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Nº 066/18/IE
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Av. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 - CEP 05459-900 - São Paulo - SP Data: 27/02/2018
C.N.P.J. nº 43.776.491/0001-70 - Insc.: Est. nº 109.091.375-118 - Insc. Munic.: nº 8.030.313-7
Site: www.cetesb.sp.gov.br
PROCESSO: 115/2014
INTERESSADO: Concessionária Rota das Bandeiras S/A
ASSUNTO: Solicitação de Licença Ambiental Prévia – LP para a implantação da
Perimetral de Itatiba (SPI 081/360) e Duplicação de trecho da Rodovia
Luciano Consoline (SP-063), entre o km 22+650 e o 24+650
MUNICÍPIO: Itatiba
1. INTRODUÇÃO
Trata-se da análise de viabilidade ambiental do projeto de implantação da Perimetral de Itatiba
(SPI 081/360) e duplicação de trecho da Rodovia Luciano Consoline (SP-063), entre o km
22+650 e o 24+650, até a interligação com a Rodovia Dom Pedro (SP-065), no município de
Itatiba, sob a responsabilidade da Concessionária Rota das Bandeiras S/A.
A análise realizada pela equipe técnica do Departamento teve por base as informações contidas
nos documentos relacionados ao Processo nº 115/2014, dentre os quais se destacam:
• Estudo de Impacto Ambiental – EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA,
elaborados pela GEOTEC Consultoria Ambiental Ltda. para a solicitação de Licença
Ambiental Prévia – LP do empreendimento, protocolizados por meio da Carta C-CRB-
CET-288-15 em 05/05/2015;
• Publicações referentes à solicitação da LP protocolizadas por meio da Carta C-CRB-
CET-293-15 em 13/05/2015;
• Manifestação Ambiental expedida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Agricultura da Prefeitura do Município de Itatiba em 20/01/2015, em atendimento ao
artigo 5º da Resolução CONAMA nº 237/97;
• Certidão SEPD 123/17 emitida em 13/12/2017 e retificada em 31/01/2018 pela Secretaria
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento da Prefeitura do Município de Itatiba, em
atendimento ao artigo 10 da Resolução CONAMA nº 237/97;
• Anotações de Responsabilidade Técnica – ART, em nome de:
Eng. Florestal Eduardo Augusto Rocha Campos (ART nº 92221220150222408) e
Bióloga Letícia Orsi (ART n° 2015/01065), responsáveis pela coordenação geral do
EIA/RIMA;
Eng. Ambiental Robson Jaques Serra (ART n° 92221220150227817), responsável
pela área de meio físico do EIA/RIMA;
Eng. Agrônomo Rodrigo Luiz Giampietro (ART n° 92221220150227913 e Eng.
Florestal Thaís Pagotto (ART n° 92221220150228040), responsáveis pela área de
meio biótico do EIA/RIMA;
Geógrafo Gabriel Bispo da Silva (ART n° 92221220150228177), responsável pela
área de meio socioeconômico do EIA/RIMA;
Bióloga Amanda Santos Oehlmeyer (ART nº 2014/07034), responsável pela
coordenação do levantamento de fauna do EIA.
• Relatório da Primeira Campanha de Levantamento de Fauna elaborado pela GEOTEC,
protocolizado por meio da Carta C-CRB-CET-422-15 em 30/07/2015;
• Parecer Técnico GT – Empreendimentos nº 04/2015 emitido pelos Comitês de Bacia
Hidrográfica PCJ – Piracicaba/Capivari/Jundiaí em 27/08/2015, encaminhado à CETESB
por meio do Ofício Comitês PCJ nº 129/2015 em 28/08/2015;
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2. BREVE HISTÓRICO
Conforme o EIA, como parte da segunda etapa do processo de desestatização da malha
rodoviária estadual, em abril de 2009 a Concessionária Rota das Bandeiras tornou-se
responsável pela administração do Corredor Dom Pedro I (Edital de Concessão nº
002/ARTESP/2009 da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do
Estado de São Paulo - ARTESP). Como consequência, a Concessionária ficou responsável pela
construção de trechos da malha rodoviária definida por Corredor Dom Pedro I, totalizando 297
km, entre os quais a Via Perimetral de Itatiba. Foi destacado que essa obra é uma antiga
reinvindicação do município e está prevista no Plano Diretor de Itatiba (2011).
Em 10/03/2011, a Concessionária deu início ao processo de licenciamento ambiental da
Perimetral por meio de protocolo do Plano de Trabalho e solicitação de Termo de Referência -TR
à CETESB para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental -
EIA/RIMA do empreendimento. O TR foi emitido em 31/01/2012 (Processo nº 39/2011).
Porém, na ocasião, o projeto apresentado retratava as intenções do Governo do Estado, mas
ainda sem apreciação do município. Paralelamente, a Concessionária, junto com o Poder
Concedente/ARTESP, realizou tratativas com a Prefeitura de Itatiba e munícipes visando a
consolidação de novo projeto preliminar para a Perimetral de Itatiba, alcançado em março/2014.
Em 09/04/2014, após os devidos esclarecimentos e trâmites pertinentes o Processo nº 39/2011
foi arquivado.
Em 22/04/2014, com o novo projeto, a Concessionária solicitou o respectivo TR para elaboração
de EIA/RIMA, o qual foi elaborado e apresentado para análise da CETESB em 05/05/2015.
(Processo nº 115/2014) e submetido à Audiência Pública em 20/08/2015.
Em 07/12/2017, após o aprofundamento do estudo de alternativas locacionais visando minimizar
os potenciais impactos sociais e ambientais, a Concessionária apresentou nova variante de
traçado do trecho final da Perimetral (Memória de Reunião 054/17/IETR).
Em 29/12/2017, o interessado apresentou o Relatório de Informações Complementares
contemplando a revisão parcial do EIA/RIMA com base na variante ora proposta, detalhada nos
itens a seguir.
3.1. Justificativas
Segundo o Relatório de Informações Complementares de 29/12/2017, a malha viária do
Corredor Dom Pedro I, administrada pela Concessionária Rota das Bandeiras, constitui a
principal rede de ligação de dois importantes polos geradores de tráfego: a Região Metropolitana
de Campinas e o Vale do Paraíba. Três rodovias compõe o Corredor Dom Pedro na área de
inserção do empreendimento proposto: Rodovia Dom Pedro I (SP-065), Rodovia Constâncio
Cintra (SP-360) e Rodovia Romildo Prado (SP-063).
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A Rodovia Dom Pedro I (SP-065) é o principal corredor rodoviário que interliga os dois grandes
polos citados, Campinas e Jacareí/São José dos Campos. Faz parte do Macroanel Rodoviário,
permitindo a circulação de caminhões tangencialmente à Região Metropolitana de São Paulo,
sem necessidade de utilizar a malha urbana para transposição sudeste/sul e vice-versa.
A Rodovia Romildo Prado (SP-063), administrada pela Rota das Bandeiras entre o km 0 e
15+700, após interceptar a mancha urbana de Itatiba, retorna à administração do Departamento
de Estradas de Rodagem (DER), entre o km 19 e o 25, até a interligação com a SP-065, com a
nomenclatura de Rodovia Luciano Consoline.
A Rodovia Eng. Constâncio Cintra (SP-360), junto com a Romildo Prado/Luciano Consoline (SP-
063), tem importante função no escoamento do tráfego entre outros dois importantes eixos
rodoviários: o sistema integrado Anhanguera/Bandeirantes e a Rodovia Dom Pedro I, até a
cidade de Bragança Paulista e a região sudoeste de Minas Gerais, rumo a Belo Horizonte.
Atualmente, a SP-065, SP-360 e SP-063 não são interligadas. O fluxo rodoviário de longa
distância necessita interceptar o núcleo urbano de Itatiba para realizar a conexão, misturando-se
ao fluxo de curta distância, além de fazer uso de trecho da SP-063 sob administração do DER,
em pista simples e com diversos cruzamentos em nível, de reduzido nível de serviço.
Dessa forma, após a conclusão da Perimetral de Itatiba, considerando a variante de traçado
proposta que promoverá a interligação com a Rodovia Luciano Consoline (SP-063), objeto de
duplicação entre o km 22+650 e o km 24+650 (até a interligação com a SP-065), os eixos SP-
065 e SP-063/SP-360 ficarão fortalecidos com a melhoria do padrão rodoviário e integração
física e operacional, proporcionando maior fluidez no tráfego regional. A futura Perimetral,
associada à duplicação de trecho da SP-063, deverá atrair a parcela de tráfego desviada das
rodovias SP-360, SP-063 e SP-065, sem relação direta com o tráfego urbano de Itatiba.
