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APRESENTAÇÃO
Nesse sentido, para cada um dos 10 campos que compõem atualmente o Programa de Ação, as
referências estão estruturadas da seguinte forma: intencionalidade, comentários e
exemplos. Isso, para que o profissional possa ser livre diante do manuseio do instrumento,
olhando para sua principal ou suas principais necessidades.
A intencionalidade de cada campo vai deixar claro para que serve aquele campo
especificamente, dentro do Modelo de Gestão que serve de base para o Modelo Pedagógico,
esclarecendo, portanto, que cada um tem sua importância dentro da operacionalização do Plano
de Ação Escolar.
Por sua vez, os exemplos servem para guiar a elaboração do campo e auxiliar em dúvidas que
persistam. Foram levadas em consideração situações a partir, inclusive, dos feedbacks dos Ciclos
de Acompanhamento Formativo ao longo desses anos de implantação do modelo de Escola
Cidadã Integral na rede.
A partir disso, estaremos promovendo o alinhamento que todos desejamos e que é necessário
para entendermos e movimentarmos esse instrumento tão útil e tão importante para as ações
dentro do Modelo de Gestão, que privilegia sempre a sustentabilidade dos resultados pactuados
e alcançados.
Portanto, fiquem à vontade para utilizá-lo da melhor forma possível, dentro dos estudos nas
áreas de conhecimento, dentro das horas de estudo individuais ou mesmo como um instrumento
de consulta constante, sempre que acharem necessário. Ele surge também com essa
intencionalidade de consultoria e sua páginas estão repletas de informações úteis: alguma delas
certamente será de grande relevância para cada um dos que fazem parte dessa grande rede de
Escolas Cidadãs Integrais da Paraíba.
SUMÁRIO
CAMPO 1: INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
INTENCIONALIDADE .................................................................................................................................................. 1
COMENTÁRIOS ........................................................................................................................................................... 1
EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 1
CAMPO 2: INDICADORES E METAS PACTUADAS ................................................................................ 2
INTENCIONALIDADE .................................................................................................................................................. 2
COMENTÁRIOS ........................................................................................................................................................... 2
EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 3
COMENTÁRIOS AOS EXEMPLOS ........................................................................................................................... 3
CAMPO 3: ENFOQUES .......................................................................................................................... 4
INTENCIONALIDADE .................................................................................................................................................. 4
COMENTÁRIOS ........................................................................................................................................................... 4
EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 5
COMENTÁRIOS AOS EXEMPLOS............................................................................................................................ 5
CAMPO 4: AÇÕES E PRAZOS ................................................................................................................. 6
INTENCIONALIDADE .................................................................................................................................................. 6
EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 6
COMENTÁRIOS AOS EXEMPLOS ............................................................................................................................ 7
CAMPO 5: ATRIBUIÇÕES E ATIVIDADES .............................................................................................. 8
INTENCIONALIDADE .................................................................................................................................................. 8
COMENTÁRIOS ........................................................................................................................................................... 8
EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 8
..
CAMPO 6: COMPETÊNCIAS A DESENVOLVER ..................................................................................... 9
INTENCIONALIDADE .................................................................................................................................................. 9
COMENTÁRIOS ........................................................................................................................................................... 9
EXEMPLOS .................................................................................................................................................................. 9
CAMPO 7: ALINHAMENTO ................................................................................................................. 10
INTENCIONALIDADE ............................................................................................................................................... 10
COMENTÁRIOS ......................................................................................................................................................... 10
EXEMPLOS ............................................................................................................................................................... 11
CAMPO 8: SUBSTITUTOS .................................................................................................................... 12
INTENCIONALIDADE ............................................................................................................................................... 12
COMENTÁRIOS ......................................................................................................................................................... 12
EXEMPLOS ................................................................................................................................................................. 12
COMENTÁRIOS
Nesse campo, o profissional deve fazer um breve relato de sua trajetória profissional e do contexto
que ele está atuando, contemplando sua formação acadêmica, experiência profissional e da sua
percepção e expectativas relacionadas à escola e aos Projetos de Vida que ela ajuda a desenvolver.
