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Economia e Legislação Mineral

Atividade
Garimpeira
Legislação Mineral Vigente
Discente: Ana Clara Oliveira Magalhães.
Economia e Legislação Mineral

Sumário

1 Definições 3 Legislação vigente

Atividade Garimpeira vs.


2 4 Estatuto do Garimpeiro
Garimpo ilegal
Economia e Legislação Mineral
1 Garimpo: localidade onde é desenvolvida a
atividade de extração de substâncias minerais
garimpáveis, com aproveitamento imediato do
jazimento mineral, que, por sua natureza, dimensão,
localização e utilização econômica, possam ser
lavradas, independentemente de prévios trabalhos
de pesquisa, segundo critérios técnicos da ANM.

2 Garimpeiro: toda pessoa física de nacionalidade


brasileira que, individualmente ou em forma
Definições associativa, atue diretamente no processo da
extração de substâncias minerais garimpáveis.

3 Minerais garimpáveis: ouro, diamante, cassiterita,


columbita, tantalita, wolframita, nas formas
aluvionar, eluvional e coluvial, scheelita, demais
gemas, rutilo, quartzo, berilo, muscovita,
espodumênio, lepidolita, feldspato, mica e outros,
em tipos de ocorrência que vierem a ser indicados,
a critério da ANM.
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Os primeiros registros de garimpo no Brasil


datam ainda do século XVI. Logo após a
fundação da primeira vila, cartas já eram
enviadas à Coroa portuguesa por colonos e
jesuítas relatando as “itaberabas” —
pedras que brilham, na língua Tupi —,
trazidas pelos indígenas.
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a t iv id a d e d e
o e x e rc íc io da
Hoje, o r re r a p ó s a
s ó p o d e r á oc
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Atividade garimpeira ≠
Garimpo ilegal

Quando o garimpo é ilegal, a atividade costuma ser


realizada em áreas públicas destinadas a fins
incompatíveis com atividades de mineração, como
terras indígenas ou unidades de conservação, ou em
áreas privadas que não pertencem ao garimpeiro.
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Seus impactos são negativos em todos os


aspectos porque é uma atividade ilegal em área
não permitida, incide em desmatamento ilegal e
sem qualquer padrão legal ou de
responsabilidade. Ou seja, não há
comprometimento com o território ou qualquer
lastro legal. É uma atividade predatória.

Deborah Goldemberg
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1 Art. 3º A outorga da permissão de


lavra garimpeira depende de prévio
Lei nº 7.805, de 18 de julho licenciamento ambiental concedido
pelo órgão ambiental competente.
de 1989

Altera o Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de


1967, cria o regime de permissão de lavra
garimpeira, extingue o regime de matrícula, e dá 2 Art. 4 A permissão de lavra garimpeira
outras providências. será outorgada pelo Diretor-Geral da
ANM.
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Art. 5º

A permissão de lavra garimpeira será outorgada a brasileiro, a cooperativa de garimpeiros,


autorizada a funcionar como empresa de mineração, sob as seguintes condições:

I - a permissão vigorará por até 5 (cinco) anos, podendo, a critério da ANM, ser sucessivamente
renovada;
II - o título é pessoal e, mediante anuência da ANM, transmissível a quem satisfizer os requisitos
desta Lei. Quando outorgado a cooperativa de garimpeiros, a transferência dependerá ainda de
autorização expressa da Assembléia Geral;
III - a área permissionada não poderá exceder 50 (cinqüenta) hectares, salvo quando outorgada a
cooperativa de garimpeiros.
Art. 9º São deveres do
permissionário de lavra garimpeira:

extrair somente as substâncias minerais indicadas no título;

comunicar imediatamente a ANM a ocorrência de qualquer outra substância mineral não incluída no título;

executar os trabalhos de mineração com observância das normas técnicas e regulamentares, baixadas pela
ANM e pelo órgão ambiental competente;

evitar o extravio das águas servidas, drenar e tratar as que possam ocasionar danos a terceiros;

compatibilizar os trabalhos de lavra com a proteção do meio ambiente;

apresentar a ANM até o dia 15 de março de cada ano, informações quantitativas da produção e
comercialização, relativas ao ano anterior

responder pelos danos causados a terceiros, resultantes, direta ou indiretamente, dos trabalhos de lavra.
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Art. 17. A realização de trabalhos de pesquisa e lavra em áreas de


conservação dependerá de prévia autorização do órgão ambiental que as
administre.

Art. 18. Os trabalhos de pesquisa ou lavra que causarem danos ao meio


ambiente são passíveis de suspensão temporária ou definitiva, de acordo
com parecer do órgão ambiental competente.

Art. 19. O titular de autorização de pesquisa, de permissão de lavra


garimpeira, de concessão de lavra, de licenciamento ou de manifesto de
mina responde pelos danos causados ao meio ambiente.

