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Autor:
Paulo H M Sousa
13 de Setembro de 2022
Sumário
1 – Considerações iniciais....................................................................................................................................................... 2
FCC ........................................................................................................................................................................................... 7
FCC ........................................................................................................................................................................................ 16
Gabarito ........................................................................................................................................................................................ 18
FCC ........................................................................................................................................................................................ 18
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TSE - Concurso Unificado (Analista Judiciário - Área Judiciária) Direito Civil - 2022 (Pré-Edital) 18
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1 – Considerações iniciais
Inicialmente, lembro que sempre estou disponível, para você, aluno Estratégia, no Fórum de Dúvidas do
Portal do Aluno e, alternativamente, também, nas minhas redes sociais:
prof.phms@estrategia.com
Comendador Sousa
@comendadorsousa
@comendadorsousa
@comendadorsousa
Comendador Sousa
Na aula de hoje, você verá o tema Ato jurídico. Esse tema é bem mais leve que o negócio jurídico, um
tema mais teórico. No entanto, apesar de ser leve de estudar, cai pesado nas provas! Ou seja, hora de
firmar bem a concentração pra evitar perder questões bobas.
Boa aula!
Estabelece o art. 185 do Código Civil que aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos,
aplicam-se, no que couber, as disposições dos negócios jurídicos.
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O ato jurídico em sentido amplo é o fato jurídico cujo suporte fático deve ser manifestado
conscientemente por meio da vontade, com um objetivo possível e lícito. Assim, caso a pessoa não
exteriorize a vontade, não existe ato jurídico.
O ato jurídico em sentido amplo se divide em dois, o ato jurídico em sentido estrito, ou ato não negocial,
e o negócio jurídico, ou ato negocial.
Ao contrário, no negócio jurídico, a manifestação da vontade é exercida dentro de certos limites, que
produzem efeitos. São os chamados efeitos voluntários. Há, aqui, um poder de autorregulamentação, ou
seja, eu mesmo posso escolher os efeitos jurídicos que eu quero.
Assim, quando eu pago a você, pratico ato jurídico em sentido estrito. Posso aplicar os elementos dos
negócios jurídicos. Em larga medida, sim.
Há necessidade de se preocupar com maiores detalhes? Não. Esses são temas avançadíssimos – não
avançados, mas super-hiper-mega-blaster avançados, mesmo –, pelo que você não precisa se preocupar.
1 – Requisitos
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Do próprio artigo, eu posso mostrar a você os elementos que compõem o ato ilícito, quais sejam:
1. Conduta (aquele que, por ação ou omissão): deve haver uma conduta, seja
comissiva/ativa (publicar impropérios na internet), seja omissiva (não manter uma
distância mínima do veículo da frente)
2. Culpa (voluntária, negligência ou imprudência): culpa, aqui, tem sentido amplo,
abrangendo tanto a culpa em sentido estrito (negligência ou imprudência), quanto o
dolo (voluntariedade).
Assim, há culpa (dolo) quando publico voluntariamente os impropérios na internet. Há
também culpa (em sentido estrito) quando, por imprudência, dirijo próximo demais do
veículo adiante.
3. Dano (dano a outrem, ainda que exclusivamente moral): a noção de dano é ampla.
O dano pode ser material ou patrimonial (a traseira batida do seu carro) ou imaterial
ou extrapatrimonial (a sua moral, atingida na internet).
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4. Nexo causal (violar direito e causar): entre a conduta e o dano deve haver uma
ligação suficiente para se imputar a responsabilidade. Por isso, não posso pedir
indenização para sua mãe, porque ela pariu você e você me xingou. O nexo causal é
distante demais.
Assim, toda vez que preenchidos esses quatro requisitos, você comete ato ilícito e responde, na forma
do art. 927 do Código Civil, pela indenização.
2 – Abuso de direito
Somente se preenchidos esses requisitos é que você poderá ser chamado a indenizar?
