Amizade em prova

Choque e Pavor – Sidewinder 1 – Abigail Roux
Após sobreviver a um tiroteio em Nova Orleans, o médico de

Sidewinder Kelly Abbott tem que sofrer com um mês de recuperação antes
que possa voltar para casa no Colorado. Ele não fica surpreso quando seu
colega do Sidewinder Nick O'Flaherty fica com ele em Nova Orleans. Nem
se surpreendeu quando Nick viaja para casa com ele para ajudá-lo a ficar de
volta em seus pés - afinal, anos na mesma equipe da Força Marinha Recon
ligaram os homens de maneiras que somente por um irmão poderia. Ele
está muito surpreso, no entanto, quando Nick cede ao seu momento de
curiosidade e o beija.
Nick conhece todos as peculiaridades e caprichos de Kelly, de
modo que o beijo foi um movimento de baixo risco da sua parte... ou assim
ele pensava. Mas o que deveria ter sido um momento simples desencadeia
uma avalanche de emoções confusas e desejos que nenhum dos homens
está preparado para enfrentar.
Agora, Kelly e Nick precisam descobrir o que significam um para o
outro - amigos e irmãos de armas, ou algo ainda mais profundo? - Antes
que o passado possa voltar para arruinar o seu futuro tênue.
Kelly teve que se inclinar contra a grade de sua varanda, enquanto

Nick lidava com o bloqueio e o alarme da sua cabana. Ele apertou a mão ao
peito, descansando a mão sobre o ferimento se cicatrizando da bala logo
sob seu peitoral esquerdo. Tinha sido uma longa viagem de avião, mesmo
na primeira classe, e a viagem de uma hora do aeroporto não foi muito
melhor para ele. Ele estava exausto, e tudo o que ele queria era a sua
própria cama.
Nick deixou a bagagem no porta e se apressou para dentro para
desligar o alarme. Kelly não teve que falar o código. Todos sabiam onde as
chaves para seus castelos estavam: códigos de segurança de Owen e Ty, o
iate de Nick, e um mapa mental de armadilhas no pântano de Digger.
O sinal sonoro de dentro parou, e Nick voltou para afastar a
bagagem fora do caminho. Kelly passou o braço sobre os ombros de Nick,
e eles mancaram pela porta da frente. Ele podia andar por conta própria
quando eles deixaram o hospital em Nova Orleans, mas depois de viajar
por tanto tempo, ele não estava realmente certo se ele podia mais.
“Obrigado por fazer isso, mano,” Kelly murmurou.
“Ei,” Nick resmungou. “Nós dois sabemos que você tomou essa
bala por mim. O mínimo que posso fazer é te levar para casa.”
Kelly não discutiu. Ele não podia alegar que tinha tomado a bala de
propósito, mas se ele não estivesse lá, ela estaria alojada na cabeça de Nick,
e ambos sabiam que teria terminado. Ele se inclinou sobre Nick até
chegarem à poltrona de couro gasto na sala de estar, mas ele hesitou
quando Nick tentou ajuda-lo a senta-se.
“Qual o problema?”
Kelly riu. “Eu não tenho certeza se vou ser capaz de sair dessa coisa
se eu me sentar.”
“Não é como se você estar indo para algum lugar. Nick apertou a
cintura de Kelly e o depositou na cadeira. “E não estou levando sua bunda
lá em cima agora, então sente.”
“Você é uma babá terrível.”
Nick puxou a alavanca ao lado da cadeira e levantou as pernas de
Kelly.
Assim que a cadeira parou de balançar, Kelly fechou os olhos e
relaxou nas suas dobras familiares. Ele ouviu Nick se movimentando ao 4
redor, trazendo sua bagagem para dentro, passando pela geladeira. Nick
suspirou e fechou a porta da geladeira rapidamente. Eles tinham estado fora
por muito tempo; Kelly não tinha dúvida de que o interior daquela coisa
fedia.
Nick finalmente voltou para a sala com um copo de água. “Você
está pronta para os remédios? Vou colocá-lo para dormir e ir buscar alguns
mantimentos. E... talvez algumas luvas de borracha.”
Kelly deu um sorriso. “Parece bom.”
Nick colocou um dos analgésicos na palma da sua mão e sorriu.
“Tiro limpo?”
Kelly abriu a boca, e Nick jogou uma pílula para ele, depois outra,
rindo enquanto entregava a Kelly o copo de água. Ele jogou um cobertor
sobre ele, colocou o controle remoto da televisão e seu celular ao alcance,
em seguida, afagou a cabeça de Kelly.
“Eu estarei de volta antes que você acorde.”
Kelly fechou os olhos, relaxando então as pílulas podiam fazer seu
trabalho. Ele sabia que não tinha nada com o que se preocupar, desde que
Nick estava no cargo.
Quando Kelly acordou, era o som de zumbido e o cheiro de bacon
sendo frito e uma pitada de Lysol1. Levou um momento para se lembrar
onde ele estava e por que estava dolorido. Ele olhou para Nick, que estava
encolhido no sofá a poucos metros com um livro.
“Ei,” ele disse, sua voz rouca.
Nick virou, olhando para ele. Ele colocou seu livro de lado e
deslizou para a frente, mas ele não levantou. “Você está bem? Precisa de
mais pílulas.”
5
“Não, eu estou bem. Que som é esse?”
Nick ficou quieto e ouviu brevemente, então balançou a cabeça.
“Eu não ouvi nada.”
Kelly prendeu a respiração e percebeu que o zumbido havia
desaparecido. Então tinha o cheiro. “Você está fritando bacon?”
Nick começou a rir e depois lutou duro para parar. “Não. Você quer
que eu frite?”
"Não. Sim. Espere, não, não”.
Nick esperou pacientemente, ainda sorrindo.
Kelly só o encarou, tentando fazer com que seu cérebro trabalhasse.
Ele não tinha certeza se ele estava tendo alucinações, se seu cérebro
apanhou todas as coisas que Nick fez enquanto ele dormia e depois as
repetiu para ele, ou se ele estava perdendo a cabeça. Ele não tinha certeza
se ele se importava, porém, porque agora que ele estava totalmente
acordado, ele estava novamente com dor. “Ok, eu preciso de outra pílula”,
ele finalmente disse. Nick pegou o frasco de comprimidos. “Mas metade
dessa vez. Estou cansado de você rindo de mim por estar drogado.”
Nick apenas balançou a cabeça quando pegou um comprimido. Ele
o quebrou e colocou uma metade em sua boca antes de entregar a outra
para Kelly.
“Que diabos, O'Flaherty:”, Kelly perguntou, rindo apesar do quanto
doía fazer isso.
“Considere isso como o pagamento por serviços prestados”, Nick
falou enquanto ele tomava um gole da água de Kelly. Kelly ficou
boquiaberto. Nick riu mais e entregou a Kelly um comprimido inteiro para
1
Marca de produto de limpeza.
adicionar à metade. “É como um passo acima de Tylenol, não se
machuque.”
Kelly ainda estava rindo enquanto tentava engolir os analgésicos.
“Você acha que você vai ficar mais confortável aqui ou na sua cama
hoje à noite?”
Kelly olhou para as janelas escuras. Ele temia a noite, porque era
quando ele sofria mais e tinha um sono agitado. Nunca tinha nada na TV
para entretê-lo nas primeiras horas, quando ele estava bem acordado, e ele 6
passava por todos os livros que tinha acesso. Ele também ficava solitário,
porque ele não estava disposto a manter Nick acordado durante a noite
também quando dependia dele durante o dia. “Já está na hora?”
Nick deu de ombros. “Perto o bastante.”
“Bem. Se eu dormir aqui, você pode ter minha cama.”
“Doc, se você dormir aqui eu estarei no sofá no caso de você
precisar de mim. Se você dormir no andar de cima, eu vou fazer uma palete
no chão.”
“Prometa que você não vai rolar dormindo, e vou compartilhar a
cama.”
Nick deu um sorriso fácil e se levantou. “Vale a pena tentar. Eu já
prometi mais por uma cama.”
“Sua prostituta”, Kelly falou, sorrindo quando deslizou o braço ao
redor do pescoço de Nick e segurou firme para Nick ajudá-lo a ficar em pé.
Uma vez que ele estava fora da cadeira, ele se arrastou para o
banheiro no piso térreo. Ele podia ouvir Nick arrastando as malas até os
degraus para o loft da cabana. Kelly estava além de grato Nick insistiu em
vir com Kelly até que ele estivesse bem o suficiente para cuidar dele
mesmo. Caso contrário, ele não gostaria de pensar que ele estaria preso, ou
quem estaria preso cuidando dele. Nick estava usando cada hora do tempo
de férias que o Boston PD2 deu para ele para estar aqui.
Levou um total de cinco minutos para Kelly subir as escadas,
principalmente porque eles tiveram que continuar parando para rir do
absurdo disso, e quando ele aliviou para a borda da cama, ambos estavam
sem fôlego.
Kelly olhou para Nick e sorriu. “Aposto que você nunca trabalhou
tão duro para obter um cara na cama, não é?”
2
Police Department – departamento de polícia
“Não fisicamente não,” Nick resmungou. Ele puxou as cobertas e
organizou os travesseiros para apoio, em seguida, Kelly passou um braço
ao redor de seu pescoço e Nick se inclinou sobre ele quando o aliviou para
a cama.
Kelly teve que apertar os olhos contra a arrasto. Não era realmente
mais dor, mas havia algum desconforto sério quando ele se mexeu e se
espreguiçou, e os músculos estavam fracos. Tudo o que o obrigou a usar o
seu núcleo ainda era demais para ele. Ele tinha que ter cuidado ou pontos
abririam. 7
Nick ainda estava pairando sobre ele quando ele abriu os olhos.
“Você está bem?”
“Sim”, Kelly engasgou. Ele limpou a garganta. “Isso pode não ter
valido a pena o esforço.”
Nick sorriu torto. “Bem, essa é a primeira vez que ouvi isso.”
Kelly fez um som depreciativo e fechou os olhos novamente. Nick
se afastou, em seguida, delicadamente o cobriu com o lençol.
Kelly pode ter sido o socorrista, mas Nick sempre foi o zelador do
grupo. Ele tinha sido o braço direito, a pessoa para se ir, o bom ouvinte e
álibi. Ele tinha sido a mãe, pai, irmão e tio louco. O que quer que você
precisasse. Ele tinha sido o único que tinha a certeza todos os patos de
Sidewinder estavam enfileirados, provavelmente, a única razão pela qual a
casa que todos tinham dividido em Jacksonville não tinha queimado.
Era tão estranho pensar para trás que em todos esses anos e saber
que Nick esteve escondendo parte dele mesmo que achava que não podia
compartilhar. Quase partiu o coração de Kelly em pensar em todos os
segredos que ele tinha derramado para Nick, todas as coisas que ele tinha
tirado de seu peito, mas Nick nunca foi capaz de fazer o mesmo.
Kelly abriu os olhos para assistir Nick. Ele estava arrastando a mala
de Kelly para o armário. “Como você fez o salto, de qualquer maneira?”
Kelly perguntou. Ele teve que fechar os olhos novamente quando a
exaustão ameaçou.
“Que salto?”
“Quero dizer, você sempre esteve em caras e apenas escondeu isso?
Todas as meninas que perseguimos juntos eram apenas um disfarce, ou...”
“Não”, Nick falou rapidamente. Kelly abriu um olho para ver Nick
limpar a mesa ao lado da cama. Ele estava sorrindo enquanto falava. “Eu
me considero como oportunidades iguais.”
Kelly o observou com curiosidade. Ao longo dos anos, Kelly tinha
visto o carisma de Nick e seus modos agradáveis puxar mais encontros de
bar do que Ty e Digger tinha combinados. Às vezes, quase parecia que ele
fazia isso por acidente. Claro, isso era tudo parte do charme de Nick. Muito
do que ele fazia parecia acidental, o que contribuiu para outros fuzileiros o
chamar de sortudo por grande parte de sua carreira. Mas Kelly sabia
melhor. Os métodos de Nick eram muito deliberados, e os seus resultados
eram tudo menos sorte.
Nick era uma pessoa fascinante, e Kelly sempre pensou assim. 8
Quando ele entrou para a equipe, Ty e Nick eram bem próximos.
Ferozmente leais ao outro, perigosamente protetores um do outro, e tão
perto que podiam terminar a frase do outro e se comunicar sem palavras.
Uma vez que Kelly tinha se provado digno, ele recebeu a mesma lealdade
dos dois homens. Com Ty, era como estar cercado por uma barricada de
arame farpado e minas. A lealdade de Nick se sentia mais como ser
enrolado em um cobertor quente. Tudo sobre Nick era quente, até o
pensamento dele, e desde que Nick tinha saído para ele, Kelly se
perguntava o que isso significava para ele.
O que significava que Kelly sabia que ele escolheria Nick acima de
qualquer outra pessoa se uma arma fosse colocada em sua cabeça? O que
significava que as chamadas ou textos de Nick sempre o deixaram se
sentindo feliz e melancólico, tudo ao mesmo tempo? O que isso significa
dizer quando seu coração caiu aos seus dedos do pé quando ele ouviu Nick
confessar que ele esteve apaixonado por Ty por mais de uma década?
Mesmo agora, o pensamento enviava uma pontada no peito que
fazia seu ferimento pulsar e doer. Ele colocou a mão sobre ele.
“Como é?” Ele perguntou de repente.
Nick olhou para ele quando ele deslizou a lâmpada para longe da
cama e colocou para fora garrafas de pílula, ataduras e outras necessidades
de Kelly. “O que?”
“Estar com um cara.” Ele olhou Nick de cima a baixo, tentando
imaginar. Será que Nick seria o mesmo com um homem como ele era com
uma mulher? Porque Kelly tinha visto isso, e isso pareceu divertido. “É
diferente?”
Nick deu de ombros e acenou com a cabeça. “Mais ou menos, sim.
Fisicamente? Definitivamente. Relacionamentos, porém, dependem muito
de com quem você está.” Ele olhou para Kelly e levantou uma sobrancelha,
sorrindo. “Você quer ser um pouco bi curioso, Doc?”
Kelly riu novamente, segurando seu lado em uma tentativa
desperdiçada para impedi-lo de doer. “Eu não sei.”
“Você não sabe?” Nick brincou. “Ou você está curioso ou você não
está.”
“Eu acho. Quer dizer, eu gosto de sexo.”
“Com certeza,” Nick murmurou, ainda sorrindo.
“Eu nunca pensei sobre isso antes.” Essa foi uma maldita mentira.
“Mas o inferno, se você pode fazer isso, então eu posso, não é?” 9
Nick colocou a mão sobre a testa de Kelly, a segurando lá

rapidamente antes de afagar e depois se afastar. Ele se dirigiu para o
banheiro, provavelmente para ter certeza que o caminho do lado de Kelly
da cama estava seguro.
“E uma pessoa bonita é uma pessoa bonita, então por que não abrir
a porta para mais oportunidades?” Kelly gritou para ele, desesperado para
que ele voltasse para que pudessem continuar a conversa.
“Eu acho que você é onívoro”, Nick falou, sua voz ecoando no
azulejo e para o quarto.
Kelly riu novamente. Ele repousou para trás para assistir Nick se
mover ao redor do quarto. Ele era como uma mãe galinha, preparando o
ninho. Ele moveu a cadeira do canto para o meio da sala, um lugar
conveniente para Kelly chegar e descansar, se ele precisasse. Ele foi até o
armário ao lado da porta do banheiro e tirou vários travesseiros, colocando
fronhas neles e os jogou na cama. Ele iria usá-los como uma barreira entre
ele e Kelly enquanto dormiam, para proteger a ferida de Kelly de qualquer
membro errante.
Kelly se encontrou desejando que esses travesseiros não estivessem
lá hoje à noite. Ele não sabia o porquê. Analgésicos? Saber que Nick era bi
e ter a coragem de fazer perguntas? Assistindo Ty e Zane e a conexão que,
obviamente, partilhavam, enquanto estavam em Nova Orleans? Kelly
nunca sentiu aquilo com sua ex esposa, nenhuma vez, mas ele certamente
sentiu isso com seus irmãos de armas. Talvez fosse uma tempestade
perfeita3 de fatores, mas Kelly definitivamente estava curioso.
Questionando Nick essas perguntas lhe dera um pouco de agito também.
Nick lhe dava um pouco de agitação.
Ele sempre foi mais próximo de Nick. Nick foi o padrinho de Kelly
em seu casamento. Ele também foi pessoa que cuido dele brevemente
3
É uma combinação de fatores diversos que pode dificultar uma situação.
depois que ele se divorciou. Eles eram muito parecidos em temperamento,
em comparação com os outros que eram todo fogo e pedra. Ele e Nick eram
água e fumaça: paciente e nebuloso e calmo.
“Eu vou tomar um banho”, Nick falou enquanto jogava o último
travesseiro livre na cama. “Você quer alguma coisa lá de baixo primeiro?”
A respiração de Kelly acelerou, e ele deixou sair antes que pudesse
pensar duas vezes. “Por que Ty?”
Nick parou e inclinou a cabeça, como se não tivesse ouvido direito. 10
“O quê?”
“Quando você saiu para mim, me contou que tinha estado
apaixonado por Ty”, Kelly explicou. Ele prendeu a respiração, dizendo a si
mesmo que a resposta provavelmente faria sua ferida latejar novamente e
ele realmente não queria saber. “Por que Ty?”
Nick corou e abaixou a cabeça, mordendo o lábio. Ele deu de
ombros. “Ele era... como um grande farol que brilha. Durante muito tempo,
eu estive um pouco apaixonado com a ideia dele. A ideia desse tipo de
lealdade e confiança pelo resto da sua vida, sabe? Eu acho que era na maior
parte apenas ser jovem e querer acreditar em algo. Você conhece Ty. Ele
era fácil de acreditar”.
Kelly concordou. “Você ainda está apaixonado por ele?”
Nick já estava balançando a cabeça. Ele foi para o outro lado da
cama e sentou, inclinando-se contra a cabeceira então Kelly não conseguia
ver o rosto dele sem se torcer. “Nós passamos por muita coisa. Nada
romântico sobre isso. E a noite que o beijei, a noite que eu contei a você
sobre tudo, não havia nada lá. Teria trabalhado se quiséssemos, eu acho, se
nunca tivéssemos encontrado nada mais. Mas...” Ele deu de ombro e
balançou a cabeça.
Kelly virou-se para tentar ver o rosto de Nick. “Então não há mais
nada lá?”
“Não. É uma espécie de alívio. A vida muda o que significa o amor,
sabe? O que eu sentia sobre Ty, era um tipo diferente de amor.”
“Você encontrou alguém?", Kelly perguntou cuidadosamente,
surpreso com o quão nervoso a pergunta o deixou.
Nick olhou para ele estranhamente. “Eu não sei. Por que você está
me perguntando essas coisas? Isto não é algum tipo de colapso pós atingido
por disparo, não é, porque não estou construído para lidar com eles.”
Kelly começou a reprimir o riso, segurando o peito para que ele não
doesse. “Eu não sei. Talvez.”
“Se for, vamos chamar Owen, ele é bom para as coisas como
colapso.”
“Eu não estou tendo um colapso”, Kelly assegurou. “Você está
saindo com alguém?”
Nick ficou em silêncio, sentado e parecendo confuso por alguns
segundos antes de responder. “Mais ou menos. Nós não tivemos um
encontro ou qualquer coisa do tipo, mas nós somos... na verdade, não sei o
que somos.”
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A resposta indecisa reforçou a coragem de Kelly e o aliviou, o que
era uma sensação estranha. “Ei, irlandês?”
Nick virou-se para ele, o começo de um sorriso em seu rosto.
“Você me beijará?”
O sorriso desapareceu caiu para choque com os olhos arregalados.
Os olhos de Nick eram tão verdes que quase pareciam um desenho
animado. Kelly começou a rir. Ele teve que segurar a mão sobre o
ferimento, mas ele não conseguia se impedir de rir. Ele estendeu a mão
para colocar a outra mão sobre o braço de Nick. “Desculpe, estou rindo”,
ele arquejou. “São as drogas, eu juro.”
Nick bufou e gentilmente desenrolou os dedos de Kelly do seu
antebraço. “A partir de agora você só recebe metades”, ele murmurou. Ele
deslizou para fora da cama, começando a rir.
“Espere!”
Nick virou, tentando parecer irritado, mas ainda rindo. Kelly
amoleceu as suas feições, franzindo a testa de forma dramática. “Estou
falando sério”, ele conseguiu dizer.
