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Disciplina: português
Modulo: 9
O “Memorial do Convento” foi publicado em 1982. Nele, José Saramago cruza a História, a ficção e o
fantástico, com personagens inventadas e figuras históricas de carácter exagerado ou
excêntrico como o rei D.João V, sua consorte a princesa austríaca D. Josefa ou o Padre Bartolomeu de
Gusmão. a quem foi atribuída a invenção da passarola.
D. João V promete a Deus e à Igreja a construção de um convento caso tenha um filho com D.
Josefa. A rainha engravida e o Convento é construído por vontade do rei, sacrificando o tesouro do
reino e o povo.
Do povo vêm os dois personagens centrais do “Memorial do Convento”: Baltazar, um ex-militar que
perdeu uma mão na guerra, e Blimunda, que vê o interior das pessoas quando está em
jejum. Conhecem-se num julgamento da Santa Igreja onde, normalmente, os hereges eram
condenados ao degredo ou à fogueira. Os dois formam um dos pares mais extraordinários da
literatura portuguesa, e vivem uma história de amor imediato e sem reservas.
Apaixonados, vivem marginais às leis de Deus, pois não são casados. Mesmo assim, são abençoados
por um homem da Igreja: o padre Bartolomeu de Gusmão, brasileiro com uma educação jesuíta, mas
liberto de convenções. Sonhador, pretende criar uma máquina voadora e encontra em Blimunda e
Baltazar, eco para os seus sonhos.
O final do romance é trágico, como trágica foi a vida do povo anónimo, oprimido pelo capricho do rei,
pela Igreja, numa época em que a fogueira era o castigo por decreto divino, mas fundamentalmente,
por vontade dos homens.
A metodologia utilizada no trabalho de grupo foi a leitura da obra, pesquisa bibliográfica em sites
especializados de literatura e no caderno diário da disciplina de português.
O presente trabalho estrutura-se em três partes distintas, a introdução, o desenvolvimento e a
conclusão, sendo que o desenvolvimento apresenta um capítulo apenas.
CAPÍTULO I
1.1. MEMORIAL DE CONVENTO
Memorias de um passado delimitado pela construção do convento de mafra (desde o voto régio para
o nascimento do primeiro filho de D.João V e o inicio dos trabalhos em 1716 ate a sua consagração -
estando ainda incompleto- em 1730.Mas o colosso arquitetónico aparece como expressão e produto
de um dado absolutismo monárquico, de uma dada sociedade exteriormente pomposa, magnificente
ou megalómana, e interiormente corroída de fraqueza, conflitos, hipocrisia, vícios ou podridões e
assente na exploração e coação da grande maioria.
Na contracapa do livro temos umas frases que nos remetem para a personagem principal abordado nesta obra:
“Era uma vez um rei que fez promessa de levantar um convento em Mafra. Era uma vez a gente que
construiu esse convento. Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes.”
As linhas de ação esta dividido em três parte que são a construção do convento de mafra, o amor
entre Baltasar e Blimunda e também a construção da passarola.