Por fim, considerando que a premissa da Perimetral é oferecer nova rota para os veículos que
cortam a região central da cidade, ou seja, um contorno da área urbanizada, de forma a mitigar
ao máximo os impactos socioambientais vinculados ao novo empreendimento, a variante do
traçado que considera o aproveitamento da SP-063 (duplicação) mostra-se ainda mais atrativa,
já que, além do fluxo de passagem (longa distância), irá acomodar também o fluxo local com a
implantação de Via Marginal entre a Estrada Municipal Benedito Antônio Ragagnin e a Avenida
Antônio Nardi, proporcionando melhoria ao viário local na porção do município de Itatiba
classificada como ‘Zona de Especial Interesse Social (indução)’ (Plano Diretor de Itatiba, 2014).
Segundo o interessado, a implantação da futura Perimetral poderá ainda incentivar em parte a
instalação de novos empreendimentos lindeiros (industriais ou loteamentos residenciais),
resultando em geração de tráfego no sistema e o desenvolvimento local.
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3.4. Objetivos
Conforme o Relatório de Informações Complementares de 29/12/2017, em termos gerais, os
benefícios da implantação da Perimetral de Itatiba associada à duplicação da rodovia Luciano
Consoline até a rodovia Dom Pedro I estão listados a seguir:
• Compatibilidade com o Plano de Governo para ampliação da malha viária da região de
Itatiba;
• Potencialização de vetor de desenvolvimento para a região;
• Aumento da capacidade de circulação de pessoas e bens;
• Facilitação do escoamento de produtos, aumentando a competitividade regional;
• Melhoria na ligação entre o sistema Bandeirantes/Anhanguera e o Sistema Dom Pedro I.
Especificamente para a região de Itatiba, espera-se:
• Maior segurança e fluidez do tráfego com redução dos acidentes na área urbana;
• Melhoria na qualidade de vida da população;
• Oferta de empregos diretos e indiretos;
• Reorganização e racionalização dos esquemas de interseções, retornos e acessos,
inclusive na SP-063, melhorando a segurança viária local;
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4. AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Em 20/08/2015 foi realizada a Audiência Pública no município de Itatiba referente ao
empreendimento “Perimetral de Itatiba” objeto do EIA/RIMA de maio/2015, em conformidade
com a Deliberação CONSEMA nº 01/2011.
Na audiência, a empresa de consultoria responsável pela elaboração do EIA/RIMA (GEOTEC) e
o empreendedor (Concessionária Rota das Bandeiras) apresentaram um breve histórico do
empreendimento, o diagnóstico socioambiental realizado, os potenciais impactos ambientais
positivos e negativos identificados e as propostas de medidas de potencialização, mitigação e
compensação ambiental.
As manifestações e contribuições da população realizadas durante e após a audiência
abordaram temas como a escolha da alternativa locacional, interferências em cursos d’água,
divulgação do empreendimento para a população diretamente afetada e definição das
desapropriações, especialmente relativas ao Loteamento Recreio Costa Verde.
Em decorrência da apresentação de alternativa de traçado que contempla uma variante para o
trecho final da Perimetral (revisão do EIA/RIMA de 29/12/2017), conforme tratado no item 5
deste Parecer, foi realizada nova Audiência Pública em 31/01/2018 com foco nesse trecho final
do traçado, que se afastou do loteamento e se aproximou do perímetro urbano do município,
terminando na Rodovia Luciano Consoline (SP-063), em trecho a ser duplicado.
As manifestações e contribuições da população abordaram os potenciais impactos da
intervenção do traçado em área urbana e recursos naturais (principalmente entre o Pinheirinho e
o bairro Pedro Fumachi, e o San Francisco), impactos da impermeabilização proposta e medidas
mitigadoras, impactos à fauna, medidas mitigadoras de ruído, destinação dos recursos
financeiros da compensação ambiental ao município, proposta de separação das pistas por
barreira rígida, implantação de ciclovia, questionamentos sobre passagens de pedestres e
acesso dos imóveis lindeiros, necessidade de execução de via local lindeira à Perimetral
(marginal), e preocupações com a duplicação da Rodovia Luciano Consoline (SP-063),
considerada uma “avenida”, que com o novo projeto poderá trazer o isolamento de acessos e
bairros da cidade de Itatiba.
Durante a Audiência, os representantes da Concessionária e da GEOTEC forneceram alguns
esclarecimentos resumidos a seguir:
- Localização do traçado da Perimetral em área urbana do município de Itatiba: essa opção está
em consonância com o Plano Diretor municipal, que leva em conta todas as ampliações futuras.
- Marginal: a questão da implantação de marginal/via local está sendo tratada com a Prefeitura.
- Acessos: nenhuma propriedade ficará sem acesso. Os acessos não serão diretos à rodovia,
por ser Classe 1A, mas serão conectados através de viário municipal, urbano.
- Ciclovia: será realizada avaliação em conjunto com a agência reguladora (ARTESP).
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- Sistema de drenagem: por ocasião do Projeto Executivo, serão avaliadas todas as drenagens e
a necessidade de implantar bacias de contenção, diques de contenção, desvios, etc.
- Ruídos: foi realizada campanha de medição de ruídos para avaliação da necessidade de
adoção de medidas mitigadoras para cada bairro, e cada região a ser afetada.
- Passagens de fauna: será realizada avaliação da necessidade de passagens adicionais às três
previstas no estudo, considerando a ligação de remanescentes de mata no entorno da rodovia.
- Recursos financeiros da compensação ambiental: a demanda deve ser endereçada à
Cetesb/Secretaria de Meio Ambiente.
Após a realização da audiência, foram recebidos questionamentos de órgãos públicos de Itatiba
e da sociedade civil, incluindo as Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Agricultura e de
Planejamento e Desenvolvimento da Prefeitura de Itatiba, Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente – CONDEMA, Associação para Preservação Ambiental - Jacaré Ribeirão Vivo e
Câmara Municipal de Itatiba, entre outros.
No Relatório RB015-RT009 protocolizado em 15/02/2018, o interessado apresentou à CETESB
os esclarecimentos às manifestações recebidas e destacou que todas as dúvidas e solicitações
da população, órgãos públicos e agentes da sociedade civil serão respondidas pela
Concessionária, por intermédio de seu setor de Ouvidoria.
Ressalta-se que todo o material recebido pela CETESB integra a análise expressa neste Parecer
Técnico, além de aspectos observados em vistorias técnicas, análises realizadas pelo Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, Comitê de Bacias e outros órgãos
intervenientes no processo de licenciamento.
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A tabela a seguir apresenta uma síntese comparativa dos quantitativos das intervenções de cada um dos traçados estudados:
Tabela 01: Síntese comparativa dos quantitativos das intervenções de cada um dos traçados estudados
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Tabela 02: Volume Diário Médio (VDM) entre 2011 e 2013, nas Rodovias SP-063, SP-360 e SP-065
Fonte: EIA/RIMA
No caso da não implantação da Via Perimetral de Itatiba, foi considerado que haverá prejuízos
ao fluxo rodoviário e ao fluxo local de veículos, obstáculo ao desenvolvimento de Itatiba e região,
incluindo o escoamento da produção. Além disso, considerando o fator de crescimento da
região, o nível de serviços das rodovias poderá atingir patamares elevados de saturação, não
comportando o tráfego rodoviário, inviabilizando estratégias de crescimento regional.
6. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Conforme as Informações Complementares de 29/12/2017 (revisão do EIA/RIMA de 2015), o
empreendimento em análise, correspondente ao Traçado 3 selecionado dentre as alternativas de
traçado, constitui-se de:
• Implantação da Perimetral de Itatiba (SPI-081/360), segmento do km 0+000 ao km
8+200;
• Implantação de Via Marginal entre a Estrada Municipal Benedito Antônio Ragagnin e a
Avenida Antônio Nardi, lindeira à pista norte da Perimetral, do km 5+800 ao km 7+600;
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Classe I-A de pista dupla, com velocidade de projeto = 80 km/h e extensão de 8,2 quilômetros,
cujas seções tipo apresentam as seguintes características:
Tabela 03: Características do projeto de engenharia
Passagem
Ramos das Passagem de
Pistas Principais Vias Locais Superior (PS) de
Interseções Veículos (PV)
Via Local
Pista com mão dupla
Número de faixas = 2 Ramo de 1 faixa =
de direção, com 3,5 Largura = 6,00 m Largura = 9,50 m
x2 6,50 m
m cada
Faixa de rolamento = Ramo de 2 faixas e Refúgios de 1,00 m
Altura = 5,50 m Passeio = 1,50 m
3,60 m coletoras de cada lado
Acostamentos
Número de faixas = 2
externos = 3,00 m
Faixa de segurança
Faixa de rolamento =
interna/refúgio = 1,00
3,60 m
m
Faixa de
Acostamento = 3,00
aceleração/desaceler
m
ação: 3,6 m
Canteiro central = Faixa de segurança =
5,00 m, gramado 1,00 m
Fonte: adaptado do Relatório de Informações Complementares (RB015-RT006) protocolizado em 29/12/2017
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7. ÁREAS DE INFLUÊNCIA
As áreas de influência definidas no EIA e estudos complementares são:
Área de Influência Indireta – AII dos Meios Físico e Biótico: foi adotado o conceito de bacias
hidrográficas para a delimitação da área de análise. Foi considerada a zona de atuação 10 do
PCJ - Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hídricos – UGRHI 5, formada pelas bacias dos
rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com área equivalente de 795,31 km². Esse limite abrange
parcialmente o território 7 municípios, conforme a seguir:
Tabela 04: Municípios abrangidos pela AII
Município Km2 %
Atibaia 110,64 13,91
Bragança Paulista 123,55 15,53
Campinas 18,42 2,32
Itatiba 322,66 40,57
Jarinu 160,16 20,14
Morungaba 30,37 3,82
Valinhos 29,51 3,71
Área Total 795,31 100,00
Fonte: EIA/RIMA
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Segundo o EIA, o Termo de Referência emitido pela CETESB em 24/06/14 previa a inclusão do
município de Jarinu na AII. No entanto, o interessado informou que com o avanço dos estudos,
foi observado que a implantação da nova rodovia não deve implicar na ocorrência de impactos
significativos, positivos ou negativos, ao município.