“Sim, você parece que estar”, Nick arrastou as palavras.
“Eu quero que você me beije.”
Nick o examinou, parecendo duvidoso.
“Eu quero saber qual é a sensação de beijar um cara. E você teve
um monte de prática, então eu sei que você é um bom beijador.”
“Você está me elogiando e me chamando de prostituta
simultaneamente?”
“Eu estou... Eu só estou impressionado que você pode tomar
metade de um Percocet4 e dizer simul... simultâneo. "
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É um remédio que combina paracetamol e oxycodona.
Nick respirou fundo, lutando contra o seu sorriso. Ele deu a volta no
pé da cama e sentou ao lado do quadril de Kelly, girando para paira sobre
ele. “Tudo bem.”
Kelly ficou surpreso quando seu estômago sacudiu, mas ele gostou
da sensação. “Tudo bem o quê?”
“Tudo bem. Se você quer que eu te beije, eu vou fazer isso”.
“Sério?”
Nick assentiu. “Mas só se você conseguir se sentar sozinhos, e, em 12
seguida, passar por um teste de sobriedade.”
Kelly revirou os olhos e bufou. “Você é um idiota5.”
“Eu também vou te dar isso, se você quiser”, Nick falou, rindo
enquanto ele se empurrou para fora da cama e dirigiu para os degraus do
loft.
Kelly o assistiu, tentando decidir se a sacudida do seu estômago era
excitação ou de nervos. “Ei!”
Nick parou no topo da escada e se virou de novo, sempre paciente.
“Estou falando sério”, disse Kelly.
Os olhos de Nick apertaram, e ele permaneceu lá por alguns
instantes antes de ele mover lentamente de volta para a cama. “Você
realmente quer que eu te beije?”
“Sim”.
“Então, você vai saber qual é a sensação de beijar um cara.”
“Sim”.
“Por quê?”
“Bem, você e Ty ambos parecem gostar disso. O que é bom para
vocês é bom para mim, certo?”
“Essa é uma razão horrível.”
“Sério?”
Nick sentou novamente, perto o suficiente para que o colchão
afundasse e Kelly deslizasse em direção a ele. Eles se encararam por alguns
segundos, Kelly segurando a respiração enquanto Nick pensava sobre isso.
Ele estava curioso, porque ele sabia que travando os lábios com os de outro
cara tinha que ser diferente de beijar uma mulher, e ele era, por natureza,
uma pessoa curiosa. Ele era aberto a tentar qualquer coisa uma vez, e ele
5
Kelly diz que Nick é um “dick” que pode ser traduzido como pau, idiota, babaca, pênis...
meio que sempre esteve de em cima do muro sobre o assunto. Mas ele
também queria saber qual seria a sensação de beijar Nick, e isso não tinha
nada a ver com os analgésicos ou com seu desejo inato de experimentar
coisas novas.
“Tudo bem”, disse Nick baixinho. Ele ajustou o jeito que ele estava
sentado, apoiando uma mão sobre o outro lado de Kelly enquanto ele
inclinava sobre ele.
Kelly ergueu um dedo. “Nenhum beijo meia pouca de escola
13
secundária, também.”
“Tudo bem.”
“Quero que o negócio verdadeiro.”
“Isso está começando a parecer como se eu fosse um carro para ser
alugado ou algo assim.”
“Estou falando sério, quero o especial irlandês.”
Nick revirou olhos e olhou da teto. “Tudo bem. Jesus.”
Kelly balançou a cabeça, seus lábios se contorcendo em um sorriso
e seu peito vibrando. Eles se olharam quando Nick se inclinou sobre ele, e
foi difícil para Kelly recuperar o fôlego enquanto esperava que Nick fizesse
o seu movimento. Ele lambeu os lábios.
Nick finalmente riu. “Feche os olhos.”
“Por quê?”
“Porque não posso fazer isso com você olhando para mim.”
Kelly deu um suspiro longo e sofrido, mas ele fechou os olhos de
qualquer maneira, ainda lutando contra um sorriso. Ele sentiu Nick se
inclinar para mais perto, e ele respirou fundo, prendendo a respiração
quando os lábios de Nick roçaram o canto da boca.
Ele entreabriu os lábios e inclinou a cabeça, os narizes batendo
quando Nick se mexeu para a mesma direção. Os dois riram e Kelly
inclinou a cabeça para o outro lado, arrastando o lábio inferior pelos de
Nick enquanto eles ajustavam. Então Nick o beijava. Realmente o beijava.
Seus lábios se separaram, língua lançando entre eles para lamber os lábios
de Kelly. Seus dentes se fecharam sobre o lábio inferior de Kelly e
arrastaram até que a língua escorregou dentro da boca de Kelly.
Ambos gemeram.
Kelly estendeu a mão e pegou a camisa de Nick, mal percebendo
que ele tinha feito isso. Os nós dos dedos bateram contra músculos duros.
A mão de Nick surgiu no rosto de Kelly, roçando seu rosto timidamente,
como se ele não tivesse certeza se era permitido tocar. Kelly mordeu o
lábio, e Nick gemeu novamente. Ele empurrou a mão sob a cabeça de Kelly
e agarrou seu cabelo.
A barba por fazer no queixo de Nick riscou contra a bochecha de
Kelly. Nick inclinou-se mais em cima dele, com as mãos apertando para
baixo no tipo de aderência que Kelly nunca tinha sentido vindo de um
amante. O beijo ficou mais forte e exigente do que qualquer outro que ele
já experimentou, e ele se viu usando a língua e os dentes para lutar, mesmo 14
quando ele puxou Nick mais perto.
A mão de Kelly apertou contra o peito de Nick, e nem era mesmo
estranho que não havia nada além de músculo para pegar lá. Ele gemeu de
novo, e o som viajou através de seu corpo, despertando o resto dele para o
momento, para o cheiro de armas em vez de rosas, para o roçar de couro
em vez de renda.
Kelly engasgou quando Nick começou a se afastar. Ele ainda não
tinha a força para sentar e o seguir. Seus lábios se arrastaram enquanto se
separavam. Os dedos de Nick soltou o cabelo de Kelly e deslizou para fora
de debaixo dele quando se levantou. Kelly finalmente abriu os olhos, mas
ele não soltou a camisa de Nick. Seu coração estava batendo e sua mente
estava agitada, o fazendo tonto.
“Bem”, Kelly finalmente respirou. “Sem brincadeira.”
Nick riu e passou o polegar sobre o lábio. Kelly o conhecia bem o
suficiente para saber quando Nick estava nervoso, e ele estava nervoso
agora. Ele apertou ainda mais a camisa do Nick para impedi-lo de se
levantar. Nick virou os hesitantes olhos verdes dele, à espera de seu
veredicto. Kelly realmente nunca tinha apreciado a cor dos olhos de Nick.
“Faça isso de novo”, ele sussurrou.
Nick respirou fundo e, em seguida, exalou lentamente, como se
estivesse tentando se acalmar. Ele acariciou a mão de Kelly, a pegando na
sua e gentilmente liberou sua camisa. “Vamos colocar a conta disso no
Percocet, ok?”
Ele ficou de pé, e Kelly foi forçado a deixá-lo ir.
“Sim, está bem.”
Nick estava indo embora, passando a mão pelos cabelos, e Kelly
percebeu que todo o seu corpo ainda estava zumbindo. Podia ser por causa
dos analgésicos, mas ele estava disposto a apostar no seu amigo agora.
Foi a mesma sensação que ele tinha quando seu telefone tocava. A
mesma sensação de acordar no hospital e encontrar Nick segurando sua
mão. O mesmo calor de cobertor embrulhando seus ombros, e algo dentro
dele gritou para ele perseguir isso.
“Ei, Nick,” ele sussurrou.
Nick parou e rolou seu pescoço, como se ele pudesse estar irritado
com as repetidas tentativas de Kelly impedi-lo de descer as escadas. Ele se
virou, porém, o mesmo sorriso fácil em seu rosto, seus sentimentos
15
mascarados por sua paciência lendária.
“Será que o resto também é assim?” Kelly perguntou.
Nick correu os dentes em seu lábio, começando a assentir. “Não é
sempre quando você tem o parceiro de dança certo?”
Kelly olhou para ele, encontrando-se balançando a cabeça. Jesus,
era possível que ele estava considerando Nick O'Flaherty um parceiro de
dança agora? Sim. Sim, ele estava.
“Você não vai me pedir para transar com você agora, não é?”, Nick
perguntou, impassível.
Kelly começou a rir. “O pensamento estava cruzando minha
mente.”
O sorriso de Nick desapareceu. “Você está falando sério?”
“Mais ou menos. Você acelerou um pouco o motor.”
Nick revirou os olhos e se voltou para as escadas. “Então coloque
isso de volta na garagem. Eu não dirijo automáticos”, ele disse enquanto
descia pesadamente as escadas.
Nick acordou de repente quando uma mão o agarrou pelo braço. Ele
olhou por cima sob o luar. “Você está bem?”
“Eu preciso me mover,” Kelly resmungou.
Eles tinham compartilhado camas - e pisos – o suficiente ao longo
dos anos que Nick sabia que Kelly dormia sobre o seu lado. Ser forçado a
dormir de costas o fez inquieto e miserável, mas ele ainda não tinha
recuperado a força em seu torso para rolar para o lado, sem ajuda ou algo
para agarrar e puxar.
Nick se atrapalhou com os travesseiros que ele empilhou entre eles
e os jogou para o pé da cama, rolando para o lado e segurando o braço para
fora. “Vamos.”
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Kelly usou o antebraço de Nick para se puxar para o seu lado, e
assim que ele se estabeleceu, Nick pegou os travesseiros sobrando e os
encravou nas costas de Kelly para ele descansar contra. Ele estava
hiperconsciente de quão perto ele estava, sua respiração batendo no rosto
de Kelly quando ele estendeu a mão sobre ele. Maldição, por que ele
mesmo concordou com aquele beijo, em primeiro lugar? Agora, no dia
seguinte ou então seria estranho como o inferno, enquanto ele tentava
esquecer o quão bom pra cacete Kelly se sentia em seus braços.
Uma vez que ele teve certeza que havia apoio para as costas de
Kelly, ele pegou o travesseiro que estava usando e o empurrou contra o
peito de Kelly para dar algo para ele segurar.
“Eu não preciso disso”, Kelly murmurou. Ele empurrou o
travesseiro de volta para a cabeceira da cama.
Nick fez uma careta. “Você sempre segura em alguma coisa quando
você dorme.”
“Eu não estou pegando o seu travesseiro. Pare com isso.”
Nick bufou e o colocou de volta, de frente para Kelly. Ele o
observou por alguns minutos, alerta para sinais de dor ou de sofrimento, à
espera de sua respiração se nivelar. Não o fez, porém, e, finalmente, Kelly
abriu os olhos novamente.
“Você está com dor?” Nick perguntou para ele.
“Um pouco. Não o suficiente para tomar qualquer coisa. Eu
simplesmente não consigo dormir.”
Nick permaneceu em silêncio, à espera de Kelly continuar. Se ele
precisava tirar algo de seu peito, ele o faria. E Nick tinha a sensação de que
ele sabia exatamente o que Kelly precisava discutir.
“Foi um bom beijo”, finalmente Kelly falou.
Nick bufou uma risada. “Sim, foi.”
“O que isso significa?”
“Dignifica que sou um beijador fabuloso e você é fácil.”
Kelly revirou os olhos.
Nick o observou e esperou, mas finalmente ele se cansou do
silêncio pesado. “Você está me perguntando se isso significa que você é
gay, se você gostou de um beijo?”
“Talvez.”
“Bem, não tenho nenhuma resposta. Eu estou inclinado para o não.”
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Kelly suspirou alto. “Eu ainda quero que você faça isso de novo.
Será que isso importa?”
O peito de Nick vibrou. Ele teve que lutar para respirar o suficiente
para responder. “Você quer dizer que isso importa no grande esquema das
coisas?”
“Eu quero dizer: isso importa para você?”
Nick prendeu a respiração, com medo de quebrar o silêncio
enquanto olhava através das polegadas escuras. Ele passou anos tentando
evitar pensar sobre seus amigos mais próximos de uma forma sexual. Tinha
sido especialmente difícil com Kelly em primeiro lugar, porque ambos
eram pessoas melosas. Eventualmente, anos de camaradagem tinham
caiado a natureza física da sua amizade, mas, porra, aquele beijo tirou essas
barreiras mentais em um piscar de olhos. Será que importava para ele que
Kelly podia estar lutando com sua identidade sexual depois de todos esses
anos? Sim. Será que importava para ele que Kelly lhe escolheu para tentar
ajudá-lo a responder essas perguntas? Sim.
Será que importava para ele que ele não queria nada mais do que
pegar o rosto de Kelly e beijá-lo novamente até que nenhum dos dois
conseguisse respirar, que queria sentir o corpo de Kelly contra o seu agora,
que sua mente tinha ido a mil por hora e não conseguia parar de voltar para
o momento que os dedos de Kelly tinham agarrado a sua camisa? Será que
importava que Kelly estava falando que queria a mesma coisa? “Isso não
importa para mim.”
“Você vai me dar mais?” Kelly sussurrou.
Nick soltou a respiração acumulada e fechou os olhos, balançando a
cabeça. Algo semelhante ao terror riscou por meio dele, seguido
rapidamente por luxúria. Dar mais para Kelly significaria ramificações que
nenhum deles podia lidar com elas. Isso significaria alterar o estado de sua
amizade, arriscando isso e para quê?
“Eu não estou sob a influência mais. Muito. Mesmo se eu estivesse,
eu fiz coisas muito pior do que você, que nunca me arrependi.”
Nick soltou uma risada, e ambos começaram a rir. De repente, a
tensão foi embora novamente e era apenas o Doc maldoso na cama com ele
mais uma vez. Kelly aproximou todo o espaço entre eles e roçou os dedos
sobre os nós dos dedos de Nick. Uma cicatriz nas costas da mão de Nick
ainda exibia os pequenos trilhos de trem, onde Kelly havia costurado um
corte no campo. Ele correu os dedos através dela. Havia meia dúzia de
outros lugares no corpo de Nick que costurou ao longo dos anos. Nick
conhecia bem as mãos. Ele nunca tinha visto isso como nada além de mãos
de cura, no entanto, não até o momento que os dedos de Kelly tinham se 18
agarrado a sua camisa e o puxou para mais perto quando eles se beijaram.
“Você quer?” Perguntou Kelly.
“Sim, mas...” Nick estendeu os dedos, e Kelly entrelaçou com os
dele, segurando sua mão. Kelly deu um puxão em seus dedos e Nick
deslizou os centímetros entre eles. Seus lábios se encontraram, e mais uma
vez roubou a respiração de Nick de seus pulmões, seu coração acelerou até
seus ouvidos zumbirem, lavando seu corpo com gelo e fogo. Kelly puxou a
mão frouxa e agarrou o cotovelo de Nick, o puxando até que ele era capaz
de colocar a sua mão debaixo da manga e contra a pele de Nick.
“Como isso funciona?” Kelly engasgou. Seus lábios se moveram
contra os de Nick e Nick gemeu.
“Isso não funciona de forma nenhuma. Você não pode nem mesmo
rolar por sua conta.”
Ele chegou em torno de Kelly e empurrou os travesseiros que tinha
sido tão cuidadoso em organizar, em seguida, ele passou o braço em volta
dele e o arrastou perto o suficiente para pressionar contra ele. Eles tinham
compartilhado uma cama centenas de vezes, e mais frequentemente do que
não tinham acordado abraçando. Kelly de alguma forma sempre conseguiu
acabar o envolvendo. Talvez eles pudessem manter isso dentro do reino de
algo que eles entendiam. Talvez.
“Você está dizendo que você não pode lidar com isso?” Kelly
alfinetou, sorrindo.
Nick podia ver aquele sorriso ao luar, tinha visto aquele sorriso mil
vezes antes. Agora, porém, ele o queria limpar com outro beijo. Jesus, se
ele não fizesse algo sobre isso agora, ele estava indo protelar.
Ele empurrou Kelly sem interesse, em seguida, estendeu a mão
sobre ele e virou a lâmpada para que ele pudesse ver o rosto de Kelly com
mais clareza. Kelly gemeu quando sua ereção esfregou contra a coxa de
Nick. O sorriso maroto desapareceu.
“Deus, isso parece estranho,” Kelly bufou.
“Diga a palavra e vou parar”, Nick resmungou, embora ele estava
rezando silenciosamente que Kelly não faria tal coisa. Ele nunca seria
capaz de olhar para as mãos de Kelly da mesma forma novamente, mas
pelo menos desta forma eles poderiam tirar isso de seus sistemas.
Kelly trocou seus ombros, olhando para Nick com os olhos
arregalados. Nick o tinha prendido ao colchão.
Uma das mãos de Kelly encontrou o seu caminho todo o caminho
debaixo da camisa de Nick para arrastar para baixo da águia gigante, globo,
19
e âncora tatuagem no ombro de Nick, e ele tinha jogado um pé sobre a
panturrilha de Nick assim que as pernas entrelaçaram. Ambos estavam
duro.
“É uma sensação boa”, Kelly finalmente sussurrou, parecendo
surpreso. “Será que vai doer?”
“Eu não vou transar com você, Kels.”
“Por que não?”
“Porque você está machucado e eu fico áspero”.
Kelly engoliu em seco, sua respiração acelerando. “Quão áspero?”
Nick inclinou a cabeça e sorriu lentamente.
“Isso é meio quente.”
Nick se esticou sobre ele e o beijou, tendo cuidado para não
descansar o seu peso sobre ele, provocando um gemido mais alto de Kelly.
Ele mudou de posição até que ele podia sentir a ereção de Kelly contra a
sua através de sua cueca boxer.
“Jesus, Nick,” Kelly suspirou, finalmente largando o humor em sua
voz. Ele empurrou a camisa de Nick. “Perca um pouco disso.”
Nick empurrou e puxou a sua camisa com a mão livre, a puxando
sobre a cabeça e a jogando para o lado. Kelly passou a mão no peito de
Nick, os dedos mal roçando, hesitante. Era uma estranha mistura de
ousadia e incerteza. Nick não sabia por que isso o excitava, mas o excitava.
Ele nunca tinha estado com ninguém para a sua primeira vez. Ele
certamente nunca esteve com um amigo. Oh Deus, esta provavelmente era
uma má ideia. Mas algo sobre isso pareceu uma ótima ideia quando Kelly
encontrou seus olhos, e Nick não podia negar nada a ele naquele momento.
“Vá em frente,” Nick resmungou.
Kelly riu de novo, seu corpo relaxando ainda mais. Ele arrastou os
dedos ao longo dos músculos do abdômen de Nick, nunca tirando os olhos
de Nick. Nick lutou para controlar a respiração, mas estava ficando difícil.
Ele engasgou quando a mão de Kelly mergulhou sob o elástico de sua
cueca, e ele se abaixou para beliscar os lábios de Kelly.
“Sério, quão áspero você fica?” Kelly perguntou, sua voz rouca.
“Quando você estiver curado, talvez eu vá te mostrar.”
A respiração de Kelly veio mais e mais rápido. “Você pode me
mostrar um pouco?”
Nick riu, beijando Kelly mais uma vez antes de ficar em suas mãos
e joelhos. Kelly empurrou sua boxer, os empurrando para baixo para suas 20
coxas. Com o material para fora do caminho, os dedos arrastado para o
outro lado dos quadris de Nick até as suas costelas.
Nick pairava sobre ele, encontrando os olhos e tentando ler o quão
sério ele estava. Kelly era a mesma pessoa que tinha insistido que seria
divertido para BASE jump6 o Grand Canyon e pedira a Nick para ir com
ele para a Nicarágua para volcano boarding7. Ele nunca pensava as coisas
até o seu fim natural. Esse era o trabalho de Nick. “Chegando ao ponto sem
volta sobre este assunto.”
“Eu estive acordado por uma hora, Nick. Não conseguia parar de
pensar nisso.”
A respiração de Nick falou. Kelly esteve deitado acordado
pensando sobre isso. Pensando sobre ele. Todas as reservas que tinham
permanecido saíram pela janela com isso. Nick empurrou para longe dele
para que ele pudesse puxar a calça do pijama para baixo. Ele nem sequer
tentou tirar a calça todo o caminho, apenas as puxou para os joelhos de
Kelly antes de dobrar a cabeça para dar um beijo no quadril de Kelly.
