados no treinamento da norma ISO
4500; e outro aspecto é referente ao ambiente adequado para a função, bem como o
uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
A consulta e a participação dos trabalhadores têm uma importância de peso
na aplicação da norma ISO 45001, uma vez que a parte operacional encontra-se de
modo mais acentuado em locais de riscos de acidentes. Por isso, ouvi -la faz-se
necessário na aplicação da norma ISO 45001.
As oportunidades são também pautadas na gestão da ISO 45001. Nesse
âmbito, a questão da cultura organizacional e seus fatores humanos devem ser
aplicados à questão da segurança do trabalhador.
A comunicação é outro ponto de relevância na norma ISO 45001, uma vez
que é preciso fazer com que a norma seja entendida de forma clara e pedagógica,
para que a mesma seja treinada e colocada em prática de forma segura.
A parte de mudança na questão de saúde e segurança é também importante,
haja vista que as correções fazem parte da aplicação da norma, visando a melhoria
contínua.
Sobre a importância da ISO 45001, Darabont, Antonov e Bejanariu (2017)
colocaram que a esperada publicação da nova norma ISO 45001 represen ta um
passo importante na gestão da saúde e segurança ocupacional e, ao mesmo tempo,
leva em consideração a evolução de outros sistemas de gestão que se aproximam,
tais como qualidade e meio ambiente.
Desse modo, é possível apontar como pontos de relevân cia na norma ISO
45001 os seguintes aspectos, conforme a Figura 11.
Figura 11 – Pontos Estratégicos da ISO 45001

Fonte: Autora, 2020.

A aplicação da ISO 45001 deve ser feita junto com a ISO 14001 e a ISO 9001
na gestão em QSMS, de forma a integrar todos os saberes. Para tanto, a análise
crítica deve ser realizada sistematicamente na avaliação da aplicação da gestão em
QSMS, procurando uma menor burocracia nos processos, e mais prática nas ações.

2.1.1 Auditorias de Certificação e Auditorias Internas


As auditorias de certificação e auditorias internas ocorrem em todos os
processos em que estejam sendo implementadas a ISO 9001, a ISO 14001 e a ISO
45001. Esses procedimentos dão respaldo às empresas e organizações que
buscam as certificações, de modo a comprovar os procedimentos.
IMPORTANTE
Caso a empresa certificada não venha a seguir à risca as recomendações
preconizadas pelo sistema de gestão em QSMS, ela corre o risco de perder as ISO
9001, 14001 e 45001 e, por isso, é muito importante que sejam efetivas as auditorias
internas para avaliar a situação em que a empresa/organização encontra-se
mediante as instruções colocadas como regras para cada segmento da norma.