EXEMPLO
Licenciado em Matemática, atuo na ECI PARAHYBA, lugar onde iniciei meu sacerdócio
docente, há 10 anos, e que também me proporcionou considerável crescimento
profissional. Em sua maioria, o público atendido pela escola tem muita defasagem em
matemática, com destaque para operações básicas, logo, isso me dá informações
importantes para elaborar ações que os ajude nesse sentido. Carrego o sonho de morar
num país onde a Educação seja Prioridade, portanto, um de meus Projetos de Vida é me
manter firme e ocupar espaços decisivos de valorização da educação, sobretudo,
contribuindo com o projeto da ECI Parahyba e, por conseguinte, ser um motivador dos
projetos de vida de meus estudantes.
PRONTO(A) PARA SEGUIR PARA O CAMPO 02: INDICADORES & METAS PACTUADAS?
COMENTÁRIOS
1ª COLUNA 2ª COLUNA 3ª COLUNA
Indicadores do Plano de Ação Indicadores da Minha Área de Atuação Metas
Resgatar do Plano de Ação Reescrever
o indicador Nela serão pactuadas as metas
aqueles indicadores impactados resgatado na 1ª coluna de forma individuais de cada indicador
pela sua atuação para o que demonstre o impacto de constante nas colunas
atingimento das metas. sua atuação individual no anteriores.
indicador, a partir da
indicador que pode ser medido, Papéis e Responsabilidades de Um exemplo prático: se a meta
é central e padronizável*? cada ator. do indicador Média Geral
Escolar é > (maior que) 8,0, eu
É necessário o cuidado, ao criar Lembrar que o "impacto" de que não posso estabelecer como
novos indicadores, de garantir se está tratando necessita de meta de Língua Portuguesa, em
que eles irão satisfazer às passar pelo imprescindível qualquer turma que seja, uma
características mínimas para ser monitoramento, ou seja, caso meta = (igual a) 8,0, pois assim
um indicador e se ele não você não o monitore mas exerça eu estaria me colocando fora do
estaria sendo redundante influência no indicador, não é que foi pactuado no Plano de
aqui que você o trará, mas nos Ação Escolar.
"O importante é observar que campos seguintes de: Enfoque,
CONTINUAMOS COM O CAMPO 02: INDICADORES & METAS PACTUADAS, NA PRÓXIMA PÁGINA
PROFESSOR(A) DE PV :
Cumprimento das aulas de Projeto de Vida do 1ª A 100%
"Cumprimento das aulas de Cumprimento das aulas de Projeto de Vida do 1ª B 100%
Projeto de Vida" Cumprimento das aulas de Projeto de Vida do 1ª C 100%
COORDENADOR(A) PEDAGÓGICO(A):
Monitoramento das aulas de Projeto de
"Cumprimento das aulas de 100%
Vida na escola
Projeto de Vida"
COMENTÁRIOS
Cuidar, pois existe uma linha tênue na diferenciação das ações que nascerão desses enfoques, em
detrimento das atribuições e atividades (algo permanente, e não eventual, ou seja, é um trabalho
que você realiza rotineiramente e que faz parte das suas responsabilidades).
Os enfoques nascem a partir das ESTRATÉGIAS do Plano de Ação, que necessitam de ser
contemplados no Programa de Ação de um profissional que movimenta diretamente os
indicadores referentes às PRIORIDADES, dentro de qualquer das 6 PREMISSAS do Plano de Ação
Escolar, se comportando como pontos de maior destaque que gerarão AÇÕES específicas, fora
do rol daquelas que já são cotidianas (Atribuições e Atividades), de modo a fortalecer e garantir
que as estratégias serão implementadas e, por conseguinte, as metas pactuadas serão atingidas.
Nesse sentido, não vai se encontrar um documento oficial ou no próprio caderno de TGE uma
tabela com enfoques já estabelecidos, pois este depende das estratégias do Plano de Ação Escolar,
que depende de como a Comunidade o concebeu.
ATENÇÃO: VOCÊS IRÃO PERCEBER QUE OS EXEMPLOS DAS AÇÕES A SEGUIR ESTARÃO
DIRETAMENTE LIGADOS AOS ENFOQUES ESTABELECIDOS NOS EXEMPLOS ANTERIORES.
EXEMPLOS
AÇÕES PRAZOS
(SITUAÇÃO 2) Escolher, junto a cada turma de 3ª série, quem irá desempenhar que
06/05/2022
papel no júri e esclarecer os critérios de avaliação da atividade.