Área de Influência Direta – AID dos Meios Físico e Biótico: Formada por faixa
correspondente a 500 metros do entorno do empreendimento, a partir do eixo principal da
rodovia a ser implantada, somando área equivalente a 1.176,34 ha.
Área de Influência Direta – AID do Meio Socioeconômico: Constituída por 15 setores
censitários que interceptam a ADA do empreendimento, todos inseridos no município de Itatiba,
a AID do Meio Socioeconômico totaliza 5.920,42 ha.
Área Diretamente Afetada – ADA: Corresponde à área que sofrerá a ação direta da
implantação e operação do empreendimento e inclui a futura faixa de domínio da rodovia a ser
implantada, dispositivos de acesso e retorno, obras de arte especial e as áreas adjacentes a
serem utilizadas para abertura de novos acessos, configurando assim cerca de 89,74 ha. Foi
ressaltado que o segmento inicial (330 metros) da Perimetral já foi construído por ocasião das
obras de duplicação da SP-360, em ajuste ao no dispositivo de entroncamento das Rodovias
Romildo Prado (SP-063) e Constâncio Citra (SP-360).
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além das medidas já propostas: ações de divulgação à população do local do número de vagas
a serem abertas e o perfil profissional buscado durante as obras; ações de divulgação sobre as
medidas mitigadoras de incômodos a população e dos canais de comunicação para
manifestação de dúvidas e reclamações referentes as obras, conforme item 9.2.16, assim como
propostas de reuniões periódicas com a Prefeitura Municipal de Itatiba e com associações de
moradores e/ou comunidade local, visando a criação de um canal de comunicação efetivo entre
o empreendedor e as partes interessadas.
Ainda por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação, solicita-se a realização de
reuniões com a população para divulgação de informações sobre o empreendimento, incluindo a
divulgação de canais de comunicação específicos para atendimento de dúvidas. O
empreendedor deverá comprovar as atividades prévias de comunicação realizadas na fase de
planejamento do empreendimento, tais como atendimento às reclamações, esclarecimento de
dúvidas da população e reuniões realizadas com as partes interessadas (população diretamente
afetada, prefeitura e órgãos associados). Para o registro dessas reuniões, as mesmas deverão
ser documentadas por meio de relatórios que integrem fotos, atas de reunião, lista de
participantes, etc.
Durante as obras deverão ser apresentados, no âmbito dos relatórios quadrimestrais de
acompanhamento do Programa de Comunicação Social, os registros fotográficos datados,
demonstrando as atividades desenvolvidas no período.
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO, deverá ser apresentado
relatório final sobre o encerramento do Programa de Comunicação Social. Ainda nessa ocasião
deverão ser apresentadas no âmbito do Programa de Gestão Ambiental da Operação, discutido
no item 9.2.1 deste Parecer Técnico, as ações de comunicação a serem desenvolvidas com as
comunidades lindeiras.
Exigências
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI
• Apresentar o detalhamento do Programa de Comunicação Social e subprogramas, incluindo,
além das medidas propostas: a divulgação de informações à população sobre as medidas
mitigadoras de incômodos à população, sobre os critérios de desapropriação, o número de
vagas e perfil profissional buscado, reuniões periódicas com a prefeitura de Itatiba, associações
de moradores locais, conselhos municipais, etc. O Programa deverá ser executado por
profissional habilitado responsável pela elaboração dos materiais/atividades de comunicação e
atendimento à população. Demonstrar ainda a realização das atividades prévias de
comunicação social, como o atendimento às reclamações, esclarecimento de dúvidas da
população, e reuniões realizadas.
Durante a implantação do empreendimento
• Apresentar relatórios quadrimestrais de acompanhamento do Programa de Comunicação
Social, comprovando as atividades desenvolvidas no período, principalmente o atendimento a
dúvidas e reclamações e as ações realizadas para mitigação de incômodos à população, em
especial à população diretamente afetada, os resultados obtidos, avaliação de desempenho do
programa, a equipe técnica habilitada responsável, o cronograma de atividades para o próximo
período, e os registros fotográficos datados.
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO
• Apresentar relatório final do Programa de Comunicação Social com o balanço das atividades
desenvolvidas durante as obras, eventuais não conformidades e respectivas medidas corretivas
adotadas, a avaliação da efetividade do Programa e a equipe técnica responsável.
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poderão ser mitigados com a adequação dos projetos de engenharia e implantação das medidas
de controle propostas pelo interessado, se devidamente implementadas, acompanhadas e
readequadas sempre que necessário durante todo o período de obras.
Ressalta-se que a efetividade das medidas propostas no Programa de Controle Ambiental de
Obras - PCA está ligada à fase de planejamento, ou seja, a adoção de diretrizes ambientalmente
adequadas durante a elaboração do projeto executivo do empreendimento.
Portanto, considerando ainda a interseção das obras de duplicação da SP-063 com cursos
d´água próximos à captação superficial para abastecimento público no Rio Atibaia e a existência
de áreas de várzea na área de influência do empreendimento, para a próxima fase do
licenciamento, deverá ser apresentado um Programa de Adequação Ambiental do Projeto
Executivo, agrupando as ações de planejamento propostas e a incorporação de critérios
ambientais pelas subempreiteiras e fornecedores (por exemplo, iniciar as obras somente após a
implantação de sistema de drenagem provisório, otimizar os volumes de corte e aterro, etc.).
Visando adequar o projeto executivo para minimizar os impactos na rede hídrica, conforme
discutido também no item 9.2.6 deste Parecer com relação a aspectos de vegetação, deverá ser
proposta travessia de cursos d’água por meio de obra de arte especial, em especial na altura
dos km 6+200 (APP 12 - afluente 7 do Ribeirão do Pinheirinho) e 8+000 (APP 14 - afluente 8 do
Ribeirão do Pinheirinho e Ribeirão do Pinheirinho). A proposta de implantação ou a justificativa
para não implantação deve ser baseada em aspectos ambientais, tais como: dados de vazão,
existência de corredor ecológico, fragmentação de vegetação, travessia de fauna, interferência
em área de várzea, etc. Ressalta-se que não é permitido o aterramento de qualquer curso
d’água atravessado pela obra. Deverão ainda ser avaliadas as adequações estruturais e a
adoção de alternativas tecnológicas no projeto executivo, considerando as adequações de
projeto propostas no documento da Rota das Bandeiras (Relatório RB015-RT005) protocolizado
em 16/10/2017 quanto ao trecho entre o km 0 e 6 aproximadamente da futura Perimetral, trecho
este que manteve a alternativa locacional do EIA de 2015. As considerações de projeto contidas
no Ofício SEPD nº 005/2018 da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento da
Prefeitura do Município de Itatiba de 05/02/2018 estão tratadas no item 9.3.3 deste Parecer
Dada a alta potencialidade de desencadeamento de processos de dinâmica superficial da área e
a criticidade da disponibilidade hídrica regional, as medidas propostas no PCA referentes ao
controle de erosão e assoreamento deverão ser agrupadas em um Subprograma de Prevenção
e Controle de Erosão e Assoreamento a ser apresentado por ocasião da solicitação da Licença
Ambiental de Instalação – LI. O subprograma deverá incluir a descrição e o croqui do sistema de
drenagem provisória a ser implantado composto por dispositivos e práticas de dissipação de
velocidade das águas, proteção de solo exposto e disciplinamento e contenção de águas pluviais
e dispositivos estruturais de contenção de sedimentos em todas as frentes de obra,
especialmente junto aos corpos d’água da ADA, áreas de apoio às obras, bem como no trecho a
montante do Parque da Juventude e nas proximidades da SP-360, que incide na sub-bacia do
Ribeirão Jacaré, conforme as manifestações após a Audiência Pública de 31/01/2018.
