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Quem manda no mundo?

Noam Chomsky
Arthur Chagas dos Santos
A mão Invisível do Poder
● Washington anteviu que a Segunda Guerra Mundial terminaria com os EUA numa
posição de avassaladora supremacia. Existem documentos provando que o presidente
Roosevelt estava visando à hegemonia dos Estados Unidos no mundo do pós-guerra.
● Funcionários do alto escalão do Departamento de Estado e especialistas em política
externa reuniram-se ao longo dos anos de guerra a fim de detalhar planos para o mundo
do pós-guerra.
● Essa sofisticação visionária de geopolítica chegou a conclusão de que os EUA deveriam
controlar o que foi chamado pelo autor de “Grande Área”.
● “Essa “Grande Área” que aos EUA caberia dominar incluía o hemisfério ocidental, o
Extremo Oriente e o antigo Império Britânico, com os seus recursos energéticos do
Oriente Médio.”
● Dentro dos limites da “Grande Área”, os EUA manteriam um “poder inquestionável” ,
com “supremacia militar e econômica” , ao mesmo tempo em que assegurariam a
“limitação de qualquer exercício de soberania” por parte dos Estados que pudessem
interferir nos propósitos globais estadunidenses.
Quem controla o rimland, controla a Eurásia e consequentemente o resto do mundo
As doutrinas da Grande Área.
● As doutrinas da Grande Área autorizam a intervenção militar arbitrária e a
critério dos EUA.
● Embora a doutrina da Grande Área ainda prevaleça, Chomsky defende que a
capacidade para implementá-la diminuiu já alguns anos depois da Segunda
Guerra.
● No início dos anos 1970, a participação dos Estados Unidos na riqueza mundial
caiu para aproximadamente 25%, e o mundo industrial se tornara tripolar:
América do Norte, Europa e Ásia Oriental (então com base no Japão).

TRÍADE DE BRZEZINSKI, NECESSIDADE OU


ESCOLHA?
O grande objetivo era
unir economicamente
o mundo inteiro, para
que os três grandes
blocos ficassem sob a
área de influência dos
EUA.
Modus operandi estadunidense pós Guerra Fria
● Vinte anos depois do colapso da URSS, Políticas permaneceriam inalteradas, ainda que
com diferentes pretextos; o establishment militar seria mantido, não para defesa contra
os russos, mas sim para confrontar a “sofisticação tecnológica” das potências do
Terceiro Mundo.
● Administração Clinton declarou que os EUA têm o direito de usar força militar para
garantir o “acesso irrestrito aos principais mercados, abastecimentos energéticos e
recursos estratégicos”, e deve manter enormes contingentes permanentemente
mobilizados na Europa e na Ásia, “a fim de moldar as opiniões das pessoas sobre nós”.
● Dominação ideológica. Em 1989, as revoltas democráticas foram toleradas pelos
russos e apoiadas pelas potências ocidentais pois ajustavam-se aos objetivos
econômicos e estratégicos, ao contrário das lutas que ocorriam ao mesmo tempo na
América Central para “defender os direitos fundamentais do povo”.
Segunda década do séc. XXI e o protagonismo chinês
● Os investidores e negociantes chineses estão preenchendo um vácuo no mundo,
expandindo seu papel dominante inclusive nas indústrias energéticas iranianas.
(resultado direto da NSS de George W. Bush)
● O Departamento de Estado advertiu a China que se o país deseja ser aceito na
“comunidade internacional” precisa seguir as regras estabelecidas. Com pouco
efeito.
● Além disso, há uma crescente ameaça militar chinesa.
● A expansão das forças militares chinesas poderia “tolher a capacidade dos
navios de guerra norte-americanos de operar em águas internacionais ao largo
da costa chinesa” , acrescentou The New York Times.
Declínio Estadunidense
● O declínio americano é, em grande medida, autoinfligido.
● A resultante concentração da riqueza rendeu maior poder político, gerando um
círculo vicioso.
● O triunfo ideológico das “doutrinas de livre mercado” , seletivas como sempre,
traduziram em desregulamentação.
● Os poderes corporativos, temem que os extremistas que eles ajudaram a eleger
possam acabar optando por derrubar o edifício do qual dependem a sua própria
riqueza e seus privilégios, o poderoso Estado-babá que atende a seus interesses.
● John Dewey descreveu a política como “a sombra que os grandes negócios lançam
sobre a sociedade”
Declínio estadunidense
● O custo das eleições disparou abruptamente, empurrando os dois partidos cada
vez mais fundo dentro dos bolsos das corporações.
● Estima-se que os custos das guerras de Bush e Obama no Iraque e no
Afeganistão cheguem a 4,4 trilhões de dólares – levando os Estados Unidos a
uma armadilha
● A sociedade doméstica também está em declínio de muitas maneiras
significativas.
● O poder global continua a se tornar mais diversificado, e os EUA mostram-se
cada vez mais incapazes de impor sua vontade.

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