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ENQUADRAMENTO HISTÓRICO
Trofa
Sto. Tirso formada por todos os concelhos dos distritos
Paços Ferreira
Lousada de Viana do Castelo, Braga e Porto; pelos
Am arante
Maia concelhos de Mondim de Basto e Ribeira de
Matosinhos Valongo Pena do distrito de Vila Real; pelos concelhos
Paredes
Porto
Marco
de Castelo de Paiva, Arouca e Vale de
Baião
Penafiel
Cambra e a freguesia de Ossela de Oliveira
G ondom ar
de Azeméis do distrito de Aveiro e pelos
V.N.Gaia Resende
Sub-regiões concelhos de Cinfães e Resende
Cinfães
C.Paiva Amarante (exceptuando a freguesia de Barrô) do distrito
Ave
Basto
de Viseu.
S.M.Feira
Cávado Morfologicamente, a região é delimitada a
Arouca
Cinfães norte pelo rio Minho, a sul pelas serras de
Lima
M onção
Montemuro (1382 m), de São Macário (1053
O.Azem éis
Vale Cam bra 0 10 20 Km
Paiva m), de Arada (1057 m) e do Arestal (1048 m),
Sousa
a poente o Oceano Atlântico e a Leste pelas
FONTE: Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
serras da Peneda (1373 m), do Gerês (1434
Portaria N.º 28/2001 de 16 Janeiro m), da Cabreira (1102 m), do Alvão (1268 m)
e do Marão (1415 m).
Castas de Vinho Verde
Melgaço
M onção
Valença
V.N.Cerveira
A VIDEIRA
Paredes Coura
Arcos Valdevez
O.Azem éis
Vale Cam bra 0 10 20
Km
Raiz – órgão que segura a planta ao solo e através da qual faz a sua alimentação; é também
um órgão de acumulação de reservas; em solos com baixa humidade as raízes aprofundam
o seu desenvolvimento.
Caule – divide-se em tronco (cepa) e ramos.
Ramo – os ramos podem ter um ou mais anos e consoante a sua localização de rebentação
podem distinguir-se: os pâmpanos ou sarmentos ( ramos que rebentam dos gomos da vara
de vinho); os ladrões (ramos que nascem dos gomos localizados nos ramos de madeira
velha); as netas ou antecipadas (ramos nascidos de gomos de formação pronta localizados
nos pâmpanos) . Os ramos apresentam ainda: os nós: parte mais saliente e volumosa,
donde nascem os gomos, as folhas, os cachos e as gavinhas; os entre-nós: parte
compreendida entre dois nós (ex: os da castas alvarinho, avesso e espadeiro são mais
compridos que os da maioria das castas da região.
Folha – responsável pela respiração, transpiração e nutrição (fotossíntese); sua forma e
recorte varia segundo a espécie e variedade.
Flores – estão agrupadas formando um conjunto a que se dá o nome de inflorescência
(cacho).
Fruto – bagos resultantes do desenvolvimento e transformação da flor.
Gomo – pequenos ramos com folhas, gavinhas e flores, num estado rudimentar; são
pequenos armazéns de esboços da rebentação do ano seguinte. A sua formação dá-se no
ano em que aparecem sobre os pâmpanos. Quanto à idade, temos: gomos prontos –
rebentam no ano do seu aparecimento; gomos latentes ou hibernantes: rebentam no ano
seguinte à sua formação; gomos dormentes: ficam mais de um ano por rebentar.
Fisiologia
Choro
O choro designa um escoamento ao nível do corte das podas
que pode durar entre alguns dias até três a quatro semanas e que
ocorre no fim da estação invernal, antes do começo da vegetação.
O choro coincide com o início da actividade do sistema radicular
sob acção da subida da temperatura do solo. A quantidade de
líquido escoado pode atingir os 5 l por cepa e varia de acordo com
o porta-enxertos (assegura alimentação hídrica e mineral), a idade
da cepa e o aumento da temperatura. A interrupção do choro é
provocada pelo desenvolvimento de bactérias que formam uma
massa viscosa que obstruem os vasos do lenho.
O choro não desempenha uma função fisiológica já que não
provoca o enfraquecimento da cepa. Mas pode ter dois
inconvenientes: aumentar a sensibilidade dos gomos, re-hidratados
pelo escoamento, às geadas da Primavera; perturbar a formação
do tecido de soldadura no caso da enxertia no local definitivo.
O Abrolhamento
O abrolhamento ou rebentação é a primeira manifestação de
crescimento da planta e ocorre quando, na Primavera, os gomos
começam a avolumar-se e as escamas protectoras que cobrem os
olhos se afastam surgindo a lanugem. A percentagem de
rebentação dos olhos condiciona o potencial da colheita.
Esta actividade acelera-se no fim de Março ou princípios de
Abril, levando à tumefacção do olho latente, à abertura das
escamas e ao aparecimento da lanugem.
O abrolhamento depende: da temperatura acumulada durante o
Inverno e início da Primavera; da posição do gomo no sarmento e
na cepa; do vigor das cepas; da casta.
A temperatura actua na actividade metabólica (respiração,
fotossíntese, transpiração) e, assim, na velocidade de crescimento.
Entre os 10º C e os 30º C, o crescimento aumenta na razão directa
do aumento da temperatura. O óptimo situa-se entre 25º C e 30º C.
Para lá dos 30-32º C o crescimento abranda e paralisa aos 38º C.
Iniciação Floral
A iniciação inflorescencial (inflorescência e folha) concretiza-se
durante o ciclo precedente desde os gomos da base até à
extremidade. Termina quando o gomo entra em dormência e
recomeça dias depois do abrolhamento.
A diferenciação das flores começa pouco antes do abrolhamento
destacando sucessivamente as pétalas, sépalas, o androceu e o
gineceu.
A temperatura contribuiu positivamente para o metabolismo geral
da cepa, o crescimento dos ramos, a organogénese dos gomos e a
diferenciação e desenvolvimento dos órgãos florais, antes e depois
do abrolhamento. Se a rebentação ocorrer a baixa temperatura o
número de flores é mais elevado e o das inflorescências mais
reduzido do que em condições de temperatura elevada.
A luz é um factor decisivo na iniciação das inflorescências
(Junho-Julho).
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Vingamento e desenvolvimento dos bagos
Após a fecundação, o ovário da flor aumenta progressivamente
Queda
Choro Rebentação
Floração
Pintor Maturação das de tamanho, fazendo o fruto vingar (finais de Junho). O
/Alimpa
Fecundação folhas desenvolvimento dos bagos traduzido pela multiplicação celular dos
Ciclo reprodutor
tecidos do ovário e aumento do volume das células, inicia-se com a
Iniciação floral
polinização e termina com o estado de maturação ou de
Indu- Diferen- Pós- sobrematuração (se a colheita se atrasar).
Dormência
Pós-dormência ção ciação dormência A casta, o clima, a alimentação hídrica, as práticas agrícolas e o
volume das uvas sustentado pela videira, condicionam o volume
Gomos - definição da produção do ano seguinte
final do bago: