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CRITÉRIOS DE CORREÇÃO – 2ª QUESTÃO AULA 2º SEMESTRE

I.1. Comparação clara dos dois aspetos em oposição entre as duas manifestações culturais
apresentadas:

 [Tipo de manifestação cultural] enquanto o documento 1 representa uma manifestação da


cultura erudita, o documento 2 apresenta uma manifestação da cultura popular;
 [Rituais culturais] enquanto o convívio em ambientes requintados, animados por música e
dança e com abundância e variedade de alimentos, era uma das manifestações culturais da
cultura erudita (Doc. 1) as gentes do povo, envergando trajes simples, animavam-se com
danças e cantares em feiras, festas e romarias (Doc. 2);

[Enquadramento cultural] enquanto no documento 1 se representa, como pano de fundo do


banquete, o ideal de cavalaria, fortemente associado à cultura erudita e desenvolvido em
diferentes áreas artísticas e culturais da época (iluminuras, literatura, educação…), no
documento 2 a alusão aos trabalhos agropecuários transparece do cenário de fundo
representado, fazendo o devido enquadramento de uma manifestação de cultura popular.

2. fervor religioso manifestado pelas sociedades medievais (pagamento de promessas,


penitência dos pecados, satisfação da fé), como forma de vencer as agruras daquele tempo
(fomes, pestes, doenças e guerras);
 abundância de igrejas, capelas e ermidas que eram objeto de uma devoção especial,
justificado pelas relíquias que guardavam e pelo poder miraculoso das imagens sagradas ou
do santo patrono;
 renascimento da tradição judaico-cristã nas sociedades medievais do hábito das grandes
peregrinações, realizadas de forma individual ou em grupo, por gente humilde mas também
por grandes senhores da nobreza e até da realeza (Doc. 3);
 reforço do efeito redentor das peregrinações, sobretudo quando realizadas a um dos três
principais lugares religiosos, Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela (Doc. 3), pela
bênção e pelas indulgências recebidas no local;

3. Tópicos de resposta:
 estilo essencialmente urbano, que tem na catedral o seu expoente máximo;
 verticalidade das linhas arquitetónicas;
 interior amplo e luminoso;
 grandes aberturas «Deus é luz» preenchidas por vitrais;
 utilização do arco quebrado;
 abóbada de cruzamento de ogivas;
 reforço dos pontos de descarga do peso da abóbada por meio de arcobotantes.
4. a) – 3; b) – 5; c) – 4

II.1.
 Lisboa, na época das Descobertas, registou um grande crescimento, concentrando as
funções comerciais, políticas e culturais, assumindo-se como um polo de desenvolvimento
do reino;
 Lisboa era uma metrópole comercial e porta aberta para o mundo, que fascinava pelas suas
riquezas e atraía mercadores e curiosos – “comerciantes de quase todas as partes e povos
do mundo”;
 o porto de Lisboa tornou-se ponto de encontro e de comunicação para quem cruzava os
oceanos e partia e chegava dos quatro continentes, desde navegadores e comerciantes até
soldados e aventureiros – “por causa das facilidades que o comércio e o porto oferecem”;
 aumento da população OU dinamismo demográfico proveniente dos contingentes de
escravos e dos fluxos migratórios – “Por aqui se pode facilmente avaliar a grandeza de
Lisboa e o número dos seus habitantes”.

2. a)

3. a)

III. 1. Tópicos de resposta:


 os oceanos Atlântico e Índico são incomunicáveis na visão geográfica de Ptolomeu (Doc. 1),
enquanto na visão geográfica de A. Ortelius (Doc. 2), existe comunicabilidade entre os
oceanos Atlântico e Índico;
 a configuração dos contornos de África (conhecido apenas o Norte africano) e do litoral sul
da Ásia é bastante imperfeita na visão geográfica de Ptolomeu (Doc. 1) enquanto, na visão
geográfica de A. Ortelius (Doc. 2) a representação da África e da Ásia é feita com bastante
exatidão;
 a América não existe na visão geográfica de Ptolomeu (Doc. 1) enquanto na visão geográfica
de A. Ortelius (Doc. 2) figura já todo o continente americano.