Ainda no âmbito do PCA, deverá ser previsto, como forma de apoio às inspeções da CETESB, a
utilização de um DRONE/RPAS (sigla de “remotely piloted aircraft systems”).
Ressalta-se que as obras só poderão ser iniciadas após a implantação do sistema de drenagem
provisório. Assim, deverá ser apresentado, no prazo de 60 dias da emissão da LI, relatório
fotográfico datado comprovando a implantação do sistema ao longo do traçado da Perimetral e
do trecho de duplicação da SP-063, além das áreas de apoio às obras. Deverão constar os
registros fotográficos dos corpos d’água antes do início das obras e durante as intervenções.
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Observa-se que, de maneira geral, o mapeamento apresentado dos trechos críticos para o meio
físico indicou que há vários trechos ao longo do traçado da Perimetral e da duplicação da SP-
063 que apresentam alto potencial de interferência direta em cursos d’água intercalados com
trechos menos críticos. Nota-se trecho contíguo entre os km 2+100 e 3+280 da Perimetral
apresentando proximidade e alto potencial de interferência direta nos cursos d’água. Ainda,
conforme as tabelas apresentadas, nota-se que as áreas com probabilidade de ocorrência de
solos hidromórficos suscetíveis a problemas de fundação que demandam maiores esforços de
compactação estão mais concentradas entre os km 2+100 e 4+360 da Perimetral.
Considera-se que o empreendedor deverá dar continuidade ao estudo dos pontos considerados
críticos ao longo do traçado, com a indicação e justificativa para a escolha daqueles sujeitos ao
assoreamento, apresentando mapa com a rede hídrica das sub-bacias atravessadas e o traçado
do empreendimento diferenciado por seus métodos construtivos. Para esses pontos, deverá ser
apresentado o nível de leito/cota de fundo atual. Incluir o uso de barreiras físicas fixas e/ou
flutuantes nos cursos d´água a serem afetados pelas obras.
Por ocasião da solicitação da LI, deverão ser apresentados os Planos de Ataque das Obras, o
balanço de massas atualizado e as pranchas do Projeto Executivo Geométrico e de Drenagem
do empreendimento, demonstrando os acessos dos imóveis lindeiros ao empreendimento e o
canteiro central permeável a ser implantado, além de informações sobre as obras-de-arte
especiais, obras de estabilidade de taludes e bacias de contenção de águas pluviais,
acompanhados de memorial descritivo e das respectivas Anotações de Responsabilidade
Técnica – ARTs.
Ainda, por ocasião da solicitação de LI deverão ser apresentados, visando a organização e
compilação das informações ambientais relacionadas com o licenciamento em curso, os
arquivos cartográficos georreferenciados e as tabelas síntese do licenciamento (caracterização
do empreendimento e indicadores de impacto ambiental). Para o preenchimento das tabelas,
verificar as instruções indicadas na página http: //licenciamentoambiental.cetesb.sp.gov.br
/tabelas/ e para apresentação dos arquivos cartográficos georreferenciados, acessar http
://licenciamento.cetesb.sp.gov.br/ cetesb/ documentos/ Manual-DD-217-14.pdf.
Durante a implantação do empreendimento, deverão ser apresentados relatórios quadrimestrais
de acompanhamento dos Programas Ambientais, incluindo registros fotográficos datados
comprovando as atividades realizadas no período, as medidas implementadas, os indicadores
ambientais adotados, os resultados obtidos, a análise da efetividade das medidas
implementadas, as não conformidades identificadas e as respectivas medidas corretivas
adotadas.
Ao final das obras, deverá ser apresentado relatório final dos Programas Ambientais,
demonstrando o encerramento ambientalmente adequado das atividades, e, em especial, a
recuperação e recomposição vegetal de todas as áreas afetadas pelas obras (faixa de domínio,
áreas de empréstimo e depósitos de material excedente, bota-esperas, acessos provisórios,
canteiros de obras, entre outros).
Ainda por ocasião da solicitação de LO, deverá ser detalhado o Programa de Gestão Ambiental
da Operação do Empreendimento, o qual deverá contemplar ações relativas à manutenção do
plantio compensatório, avaliação e monitoramento da suficiência das estruturas de drenagem
superficial e bueiros, levantamento e gerenciamento de passivos ambientais, comunicação social
com as comunidades lindeiras, registros de acidentes com produtos perigosos e de incêndios
gerados na faixa de domínio, entre outros.
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Foi informado que dentre os 22 cursos d’água interceptados, dois estão relativamente próximos
à captação superficial para abastecimento público situada no Rio Atibaia, e já se encontram
canalizados devido à operação da SP-063:
Tabela 09: Distância de cursos d´água interceptados à captação no Rio Atibaia.
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industriais utilizadas deverão estar devidamente licenciadas. Ainda, no caso de áreas de apoio
situadas em área urbana, deverá ser apresentada manifestação da Prefeitura Municipal.
As medidas a serem adotadas para o controle da poluição gerada nos canteiros e frentes de
obras deverão ser detalhadas no âmbito do PCA e reportadas nos relatórios quadrimestrais de
acompanhamento das obras, conforme solicitado no item 9.2.1 deste Parecer.
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO deverá ser comprovada a
desativação das áreas de apoio utilizadas e a completa recuperação de todas as áreas afetadas,
além da destinação adequada dos resíduos e efluentes gerados durante as obras, conforme
solicitado no item 9.2.1 desse Parecer
Observa-se que os potenciais impactos associados a vazamentos ou acidentes com produtos
perigosos estão tratados no item 9.3.4 deste Parecer.
Exigências
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI
• Apresentar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS e Projeto Executivo dos
locais de armazenamento temporário dos resíduos a serem gerados na fase de obras do
empreendimento, conforme diretrizes dispostas no item 9.2.3 do Parecer Técnico nº 66/18/IE.
• Apresentar, em foto aérea ou imagem de satélite, a localização do canteiro de obras e demais
áreas de apoio previstas (depósitos de material excedente, áreas de empréstimo, acessos
provisórios, etc.), incluindo o “layout” das instalações previstas no canteiro, em áreas livres de
restrições ambientais. Caso o canteiro ou outras áreas de apoio estejam localizadas fora da faixa
de domínio, deverá ser efetuado o cadastramento prévio das mesmas no Departamento de
Avaliação Ambiental de Empreendimentos – IE, nos moldes da Resolução SMA 30/2000. No
caso de áreas de apoio situadas em área urbana, deverá ser apresentada manifestação da
Prefeitura Municipal. Caso sejam instaladas unidades industriais/usinas de concreto, asfalto, etc.
ou outras fontes de poluição no canteiro, deverá ser solicitado o licenciamento complementar
das mesmas na Agência Ambiental da CETESB.
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO
• Apresentar Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – PGRS e Projeto Executivo dos
locais de armazenamento temporário dos resíduos a serem gerados na fase de operação do
empreendimento, conforme diretrizes dispostas no item 9.2.3 do Parecer Técnico nº 66/18/IE.
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Ribeirões Pinheirinho e Pinhalzinho e do Rio Atibaia. As áreas com vegetação somam 14 ha,
representando cerca de 16% de toda a ADA, divididas em: 2,25 ha de vegetação pioneira, 6,7 ha
de fragmentos de vegetação em estágios inicial (17 áreas) e 4,2 ha em estágio médio de
regeneração natural, além de 1,4 ha de adensamento de espécies exóticas.
A maioria da vegetação a ser suprimida para a implantação do empreendimento encontra-se na
área da Macrozona de Expansão Urbana, delineada no zoneamento municipal de Itatiba.
Considerando a distribuição da vegetação nativa na paisagem, as intervenções mais
significativas deverão ocorrer em 5 fragmentos florestais em estágio médio de regeneração,
sendo que 3 deles (que somam uma área de intervenção de 2,97 ha) localizam-se no perímetro
urbano de Itatiba (Tabela 11).
Tabela 11: Quantificação dos fragmentos florestais em estágio médio de regeneração que sofrerão
interferência pelo empreendimento (ADA do empreendimento).
Os exemplares arbóreos isolados ou renques são geralmente encontrados nas divisas das
propriedades ou em caráter ornamental. Foi estimada a supressão de 450 exemplares arbóreos
isolados de 27 espécies nativas, sendo que, destas, apenas Cedrela fissilis (cedro) consta como
ameaçada de extinção.
No tocante às Áreas de Preservação Permanente – APPs, será necessário intervir em cerca de
16,27 ha (18% da ADA) de APPs de curso d’água, sendo que desse total 11,4 ha são recobertos
por usos antrópicos. A descrição e distribuição das APPs que irão sofrer interferência podem ser
observadas na tabela a seguir.
Tabela 12: Levantamento quantitativo das APPs que serão afetadas pelo empreendimento.
