Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões de toneladas de
garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e formam um
amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre - mas que pode virar
uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma
ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a uma cidade como Manaus) e capacidade
para 500 mil habitantes. Ela teria casas, lojas, praias, áreas de lazer e plantações - tudo apoiado numa
base de plástico flutuante. Seus criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente,
produzindo a própria comida e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A princípio,
tudo será feito com o lixo que encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante
seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem ameaçar
a estabilidade da ilha). O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para
começar - ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não é economicamente
rentável. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser humano", diz
Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse empreendimento
continua boiando.
A matemática da perda de peso é simples. O consumo de calorias deve ser inferior ao total de energia
gasta pelo organismo. Nos últimos cinco anos, porém, uma série de estudos vem demonstrando que
um terceiro fator deve ser incluído na equação do emagrecimento - o sono. Como a má alimentação e
o sedentarismo, uma sucessão de noites mal dormidas pode condenar ao fracasso qualquer luta contra
a balança.
A pesquisa mais recente e uma das mais intrigantes sobre o assunto foi publicada na revista
científica americana Annals of Internal Medicine. Conduzida por médicos da Universidade de Chicago,
ela demonstrou que, em períodos de pouco sono, a queima de gordura corporal é 55% menor e a perda
de massa magra, 60% maior.
"Perder massa magra significa perder músculos, e isso é ruim porque leva à desaceleração do
metabolismo e faz com que a pessoa ganhe peso com mais facilidade", diz o endocrinologista Walmir
Coutinho, presidente eleito da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade. Em outras
palavras: dormir pouco favorece o efeito sanfona, a grande questão de quem tenta se livrar dos quilos
em excesso.
9. No trecho "... e isso é ruim..." (linha 11), a palavra destacada refere-se à expressão
“Aquilo que não me destrói me fortalece”, ensinava o filósofo Friedrich Wilhelm Nietzsche. Este
poderia ser o mote dos resilientes, aquelas pessoas que, além de pacientes, são determinadas,
ousadas flexíveis diante dos embates da vida e, sobretudo, capazes de aceitar os próprios erros e
aprender com
eles.
Sob a tirania implacável do relógio, nosso dia a dia exige grande desgaste de energia, muita
competência e um número cada vez maior de habilidades. Sobreviver é tarefa difícil e complexa,
sobretudo nos grandes centros urbanos, onde vivemos correndo de um lado para outro, sobressaltados
e estressados. Vivemos como aqueles malabaristas de circo que, ofegantes, fazem girar vários pratos
simultaneamente, correndo de lá para cá, impulsionando-os mais uma vez para que recuperem o
movimento e não caiam ao chão.
O capitalismo, por seu lado, modelo econômico dominante em nossa cultura, sem nenhuma
cerimônia empurra o cidadão para o consumo desnecessário, quer ele queira ou não. A propaganda
veiculada em todas as mídias é um verdadeiro “canto da sereia”; suas melodias repetem continuamente
o refrão: “comprar, comprar, comprar”.
Juntam-se a isso o trânsito caótico, a saraivada cotidiana de más notícias estampadas nas
manchetes e as várias decepções que aparecem no dia a dia, e pronto: como consequência, ficamos
frágeis, repetitivos, desesperançados e perdemos muita energia vital.
Se de um lado a tecnologia parece estar a nosso favor, pois cada vez mais encurta distâncias e
agiliza a informação, de outro ela acelerou o ritmo da vida e nos tornou reféns de seus inúmeros e
reluzentes aparatos que se renovam continuamente. E assim ficamos brigando contra o... tempo!
KAWALL, Tereza. Revista Planeta, Fevereiro de 2010, Ano 38, Edição 449, p. 60-61. Fragmento.
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo
bovino, é acusada de contribuir para a degradação do ambiente e para o aquecimento global. Cientistas atribuem
ao 1,4 bilhão de cabeças de gado existentes no mundo quase metade das emissões de metano, um dos gases
causadores do efeito estufa. Acusam-se as chifrudas de beber água demais e ocupar um espaço precioso para
a agricultura.