Todo o corpo de Kelly estremeceu e ele suspirou, descendo para
pegar um punhado de cabelo de Nick. Nick olhou para cima e sorriu
quando encontrou os olhos de Kelly. Kelly estava olhando para ele,
mordendo a língua. Nick abaixou a cabeça para lamber, mas a mão de
Kelly em seu cabelo o parou. Seus nervos correram, e Nick olhou para
cima novamente, esperando ver a indecisão no rosto de Kelly. Em vez
disso, Kelly estava sorrindo.
“É melhor fazer isso bem”, Kelly arrastou as palavras. “Sem
pressão”.
6
Base jump é uma atividade onde os praticantes pulam de um objeto fixo e usam um paraquedas para
quebrar a queda. A sigla BASE vem do Building Anteena Span & Earth (Prédio, Antena, Ponte e Terra),
e onde o Earth se referee a cliff (falésia).
7
Também conhecido como volcano surfing e ash boarding, o volcano boarding é um esporte extremo que
consiste na descida de uma encosta arenosa de um vulcão ativo sobre uma prancha especial.
Nick resmungou para ele. É. Ele tinha necessidade de fazer isso
bem. No caso de esta ser a única chance que Kelly lhe dava. E no caso de
que não fosse...
“E não é para morder!”
“Você tem mais regras do que o Corpo de Fuzileiros Navais”, Nick
resmungou. “Cale a boca”.
Para fazer o seu ponto, ele arrastou os dentes através pelo osso do
quadril de Kelly e mordeu. Kelly ainda estava se contorcendo e xingando 21
quando Nick pegou seu pênis em sua boca e foi todo o caminho até o fundo
de sua garganta em um movimento rápido.
“Jesus Sagrado!” Kelly gemeu, e sua outra mão pousou no ombro
de Nick. O som do tapa ecoou pelo teto inclinado na cabana. Nick levantou
a cabeça lentamente, deixando deslizar o pênis de Kelly entre os lábios,
enrolando a língua ao redor da cabeça, antes que ele lambesse a ponta mais
uma vez e olhasse para Kelly novamente.
Kelly não estava mais sorrindo. “Você pode morder”, ele engasgou
quando começou a sair de seu pijama. “Você pode fazer qualquer merda
que você quiser.”
“É bom saber”, Nick ronronou, sorrindo. “O que quero fazer não
está ainda realmente sobre a mesa”.
O peito de Kelly arfava com as respirações profundas que ele estava
tomando. Nick deslizou a mão sob a sua coxa e levantou a perna,
lembrando-se de ter cuidado, quando a ergueu sobre seu ombro. Ele
abaixou a cabeça e lambeu a dobra da coxa de Kelly. Eles compartilharam
um sorriso, e Kelly começou a rir.
“Lembro de compartilhar uma parede com você, O'Flaherty. Eu sei
o quão sujo você é.”
Nick balançou a cabeça e lambeu a cabeça de seu pênis, o sugando
na boca. Ele chupou até que a mão de Kelly apertou em seu cabelo
novamente, então ele forçou o pau de Kelly para o fundo da garganta e
engoliu em torno dele. Kelly gritou, começando a xingar e chamar Nick de
nomes que ele normalmente só ouvia quando estavam jogando paintball.
Ele chupou Kelly para cima e para baixo mais uma vez e, em
seguida, empurrou a perna, rolando os quadris de Kelly de volta. Ele
lambeu suas bolas e, em seguida, moveu os lábios sobre elas, as
massageando, cantarolando quando fazia isso. A perna de Kelly começou a
apertar por cima do ombro, e Nick pegou a deixa e chupou uma de suas
bolas em sua boca.
“Filho da puta! Foda-se! Como você está fazendo isso?”
Nick cantarolou em resposta, e Kelly começou a se contorcer. Ele
torceu, o calcanhar cavando a espinha de Nick, com a mão puxando o
cabelo de Nick duro o suficiente para que Nick erguesse a cabeça. Ele
agarrou o pulso de Kelly e o empurrou para longe de seu cabelo, o
prendendo no colchão ao lado do quadril de Kelly.
“Diga-me para parar, se você precisar,” ele rosnou. “Mas não puxe
a porra do meu cabelo para fora.”
22
Kelly concordou com fervor.
Nick começou a acariciar seu pênis, usando a mão que ele tinha
enrolado na coxa de Kelly. Ele chupou seu dedo quando Kelly o assistia
com os cílios abaixados.
“Isso vai doer?” Perguntou Kelly.
“Eu não vou te machucar”, Nick sussurrou. Ele pressionou o dedo
molhado contra os músculos ao redor da bunda de Kelly, não forte o
suficiente para entrar nele, apenas para deixá-lo sentir alguma coisa lá.
O calcanhar de Kelly escavou em suas costas. Seus dedos
agarraram o lençol ao lado dele. “Deus, isso se sente estranho!”
Nick balançou a cabeça e arrastou a palma da mão sobre a coxa de
Kelly. “Você está muito tenso para isso”, ele murmurou.
Ele deixou a perna de Kelly deslizar pelo braço, então ele arrastou o
corpo de Kelly, deslizando seu pênis contra a perna de Kelly, tomando
cuidado para não colocar o seu peso sobre o abdômen de Kelly.
“Eu não estou tenso,” Kelly argumentou assim que Nick o estava
olhando nos olhos novamente. “Eu só estou tentando não malditamente
gozar em cima de você dois segundos depois que você me tocou. Como
diabos você engole a coisa?”
Nick riu, abaixando-se, com cuidado para evitar o ferimento de
Kelly quando ele se esticou a contra seu corpo. Kelly era mais baixo que
ele por alguns centímetros e mais compacto, mas ele era todo o músculo
duro e humor seco.
“Você percebe que gozar em cima de mim é meio o que estou
tentando, certo?”
Kelly respirou duro. Sua mão descansou contra as costelas de Nick,
em seguida, arrastou mais baixo, empurrando entre seus corpos. Nick teve
que empurrar para cima para deixá-lo chegar entre eles e, em seguida, os
dedos de Kelly envolviam ao redor de seu pênis. A respiração de Nick
gaguejou e seus olhos se fecharam. Ele abaixou a cabeça para pressionar
sua testa contra Kelly. Seus narizes esmagados juntos. Kelly ergueu o
queixo para um beijo, então começou a acariciar Nick, os lábios imitando o
ritmo preguiçoso. Nick gemeu.
“Você é tão gostoso, você sabia disso?” Kelly sussurrou.
“Eu aposto que você diz isso para todos os seus amigos mais
antigos, quando você está os provocando.”
Kelly riu e arqueou as costas, em busca de contato. “Não, só para 23
você.”
Nick se apoiou sobre um cotovelo e procurou o pau de Kelly com a
outra mão. Seus dedos roçando enquanto um agarrava o outro. Nick
empurrou seus quadris para Kelly.
Kelly mordeu o lábio de Nick, sorrindo. “Você se lembra daquela
viagem para San Diego, quando nós compartilhamos um quarto de hotel e
você ficou com aquela loira louca?”
Nick resmungou, balançando a cabeça. “Tempo estranho para trazer
isso.”
“Eu vi vocês”, Kelly admitiu, fechando os olhos. “Sempre que eu
preciso sair, eu penso sobre aquela noite. Eu sempre pensei que era a
menina, mas agora estou pensando talvez...”
“Você está pensando demais”, Nick rosnou. Ele não queria ouvir
isso, não importa o quanto as insinuações fizeram a sua barriga vibrar ou
seu coração disparar. Ele agarrou as mãos de Kelly e as bateu no colchão,
segurando-o pelos pulsos. Ele empurrou seus quadris, deslizando seu pau
pingando ao longo de Kelly. “O que você deveria estar pensando era em
envolver suas pernas em volta de mim”, disse contra os lábios de Kelly
antes de beijá-lo. Ele lambeu os dentes de Kelly e depois chupou sua
língua.
Kelly gemeu e distraidamente tentou puxar os joelhos para cima.
Ele amaldiçoou em frustração quando não pode fazê-lo, e Nick se
atrapalhou ao seu lado para ajudá-lo. Kelly assentiu quase freneticamente, e
Nick o ajudou a se mover e deslizou seus pés sobre as coxas de Nick.
Nick continuou a se esfregar contra ele, apertando com força, paus
deslizando, bolas pressionando juntas. Seria tão fácil nesta posição apenas
colocar a cabeça de seu pau contra o traseiro de Kelly e se enfiar dentro.
Isso foi bom saber para a próxima vez.
“Agora você devia estar pensando em eu fodendo você”, ele
sussurrou. “Porque eu com certeza estou pensando”.
“Oh Deus,” Kelly ofegou.
“Não, você não diz o seu nome, quando eu te foder. Você diz o
meu.”
Kelly respondeu com um suspiro inarticulado.
Nick empurrou seus quadris com força contra Kelly, seus paus
vazando tanto, deslizando contra músculos suados. Ele colocou seus lábios
contra o ouvido de Kelly. “Você está pensando em mim dentro de você?”
Kelly resmungou e estremeceu. “Foda-se, sim.” 24
“Isso é tudo o que você deve estar pensando, você entende?”

Kelly assentiu bruscamente. Nick soltou uma de suas mãos e
arrastou a palma da mão para cima do pescoço e do queixo de Kelly,
enfiando um dedo em sua boca. Kelly gemeu e chupou, enrolando a língua
em torno dele e cobrindo o dedo de Nick com saliva. Ele parecia
instintivamente saber o que Nick pretendia fazer e obedecia.
Nick alcançou entre eles e usou seu dedo escorregadio para
empurrar a os músculos teimosos novamente, desta vez forçando a ponta
por eles.
“Nick!” Kelly engasgou.
“Isso está correto. Qual é a única coisa que você está pensando?”
Nick rosnou.
“Você dentro de mim,” Kelly recitou sem fôlego. “Seu grande pau
dentro.”
Nick usou a ponta do seu dedo para pressionar esses músculos, mas
não indo mais fundo, lutando contra seu orgasmo. A ideia de estar dentro
de Kelly quando um deles gozasse era quase demais.
Kelly o agarrou, contorcendo-se debaixo dele, contorcendo-se
contra seu pênis, empurrando o dedo de Nick e forçando os músculos a
relaxar. “Foda-se, Nick!”
“Goze para mim”, Nick sussurrou. “Grite a porra do meu nome.”
Ele se inclinou e o beijou, um choque brutal de línguas e dentes
quando Kelly estremecia debaixo dele, gritando contra seus lábios. Não era
o nome de Nick, mas era perto o suficiente. O primeiro choque de seu
orgasmo bateu e ele puxou o dedo para longe, segurando Kelly para baixo
com ambos os braços enquanto ele sulcava contra ele, acrescentando jatos
quentes de sêmen para o suor já se misturando entre eles.
Ele se empurrou de joelhos para tirar seu pênis na mão e se
derramar através do resto do orgasmo. Ambos assistiram avidamente
quando ele gozou por todo o abdômen de Kelly.
O pau de Kelly estava pulsando, sêmen escorrendo seu lado. Ele
alcançou a mão para terminar, mas Nick bateu a mão e deslizou para baixo
até que ele pudesse lamber esse esperma e chupar a cabeça em sua boca. A
mão de Kelly pousou em seu cabelo novamente, e ele se empurrou na boca
de Nick quando ele atirou o resto de sua carga na garganta de Nick.
25
Quando os dedos de Kelly finalmente soltaram seu aperto, Nick
entrou em colapso ao seu lado na cama, ofegando no tempo com goles de
Kelly para o ar.
“Jesus Cristo porra, O'Flaherty,” Kelly finalmente gaguejou.
“Você se machucou?”
“A porra da minha... mente. Minha mente está queimada.”
Nick riu fracamente e se sentou. “Você quer água?”
Kelly agarrou seu braço, o parando e o puxando para fora de
equilíbrio para que ele tombasse de volta em seu lado. Ele olhou nos olhos
de Kelly à luz forte da lâmpada. Nick sempre amou os olhos estranhamente
coloridos de Kelly, mas ele nunca imaginou que ele estaria olhando para
eles desse modo.
“’ Você não diz o seu nome, você diz o meu’?” Kelly repetiu
incrédulo. “Eu quase gozei logo em seguida, onde diabos você estava
escondendo isso?”
Nick sorriu e descansou em seu cotovelo. “Oh Deus, Kels, o que
fizemos aqui?”
“Eu não me importo. Estamos explorando mais isso.” Kelly acenou
um dedo no rosto de Nick.
“Ok”, Nick concordou. Ele estendeu a mão sobre o corpo de Kelly,
se inclinando para beijá-lo quando ele pegou a garrafa de analgésicos da
mesa de cabeceira. Eles continuaram o beijo quando Nick abriu a tampa da
garrafa, e Kelly gemeu melancolicamente quando Nick se afastou.
“Desgraçado”, Kelly murmurou.
Nick quebrou uma das pílulas ao meio e ofereceu metade a Kelly
com um sorriso atrevido. “No lugar de um cigarro?”
Kelly pegou a pílula, vendo com os olhos apertados quando Nick
levou a outra metade na boca. Eles compartilhavam uma garrafa de água,
rindo, enquanto usavam um dos travesseiros para se limparem.
Quando estavam se acomodando para dormir, Nick começou a
construir a barreira travesseiro entre eles novamente. Kelly estendeu a mão
e parou.
“Acho que se posso lidar com o que acabamos de fazer, eu posso
levar isso se você rolar acidentalmente no meio da noite.”
Nick levantou uma sobrancelha. “Tem certeza?”
Kelly concordou e sorriu. "Você é muito macho para abraçar?”
Nick revirou os olhos e deitou para fora, realizando manobras para 26
mais perto de Kelly e descansar a cabeça na dobra do seu braço. “Nós
vamos discutir isso amanhã”, ele murmurou, fechando os olhos e deixando
o cansaço tomar conta.
Kelly riu, passando os dedos pelo cabelo de Nick. “Oh sim, nós o
faremos.”
Kelly acordou quando o calor do sol tocou seu rosto. Ele se virou
para longe disso, estendendo a mão em cima da cama. Sua mão bateu em
um espaço vazio, porém, e ele finalmente abriu os olhos e ergueu a cabeça.
“Irlandês?” Disse, a voz rouca de sono.
Nick tinha ido embora, porém, e seu lado da cama estava frio sob os
dedos de Kelly. Kelly se esforçou para sentar, usando as cobertas e o
colchão para se empurrar.
“Me amou e me largou. Típico O'Flaherty,” Kelly murmurou. Ele
provavelmente deveria estar uma pilha de nervos ao acordar sozinho depois
de ontem à noite, especialmente desde que Nick era um risco de fuga
comprovado quando se tratava de relacionamentos. Mas então ele olhou
para o relógio em cima da mesa por hábito e viu uma nota lá, o instruindo a
pedir ajuda se ele precisasse. Ele sorriu da caligrafia brusca, sem frescura
de Nick. Suas pílulas estavam alinhadas para ele, e um copo de água estava
posto ao alcance do braço.
Ele conseguiu se arrastar para fora da cama e ir para o banheiro sem
muita dificuldade. Limpando seu estômago com um pano úmido e
escovando os dentes foi todo o esforço que ele colocou em sua aparência,
no entanto.
Ele estava limpando a porra de outro cara fora de sua barriga. Jesus.
Não era apenas outro cara, também. Era Nick. Ele era seu melhor amigo.
Era o seu melhor amigo que ele sempre achou que era hetero até um ano
atrás. O que isso significa mesmo foder pra ele? Poderia Kelly ainda se
chamar de hetero? Ele era gay agora? Deus, ele esperava que Nick tivesse
algumas respostas para ele, porque Nick era a única pessoa que podia
pensar até mesmo para perguntar essas coisas. 27
Ele se virou para examinar a si mesmo no espelho. “Sério?” Ele

sussurrou para seu reflexo. Ele balançou a cabeça e começou a sorrir sem
querer. Ok, então. Seu estúpido idiota.”
Ele vestiu uma calça e uma camiseta esfarrapada, mas ele teve que
sentar na ponta da cama e descansar depois que estava vestido. Ele estava
duramente pressionado para não rir dele mesmo. Muito fraco para se vestir,
sem uma pausa, mas não muito fodido fraco para implorar o seu melhor
amigo para transar com ele.
Avistou o pijama que usava na noite passada, amarrotado ao pé da
cama onde ele o tinha chutado. Seu estômago se agitou, e novamente ele
ficou surpreso que a reação. Nick foi muito bom. Muito bom. Tudo sobre
isso tinha sido bom, e Kelly estava chocantemente bem com isso. O que o
fez um pouco querer vomitar era querer saber como Nick estava levando
isso.
Ele fez uma careta quando se levantou, lutando para se equilibrar
quando se arrastou para as escadas. Os analgésicos ainda não tinham feito
efeito, e manhãs eram sempre o pior. Ele estava no topo da escada, olhando
para baixo. Parecia um longo caminho sem alguém lá para pegá-lo se ele
caísse.
Nick apareceu na parte inferior da escada, olhando para ele. “Você
precisa de ajuda?”
“Eu pensei que eu não precisava”, Kelly falou com um sorriso. “Eu
poderia estar errado.”
Nick levou a dois degraus de cada vez, chegando ao degrau abaixo
dele e o deixou inclinar-se sobre os ombros. O braço de Nick deslizou em
torno de sua cintura, e todo o corpo de Kelly estremeceu. O perfume de
Nick, a maneira como ele segurou a camisa de Kelly, o calor de seu corpo,
tudo trouxe de volta memórias de ontem à noite com uma corrida confusa
de sensações.
“Você é teimoso demais para pedir ajuda agora?” Nick murmurou.
“Eu acho.”
Nick olhou para ele, franzindo as sobrancelhas. Kelly ficou em
silêncio enquanto eles se atrapalharam em seu caminho para baixo das
escadas. Ele não conseguia recuperar o fôlego, e ele não estava acostumado
com a maneira como seu peito continuava enchendo com borboletas.
Quando ele pediu a Nick para beijá-lo ontem à noite, ele nunca
tinha esperado esse resultado persistente.
Ele não teve a chance de estudar o rosto de Nick novamente até que 28
ele estava repousando em sua cadeira. Ele olhou para cima, quando Nick se
inclinou sobre ele. Nick não parecia perturbado. Ele não parecia nervoso ou
assustado ou confuso ou qualquer uma das outras inúmeras emoções que
Kelly tinha sentido nos últimos dois minutos. Mas então, quando Nick já
pareceu nervoso?
“Doc?” Nick falou incisivamente.
“Huh?”
“Eu perguntei se você queria comida”, Nick disse com um sorriso.
“Você está bem?”
Kelly balançou a cabeça, fechando os olhos e fazendo uma careta
enquanto tentava ficar confortável. Ele saltou quando Nick acariciou sua
bochecha.
“Você está dolorido?” Nick perguntou.
“É tão óbvio?”
Nick balançou a cabeça, sua carranca se aprofundando. “Eu
machuquei você?” Ele perguntou, a voz vai mais suave.
Kelly sorriu lentamente. Esse tom intimista da voz, falando sobre o
que tinham feito na noite passada, era algo que ele encontrou
surpreendentemente sexy.
“Kels?”
Kelly passou um dedo suave sobre seu ferimento a bala e deu de
ombros. “Ele sangrou um pouco. Talvez um ponto se soltou ou algo
assim.”
O olhar de Nick caiu para a ferida de Kelly, e seu rosto
empalideceu. “Merda”.
Kelly estendeu a mão e a passou pela palma da mão de Nick, se
certificando que Nick estava olhando em seus olhos novamente antes de
falar. “Eu não estava sentindo nada na noite passada que não fosse bom.”
Nick pareceu ao mesmo tempo aliviado e divertido.
“O que você está fixando?” Kelly perguntou para tirar a mente de
Nick o quão delicado Kelly ainda era. Nick era um cozinheiro excepcional.
Eles descobriram isso, quando estavam estacionados em Lejeune8 e todos
tinham ido alugar uma casa juntos. O trabalho de Nick sempre foi o de
cozinhar.
“O que você quer?”
Kelly deu de ombros, sacudindo a cabeça. Ele não estava realmente 29
com vontade de comida.
Nick suspirou e se sentou na beira da mesa de café, com as mãos
entrelaçadas entre os joelhos. “Isso é a noite passada te alcançando, não
é?”, Ele perguntou, a voz severa.