Usos do solo Área (ha) % das APPs
Vegetação pioneira (VP) 0,89 5,47
Fragmento inicial (FI) 2,19 13,46
Fragmento médio (FM) 1,78 10,94
Pastagem (PA) 5,37 33,01
Sítios, chácaras e fazenda (CH) 0,26 1,6
Adensamento exóticas (EX) 0,35 2,15
Campo úmido antrópico (VZ) 3,69 22,68
Campo antrópico (CA) 1,26 7,74
Área industrial/comércio (AI/CO) 0,01 0,06
Vias de circulação 0,47 5,47
Total 16,27 100
A execução das obras junto às APPs existentes na ADA contará com todas as medidas
preventivas dos impactos ambientais indesejáveis, de forma a prevenir assoreamento, processos
erosivos, contaminações ou intervenção em área superior à autorizada.
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durante a referida supressão; corte unidirecional da vegetação; corte de lianas e cipós das
árvores próximas ao limite da área a ser suprimida; demarcação prévia da vegetação a ser
suprimida; cuidados com a vegetação remanescente; cronograma de supressão priorizando os
períodos de menor precipitação e reprodução; acompanhamento por profissional habilitado
responsável pelas atividades na identificação e resgate de fauna; cronograma das atividades e
equipe responsável.
Deverá ainda ser apresentado no âmbito do Programa de Monitoramento da Flora e Fauna, um
Subprograma de Resgate de Flora contemplando, no mínimo: procedimentos executivos para o
resgate e relocação de espécies; espécies prioritárias (incluindo epífitas); ações para coleta de
sementes e plântulas; destino que será dado ao material orgânico resultante; uso do topsoil das
áreas suprimidas na recuperação de áreas de apoio ou nos projetos de restauração florestal
relacionados ao cumprimento dos TCRAs; relação de instituições que receberão a doação de
materiais resgatados; projeto e localização de viveiro de espera para recebimento dos materiais
resgatados; georreferenciamento e caracterização das áreas de resgate e relocação;
cronograma de atividades e equipe responsável.
Para a LI, o empreendedor deverá obter a Autorização para Supressão de Vegetação, corte de
indivíduos arbóreos isolados e intervenções em APP emitida por este Departamento de
Avaliação Ambiental de Empreendimentos - IE, mediante assinatura do respectivo Termo de
Compromisso de Recuperação Ambiental - TCRA. Utilizar a Resolução SMA nº 07/2017 para o
cálculo de compensação, além de legislação municipal referente ao tema, como a Lei Municipal
nº 5.093/2018.
Nessa ocasião, deverá ser apresentado projeto de restauração florestal relativo às
compensações florestais determinadas em legislação estadual e municipal, além das
recomendações do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí -
PCJ. Para a elaboração do projeto de restauração deverão ser consultados os proprietários do
entorno e a Prefeitura de Itatiba a respeito da concessão de áreas para execução do projeto,
dando prioridade para a manutenção da conectividade e das APPs no entorno do
empreendimento. A Lei Municipal nº 5.093/2018, artigo 89, cita que “a compensação de
supressão de vegetação nativa deverá ser feita no Município, preferencialmente na mesma sub-
bacia”, e essa exigência deverá ser levada em consideração para a elaboração do projeto de
restauração.
Durante a Audiência Pública de 31/01/2018 foi reforçada por entidades não governamentais
(Jacaré Ribeirão Vivo – Associação para Preservação Ambiental – JAPPA) a necessidade da
compensação pela supressão de vegetação no próprio município de Itatiba. A Secretaria do
Meio Ambiente da Prefeitura do Município de Itatiba também se manifestou na mesma Audiência
Pública solicitando que a compensação seja realizada na sub-bacia do ribeirão Jacaré e suas
cabeceiras, priorizando as APPs em locais que promovam a conectividade.
Este Departamento e o Centro de Manejo de Fauna Silvestre – SMA/CBRN/DeFau deverão ser
informados do início das atividades de supressão de vegetação com uma antecedência mínima
de 15 dias, garantindo o acompanhamento destas atividades pelas equipes citadas.
Os resultados dos trabalhos de supressão de vegetação, resgate das espécies e transplante dos
materiais genéticos deverão ser apresentados nos relatórios quadrimestrais de
acompanhamento das obras durante a implantação do empreendimento. Ao final das obras
deverão ser apresentados relatórios finais, contemplando o balanço das atividades
desenvolvidas, as ações ambientalmente adequadas adotadas, eventuais não conformidades e
respectivas medidas corretivas adotadas entre outros.
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Tabela 14: Caracterização das áreas de Reserva Legal (RL) que sofrerão interferência pelo
empreendimento.
CAR (nº) Área RL Área intervenção % Localização Altura (km)
(ha) (ha) (UTM)
3628107 7,42 0,76 10,3 315023/7452290 4+820
3644257 0,62 0,29 46 315092/7453620 6+460
3644257 0,09 0,09 100 315218/7453240 5+940
3914464 0,60 0,35 57,5 315190/7453240 5+920
3996809 0,04 0,04 100 315060/7453630 6+460
3863981 0,14 0,03 19,1 314513/7455330 23+150 (SP 063)
TOTAL 1,5
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(paca). Foram registradas três espécies endêmicas da Mata Atlântica: Juliomys cf pictipes (rato-
do-mato) também considerada rara, Allouata guariba (bugio) e Didelphis aurita (gambá-de-
orelha-preta).
Durante o monitoramento da fauna foi verificada a presença de cachorros domésticos no interior
e no entorno das áreas florestais amostradas, o que pode exercer impacto direto e negativo
sobre as espécies de mamíferos de médio e pequeno porte, através da competição por recursos
ou até mesmo da predação dos animais silvestres. Além disso, foi registrada a presença de
Lepus europaeus (lebre-europeia), uma espécie exótica introduzida, que pode competir por
espaço e alimento com a espécie nativa Sylvilagus brasiliensis (tapeti).
Para o levantamento da herpetofauna foram realizadas amostragens durante dez dias nos
períodos diurno (08:00-12:00), crepuscular (16:00-19:00) e noturno (19:00-21:00). Os métodos
utilizados foram pitfall traps, procura auditiva e visual noturna, levantamento em sítios de
reprodução e transecto linear (extensão de 400 m). Foram registradas ao todo 5 espécies de
anfíbios anuros e nenhuma de réptil na 1ª campanha e 13 espécies de anfíbio e 1 de réptil na 2ª
campanha. As espécies registradas são comuns e com ampla distribuição de ocorrência em
fitofisionomias de Cerrado e Floresta Estacional Semidecidual, sendo que a grande maioria pode
ser encontrada em áreas antropizadas como pastagens e plantações agrícolas. Das espécies
registradas, apenas uma é considerada restrita a ambientes florestais, o Proceratophrys cf boiei
(sapo-de-chifres). Não foram registradas espécies com algum grau de ameaça de extinção.
Para o levantamento da ictiofauna foram utilizadas as metodologias de rede de arrasto, rede de
espera e peneira, todas por 5 dias consecutivos. Nenhum indivíduo capturado necessitou ser
eutanasiado, nem veio a óbito pela captura. Foram contabilizadas 11 espécies de peixes na 1ª
campanha, sendo 6 espécies de interesse comercial para alimentação e piscicultura, e 2
espécies utilizadas na aquariofilia. Na segunda campanha foram encontradas 13 espécies.
Nenhuma espécie encontrada é endêmica ou ameaçada de extinção.
Verificou-se que a diversidade de espécies foi maior na 2ª campanha (úmida) do que na 1ª
campanha (seca). Os resultados das campanhas de fauna indicaram que as comunidades
faunísticas presentes nas áreas mais próximas do empreendimento encontram-se
empobrecidas, visto que a maior parte das espécies registradas para todos os grupos é
característica de ambientes degradados. Contudo, os fragmentos existentes na região se
mostram importante mantenedores das populações da fauna silvestre, representando áreas de
pouso, nidificação e alimentação para muitas espécies da avifauna e áreas transitórias para a
mastofauna de grande porte que tem como área de vida grandes extensões. Para a
herpetofauna e ictiofauna, os locais representam seus habitats permanentes. Assim, o estudo
considerou importante a manutenção destes locais e a implantação de medidas mitigadoras para
a sustentação destes fragmentos.
Segundo o interessado, o principal impacto sobre a fauna está relacionado à perda de habitat,
por meio da supressão e alteração/fragmentação da vegetação, além do aumento dos riscos de
atropelamento e da pressão de caça durante as obras. Como o empreendimento interferirá
diretamente em área de manancial, também foram previstos impactos à fauna aquática, inclusive
pelo risco de contaminação por acidentes com cargas perigosas.
Quanto à biota aquática, são esperados durante as obras impactos nas comunidades de peixes
e fitoplâncton nos cursos d´água que serão interceptados pelo empreendimento, embora estes já
apresentem alterações. O EIA informa que os procedimentos construtivos adotados minimizarão
o prazo e a intensidade dos impactos sobre os corpos d´água, especialmente no que diz respeito
à contaminação acidental e ao aumento de turbidez na água, causados pela obra.