AÇÕES
Coordenador(a) de Área
PRAZOS
SOBRE OS PRAZOS:
A) Tomando por base o a situação 1, por exemplo: digamos que o professor se planejou para na
semana de 07/03 a 11/03 iniciar e concluir essa pesquisa, incluindo a escolha de qual será a
técnica a ser aplicada para o objetivo pretendido. Portanto, eu preciso focar em "até que data eu
tenho para a conclusão dessa ação", portanto o prazo "de validade" (que é o que satisfaz à
intencionalidade do campo) é o dia 11/03/2022 e NÃO o período da "fabricação" até a
"validade" da ação.
PRONTO(A) PARA SEGUIR PARA O CAMPO 05: ATRIBUIÇÕES & ATIVIDADES?
COMENTÁRIOS
As Atribuições e Atividades são “a sua missão”, isto é, a sua razão de existir profissional, logo,
espera-se que sejam relacionadas nesse campo as atribuições da função ocupada, incluindo as
práticas do modelo pedagógico com foco no projeto de vida do estudante, em consonância com a
Lei 11.100 de 06 de abril de 2018 (https://bit.ly/34OfxyB).
Todas as informações pertinentes da Lei 11.100/2018 (artigos 8º, 9º, 10 e 11) devem ser trazidas,
todos os incisos devem ser observados nas Atribuições e Atividades, uma vez que não se trata de
um rol exemplificativo, mas taxativo, ou seja, não se trata de escolher dentre as atribuições quais
serão executadas e quais não serão.
Todas devem ser observadas e obedecidas, a partir, é claro, da função exercida. No caso de
Professor de PV, que também elabora um Programa de Ação à parte, ver nas atribuições de
professor desta metodologia de êxito aquilo que lhe compete e elaborar, à luz de sua atuação, as
atribuições e atividades pertinentes.
EXEMPLO
PARA O CAMPO DE GESTOR(A) ou CAF ou CP ou PROFESSOR(A):
COMENTÁRIOS
Conhecimentos e Habilidades: "são necessários para o bom desempenho do seu papel, os quais
você julga ainda não dominar no nível desejado, então requerem ações de FORMAÇÃO ou mesmo
APROFUNDAMENTO" (Caderno de TGE, pp. 76 e 77);
Atitudes: "são fatores relacionados à sua POSTURA e COMPORTAMENTO em que você percebe
oportunidade de melhora" (Caderno de TGE, pág. 77);
Esses dois campos são um grande farol para que a escola dê efetividade à sua formação
continuada e potencialize sobremaneira os estudos nas áreas, se estendendo também como farol
para formalização de parcerias que ajudem a Equipe a crescer naquilo que ainda julga necessário
para desempenhar cada vez melhor o seu papel profissional;
EXEMPLOS
CONHECIMENTOS E HABILIDADES:
1) Aprimoramento de conhecimentos básicos em Excel;
2) Conhecimento de novas Metodologias Ativas que se adequem ao Ensino Remoto;
3) Aprimoramento dos meus conhecimentos na Tecnologia de Gestão Educacional;
4) Aprofundamento nos fundamentos, princípios, metodologias, instrumentos e/ou práticas
aplicadas ao modelo de Escola Cidadã Integral;
5) Aquisição habilidade para análise de indicadores e gráficos aplicados ao monitoramento do
desempenho escolar, dentre outros.
ATITUDES:
1) Melhoramento de minha capacidade de escuta ou exercício da escuta;
2) Controlar mais os ânimos;
3) Ser menos emotivo;
4) Proatividade e agilidade nas entregas, evitando atrasos no fluxo da equipe, dentre outros.
COMENTÁRIOS
É muito importante destacar, pois, aquilo que por vezes não fica claro na Macroestrutura, por não
estar explícito: as reuniões de fluxo também fazem parte dessa organização da comunicação
clara e intencional, logo, nas páginas 100, 101 e 102 das Diretrizes Operacionais 2022 é possível
encontrar um quadro que evidencia outras especificidades de alinhamento, que ficam implícitas na
Macroestrutura. É importante ter clareza disso, para não acontecer de este ser só mais um campo
a ser "burocraticamente" preenchido sem funcionalidade alguma. Pelo contrário, entendida a sua
intencionalidade, a comunicação fica mais clara e cada um consegue ser ainda mais gestor de sua
área de atuação de forma efetiva.
2) CAF:
VERTICAL:
Gestor(a)
Pessoal de Apoio e Administrativo.
