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o
ltic
Estados neutros Dinamarca
Bá
r União
Zona de influência Irlanda Ma
Reino Soviética
soviética Unido Países
Baixos Berlim
Estados comunistas que Alemanha
romperam com o bloco Bélgica Oriental Polónia
soviético em 1946 Alemanha Praga
Ocidental Checoslováquia
Grandes crises
França Suíça Áustria
Hungria
Roménia
Mar Negro
Itália Jugoslávia
Portugal Bulgária
Espanha
Albânia
Guerra
Mar Mediterr civil Turquia
âne
o Grécia
0 400 km
GRUPO II
ÁREAS DE CONFLITO E ESCALADA ARMAMENTISTA DURANTE A GUERRA FRIA
DOC. 1 A questão alemã (1948)
Hanôver
Berlim
Berlim
rt
kfu
an
Fr
Dusseldorf
rt
kfu
Fran
0 5 km
MÓDULO 8
Nuremberga
0 60 km
Munique Nuremberga
"Para pôr fim às atividades hostis das forças provocatórias e militaristas da Alemanha Ocidental
[…]: Até que Berlim Oeste se torne na cidade livre, neutra e desmilitarizada, os cidadãos da
capital da República Democrática Alemã necessitam de uma permissão especial para franquear
a fronteira da Berlim Oeste".
Decreto Governamental da RDA, noite de 12 para 13 de agosto, 1961.
211
DOC. 3 Acordo provisório entre a URSS e os EUA para a limitação de armas estratégicas ofensivas
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e os Estados Unidos da América estão conven-
cidos de que o tratado sobre a limitação dos sistemas de mísseis antibalísticos e a presente
convenção provisória […] contribuirão para promover condições mais favoráveis à prossecução
de negociações ativas sobre a limitação dos armamentos estratégicos, e para diminuir a tensão
internacional, reforçando a confiança entre os Estados […]. Art.º 1 – As duas partes compro-
metem-se, a partir do dia 1 de julho de 1972, a não mais empreender a construção de novas
rampas terrestres fixas de lançamento para mísseis balísticos intercontinentais […]. Art.º 2 –
As duas partes comprometem-se a prosseguir negociações ativas para a limitação dos armamen-
tos estratégicos ofensivos.
Convenção provisória relativa a medidas destinadas a limitar os armamentos estratégicos ofensivos,
Moscovo, 26 de maio, 1972 [tradução adaptada].
1. Enuncie, a partir dos documentos 1 e 2, três dos fatores que fizeram da Alemanha um cenário de tensão entre
os dois blocos.
2. Identifique, com base no documento 3, três dos objetivos das negociações para o controlo de armamento
entre as duas superpotências durante a década de 70.
GRUPO III
URSS
Checoslováquia RDA Polónia
Hungria Roménia
Bulgária Mongólia
Jugoslávia
China Coreia
Albânia do Norte
Iraque Afeganistão
Cuba Argélia Líbia Birmânia
Iémen Índia
Guatemala Guiné- Mali Laos
-Bissau do Sul Vietname
El Salvador Benim
Nicarágua Etiópia
Colômbia
Guiné Congo
Peru Tânzania
Bolívia
Camboja
Angola
Chile Madagáscar
Uruguai
Moçambique
0 2400 km
212
MÓDULO 8
1. Refira, a partir do documento 1, como se concretizou o expansionismo soviético na Europa.
2. Associe cada um dos elementos relacionados com o mundo comunista do segundo pós-guerra, presentes na
coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
a) Designa os concelhos económicos regionais que, mediante a descentralização, se 1. Desestalinização
encarregavam da gestão económica de uma região, substituindo a planificação da
economia feita centralmente. 2. Coexistência pacífica
b) Líder soviético, a partir de 1956, cuja governação ficou marcada pelo processo de 3. Leonidas Brejnev
renovação económica e pela aproximação aos EUA. Teve um papel determinante, 4. Sovnarkhoz
juntamente com John F. Kennedy, na resolução da crise dos mísseis de Cuba.