A respiração de Kelly falhou. Ele cometeu o erro de encontrar os
olhos de Nick, e ele foi capturado por eles, paralisado pela cor, pela
preocupação sincera neles.
Nick respirou fundo. “Não há nada que eu possa dizer agora que
não vai ser estranho.”
Kelly começou a rir. “Eu sei disso. Não temos que falar sobre isso.”
“Eu meio que acho que precisamos”, disse Nick. “Eventualmente,
nós vamos ter que falar. Eu não sei quanto a você, mas eu não gosto da
sensação de ter algo pendurado entre nós.”
“Nem eu”, Kelly sussurrou.
“E agora há uma grande coisa má pendurada lá.”
Kelly bufou.
“Eu sinto muito.”
“Por quê?” Kelly exclamou.
Nick deu de ombros, olhando ao redor da sala com um pequeno
sorriso. “Eu sinto que me aproveitei de você estando drogado.”
“Mas você não aproveitou.”
“Mas eu sinto que eu fiz isso”, Nick insistiu.
“Sim, mas, se você não tivesse, você estaria se sentindo culpado por
me dizer não”, Kelly argumentou.
“Não, eu não estaria”, Nick falou. Um sorriso puxou os lábios. “Eu
estaria lamentando dizer que não e, provavelmente, muito frustrado, mas...”
8
Cidade sede de uma base dos fuzileiros navais americanos – Marine Corps Base Camp Lejeune.
A admissão aqueceu Kelly por todo o caminho até os dedos dos
pés. “Então é assim que se faz”, ele murmurou.
“O quê?”
“Eu só aprendi o segredo do charme O'Flaherty”, Kelly falou,
começando a sorrir. “Você só... atordoa a outra pessoa com honestidade.”
Nick riu, seu rosto começando a ficar vermelho. Mas ele não
desviou o olhar. Eles olharam um para o outro, se perdendo na
familiaridade por longos segundos antes de Nick se inclinar mais perto. 30
“Você está bem, Kels? E eu não quero dizer o buraco em seu peito.”
Kelly concordou. Em seguida, ele franziu a testa. “Não, na
verdade.”
O rosto de Nick ficou nublado, franzindo a testa e os olhos
apreensivos.
“Veja, toda vez que penso em você agora, eu sinto essas
borboletas”, explicou Kelly, vibrando seus dedos em seu peito. “E é
estranho porque é você, e você é você. Mas eu gosto disso também. E... Eu
gosto que é você. Então, eu não tenho certeza sobre o que fazer com isso.”
Nick lambeu os lábios, deixando sua língua no canto da boca, como
sempre fazia quando estava pensando. Os olhos de Kelly foram atraídos
para ela brevemente antes que ele rasgasse sua atenção e focasse de volta
nos olhos de Nick.
“Eu não sei o que te dizer”, Nick finalmente disse.
“Que tal me dizer que vai passar? Ou que é apenas as drogas. Ou
quase morrer. Vamos, O'Flaherty, eu sei que você tem uma meia dúzia de
desculpas prontas para serem usadas para coisas como esta”.
Nick ficou em silêncio, mordendo o lábio.
O sorriso de Kelly caiu. “Você não tem?”
“Eu nunca corri em uma coisa assim”, admitiu Nick.
Kelly levantou a cabeça. “Você também sente isso, não é?”
Nick riu. “Borboletas sempre que penso sobre mim mesmo?”
“Não jogue jogos de palavras comigo, espertinho. Os medicamentos
ainda não fizeram efeitos.”
Nick suspirou e contemplou suas mãos. Ele arrastou o polegar sobre
a cicatriz na parte de trás de sua mão. “Eu acho que é improdutivo falar
sobre isso até que você tenha se recuperado um pouco mais.” Ele olhou
para cima, forçando um sorriso para cobrir a dica de medo que Kelly podia
ver em seus olhos.
Kelly queria empurrar, passar por aquele sorriso e ver exatamente o
que Nick estava pensando, o que ele temia. Porque as perspectivas que a
noite passada abriram estavam todas desfilando pela mente de Kelly, e ele
gostou do que viu. Ele precisava que Nick estivesse na mesma página com
ele, no entanto, e Nick, obviamente, ainda não estava. Kelly sabia uma
coisa com certeza, e isso era que Nick não seria empurrado, ele não seria
intimidado, e ele com certeza não iria virar essa página mais rápido se 31
Kelly tentasse fazer isso por ele.
Então Kelly apenas balançou a cabeça. “Que tal panquecas?”
“Com M & M?”
“Você tem algum?” Kelly perguntou, seus olhos ficando maiores e
sua boca começou a salivar.
Nick deu um sorriso malicioso e se levantou. Ele afagou a cabeça
de Kelly enquanto caminhava por ele, dirigindo-se para a cozinha.
“Espere um minuto”, Kelly resmungou, estendendo a mão para
agarrar o braço de Nick. “Isso é tudo que eu consigo na manhã após?”
O passo de Nick gaguejou e ele voltou atrás para olhar para Kelly.
“O quê? Eu te dei drogas e estou preparando o café da manhã em uma
bandeja, o que mais você quer?”
Kelly sorriu e deu ao braço de Nick um pequeno puxão. Ele podia
ver Nick morder a língua quando sorriu, e algo sobre isso colocou o desejo
sexual de Kelly para funcionar. “Você realmente vai me fazer pedir por
isso?”
Nick levantou uma sobrancelha, sorrindo mais largo.
Kelly revirou os olhos e afundou os ombros, puxando Nick
novamente. “Me dá um beijo!”
Nick suspirou, olhando ao redor da sala enquanto lutava contra um
sorriso. Ele podia ter tentado chegar a uma razão para não, ou ele podia ter
estado lutando contra o fato de que ele queria. Ele, finalmente, colocou a
mão na cabeça de Kelly e se inclinou sobre ele, apertando os olhos quando
olhou para Kelly. Ele sorriu e apertou o nariz e os lábios contra a bochecha
de Kelly antes de dar-lhe um beijo suave, em seguida, se afastou antes que
Kelly pudesse buscar mais, deixando Kelly sentado lá cheio de calor e
nervos.
Kelly sorriu, observando o reflexo de Nick na televisão escura
enquanto ele se movia em torno da cozinha, fazendo as panquecas de
Kelly. Nick sabia que ele gostava panquecas com M & M nelas. Kelly tinha
se casado com uma mulher que nunca soube de um fato tão simples sobre
ele, que nunca se preocupou em aprender.
Ele se permitiu refletir sobre isso. Considerou Nick. Toda vez que
ele tinha acordado no hospital em Nova Orleans, Nick estava lá. Às vezes,
Ty também estava lá, sentado com ele, conversando com Nick, ou
dormindo enrolado na cadeira no canto. Mas Nick esteve lá o tempo todo,
sem falhar.
32
Ele se sentava na cadeira e leu. Ele dormia enrolado no sofá que era
muito pequeno para ele, ou com a cabeça apoiada na cama perto da mão de
Kelly. Ele tinha roubado o almoço de Kelly em vez de sair para ir para o
refeitório, e depois chamava para conseguir mais quando ele acordou.
Nick não tinha deixado seu lado, e quando chegou o tempo de Kelly
receber alta, Nick ainda não tinha discutido voltar para casa com ele. Ele
simplesmente assumiu que ele faria. Pessoas procuravam a vida inteira por
que alguém só se preocupava com eles. De alguma forma, Kelly tinha
tomado esse sentimento como concedido.
Nick voltou e colocou um prato de panquecas sobre a mesa ao lado
de Kelly. Kelly o observou, ainda preso na ideia de alguém que
literalmente abandonou sua vida por ele, que quase tinha feito isso em
várias ocasiões. Kelly tinha amado Nick por anos, assim como ele amava o
resto da equipe. Quem estava dizendo que não poderia ser mais? Onde
estava escrito que qualquer um deles tinha que passar a vida à procura de
alguém que os entendia quando eles tinham um ao outro aqui? Por que isso
tinha que estar fora da mesa só porque Kelly passou toda a sua vida
perseguindo as mulheres? Ele sentia como uma porta tinha sido aberta na
noite passada, uma porta que nunca tinha sabido que existia.
Nick tinha um palito na boca, o mastigando quando ele colocou o
café da manhã de Kelly, onde ele poderia alcançá-lo. Kelly tirou o palito.
“Perigoso”, ele resmungou.
Nick bufou, mas como ele estava se afastando, Kelly pegou sua
camisa e o puxou para mais perto. Nick quase tropeçou sobre a mesa do
lado, e ele teve que colocar as duas mãos sobre os braços da cadeira de
Kelly para se impedir de se lançar no colo de Kelly. Seus olhos estavam
arregalados.
“Quanto tempo eu tenho para me recuperar, exatamente?” Kelly
exigiu.
“O quê?”
“Quanto tempo você vai tatear ao redor antes de você sentar e falar
comigo?”
Nick piscou algumas vezes, seus olhos parecendo mais verdes
enquanto Kelly assistia. Kelly sorriu, ficando mais quente. Ele apertou
ainda mais em frente da camisa de Nick para que o homem não pudesse
escapar.
“Olha, eu te amo”, Kelly disse a ele. “Você me ama. Nós já
sangramos pelo outro. Por que isso não pode se transformar em algo mais?”
33
“Kels...”
“Pare. Antes de discutir comigo, basta pensar nisso objetivamente,
sem acrescentar quem nós somos.”
“Quem nós somos é meio que um grande negócio.”
Kelly o soltou e respirou fundo. “Sente-se, eu quero falar sobre
isso.”
Nick não se sentou. Ao contrário, ele se inclinou para perto, perto o
suficiente para que o coração de Kelly gaguejasse e ele fechou os olhos.
Ele podia sentir a respiração de Nick em seus lábios, sentir o restolho da
barba contra o queixo. “Suas panquecas estão esfriando”, Nick sussurrou
antes de se afastar.
Os olhos de Kelly abriram para olhar para o prato de panquecas
perfeitamente douradas com M & M derretidos em padrões de rostos
sorridentes. Ele riu e olhou nos olhos de Nick novamente. Nick estava
sorrindo. Ele hesitou brevemente antes de ele pressionar outro beijo nos
lábios de Kelly. Desta vez, ele estendeu isso, o tornando um pouco menos
casto e adicionando um pouco mais de língua e dentes.
Kelly avaliou seu coração acelerado, suas respirações rasas, a
agitação em seu estômago. Ele não se sentia assim desde que ele era um
adolescente, e ele gostou. Não era um estranho em um bar esfumaçado
dando a sensação de aventura, também, era um de seus amigos mais
antigos e queridos. Ele tentou se empurrar para a frente para aprofundar o
beijo, mas Nick se afastou dele, correndo o dedo sobre os lábios.
“Coma. Eu não vou fazer mais”, Nick murmurou. Ele se afastou,
mas sua mão pousou no ombro de Kelly e apertou. “Nós vamos conversar
depois. Eu prometo.”
Kelly assentiu, satisfeito. Porque Nick O'Flaherty sempre cumpria
suas promessas.
Quando Kelly acordou, percebeu que Nick apenas esperou que os

seus analgésicos fizesse efeito, e, em seguida, e deslizou. Ele abriu as
janelas e as portas para o convés de trás para permitir que a brisa varresse
pela cabana, então saiu e não tinha voltado antes que Kelly começasse a 34
cochilar.
Kelly lutou para se levantar no lado da cadeira e finalmente colocou
a perna para baixo para que ele pudesse tentar ficar de pé. Ele engasgou
com a dor e parou de se mover tão logo ele estava de pé, com medo de dar
mais um passo.
Seus analgésicos tinham perdido o efeito. Quanto tempo ele esteve
dormindo?
“Irlandês”, ele gritou.
Ele ouviu um baque de fora do deck, e os passos de Nick eram
pesados quando ele correu para a porta. Ele apareceu na porta, a luz do sol
em seu redor. Ele trocou para jeans e uma camisa de flanela solta, e com a
nuca e o cabelo encaracolado ficando mais longo, ele parecia muito à
vontade na cabana de Kelly no meio da floresta. Ele também tinha sua faca
de combate amarrada à sua coxa.
A franziu a testa de Kelly. “O que você está fazendo?”
“O que você está fazendo?” Nick perguntou quando fez o seu
caminho. “Por que não pediu ajuda?”
“Eu acabei de pedi.”
Nick passou por baixo do braço levantado de Kelly, deslizando a
mão ao redor da cintura de Kelly para ajudar a apoiá-lo. “Você quer voltar
para baixo?”
“Não. O que você está fazendo lá fora? Posso ir lá fora?”
“Sim, mas sente antes,” Nick resmungou. Kelly realmente não teve
muita escolha quando Nick o abaixou de volta para a cadeira. “Eu vou
pegar suas pílulas, deixe-as fazer efeito antes de se mover novamente.”
Kelly suspirou e esperou, olhando para a porta aberta enquanto a
brisa chutava para cima. Cheirava a luz do sol e pinheiros, com um toque
de ar fresco restando do inverno. Ele amava a primavera e o outono por
tempo como esse. Ele olhou para a frente para a luz do sol em seu rosto.
Nick bateu de volta para baixo os degraus com suas pílulas e
garrafa de água.
“O que você estava fazendo lá fora?”Kelly perguntou, olhando
incisivamente para a faca na coxa de Nick.
Nick sorriu torto e entregou-lhe os comprimidos. “Eu vou te
mostrar.”
Kelly derrubara as pílulas, em seguida, estendeu o braço para pedir
ajuda. Ele deslizou em torno do pescoço de Nick, uma ação que tinha 35
repetido dezenas de vezes ao longo da última semana ou assim. Mas desta
vez era diferente. Desta vez, os dedos de Kelly cavaram no tríceps de Nick,
apreciando a força na estrutura de Nick. Desta vez o nariz de Kelly
permaneceu na testa de Nick, recebendo sua essência e deixando isso agitar
tudo de sua mente ao seu corpo.
“Uau”, Kelly murmurou. “Então, isso ainda está lá.”
A respiração de Nick soprou contra sua bochecha. “Sim, está.”
Kelly olhou em seus olhos, na esperança de ter um vislumbre do
que Nick estava realmente sentindo e pensando. Ele ainda parecia
assustado e preocupado, com o cenho franzido e os olhos hesitantes, mas
também havia fogo lá. Ele queria explorar isso tão mal como Kelly, mas ele
estava se segurando por razões óbvias.
Kelly sorriu. “Beije-me outra vez.”
“Kels...”
“Você se lembra o que você me disse ontem à noite? A única coisa
que eu deveria estar pensando era...”
Nick respirou fundo, sua respiração falhou enquanto ele e Kelly
olhavam um para o outro. “Eu dentro de você.”
Apenas as palavras fez respiração de Kelly falhar. “Beije-me outra
vez, caramba.”
Nick deu um breve aceno de cabeça, então ele estendeu a mão para
acariciar o rosto de Kelly, antes que se inclinasse mais perto e pressionasse
seus lábios juntos. Foi mais um beijo cuidadoso, um mero roçar de lábios
com uma pitada de dentes de Nick no lábio inferior de Kelly, antes que ele
se inclinasse para trás. Kelly balançou para a frente, ficou sem fôlego e
tonto por um toque simples, gentil.
A mão de Nick pressionou as costas de Kelly para puxar seus
corpos juntos, segurando-o firme para que ele não caísse. Kelly pegou a
parte de trás do seu pescoço, aprofundando mais um beijo com um pouco
mais de fervor do que o seu primeiro. Era tão natural para isso se
transformar em um abraço apaixonado, Kelly teve que perguntar por que
eles nunca tinham feito isso antes.
Kelly teria deixado isso continuar por todo o dia, mas Nick tinha
mais autocontrole do que ele. Ele gentilmente se afastou, segurando o rosto
de Kelly para que Kelly não pudesse persegui-lo.
“Vamos lá,” ele sussurrou, finalmente. “Eu vou te mostrar o que
estava fazendo lá fora.”
36
Kelly resmungou, mas ele permitiu que Nick o levasse lá fora. Ele
já não estava interessado no ar livre ou na luz do sol ou no que Nick esteve
fazendo, ele só queria que Nick o beijasse novamente. Ele fez uma careta
quando o sol bateu nos olhos, mas foi bom estar fora. Ele colocou o rosto
para o calor e deixou escapar um suspiro de alívio.
“É uma sensação boa, não é?” Nick murmurou.
Kelly assentiu, abrindo os olhos para encarar Nick novamente.
“Você pode ficar de pé? Andar?”
“Sim, eu estou bem”, Kelly falou. Ele viu quando Nick se afastou,
vendo seu querido amigo em uma luz completamente nova. A forma como
os ombros de Nick moviam, a maneira como ele andava com um ligeiro
coxear que ele nunca seria capaz de esconder totalmente à medida que
envelhecia por causa dos estilhaços incorporados em seu fêmur, o modo
como sua mão esquerda ficava perto da alça de sua faca. Estas eram todas
as coisas Kelly tinha notado antes, mas agora ele estava as igualando pela
forma como os músculos das costas de Nick sentiam sob os dedos, a forma
como os quadris de Nick rolavam entre suas coxas, e uma infinidade de
coisas que Nick podia fazer com as mãos cheias de cicatrizes.
Nick pegou uma vara da grade enquanto Kelly movia
cautelosamente em direção às cadeiras Adirondack9, no canto do deck.
Nick se virou e levantou a vara, sorrindo. Ele raspou a casca dela, alisando
o eixo, e ele tinha esculpido no final bulboso dedos curvados, todos com
pontas rombas. Kelly riu quando Nick entregou isso a ele.
“Um coçador de costas?”
9
Nick deu de ombros, sorrindo. “Eu me lembro de quando quebrei
minha clavícula, estava sempre coçando e nunca conseguia alcançar lá.
Você também pode usá-lo para alcançar as coisas, assim você não vai ter
que se esforçar para pegá-las.”
Kelly correu o polegar sobre as pontas dos dedos, acenando.
“Obrigado, irlandês.”
“De nada.” Nick inclinou-se contra a grade, cruzando os braços.
“Você quer tentar dar uma volta?”
37
Kelly gemeu, mas ele balançou a cabeça. Ele deveria caminhar
todos os dias. “Pode muito bem acabar logo com isso.”
“Eu vou te pegar alguns sapatos.”
Ele correu de volta para dentro, deixando Kelly refletindo sobre o
coçador de costas caseiro. Nick não era o tipo de cara que precisava estar se
movendo ou fazendo alguma coisa. Ele não precisava ter algo para fazer
com as mãos o tempo todo. Ele podia facilmente relaxar em uma cadeira de
praia e se perder em seus pensamentos durante horas, ou sentar e ler um
livro, ou simplesmente relaxar sob as estrelas. Ele não tinha estado aqui
fazendo isso para se manter ocupado enquanto Kelly cochilava.
Quando Kelly olhou para cima novamente, Nick estava parado na
porta olhando para ele. “Eu posso tentar de novo se ele não funcionar.”
“Não, isso é bom.”
“Vamos encontrar uma bengala também”, Nick acrescentou,
sorrindo.
"A não ser que ela tenha uma espada nela, eu não quero uma
bengala.”
Nick riu, aproximando-se com botas de Kelly. Ele deu um tapinha
no topo de sua cabeça quando se ajoelhou aos pés de Kelly. “Espere um
pouco.”
A respiração de Kelly pegou. Ele descansou a mão na cabeça de
Nick para manter o equilíbrio e olhou para baixo, para Nick quando ele
deslizou um pé na bota que Nick segurava para ele. Eles tinham as duas
botas postas, e Nick as estava amarrando para ele antes de Kelly perceber
que ele ainda estava com a mão no cabelo de Nick. Tirou os dedos pelos
cachos em crescimento.
Nick olhou para ele quando ele puxou o primeiro arco apertado. Ele
sorriu conscientemente quando Kelly não afrouxou seu aperto em seu
cabelo, em seguida, abaixou a cabeça e amarrou a segunda bota. Kelly
sempre pensou que Nick era um homem bonito, da mesma forma que ele
apreciou a beleza de um dia de primavera ou o nascer do sol em uma
manhã enevoada. Ele nunca tinha equacionado essa apreciação com o sexo
ou desejo, porém, assim essa a agitação em sua virilha quando se lembrou
do corpo de Nick contra a dele, ou quando Nick se ajoelhou em frente a ele,
era completamente nova.
Estreitou os olhos. Quando Nick se levantou, ele espelhou a
expressão de Kelly e inclinou-se contra a grade. Eles olharam um para o
outro enquanto os pássaros piavam e o vento agitava as folhas acima deles.
