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MATÃO
2017
PAULO BATAIER NETO
MATÃO
2017
PAULO BATAIER NETO
BANCA EXAMINADORA
RESUMO
O ferro fundido cinzento é uma liga de ferro em mistura eutética com elementos a
base de carbono e silício podendo conter outros elementos. Trata-se de um material
com elevada usinabilidade, boas propriedades mecânicas e alta fluidez, o que
permite a fundição de peças com alta complexidade. É uma das ligas ferrosas mais
utilizadas mundialmente, principalmente na indústria de máquinas e equipamentos,
automobilística e ferroviária. Sua obtenção exige total atenção em todas as etapas
do seu processo produtivo. Este trabalho tem por objetivo discorrer sobre as
principais etapas e análises para obtenção do ferro fundido cinzento de alta
qualidade, focando na revisão bibliográfica de autores respeitados na área
metalúrgica, trazendo uma nova abordagem sobre o tema.
BATAIER, Paulo Neto. High Quality Gray Cast Iron. 2017. Número total de folhas.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Mecânica) –
Faculdade Anhanguera, Matão, 2017.
ABSTRACT
Gray cast iron is an iron alloy in eutectic mixture with elements based on carbon and
silicon and may contain other elements. It is a material with high machinability, good
mechanical properties and high fluidity, which allows the casting of parts with high
complexity. It is one of the ferrous alloys most used worldwide, mainly in the
machinery and equipment industry, automobile and railway. Getting it requires full
attention at every stage of your production process. This work aims to discuss the
main steps and analyzes for obtaining high quality gray cast iron, focusing on the
bibliographical review of respected authors in the metallurgical area, bringing a new
approach on the subject.
1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................13
2 METALURGIA DOS FERROS FUNDIDOS CINZENTO ..............................14
2.1 SISTEMAS FERRO-CARBONO E FERRO-CARBONO-SILÍCIO.............14
2.2 MICROCONSTITUINTES DOS FERROS FUNDIDOS CINZENTOS ........16
2.3 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS FERROS FUNDIDOS CINZENTOS .......19
3 ETAPAS DO PROCESSO PRODUTIVO .....................................................22
3.1 MATERIAIS DE CARGA ............................................................................22
3.2 FUSÃO DO METAL ...................................................................................22
3.2.1 Sobreaquecimento no forno dos ferros fundidos e tempo de manutenção
...........................................................................................................................26
3.3 VAZAMENTO DO METAL......................................................................... 27
3.3.1 Inoculação ..............................................................................................28
3.3.2 Solidificação e Resfriamento ..................................................................30
4 CONTROLES NA PRODUÇÃO DE FERRO FUNDIDO CINZENTO ...........32
4.1 ANÁLISE QUÍMICA ...................................................................................32
4.1.1 Espectrometria de Emissão/Absorção ....................................................33
4.1.2 Via Úmida ...............................................................................................33
4.2 PIROMETRIA ............................................................................................34
4.3 METALOGRAFIA ......................................................................................34
4.3.1 Etapas da Preparação da Amostra ........................................................36
4.3.2 Metalografia Qualitativa .........................................................................37
4.3.3 Metalografia Quantitativa .......................................................................37
4.4 ENSAIOS MECÂNICOS ............................................................................37
4.4.1 Dureza ...................................................................................................38
4.4.2 Ensaio de Tração ...................................................................................39
4.5 TESTE DE CUNHA ...................................................................................41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................43
REFERÊNCIAS ................................................................................................44
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1 - INTRODUÇÃO
Fonte: http://engenhariameleros.blogspot.com.br/2011/05/diagrama-ferro-carbono.html
15
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABuh0AK/processos-fundicao-aula-10-ferros-
fundidos?part=2
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/8898845/
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/10239690
de agua envolve a carca, desde as ventaneiras até uma altura acima delas de 1,80
m a 4,50 m. (CHIAVERINI, 1986).
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABQsEAA/processos-fabricacao-vt-operunit
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfI3sAC/fornos-eletricos-industriais
Fonte: http://www.jfmachine.com.br/categoria-produto/panelas-de-vazamento-com-redutor/
3.3.1 Inoculação
A inoculação é a adição de pequenas quantidades de um ou mais elementos,
antes do vazamento do metal no molde, para melhorar a forma, estrutura,
quantidade e disposição da grafita e também evitar o coquilhamento. (BARELLA,
1980).
29
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/10661570/
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeoHIAB/deformacoes-plasticas-discordancias?part=2
e pesado. A titrimetria, por outro lado, baseia-se no volume de reagente gasto para
se completar uma reação química na solução de interesse. (MILAN et al, 2014).
4.2 PIROMETRIA
As características mecânicas de um fundido dependem em grandes
proporções da temperatura. Assim, é verdadeiramente indispensável manter um
controle exato e continuado desta. (BALDAM, 2014).