O truísmo inconveniente é que homem e vaca são unha e carne. [...] Imaginar o mundo sem vacas é como
desejar um planeta livre dos homens – uma ideia, aliás, vista com simpatia por ambientalistas menos
esperançosos quanto à nossa espécie. “Alterar radicalmente o papel dos bovinos no nosso cotidiano, subtraindo-
lhes a importância econômica, pode levá-los à extinção e colocar em jogo um recurso que está na base da
construção da humanidade e, por que não, de seu futuro”, diz o veterinário José Fernando Garcia, da
Universidade Estadual Paulista em Araçatuba. [...]
A vaca tem um papel econômico crucial até onde é considerada animal sagrado. Na Índia, metade da
energia doméstica vem da queima de esterco. O líder indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), que, como todo
hindu, não comia carne bovina, escreveu: “A mãe vaca, depois de morta, é tão útil quanto viva”. Nos Estados
Unidos, as bases da superpotência foram estabelecidas quando a conquista do Oeste foi dada por encerrada,
em 1890, fazendo surgir nas Grandes Planícies americanas o maior rebanho bovino do mundo de então. “Esse
estoque permitiu que a carne se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína para as massas,
principalmente na forma de hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um bom bife é uma aspiração
natural e cultural. Ou seja, nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser onívora.
Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
11. No trecho “...subtraindo-lhes a importância...” o pronome destacado retoma o termo
A) ambientalistas.
B) bovinos.
C) cientistas.
D) homens.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SALITRE-CE
AULÃO 2019 – 9° ano – Língua Portuguesa
Mediadoras: Verônica Aguiar e Cláudia Modesto
TEMA: Voe com os descritores e realize seus desejos com o Alladin!
Leia
Cavalinha: planta boa para recuperar os minerais perdidos
Cavalinha é uma planta medicinal de uso muito antigo – botanicamente esta planta é
conhecida como Equisetum arvense e, em cada região, tem um nome interessante: rabo-
de-cavalo, cola-de-cavalo, milho-de-cobra, cauda-de-raposa, cana-de-jacaré, erva-canudo
ou lixa-vegetal são alguns desses nomes populares.
A cavalinha é planta de brejo, que sempre dá e cresce em região onde a água fica
acumulada, nos pântanos, na beira de lagos ou valas. Uns caniços verdes, durinhos, com
gomos, que podem crescer até metro e meio de altura em algumas regiões, que bota folhas
descabeladas a cada tanto. Lembra o bambu, mas não é. Também lembra as caninhas de
pescar, que são taquarinhas de brejo aqui e ali.
A terra é naturá
Iscute o que tô dizendo,
Seu dotô, seu coroné:
De fome tão padecendo
Meus fio e minha muié.
Sem briga, questão nem guerra,
Meça desta grande terra
Umas tarefas pra eu!
Tenha pena do agregado
Não me dexê deserdado
(PATATIVA DO ASSARÉ. A terra é naturá. In: Cordéis e outros poemas. Fortaleza: Universidade
Federal do Ceará, 2008.)
13. Com relação ao nível de linguagem empregado no poema, é possível afirmar
que:
a) A linguagem muito coloquial compromete a leitura do poema e, dessa forma, impede
que o leitor compreenda seu conteúdo e sentido.
b) As palavras “dotô”, “conoré” e “muié” revelam uma característica exclusiva do dialeto
nordestino da língua portuguesa brasileira.
c) A linguagem empregada no poema é padrão, embora haja poucas palavras, como
“dotô”, “conoré”, “muié” e “dexê”, que são utilizadas na linguagem coloquial.
d) A linguagem do poema é coloquial, já que é construído a partir da reprodução fiel da
fala de algum nativo da língua portuguesa.
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO – SALITRE-CE
AULÃO 2019 – 9° ano – Língua Portuguesa
Mediadoras: Verônica Aguiar e Cláudia Modesto
TEMA: Voe com os descritores e realize seus desejos com o Alladin!
O Priodontes maximus