HORIZONTAL:
Coordenador(a) Pedagógico(a)
Presidente do Conselho Escolar.
3) CP:
VERTICAL:
Gestor(a)
Coordenadores de Área (BNCC e BT)
Professores da Parte Diversificada (Eletivas, Estudo Orientado, Projeto de Vida, Pós-médio, Avaliação
Semanal, Colabore & Inove).
HORIZONTAL:
CAF.
4) Professores:
VERTICAL:
Coordenador(a) de Área (para BNCC ou BT)
Coordenador(a) Pedagógico(a) (para Parte Diversificada).
HORIZONTAL:
Demais Professores(a) de sua área (para assuntos pertinentes à área de conhecimento)
Demais professores de outras áreas (para assuntos pertinentes à função de professor extra-área e
relacionados à BNCC ou BT)
Demais professores da parte diversificada, no que couber (com professores de outras eletivas, caso
eu seja professor de eletiva; com os professores de EO, caso eu seja professor de EO; e assim por
diante).
5) Professor de PV:
VERTICAL:
Coordenador(a) Pedagógico(a).
HORIZONTAL:
Com outros professores de PV.
VERTICAL:
CP
Professores de sua área (para tratar de BNCC e BT).
HORIZONTAL:
Demais Coordenadores de Área.
PRONTO(A) PARA SEGUIR PARA O CAMPO 08: SUBSTITUTOS?
COMENTÁRIOS
"Nem sempre será possível indicar alguém de mesma habilitação profissional, mas o importante é
que você estabeleça uma rotina de compartilhar com essa pessoa o máximo de informações sobre
o seu trabalho para que ela tome as devidas decisões e providências na sua falta" (Caderno de
TGE, página 75).
Atentar para o fato de que os Substitutos enquanto professor segue uma lógica e enquanto CA,
outra. Alguns CAs colocam outros CAs como seus substitutos, mas é necessário refletir se de fato
isso estaria satisfazendo ao campo em questão e se isso seria possível no estabelecimento da
rotina escolar, uma vez que para determinar os substitutos é necessário que ele compartilhe, por
exemplo, uma rotina dentro da área.
Não seria mais coerente um professor da própria área ser o substituto do CA nos casos
pertinentes?
EXEMPLOS
1) PROFESSOR DE QUÍMICA: João da Silva (Professor de Matemática); Maria de Oliveira (Professora de Língua
Portuguesa); Joana de Sousa (Professora de História).
2) PROFESSOR DE SOCIOLOGIA: Maria Belarmino (Professora de Geografia); Nívea Valéria (Professora de Língua
Inglesa); Luiza de Souza (Professora de Física).
3) GESTOR: Juca de Oliveira (CAF); Maria de Lastro (CP); Josefa Pereira (Secretária Escolar); David Giovani
(Presidente do Conselho Escolar).
4) CAF: Silvio Borges (Gestor); Maria de Lastro (CP); Josefa Pereira (Secretária Escolar);
5) CP: Silvio Borges (Gestor); Juca de Oliveira (CAF); Joana de Sousa (CA de Humanas).
COMENTÁRIOS
"Uma vez identificados antecipadamente como “gargalos” na consecução das metas estabelecidas, será
possível originar ações preventivas (bem como os recursos requeridos). Logo, "os possíveis fatores críticos
deverão ser elencados, enquanto uma estratégia de equacionamento deverá ser direcionada para cada um
deles" (Caderno de TGE, pp. 75 e 76).
Desse modo, esse pode até vir a ser um fator crítico em algum momento se, e somente se, estiver
impactando direta e criticamente na sua atuação individual. Da mesma forma, é necessário refletir e
diferenciar sobre o que é fator crítico enquanto Professor e enquanto CA (isso, para os que exercem as
duas funções)
É necessário, também, atentar para a circunstância, por exemplo: nesse período de Educação Remota, faz
sentido elencar como um fator crítico a "falta de data shows na escola"? ou "salas de aula muito quentes?".
Certo é que em algum momento isso poderá vir a ser um fator crítico de apoio, mas elenca-lo fora de seu
uso atual pode tornar o instrumento fora da realidade com a qual se lida.