Não. Atenção! O abuso de direito é equiparado ao ato ilícito. O que é abuso de direito? O art. 187 do
Código Civil assim o delimita:
==247843==
Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A diferença entre eles é que o ato ilícito é ilícito na origem e no exercício, ao passo que o abuso
de direito é lícito na origem, mas ilícito no exerício.
É o caso de uma pessoa que tem um cachorro. Problemas? Não, ou seja, o ato é lícito na
origem. No entanto, se eu provo que você comprou o cachorro com o único propósito de me
atazanar? O ato passa a ser ilícito, por abuso (excede manifestamente os limites impostos
pela boa-fé).
O mesmo ocorre quando você possui cento e quarenta e cinco cães numa quitinete de 36m2.
O ato em si é lícito, mas seu exercício excede manifestamente o fim social.
Como saber quando o ato é lícito e quando é abusivo? Depende do caso concreto, pelo que se sua
prova for ser mais prática, trazendo um caso hipotético, ela dirá claramente que o ato é
manifestamente desproporcional, como eu fiz.
3 – Excludentes de responsabilidade
Não. Há situações em que mesmo se verificando o cumprimento dos quatro requisitos, não se
falará em conduta ilícita. Isso ocorre em três situações.
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A) Legítima defesa
O art. 188, inc. I, do Código Civil, prevê a legítima defesa no Direito Privado:
A legítima defesa real exime o violador de indenização, mas não a legítima defesa putativa e nem
a legítima defesa excessiva.
Na legítima defesa putativa não há ataque. Eu achei que uma pessoa iria me atacar e causei um dano a
ela, mas ela não me atacaria. Na legítima defesa excessiva eu me empolgo e causo mais dano do que o
necessário.
Posso também praticar legítima defesa de terceiro. Assim, se defendo você, também estamos diante
de legítima defesa. Se a legítima defesa resulta em dano a terceiro, porém, eu tenho de indenizar essa
pessoa, ainda que me defendendo ou defendendo a você.
O art. 188, inc. I, do Código Civil, prevê o exercício regular de direito na seara privada:
Não constituem atos ilícitos os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito
reconhecido.
É o caso da cobrança de dívidas. Cobrar o meu devedor é exercer um direito legitimamente reconhecido?
Sim, mesmo que isso cause dano, como ocorre quando eu peço ao juiz que realize uma penhora de ativos
bancários – BACENJUD.
Se você sairia de férias com o dinheiro e eu estraguei suas férias, causei dano, mas não há dever de
indenizar porque apenas exerço um direito legitimamente reconhecido. Agora, se mando uma banda na
frente na sua casa, entoando a canção, “pague pilantra, você tem o hábito de não pagar ninguém e de
posar de rico!”, há abuso de direito.
C) Estado de necessidade
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Não constituem atos ilícitos a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente.
A remoção de perigo iminente ocasiona destruição da coisa alheia. Porém, o ato será legítimo somente
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo, segundo o parágrafo único do mesmo dispositivo.
Por exemplo, você que vê uma criança presa num apartamento, gritando por socorro. Você, então,
arromba a porta do prédio (que não conta com porteiro) e a porta da casa para salvar essa criança. Esse
é o estado de necessidade.
2 – Considerações finais
Chegamos ao final da aula! Uma aula leve, com pouco conteúdo, mas muita incidência em prova.
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entre em contato comigo. Estou disponível no Fórum de
Dúvidas do Curso, e-mail e mesmo redes sociais, para assuntos menos sérios.
Paulo H M Sousa
prof.phms@estrategiaconcursos.com.br
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QUESTÕES COMENTADAS
FCC
1. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2019) Comete abuso de direito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé
ou pelos bons costumes. Para o Código Civil, o abuso de direito constitui ato
a) lícito, mas que dá causa ao dever de indenizar.
b) lícito, mas que não produz efeitos.
c) ilícito, que dá causa ao dever de indenizar.
d) ilícito, mas que não dá causa ao dever de indenizar.
e) ilícito, porém plenamente válido e eficaz.