5. Sovietização
c) Designa o período entre 1953 e 1962, marcado por uma certa acalmia imposta pela
necessidade de controlar o perigo de uma guerra nuclear. Foi atravessado por várias 6. Nikita Krushchev
crises militares e políticas, em diversas áreas geográficas, que provocaram um 7. Planos quinquenais
ambiente de grave tensão, obrigando a cedências mútuas por parte das duas
superpotências. 8. Pacto de Varsóvia
d) Planos destinados a definir as metas das empresas, ajustados anualmente, com
possibilidade de serem prolongados por sete anos.
e) Processo implementado por Nikita Krushchev, segundo o qual condenou os erros do
regime de Estaline, nomeadamente o culto da personalidade, e procurou liberalizar o
regime, tanto em termos políticos como económicos.
213
GRUPO IV
PROSPERIDADE ECONÓMICA E AFIRMAÇÃO DO ESTADO-PROVIDÊNCIA NO MUNDO CAPITALISTA
APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
1400
1200
1000
Japão
800
600
Alemanha França
400
200
0
1945 1949 1953 1957 1961 1965 1969 1973
Nos anos 60 reformámos o sistema educativo nos diferentes graus, ao mesmo tempo que o número de
alunos aumentava de modo quase explosivo. […] Nos anos 60, construímos quase 900 mil apartamentos,
o que significa que, durante este período, 2,5 a 3 milhões de suecos mudaram-se para novas casas. As
pensões praticamente duplicaram, o sistema de seguros de saúde foi reformado […]. Decidimos alargar o
apoio aos idosos […]. O número de pensionistas aumenta anualmente. […] Estes são os quatro campos
centrais da política nos próximos cinco a dez anos – política regional e reforma dos impostos, conservação
do meio ambiente e educação de adultos, política cultural e abastecimento de eletricidade, serviços de
saúde e de transportes. […] Estes objetivos da política a longo prazo são construídos de acordo com as
experiências da década de 60. […] Em primeiro lugar, precisamos de uma economia em expansão. O
progresso social provém do crescimento. […] A social-democracia não admirou o crescimento económico
por si mesmo. Mas aprendemos com a experiência que o aumento da produção é importante para aqueles
que desejam criar uma sociedade justa. […] A segunda condição é estritamente de política económica
[…]. A mudança da nossa sociedade deve ser feita através do fortalecimento económico. A terceira con-
dição diz respeito à nossa visão da sociedade e à nossa ideologia. […] A visão da social-democracia de
uma sociedade solidária e cooperante permanece. Exigimos uma sociedade forte que possa proteger a
segurança dos seus cidadãos. Pedimos sacrifícios sob a forma de elevados impostos. Estamos preparados
para intervir na economia com vista a realizar os interesses essenciais
Olof Palme, A política para os anos 70, Discurso proferido no Congresso do Partido Social-Democrata Sueco,
4 de outubro, 1969.
214
DOC. 4 O Estado-Providência
MÓDULO 8
Cartaz inglês alusivo ao modelo de Estado do se-
gundo pós-guerra, onde se pode ler:
Tem 2 ou mais filhos na sua família? Se sim,
peça nos correios a requisição para o abono de
família.
1. Refira, a partir do documento 2, três dos fatores responsáveis pelo crescimento económico nos países capi-
talistas a partir da Segunda Guerra Mundial.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos seguintes tópicos de
desenvolvimento:
– origens do Estado-Providência como resposta à crise do capitalismo;
– contexto político e ideológico da afirmação do Estado-Providência na Europa;
– realizações do Estado-Providência a partir dos anos 50.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a 4.
215
GRUPO I
O MUNDO BIPOLAR NO SEGUNDO PÓS-GUERRA: DA PAZ À GUERRA FRIA
1. 5 PONTOS
2. 30 PONTOS
3. 20 PONTOS
216
GRUPO II
ÁREAS DE CONFLITO E ESCALADA ARMAMENTISTA DURANTE A GUERRA FRIA
1. 20 PONTOS
MÓDULO 8
1961 ou construção do Muro de Berlim, que separa a Alemanha oriental da Alemanha
ocidental.
• Interpretação completa do documento, por referência ao solicitado
• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina
N4 Nível intercalar 14 15 16
Apresentação de dois dos fatores referidos no nível 5.