Também foram propostas outras medidas mitigadoras para a fase de obras, como:
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Segundo o levantamento, encontrou-se uma maior riqueza da ictiofauna nos corpos d’água que
serão atravessados pela rodovia, e desse modo os pontos de monitoramento da ictiofauna
deverão ser compatíveis com os pontos de monitoramento do Programa de Monitoramento da
Água. Os resultados das amostragens de ictiofauna e da qualidade da água deverão ser
analisados de forma conjunta.
Quanto ao afugentamento da fauna, o empreendedor deverá apresentar o detalhamento do
Subprograma de Monitoramento da Fauna, incluindo além das ações previstas no EIA: a
avaliação de cada área cuja vegetação será suprimida em relação à proximidade com outros
fragmentos, priorizando o afugentamento em detrimento da captura; técnicas adequadas de
afugentamento e resgate para cada grupo da fauna durante as atividades de supressão de
vegetação e limpeza do terreno, incluindo ninhos e colméias; encaminhamento dos animais para
assistência veterinária na Base Fixa de Apoio e Atendimento à Fauna; veículo apropriado para o
transporte de animais silvestres; e priorização da reintrodução dos espécimes resgatados ou, na
impossibilidade, envio para um Centro de Triagem; e definição das instituições que receberão os
animais e sua capacidade de atendimento.
Entende-se ainda que deverá ser priorizada, sempre que possível, a realização de atividades de
supressão vegetal no período seco para mitigar os impactos à fauna. Do contrário, deverão ser
previstas ações adicionais de mitigação e de destinação de ovos e filhotes, especialmente no
caso da avifauna, tendo em vista que o período chuvoso coincide com o período reprodutivo da
maioria das espécies. Ressalta-se que o Subprograma de Monitoramento da Fauna deverá ser
implementado em todas as áreas de vegetação nativa a serem suprimidas, independentemente
do seu estágio sucessional.
Durante o monitoramento de fauna foi amostrada a espécie exótica invasora Lepus europaeus
(lebre-européia). No caso de resgate de indivíduos de espécie exótica ou híbrido, este não
deverá ser solto novamente na área, devendo ser encaminhado a zoológicos, mantenedouros ou
criadouros científicos.
Antes do início da supressão de vegetação deverá ser apresentada a Autorização emitida pelo
Departamento de Fauna da Secretaria do Meio Ambiente para o manejo, translocação, captura e
transporte da fauna, conforme prevê a Resolução SMA 92/14.
Durante a implantação do empreendimento deverão ser apresentados relatórios quadrimestrais
de acompanhamento do Programa de Monitoramento da Flora e Fauna, e por ocasião da
solicitação da LO deverá ser apresentado relatório final consolidado do Programa com as ações
realizadas e os resultados obtidos.
Os impactos à fauna durante a operação do empreendimento são tratados no item 9.3.6 deste
Parecer.
Exigências
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI
• Apresentar os resultados do levantamento de fauna nos fragmentos na altura dos kms
6+800 e 8+000 da rodovia, para subsidiar o detalhamento do Programa de Monitoramento da
Fauna e Flora, incluindo a comparação com os dados de fauna anteriormente apresentados,
análise crítica e propostas de medidas mitigadoras.
• Apresentar o detalhamento do Subprograma de Monitoramento da Fauna no âmbito do
Programa de Monitoramento da Flora e Fauna, incluindo as atividades de monitoramento para
cada grupo faunístico e ações específicas para espécies da avifauna ameaçadas de extinção,
conforme discutido no item 9.2.8 do Parecer Técnico nº 066/18/IE. Deverão ser definidas as
áreas, espécies alvo, metodologias, esforço amostral, equipe responsável, cronograma da
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comprovar a divulgação das medidas propostas para mitigar os incômodos e dos canais de
comunicação disponíveis para a população manifestar duvidas e reclamações, conforme item
9.1.1 deste Parecer Técnico.
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Avaliação: O EIA/RIMA apresentado pelo interessado e a sua revisão foram encaminhados para
análise do Setor de Atendimento a Emergências – CEEQ da CETESB, que emitiu os Pareceres
Técnicos nº 034/15/CEEQ e 009/2018/CEEQ em 19/06/2015 e 31/01/2018, respectivamente.
Segundo o Parecer Técnico nº 034/15/CEEQ, apesar de algumas observações realizadas, o
setor considerou não haver restrições para a continuidade do licenciamento já que o EIA/RIMA
previa a elaboração de um Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR e Plano de Ação de
Emergências – PAE para a fase de obras e atualização dos planos para a fase de operação,
após finalizada a implantação da Perimetral para a inclusão deste novo segmento rodoviário.
Já conforme o Parecer Técnico nº 009/2018/CEEQ, considerando a interseção do novo projeto
com dois cursos d´água com captação para abastecimento público em até 5 km a jusante das
travessias, faz-se necessária a apresentação de medidas complementares para a proteção dos
recursos hídricos, contendo maiores detalhamentos com relação aos sistemas de proteção que
serão adotados, bem como cronograma e comprovação de instalação.
Deverão também ser implantadas outras medidas preventivas nos trechos críticos da rodovia,
visando a integral gestão preventiva de acidentes e de proteção aos recursos hídricos presentes
ao longo do traçado, e um PGR/PAE para a fase de obras, conforme as diretrizes do CEEQ.
Exigências
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação - LI
• Apresentar um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR e Plano de Ação de
Emergência - PAE para a fase de obras, conforme diretrizes do item 9.3.4. do Parecer Técnico
nº 066/18/IE.
• Apresentar o detalhamento e o cronograma de instalação de sistema de proteção de
recursos hídricos para a contenção de produtos perigosos, considerando a interseção do projeto
com cursos d´água que apresentam captação para abastecimento público a jusante, conforme
disposto no item 9.3.4. do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Operação – LO
• Apresentar atualização do Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR e Plano de Ação
de Emergência – PAE da Concessionária, incluindo o novo segmento viário implantado
(Perimetral de Itatiba) e a duplicação de trecho da Rodovia Luciano Consoline (SP-063), com
base nas diretrizes apresentadas na Decisão de Diretoria – DD nº 070 da CETESB de 12/04/16.
• Comprovar a instalação de sistema de proteção de recursos hídricos para a contenção de
produtos perigosos visando a prevenção de impactos sobre a captação para abastecimento
público, e as demais medidas preventivas adotadas nos trechos considerados críticos para a
proteção dos recursos hídricos presentes ao longo do traçado.
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Em relação aos três pontos mais sensíveis para fauna identificados no EIA, esses foram
considerados adequados para a implantação de passagens de fauna, devendo ser realizados os
seguintes ajustes:
- deslocamento do ponto P2 para o ponto nas coordenadas UTM 23K 314817E/7453890S, para
conectar os dois lados do fragmento que serão separados pela rodovia, mantendo a
conectividade funcional na paisagem. O cercamento nesse ponto deverá considerar os cursos
d’água ao redor (Afluente 6 e 7 do Ribeirão Pinheirinho) para direcionar a fauna da área toda
para a passagem;
- cercamento no ponto P3 proposto até a altura do km 8+100 permitindo a conectividade e a
diminuição dos acessos da fauna silvestre ao empreendimento.
Assim, por ocasião da solicitação de LI deverá ser apresentado o detalhamento do projeto para
implantação das passagens de fauna nos pontos P1 ao P3, considerando os ajustes solicitados
acima e os seguintes aspectos:
• Construção de galerias secas com dimensões não inferiores a 2 metros de preferência
junto às úmidas, possibilitando a transposição da rodovia por animais diversos;
• A travessia seca deverá ser implantada somente em conjunto com galerias úmidas de
abertura igual ou maior do que 2x2 m ou diâmetro de 2 m;
• Todas as galerias (secas e úmidas) deverão ter emboque natural e não devem
apresentar degraus para transposição;
• Implantação de cerca direcionadora em complementação às passagens, conforme a
Norma DNIT 077/2006/ES - “Cerca viva ou de tela para proteção da fauna”. As cercas
deverão ter uma parte enterrada (visando impedir a passagem da fauna escavadora), tela
com altura mínima de 2 metros para cima do solo, malha de menor abertura na parte
rente à superfície (evitando a passagem de fauna de menor porte) e direcionadores nas
extremidades;
• Ações de manutenção e prevenção ao acúmulo de sedimento nas travessias durante as
épocas de chuva;
• Plantio de espécies nativas no entorno das passagens favorecendo a aproximação da
fauna;
• Passadores junto às cercas que possibilitem o acesso da equipe para manutenção e
vistorias.