EXEMPLOS
1) NO ENSINO PRESENCIAL: Estrutura física das salas de aula comprometem o uso de metodologias
ativas, como a divisão em grupos de estudantes (ficam muito próximos e o barulho pode atrapalhar);
2) EM QUALQUER MODALIDADE (PRESENCIAL OU REMOTA): Pouco domínio relacionado à Tecnologia
da Informação (que também pode estar nos "Conhecimentos e Habilidades");
3) NO ENSINO REMOTO: Má qualidade do ou nenhum acesso à internet por cerca de 30% dos
estudantes;
4) EM QUALQUER MODALIDADE (PRESENCIAL OU REMOTA): Pouca ou nenhuma disponibilidade de
acervo paradidático para aulas de Literatura;
5) NO ENSINO PRESENCIAL: Falta de equipamentos, insumos do laboratório de Ciências (só tem o
espaço físico), dentre outros;
COMENTÁRIOS
RECURSOS RECEBIDOS/A RECEBER DESPESAS
Alimentação (almoço,
PAAE (Estadual) lanche) - 1º repasse - A R$ 45.000,00 MAR/2021
RECEBER
Alimentação (merenda) -
PNAE (Federal) 1º repasse - RECEBIDO R$ 12.000,00 MAR/2021
Material expediente,
PDDE (Estadual) limpeza - Repasse único - R$ 1.500,00 MAI/2021
RECEBIDO
Material expediente,
PDDE (Federal) serviços - 1º repasse - A R$ 3.300,00 MAI/2021
RECEBER
EXEMPLOS DESPESAS
GRUPO RUBRICA VALOR MÊS/ANO
APONTAMENTOS ÚTEIS
Antes de mais nada, é necessário nos acercarmos de alguns pontos e entendermos a importância
desse instrumento, isso mesmo, instrumento e NÃO documento. Por definição, um
instrumento é "objeto simples ou constituído por várias peças, que serve para executar um
trabalho, fazer uma medição ou observação etc.". Por sua vez, um documento se define a partir
de um "texto ou qualquer objeto que se colige como prova de autenticidade de um fato e que
constitui elemento de informação". Por isso, o Programa de Ação é um instrumento e NÃO
um documento burocrático.
É nesse sentido que o caderno de formação de Tecnologia de Gestão Educacional (ICE, 2019) traz,
na página 53, a definição desse como sendo um "instrumento operacional individual que trata
dos meios e processos e que desdobram as estratégias traçadas no Plano de Ação em ações no
chão da escola" e, portanto, enquanto ele não é entendido tal como foi concebido para ser, ele
não será tratado com a adequação devida e sempre será encarado como um "documento
burocrático" desnecessário e já vimos que NÃO é.
Logo, afirma-se que é por meio deste instrumento operacional que será possível fazer acontecer,
colocar em prática as estratégias estabelecidas no Plano de Ação Escolar, a fim de que as metas
pactuadas sejam alcançadas se, e somente se, as ações forem executadas a partir de uma
organização e uma sistematicidade necessárias e indispensáveis. Essa organização e essa
sistematicidade é que dão condições de acompanhamento pleno e de monitoramento assertivo
de indicadores para a realização de toda a Melhoria Contínua que caberá no processo de
execução das ações planejadas, entendendo que não se alcança um resultado potente da noite
pro dia. Os grandes resultados são construídos ao passo em que a Melhoria Contínua é
bem administrada no processo.
ELABORAR PROGRAMA DE AÇÃO é atribuição bem definida no escopo da Lei 11.100/2018, que
deixa claro que o mesmo deve ser orientado pelo Gestor Escolar (seguindo as devidas
substituições, na ausência deste). Importante sempre lembrar que, se o Programa de Ação
operacionaliza o Plano de Ação Escolar (que também pode ser entendido como Projeto de Vida
da Comunidade Escolar), a ausência desse instrumento elaborado deixa o Plano sem
operacionalização e, portanto, deixa o Projeto Escolar "sem vida". Portanto, é necessário sempre
observar o seguinte:
a) Dentro do Ciclo PDCA, a elaboração do Programa de Ação é exatamente a etapa "P" (planejar)
desse ciclo. Ou seja, quando se inicia a execução de ações dentro de um referido bimestre
(processo) sem que o Programa de Ação não tenha sido elaborado ou atualizado para o bimestre
que já está em curso, é como se a etapa de "D" (execução) das ações do bimestre atropelasse a
etapa "P" que é a 1ª do PDCA;
Sendo assim, se não foram elaborados os Programas de Ação do 2º Bimestre (no que cabe
atualizar), por exemplo: o que está norteando as ações que estão sendo executadas? ou será que
não foram iniciadas ainda? Se não foram iniciadas, como recuperar esse tempo transcorrido no
bimestre? Se já foram iniciadas, onde estão registradas as ações planejadas? Em outro
instrumento? E a organização sistemática que o instrumento objetiva, como fica?