É muito comum que sejam encontradas as seguintes inadequações durante as


auditorias internas: interpretação errônea das normas, que pode gerar a sua não
aplicação; falta de entendimento na aplicação das normas, mostrando falh a na
comunicação; despreparo no atendimento das emergências; falta de engajamento
dos trabalhadores; desleixo com a documentação; descumprimento das legislações
pertinentes; e falha na criação de instruções operacionais. (PREVINSA, 2018).
É preciso, nesses casos, que sejam efetivadas medidas corretivas das ações
que não estejam em conformidade. Para promover tais mudanças, é necessário que
se realizem as seguintes ações: treinamento dos colaboradores no que concerne à
aplicação das normas; correção das não conformidades; alinhamento da
documentação necessária para comprovação do cumprimento da legislação
pertinente; criação de indicadores para monitoramento e rastreamento das
irregularidades; investimento em auditoria interna antes da auditoria externa;
alinhamento dos indicadores junto às metas estratégicas da instituição;
determinação da correção das não conformidades; promover a responsabilização de
todos os colaboradores (PREVINSA, 2018).
Para dar início à auditoria interna, inicialmente, deve ser feita uma pré-
auditoria, onde será definido o objetivo que se almeja alcançar. Nesta fase é definido
também o escopo entre o cliente e o auditor-líder, que consiste na delimitação
geográfica; nos limites organizacionais e no período determinado; bem como deve
ser feita a seleção da unidade a ser auditada.
Fazem parte do planejamento da pré-auditoria:
a) Definição do objetivo: neste ponto são definidos os objetivos que se almeja
alcançar com a auditoria.
b) Definição do escopo: a definição do escopo é feita entre o cliente e o
auditor-líder e consiste na delimitação geográfica e nos limites organizacionais;
c) Seleção da unidade: na seleção da unidade é escolhida a unidade em que
a auditoria deve atuar.
Finda a pré-auditoria, é colocada em prática a auditoria interna em si, esta
permite que sejam verificados os requisitos legais das auditorias, a documentação e
os processos, que é formada por três etapas (HAMAR, 2019):
Preparação: nessa fase é realizada uma reunião de abertura e a visita de
reconhecimento do local.
Execução: durante a execução da auditoria são feitas as verificações de
controles internos; a revisão do plano de auditoria; a coleta de evidências; a
verificação de documentação; a observação e avaliação das práticas; entrevistas
com pessoal da unidade; registro das evidências de conformidades, não
conformidades e das observações e reunião da equipe de auditores.
Relatório: um relatório com os resultados colhidos é apresentado em uma
reunião com o objetivo de mostrar o que foi avaliado e são colocadas possíveis
melhorias para as áreas que ainda não estão funcionando corretamente.
Realização de análise crítica pela direção: a direção deve estar a par dos
resultados da implementação do sistema de gestão, e deve dispor recursos
necessários para que haja êxito nos processos.
Implementação das ações corretivas: tudo o que não estiver em conformidade
com as propostas do sistema de gestão deve ser submetido à correção visando à
melhoria dos processos e alcance das metas elencadas.
Assim, pode-se resumir os passos da auditoria interna de acordo com a Figura
12.
Figura 12 – Passos da auditoria interna

Fonte: Autora, 2020.

Após a auditoria interna, é realizada a auditoria de certificação, que é um


processo pelo qual pode-se avaliar a conformidade de certo sistema de gestão em
relação às normas.
Após a implementação do sistema de gestão, a empresa deve contratar um
órgão certificador independente que deve realizar a auditoria. E após, estando a
empresa apta, emitir o certificado.
Uma auditoria de certificação tem início pelo seu escopo, ou seja, a limitação
geográfica das unidades que serão auditadas pela entidade certificadora e o auditor.
Isso limita a empresa ou organização dentro do espaço de realização da auditoria.
FIQUE LIGADO
A auditoria interna pode ser considerada uma preparação para a auditoria de
certificação, haja vista que nessa ocasião faz-se um rastreamento da documentação
requerida e das não conformidades com a política da empresa, bem como faz-se os
ajustes necessários.

No momento da auditoria de certificação, o auditor precisa verificar,


basicamente, os tipos de evidências para suportar qualquer tipo de não
conformidade que possa ser encontrada. Existe para tanto um check list, pelo qual o
auditor verificará o que está ou não conforme a norma que está sendo certificada.

FIQUE ATENTO
Os certificados de ISO 14001, ISO 9001 e ISO 45001 são muito importantes para a
empresa e demonstram que a organização tem respaldo nas áreas de cada norma.
No caso da gestão em QSMS, que integra a questão de meio ambiente, saúde,
qualidade e meio ambiente, a certificação mostra-se praticamente completa.

Sendo encontradas não conformidades na auditoria de certificação, o auditor


vai apontá-las e dar a chance para empresa corrigir as falh as operacionais. Existem
três tipos básicos de evidências que o auditor pode encontrar: evidências
documentais, como documentos faltando algumas partes; evidências visuais, como
danos aos equipamentos; e evidências por entrevista, quando os colaboradores
declaram as falhas.

ATENÇÃO
Após o apontamento das não conformidades na auditoria de certificação são
apontadas as ações corretivas, correção e análise da causa.

Na gestão em QSMS, as auditorias são necessárias para que haja os ajustes


necessários nos sistemas de gestão ambiental, qualidade, saúde e segurança de
forma integrada.
FIQUE LIGADO
As auditorias internas e externas não são compulsórias, mas a empresa procura
executá-las para melhorar a sua qualidade de serviço e/ou produtos.