Comentários
A alternativa A está incorreta, dado que o ato é ilícito, de acordo com o art. 187
Ocorre, neste caso, o abuso de direito, pois há ilicitude no ato por ter sido exercido em desacordo com
o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como dito no Art. 187: “excede manifestamente os limites impostos
pelo seu fim...” comprovando, desta forma, que o ato ilícito é aquele que não é exercido seguindo os
limites que lhe são impostos.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
O ato ilícito baseia-se numa conduta ou fato praticado pelo agente, sendo este passível de controle pela
vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o direito
subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano, de acordo com o Art. 186: “Aquele que, por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
A alternativa C está correta, pois é um ato ilícito, havendo causa ao dever de indenizar.
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O ato ilícito dispõe acerca de uma conduta ou fato praticado pelo agente, sendo este passível de controle
pela vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o direito
subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano.
Com base no Art. 187, ocorre, o abuso de direito, pois há ilicitude no ato por ter sido exercido em
desacordo com o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como dito no Art. 187: “excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim...” comprovando, desta forma, que o ato ilícito é aquele que não é exercido
seguindo os limites que lhe são impostos, de forma que acaba por violar direitos.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Conforme a confirmação do ato ilícito, tem-se o Art. 927, que dispõe da obrigação do causador do dano
à reparar o dano causado, independentemente de culpa (casos específicos) ou quando o agente cometer
atos que ofereçam riscos aos direitos de terceiros.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A alternativa D está incorreta, pois, como previsto pelo Art. 927, quando ocorre o ato ilícito, se dá causa
ao dever de indenizar.
O ato ilícito baseia-se numa conduta ou fato praticado pelo agente, sendo este passível de controle pela
vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o direito
subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano. Ferindo os direitos de outrem, tem o agente a obrigação
de suprir os danos causados.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
A alternativa E está incorreta, pois não há meios de um ato ilícito ser plenamente válido e eficaz.
O ato ilícito dispõe acerca de uma certa conduta ou fato exercido pelo agente, sendo este passível de
controle pela vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o
direito subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
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Comentários
A alternativa A está correta, dado que está de acordo com o Art. 187, no qual o abuso do direito é
previsto como ato ilícito e gera responsabilidade ao agente ofensor, por desvio de finalidade social
econômica do ato tido como abusivo.
Com base no Art. 187, ocorre o abuso de direito pois há ilicitude no ato por ter sido exercido em
desacordo com o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como dito no Art. 187: “excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim...” comprovando, desta forma, que o ato ilícito é aquele que não é exercido
seguindo os limites que lhe são impostos, de forma que acaba por violar direitos.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A alternativa B está incorreta, dado que gera responsabilidade ao agente ofensor, uma vez que se
configura ato tido como abusivo.
O abuso do direito configura ato ilícito, de acordo com o Art. 187, pois excede os limites do fim para o
qual lhe é imposto.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A alternativa C está incorreta, dado que o abuso do direito é expresso como ato ilícito e gera
responsabilidade, de acordo com o Art. 187: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou
pelos bons costumes.”
A alternativa D está incorreta, pois há previsão da ilicitude do abuso do direito no Código Civil, em seus
Art. 186 e 187:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
O ato ilícito dispõe acerca de uma certa conduta ou fato exercido pelo agente, sendo este passível de
controle pela vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o
direito subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Ocorre, portanto, o abuso de direito dado que há ilicitude no ato por ter sido exercido em desacordo
com o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como citado no Art. 187: “excede manifestamente os limites
impostos pelo seu fim...” sendo, desta forma, o ato ilícito aquele que não é exercido seguindo os limites
que lhe são impostos, acabando por violar direitos.
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Tais artigos tratam implicitamente de abuso de direito, sendo este configurado como ato ilícito.
