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O Direito de protecção do menor, tem vindo a assumir cade vez mais atenção por parte do

legislador Moçambicano e todos os protocolos, sobretudo das Nações Unidas e dos


Estados.

Em contrapartida, a problemática fica crescente em torno dos menores e jovens como


resultado de uma geração muito inconsistente e desrespeitadora dos valores inerentes a
convivência em sociedade, e se mostra cada vez mais gritante.

Tratando-se de menores em conflito com a lei, a solução desta problemática passa


efetivamente pela participação de todas as forças da sociedade; sendo que, a necessidade de
educar o menor para o direito é inteiramente dos pais.

O regime jurídico de menoridade encontra-se disperso em vários diplomas legais atendendo


a que na ordem jurídica, a menoridade interna, o conceito de criança é distinto do conceito
de menor, embora não seja excludente, visto que, toda a criança é menor, mas nem todo o
menor é criança.

O legislador moçambicano, pretende traduzir que o sistema vigente em matéria de menores,


deve respeitar e assegurar e efectiva tutela educativa dos menores; pelo que, aqueles que
praticam factos qualificados pela lei como crime, não são punidos uma vez que abaixo de
16 anos, as condições psicobiológicas do menor exigem uma intervenção não consentânea
com o sistema da justiça, dai que a infração deve ser encarada e suportada como
responsabilidade dos pais.

Contudo, deve-se, pois, para todos efeitos, saber que está-se em causa um conflito entre o
comportamento da criança e a lei, concretamente quando se trata de praticas de factos
tipificados na lei como crime.

No caso em concreto, estamos perante um facto criminal idiondo praticado por menores,
mas que, a legislação Moçambicana INIPUTA absolutamente os actos criminais praticados
por menores de 16 anos, conforme consta do código penal no seu artigo 48.

A razão de ser da previsão legal, é a que o legislador entende que, devido a sua tenra idade,
a pessoa ainda não atingiu o necessário discernimento para a prática deste acto. Sem negar
o facto de que, a responsabilidade criminal recai, única e individualmente no agente do
crime.
Disto não resta, senão, considerar que, sendo os agentes do crime menores, os danos por
eles causados, a sua reparação devera ser responsabilizada aos seus pais, ou representantes
legais. Porquanto na maioria de razão a estes, lhes compete prestar todo o cuidado e
educação necessário para que não se envolvam em factos ou actos criminais.

Em prevenção criminal, os menores poderão ser notificados para, perante o Tribunal, na


presença de seus Pais, e do ofendido se arbitrar a devida culpalização, mas, advertindo-se
aos menores para que assumam o dever de nunca mais voltar a praticar actos semelhantes,
devendo, pelo contrario, aderir voluntariamente a uma educação exemplar sob
acompanhamento e direcção efectiva de seus pais, tendo em vista a sua ressocialização na
sociedade.

Assinado

Filomena Rafael Tamele

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