Mostra-se aqui a relevância das auditorias internas e externas, sendo que a


primeira é uma preparação para a segunda, que é quando a empresa, estando apta,
será certificada com as respectivas normas ISO. Vale salientar que essas auditorias
acontecem periodicamente, e caso as empresas não estejam em conformidade com
as normas, podem perder a certificação.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
BERTOLINO, Marco Túlio; COUTO, Marcello. Handbook do auditor e do auditado
em sistemas de gestão: Técnicas & Comportamento. 1º EDIÇÃO – NITERÓI, RJ:
Produção Independente com apoio SGI 68, 2020.
BERTOLINO, Marco Túlio; COUTO, Marcello. Sistemas de Gestão Integrados: ISO
9001 + ISO 14001 + ISO 45001, com foco em resultados. 2º EDIÇÃO – NITERÓI,
RJ: Produção Independente com apoio SGI 68, 2020.
CAPÍTULO 3 - GESTÃO DO SISTEMA DE QSMS

3.1 TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE GESTÃO: GESTÃO POR RESULTADOS

As empresas e organizações necessitam estar alinhadas nos dias de hoje em


conformidade com os padrões impostos pela sociedade no que concerne à
qualidade.
A gestão por resultados surgiu como uma ferramenta capaz de cooperar com a
otimização dos processos da empresa. Esse tipo de gestão nasceu durante a
reforma gerencial no Brasil, que teve início em 1995, e visou transformar a
administração pública de um serviço burocrático para um serviço público
profissional. Posteriormente, a segunda reforma gerencial, no último quartel do
século XX, objetivou tornar os serviços do Estado mais eficazes e eficientes,
ressaltando a importância da qualidade (BRESSER-PEREIRA, 2009).
Alencar (2017, p. 1) tratou da gestão por resultados da seguinte forma:

A gestão de resultados se mostra como método direcionador para


diminuição de gaps e atingimento de novos patamares. A gestão de
resultados permite a análise e verif icação dos objetivos que estão sendo
atingidos e se ações estão sendo geradas, bem como o envolvimento da
equipe assim como a correta def inição de indicadores, esse conjunto de
f atores é a chave do sucesso de uma boa gestão de resultados.

Observa-se que a gestão por resultados mostra a empresa de forma holística,


isto é, são observados os objetivos, e se estes estão sendo colocados em prática na
área operacional, gerencial e na alta administração. Para isso, são usados
indicadores que possam dar um parâmetro das conformidades.

FIQUE ATENTO
Indicadores são usados para mostrar em que patamar a empresa se encontra no
que concerne aos objetivos firmados na política da empresa. Esses são
indispensáveis ao monitoramento.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: ALENCAR, André. A importância da
gestão por resultados. 2017. Disponível em: https://www.gomesdematos.com.br/a-
importancia-da-gestao-de-resultados/. Acesso em: 01 de outubro de 2020.
O primeiro autor a tratar da gestão por resultados foi Peter Drucker, um dos
mais renomados estudiosos da administração, que trouxe o conceito de
Management by Objectives (Gestão por Objetivos) no seu livro The Practice of
Management (1954). Basicamente a gestão por resultados requer a definição dos
objetivos organizacionais e o esforço de todos os segmentos da empresa para
alcançá-los (LUDOSPRO, 2020). Para que sejam gerados resultados positivos para
empresa, é necessário colocar em prática algumas ações, tais como:
a) investir pelo menos 30% do tempo laboral no treinamento e na qualificação
dos funcionários;
b) os indivíduos devem ser responsabilizados pelos resultados, em especial, se
não cumprirem suas metas;
c) sair da zona de conforto, ou seja, mostrar as oportunidades de otimização no
trabalho;
d) atuar de modo a desenvolver a melhoria contínua, pois todos podem
melhorar;
e) usar de clareza para demonstrar as comunicações de forma compreensível;
f) motivar os funcionários de forma que eles se sintam felizes ao desempenhar
a sua função;
g) é preciso recompensar os funcionários que estão se esforçando, e para isso,
a prática do feedback é muito importante;
h) demitir os funcionários que não trazem resultados.
Pode-se, desse modo, colocar as seguintes características da gestão por
resultados, de acordo com a Figura 13:
Figura 13 – Característica da gestão por resultado

Fonte: Autora, 2020.

