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Como filhos espirituais do Pai Eterno,
Como adorar
Presidente Bruce R. McConkie
Do Primeiro Conselho dos Setenta
Conferência Geral, outubro de 1971.
Desejo dar alguns conselhos bastante
claros e afirmativos sobre como adorar o
Senhor. Provavelmente há mais
desinformação e erro neste campo do que
em qualquer outra área do mundo inteiro, e
ainda não há outra coisa tão importante
quanto saber quem e como devemos
adorar.
Quando o Senhor criou os homens e os
colocou na Terra, deu-lhes “mandamentos
para que o amassem e servissem, o único
Deus vivo e verdadeiro, e que ele fosse o
único ser a quem deveriam adorar”. ( D&C
20:19 .)
Jesus confirmou o mais básico de todos os
mandamentos quando disse: “Ao Senhor
teu Deus adorarás, e só a ele servirás”
( Lucas 4:8 ); e o clamor constante de todos
os profetas de todas as épocas é: “Oh, vinde,
vamos adorar e nos curvar: vamos nos
ajoelhar diante do Senhor, nosso
criador. Pois ele é o nosso Deus; e nós
somos povo do seu pasto e ovelhas da sua
mão” ( Sl. 95:6–7 ).
fomos colocados na Terra para ser
provados e testados, para ver se
guardaremos seus mandamentos e faremos
as coisas que nos qualificarão para retornar
à sua presença e ser como ele.
E ele plantou em nossos corações um
desejo instintivo de adorar, buscar a
salvação, amar e servir a um poder ou ser
maior do que nós. A adoração está implícita
na própria existência.
A questão não é se os homens devem
adorar, mas quem ou o que deve ser o
objeto de suas devoções e como eles devem
prestar suas devoções ao Altíssimo
escolhido.
E assim, no poço de Jacó, quando a mulher
samaritana disse a Jesus: “Nossos pais
adoraram neste monte; e dizeis que em
Jerusalém é o lugar onde os homens devem
adorar”, nós o encontramos respondendo:
“Mulher, creia em mim, a hora vem, quando
nem neste monte, nem em Jerusalém
adorareis o Pai.
“Vós adorais não sabeis o quê; sabemos o
que adoramos; e a salvação é dos judeus.
“E vem a hora, e agora é, em que os
verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade; pois o Pai procura
tais para adorá-lo. Pois a tais Deus
prometeu o seu Espírito.
“E importa que os que o adoram o adorem
em espírito e em verdade.” (JST, João 4:22–
26.)
Assim, nosso propósito é adorar o Deus
vivo e verdadeiro e fazê-lo pelo poder do
Espírito e da maneira que ele ordenou. A
adoração aprovada do verdadeiro Deus
leva à salvação; as devoções prestadas a

falsos deuses e que não são fundamentadas
na verdade eterna não carregam tal
garantia.
O conhecimento da verdade é essencial
para a verdadeira adoração. Devemos
aprender que Deus é nosso Pai; que ele é
um personagem exaltado e perfeito em cuja
imagem fomos criados; que ele enviou seu
Filho Amado ao mundo para redimir a
humanidade; que a salvação está em Cristo,
que é a revelação de Deus ao mundo; e que
Cristo e suas leis evangélicas são
conhecidas apenas por revelação dada aos
apóstolos e profetas que o representam na
Terra.
Não há salvação em adorar um deus
falso. Não importa uma partícula quão
sinceramente alguém possa acreditar que
Deus é um bezerro de ouro, ou que ele é um
poder imaterial e incriado que está em
todas as coisas; a adoração de tal ser ou
conceito não tem poder salvador. Os
homens podem acreditar com todas as suas
almas que imagens, poderes ou leis são
Deus, mas nenhuma quantidade de devoção
a esses conceitos jamais dará o poder que
leva à imortalidade e à vida eterna.
Se um homem adora uma vaca ou um
crocodilo, ele pode ganhar qualquer
recompensa por vacas e crocodilos estarem
desmaiando nesta temporada.
Se ele adorar as leis do universo ou as
forças da natureza, sem dúvida a terra
continuará girando, o sol brilhando e as
chuvas caindo sobre justos e injustos.
Mas se ele adorar o Deus vivo e verdadeiro,
em espírito e em verdade, então o Deus
Todo-Poderoso derramará seu Espírito
sobre ele, e ele terá poder para ressuscitar
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os mortos, mover montanhas, hospedar
anjos e andar nas ruas celestiais.
Agora vamos perguntar como devemos
prestar nossas devoções àquele que vive,
governa e é. A chave para a verdadeira
adoração está contida em uma revelação
dada a Joseph Smith em 1833, na qual o
Senhor revelou novamente o testemunho
de um antigo discípulo.
Este registro certifica que Cristo estava “no
princípio” com o Pai; que ele é “o Redentor
deo mundo”, e a luz e a vida dos
homens; que ele “habitou na carne” como
“o Unigênito do Pai”; que em sua
progressão mortal “ele não recebeu da
plenitude no princípio, mas continuou de
graça em graça”; e que finalmente, na
ressurreição, “ele recebeu a plenitude da
glória do Pai; E recebeu todo o poder, tanto
no céu como na terra, e a glória do Pai
estava com ele, porque nele habitava”.
Então o Senhor disse: “Dou-vos estas
palavras para que compreendais e saibais
como adorar e saibais o que adorais, para
que venhais ao Pai em meu nome e, no
devido tempo, recebais de sua plenitude.
“Porque, se guardardes meus
mandamentos, recebereis de sua plenitude
e sereis glorificados em mim como eu sou
no Pai; portanto, eu vos digo, recebereis
graça por graça”. ( D&C 93:7–20 .)
Em outras palavras, a adoração verdadeira
e perfeita consiste em seguir os passos do
Filho de Deus; consiste em guardar os
mandamentos e obedecer à vontade do Pai
a tal ponto que avançamos de graça em
graça até sermos glorificados em Cristo
como ele é em seu Pai. É muito mais do que
oração, sermão e música. É viver, fazer e
obedecer. É imitar a vida do grande
Exemplo.