38
“Eu estou tão confuso agora”, Kelly admitiu.
“Eu sei”, Nick falou, sua voz suave e reconfortante. “Eu também.”
“O que vamos fazer? Ir em frente? Fingir que nada aconteceu?
Falar sobre isso?”
“Eu me lembro da minha primeira vez”, Nick comentou balançando
a cabeça. “Você vai ter que falar sobre isso. Você vai. E eu sou o único
aqui.”
“Então, nós falaremos.”
Nick assentiu.
“Alguma vez você já quis transar comigo?” Kelly exigiu.
Nick respirou fundo e soltou o ar lentamente, olhando para o céu.
Ele balançou a cabeça. “Não.”
“Você quer agora?”
Nick inclinou a cabeça e examinou Kelly. Kelly ficou
consideravelmente mais quente, enquanto observava os olhos de Nick.
Nick começou a sorrir. Sua voz era baixa e rouca quando respondeu.
“Com certeza.”
Kelly engoliu em seco e corou. “Igualmente.”
O sorriso travesso com que Nick respondeu apenas fez Kelly querer
se contorcer. Caramba, por que ele nunca percebeu quão sexy Nick era
quando ele sorria assim?
Nick lambeu os lábios para limpar o sorriso para longe e olhou para
suas mãos. “Então, você está querendo saber o porquê.”
“Sim”.
“Será que isso importa?”, Nick perguntou de forma neutra.
Kelly prendeu a respiração, considerando. “Sim?”
“Tudo bem.”
Kelly sorriu. Claro que Nick só iria aceitar isso e prosseguir para
tentar encontrar uma solução. Essa era a maneira que Nick era. Essa era a
maneira que ambos eram, até certo ponto, o que muitas vezes levava a uma
ausência distinta de ranger de dentes e lamentação entre eles quando os
problemas surgiam.
Nick agarrou o corrimão com ambas as mãos. “Parte da emoção de
atração é saber que é correspondido, não é?”
Kelly concordou. “Descobrimos ontem à noite que nós, um...”
39
“Recíprocos,” Nick forneceu. Ambos sorriram, encontrando os
olhos um do outro. O calor e a emoção de nova atração foram reforçados
por anos de história. Anos de camaradagem. Anos de conforto. Era algo
inteiramente novo, e era algo que se sentia bem.
Kelly respirou fundo quando a realização bateu nele. “Isso seria tão
fácil.”
Nick mordeu o lábio, não respondendo. Ao contrário, ele estendeu a
mão e passou os dedos sobre o pulso de Kelly.
“Deus, O, isso seria tão fácil”, Kelly falou com mais ênfase. Ele se
moveu com cuidado e se apoiou no parapeito ao lado de Nick. “Você e eu?
Apenas... você pode imaginar?”
Nick deu a isso um assobio baixo e balançou a cabeça. Ele levantou
a cabeça, o sorriso desapareceu. “Eu posso imaginar. Eu estou tentando não
imaginar, apesar de tudo.”
“Por quê?”
“Algumas semanas atrás, você quase morreu”, Nick falou, sua voz
foi áspera. “A sua visão do mundo mudou.”
“Como você sabe?”
“Porque eu quase morri algumas vezes, Kels. Lembro-me de como
é a... perceber que você ainda está aqui, quando não deveria estar.”
Kelly engoliu em seco e assentiu. Ele se lembrou das semanas de
busca desesperada quando Ty e Nick tinham desaparecido. Lembrou-se de
como ele se sentiu, tentando aceitar que eles foram embora e ele nunca
seria capaz de dizer adeus, para dizer o tanto que eles significavam para
ele. Ele havia escrito cartas para suas famílias. Elas nunca tinham sido
enviada pelo correio, graças a Deus, mas ele continuou soluçando enquanto
as escrevia.
Ele recordou dia em que ele tinha visto o caminhão de transporte
rolar em campo com Ty e Nick dispostos na parte de trás, pensando que
eles estavam mortos. Ele e Owen subiram naquele caminhão mais rápido
do que o tenente tinha sido capaz de mandá-los sair. Kelly encontrou o
pulso no pescoço de Nick e quis vomitar com alívio.
Seu estômago embrulhou e ele virou a mão para agarrar dedos de
Nick. Nick apertou a mão de Kelly como se ele soubesse o que ele estava
pensando, o que ele estava lembrando.
“Antes de ontem à noite, você nunca sequer considerou beijar outro
homem, e muito menos o que está na sua cabeça agora”, continuou Nick.
40
“Isso não é inteiramente verdade. Eu pensei sobre isso. Apenas
nunca a sério. Ou quando sóbrio.”
“Ainda. Você está em território desconhecido. Seria fácil. Nós”.
Kelly olhou para cima.
“Só sexo é uma coisa. Acho que poderíamos lidar com isso e não
perder o outro. Mas falar sobre qualquer outra coisa agora seria...”
“Loucura?”, Kelly perguntou.
Nick sorriu.
“Você está certo.”
“Eu sei”, disse Nick, com um sorriso.
Kelly soltou uma risada. “Cale a boca. Me escute, no entanto. Ok?”
Nick pegou a mão de Kelly e a segurou, seus dedos brincando com
os de Kelly. Ele acenou com a cabeça.
Kelly tirou os olhos de suas mãos para examinar o perfil de Nick.
“Nós já nos conhecemos melhor do que podemos ter esperança de conhecer
alguém. Nosso passado, nossas esperanças e medos, todos os nossos
segredos. Nós já compartilhamos tudo isso. Sabemos que somos
compatíveis. Inferno, nós até sabemos que podemos viver juntos.”
“Isso é discutível,” Nick resmungou. Ele deu a Kelly um sorriso
malicioso.
“Cale a boca. Pelo menos você já sabe todos os meus maus hábitos,
né?”
“Como a lamber os germes fora de uma colher e colocá-la de volta
na gaveta?”
“Eu só fiz isso uma vez”, murmurou Kelly. “Mas você sabe que
amo M & M em minhas panquecas. Eu sei que você come batatas fritas
com molho ranch10 em vez de ketchup e que você rouba os marshmallows
de Lucky Charms11, quando você acha que ninguém está olhando.”
Nick começou a rir.
“Você sabe que eu espremo a pasta de dentes a partir do meio, e eu
sei que você costumava ir atrás de mim com um daqueles espremedores de
tubo, todas as manhãs e o corrigia então que ninguém mais ficaria com
raiva de mim. E eu sei que você acorda no meio da noite, por vezes, tão
assustado que nem sequer reconhece o seu próprio nome. E eu sei que as
41
únicas pessoas que você vai deixar passar a noite na cama com você são
pessoas que você sabe que pode lutar com se você tentar as machucar.”
Os olhos de Nick ficaram enormes, e ele lutou para engolir
enquanto Kelly falava. Ele parecia vulnerável, algo que raramente Nick
parecia, e Kelly queria envolvê-lo em um abraço.
“Às vezes eu acordava gritando também”, Kelly sussurrou. “Mas eu
nunca fiz isso quando compartilhava a cama com você. E depois de ontem
à noite, sabemos que há muito com o que trabalhar abaixo da cintura, se
você sabe o que quero dizer?”
Nick balançou a cabeça e olhou para baixo, sorrindo. Kelly chegou
para ele, agarrando o queixo e o forçando a encontrar seus olhos para ter
certeza que Nick o ouviu.
“Isso pode funcionar muito bem para nós dois, Nicko. Eu nunca
estive com alguém onde isso era tão fácil tão rápido. Onde se sentia como
em casa. Mas você sempre foi como casa para mim.”
Os olhos de Nick pegaram a luz do sol e quase fez Kelly se
esquecer o que ele tinha dito.
“Kelly”, Nick tentou. Sua voz falhou e ele teve que parar para
engolir.
“Eu já tenho mais com você do que eu já tive com qualquer um”,
Kelly falou rapidamente, tentando bater Nick para o que ele tinha estado a
ponto de dizer. Ele respirou fundo para se acalmar. “E depois de ontem à
noite?”
“Seria fácil.” Nick suspirou e passou o polegar ao longo dos dedos
de Kelly.
10
Molho Ranch é um condimento feito a partir de combinação de manteiga, maionese, sal, alho, cebola,
ervas (comumente cebolinha, salsa e endro) e especiarias (comumente pimenta e semente de mostarda),
misturado com Creme de leite, maionese e iogurte.
11
Marca de cereal
Kelly largou a mão do queixo do Nick. “Mas você ainda vai dizer
não, não é?”
“Eu nunca vou dizer não para você”, Nick falou, sua voz suave.
“É esse cara que você não está namorando?”
"Aidan", Nick forneceu, tentando não rir. “Nós não estamos
namorando, mas não é por falta de tentar.”
Ciúme espetou tão rapidamente que mal Kelly reconheceu o
sentimento. “Eu não entendo o que isso significa.” 42
“Ele é um bombeiro. No nosso primeiro encontro, um armazém

pegou fogo”, Nick explicou. “Ele me deixou na estação de bombeiros.
Você tem alguma ideia da rivalidade entre policiais e bombeiros em
Boston? Estou surpreso que não terminei preso ao poste de fogo ou algo
assim.”
Kelly começou a rir, mordendo o lábio para parar a si mesmo.
“No segundo primeiro encontro, houve um triplo homicídio e eu
tive que deixá-lo sentado no meu carro patrulha por duas horas. Ele ficou
na parte de trás para tirar um cochilo, e não sabia que as portas travariam
atrás dele.”
Kelly começou a rir, apesar do quanto ele odiou a ideia de Nick
namorando alguém. Nick riu baixinho, sacudindo a cabeça.
“Nós decidimos que ‘encontros’ não eram bons para a cidade
depois disso, por isso, não tentamos novamente.”
“Então vocês são basicamente amigos de foda.”
Nick deu de ombros evasivamente, olhando para longe.
“Então por que você está dizendo não para mim?”
Nick suspirei alto. “O que eu estou dizendo agora é para esperar.”
Os ombros de Kelly caíram. A decepção foi mais forte do que ele
esperava. “Esperar?”
“Esperar. Até que você esteja melhor. Até que tudo isso não seja
brilhante e novo. Até que a vida pareça normal para você novamente.”
Kelly fez um som de nojo. “O que é normal, afinal?”
Nick riu. "Eu não seria qualquer tipo de amigo, se eu o deixasse
tomar decisões com uma garrafa de analgésicos e um buraco de bala fresco
em suas costas.”
A decepção espetou, mas Kelly deveria saber que Nick seria
razoável e equilibrado. Nick era a primeira pessoa disposta a pular, mas ele
também seria a única a ter certeza que você tinha o seu paraquedas. “E
você?”, Kelly perguntou, sua voz rouca.
“E eu?”
“O que você vai fazer enquanto estou ficando melhor e esfregando
o brilho das coisas?”
Nick deu um sorriso torto. “Esperançosamente, eu vou estar sendo 43
esfregado um pouco.”
Os dois riram, sem olhar para longe um do outro. Kelly gostou de
quão atrevido Nick era, era completamente em desacordo com a sua atitude
indiferente. Ele tinha visto Nick em ação, é claro, mas ele nunca tinha sido
alvo. Ele entendia a atração agora. Entendia completamente.
Ele se moveu impulsivamente, agarrando a frente da camisa de
Nick e o puxando para um beijo. Nick se moveu com ele, o virando. Ele
segurou Kelly pelas costas de suas coxas e o colocou sobre a grade,
deslocando para perto entre as pernas enquanto se beijavam. Kelly nem
sequer teve tempo para registrar o quão estranho era a sensação de ser
manipulado. Ele não se preocupou sobre cair para trás, para fora da grade.
Era natural confiar em Nick para segurá-lo, para envolver seus braços em
volta do pescoço de Nick e apertar os joelhos contra os quadris de Nick.
O beijo foi áspero e demorado, assim como Nick. Assim como tudo
que Kelly amava sobre Nick.
Nick tomou o rosto de Kelly em ambas as mãos, quando se afastou.
Ele pressionou a testa para o rosto de Kelly, sua respiração dura contra o
pescoço de Kelly. “Coloque os pés no chão”, disse, a voz estava áspera.
Ele agarrou os braços de Kelly para impedi-lo de inclinar para trás,
mas ele se afastou também.
Kelly lutou contra a vontade de agarrá-lo e impedi-lo de recuar.
“Precisamos dar essa caminhada”, Nick resmungou.
“Eu prefiro subir as escadas.”
Nick sorriu fracamente. Kelly deu um pequeno puxão, mas Nick
resistiu. Ele não quebrou o contato visual, mas parecia que ele queria
desesperadamente. Ele balançou a cabeça em seu lugar. “Eu estava errado,
não posso fazer isso.”
“Nick.”
“Estou falando sério, Kels. Eu não quero te machucar.”
“Bebê, eu tenho dois Percocet em mim, eu sou intocável agora!”
Kelly falou lentamente, dando ao braço de Nick um puxão.
Nick colocou a mão sobre os olhos. “Por favor, não me lembre que
você não tem capacidade de tomar decisões claras no momento.”
“O quê?”
“Percocet. Não foi isso que eu quis dizer e você sabe disso.”
“Isso é sobre você e Aidan?”
44
“Não. Mais ou menos. Não”, Nick gaguejou. Ele passou a mão
sobre o rosto. “Eu só, isso parece perigoso para mim, doc.”
“Eu sei o que é isso”, Kelly resmungou.
Nick riu amargamente. “Eu duvido disso, porque, nem mesmo que
eu sei o que é isso. Então, vamos deixá-lo com isso e dar um passeio.” Nick
se afastou, deixando Kelly encostado na grade tentando recuperar o fôlego.
“Este é o seu medo de compromisso surgindo, hein? Isso não é,
geralmente, como uma coisa quinto encontro para você?”
Nick parou e se virou para encará-lo.
“Eu chamo de besteira”, Kelly falou. Ele cruzou os braços sobre o
peito com teimosia.
“Você está realmente me psicanalisando agora?”
“Eu conheço as engrenagens em sua cabeça por nome, mano. Você
não está indo puxar nada disso comigo.”
Nick trabalhou sua mandíbula e desviou o olhar.
“Do que você realmente tem medo?”, Kelly perguntou.
Nick olhou para ele, seus olhos brilhando brevemente antes dele se
acalmar novamente. “Você sabe exatamente do que tenho medo.”
“A mesma coisa que fez você ficar de boca fechada sobre Ty por
todos esses anos?”
A mandíbula de Nick saltou quando ele cerrou os dentes.
“Isso nunca vai acontecer”, Kelly falou com calma. “Se tentarmos
isso e não der certo, então é isso. Não há nenhum drama entre nós. Não vai
nos machucar. Não vai ferir a nossa amizade.”
Nick olhou para o céu, respirando fundo. “Kels, estou implorando
para você parar.”
“Nick”, Kelly tentou quando ele se aproximou. “Sou eu. Eu sei por
que você está em pânico agora. Eu sei – ”
“Não”, Nick rosnou.
Kelly respirou fundo e partiu para cima de qualquer maneira. “Você
está com medo de isso se mover após o ponto de ‘apenas sexo’, certo?
Você está com medo que poderia ser algo especial, porque com certeza é o
que senti ontem à noite. Você está com medo.”
Nick colocou as duas mãos na cintura e abaixou a cabeça,
balançando a cabeça. “Tudo bem”, disse ele, em seguida, se virou e
caminhou em direção à porta, desaparecendo dentro.
45
Kelly suspirou pesadamente, deixado sozinho em seu deck quando
a brisa puxou a bainha de sua camisa e bagunçou o cabelo dele. “Bem, isso
correu bem.”
Nick se sentou em um balanço no deck da frente, com os pés

apoiados no parapeito, um cigarro apagado na mão. Ele queria
simplesmente fugir, sair e limpar sua cabeça por algumas horas, mas
mesmo com raiva ele não estava disposto a deixar Kelly sozinho. E uma
vez que a cabana consistia em uma sala aberta no andar de baixo e o loft,
não havia para onde correr e se esconder. Então, ele tinha ido para o deck
da frente e se plantou lá por algumas horas. Kelly o tinha deixado sozinho.
Nick teve que sorrir. Só o fato de que Kelly sabia o deixar sozinho
era algo. Ele quase podia perdoá-lo por gritar com ele, como ele tinha.
Ele ouviu Kelly chegando à porta, e ele virou a cabeça. “Você
precisa de ajuda?”
“Não, estou bem”, Kelly respondeu, quando ele empurrou a porta
de tela. Ele se arrastou para mais perto, segurando sua mão ao peito. Ele
parou ao lado de Nick e olhou para fora para o sol poente. “Estou mais
firme, se eu não tomar os analgésicos.”
“Sim, mas então você está em dor.”
Kelly deu de ombros. “Leva um pouco do medo para fora. Ser
capaz de senti-lo por todo o caminho. Eu estou percebendo que eu estive
me mimando por nenhuma razão”.
Nick olhou para ele. Ele levou o cigarro á boca. Ele não tinha
fumado um cigarro em quase vinte anos. Mas ele ainda gostava da maneira
como eles se sentiam em suas mãos, o ritual de levar um para os lábios, a
forma como o tabaco cheirava.
Kelly finalmente olhou para ele. “Cigarro fantasma12, não é?"
Nick sorriu fracamente, encolhendo os ombros.
Kelly riu e se sentou. “Você sabe como os squids13 costumavam te
chamar por atrás das costas quando você fazia isso?”
“Acendedor de fantasma”, Nick respondeu, começando a sorrir
mais. Kelly riu. Nick passou o cigarro para ele, e ele colocou em sua boca e 46
deu uma tragada como Nick havia feito, em seguida, o entregou de volta.
Nick olhou para o cigarro por um longo momento. Ele começou a
fumar aos doze anos. Ele tinha dezoito anos quando conheceu Ty, e o
homem quase que instantaneamente tinha rompido ele disso. Ele não o
envergonhou sobre isso ou de tentar subverter o hábito, no entanto. Ele
simplesmente declarou o fato de que o desejo por um cigarro era uma
fraqueza mais que alguém poderia explorar e isso era tudo.
Uma semana depois, Nick tinha quase acabado com isso. Quase. A
única coisa que restou foi um desejo para a ação. Não importava se era um
cigarro, uma palha, ou um pedaço de pau. Ele quase sempre tinha algo na
boca, como o palito que Kelly tinha arrancado de seus lábios naquela
manhã. Não importava. Ainda era uma fraqueza, ele supôs. Uma de suas
poucas. E Kelly sabia toda a história.
“Eu nunca poderia romper com isso.”
“Todos nós temos nossos vícios,” Kelly murmurou.
“Sinto muito”, Nick disse baixinho. Ele olhou para Kelly,
encontrando seus olhos. “Eu sinto muito.”
Kelly balançou a cabeça. “Eu também. Eu devia saber melhor. Eu
não deveria ter te cutucado com isso.”
“Você é uma das únicas pessoas que sabe que isso está lá para
cutucar. Eu tenho que te dar pontos por isso.” Eles se olharam em silêncio,
nenhum se obrigando a falar ou olhar para longe. Nick levou o cigarro à
boca novamente, sugando o sabor fraco do tabaco antes de entregá-lo para
Kelly. “Agora você está pronto para aquela caminhada?”
“Não.” Kelly tirou um isqueiro do bolso de trás e acendeu o cigarro.
Ele deu uma longa tragada, então exalou a fumaça em uma fumaça que
começou a flutuar na brisa. Ele sorriu. “Um furo de bala no meu pulmão,
12
Cigarro eletrônico ou o simples fato de ficar com o cigarro, mas não o acender.
13
Squid é um termo depreciativo para Marinheiro da Marinha dos EUA.
eu estava esperando que você seria capaz de ver a fumaça indo através dos
pontos”, ele disse, rindo quando o devolveu para Nick.
Nick sorriu tristemente, vendo seu companheiro na luz morrendo.
Ele voltou sua atenção para a ponta incandescente do cigarro. Ele esteve
em privado a última vez que ele tinha fumado. Ele olhou para ele um pouco
mais, em seguida, o virou e aterrou a ponta na grade.
Quando ele rasgou sua atenção para longe dele, Kelly o estava
observando. “Sabe o que sempre admirei em você, irlandês?”
47
“Eu não posso imaginar.”
“Você sabia o que era certo do errado.”
Nick levantou as sobrancelhas, sorrindo. “Isso não é exatamente
uma grande façanha”.