Por ocasião da solicitação de LO, o empreendedor deverá apresentar um Subprograma de
Monitoramento dos Atropelamentos de Fauna no âmbito do Programa de Gestão Ambiental da
Operação, contemplando no mínimo: propostas de instalação de câmeras, placas indicativas de
fauna silvestre e limitadores físicos e eletrônicos de velocidade nos pontos críticos da rodovia;
equipe técnica responsável; periodicidade das atividades; formas de registros de
atropelamentos, com indicação dos pontos críticos e propostas de medidas mitigadoras;
previsão de coleta e destinação dos animais atropelados vivos e mortos; metodologia de
monitoramento das passagens de fauna. Tais propostas deverão ser baseadas nos resultados
consolidados das campanhas de monitoramento de fauna realizadas antes e durante a
instalação do empreendimento. Também deverão ser incluídas no Subprograma propostas de
ações para treinamentos periódicos da equipe de inspeção com técnicas de reconhecimento/
identificação, afugentamento e resgate da fauna silvestre. Para as ocorrências envolvendo a
fauna e que não ocasionem em óbito deverão ser indicadas as instituições que receberão tais
animais e promoverão sua recuperação, incluindo a comprovação de parceria entre a
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Tabela 17: Medições realizadas nos Receptores Potencialmente Críticos - RPCs em 03/02/2015
Padrão
Nível de ruído
Ponto Padrão em efetivamente
Localização ambiente
(RPC) dB(A) adotado
medido dB(A)
dB(A)
Rod. Alkindar Monteiro Junqueira – interior
01 60 39,0 60
da Fazenda Chapéu do Sol – área resid.rural
Rod. Alkindar Monteiro Junqueira – interior
02 60 37,6 60
da Fazenda Chapéu do Sol – área resid.rural
Rod. Alkindar Monteiro Junqueira – Chácara
03 60 34,0 60
Fazendinha - área rural/adens.de chácaras
Rod. Alkindar Monteiro Junqueira – gleba do
04 60 36,2 60
Cond. San Diego - área rural/adens.chácaras
Fonte: adaptado da Ficha de Avaliação de Níveis de Ruído nº 007/2015/IPAR de 25/02/2015
Tabela 18: Medições realizadas nos Receptores Potencialmente Críticos - RPCs em 14/12/2017
Padrão
Nível de ruído
Ponto Padrão em efetivamente
Localização ambiente
(RPC) dB(A) adotado
medido dB(A)
dB(A)
05N Km 6+000 da futura Perimetral 60 49,6 60
06N Rua Mário Vitelo 275 – Pq São Francisco 63 50,5 63
Esquina da Av. Marginal com Travessa
07N 60 60,2 60,2
Benedito de Lima Marassato
SP 063 km 23+400, sentido Bragança
08N 65 71,9 71,9
Paulista - Itatiba
Av. Aparecida Gonçalves 1, esquina com R.
09N 65 56,8 65
Virginia B. Tognolli - sentido Itatiba-Bragança
Fonte: adaptado da Ficha de Avaliação de Níveis de Ruído nº 021/2017/IPAR de 15/12/2017 e Parecer Técnico nº
012/2018/IPAR de 21/02/2018, onde N = novo traçado proposto
O interessado observou que os Pontos 1 a 6 estão localizados próximos à Perimetral e os
Pontos 7 a 9 próximos à via existente SP-063.
Avaliação: O Relatório de Avaliação de Ruído Ambiental apresentado pelo interessado, após a
campanha de medições de níveis de ruído realizada em 03/02/2015, foi analisado pelo Setor de
Avaliação Ambiental de Ruídos e Vibrações, que emitiu o Parecer Técnico nº 128/2015/IPAR em
28/07/2015. O Setor observou que conforme a DD nº 389/2010/P, o padrão adotado para “Via de
tráfego Nova” é de 60 dB(A).
Considerando que o empreendimento se trata basicamente de implantação de novo viário, foi
solicitada a apresentação de “Estudo de Previsão de Níveis de Ruído” com a operação da
Perimetral, conforme solicitado no Termo de Referência para a elaboração do EIA/RIMA.
Em dezembro de 2017, o interessado e o setor IPAR trocaram informações sobre o Estudo de
Previsão de Níveis de Ruído que havia sido iniciado para o traçado original da Perimetral, para
verificação da metodologia adotada e adequação para o novo traçado.
Em 16/12/2017, a Concessionária apresentou o “Relatório de Simulação Computacional”,
contemplando Estudo de Previsão de Níveis de Ruído com a Perimetral em operação, indicando
que nos pontos P01 e P08N haverá aumento dos níveis de ruído acima dos padrões
estabelecidos. O empreendedor propôs a implantação de barreira acústica de 4 m de altura nos
respectivos trechos e apresentou um novo Estudo de Previsão de Níveis de Ruído considerando
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a implantação dessas barreiras, para comprovar a eficácia das mesmas. Os novos resultados
demonstraram a conformidade com os padrões estabelecidos pela legislação vigente.
Em 21/02/2018, por meio do Parecer Técnico nº 012/2018/IPAR, o Setor de Avaliação Ambiental
de Ruídos e Vibrações concluiu não haver óbices, no que se refere aos níveis de ruído, para a
emissão da LP.
No entanto, apesar do Estudo de Previsão de Níveis de Ruído com a Perimetral em operação e
com a instalação das barreiras propostas não indicar ultrapassagem dos padrões, comparando
os resultados do estudo de previsão com os níveis de ruído ambiente - Lra medidos (níveis
existentes antes da implantação da Perimetral), verificou-se que nos pontos P01, P02, P03, P04
e P07N haverá aumento significativo, acima de 10 dB(A), nos níveis de ruído da região avaliada.
Estes aumentos de níveis de ruído não são impeditivos para a continuidade do licenciamento,
pois atendem aos padrões estabelecidos pela DD nº 389/2010/P. Entretanto, de acordo com o
Parecer Técnico nº 012/2018/IPAR, o empreendedor deverá apresentar, por ocasião da
solicitação de LI, propostas de implantação de medidas mitigadoras para reduzir os níveis de
ruído nesses pontos.
Durante a operação do empreendimento, no âmbito do 1º relatório anual de acompanhamento
do Programa de Gestão Ambiental da Operação, deverão ser apresentados os resultados da 2ª
campanha de medição de níveis de ruído, em conformidade com o "Procedimento para Medição
de Níveis de Ruído em Sistemas Lineares de Transportes" (Decisão de Diretoria CETESB nº
100/2009/P de 19/05/09) e com a "Regulamentação de Níveis de Ruído em Sistemas Lineares
de Transportes" (Decisão de Diretoria CETESB n° 389/2010/P de 24/12/10).
Exigências
Por ocasião da solicitação da Licença Ambiental de Instalação – LI
• Apresentar propostas de implantação de medidas mitigadoras para reduzir os níveis de
ruído pela operação da rodovia, nos pontos P01, P02, P03, P04 e P07N, conforme disposto no
item 9.3.7 do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
Durante a operação do empreendimento
• Apresentar, no âmbito do primeiro relatório anual de acompanhamento do Programa de
Gestão Ambiental da Operação, os resultados da 2ª campanha de medição de níveis de ruído,
em conformidade com o "Procedimento para Medição de Níveis de Ruído em Sistemas Lineares
de Transportes" (Decisão de Diretoria CETESB nº 100/2009/P de 19/05/09) e com a
"Regulamentação de Níveis de Ruído em Sistemas Lineares de Transportes" (Decisão de
Diretoria CETESB n° 389/2010/P de 24/12/10).
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(Estação Ecológica de Valinhos) e 7 UCs de Uso Sustentável, com 3 delas inseridas na AII: APA
Municipal de Campinas, APA Bairro da Usina Atibaia e APA Sistema Cantareira. As outras 4
UCs de Uso Sustentável apontadas foram: APA Municipal dos distritos de Souzas e Joaquim
Egídio, APA Estadual de Jundiaí, APA Piracicaba Juqueri-Mirim - área II, e Floresta Estadual
Serra d’Água.
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Engloba medidas de controle que visam evitar cortes ou interferência desnecessários ou não
autorizados. Entre as medidas propostas destacam-se:
• Obtenção da autorização junto ao órgão competente;
• Demarcação das áreas e das árvores isoladas a serem suprimidas;
• Os trabalhos de supressão serão realizados por equipe especialmente treinada composta
por encarregados, operadores de motosserra e ajudantes; e
• Remoção dos cipós, trepadeiras e outras plantas semelhantes antes da derrubada das
árvores e orientação da queda das árvores na direção da área já desmatada.
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O Subprograma visa o monitoramento da qualidade das águas para a verificação das alterações
resultantes das atividades de construção nos cursos d’água.
Diretrizes e atividades propostas:
• Caracterização da situação atual das drenagens que serão afetadas pelo
empreendimento, incluindo os cursos d’água, várzeas e açudes ou reservatórios que já
se mostrem assoreados antes do início das obras;
• Análises quadrimestrais da qualidade da água das drenagens interceptadas, para
acompanhamento dos parâmetros analisados;
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• Propor soluções para monitorar, minimizar e/ou controlar os efeitos negativos decorrentes
dos impactos ambientais gerados e/ou previsíveis ao meio ambiente;
• Planejar ações preventivas para antecipar, prevenir, reduzir ou eliminar possíveis
ocorrências e propor medidas para o atendimento às eventuais emergências ambientais.