A alternativa E está incorreta, pois a ilicitude do ato gera a possibilidade de indenização como forma
ao reparo do dano causado pelo agente, com amparo no Art 927.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
3. (FCC / MPE-PE – 2018) Leandro, na condução de sua motocicleta, para não causar mal maior,
decide deliberadamente jogá-la contra o automóvel de Roberto, provocando-lhe dano,
evitando, assim, o atropelamento de Paulo, que, imprudentemente, atravessou a rua fora da
faixa de pedestre e sem se atentar para o trânsito de veículos. Nesse caso, no tocante à colisão
do veículo, Leandro terá praticado ato
a) ilícito e injustificável em relação a Roberto, que nada tem a ver com a imprudência de Paulo.
b) lícito, desde que as circunstâncias o tornassem absolutamente necessário, não excedendo os limites
do indispensável para evitar o atropelamento de Paulo.
c) ilícito, porém justificável e legítimo, ainda que houvesse outro meio menos gravoso para evitar o
atropelamento de Paulo.
d) lícito, ainda que houvesse outro meio menos gravoso para evitar o atropelamento de Paulo.
e) que não se qualifica como lícito ou ilícito, ante a excepcionalidade da situação de perigo iminente
provocada por terceiro.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois Leandro não praticou um ato ilícito, pois na condução da
motocicleta, decide jogá-la contra o automóvel de Roberto para não causar mal maior, ou reter um
perigo eminente, como se ampara o Art. 188:
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
A alternativa B está correta, dado o fato de que Leandro praticou um ato lícito, em circunstância
absolutamente necessárias para evitar um mal maior, e não excedeu os limites do indispensável para
evitar o atropelamento de Paulo, como amparado pelo Art. 188:
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem
absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo.
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Leandro, na condução de sua motocicleta, para não causar mal maior, decide deliberadamente jogá-la
contra o automóvel de Roberto, provocando danos, mas evitando o mal maior que seria o atropelamento
de Paulo.
Paulo, por sua vez, teve uma conduta imprudentemente ao atravessar a rua fora da faixa de pedestres,
sem se atentar para o trânsito de veículos. Dados os fatos, é claro que houve a necessidade de que
Leandro agisse para evitar maiores danos, como o atropelamento.
A alternativa C está incorreta, pois o ato cometido por Leandro é lícito, mas se houvesse outro meio
menos gravoso para evitar o atropelamento de Paulo devia se optar por ele, como está expresso no Art.
188:
Art. 188. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo.
A alternativa D está incorreta, pois se houvesse outra forma menos gravosa para evitar o
atropelamento e Leandro não optasse por esse o ato seria ilícito, uma vez que o ato causador de dano
só é lícito quando é única opção para não gerar mal maior, como expresso no parágrafo único do Art.
188:
Art. 188. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo.
A alternativa E está incorreta, pois o ato cometido por Leandro se configura como lícito, pois de acordo
com o Art. 188, o ato que causa dano da coisa alheia ou lesão a pessoa como um meio para evitar um
dano maior, é lícito, porém somente será legítimo se o meio escolhido for absolutamente necessário,
devendo este estar dentro dos limites do indispensável, que foi o que ocorreu no caso, pois se não tivesse
jogado sua motocicleta no automóvel de Roberto, Leandro teria atropelado Paulo.
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.
Art. 188. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o
tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do
perigo.
4. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2015) Carlos foi vítima de golpe por meio do qual fraudadores
utilizaram-se de documentos falsos a fim de realizar operações bancárias em seu nome.
Procurada por Carlos, a instituição financeira afirmou não ter tido culpa pelo incidente,
negando-se a restituir o prejuízo. A negativa é
a) Ilícita, configurando abuso do direito, decorrente da inobservância do princípio da boa-fé subjetiva,
que impõe às partes, dentre outros, o dever anexo de segurança, independentemente da existência do
elemento culpa.
b) Lícita, pois, para caracterização do abuso do direito, é necessária a existência do elemento culpa.