c) Por sua vez, a melhoria contínua não estando garantida, também não estarão garantidos os
resultados que se espera. Logo, o Projeto de Vida Escolar (Plano de Ação) não se realizará, pois
não houve movimentação intencional, tampouco, acompanhamento, monitoramento e
consolidação imprescindíveis.
d) Por fim, o instrumento com abas bimestrais foi pensado (após PDCAs), justamente, para a
maior efetivação das estratégias traçadas no Plano de Ação Escola (o Projeto de Vida da Equipe
Escolar), a partir do perfeito movimento do PROCESSO para se chegar na construção do melhor
RESULTADO, aquele esperado e pactuado por toda a equipe escolar. À cada bimestre pertence o
seu respectivo planejamento, isso, também alinhado ao que diz a Lei 11.100/2018 a esse
respeito, quando trata da elaboração ANUAL do instrumento Programa de Ação e de sua
ATUALIZAÇÃO periódica (para o início de cada bimestre).
REFLEXÃO: No fim, gastou-se energia em ações, pois temos de reconhecer que as equipes não
param um instante sequer de trabalhar, mas sem foco na realização do sonho escolar, traduzidos
nas metas do Plano de Ação, tornando-se em resultados abaixo daquilo esperado e cujo tempo já
não será mais suficiente para fazer ajustes potentes, conforme propõe o Ciclo de Melhoria
Contínua.
PROGRAMA DE AÇÃO E CICLO VIRTUOSO: é necessário que haja entendimento e que este seja
operacionalizado através de atitudes, ficando claro que há investimento público no modelo para
o consecução dos resultados, com vistas à construção do projeto de vida dos estudantes, a partir
do alcance das metas pactuadas no Plano de Ação escolar, garantindo satisfação na Comunidade,
e essa dando indicativos de novos investimentos, recomeçando o ciclo.
É muito importante sempre lembrar que o Programa de Ação é um instrumento operacional que
dá movimentação ao Plano de Ação. Portanto, tudo no Programa de Ação necessita de dialogar
com o Pano de Ação. Logo, os indicadores que são trazidos para os Programas de Ação, a partir
de todas as reflexões trazidas nas páginas 2 e 3 deste instrumento de referências, necessitam de
nascerem no Plano de Ação Escolar.
Acontece que, em alguns casos, foram encontrados indicadores nos Programas de Ação de
algumas equipes que não constavam em seus respectivos Planos de Ação. Nesse sentido,
necessitamos de fazer uma reflexão: Ao se ver diante da necessidade de criar novos indicadores,
sem os devidos cuidados para não ferir sua intencionalidade, eles foram pensados à luz das três
características mínimas para ser um indicador?
3) Padronização: todos precisam ter uma visão conjunta, caminhar e desenvolver seu trabalho a
partir de um referencial sólido que permita a execução de atividades e ações articuladas em
busca do alcance das metas. (Exemplo: Um indicador de “Média Geral das Escolas”, tem sua meta
como um número >8,0 e não o percentual de Médias acima de 8,0. Todos precisam estar no
mesmo padrão, ou seja, se no Plano de Ação será monitorada uma média das médias e algum
professor monitora, a partir de seu Programa de Ação, o percentual de médias maiores que 8,0,
isso irá impedirá de a consolidação dos resultados acontecer, devido à fuga do padrão
estabelecido).
Outra questão importante se levanta: Se eles são movimentados nos Programas e não constam
no Plano de Ação, onde serão consolidados e com que finalidade?
Portanto, se há uma necessidade comprovada de se criar novos indicadores, além daqueles que
já constam no Plano de Ação, que estão ligados a prioridades específicas, dentro de pontos de
partida (premissas) claramente estabelecidas e com objetivos bem definidos, então as
características mínimas para ser um INDICADOR necessitam de serem respeitadas e os referidos
indicadores necessitam de nascer, antes, no Plano de Ação Escolar.