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 ESTUDO DE CASO

Um gestor temperamental...
Aluno: Carlos Augusto Guimarães

Autor(a): Sonia Jordão*

Imagine que uma empresa contrate um novo gestor na área comercial com a expectativa de que as
vendas aumentem. No início do trabalho, até parece que isso vai acontecer, mas, com o passar do tempo,
os resultados alcançados ficam cada dia mais distantes das metas. Mesmo o gestor sendo um
profissional com um excelente currículo, comprometido, trabalhador e responsável, infelizmente, tudo isso
não é suficiente: é preciso atingir as metas.

Mas por que será que o gestor, ainda que bem qualificado, não conseguiu atingir as metas? Ele não sabe.
E quando é demitido tem uma sensação terrível, mas mesmo assim tenta não se sentir um fracassado.
Acredita que bons profissionais não ficam desempregados e é consciente de seu valor e de seu potencial.
Por isso, prepara-se para procurar um novo emprego. Atualiza seu currículo, envia para diversas
empresas e o cadastra em alguns sites.

Quando é chamado para alguma entrevista busca conhecer a empresa para se sentir mais preparado.
Pensa que não ter conseguido bons resultados não é motivo para desanimar. Porém, está consciente que
se não der certo dessa vez, sua carreira correrá sérios riscos.

Consegue uma vaga na área comercial e, após alguns meses, aumenta as vendas significativamente.
Procura defender os interesses da Empresa onde trabalha, para que tenha lucratividade, mas também
consegue defender os interesses dos clientes junto a Empresa. É muito bom negociador e tem a empatia
como ponto forte de suas características. 

Depois de um tempo na empresa, recebe uma reclamação de seu principal cliente. Verifica o que
aconteceu e descobre que a reclamação procede: o setor de produção cometeu um erro. Resolve ir até a
produção para informar o que havia ocorrido e preparar o pessoal para que corrijam o problema. Chama
algumas pessoas da equipe de produção para discutirem a melhor solução e, à medida que explica o que
aconteceu, aumenta seu nervosismo. Não consegue entender como cometeram aquele erro, e justamente
com seu principal cliente. Sem conseguir dominar seus sentimentos, quando menos se espera grita com o
funcionário que ele acredita ter cometido o erro. Depois de dizer tudo que acha ser importante, acalma-se
um pouco e volta para suas atividades.

Quando explode, o gestor temperamental acredita que está com a razão e não percebe que sua forma de
falar magoa as pessoas. Em alguns casos, ele briga com pessoas que são peça-chave na Empresa,
funcionários daqueles que são difíceis encontrar outro com tamanha competência. Um daqueles que é
preciso fazer de tudo para não perdê-lo.

O pior da atitude do gestor é que, quando o funcionário comete algum erro, ele chama a atenção do
profissional na frente de seus colegas e de uma forma que nem lhe permite se justificar. Aí, por medo de
errar e ser chamado a atenção novamente, o profissional deixa também de tomar novas atitudes, tentar
inovar. Isso porque sabe que se cometer qualquer erro, acabará vendo uma explosão do gestor e se
recebe uma repreensão sente-se arrasado.
A alta direção toma conhecimento do acontecido e como acreditam que é possível conseguir resultados
positivos sem impor nada, mostra ao gestor que ele não está agindo de acordo com os valores da
organização. Avisam que mesmo vendendo muito, isso não é suficiente para o gestor permanecer na
empresa. Resolvem, então, lhe dar uma última oportunidade.

O gestor pensa: o que fazer? Sem resultados é demitido. Com resultados também corre o risco de ser
demitido mais uma vez...
Ao analisar bem o problema descobre que atualmente a liderança na base do “comando e controle” não
obtém o mesmo resultado de há alguns anos atrás.