Diante disso, a gestão por resultados mostra-se uma ferramenta que pode
melhorar tanto a performance da empresa, quanto dos colaboradores, que são uma
peça-chave do processo, trazendo benefícios no que compreende a questão da
qualidade, que hoje é primordial devido à pressão da sociedade, que almeja
consumir produtos e serviços com qualidade cada vez mais superior.
Para que a gestão por resultados seja realizada de forma exitosa, é preciso
desburocratizar os processos, tentando executá-los de forma mais simplificada
possível, para que, desse modo, todos os colaboradores possam seguir seus
pressupostos sem maiores dificuldades.
A atitude do gestor é muito importante nessa questão, pois é ele quem estará à
frente dos processos, incentivando os colaboradores, visando motivá-los a colocar
em prática os objetivos empresariais.
É preciso, assim, considerar que a gestão por resultados visa focalizar nos
esforços da empresa para melhoria do desempenho. Nesse caso, são definidas
metas específicas que serão de responsabilização de toda organização. Por isso, se
os objetivos organizacionais forem alcançados, o sucesso é de todos; mas se isso
não acontecer, o todo é responsabilizado pelo resultado ineficiente (LUDOSPRO,
2020).
As ferramentas que podem ser usadas essencialmente para execução dos
processos é a aplicação do ciclo PDCA, que é contínuo e visa a melhoria contínua
através da correção das inconformidades.
A sigla PDCA corresponde a Plan, Do, Check e Act, que em português
significa: Planejar, Fazer, Checar, Agir. Então, tudo parte do planejamento colocado
na Política da empresa; o fazer seria a questão de executar o que foi pontuado nos
objetivos; o checar tem como foco verificar o que está em conforme com a política
da empresa e o que não está; e finalmente, o agir é correção do que não está em
conformidade com os objetivos empresariais e as legislações e normas pertinentes.

IMPORTANTE
Um dos gargalos da gestão por resultados é a alta hierarquização dos processos,
que leva, muitas vezes, a uma compartimentação nas atribuições da empresa,
levando ao fracionamento e, consequentemente, à realização das ações e tarefas de
modo separado, e não uniforme, fazendo com que os funcionários atuem de modo a
obter benefícios pessoais, e não o progresso da empresa como um todo.

Nas últimas décadas, a gestão por resultados foi muito utilizada em várias
partes do mundo, como nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Nova Zelândia. Um
dos pontos mais utilizados na gestão por resultados é o uso de indicadores, que
foram largamente usados da gestão pública para aferir os avanços e retrocessos. A
gestão por processos, nesses casos, foi também usada para premiar ou punir os
colaboradores, a depender de seus resultados (CENTRO LATINOAMERICANO DE
ADMINISTRAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO, 2000).
A gestão por resultados possui as tomadas de decisão muito firmadas nos
dados. Para tanto, o uso de indicadores é muito relevante. Estes devem ser
utilizados para cada processo da empresa. Os indicadores mostrarão se os
processos estão sendo exitosos.
Os indicadores de processo, negócio e melhoria podem ser usados na gestão
por resultados de modo a alavancar os processos da empresa, a área das finanças
e a questão da melhoria da qualidade dos produtos e/ou serviços. É preciso, então,
que para cada decisão, sejam aferidos os indicadores propostos.
SAIBA MAIS:
Vídeo sobre o assunto: As vantagens da gestão por processos (HSM, 2011)
Obra: ALENCAR, André. A importância da gestão por resultados. 2017. Disponível
em: https://www.gomesdematos.com.br/a-importancia-da-gestao-de-resultados/.
Acesso em: 01 de outubro 2020.
Acesse os links: HSM. As vantagens da gestão por processos. (8min33s).
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=r8nePjrO_fg. Acesso em: 01 de
outubro de 2020. e ALENCAR, André. A importância da gestão por resultados.
2017. Disponível em: https://www.gomesdematos.com.br/a-importancia-da-gestao-
de-resultados/. Acesso em: 01 de outubro de 2020.
Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a relevância do
assunto dentro do seu campo de atuação.

