AUTO DA BARCA DO

INFERNO

RESUMO GABARITEII
@gabariteii
 AUTO DA BARCA
DO INFERNO – GIL VICENTE (SSA1)

RESUMO E CONTEXTO DA OBRA

Auto é a designação para uma peça teatral escrita em forma de poema com
objetivo moralizador. É uma obra literária produzida na idade média, no período
humanista, um período de transição entre o trovadorismo e o renascimento, por
isso é um período de muita controversa, tendo em vista que possui tanto
características do trovadorismo quanto do renascimento.

O Auto foi escrito por Gil Vicente com o intuito de distrair os nobres da
corte (essa era sua função), tudo isso ocorreu num período em que a igreja
estava no auge (idade média) mas já estava perdendo sua
influência(renascimento), por isso é uma obra que critica aqueles que não estão
seguindo os dogmas cristãos. O cenário da obra dramática de Gil Vicente é numa
espécie de porto, onde existe apenas duas embarcações, a que leva ao inferno e
a que leva ao paraiso. É importante notar que todos que chegam as barcas estão
no purgatório (local onde as almas esperam o julgamento), e o purgatório é um
dogma da igreja católica, fortalecendo mais uma vez a ideia de que até ali os
dogmas católicos estão dominando.

Personagens
Diabo: capitão da barca do inferno
Anjo: capitão da barca do céu.
Fidalgo: representa a tirania e a nobreza. Teve uma vida luxuosa e vai para o
inferno.
Onzeneiro: Agiota e ganancioso. Por ter sido o grande avarento na vida ele vai
para o inferno
Joane, o parvo: representa a inocência e uma vida simples. Vai para o céu
Sapateiro: mesmo sendo um cara trabalhador vai para o inferno porque em vida
roubou e enganou seus clientes.
Frade: representa a igreja, por ter uma amante, Florença, e não seguir os
princípios da igreja católica vai para o inferno.
Brígida Vaz: condenada por bruxaria e prostituição (vendia meninas
principalmente para os padres, achava que estava contribuindo para a obra) por
isso vai para o inferno
Judeu: recusado pelo Anjo e pelo Diabo por não ser cristão, por fim vai para o
inferno.
Corregedor e Procurador: representam a lei. Ambos vão para o inferno, pois
foram acusados de serem manipuladores e usarem da lei e da justiça para
interesses pessoais.
Cavaleiros: quatro homens que lutaram nas cruzadas, ajudaram a disseminar o
cristianismo, por isso vão para o céu.
 Resumo da obra
Tudo começa com a entrada do Fidalgo na barca do céu, mas é rejeitado pelo
Anjo por não tratar bem os pobres em vida. O Diabo aceita sua entrada mas sem
a luxuosa poltrona que ele carregava, iria ocupar muito espaço. Logo mais entra
o Agiota na barca do céu, o Anjo diz que não existe espaço na barca para a
ganância e ele se encaminha para a barca do inferno. O próximo é o Parvo,
homem de pouca inteligência, mas por ser um homem sem malícia é aceito pelo
Anjo. Posteriormente, o Sapateiro embarca na barca do inferno, rejeitado pelo
anjo porque na barca do céu não havia espaço para suas ferramentas (tudo que
os personagens trazem revela apego a vida material). Em seguida chega o Frade
acompanhado de uma bela moça, sua amante, o Parvo comenta sobre a união
imoral deles. Após reconhecer sua conduta pecaminosa o Frade embarca na
barca do inferno. Logo mais chega a Brígida Vaz, encaminhada a barca do inferno
por conta da sua mal conduta na terra. Da mesma forma o Judeu e dois
burocratas vão para o inferno, os burocratas vão por praticar pecado através do
seu poder de influência, e o Judeu apenas por não ser cristão. O último a
embarcar na barca do inferno foi um homem enforcado que acreditava ser uma
forma santa de morrer. A peça se encerra quando chegam os 4 cavaleiros que
são encaminhados a barca do céu porque morreram em nome de Cristo na
batalha entre os Mouros.

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