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c) Lícita, por ausência de nexo de causalidade entre a atividade da instituição financeira e o prejuízo
experimentado por Carlos.
d) Lícita, pois somente comete ato ilícito aquele que, por ação ou omissão voluntária decorrente de
negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem.
e) Ilícita, configurando abuso do direito, decorrente da inobservância do princípio da boa-fé objetiva,
que impõe às partes, dentre outros, o dever anexo de segurança, independentemente da existência do
elemento culpa.
Comentários
A boa-fé subjetiva é referente ao estado psicológico da pessoa, em suas crenças internas e convicções.
Basicamente, trata-se do desconhecimento de uma situação adversa a que acredita ser.
Por sua vez, a boa-fé objetiva expressa fatos sólidos que podem ser observados na conduta das partes,
quais devem agir com honestidade, com uma confiança harmônica para com a outra parte.
Consiste, portanto, num dever de conduta contratual ativo, a ambos os contratantes, obrigando-os à
colaboração e à cooperação mútua, levando-se em consideração os interesses um do outro, com vistas
a alcançar o efeito prático que justifica a existência jurídica do contrato celebrado.
A alternativa B está incorreta, pois a negativa é ilícita, também não sendo necessária a existência do
elemento culpa.
Com base no Art. 187, ocorre o abuso de direito pois há ilicitude no ato por ter sido exercido em
desacordo com o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como dito no Art. 187: “excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim...” comprovando, desta forma, que o ato ilícito é aquele que não é exercido
seguindo os limites que lhe são impostos, de forma que acaba por violar direitos.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Mas está correta a afirmativa acerca do ato ilícito, que dispõe acerca de uma certa conduta ou fato
exercido pelo agente, sendo este passível de controle pela vontade, um comportamento ou uma forma
de expressão que entra em desacordo com o direito subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito
A alternativa D está incorreta, pois a negativa é ilícita, e a respeito do ato ilícito, temos o Art. 186
dispondo que: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito
e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”, sendo, desta forma, ato
ilícito definido sob uma certa conduta ou fato exercido pelo agente, sendo este passível de controle pela
vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o direito
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subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano, mas o Código civil estabelece também que comete ato
ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede os limites impostos pelo seu fim econômico ou
social.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente
os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A alternativa E está correta, dado que a negativa é ilícita, senda configurada como abuso do direito, que
é decorrente da inobservância do princípio da boa-fé objetiva, que expressa fatos sólidos que podem
ser observados na conduta das partes, quais devem agir com honestidade, com uma confiança
harmônica para com a outra parte, e impõe às partes, dentre outros, o dever de segurança,
independentemente da existência do elemento culpa.
Enunciado 26 da I jornada de direito civil – Art. 422: A cláusula geral contida no art. 422 do novo Código
Civil impõe ao juiz interpretar e, quando necessário, suprir e corrigir o contrato segundo a boa-fé
objetiva, entendida como a exigência de comportamento leal dos contratantes.
Súmula 479 STJ: As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito
interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Comentários
A alternativa A está correta, pois com base no Art. 187, ocorre o abuso de direito pois há ilicitude no
ato por ter sido exercido em desacordo com o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como dito no Art. 187:
“excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim...” comprovando, desta forma, que o ato ilícito
é aquele que não é exercido seguindo os limites que lhe são impostos, de forma que acaba por violar
direitos.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
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Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Neste sentido, temos o enunciado 37 da I Jornada de Direito Civil do Conselho Nacional de Justiça: “Art.
187. A responsabilidade civil decorrente do abuso de direito independe de culpa, e fundamenta-se
somente no critério objetivo-finalístico”.
A alternativa B está incorreta, dado que ocorreu o ato ilícito e o titular terá consequências, sujeitando-
se à responsabilidade civil, pois há a ocorrência do abuso de direito, como implicitamente disposto no
Art. 187,
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A alternativa C está incorreta, visto que comete ato ilícito, sendo este o abuso de direito, e se sujeita
também a reponsabilidade civil. Com base no Art. 187, ocorre o abuso de direito pois há ilicitude no ato
por ter sido exercido em desacordo com o fim qual lhe é imposto, pois o ato, como dito no Art. 187:
“excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim...” comprovando, desta forma, que o ato ilícito
é aquele que não é exercido seguindo os limites que lhe são impostos, de forma que acaba por violar
direitos.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
A alternativa D está incorreta, pois o agente do ato ilícito não é sujeito à responsabilidade
administrativa, mas sim à responsabilidade civil.
A responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Para o direito,
a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser
considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-
lo.
Por sua vez, o ato ilícito dispõe acerca de uma certa conduta ou fato exercido pelo agente, sendo este
passível de controle pela vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em
desacordo com o direito subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes
A alternativa E está incorreta, pois o abuso de direito é um ato ilícito, sendo ilegítimo o exercício de
um direito quando um titular excede manifestamente os limites impostos pela boa-fé, pelos bons
costumes ou pelo fim social ou económico desse direito, de acordo com o Art. 187: ocorre o abuso de
direito pois há ilicitude no ato por ter sido exercido em desacordo com o fim qual lhe é imposto, pois o
ato, como dito no Art. 187: “excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim...” comprovando,
desta forma, que o ato ilícito é aquele que não é exercido seguindo os limites que lhe são impostos, de
forma que acaba por violar direitos.
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Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
E a lei, no Art. 927 do Código Civil, classifica o ato ilícito como passível de indenização.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (Arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.
6. (FCC / SEFAZ-PI – 2015) Raul, dirigindo em alta velocidade, abalroou o veículo de Daniel, que
ajuizou ação de indenização. A responsabilização de Raul se dará mediante comprovação de
a) Dano, nexo de causalidade e culpa, na modalidade subjetiva.
b) Dano e nexo de causalidade, na modalidade objetiva.
c) Dano e nexo de causalidade, na modalidade subjetiva.
d) Dano, nexo de causalidade e culpa, na modalidade objetiva.
e) Dano apenas, na modalidade objetiva.
Comentários
A alternativa A está correta, dado que entende-se por modalidade subjetiva a ideia de culpa ou dolo,
nesse caso, ocorre a culpa pois o fato ocorreu devido à falta de um dever de cuidado (culpa), e conforme
disposto pelo Art. 186, há o nexo de causalidade entro o direito violado e o dano causado a outrem.
Sendo o nexo de causalidade o vínculo fático que liga o efeito e a causa, desta forma, é a comprovação
da ocorrência de um dano efetivo, sendo este motivado por uma ação voluntária, uma negligência ou
imprudência do agente causador do dano.
O ato ilícito dispõe acerca de uma certa conduta ou fato exercido pelo agente, sendo este passível de
controle pela vontade, um comportamento ou uma forma de expressão que entra em desacordo com o
direito subjetivo de um terceiro e lhe causa um dano.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
A alternativa B está incorreta, pois a modalidade objetiva independe da verificação de dolo ou culpa,
não se encaixando nesse caso porque é exatamente ao contrário de responsabilidade subjetiva.
A responsabilidade subjetiva ocorre quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado
em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso
se consume sua responsabilidade. Por sua vez, na responsabilidade objetiva, o dever de indenizar se
dará independentemente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo
causal daquela atividade com o objetivo atingido.
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A alternativa C está incorreta, visto que a responsabilidade do autor é subjetiva, pois esse é responsável
pelo fato praticado, nesse caso, porque tal fato resultou em consequência à falta de um devido cuidado
(culpa).
A responsabilidade subjetiva ocorre quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado
em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso
se consume sua responsabilidade.
A responsabilidade subjetiva ocorre quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado
em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso
se consume sua responsabilidade. Por sua vez, na responsabilidade objetiva, o dever de indenizar se
dará independentemente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo
causal daquela atividade com o objetivo atingido.
A alternativa E está incorreta, pois não é correto determinar apenas o dano e a responsabilidade
conferida ao caso é a responsabilidade subjetiva e não objetiva.