O contrato de gestão também é uma das ferramentas muito usadas da gestão


por resultado, sendo considerado uma previsão constitucional, haja vista que se
encontra dentro da estrutura da administração pública (BRASIL, 1988). “Contratos
de gestão são importantes instrumentos de contratualização com o poder público
utilizados com o fim de se alcançar a eficiência administrativa, tanto com entidades
da Administração indireta, como com organizações sociais” (DE ALMEIDA, 2014, p.
1).
Assim, é um contrato celebrado para ampliar a autonomia gerencial,
orçamentária e financeiras dos órgãos e entidades da administração direta e indireta
e organizações sociais mediante contrato.
O contrato por gestão propõe metas de desempenho para avaliação da
qualidade dos serviços, visando melhorar continuamente os processos e
procedimentos utilizados. Os indicadores são usados nesse momento para averiguar
se os níveis que os objetivos propostos pela alta direção têm sido alcançados.
Observa-se, então, finalizando esse tópico, que a gestão por resultados vem
trazer uma nova forma de administrar, visando a qualidade como um dos principais
pontos a serem alcançados e a melhoria contínua, fazendo com que as empresas e
organizações estejam cada vez mais competitivas, de modo a adentrar no mercado
de forma mais contundente.
3.2 CONCEITO DE INDICADORES PROATIVOS E REATIVOS DE QUALIDADE,
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Quando é visada a qualidade nos serviços ou produtos, o uso de indicadores é


essencial para que seja aferido se os objetivos organizacionais têm sido alcançados,
se a empresa tem lucrado, ou ainda, para direcionar as estratégias que visam
otimizar os processos.
Segundo Dias (2020, p. 3):

Os indicadores de desempenho organizacional são dados medidos de


acordo com a necessidade e a singularidade das corporações. Seu objet iv o
é mensurar se ela está sendo rentável, se há qualidade na gestão ou se é
preciso rever suas estratégias para conquistar os resultados almejados.

Existem indicadores predefinidos, que são colocados como base. Porém, é


preciso que os gestores estejam avaliando o uso deles, isto é, se estão se acordo
com as estratégias adotadas pela empresa.
O auxílio de um profissional da gestão financeira é de suma importância na
avaliação dos indicadores no que concerne à comparação dos dados e resultados
nos negócios da empresa ou organização. Pode-se, assim, colocar que os
indicadores servem também como balizadores na tomada de decisão pela alta
direção.
Os indicadores podem ser divididos em indicadores de esforços (BRASIL,
2009):
a) indicadores de excelência: esse tipo de indicador remete à qualidade nos
processos, atividades e projetos, visando uma melhor execução, com o menor uso
de recursos;
b) indicadores de economicidade: afere o custo de insumos e recursos
alocados para o desenvolvimento da atividade.
Dentre os conceitos concomitantes ao uso de indicadores, estão três de
grande relevância, que são indicadores de resultado:
a) eficiência: o foco principal é o atingimento da meta.
b) eficácia: o foco principal está no processo. E, para tanto, os recursos
devem ser alocados da melhor forma possível, levando a um propício custo-
benefício.
d) efetividade: remete ao impacto da atividade.
É possível representar esses conceitos da seguinte forma, de acordo com a
Figura 14:
Figura 14 – Conceitos de Eficiência, Eficácia e Efetividade

Fonte: TEC CONCURSOS, 2014.

IMPORTANTE
O uso de indicadores é primordial na gestão em QSMS, haja vista que estes são os
balizadores do processo em busca da qualidade e prevenção de acidentes. O
aferimento dos indicadores dá-se na fase de controle do ciclo PDCA.