• Garantir o atendimento correto e seguro de eventuais emergências ambientais que possam
ocorrer durante as obras, minimizando os danos e garantindo a segurança dos trabalhadores e
terceiros envolvidos no atendimento às emergências.
Metodologia
• Determinação das hipóteses acidentais por meio de Análise Preliminar de Perigos;
• Identificação dos órgãos envolvidos, segundo o tipo de situação;
• Definição da sequência lógica das ações a serem implantadas em cada caso;
• Identificação dos perigos que possam resultar em acidentes (hipóteses acidentais);
• Proposição de ações preventivas e mitigadoras para as hipóteses acidentais;
• Apresentação da estrutura organizacional do plano, com definição das funções, atribuições
e responsabilidades de cada grupo;
• Previsão de programas de treinamento para todos os profissionais envolvidos.
PGR-PAE da Operação
O PGR-PAE da operação foi elaborado sob responsabilidade da Concessionária Rota das
Bandeiras no 2° ano de concessão, e enviado para análise do Setor de Atendimento a
Emergência (CEEQ) da CETESB. No final de 2011, foi aprovado por meio do Ofício 599/11/IE.
Desde então, a concessionária vem executando o conjunto de medidas e procedimentos
técnicos e administrativos definidos no PGR, que têm por objetivo prevenir, reduzir e controlar os
riscos ao homem e ao meio ambiente envolvidos em acidentes resultantes do transporte de
produtos perigosos na malha viária que opera.
Quando estiver finalizada a implantação da Perimetral, esse novo segmento será inserido no
PGR-PAE já aprovado por meio de atualização, instrumento previsto no programa.
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11. CONCLUSÕES
Considerando que:
• se trata de empreendimento de utilidade pública, com benefícios estratégicos para o
sistema de transportes e para a logística do Estado de São Paulo;
• os impactos ambientais do empreendimento poderão ser mitigados com a devida
implementação dos programas ambientais propostos pelo empreendedor e das medidas
indicadas neste Parecer, elaboradas pela equipe técnica da CETESB e outros órgãos
consultados;
entende-se que o empreendimento é ambientalmente viável, desde que atendidas, nas várias
fases do licenciamento ambiental do empreendimento, as exigências elencadas a seguir:
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localizadas fora da faixa de domínio, deverá ser efetuado o cadastramento prévio das
mesmas no Departamento de Avaliação Ambiental de Empreendimentos – IE, nos moldes
da Resolução SMA 30/2000. No caso de áreas de apoio situadas em área urbana, deverá
ser apresentada manifestação da Prefeitura Municipal. Caso sejam instaladas unidades
industriais/usinas de concreto, asfalto, etc. ou outras fontes de poluição no canteiro, deverá
ser solicitado o licenciamento complementar das mesmas na Agência Ambiental da
CETESB.
12. Comprovar atendimento ao disposto no item 9.2.4 do Parecer Técnico nº 66/18/IE referente
à continuidade dos trabalhos de gerenciamento de áreas contaminadas na área de
interesse.
13. Comprovar no detalhamento do projeto do empreendimento a adoção de critérios
ambientais para a redução da supressão de vegetação, especialmente na altura dos km
6+800 e 8+000, conforme discutido nos itens 9.2.6 e 9.2.8 do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
14. Apresentar avaliação sobre a viabilidade dos fragmentos florestais na altura dos km 6+800 e
8+000 da rodovia, em suas frações que não serão suprimidas, incluindo medidas
específicas para sua conservação.
15. Apresentar o detalhamento do Subprograma de Monitoramento da Flora, no âmbito do
Programa de Monitoramento da Flora e Fauna, incluindo: metodologia de trabalho; medidas
mitigadoras que serão tomadas durante a supressão; corte unidirecional da vegetação; corte
de lianas e cipós das árvores próximas ao limite da área a ser suprimida; demarcação prévia
da vegetação a ser suprimida, proteção da vegetação remanescente, acompanhamento por
profissionais habilitados na identificação de espécies da flora, fauna, abrigos e ninhos, e no
resgate e relocação de flora e fauna. Incluir cronograma de atividades compatível com o
cronograma de obras, priorizando os períodos de menor precipitação, e equipe técnica
responsável.
16. Apresentar, no âmbito do Programa de Monitoramento da Flora e Fauna, um Subprograma
de Resgate de Flora detalhado, contemplando no mínimo: procedimentos executivos para o
resgate e relocação de espécies; espécies prioritárias (incluindo epífitas); ações para coleta
de sementes e plântulas; destino que será dado ao material orgânico resultante; uso do
topsoil das áreas suprimidas na recuperação de áreas de apoio ou nos projetos de
restauração florestal relacionados ao cumprimento dos TCRAs; projeto e localização de
viveiros de espera; georreferenciamento e caracterização das áreas de resgate e relocação;
cronograma de atividades e equipe responsável.
17. Obter a Autorização de Supressão de Vegetação e Intervenção em Área de Preservação
Permanente – APP e o respectivo Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental –
TCRA junto ao Departamento de Avaliação Ambiental de Empreendimentos – IE/CETESB.
Para emissão do TCRA, deverá ser apresentado, para análise e aprovação, projeto de
restauração florestal relativo às compensações florestais determinadas em legislação,
seguindo diretrizes do item 9.2.6 do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
18. Apresentar o comprovante do depósito bancário, no valor referente à compensação
ambiental definida na Memória de Cálculo elaborada pela CETESB e aprovada pelo
empreendedor, e a assinatura de um Termo de Compromisso de Compensação Ambiental -
TCCA, conforme estabelecido no Decreto Estadual nº 60.070 de 15/01/14, conforme
indicação da Câmara de Compensação Ambiental – CCA da SMA;
19. Apresentar os resultados do levantamento de fauna nos fragmentos na altura dos kms
6+800 e 8+000 da rodovia, para subsidiar o detalhamento do Programa de Monitoramento
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28. Apresentar o termo de autorização de uso e/ou contrato de servidão administrativa e/ou
documento equivalente para a implantação do empreendimento em áreas de domínio
público.
29. Incluir no Programa de Desapropriação e Relocação da População e Negócios, o
detalhamento das propostas de medidas mitigadoras e compensatórias relativas ao impacto
da desapropriação/afetação de atividades econômicas afetadas, o cadastro atualizado dos
comércios, indústrias, serviço e áreas de produção rural afetadas (proprietários ou não dos
terrenos onde estejam estabelecidos); caracterização socioeconômica; número de
empregos afetados; propostas de áreas para relocação das atividades econômicas
afetadas; parcerias com órgãos de orientação e capacitação para a reestruturação dos
estabelecimentos afetados.
30. Apresentar o cadastro atualizado das infraestruturas (rodovias, adutoras, linhas de
transmissão, dutos etc.) interceptadas pelo traçado, e respectivo mapeamento.
31. Incluir no detalhamento do Subprograma de Gerenciamento de Tráfego das Obras e do
Sistema Viário Local: levantamento dos pontos de acesso e de conexão entre e o bairro
Pinheirinho e entorno; as principais conexões do bairro aos equipamentos sociais e serviços
situados no perímetro urbano; previsão de ações a serem realizadas para o
restabelecimento das conexões interrompidas na fase de construção do empreendimento;
medidas de sinalização de orientação aos usuários; plano de monitoramento de fluxo de
pedestres durante a construção; e realização dos trabalhos por profissionais habilitados.
32. Considerar na elaboração do projeto executivo do empreendimento as recomendações da
Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento da Prefeitura do Município de
Itatiba, conforme Ofício SEPD nº 005/2018 e demais manifestações recebidas em
decorrência da Audiência Pública realizada em 31/01/2018. Apresentar ainda o cronograma
de compatibilidade das obras de duplicação da SP-063 com o das obras de readequação do
trevo de interseção da SP-063 com a SP-065, de responsabilidade do DER-SP.
33. Apresentar um Programa de Gerenciamento de Riscos - PGR e Plano de Ação de
Emergência - PAE para a fase de obras, conforme diretrizes do item 9.3.4. do Parecer
Técnico nº 066/18/IE.
34. Apresentar o detalhamento e o cronograma de instalação de sistema de proteção de
recursos hídricos para a contenção de produtos perigosos, considerando a interseção do
projeto com cursos d´água que apresentam captação para abastecimento público a jusante,
conforme disposto no item 9.3.4. do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
35. Apresentar, para análise e aprovação, os projetos das travessias de fauna para os três
pontos sensíveis identificados e eventuais novos pontos identificados, conforme diretrizes do
item 9.3.6 do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
36. Apresentar propostas de implantação de medidas mitigadoras para reduzir os níveis de
ruído pela operação da rodovia, nos pontos P01, P02, P03, P04 e P07N, conforme disposto
no item 9.3.7 do Parecer Técnico nº 066/18/IE.
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