Com este princípio diante de nós, posso
agora ilustrar algumas das especificidades
daquela adoração divina que agrada àquele
de quem somos?
Adorar o Senhor é segui-lo, buscar sua face,
acreditar em sua doutrina e pensar em seus
pensamentos.
É andar em seus caminhos, ser batizado
como Cristo foi, pregar o evangelho do
reino que saiu de seus lábios, curar os
enfermos e ressuscitar os mortos como ele
fez.
Adorar o Senhor é colocar em primeiro
lugar em nossas vidas as coisas de seu
reino, viver de cada palavra que sai da boca
de Deus, centrar todo o nosso coração em
Cristo e na salvação que vem por causa
dele.
É andar na luz como ele está na luz, fazer as
coisas que ele quer que sejam feitas, fazer o
que ele faria em circunstâncias
semelhantes, ser como ele é.
Adorar o Senhor é andar no Espírito,
elevar-se acima das coisas carnais, refrear
nossas paixões e vencer o mundo.
É pagar nossos dízimos e ofertas, agir como
mordomos sábios no cuidado das coisas
que foram confiadas a nossos cuidados e
usar nossos talentos e meios para a
divulgação da verdade e a edificação de seu
reino.
Adorar o Senhor é casar-se no templo, ter
filhos, ensinar-lhes o evangelho e criá-los
na luz e na verdade.
É aperfeiçoar a unidade familiar, honrar
nosso pai e nossa mãe; é para um homem
amar sua esposa de todo o coração e se
apegar a ela e a mais ninguém.
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Adorar o Senhor é visitar os órfãos e as
viúvas em suas aflições e nos guardar da
corrupção do mundo.
É trabalhar em um projeto de bem-estar,
ministrar aos enfermos, servir em uma
missão, ir como mestre familiar e realizar a
noite familiar.
Adorar o Senhor é estudar o evangelho,
entesourar luz e verdade, ponderar em
nosso coração as coisas de seu reino e
torná-las parte de nossa vida.
É orar com toda a energia de nossas almas,
pregar pelo poder do Espírito, cantar hinos
de louvor e ação de graças.
Adorar é trabalhar, estar ativamente
engajado em uma boa causa, cuidar dos
negócios de nosso Pai, amar e servir nosso
próximo.
É para alimentar os famintos, vestir os nus,
confortar os que choram, sustentar as mãos
que pendem e fortalecer os joelhos fracos.
Adorar o Senhor é defender valentemente a
causa da verdade e da retidão, deixar que
nossa influência para o bem seja sentida
nos campos cívico, cultural, educacional e
governamental e apoiar as leis e princípios
que promovem os interesses do Senhor na
Terra.
Adorar o Senhor é ter bom ânimo, ser
corajoso, ser valente, ter a coragem de
nossas convicções dadas por Deus e manter
a fé.
São dez mil vezes dez mil coisas. É guardar
os mandamentos de Deus. É viver toda a lei
de todo o evangelho.
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Adorar o Senhor é ser como Cristo até

recebermos dele a bendita certeza: “Sereis
como eu”.
Esses são princípios sólidos. Ao ponderá-
los em nossos corações, tenho certeza de
que saberemos cada vez mais sobre sua
veracidade.
A adoração verdadeira e perfeita é, de fato,
o supremo trabalho e propósito do
homem. Queira Deus que possamos
escrever em nossa alma com pena de fogo o
mandamento do Senhor Jesus: “Ao Senhor
teu Deus adorarás, e só a ele servirás”
(Lucas 4:8 ) ; e que possamos de fato e com
viva realidade adorar o Pai em espírito e
em verdade, obtendo assim a paz nesta
vida e a vida eterna no mundo vindouro.
Em nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.