Além da questão da qualidade, os indicadores na gestão em QSMS podem ser


divididos em proativos e reativos. No caso dos indicadores reativos, é aquele em
que a empresa ou organização, pautado nele, tomará alguma decisão após
determinado fato. São medidas empregadas após a ocorrência de um possível dano.
Já os indicadores proativos são as reuniões para prevenir danos e acidentes nos
locais de trabalho. Ou seja, tudo o que é realizado para proteger o trabalhador, a
sociedade, o meio ambiente e a empresa de danos e intercorrências danosas.
Então, pode-se dizer que o indicador reativo é usado para sanar alguma
situação dificultosa; e o indicador proativo serve para prevenir os agravos.
Cardoso (2017) colocou que os indicadores reativos evidenciam informações
relativas a fatos já ocorridos e que não têm como ser controlados, portanto, são
aferições de consequências e perdas reais já ocorridas. São características desses
indicadores:
a) simplicidade na coleta;
b) clareza na interpretação;
c) elo com o desempenho de segurança;
d) facilidade de paridade e;
e) contribuição para reconhecer tendências.
Em alguns países é compulsória a coleta dos indicadores reativos. No Brasil, a
NR-4 traz essa obrigatoriedade.
A abordagem reativa é a base da maioria dos procedimentos e regras
utilizados na melhoria da segurança do trabalhador. O ser humano costuma
aprender por meio das experiências, sendo possível aprender muito através dos
acidentes ocorridos (RASMUSSEN et al, 1994).
E em relação aos indicadores proativos, estes mostram informações sobre
possíveis fatos que ocorreram e têm a possibilidade de serem con trolados. O
objetivo do uso desses indicadores é evitar perdas e danos para a empresa ou a
organização.
As medidas proativas possuem o foco na avaliação no monitoramento dos
indicadores no sentido de produzir resultados adequados na gestão em QSMS,
aferindo a relevância da empresa na questão da saúde ocupacional, segurança,
qualidade e meio ambiente.
Portanto, a aferição dos indicadores proativos deve ocorrer, de forma
preferencial, em tempo real ou o mais perto dessa realidade, haja vista que eles
medem apenas o desempenho passado da saúde, qualidade e meio ambiente.
Assim, é possível que o indicador proativo avalie o sistema anteriormente às falhas,
tendo a possibilidade de evitar que elas ocorram.
Em particular, a medição de indicadores proativos deve ser efetivada,
preferencialmente, em tempo real, ou o mais próximo possível disso, sendo
fundamental esse ponto, visto que os indicadores reativos somente medem o
desempenho passado da segurança e saúde
Desse modo, podem ser exemplos de indicadores proativos e reativos,
segundo a Figura 15:
Figura 15 – Exemplos de indicadores reativos e proativos na gestão em QSMS

Fonte: Autora, 2020.

Pode-se, então, colocar que os indicadores reativos são adequados para a


organização produzir dados estatísticos e realizar ações futuras para diminuir os
danos. No entanto, é preciso ter cautela no repasse dessas informações aos
colaboradores. Por exemplo, o placar de acidentes, muito usado nas empresas, que
mostra a quantidade de dias sem acidente pode constranger aos funcionários, como
evidencia a Figura 16, levando-os a omitir informações relevantes na questão da
segurança.
Figura 16 – Placar de Acidentes

Fonte: ENCALARTALE, 2020.

O fato é que as empresas que atuam com responsabilidade na área da


segurança ocupacional, saúde e meio ambiente têm mais indicadores proativos do
que os reativos, já que é mais relevante prevenir os danos do que remediá-los.
Os indicadores proativos cooperam para que a equipe de QSMS se mobilize
para alcançar as metas e objetivos propostos para que os acidentes e danos não
ocorram. Enquanto os indicadores reativos podem promover o descaso, haja vista
que somente remetem ao reparo ou diminuição das consequ ências dos acidentes.
É necessário, pois, implementar uma cultura de prevenção da empresa ou
organização, a fim de que os funcionários possam trabalhar mais no sentido de
prevenir os danos, do que remediá-los.

FIQUE LIGADO
Indicadores reativos são usados para sanar situações de danos na empresa; e os
indicadores proativos são utilizados para prevenir que esses acidentes e danos
ocorram.
3.3 PLANEJAMENTO, IMPLANTAÇÃO E GESTÃO DE SISTEMAS
INTEGRADOS DA QUALIDADE, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE

Planejar, implementar e gerir o sistema integrado de qualidade, segurança,


meio ambiente e saúde requer investimento de tempo e recursos humanos e
materiais. Deve-se ter em mente que o sistema de gestão em QSMS traz retornos
para empresas e organizações e, por isso, deve haver um criterioso planejamento a
fim de se obter as vantagens com o uso desse tipo de gestão.
Na fase de planejamento é preciso que sejam desenvolvidos planos e
procedimentos relativos à questão da qualidade, do meio ambiente, da segurança e
da saúde ocupacional, bem como a aquisição dos materiais e recursos operacionais
para execução dos serviços.
Fazem parte dessa etapa de planejamento (BAYEH, 2017):
a) análise crítica, verificação e validação da implementação da gestão em
QSMA;
b) definição dos responsáveis para o desenvolvimento dos processos de
gestão em QSMA;
c) gerenciamento das interfaces em todos os grupos envolvidos, procurando
incluir todos os colaboradores.
d) criação da política a ser utilizada;
e) verificação das legislações pertinentes;
f) estabelecimento dos objetivos e metas a serem alcançados.
Desse modo, pode-se colocar esses passos no seguinte esquema de
planejamento, de acordo com a Figura 17:
Figura 17 – Fases do Planejamento

Fonte: Autora, 2020.


Segundo Almeida et al (2006), um modelo de implementação de um sistema de
gestão em QSMS deve sugerir uma avaliação na totalidade dos campos de atuação
da empresa, comparando os tópicos comuns em atividades efetivadas e as normas
e legislações relativas dos respectivos sistemas de gestão, dando prosseguimento
do ciclo PDCA, visando, desse modo, a melhora contínua do processo.
Para o estabelecimento da gestão em QSMA, são propostos os seguintes
passos:
a) firmamento da política proposta pela alta direção que contemple as questões
de saúde organizacional, meio ambiente, qualidade e segurança;
b) mapeamento dos processos de construção, com a descrição e identificação
dos riscos;
c) atendimento aos requisitos e legislações pertinentes;
d) observação se os objetivos estão sendo efetivados de acordo com a política
proposta.
e) realização de treinamentos visando a capacitação técnica e sensibilização
dos colaboradores;
f) implementação do sistema de gestão em QSMA, incluindo os registros e
documentações pertinentes;
g) execução de auditoria para averiguar o andamento do sistema em QSMA;
h) identificação das inconformidades e fatores de risco;
i) aplicação de ações corretivas e preventivas.
É importante ressaltar aqui que as correções das falhas são de grande
relevância na busca da qualidade nos produtos e/ou serviços, visando uma melhoria
contínua. O rastreamento das falhas e inconformidades é realizado através dos
depoimentos dos funcionários, análise da documentação, registro e legislação
pertinente às normas aplicadas.
Pode-se, então, resumir o processo de implementação da gestão em QSMA de
acordo com a Figura 18:

Figura 18 – Processos de implementação da gestão em QSMA

Fonte: Autora, 2020.

ATENÇÃO
É importante lembrar aqui que a implementação do sistema de gestão em QSMA
ocorre de acordo com as fases do ciclo PDCA. Quando as devidas correções são
realizadas no processo, o ciclo tem início novamente.

A gestão do sistema em QSMA ocorre de forma continuada, haja vista que,


como o processo dá-se em ciclos, é preciso que sejam periodicamente avaliados e
as falhas corrigidas. Para tanto, é possível construir um Plano de Sistema de Gestão
seguindo os seguintes passos:
a) implementação do sistema de gestão;
b) análise da documentação;
c) estabelecimento dos objetivos e metas:
d) distribuição das tarefas aos colaboradores;
e) escolha de um representante da direção;
f) efetivação da análise crítica do processo;
g) proposição da gestão de recursos;
h) treinamento dos colaboradores;
g) aquisição de suprimentos;
h) realização de auditoria interna;
i) controle das não conformidades;
j) ações corretivas e preventivas;
k) comunicação interna e externa;
l) monitoramento e aferição dos indicadores;
m) auditoria externa e certificação.

FIQUE LIGADO
A implementação de um sistema integrado de gestão traz muitas vantagens para a
empresa ou organização, diminuindo a burocracia, e otimizando os processos, que
redundam em ganhos econômicos e sociais.

O planejamento, a integração e a gestão em QSMS devem ser realizados de


modo que sejam envolvidos todos os colaboradores e stakeholders ligados à
empresa ou organização, de modo que haja ganhos para todos os envolvidos
trazendo reconhecimento à empresa, ganhos para o consumidor ou usuário e
comunidade, e satisfação e segurança dos colaboradores.

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