É muito importante o controle das temperaturas do ferro fundido cinzento
durante a fusão, inoculação e vazamento. O controle de temperatura pode ser feito
por meio de pirômetro ótico ou por imersão. Essa última técnica é mais precisa, mas
é dispendiosa. O pirômetro ótico fornece apenas a temperatura real (lida de
preferência no jato do metal) se tiver escala com emissividade correspondente ao
ferro líquido sem óxidos. Com pirômetro de imersão obtém-se a temperatura
verdadeira. (CHIAVERINI, 2012).
4.3 METALOGRAFIA
O termo Metalografia é definido como o estudo das características estruturais
ou da constituição dos metais e suas ligas, para relacioná-los com suas
propriedades físicas, químicas e mecânicas.
Para se conseguir essa relação entre estrutura observada ao olho nu, lupa ou
microscópio com as propriedades mecânicas, deve-se seguir uma linha mais ou
menos definida de procedimentos. É o que chamado exame metalográfico.
Para a realização da análise, o plano de interesse da amostra é cortado, lixado,
polido e atacado com reagente químico, de modo a revelar as interfaces entre os
diferentes constituintes que compõe o metal. (COLPAERT, 2008).
Quanto ao tipo de observação, está subdividida, basicamente em duas classes:
- Microscopia: Permite a obtenção de informações mais detalhadas como:
- Análise da natureza, quantidade, distribuição e forma dos diversos
constituintes;
- Análise de micro defeitos de fabricação (microfissuras);
- Análise de tamanho de grão;
- Determinação da presença ou não de inclusões;
- Análise da superfície de fratura.
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Análise é feita em um microscópio com aumentos que normalmente são 50X, 100X,
200X, 500X, 1000X, 1500X e 2500X.
Esta análise é realizada em microscópios conhecidos como microscópio
metalográfico, que possui baixo campo focal permitindo a observação de superfícies
planas e polidas perfeitamente. Estes equipamentos, em sua maioria, possuem
sistemas de imagens integrados possibilitando o registro das análises.
- Macroscopia: O exame da macroestrutura da peça ou da amostra é feito a olho
nu ou com ampliação máxima de 10x.
Permite a obtenção de informações gerais sobre a peça como:
- Homogeneidade do material da peça
- Análise da distribuição de impurezas
- Análise de macro defeitos de fabricação
- Análise de tamanho de grão (para peças de granulação grosseira)
Através das análises macrográficas e das análises micrográficas é possível à
determinação de diversas características do material, inclusive a determinação
das causas de fraturas, desgastes prematuros e outros tipos de falhas.
(COLPAERT, 2008).
Figura 10: Microscópio Metalográfico
Fonte: http://www.directindustry.com/pt/prod/kruess-optronic-gmbh/product-14644-479183.html
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4.4.1 Dureza
O ensaio de dureza mede a resistência à penetração de um indentador na
superfície da amostra. A natureza deste tipo de ensaio é intimamente ligada à
capacidade do material em resistir à deformação, ou seja, materiais mais resistentes
resultam em uma endentação menor e, portanto, apresentam valores de dureza
maiores. (MILAN et al, 2014).
O método mais utilizado em ferros fundidos cinzentos é a dureza Brinnell.
Nesse método, um indentador esférico de 10 mm de diâmetro é pressionado sobre a
superfície de um material, com carga constante, por 10 a 30 segundos. A carga
utilizada é de 3000 kgf.(MILAN et al, 2014).
O número Brinell de dureza (HB) é função da carga aplicada e do diâmetro da
impressão resultante e pode ser obtido através da seguinte relação:
Onde “Q” é o valor da carga aplicada (em kgf), “D” é o diâmetro do penetrador e “d”
é o diâmetro da impressão resultante, ambos em milímetros. (CHIAVERINI, 2012).
Fonte: http://www.importecnica.com.br/durometros-bancada.html
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Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6543-corpos-de-prova-para-o-ensaio-
de-tracao#.WeFu849Szcc
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABUw4AH/relatorio-tracao
Fonte: http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6537-a-curva-tensao-
deformacao#.WeF0gY9Szcc
5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BARELLA, ANTONIO. ABC do ferro cinzento, 1a Ed- São Paulo: NOBEI, 1980.
MILAN, Marcelo T. et al; Metais: uma visão objetiva, 2 Ed – São Carlos: CUBO,
2014.
http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6537-a-curva-tensao-
deformacao#.WeF0gY9Szcc, acesso em 13/OUT/2017;
http://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6543-corpos-de-prova-para-o-
ensaio-de-tracao#.WeFu849Szcc, acesso em 13/ OUT /2017;
http://www.directindustry.com/pt/prod/kruess-optronic-gmbh/product-14644-
479183.html, acesso em 13/ OUT /2017;
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABuh0AK/processos-fundicao-aula-10-ferros-
fundidos?part=2, acesso em 20/AGO/2017;
http://engenhariameleros.blogspot.com.br/2011/05/diagrama-ferro-carbono.html,
acesso em 20/AGO/2017;
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