2. b)

3. Moderna

4. Exercicio do espirito critico «Pelo qual podemos dizer que o mar oceano não cerca a terra
como os antigos filósifos disseram, mas antes que a terra deve cercar o mar.»
Experiencialismo «E além do que dito é, a experiencia é madre das cousas, nos desengana e
de toda a dúvida nos tira.»

5.
Conhecimento de três continentes (Europa, África e Ásia) de forma parcial OU
desconhecimento da existência da América e da Oceânia – “[…] esta terra de além [mar] é
tão grande, e desta parte de aquém temos Europa, África, e Ásia; manifesto é que o mar
oceano é metido no meio destas duas terras”;
 conhecimento de dois oceanos (Atlântico e Índico) de forma parcial OU desconhecimento da
existência do Pacífico e dos oceanos glaciares Ártico e Antártico;
 Terra constituída apenas por três continentes e rodeada de água (planisférios T-0) – “o mar
oceano não cerca a terra como os antigos filósofos disseram […]”;
 divisão da Terra em zonas, em que as zonas polares e equatoriais são inabitáveis (Planisfério
de zonas) – “[…] vizinha do círculo da equinocial, da qual os antigos disseram, que era
inabitável, e nós por experiência achámos o contrário”; “[…] disseram que toda a terra que
jaz debaixo do círculo de equinocial era inabitável pela grande quentura do sol.”;
 inexistência de antípodas;

 incomunicabilidade entre os oceanos Atlântico e Índico OU presunção de o Índico ser um


mar fechado.

6. e), a), d), c), b).

7. A- 3, B-5, C-1, D-6, E-4

8. Tópico 1 – Construção de um espaço geográfico e comercial à escala do globo


 pioneirismo português na expansão marítima europeia decorrente de um conjunto de
motivações sociais, económicas e religiosas;
 construção do primeiro império global que se dispersava pela África, Ásia e América OU
Conquistas territoriais no Norte de África; descoberta, colonização e exploração económica
das ilhas atlânticas; exploração comercial da costa ocidental africana; construção do Império
português no Oriente; colonização e exploração económica do Brasil, para onde foram
transportados inúmeros africanos escravizados; conquista de Malaca e acesso ao rico
comércio com o Extremo Oriente;
 criação, nesse império, de zonas de ocupação territorial e agrícola e outras de exploração
comercial, todas interligadas através das rotas intercontinentais.
Tópico 2 – Progressos técnicos
 inovação técnica na náutica (instrumentos de orientação, como o astrolábio, o quadrante ou
a balestilha; prática da navegação astronómica e seu registo em tábuas solares e
regimentos dos astros; registo de acidentes geográficos, de ventos e correntes em Guias
Náuticos e Roteiros);
 inovação técnica na construção naval, com o aperfeiçoamento e a adaptação das
embarcações às rotas a percorrer (caravela, nau e galeão);
 inovação técnica na cartografia (correta perceção das distâncias reais e dos contornos dos
mares e dos continentes, inserção de escala de latitudes).
Tópico 3 – Observação e descrição da natureza
 expansão marítima dos séculos XV e XVI proporcionou aos portugueses uma atenta
observação da Natureza, que pôs em causa muitas das conclusões dos Antigos, como a
desmistificação da existência de seres estranhos e da inabitabilidade dos trópicos;
 os novos conhecimentos geográficos, cosmográficos, étnicos, botânicos, zoológicos
geológicos resumiram-se, na sua maioria, a observações e descrições empíricas da Natureza;
 os portugueses valorizaram a visão, a observação e a experiência empírica para explicarem o
mundo OU manifestaram o experiencialismo;
 o saber português, fruto do experiencialismo, contribuiu, de modo irreversível, para o
exercício do espírito crítico, despertando a curiosidade científica em torno do conhecimento
do Homem e do mundo.

9. Lourenço de Medicis era mecenas porque:

 encomendou obras a artistas «encheu os seus jardins com belas esculturas»,

 os seus pálacios funcionavam como aprendizagem de novas técnicas «espécie de


escola para os jovens pintores»,

 patrocionava os artistas com os meios de subsistência «assegurava os necessários


meios de subsistência e o vestuário»,

 dava incentivos «concedia imensas recompensas».

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