Seus pensamentos se articulam e se refletem nas seguintes questões:

1. Quando o líder comete um erro deve ou não pedir perdão? O reconhecimento do erro ajuda na
recuperação da dignidade e na mudança de atitude?
Um líder deve ser sempre exemplo para seus colaboradores, mostrando todos os valores éticos
presentes na empresa e na forma coletiva dentro da instituição. Logo ele deve sim pedir perdão
pelo erro cometido reconhecendo onde errou e mostrando aos colaboradores um pouco de
humildade e caráter, conseguindo assim ganhar mais a confiança da equipe, mostrando que no
erro as pessoas podem crescer e ter uma atitude louvável de reconhecê-lo, causando um
impacto na vida do chefe e do colaborador.
2. Quem pretende ser um vencedor na vida, como deve encarar seus erros?
Infelizmente não somos preparados profissionalmente para o “erro”, o erro faz parte da vida do
profissional, o “pulo do gato” está em saber usar esse erro para seu crescimento, de uma forma
construtiva saber lapidar essa etapa é essencial na vida não só do profissional, mas, na vida
pessoal e cada pessoa, buscando soluções/alternativas para que isso não possa ocorrer
novamente, pois as consequências podem ser muito grandes.
3. Os erros dos subordinados justificam o erro do líder?
No meu ponto de vista não, o líder deve saber identificar o erro e de uma forma respeitosa e
profissional mostrar como não errar. No texto ser grosseiro ou envergonhar um profissional na
frente de sua equipe não apenas deixa uma mágoa pessoal como evidencia o descontentamento
de todos os colaboradores, levando-os a perder a confiança de liderança no chefe e colando em
risco todo o trabalho do setor. Uma solução é chamar o colaborador em uma sala e conversar
com ele, mostrar o erro e apresentar o correto, mostrando confiança e dando autonomia para
que ele possa fazer novamente e da forma correta, isso mostra que você é um líder e irá ganhar
a confiança do seu funcionário.
4. Como evitar a reação por impulso e refletir sobre a solução mais adequada, com a cabeça fria?
Quando se trata de um erro é uma coisa bem difícil, porém, um líder deve saber se controlar e
analisar tudo ao seu redor – até mesmo suas reações por impulso –, pois essas atitudes
demonstram muito sobre o controle emocional de um líder em situações desfavoráveis. Assim, o
correto é deixar a poeira sentar-se, ter calma, pensar muito antes de agir e tomar uma atitude,
assim uma conversa com os nervos acalmados irá ser bem-sucedida. Já se agir por impulso de
forma emocional na hora da raiva poderá agravar a situação e ter danos difíceis de serem
reparados dentro do ambiente profissional.
5. Como motivar os subordinados? Como prestigiá-los e desafiá-los?
Quem não gosta de ser prestigiado, valorizado, reconhecido no ambiente de trabalho? Pois bem,
isso também é uma forma de reconhecimento dentro de uma empresa ou por um líder, a
motivação é importante dentro de um ambiente profissional, mostrar o reconhecimento e ainda
presentear o colaborador por sua competência é um diferencial dentro das instituições. Hoje,
existem várias formas de reconhecimento e motivação dentro das empresas, dar participação
nos lucros da empresa, presentear com viagens por seus esforços, porém, nunca deixar de
estabelecer que para essas conquistas o colaborador deve atingir suas metas, ser eficiente,
prestativo e ajudar é claro, a empresa a crescer.
6. Como corrigir os erros dos subordinados?
Um líder tem que estar bem-preparado para lidar com todas as situações, e corrigir seus
colaboradores é uma delas, porém, algumas pessoas tem uma barreira para saber aceitar a ser
corrigido e por outro lado alguns lideres não sabem corrigir seus funcionários, contudo deve ser
mostrado ao colaborador onde errou, como errou de uma forma que ele perceba e facilite
posteriormente as formas de resolver esse problema, assim ele irá assimilar melhor as
explicações do chefe. Se isso continuar acontecendo cabe ao líder tentar remanejar esse
funcionário para uma outra área onde o mesmo possa se encaixar melhor e fazer suas
atividades, para minimizar os erros dentro da empresa.

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