“Sim, isso é. Em nossas vidas? As coisas que fizemos parte? Sim,
isso é. Sua bússola moral sempre apontou o caminho certo. E não importa o
que você queria, você sempre seguia onde isso o levou. Portanto, se ontem
à noite não se sentiu bem para você, eu vou confiar nisso.”
Nick olhou para ele, tentando decifrar o sentimento que as palavras
lhe deu. Ele ficou honrado pela opinião de Kelly dele e estranhamente
desapontado. Ele balançou a cabeça. O que o assustou na noite passada não
foi que ela se sentiu mal. Ela se sentiu bem. Realmente muito bem. E esse
era o núcleo de seu problema atual. Sua bússola moral estava girando.
Kelly tomou uma respiração profunda e trêmula. “Mas com o risco
de te irritar ainda mais”, ele falou, seu duro rosto e sua voz severa: “Eu vou
dizer isso de novo, porque não acho que você já ouviu o suficiente. Eu não
acho que você acredita nisso.”
O corpo inteiro de Nick ficou frio. Ele prendeu a respiração,
dizendo a si mesmo para deixar Kelly terminar dessa vez.
“Você é um bom homem”, Kelly sussurrou. “Um dos melhores que
já conheci. E se você está se negando a vida com alguém que você ama,
porque você não acha que merece isso, então você não é tão inteligente
como eu acho que você é. E se você está dizendo não para mim, porque
você está com medo, então você é um covarde.”
Os lábios de Nick se curvaram. “Quanto tempo você praticou isso
antes de vir para cá?”
“Cerca de uma hora”, respondeu Kelly, quebrando em um sorriso.
“Foi bom? Como eu fui?”
Nick assentiu. “Foi muito bom.”
“Você acredita em mim?”
Nick respirou fundo, as borboletas agitando seu estômago. “Sim, eu
quero.”
“Você acredita em mim quando digo que eu quero o D14?”
Nick sufocou uma risada. Ele correu os dedos sobre a testa, um
sorriso torto. “Sim, acredito. Esta é a pior ideia que já tivemos.”
O sorriso de Kelly aumentou. “Eu concordo. Quer ir lá em cima e
ficar nu?” 48
“Tipo que sim”, Nick arrastou as palavras.

“Você quer não fumar outro cigarro antes?”
Os dois riram. Sua camaradagem sempre foi fácil. A compostura
interior de Nick alimentava a calma exterior de Kelly, e estranheza de
Kelly alimentava a indiferença de Nick. Kelly provavelmente estava certo
quando disse que não haveria nenhum drama entre eles.
Kelly se puxou de sua cadeira, movendo-se mais perto de Nick. Ele
bateu no ombro e acenou para ele. “Deslize”.
Nick o fez, correndo para o outro lado do balanço para deixar Kelly
se instalar ao seu lado. Ele manteve a mão na parte de trás do balanço e
Kelly se inclinou na dobra do seu braço. Não era algo que nunca tinham
feito antes, porque Nick tinha uma tendência de colocar o braço ao redor de
quem estava sentado ao lado dele, independentemente de quem era. Mas
desta vez era diferente. Tudo sobre Kelly parecia diferente agora.
Diferente, mas ainda assim familiar. Nick percebeu que isso nunca
mudaria. O que ele tinha medo de acontecer já tinha acontecido, e eles
nunca seriam capazes de voltar para o que eles foram.
Não havia retirada. Retirada, inferno. A única opção agora é seguir
em frente. Eles só precisavam escolher seu caminho e segui-lo.
“É comigo que você está lidando”, Kelly falou, trazendo Nick de
volta ao presente. “Você não tem que esconder a merda de mim, sabe?
Você não tem que me proteger de qualquer parte de você. Eu já sei tudo. E
você sabe tudo de mim.”
Nick observou o perfil de Kelly, incapaz de tirar os olhos, incapaz
de dizer qualquer coisa.
Kelly pegou um baseado do bolso e o segurou para cima. “Você
ainda fuma isso?”
14
A expressão “want/wants the D” significa quero o dick (pau).
Nick bufou, sorrindo. “Só quando eu sei que não vou voltar para o
trabalho.”
Kelly o colocou entre os lábios e acendeu. A ponta brilhava quando
ele deu uma longa tragada, então ele descansou a cabeça contra o braço de
Nick e fechou os olhos. Nick pegou o baseado de seus dedos, os olhos não
deixando o rosto de Kelly.
Kelly lançou a fumaça em um fluxo lento, sem se mover. “Eu não
vou te machucar. E sei que você não vai me machucar. Então foda-se,
49
irlandês, vamos tentar isso.”
Nick deu uma tragada e ponderou as palavras de Kelly. Eles o
passaram entre eles várias vezes, observando o pôr do sol contra os picos
das montanhas.
“Nós nunca seremos os mesmos”, Nick disse finalmente. Ele
precisava saber que Kelly tinha pensado sobre isso, que ele estava ciente do
que a luz da manhã revelaria.
Kelly soltou uma risada. “Nós saltamos com tudo sobre isso ontem
à noite.”
Nick inclinou-se, enrolando o braço em volta dos ombros de Kelly.
Ele roçou o nariz ao longo do pescoço de Kelly, apenas atrás da orelha.
Kelly respirou fundo. Os arrepios subiram em seus braços e ele virou a
cabeça buscando contato.
Nick roçou os lábios contra a bochecha de Kelly.
“Você realmente acha que isso pode dar errado?” Kelly sussurrou.
“Quando tudo sobre isso é tão bom pra caralho?”
Nick respirou profundamente, realmente dando a pergunta um
pensamento em vez de deixar a sua reação instintiva assumir. “Só se
deixarmos, eu acho”, ele finalmente decidiu, seus lábios se movendo contra
a bochecha de Kelly.
“Você confia em mim?” Kelly perguntou.
“Você sabe que sim.” Nick agarrou o queixo de Kelly, puxando seu
rosto até que seus lábios se encontraram. Kelly se inclinou imediatamente
para ele, gemendo assim que os dentes de Nick rasparam sobre os lábios,
enquanto suas línguas se encontraram e brincavam. O beijo foi tão
desgastante que Nick se perdeu nele, todos os seus sentidos absorvidos por
ele. Ainda era loucura pensar este era o Doc que ele estava beijando, em
pensar que ele estava ficando ligado apenas por sentar aqui e beijar Kelly.
Ele saltaria com tudo durante esse obstáculo também, porque isso era bom
demais para deixar passar só porque era estranho.
Ele sugou o lábio inferior de Kelly entre os seus uma última vez
antes de terminar o beijo e recuar com um arfar por ar.
Kelly lambeu os lábios, forçando os olhos a abrirem para encontrar
os de Nick. “Ok, viu isso? Isso é bom. Acho que devemos fazer mais do
que isso.”
“Lembra do que eu disse sobre pensar?” Nick perguntou, a voz
baixando.
A respiração de Kelly ficou presa. “Como eu poderia esquecer?” 50
Nick soltou o queixo de Kelly, correndo os dedos até roçar ao longo
de sua bochecha. Os olhos de Kelly eram uma sombra perto de azul, com
toques de verde e cinza, dependendo do que refletia neles. Nick sempre foi
fascinado pelos olhos de Kelly. Ele talvez até fantasiou sobre beijá-lo
algumas vezes, mas ele nunca se entregou a luxúria sobre ele.
Não até agora.
“Eu vou ser honesto com você agora mesmo”, ele falou, a voz
rouca. “Estou duro na minha maldita calça só de pensar sobre o que eu
poderia fazer com você.”
Kelly riu, os olhos escurecendo à medida que dilatavam. Nick não
conseguia parar de olhar para eles.
“Mas nós vamos ter que estar drogado ou bêbado ou ambos nas
primeiras vezes que fazemos isso, porque é muito maldito estranho beijá-lo
de outra forma.”
Kelly concordou. “Eu concordo com esses termos.”
“Bom. Você quer ir lá em cima e foder?”
Kelly enfiou o baseado no bolso e agarrou o ombro de Nick, o
usando para se empurrar para fora do balanço. “Vamos.”
Nick começou a rir, movendo-se lentamente enquanto Kelly tentava
apressá-lo. “Como está o seu peito?”
“Ele doe um pouco. Mas não doe o suficiente para recusar uma
segunda porção de ontem à noite, então vamos lá.”
Nick olhou fixamente para ele, deixando os nervos acalmarem um
pouco mais antes de Kelly o levantar. Ele segurou os quadris de Kelly e
parou antes que ele pudesse se afastar, puxando seus corpos juntos. Kelly
teve que inclinar a cabeça para trás para encontrar os olhos de Nick.
“É apenas sexo, certo?” Nick sussurrou.
Kelly apertou os olhos e começou a sorrir. “Não seja uma prostituta
comigo agora, O'Flaherty.”
Nick grunhiu enquanto Kelly empurrava para longe dele. “Essas são
minhas condições”, gritou para ele.
“Vamos lá”, Kelly falou, caminhando para o quarto. “Vamos ficar
chapados e foder.”
Nick o observou por um momento antes de dar de ombros e o
seguir. Ele se arrastou atrás de Kelly enquanto caminhava até as escadas. 51
Kelly tinha razão: ele era muito mais firme sem os analgésicos. Mas ele
também se movia mais lenta e cautelosamente. Nick estava tendo dúvidas
sobre isso no tempo que ele estava no meio da escada. Kelly, obviamente,
ainda estava com dores, e Nick sabia o que exatamente o tipo de dano que
ele poderia fazer quando ele estava excitado.
Quando chegou ao topo da escada, Kelly estava perto do pé da
cama, esperando com um meio sorriso hesitante no rosto. “Isto parece um
baile ou algo assim”, ele comentou.
Nick balançou a cabeça, olhando ao redor do loft com outra corrida
de nervos. “Nós já alteramos a nossa relação com a noite passada”, disse
ele. “Nós nunca vamos conseguir aquilo de volta.”
“Eu sei”, Kelly falou suavemente.
“Nós podemos parar por aqui e ir dormir.”
Kelly apertou os olhos, com um sorriso voando em seus lábios.
“Você vai olhar para a saída a cada rodada, não é?”
Nick bufou.
Kelly começou a desabotoar sua camisa. “Bem, não há saídas para
este passeio, meu bem, porque eu conheço todos os seus truques.”
Nick sorriu. Ele observou o lento revelar, algo com que ele
raramente se deixava perder tempo no passado. Kelly tinha alguns
fodidamente incríveis ombros e braços, isso era certo. E o resto dele podia
muito bem ser um parque de diversões, de tão divertido como era para
explorar. Nick teria de treinar seu modo de pensar se eles estavam indo
transar e ele estava realmente autorizado a olha lascivo agora.
Ele lambeu os lábios, levantando a mão para puxar os botões de sua
camisa de flanela macia.
“A partir de agora eu só vou ter que pular em você, né?” Kelly
perguntou com uma risada. “Falar não funciona para você, mas ficar nu
funciona.”
Nick jogou a camisa para a cadeira perto. Kelly deixou sua própria
camisa cair no chão.
“A partir de agora?” Nick repetiu.
“Isso está correto”.
“De quanto tempo estamos falando aqui?”
“Enquanto nós estivermos felizes?” Kelly sugeriu. Suas mãos se
moveram para a banda de sua calça de moletom e a empurrou para baixo.
Ele estava ficando duro só ficando lá com olhos de Nick nele. “Enquanto 52
estivermos nos divertindo. Contanto que você não esteja em pânico, porque
você acha que está num relacionamento”.
Nick lambeu os lábios novamente, descaradamente observando
como Kelly saia de suas calças. Kelly abriu os braços, convidando Nick
para olhar. Convidando-o a fazer um inferno de muito mais do que olhar.
“Não é assim que se faz?”
Nick balançou a cabeça e se moveu lentamente em direção a Kelly,
olhando-o de cima a baixo enquanto o rodeava.
“Eu não estou pedindo para você comprar o leite, O'Flaherty, eu só
quero que você apalpe a vaca”, Kelly falou, tentando esconder um sorriso
malicioso, mordendo o lábio.
Nick riu e deu um passo atrás dele. Ele deslizou as mãos sobre a
cintura de Kelly, puxando seus corpos juntos. Kelly cantarolou, e Nick se
inclinou para beijar a parte de trás do ombro de Kelly.
Kelly virou a cabeça, o nariz escovando o cabelo de Nick. “Vamos
lá, Sortudo. Você acha que não consigo sentir o quanto você quer isso?”
Nick respirou fundo, esfregando seu pênis duro contra a bunda de
Kelly. Uma mão agarrou o quadril de Kelly enquanto a outra arrastava pelo
o seu corpo, evitando a nova cicatriz em seu peito e, finalmente,
descansando apenas sob o pescoço de Kelly. Ele podia sentir a ascensão e
queda da respiração cada vez mais dura de Kelly.
“Eu daria qualquer coisa para transar com você esta noite”, Nick
sussurrou no ouvido de Kelly. Antes que ele soubesse o que estava
fazendo, sua mão se aventurou mais alto e apertou a garganta de Kelly. Seu
dedo indicador e o polegar descansavam nas bordas definidas da mandíbula
de Kelly.
“Por que não vai?” Kelly engasgou. Seu pulso correu sob os dedos
de Nick.
Nick fechou os olhos. “Eu te disse uma vez. Eu não vou te
machucar.” Ele beijou o ombro de Kelly de novo, então seu pescoço. Kelly
gemeu, vibrando na palma de Nick. Nick o puxou, os virando ao redor e
andando Kelly alguns passos até que ele estava de frente para a parede. Ele
teve o cuidado de ser gentil quando empurrou Kelly contra ela, ainda o
segurando pelo pescoço e quadril.
As mãos de Kelly foram pressionar contra a parede e ele explodiu
um fluxo instável de fora do ar. Ele estava tremendo.
53
Ele colocou os lábios do ouvido de Kelly e cantarolou, o som baixo
e surdo. Ele fechou os olhos e empurrou seus quadris contra o traseiro de
Kelly novamente, tentando ficar calmo, tentando ser gentil. Ele podia
imaginar o que seria deslizar dentro de Kelly e fazê-lo se contorcer e gritar,
levá-lo de joelhos. Seu aperto aumentou na garganta de Kelly enquanto ele
pensava sobre isso.
“Jesus Cristo”, Kelly engasgou. “Eu não sei porque acho isso tão
quente, mas eu acho.”
“Ok”, Nick rosnou. Você vai ter que parar de me lembrar que você
nunca fez isso antes.”
Ele forçou a cabeça de Kelly para o lado e se esforçou para ser
capaz de beijá-lo por cima do ombro. Kelly rosnou contra sua boca,
mordendo o lábio e a língua, seu corpo empurrando para trás contra Nick
enquanto ele tentava se virar. Nick o empurrou mais forte contra a parede,
apertando seu aperto. Seu peito nu pressionado contra as costas quentes de
Kelly. O denim da calça jeans tocando na pele nua de Kelly, a fivela do
cinto cavando dentro. Ele tirou a mão do quadril de Kelly e se atrapalhou
com o cinto e zíper.
“Sim”, Kelly ofegou.
Nick enfiou as calças e boxers para baixo apenas o suficiente para
libertar seu pênis, em seguida, estendeu a mão e o guiou contra a racha da
bunda de Kelly. Todo o corpo de Kelly ficou tenso e ele empurrou para
cima os dedos dos pés para fazê-lo mais perto da altura de Nick. Nick
estremeceu quando a reação de Kelly reverberou através dele.
“Eu não vou entrar em você”, ele sussurrou no ouvido de Kelly.
Kelly concordou. “Mas eu planejo gozar por todo a sua bunda, então cala a
boca.”
Kelly gemeu novamente e Nick puxou para trás em seu queixo,
obrigando Kelly a olhar para o teto. Ele empurrou o corpo inteiro de Kelly
contra a parede, empurrando seus quadris e transando a seco entre as
pernas.
Kelly deu um rosnado, choramingando som. “Tem certeza que você
não vai transar comigo?”
Nick grunhiu, pressionando seu rosto contra o rosto de Kelly. “Eu
destruiria você.”
“Parece divertido”, Kelly falou, engasgando com as palavras.
Nick fechou os olhos. “Nós vamos chegar lá. Você tem camisinha?
Lubrificante?”, ele perguntou, mal capaz de obter as palavras.
“Será que importa de que tipo?”, Kelly perguntou. Ele estava 54
rangendo os dentes e seus olhos estavam fechados.
“O tipo que você usa quando você se masturba.”
“Gaveta ao lado da cama.”
Nick deu um passo para trás, colocando a mão entre as omoplatas
de Kelly. “Fique”.
Kelly balançou a cabeça, apoiando a testa contra a parede. Ele
estendeu a mão para a palma si mesmo. “Nós realmente precisamos de
preservativos?”, questionou.
Nick olhou para ele enquanto vasculhava a gaveta. “Menos
bagunça.”
“Bagunça é quente como o inferno.” Kelly ainda não tinha aberto os
olhos dele, e ele estava se acariciando languidamente. “Eu confio em você,
se você diz que não precisamos deles.”
O estômago de Nick deu um salto. Ele nunca esteve nem uma vez
com alguém que confiaria na palavra deles para ir desprotegido. Mas Kelly
era diferente, e Nick nem sequer deu a isso um segundo pensamento. Ele
largou o preservativo de volta na gaveta e voltou a se pressionar contra as
costas de Kelly. Ele estendeu a mão ao redor dele, substituindo a mão de
Kelly com a sua própria acariciar o pau duro de Kelly algumas vezes.
Então ele agarrou o pulso de Kelly e o trouxe de volta para trás, o
empurrando com força contra a parede.
Seus dedos se entrelaçaram.
Nick beijou o pescoço de Kelly. “Faça-me um favor, ok?”, Ele
sussurrou. Kelly acenou. “Não goze até que eu esteja pronto para engolir
tudo, está me ouvindo?”
Kelly resmungou e fez outro som de choramingando, mas ele
balançou a cabeça.
“Eu não me importo se estou no meio de disparar minha carga
dentro daquele rabo doce seu, você começa a gozar, você enfiará o seu pau
na minha garganta qualquer maneira que puder.”
“Entendi”, Kelly ofegou. Ele sorriu e descansou a cabeça no ombro
de Nick, os olhos ainda fechados. “Entendi. Puta merda.”
Nick sorriu e encheu uma mão com lubrificante. Ele deixou cair a
garrafa e se pegou com a mão, acariciando e cobrindo seu pênis com
lubrificante.
55
Ele inclinou a cabeça para beijar o ombro de Kelly. Em seguida, ele
arrastou os dentes sobre a pele, mordendo. Kelly gemeu e empurrou sua
bunda para trás contra o pênis de Nick.
“Você gosta disso?”, Nick perguntou.
“Eu não sei. Eu já não estou mais no controle da minha bunda.”
Nick riu. Ele pegou seu pau e colocou a cabeça entre as nádegas de
Kelly. “Isso é porque sua bunda é minha agora”, ele rosnou, em seguida,
mordeu novamente no ombro de Kelly e balançou os quadris com mais
força. Seu pênis liso deslizou facilmente, deslizando contra a bunda de
Kelly.
Kelly empurrou para trás, balançando seus quadris. Nick soltou a
mão de Kelly e agarrou seu pescoço novamente, puxando a cabeça para trás
para que ele pudesse beijar e morder e chupar a clavícula e o maxilar e
pescoço. Os sons Kelly faziam com cada mordida eram inebriante.
“Maldição, eu quero te comer vivo”, Nick rosnou, puxando um
gemido desesperado de Kelly. Os joelhos de Kelly estavam fracos, embora,
e ele parecia estar usando toda a sua força para evitar que o peito de batesse
na parede. Nick trabalhou mais forte para segurá-lo, lembrando-se de ser
gentil enquanto ele movia seus quadris, buscando mais fricção com seus
impulsos. Ele chegou em torno de Kelly com a mão lisa e espalmou seu
pênis, começando a acariciá-lo, seus movimentos forçando Kelly a foder
sua mão.
Kelly se inclinou na ponta dos pés novamente. Ele exalou em uma
rajada. Nick empurrou a cabeça de Kelly para o lado e os seus lábios
procuraram mutuamente o do outro, chupando e mordendo, lambendo suas
línguas. Nick encontrou o anel apertado de músculo na bunda de Kelly com
a cabeça de seu pênis, empurrando-se com um golpe de cuidado.
Kelly gemeu desenfreadamente, e o som foi direto para o pau
latejante de Nick. Kelly pulou na mão de Nick, a ponta vazando contra o
polegar.