Deve-se apontar também a culpa e nexo de causalidade, sendo este o vínculo fático que liga o efeito e a
causa. Em suma, é a comprovação da ocorrência de um dano efetivo, sendo este motivado por uma ação
voluntária, uma negligência ou imprudência do agente causador do dano.
A responsabilidade subjetiva ocorre quando o causador de determinado ato ilícito atingir este resultado
em razão do dolo ou da culpa em sua conduta, sendo obrigado a indenizar do dano causado apenas caso
se consume sua responsabilidade. Por sua vez, na responsabilidade objetiva, o dever de indenizar se
dará independentemente da comprovação de dolo ou culpa, bastando que fique configurado o nexo
causal daquela atividade com o objetivo atingido.
LISTA DE QUESTÕES
FCC
1. (FCC / TRF - 4ª REGIÃO – 2019) Comete abuso de direito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé
ou pelos bons costumes. Para o Código Civil, o abuso de direito constitui ato
a) lícito, mas que dá causa ao dever de indenizar.
b) lícito, mas que não produz efeitos.
c) ilícito, que dá causa ao dever de indenizar.
d) ilícito, mas que não dá causa ao dever de indenizar.
e) ilícito, porém plenamente válido e eficaz.
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3. (FCC / MPE-PE – 2018) Leandro, na condução de sua motocicleta, para não causar mal maior,
decide deliberadamente jogá-la contra o automóvel de Roberto, provocando-lhe dano,
evitando, assim, o atropelamento de Paulo, que, imprudentemente, atravessou a rua fora da
faixa de pedestre e sem se atentar para o trânsito de veículos. Nesse caso, no tocante à colisão
do veículo, Leandro terá praticado ato
a) ilícito e injustificável em relação a Roberto, que nada tem a ver com a imprudência de Paulo.
b) lícito, desde que as circunstâncias o tornassem absolutamente necessário, não excedendo os limites
do indispensável para evitar o atropelamento de Paulo.
c) ilícito, porém justificável e legítimo, ainda que houvesse outro meio menos gravoso para evitar o
atropelamento de Paulo.
d) lícito, ainda que houvesse outro meio menos gravoso para evitar o atropelamento de Paulo.
e) que não se qualifica como lícito ou ilícito, ante a excepcionalidade da situação de perigo iminente
provocada por terceiro.
4. (FCC / TRT - 23ª REGIÃO – 2015) Carlos foi vítima de golpe por meio do qual fraudadores
utilizaram-se de documentos falsos a fim de realizar operações bancárias em seu nome.
Procurada por Carlos, a instituição financeira afirmou não ter tido culpa pelo incidente,
negando-se a restituir o prejuízo. A negativa é
a) Ilícita, configurando abuso do direito, decorrente da inobservância do princípio da boa-fé subjetiva,
que impõe às partes, dentre outros, o dever anexo de segurança, independentemente da existência do
elemento culpa.
b) Lícita, pois, para caracterização do abuso do direito, é necessária a existência do elemento culpa.
c) Lícita, por ausência de nexo de causalidade entre a atividade da instituição financeira e o prejuízo
experimentado por Carlos.
d) Lícita, pois somente comete ato ilícito aquele que, por ação ou omissão voluntária decorrente de
negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem.
e) Ilícita, configurando abuso do direito, decorrente da inobservância do princípio da boa-fé objetiva,
que impõe às partes, dentre outros, o dever anexo de segurança, independentemente da existência do
elemento culpa.
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6. (FCC / SEFAZ-PI – 2015) Raul, dirigindo em alta velocidade, abalroou o veículo de Daniel, que
ajuizou ação de indenização. A responsabilização de Raul se dará mediante comprovação de
a) Dano, nexo de causalidade e culpa, na modalidade subjetiva.
b) Dano e nexo de causalidade, na modalidade objetiva.
c) Dano e nexo de causalidade, na modalidade subjetiva.
d) Dano, nexo de causalidade e culpa, na modalidade objetiva.
e) Dano apenas, na modalidade objetiva.
GABARITO
FCC
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