N3 • Interpretação incompleta do documento, por referência ao solicitado 10 11 12
• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina
N2 Nível intercalar 6 7 8
Apresentação genérica de aspetos referidos no nível superior.
N1 • Interpretação incipiente do documento, por referência ao solicitado 2 3 4
• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina
217
2. 20 PONTOS
GRUPO III
O MUNDO COMUNISTA: EXPANSIONISMO SOVIÉTICO E OPÇÕES ECONÓMICAS
1. 20 PONTOS
218
2. 10 PONTOS
(A) – (4); (B) – (6); (C) – (2); (D) – (7); (E) – (1)
GRUPO IV
PROSPERIDADE ECONÓMICA E AFIRMAÇÃO DO ESTADO PROVIDÊNCIA NO MUNDO CAPITALISTA
APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
1. 20 PONTOS
MÓDULO 8
– a ajuda económica e financeira dos EUA através do Plano Marshall;
– a redução das tarifas alfandegárias e a cooperação comercial internacional implementada
pelo GATT;
– o aumento demográfico ou baby boom contribuiu para o rejuvenescimento populacional dos
países ou possibilitou o crescimento do mercado interno devido ao aumento do número de
consumidores;
– a disponibilidade de mão de obra devido ao crescimento populacional e à emigração ou à
afirmação da mão de obra feminina no mercado de trabalho;
– o aumento do consumo devido ao aumento dos salários estimulou a produção;
– o aumento da escolaridade contribuiu para a existência de uma mão de obra mais
qualificada e produtiva;
– os orçamentos de Estado reforçados aumentaram o investimento público, sobretudo na
N5 18 19 20
construção de infraestruturas (estradas, caminhos de ferro, fábricas);
– a intervenção do Estado na economia, através da regulação ou da participação direta por
meio das nacionalizações e de planos de desenvolvimento;
– a disponibilidade financeira contribuiu para aumentar o investimento privado, promovendo
a modernização industrial e a aposta nos bens de equipamento;
– o reinvestimento contínuo de capitais e dos lucros possibilitou o aumento da produtividade
ou a diversificação dos ramos industriais ou o aumento das exportações;
– o desenvolvimento tecnológico aplicado ao setor primário permitiu a libertação de mão de
obra para as indústrias ou contribuiu para o crescimento do setor terciário ou do setor
público;
– a diminuição do preço das matérias-primas ou o baixo preço do petróleo ou o aumento do
preço dos produtos manufaturados favoreceu os lucros e o desenvolvimento das economias
capitalistas;
– a afirmação de grandes empresas – multinacionais – em consequência da concentração
industrial reforçou o dinamismo do capitalismo.
• Interpretação completa do documento, por referência ao solicitado
• Utilização adequada e sistemática da terminologia específica da disciplina
N4 Nível intercalar 14 15 16
Apresentação de dois dos fatores referidos no nível 5.
N3 • Interpretação incompleta do documento, por referência ao solicitado 10 11 12
• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina
N2 Nível intercalar 6 7 8
Apresentação genérica de aspetos referidos no nível superior.
N1 • Interpretação incipiente do documento, por referência ao solicitado 2 3 4
• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina
219
2. 5 PONTOS
Trinta Gloriosos
3. 50 PONTOS
N6 Nível intercalar 38 41 43
Desenvolvimento do tema abordando, por referência ao nível 7:
– dois aspetos de cada um dos tópicos (2/2/2); ou
– três aspetos de um dos tópicos, dois aspetos de outro dos tópicos e um aspeto do outro
tópico (3/2/1); ou
– três aspetos de cada um de dois dos tópicos (3/3/0); ou
N5 31 34 36
– dois aspetos de cada um de dois dos tópicos e um aspeto do outro tópico (2/2/1); ou
– três aspetos de um dos tópicos e dois aspetos de outro dos tópicos (3/2/0); ou
– três aspetos de um dos tópicos e um aspeto de cada um dos outros tópicos (3/1/1).