“Se eu pedir, você vai enfiar isso em mim?” Perguntou Kelly.
“Não”, Nick grunhiu. Ele empurrou mais duro, porém,
pressionando esses músculos, fazendo com que Kelly achasse que ele
poderia entrar nele. Não havia nenhuma maneira que ele se forçaria a
passar por esses músculos tensos, porém, não na primeira vez.
“Jesus Cristo, Nick,” Kelly engasgou. Suas mãos espalmadas contra
a parede.
Nick gemeu, pressionando seu rosto no pescoço de Kelly. Ele 56
aproveitou a tensão escorrendo do corpo de Kelly, a chance de deixar Kelly
sentir o pênis de Nick pressionando a esses músculos.
Suas respirações ofegantes se misturaram. Os suspiros sufocados de
Kelly eram altos nos ouvidos de Nick. Ele empurrou sua bunda para trás,
obviamente gostando da sensação e querendo mais. Com um pouco de
paciência e preparação, Kelly seria um inferno de um fundo divertido. Nick
podia imaginar exatamente como seria esticá-lo para fora em uma cama e
deitasse sobre ele.
“Kels,” Nick disse entre os dentes, lutando desesperadamente
contra seu orgasmo.
“Vamos lá, Nick!” Kelly gritou. Ele estendeu a mão para trás e
cravou as unhas nas costelas de Nick, rompendo a pele quando as arrastou.
Nick gritou e apertou no pescoço de Kelly, puxando todo o seu corpo para
longe da parede e, em seguida, batendo nele quando ele gozou.
Kelly falou o tempo todo e, murmurando para ele, pedindo,
gemendo e suspirando. Nick o segurou, pois ambos engasgaram e
resmungaram, enquanto seu sêmen jorrava por entre as pernas de Kelly e
contra a sua bunda.
“Jesus Cristo foda isso se sente bem”, Kelly finalmente ofegou.
Nick empurrou para longe dele, tomando conta de seu ombro e
voltando-se para pressionar as costas contra a parede. Kelly estava
mordendo os lábios, os olhos vibrando quando ele tentava e não conseguia
mantê-los abertos. Nick se aproximou e o beijou, mergulhando nele. As
mãos de Kelly emaranharam em seus cabelos.
Nick rosnou no beijo lânguido. Todo o senso de urgência tinha
vazado de ambos, e a palma de Nick estava coberta de esperma que não era
dele. Ele se afastou do beijo. “Você gozou, não é?”
Kelly começou a rir, se enrolando ao redor de Nick e pressionando
seus corpos mais perto.
“Idiota”, Nick murmurou contra seus lábios.
Kelly estava estendido na espreguiçadeira na pequena varanda fora

57
de seu quarto. As estrelas piscavam em cima. A lua brilhava, brilhante em
sua pele nua. Estava frio o suficiente para que Nick tivesse voltado para
dentro por um cobertor, porque nenhum deles estava disposto a se vestir
novamente.
O sêmen de Nick estava secando entre suas pernas. Ele se recusou a
limpar, porque ele queria senti-lo lá. Era uma sensação singularmente
estranha, mas Kelly estava curtindo. Na verdade, isso era sexy como o
inferno. Ele era tudo para novas experiências, afinal.
Ele também tinha certeza de que ia ter uma marca de mão em seu
pescoço. Marcas de mordida em seu ombro. Jesus Cristo, isso foi quente. E
ele realmente foi obrigado a colocar Neosporin15 nas costelas de Nick onde
ele tinha tirado sangue.
Ele ouviu Nick bater em algo e xingar isso de cima a baixo antes de
tropeçar para a varanda. Kelly riu quando Nick enrolou o cobertor sobre os
ombros e amaldiçoou a mesa mais uma vez.
“Eu tenho certeza que ela não estava lá antes”, Nick resmungou.
Kelly riu ainda mais. “Eu tenho certeza que estava.”
“Calado”.
“Você está alto.”
“Oh, olhe o sujo falando mal do mal lavado”, Nick falou em uma
voz melodiosa quando se estabeleceu na ampla espreguiçadeira ao lado de
Kelly. Os dois riram mais. Nick puxou o cobertor sobre eles, e o calor de
seu corpo nu contra Kelly era tão bem-vindo que Kelly se virou para ele.
Um momento depois, Nick estava com o braço sob o pescoço de Kelly,
dando-lhe uma almofada para descansar a cabeça, e ele passou o braço em
torno de Kelly para puxá-lo para mais perto. Suas testas pressionadas
juntas, pois ambos olhavam para o céu noturno.
15
É uma pomada antibiótica para cicatrizes.
“Jesus”, Nick murmurou. “Mesmo fora na água as estrelas não são
assim.”
Kelly cantarolou em acordo e passou a Nick o baseado que eles
começaram mais cedo. Nick tirou o isqueiro que tinha recuperado com o
cobertor.
Kelly não tinha certeza se deveria achar sexy assistir Nick acender a
coisa. Ele tinha visto ele fazer isso centenas de vezes antes. Eles eram os
únicos membros do Sidewinder que apreciaram os meandros de ervas
58
repousante, então eles fizeram isso juntos muitas vezes ao longo dos anos,
esgueirando-se para longe e sentando sob as estrelas para compartilhar um
trago. Mas esta era a primeira vez que Kelly tinha apreciado a forma de
Nick.
Ele estava caindo forte e rápido e ele não se importava por que ou
como. Embrulhado neste cobertor sob as estrelas, ele podia admitir isso.
Ele sempre se apaixonou rapidamente, porém, e ele conhecia Nick. Nick
podia sentir o cheiro de alguém se apaixonando a um quilômetro de
distância. Kelly o tinha visto fugir como um veado assustado mais de uma
vez, então ele tinha que ter cuidado.
Nick deu uma longa tragada, enquanto olhava para o céu. Seu corpo
estava relaxando, acomodado na espreguiçadeira e em Kelly. Ele virou a
cabeça, colocando a ponta ardente do baseado na sua boca. Ele pegou o
queixo de Kelly, puxando-o até que seus lábios se encontraram. Kelly
deslizou as pontas dos dedos contra a bochecha de Nick quando eles
dividiram o golpe. Nick soprou a fumaça em sua boca enquanto seus
corpos enrolavam juntos, então ele pegou o baseado e o puxou para longe,
roubando um beijo lânguido antes que Kelly tivesse a chance de exalar.
Eles começaram a rir, mesmo quando o beijo continuou. Nick se
afastou, e Kelly virou a cabeça para soprar a fumaça para a noite, rindo
mais.
Ficaram deitados juntos, compartilhando a erva até que ela acabou e
ficando mais alto do que as estrelas que assistiam, tirando o calor do outro,
quando eles provavelmente deveriam estar lá dentro.
“Isso é bom, Kels”, Nick finalmente murmurou.
Kelly virou a cabeça para olhar para Nick ao luar. Ele estava
olhando para o céu, da mesma forma que ele sempre fazia quando eles
vagavam fora e deitavam em algum lugar para ficar alto.
Kelly sorriu. “Eu a cultivo na floresta lá fora.”
Nick começou a rir, o som lançando Kelly para um ataque de riso
também. Nick puxou Kelly para perto. Ele virou a cabeça, pressionando
seu rosto contra o de Kelly. “Não foi isso que eu quis dizer.”
Seus lábios se encontraram, e antes que Kelly soubesse o que estava
acontecendo, eles estavam enrolando em torno do outro, beijando mais, as
pernas emaranhamento, alinhando seus corpos de maneira que Kelly nunca
tinha percebido que podiam.
“Isso é bom”, Kelly sussurrou. “O que vamos fazer sobre isso?”
59
“Pular de cabeça”, Nick rosnou. “É o que sempre fizemos.”
Kelly concordou. “Você promete me foder eventualmente?”
Ele sentiu Nick sorrir contra o beijo. “Prometo”.
Quando Kelly acordou, o sol estava fluindo pelo loft da cabana e

ele estava sozinho na cama. Mais uma vez. Ele olhou ao redor. Música
tocava lá embaixo. Na mesa ao lado da cama havia uma garrafa de água e
os comprimidos todos alinhados em uma fileira, esperando para serem
tomados. Havia também um pacote de queijo ralado. A nota estava apoiada
contra a lâmpada, dizendo para chamar por ajuda antes que ele tentasse sair
da cama, e para comer o queijo antes de tomar suas pílulas.
Kelly riu e ignorou a nota em todos os sentidos, jogando os
cobertores e usando a borda do colchão para se puxar para fora da cama.
Ele teve que se sentar e reunir sua força antes que ele fosse capaz de se
empurrar para ficar de pé, e uma vez que ele fazia isso, ele imediatamente
se arrependeu de seu encontro intenso com a parede na noite passada. Mas
ele caminhou até o banheiro, se orgulhando de ter feito isso sem ter que
pedir ajuda.
Um rápido exame no espelho mostrou hematomas proeminentes sob
o queixo e no pescoço. Isso era bom, ele supôs, isso significava que eles
não eram muito profundos. Ele também tinha várias marcas vermelhas
onde ele lembrava dos dentes de Nick cavando seu ombro e pescoço. Ele
descobriu que ele não se importava. Na verdade, ele estava tão orgulhoso
dessas lesões de batalha como estava do resto.
Ele cuidou dos seus assuntos, dando-se mais uma olhada no espelho
antes de entrar de volta para o quarto. Nick estava sentado de pernas
cruzadas sobre a cama, comendo um pedaço de pão e percorrendo algo em
seu iPad.
“Bom dia, irlandês,” Kelly falou, sua voz rouca e áspera.
“Você acha que não posso ouvir você se mover ao redor do andar
de baixo?” Nick perguntou sem tirar os olhos do que estava lendo.
“Você está deixando migalhas na cama?”, Kelly perguntou. 60
Nick assentiu sem olhar para cima do que ele estava lendo. “Os
lençóis precisam ser lavados de qualquer maneira”, disse enquanto
mastigava. Ele terminou o que estava fazendo e ergueu a cabeça, seus olhos
esquadrinhando Kelly de cima a baixo quando ele colocou o iPad de lado.
Kelly deu de ombros. Ele se arrastou de volta para a cama, e Nick
se moveu para ajudá-lo. Kelly tentou golpeá-lo, mas Nick facilmente
agarrou sua mão e passou um braço a sua volta. Seu peito vibrou. O cheiro
de Nick agora o recordava de tudo de bom no mundo. Ele se virou na beira
da cama, olhando nos olhos de Nick e colocando o braço em volta do
pescoço de Nick para que Nick pudesse ajudá-lo s sentar. Os braços de
Nick apertaram ao redor dele.
Ele se inclinou e beijou Kelly suavemente. Kelly podia senti-lo
sorrir para o beijo, e isso o fez sorrir também.
Nick finalmente o soltou, deixando os dois ofegantes. “Bom dia”.
“Um bem espetacular.”
Nick o ajudou a sentar, com as mãos remanescendo quando elas
provavelmente não precisavam. Kelly rangeu os dentes com o puxar em
seu peito. As manhãs eram sempre pior, porque os analgésicos em seu
sistema estavam acabando e seu corpo estava rígido e teimoso. Ele também
estava um pouco embaraçoso por não ser capaz de sentar sozinho, mas ele
supôs que isso acontecia quando uma bala rasgava através de você e, em
seguida, você decidia que era mais resistente do que seus analgésicos.
Nick empilhou os travesseiros para ele, e Kelly descansou contra a
cabeceira da cama, observando Nick descaradamente.
“Está se sentindo bem?”, Nick perguntou, e o cascalho em sua voz
enviou um arrepio pela espinha de Kelly.
“Não tão bem como eu estava ontem à noite, infelizmente.”
Os dedos de Nick eram gentis quando ele os roçou sobre o pescoço
de Kelly. “Que tal você tomar suas pílulas em vez de tentar provar o quão
forte você é?”
Kelly bufou.
Nick moveu a bandeja do café da manhã que ele tinha trazido para
que ela estivesse ao lado de Kelly sobre a cama, fazendo com que tudo
estivesse ao alcance da mão, e então rodeou a cama e se arrastou até o
outro lado, sentado contra a cabeceira da cama com o seu iPad.
61
Kelly mastigou um pedaço de bacon. Depois de viverem juntos por
cinco anos, enquanto estavam estacionados em Lejeune, Nick sabia
exatamente como ele gostava de seu bacon crocante. Ele sabia um monte
de coisas. Kelly acenou com bacon para o iPad. “Qualquer coisa
interessante acontecendo?”
Nick balançou a cabeça, ainda mastigando. “Ty enviou uma
mensagem mais cedo dizendo que estava voltando para Baltimore. Digger
está convencido de que está sendo vigiado pela CIA. E Owen saiu disso
cheirando a rosas e tem um bônus de Páscoa do caralho. Imbecil”.
Kelly riu.
“Eu fui suspenso”, acrescentou Nick depois de um momento, ainda
sorrindo para o iPad quando ele checou seu e-mail.
“O quê?”
“Suspenso sem pagamento até que eles ponham em ordem o
mandado de prisão contra mim em Louisiana”, Nick explicou, começando
a rir.
“Isso é idiotice”, Kelly murmurou.
Nick deu de ombros. “É a segunda vez que estive em custódia no
último ano, eu me suspenderia também.”
Ele riu de novo e colocou o iPad de lado, virando-se para olhar para
Kelly em seu lugar. “Você está bem?”
“Sim”, disse Kelly com um aceno de cabeça, fazendo um balanço
mentalmente. Ele acenou com a cabeça novamente. “Sim, eu estou bem.”
Nick hesitou brevemente, então disse: “Eu tenho que escrever uma
pilha fumegante de merda para o meu capitão dizendo porque eu não
deveria ser demitido.”
“Vá fazer isso”, Kelly falou, rindo, apesar da preocupação
subjacente que Nick podia realmente perder o emprego.
“Tem certeza?”
“Sim, eu estou bem. Vou descansar um pouco.”
Nick apertou os olhos com ceticismo.
“Eu vou gritar se precisar de ajuda”, Kelly assegurou.
Nick deu-lhe um beijo breve e rolou para fora da cama, levando o
seu iPad para o andar de baixo. Kelly deixou a mente derivar, pensando em
Nick, pensando em seu passado em conjunto e na probabilidade de que eles
tinham um futuro. Era súbito e era diferente, mas Kelly ainda não 62
conseguia ver uma falha nisso. Então o que se Nick era famoso por ter
medo de progredir um relacionamento romântico da fase de amigos de
foda? Então o que se Kelly nunca esteve com um homem antes? Ou até
mesmo foi atraído por um cara antes.
Ele sempre reconheceu a beleza em outros homens, mas de novo,
ele nunca tinha sentido atração. E se era realmente os remédios que tinha
usado nas últimas semanas? E se fosse a experiência de quase-morte e Nick
surgindo como seu cuidador? E se Nick estava certo e isso era apenas uma
coisa circunstancial? E se o brilho apagasse?
E se eles olhassem para cima em uma semana ou um mês e
descobrissem que eles alteraram permanentemente a forma da sua amizade,
a amizade que Kelly mais valorizava do que qualquer coisa no mundo, tudo
por um capricho de um homem à beira da morte e alto por Percocet?
E se Kelly realmente convencesse Nick que esta era uma boa ideia,
e depois de passar por essas defesas que Nick tinha trabalhado toda a sua
vida construindo, apenas de decidisse que era a coisa errada, afinal de
contas? Isso destruiria Nick.
Apenas o pensamento disso fez Kelly enjoar. Eles já estavam em
uma ladeira escorregadia como estava, ele precisava ter maldita certeza que
eles podiam dar mais um passo, sem toda a falésia ceder.
Quando ele olhou para cima, ele se lembrou de que estava sozinho.
Nick tinha uma música baixa lá embaixo, obviamente pensando que iria
cobrir os sons dele murmurando para si mesmo para que Kelly descansasse.
Mas Kelly não podia descansar. Ele precisava solidificar isso na sua mente
para que ele parasse de entrar pânico. Ele gritou para Nick, e logo ouviu os
passos de Nick subindo os degraus.
“Acho que preciso assistir a alguns pornô gay”, Nick falou, assim
que o homem chegou ao topo.
Nick parou, os olhos arregalados. Um olhar de pura confusão
passou pelo rosto dele antes que ele balançasse a cabeça e se virasse para
voltar a descer os degraus. “Vou pegar o iPad.”
Kelly estava comendo seu bacon frio quando Nick voltou, iPad na
mão.
“Devo presumir que isso é você tentando testar se você está
realmente atraído por homens em vez de apenas estar drogado e com
tesão?” Nick perguntou quando ele se arrastou até a cama e apoiou o iPad
63
entre eles.
“Algo assim.”
“Que resultado estamos esperando aqui?” Nick perguntou quando
ele bateu na tela.
Kelly olhou para o seu perfil. Nick olhou para ele, devolvendo o
sorriso de Kelly com um dos seus próprios.
“Estou esperando que eu ache assistir um cara tomar no cu tão
quente como eu encontro a memória de vocês naquela noite em San
Diego,” Kelly finalmente decidiu. “Ou da noite passada. Ou da noite
anterior. Ou apenas o pensamento de que você está fazendo comigo o que
fez com aquela menina”.
Nick ainda estava olhando para ele de lado, mas um rubor começou
a aparecer em seu rosto.
Kelly engoliu em seco, ficando mais quente. “Você se lembra
daquela noite?”
“Sim, eu lembro.”
“Vocês... vocês foram, um... impressionantes.”
“Eu sabia que você estava assistindo”, Nick murmurou.
“Exibicionista”.
“Voyeur”.
Kelly riu. Ele pegou o iPad das mãos de Nick e apertou o play no
vídeo que Nick tinha encontrado. Não era um vídeo completo, apenas uma
amostra grátis de alguma coisa, por isso começou bem no meio do ato. O
som explodiu pela cabana silenciosa. Kelly segurava o iPad no
comprimento do braço, inclinando a cabeça e franzindo a testa enquanto
observava um homem se chocar em outro sem piedade, os dois se
contorcendo em posições não naturais. Nick inclinou-se contra a cabeceira
ao lado dele, mas ele não tirava os olhos do vídeo.
Havia um monte de gemidos e tapas e o que parecia algumas poses
de ioga muito avançadas, e pelo tempo que o vídeo de cinco minutos
terminou, Kelly não tinha certeza de que tinha feito muito por ele.
Ele derrubou o iPad em seu colo e suspirou.
“Nada, não é?” Nick perguntou, parecendo se divertir. Kelly
balançou a cabeça. Nick pegou o iPad e clicou fora. “Eu mesmo prefiro os
amadores.”
Kelly olhou para ele, seu pau mostrando interesse no mero 64
pensamento de Nick se masturbando com pornô amador.
“Eles são mais reais, menos acrobacias”, explicou Nick,
encontrando os olhos de Kelly sem pestanejar. Kelly achou mais difícil
respirar quando Nick sorriu maliciosamente. “As pessoas reais que estão
realmente atraídas pelo outro. É mais sexy. Às vezes, apenas o rolar dos
quadris é tudo o que precisa pra mim.”
Kelly engoliu em seco. “Você percebe que o que você disse me fez
excitado do que cinco minutos assistindo duas pessoas fodendo.”
Nick sorriu lentamente.
“Você é um idiota desleal, você sabia disso?”
“Eu sei.”
Kelly soltou uma risada. “É possível apenas ser atraídos por um
cara, em vez de todos os caras?”
“Eu não sei, Kels, tudo é possível. Você não é atraído por todas as
mulheres, não é?”
“Na verdade não.”
“Aí está.”
“Estou tão confuso”, Kelly falou com um suspiro.
Sentaram-se lado a lado na cama, olhando para o outro de forma
especulativa. Nick finalmente deu de ombros e sorriu. Ele se mexeu e
passou o braço em volta dos ombros de Kelly, puxando suavemente até que
ambos estavam reclinados contra a cabeceira.
“Sabe o que eu acho?” Nick retumbou no ouvido de Kelly.
Kelly fechou os olhos e inclinou para Nick, sorrindo.
“Eu acho que você está pensando demais. E sei por que você está
fazendo isso.”
“Você sabe?”
“Pela mesma razão que eu. Você não quer me machucar, porque
você é meu amigo.”
Kelly fechou os olhos. Nick tinha a forma mais estranha de fazer as
coisas parecerem simples às vezes.
“Leve o tempo que precisar para descobrir isso, Kels. Eu vou estar
aqui.”