Art. 23. A permissão de lavra garimpeira de que trata esta Lei:


a) não se aplica a terras indígenas;
b) quando na faixa de fronteira, além do disposto nesta Lei, fica ainda
sujeita aos critérios e condições que venham a ser estabelecidos
CAPITULO II CAPÍTULO III
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MODALIDADES DIREITOS E DEVERES


Lei nº 11.685, DE TRABALHO DO GARIMPEIRO
de 2 de junho
de 2008
Institui o Estatuto do
Garimpeiro, destinado a CAPÍTULO IV CAPÍTULO V
disciplinar os direitos e
deveres assegurados aos
garimpeiros.

ENTIDADES DE DISPOSIÇÕES
GARIMPEIROS FINAIS
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Art. 4 Os garimpeiros realizarão as


atividades de extração de substâncias
minerais garimpáveis sob as seguintes
modalidades de trabalho:
I - autônomo;
II - em regime de economia familiar;
Modalidades de Trabalho III - individual, com formação de relação de
emprego;
IV - mediante Contrato de Parceria, por
Instrumento Particular registrado em
cartório; e
V - em Cooperativa ou outra forma de
associativismo.
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Direitos do Garimpeiro

1 Art. 5 As cooperativas de garimpeiros terão 2 Art. 9 Fica assegurado ao garimpeiro, em qualquer das
prioridade na obtenção da permissão de lavra modalidades de trabalho, o direito de comercialização
garimpeira nas áreas nas quais estejam atuando, da sua produção diretamente com o consumidor final,
desde que a ocupação tenha ocorrido nos desde que se comprove a titularidade da área de
seguintes casos: origem do minério extraído

I - em áreas consideradas livres, nos termos do


Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967;

II - em áreas requeridas com prioridade, até a


data de 20 de julho de 1989; e 3 Art. 10 A atividade de garimpagem será objeto de
elaboração de políticas públicas pelo Ministério de
III - em áreas onde sejam titulares de permissão Minas e Energia destinadas a promover o seu
de lavra garimpeira. desenvolvimento sustentável.
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1 Art. 12. O garimpeiro, a cooperativa de garimpeiros e a pessoa que


tenha celebrado Contrato de Parceria com garimpeiros, em qualquer
modalidade de trabalho, ficam obrigados a:

I - recuperar as áreas degradadas por suas atividades;


Deveres do
II - atender ao disposto no Código de Mineração no que lhe couber;
e Garimpeiro

III - cumprir a legislação vigente em relação à segurança e à saúde


no trabalho.

2 Art. 13. É proibido o trabalho do menor de 18 (dezoito) anos na


atividade de garimpagem.
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Art. 14. É livre a filiação do garimpeiro a associações,


confederações, sindicatos, cooperativas ou outras formas
associativas, devidamente registradas, conforme
legislação específica.

Art. 15. As cooperativas, legalmente constituídas, titulares


de direitos minerários deverão informar a ANM,
anualmente, a relação dos garimpeiros cooperados,
Entidades de Garimpeiros
exclusivamente para fins de registro.
§ 1o A apresentação intempestiva ou que contenha
informações inverídicas implicará multa de R$ 2.000,00
(dois mil reais), a ser aplicada pela ANM.
§ 2o No caso de reincidência, a multa será aplicada em
dobro, podendo, no caso de não pagamento ou nova
ocorrência, ensejar a caducidade do título.
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Disposições Finais

1 Art. 16. O garimpeiro que tenha Contrato de Parceria com o titular de direito minerário deverá comprovar a
regularidade de sua atividade na área titulada mediante apresentação de cópias autenticadas do contrato e do
respectivo título minerário.

2 Art. 17. Fica o titular de direito minerário obrigado a enviar, anualmente, ao DNPM a relação dos garimpeiros que
atuam em sua área, sob a modalidade de Contrato de Parceria, com as respectivas cópias desses contratos.

3 Art. 18. É instituído o Dia Nacional do Garimpeiro a ser comemorado em 21 de julho.


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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989. Altera o Decreto-Lei nº 227, de 28 de


fevereiro de 1967, cria o regime de permissão de lavra garimpeira, extingue o regime de
matrícula, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 18 de julho de 1989.

BRASIL. Lei nº 11.685, de 2 de junho de 2008. Institui o Estatuto do Garimpeiro e dá


outras providências Diário Oficial da União, Brasília, 2 de junho de 2008.

THOMAS, J. A. O que é garimpo ilegal e quais são os seus impactos. Um Só Planeta,


2022. Disponível em:
<https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2022/04/19/o-que-e-garimpo-
ilegal-e-quais-sao-os-seus-impactos.ghtml>. Acesso em: 30 jul. 2022.
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Obrigada! Tenham um
ótimo dia!

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