• Integração, de forma oportuna, de três documentos
• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina
N4 Nível intercalar 24 27 29
Desenvolvimento do tema, abordando, por referência ao nível 7:
– um aspeto de cada um dos tópicos (1/1/1); ou
– três aspetos de um dos tópicos (3/0/0); ou
– dois aspetos de um dos tópicos e um aspeto de outro dos tópicos (2/1/0); ou
– um aspeto de cada um de dois dos tópicos (1/1/0); ou
N3 17 20 22
– dois aspetos de um dos tópicos (2/0/0).
• Integração, de forma oportuna, de dois documentos
• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina
220
MÓDULO 8
221
GRUPO I
ESTAGNAÇÃO DO MUNDO RURAL E EMIGRAÇÃO
DOC. 1 População agrícola em Portugal DOC. 2 População ativa – continente e ilhas (1970-1991) em %
(1940-1960) em % da população ativa
MÓDULO 8
DOC. 3 A regulamentação da emigração durante o Estado Novo
A.
Considerando que o Estado tem o direito e o
dever de coordenar e regular a vida económica e
social da nação, com o objetivo de estabelecer o
equilíbrio populacional, das profissões, dos empre-
gos, do capital e do trabalho e, também, de desen-
volver a povoação dos territórios nacionais, prote-
ger os emigrantes e disciplinar a emigração […], o
governo decreta […] o seguinte: Art. 1.º – […]
quando as circunstâncias especiais o impuserem, o
Governo, pelo Ministro do Interior, poderá deter-
minar a suspensão total ou parcial da emigração
para determinado país ou região. Art. 2.º – com-
pete ao Ministro do Interior, […] conforme os
Embarque de colonos portugueses com destino a
casos, estabelecer, de harmonia com a evolução Angola, 1955.
das circunstâncias, as normas relativas ao condi-
cionamento da emigração. Art. 3.º – […] os portugueses que se proponham ausentar-se do
território nacional […] deverão ser portadores de passaporte de emigrante. […] Art. 5.º – o
recrutamento no país de indivíduos de nacionalidade portuguesa para trabalharem no estran-
geiro depende de autorização da Junta de Emigração […].
Decreto-Lei n.º 44 427, 29 de junho, 1962.
223
B.
Art. 4.º – a concessão de passaporte de emigrante é pedida por meio de requerimento no
qual o impetrante* declare onde pretende estabelecer-se, e que será instruído com documentos
destinados a provar: 1.º a sua identidade; 2.º que tem a saúde e robustez física necessárias;
3.º que tem trabalho ou manutenção assegurada no país de destino […]; 4.º que tem autori-
zação de entrada no país de destino; 5.º que a manutenção das pessoas de família a seu cargo
fica devidamente assegurada; 6.º que, sendo maior de 18 e menor de 45 anos, satisfaz os pre-
ceitos das leis e regulamentos militares aplicáveis; […] 9.º que tem habilitações literárias
exigidas por lei.
Decreto-Lei n.º 44 428, 29 de junho, 1962.
*Requerente
1. Refira, com base nos documentos 1 a 3, três consequências económicas e sociais da estagnação do mundo
rural.
2. Apresente três características da emigração portuguesa entre os anos 50 e 70.
GRUPO II
AS OPÇÕES DO CRESCIMENTO ECONÓMICO PORTUGUÊS (DE 1950 A 1970)
DOC. 1 A evolução comparada do PIB per capita (em dólares, por referência ao valor de 1990)
Países 1820 1870 1900 1913 1950 1973
Alemanha 1112 1913 3134 3833 4281 13152
Áustria 1295 1875 2901 3488 3731 11308
Bélgica 1291 2640 3652 4130 5346 11905
Dinamarca 1225 1927 2902 3764 6683 13416
Finlândia 759 1107 1620 2050 4131 10768
França 1218 1858 2849 3452 5221 12940
Itália 1092 1467 1746 2507 3425 10409
Noruega 1004 1303 1762 2275 4969 10229
Países Baixos 1561 2640 3533 3950 5850 12763
Suécia 1198 1664 2561 3096 6738 13494
Suíça – 2172 3531 4207 8939 17953
Reino Unido 1756 3263 4593 5032 6847 11992
Média 12 países acima 1228 1986 2899 3482 5513 11694
Espanha 1063 1376 2040 2255 2397 8739
Irlanda 954 1773 2495 2733 3518 7023
Portugal – 1085 1408 1354 2132 7568
(a)
Média "Europa do Sul" – 1194* 1676* 1788 2259 6770
(a)
Com a Grécia e a Turquia a partir de 1913
A. Maddison, 1995, cit. in Ramos Silva, A regulação da economia no salazarismo,
ISEG/Universidade Técnica de Lisboa, 1999.
224
DOC. 2 Novas perspetivas face às opções da economia portuguesa segundo Marcello Caetano
Deixaremos então perecer a Europa – este continente ao qual a civilização moderna deve o que
tem de mais precioso na Filosofia e na Arte, na Ciência e na Técnica, e do qual irradiaram para o
resto do orbe*, generosamente, as conceções, as invenções e as formas de vida que os outros
povos hoje utilizam, mesmo quando delas desdenham? É certo que o que individualiza a Europa é
a sua Cultura, o seu espírito portanto. A Europa é um espírito. Mas nenhum espírito pode subsis-
tir nesta condição terrena, que é a nossa, sem um invólucro, uma base material. Se a independên-
cia das Nações me parece indispensável à manutenção do espírito europeu, […] nada impede que
os Estados europeus colaborem mais intimamente entre si na prossecução de fins comuns, pondo
ponto a velhas rivalidades que só têm concorrido para as suas dificuldades presentes. A atual
comunidade dos Seis tem uma população à roda dos 170 milhões de habitantes e o seu comércio
externo representa 1/5 do valor do comércio mundial. A sua produção de carvão é um sétimo da
produção de todo o Mundo, e produz a quinta parte do aço também em relação à produção mun-
dial. Estamos, portanto, perante uma realidade muito séria e que seria imprudente desconhecer.
Marcello Caetano, O Planeamento até ao II Plano de Fomento (1959).
Disponível em: http://www.isa.utl.pt/ceap/index_files/memoria&prospectiva1.pdf
*Mundo
1. Identifique a lei criada em 1945 com vista a dinamizar a economia e a criar novas indústrias.
MÓDULO 8
2. Selecione a opção correta para cada uma das seguintes afirmações:
1. A "evolução comparada do PIB" permite afirmar que Portugal era, nos anos 50, um país…
a) economicamente atrasado face aos restantes países europeus.
b) economicamente desenvolvido face à Grécia e à Espanha.
c) economicamente mais desenvolvido que a Irlanda.
d) economicamente desenvolvido devido ao dinamismo do setor agrícola.
2. A "evolução do PIB" nos anos 70 permite concluir que…
a) os planos quinquenais possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
b) os planos de industrialização possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
c) os planos de fomento possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
d) os planos diretores possibilitaram o crescimento da economia portuguesa.
3. Marcello Caetano ao afirmar que "a Europa – este continente ao qual a civilização moderna deve o que tem
de mais precioso (…). A Europa é a sua Cultura (…). A Europa é um espírito", revela…
a) interesse de que Portugal se mantenha isolado na Europa.
b) interesse político pela aproximação de Portugal à Europa.
c) vontade em aderir imediatamente ao projeto europeu.
d) interesse na manutenção da política de autarcia.
4. Marcello Caetano ao afirmar que "(…) se a independência das Nações me parece indispensável (…), nada
impede que os Estados europeus colaborem (…) entre si na prossecução de fins comuns" defende…
a) o valor do Estado-Nação acima de tudo, embora aberto à cooperação multilateral.
b) a autarcia em ligação com o corporativismo.
c) o reforço do poder dos Estados mediante a formação de uma federação de Estados europeus.
d) a soberania dos Estados europeus integrados no que Churchill designou como “Estados Unidos da Europa”.
3. Refira, a partir dos documentos 1 e 2, três das opções da economia portuguesa no final da década de 60 até
1973.
LHA12DP_F15 225
GRUPO III
A POLÍTICA COLONIAL APÓS A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL:
FOMENTO ECONÓMICO E MANUTENÇÃO DO COLONIALISMO
17 500
15 000
13 500
Angola
10 000
7500
5000
2500 Moçambique
0
outras
– 2500
– 5000
– 7500
– 10 000
1935 1940 1945 1950 1955 1960 1965 1970 1975
A.
Aqui e no Ultramar, […] o Português de qualquer cor ou raça sente essa unidade tão viva-
mente que toma as discussões como ameaças [ao] espírito da unidade: seria pensar numa es-
pécie de exclusivo ou privilégio que negasse a um português o direito de trabalhar ou de servir
em qualquer fração do território, segundo as suas aptidões. O Governo tem o espírito aberto a
todas as modificações da estrutura administrativa, menos às que possam atingir a unidade da
Nação e o interesse geral.
Salazar, Discurso, 30 de março, 1956.
B.
As últimas considerações levam-me a encarar […] problemas de África. Literariamente a
África arde; arde mesmo nas […] fronteiras portuguesas. E porque arde a África? Não pensemos
que é […] pela fatalidade de um movimento histórico que arrasta as suas populações para a
rebeldia, a subversão, a forçada dispersão e independência; arde porque lhe deitam o fogo de
fora […]. Repetirei uma velha ideia, hoje, ao que parece, generalizada: a África é o comple-
mento da Europa, imprescindível à sua defesa, suporte necessário da sua economia. […] Nós
não pensamos em negar o relativo atraso de algumas regiões e a deficiência de alguns serviços.
É evidente faltarem estradas e pontes, faltarem hospitais, faltarem escolas, e faltarem até, se-
nhores, elementos de polícia e forças de defesa. Porque milagre então, de Timor a Cabo Verde,
há paz e todos podem notar o tranquilo viver das populações? Porque pode atravessar-se de lés
a lés Angola ou Moçambique, não se contando senão com a boa disposição do nativo, a sua
fraterna ajuda, no fundo o seu portuguesismo?
Salazar, Discurso, 23 de maio, 1959.
226
A.
A Assembleia Geral [...] convida os membros administrantes a examinar a conveniência de
adotar nos territórios não autónomos uma política de investimento que assegure o desenvolvi-
mento económico equilibrado e o progressivo aumento do rendimento per capita dos habitantes
desses territórios.
Resolução 1329 da ONU, 12 de dezembro, 1958.
B.
Reconhecendo que o desejo de independência é a aspiração certa dos povos que estão sub-
jugados à dominação colonial e que a negação do direito de autodeterminação desses povos
constitui uma ameaça ao bem-estar da humanidade e à paz internacional; conscientes das suas
responsabilidades mediante o artigo 14 da Carta; sabendo que o Governo de Portugal não trans-
mitiu informações sobre os territórios que estão sob a sua administração […] e não expressou
qualquer intenção de o fazer […] 1. Considera que os territórios sob administração portuguesa
[…] são territórios não autónomos […]. 2. Declara que há a obrigação, por parte de Portugal,
de transmitir informação […] sobre esses territórios sem mais demoras.
Resolução 1541 da ONU, 15 de dezembro, 1960.
MÓDULO 8
1. Identifique, com base no documento 4, três dos objetivos que orientaram a política de colonização e desen-
volvimento económico das colónias
2. Compare, com base nos documentos 2 e 3, os argumentos utilizados por Salazar e pela ONU quanto ao colo-
nialismo.
227
GRUPO IV
DA APARENTE ABERTURA DO REGIME DO ESTADO NOVO À “PRIMAVERA MARCELISTA”:
A LIBERALIZAÇÃO FRACASSADA (1958-1974)
Cartaz de propaganda eleitoral de Humberto Delgado. Manifestação durante a final da Taça de Portugal, jogo
"A cidade do Porto respondeu presente! Ao General que opunha a Académica ao Benfica. Estádio Nacio-
Humberto Delgado". nal, Jamor, Lisboa.
Encerra-se hoje a campanha eleitoral […], que decorreu de modo ordeiro. […] Os candidatos da
oposição que […] deliberaram ir às urnas comunicaram que o faziam “apesar das intimidações rece-
bidas”. […] O governo não intimidou ninguém. […] Do que o governo tem sido acusado […] é da
liberdade com que, em escritos e discursos, se propagandearam doutrinas subversivas, se fez a
apologia da greve e da ação direta, se atacou a posição de Portugal no Ultramar […]. Fala-se por
vezes em regressar ao regime dos partidos: estaremos nós dispostos a tolerar a intromissão na vida
política portuguesa de partidos filiados, dependentes e observantes de Internacionais, seja a se-
gunda ou seja a terceira, apresente-se ela colorida com o amarelo do socialismo ou o vermelho cor
de sangue do comunismo? […] Viu-se nesta campanha eleitoral que havia quem discutisse a polí-
tica ultramarina, empregando […] muitas das razões, dos argumentos e das soluções apresentados
no estrangeiro pelos adversários de Portugal. […] Temos de responder-lhes internamente, como o
fazemos nas assembleias internacionais. E precisamos de mostrar ao mundo que o governo, ao seguir
determinada política, tem o apoio do eleitorado. […] Assumi há um ano as minhas [responsabili-
dades]. Não fujo a elas. Agora cumpre ao eleitorado tomar as suas. Eu tenho a certeza de que ele
saberá escolher a causa da Pátria, a causa da Ordem, a causa do Ultramar português!
Comunicação de Marcello Caetano ao país, através da RTP, 24 de outubro, 1969.
228
Tenho seguido com a mais desvelada atenção todos os problemas ligados à luta em África.
Os comandantes-chefes queixam-se sempre da falta de recursos – em dinheiro, homens, mate-
rial. E não lhes posso negar razão. Mas nós atingimos o limite máximo do esforço financeiro ao
consagrar quase 45% das receitas às despesas militares e de segurança. O Ministério das Finan-
ças declara também, com razão, que é impossível ir mais longe.
1
Comandante-chefe das Forças Armadas em Moçambique de 1970 a 1973
1. Associe os elementos da coluna A, relacionados com a o processo eleitoral em Portugal no segundo pós-
-guerra, às designações correspondentes, que se encontram na coluna B.
Coluna A Coluna B
a) Fundado em outubro de 1945, reuniu diversas correntes de oposição ao Estado Novo. 1. Norton Matos
b) General apresentado como candidato pela União Nacional às eleições presidenciais de 2. Craveiro Lopes
1951 e que assumiu o cargo até 1958.
3. Quintão Meireles
c) Contra-almirante apoiado pela União Nacional que defrontou Humberto Delgado nas
eleições presidenciais de 1958. 4. MUD
d) General que se apresentou como candidato oposicionista às eleições presidenciais de 5. Arlindo Vicente
1949 e que por não ter garantias de um ato eleitoral isento retirou a sua candidatura. 6. Oposição democrática
MÓDULO 8
e) Designa as várias forças de oposição ao Estado Novo que congregou diferentes 7. Óscar Carmona
organizações e figuras políticas, responsável pela apresentação de candidatos às
eleições legislativas e presidenciais, a partir de 1945. 8. Américo Thomaz
Do sobressalto político de 1958 à "primavera marcelista": limitações do reformismo político e impacto da guerra
colonial na desagregação do Estado Novo (1958-1974).
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três aspetos para cada um dos seguintes tópicos de
desenvolvimento:
– a radicalização das oposições a partir de 1958;
– reformismo político e continuidade durante a "primavera marcelista";
– contestação internacional e interna à política colonial do regime.
Deve integrar na resposta, para além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos documentos 1 a 4.
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GRUPO I
ESTAGNAÇÃO DO MUNDO RURAL E EMIGRAÇÃO
1. 20 PONTOS
230
2. 20 PONTOS
MÓDULO 8
• Utilização adequada da terminologia específica da disciplina
N2 Nível intercalar 6 7 8
Apresentação genérica de aspetos referidos no nível superior.
N1 • Interpretação incipiente do documento, por referência ao solicitado 2 3 4
• Utilização pouco rigorosa da terminologia específica da disciplina
GRUPO II
AS OPÇÕES DO CRESCIMENTO ECONÓMICO PORTUGUÊS (DE 1950 A 1970)
1. 5 PONTOS
2. 20 PONTOS
231
3. 20 PONTOS
232