Kelly não tinha certeza se era o Percocet batendo nele ou a simples
promessa de Nick que causou o calor se espalhando por seu peito. “Você 65
faria isso? Você esperaria por mim descobrir as coisas?”
Nick começou a sorrir. “Eu não tenho nada melhor para fazer.”
Kelly riu apesar de tentar não o fazer. “E quanto aquele cara? Qual
era o nome dele? O bombeiro?”
Nick limpou a garganta e afrouxou seu agarre sobre os ombros de
Kelly. “Aidan. Como eu disse, isso tem sido muito casual. E... se há algo
aqui com você?” Ele olhou para cima e para os olhos de Kelly. “Como eu
poderia perder isso?”
Kelly prendeu a respiração, olhando nos olhos de Nick e tentando
decifrar a sensação de peso no peito. Nick afastou os nós dos dedos sobre a
maçã do rosto de Kelly, e logo seus lábios se encontraram.
Algo sobre a combinação de rude fora de brincadeiras e terna
atenção estava batendo nos botões que Kelly nunca soube que possuía. Ele
podia ouvir sugestões do sargento dando ordens nas palavras de Nick, mas
eram anuladas pela carinhos cheios de adoração e travessuras. Era uma
mistura inebriante, e era a assinatura de Nick O'Flaherty. Era tudo o que
Kelly tinha sempre amava sobre Nick. Sua liderança brusca sob fogo -
“Consiga seu Marinheiro traseiro gordo para baixo antes de explodi-lo
fora!”- E o calor de sua amizade em tempos de paz, tudo se resumia neste
momento a uma palavra e um gesto.
Kelly agarrou a frente da camisa de Nick. Nick olhou para o lado,
sorrindo quando ele encontrou os olhos de Kelly novamente.
“Eu não me importo por que ou como,” Kelly resmungou. “Eu
gosto disso. Eu gosto de ver você assim. Eu gosto... Eu gosto de pensar em
você assim. Eu quero mais.”
Nick abriu a boca para falar, mas ele parecia lutar para dizer
qualquer coisa enquanto seu rosto corava.
“Estou falando sério, O.”
“Eu sei que você está”, Nick conseguiu dizer. Ele lambeu os lábios
e começou a sorrir. O coração de Kelly pulou uma batida quando ele
reconheceu o olhar nos olhos de Nick. Ele só decidiu jogar a precaução ao
vento e seguir Kelly para o fogo, assim como ele tinha feito muitas vezes
antes. Droga as chances de se machucar.
Kelly se inclinou e o beijou, estremecendo quando sua ferida puxou
com o movimento. Nick o empurrou para trás para que ele estivesse contra
o seu ninho de travesseiros novamente, ainda o beijando, suas mãos
começando a vagar para baixo do corpo de Kelly. 66
Mas logo Nick grunhiu em aborrecimento e se empurrou para longe

dele. “Eu realmente não posso fazer isso corretamente até que você está
melhor.”
Kelly agarrou para ele e o pegou pelo colarinho. “Você está falando
sério? Que tal de modo inadequado, então, porque agora eu preciso disso.”
Nick tateou atrás dele e pegou o iPad, estatelando-o no colo de
Kelly. “Veja mais pornô gay”, ele falou, enquanto tentava soltar o
colarinho. “Isso vai te acalmar.”
Kelly soltou e lhe deu um tapa no lado da cabeça, mas Nick tomou
a punição e, em seguida, rolou para longe, fora do alcance de Kelly.
“Sério?” Kelly gritou.
“Eu não quero deixar levar e te machucar novamente, ok?” Nick
disse quando ele ajeitou a camiseta. Ele olhou e parecia sincero. “Porque eu
vou. A noite passada foi ruim o suficiente. Eu quero dizer Jesus, parece que
você foi sufocado e eu porra sangrei, cara.”
Kelly chegou à mesa de cabeceira e pegou um punhado de bacon, o
jogando para Nick com uma risada e uma maldição.
“Ei! Eu tenho que limpar isso!”
“Então comece a limpeza”, Kelly falou enquanto ele pegava um
punhado de frios, ovos mexidos.
“Não”, Nick avisou com um ponto.
Kelly arqueou uma sobrancelha.
“Não faça isso.”
“Venha me dar um abraço com um final feliz.”
Nick ainda estava apontando para ele. “Eu não vou ser forçado.”
“Afago”, Kelly falou, acenando com a mão.
“Eu não negocio com terroristas!”
“Vamos lá, Nicko, venha me dar um abraço viril”.
“Abaixe os ovos.”
“Promete que vai ter um carinho?”, perguntou Kelly.
Nick revirou os olhos. “Sim, basta abaixar os ovos.”
Kelly sorriu triunfante e estatelou os ovos de volta ao prato.
“Agora você está nojento, não há nenhuma maneira que estou te
tocando.” 67
“Eu preciso de um banho hoje de qualquer maneira”, Kelly falou
com um encolher de ombros. Nick rodeou a ponta da cama, o observando
com cautela. Kelly deu um sorriso malicioso. “Você vai me ajudar?”
Nick puxou as cobertas para trás e se inclinou sobre ele, dando um
beijo em seus lábios antes de rosnar, “Se eu acabar com ovo em mim e
você está por sua própria conta.”
“Temos um acordo”, conseguiu Kelly. Nick o levantou da cama,
ainda o beijando, o envolvendo, cada vez mais aquecido e o puxando para
mais perto. Antes que Kelly percebesse o que ele estava fazendo, suas
mãos estavam nos cabelos de Nick, agarrando para que ele pudesse beijá-lo
mais duro.
Ele sentiu Nick rosnar, o som o emocionando até os dedos dos pés.
Ele começou a sorrir, rindo e tentando desesperadamente não rir. “Eu sinto
muito,” ele tentou sinceramente. Ele começou a rir ainda mais, puxando
sua mão pegajosa longe do cabelo de Nick. “Me desculpe, eu fiz isso. E eu
estou ainda mais arrependido que estou rindo. Eu não consigo parar
embora.”
Nick ficou em silêncio por um momento, furioso. Em seguida, ele
balançou a cabeça e puxou Kelly de volta para ele. “Foda-se”, ele rosnou,
se aprofundando em outro beijo. Ele puxou Kelly em direção ao banheiro.
Kelly teve que ficar na ponta dos pés para envolver seus braços em
volta do pescoço de Nick para beijá-lo. Ele não se importava, no entanto.
Isso era meio quente, na verdade, a diferença de altura. Tudo sobre Nick
era mais quente do que a superfície do sol, e Kelly teve que se perguntar
como que ele nunca tinha notado isso antes. Ele puxou a parte de trás da
camisa de Nick, conseguindo ovo tudo sobre ela. Nick parou e a puxou
sobre a cabeça, pressionando seus peitos nus juntos.
Kelly arrastou os dedos pela tatuagem enorme no ombro de Nick, o
fazendo estremecer.
“Nojento”, Nick gemeu, em seguida, puxou Kelly pela porta do
banheiro e para o chuveiro. Ele empurrou Kelly contra os azulejos frios, o
segurando lá quando ele virou o bocal do chuveiro para longe deles.
“Você ainda está usando sua calça jeans,” Kelly falou para ele,
sorrindo.
Os olhos de Nick estavam em chamas quando ele encontrou o olhar
de Kelly, e era óbvio que ele não se importava com o que ficava molhado
enquanto ambos estavam nus e se contorcendo quando a água ligou. Nick
68
sorriu, e os dois começaram a rir. Ele rapidamente ficou fora de sua calça
jeans e cueca, as jogando de lado, sem quebrar o contato visual. Havia algo
tão intenso logo abaixo da superfície, Kelly estava hipnotizado. Ele tinha
visto isso antes, mas apenas em uma batalha. E ontem à noite. E na noite
anterior.
Ele estremeceu e passou os olhos para cima e para baixo do corpo
nu de Nick. Mesmo uma década após a sua última implantação, Nick não
tinha mudado muito. Ainda estava no auge da condição física, mas seus
músculos eram mais volumosos agora. Ele machucou o joelho perto do fim,
e ele tinha escolhido desistir de correr, colocando essa energia em
levantamento de pesos em seu lugar.
Nick se aproximou, empurrando a ponta de seu nariz ao longo rosto
de Kelly enquanto pressionava seu peito junto com delicadeza. Sobre o
som de seu sangue correndo através de suas orelhas e da respiração dura de
Nick contra o lábio, Kelly ouviu o alarme do andar de baixo que sinalizava
um carro puxando para cima o caminho de cascalho.
“Que porra é essa?” Nick rosnou.
“Alguém está aqui.”
“Você tem que estar brincando comigo.” Nick virou a água
rapidamente, esquivando sob dela, apesar do fato de que estava muito fria,
e lavou o ovo fora de seu cabelo. Então ele saiu do chuveiro, recolhendo
sua calça jeans e correndo para fora do banheiro.
Kelly estava sozinho quando água lentamente aquecia, levemente
ligado e divertido. Ele estendeu a mão para se limpar, em seguida, entrou
debaixo do chuveiro para lavar pelo menos a camada superior da sujeira.
Tomou seu tempo para se vestir, porque ele realmente não tinha outra
escolha. E, tomou ainda mais tempo para descer as escadas, porque a
desabar nelas não soou divertido.
Quando ele passou pela porta da frente, Nick estava de pé no deck,
protegendo seus olhos quando ele olhou para baixo da garagem. Ele tinha
colocado uma camisa de flanela, mas não a tinha abotoado, e uma arma
recheava as costas.
O celular de Nick começou a tocar da cozinha. A canção era uma
que Kelly reconhecia por Ty, mas ele não se mexeu para atendê-la. Alguém
descendo sua garagem era incomum o suficiente para justificar a sua
atenção.
O carro finalmente quebrou o cume e entrou em vista, arrastando
poeira e cascalho. Era um SUV padrão do governo.
69
“Filho da puta”, Nick assobiou.
“Talvez seja uma entrevista de acompanhamento ou algo assim.”
Nick endireitou os ombros, os rolando e meio desenrolando. Kelly
sorriu. Ele sempre adorava assistir Nick se preparar para a batalha. Era
como assistir a um cão eriçar. Kelly se mudou para o deck, de pé, ombro a
ombro com ele, esperando.
O carro parou onde a calçada terminava, ao lado do caminhão de
Kelly. A porta do passageiro se abriu, mas não era um homem em um terno
como Kelly esperava. Era um fuzileiro naval.
Ele espiou para Nick quando o motorista, outro fuzileiro, contornou
a frente do carro.
“Sargento Nicholas O'Flaherty?” O homem questionou.
Nick endureceu quando o sangue de Kelly gelou.
“Isso está correto.”
O marine chegou mais perto, em pé, na parte inferior da escada. “É
uma honra conhecê-lo, Sargento.” Ele esperou um pouco por Nick
responder, mas quando Nick não o fez, ele se aproximou, entregando a
Nick um pacote azul de papéis. “Sargento, estou aqui para informá-lo que
você foi chamado de volta à ativa.”
“Que diabos?” Kelly desabafou.
Nick ficou em silêncio, lendo as ordens. Ele finalmente concordou,
sua mandíbula apertando. “Obrigado, sargento.”
Kelly olhou por um momento antes de dar um passo em frente. Ele
teve de agarrar o corrimão enquanto se balançava todo. “E a minha?”
O marine hesitou, olhando para o companheiro.
Nick colocou a mão no ombro de Kelly, apertando. “Kels”, ele
sussurrou.
“Sinto muito, senhor”, disse o fuzileiro. “Nós não temos outras
ordens para entregar.”
“Não, não, se a equipe está sendo chamada de volta, eu vou com
eles”, Kelly gritou. “Kelly Abbott, verifique suas malditas ordens de
novo!”
Nick se moveu para ficar na frente dele, colocando a mão em seu
quadril quando Kelly tentou descer as escadas atrás dos dois fuzileiros
navais. “Kelly, pare. Pare!”
70
Kelly empurrou contra ele, tentando se libertar, ainda gritando com
os fuzileiros navais. “Você não pode levar minha equipe sem mim! Você
não pode enviá-los de volta sem mim!”
Nick o envolveu, olhando por cima de seu ombro. “Vão!”, gritou
para os dois homens.
Eles correram para obedecer, para se retirarem para o seu SUV.
“Kelly, pare”, Nick suplicou, sua voz quebrando enquanto segurava
Kelly apertado. “Por favor, pare. Doc”.
Kelly desmoronou contra ele enquanto o carro se afastava. Ele
abaixou a cabeça, a apoiando contra o ombro de Nick quando ele soltou um
grito angustiado. Nick realmente o estava segurando agora. Kelly não se
importava se ele estava ou não. Sua equipe. Seus rapazes. Ele deveria estar
lá com eles.
“Eu sinto muito”, Nick sussurrou. “Sinto muito, doc.”
Kelly levantou a cabeça e se empurrou para longe dele, mas Nick
não iria deixá-lo ir. Ele o puxou para um abraço, colocando a cabeça de
Kelly debaixo do queixo e o segurando com força.
“Eu sei o que você fez”, Kelly sussurrou. Ele relaxou no abraço
protetor de Nick. Nick zumbiu interrogativamente. “Você não estava me
impedindo. Você estava me segurando.”
Os braços de Nick apertaram ao redor dele.
“Então eu não pareceria fraco na frente de um fuzileiro naval.”
Nick apoiou o queixo na cabeça de Kelly, com as mãos segurando
as costas de Kelly. “Você nunca poderia ser fraco. Você carrega toda a
equipe com você.”
Kelly gemeu tristemente. O telefone no balcão da cozinha começou
a tocar novamente.
“É Ty”, Nick falou. “Ele estava, provavelmente, tentando nos
avisar.”
Kelly respirou fundo, tentando se acalmar, tentando aceitar a
realização que o esmagava que todos que ele amava estavam sendo
chamados para a guerra e que ele não era capaz de ir com eles. “Quanto
tempo você tem?”
“Quarenta e oito horas”, disse Nick.
Kelly fechou os olhos, prendendo a respiração até que ele estava 71
quase tonto. Ele finalmente a soltou e encontrou os olhos de Nick. Nick
tomou o rosto de Kelly com ambas as mãos. Eles ficaram em silêncio,
olhando nos olhos um do outro quando seus celulares tocavam e tocavam lá
dentro.
Eles convergiram em Charlotte, todo mundo voando por todo o país

para que pudessem reportar juntos como uma equipe. Todos eles sabiam
que essa poderia ser a última coisa que eles fizeram como uma equipe,
porque não havia nenhuma garantia de que eles seriam mantidos juntos,
uma vez que foram implantados.
Nick e Kelly se sentaram juntos em uma das áreas de salão do
aeroporto, à espera que os outros chegassem e se juntassem a eles. Estes
seriam seus últimos momentos sozinhos, a última chance que eles tinham
para dizer o que precisava ser dito. Nick não conseguia pensar em uma
palavra que parecesse adequada.
Kelly finalmente caiu o braço sobre os ombros de Nick. “Quando
você estiver lá,” ele disse, sua voz baixa. “Eu quero que você se lembre que
você tem negócios inacabados aqui, ok?”
Nick olhou para ele, com o coração na garganta quando seus olhos
se encontraram.
O sorriso de Kelly vacilou, dando a Nick um vislumbre da dor que
Kelly tentava esconder. “Há tanta coisa que quero dizer para você”, Kelly
sussurrou.
As palavras de Nick eram quase inaudíveis. “Eu sei.”
“Eu pensei que ia ter mais tempo para descobrir isso, mas... Eu vou
esperar por você para voltar.”
“Kels, você não deve fazer isso.”
Kelly sorriu tristemente. “Eu não tenho ninguém melhor para
fazer,” ele falou, ecoando as palavras de Nick. Nick bufou, e Kelly se
inclinou mais para pressionar a testa para a têmpora de Nick. Nick
acariciou sua bochecha. Ele virou a cabeça e seus lábios se encontraram.
Foi quase fisicamente doloroso compartilhar esse último beijo.
72
Quando terminou, Nick não conseguia respirar. Ele não podia falar.
Ele virou a cabeça para que eles estivessem novamente se inclinando um
contra o outro, e ele manteve a mão no rosto de Kelly depois que ele
fechou os olhos.
Sentaram-se dessa forma em silêncio. Imóvel. Mal respirando. A
mente de Nick agitada. Ele estava quase doente no momento em que
alguém tocou no seu ombro. Ele abriu os olhos para encontrar Ty e Zane
em pé na frente deles, ambos parecendo tão desgastados e deprimidos
como Nick se sentia.
“Ei,” Nick resmungou.
Kelly olhou para cima quando ele falou. Ele levantou e envolveu Ty
em um abraço, o segurando com o mesmo tipo de angústia que ele manteve
em Nick na noite passada. Nick encontrou os olhos de Zane, acenando para
ele.
Não havia realmente nada que pudesse dizer. Nick levantou-se para
apertar sua mão, embora, mas Zane o surpreendeu ao se aproximando para
abraçá-lo.
“Por favor, traga-o de volta vivo”, Zane sussurrou enquanto se
agarrava a Nick.
Nick assentiu bruscamente. “Eu prometo.”
Zane o liberou e sentou ao lado dele, sua mandíbula apertada e os
ombros rígidos. Ele se inclinou para a frente, com a cabeça abaixada e os
dedos entrelaçados. Nick podia imaginar o que estava acontecendo na
mente de Zane. Nick nunca tinha tido que deixar alguém que ele se
importava de trás, não até agora. Ele entendeu como o coração quebrado
parecia.
Ty finalmente conseguiu desvencilhar-se do abraço de Kelly, e ele e
se plantou no chão aos pés de Zane, sentado com sua sacola de
marinheiro16 atrás dele como um encosto.
“O que aconteceu com seu pescoço?” Ty perguntou a Kelly,
apontando para as impressões digitais que ainda restavam sob o queixo de
Kelly.
“Nick se empolgou durante sexo violento”, Kelly respondeu,
inexpressivo. Nick abafou uma risada e olhou para Kelly, que piscou em
73
troca.
Ty revirou os olhos. “Tanto faz. Para quando estamos esperando
Johns e Digger?”
“Vou verificar as chegadas de novo”, Kelly disse, dando um tapinha
no ombro de Nick antes que ele se afastasse, movendo-se devagar e
segurando sua mão para o seu lado. Ele estava cada vez mais inquieto
agora que estava se recuperando, querendo se empurrar mais e mais.
Nick o observou ir, cheio de raiva e pesar que eles estavam aqui em
tudo e não de volta em Colorado no convés de Kelly, olhando as estrelas.
Esse não era o único arrependimento em sua mente, no entanto. Ele não
gostava de ter segredos, e ele e Kelly tinham decidido que era melhor
deixar isso ficar quieto até que ele voltasse para casa e descobrisse as
coisas por eles mesmos, esse não era o único segredo Nick estava
abrigando agora.
“O que está acontecendo, irlandês?” Ty perguntou assim que Kelly
estava fora do alcance da voz.
Nick balançou a cabeça.
“Você parece culpado. O que você fez?”
Nick olhou para Zane, depois de volta para Ty com um aceno. Não
havia sentido em tentar esconder isso uma vez Ty o havia chamado sobre
ele. O aeroporto estava movimentado ao redor deles, mas Nick mal tomou
conhecimento de nada disso. Ele respirou fundo, se preparando. “Eu
realmente fodi dessa vez.”
“Eu vou pegar um pouco... de café”, Zane falou quando começou a
levantar.
16
Nick acenou com a mão. Ele sentou-se para a frente, esfregando os
olhos. “Está tudo bem, Garrett. Fique”.
“O que aconteceu?”, Ty perguntou.
Nick olhou para ter certeza que Kelly não estava em seu caminho
de volta antes que ele respirasse fundo. “No hospital, em Nova Orleans, no
dia em que foram liberar o Doc”, disse ele, começando a tremer enquanto
pensava sobre qual seria a reação de Kelly para sua admissão. “Eu estava
tomando café enquanto esperávamos os papéis. Vi dois marinheiros na
74
recepção, obtendo informações”.
“Marinheiros”, Ty perguntou. “Eles estavam lá pelo Doc?”
Nick deu de ombros. “Eu não sei. Eu pensei que eles estavam. Subi
as escadas, encontrei o seu médico, e ...” Nick empurrou na parte de trás
dos dentes com a língua, tentando trabalhar antes da coragem de terminar.
“Eu o subornei para dizer que Kelly não estava mais apto para o serviço.”
Ty se endireitou, os olhos arregalados. “Você o quê?”
Nick esfregou o queixo, abaixando a cabeça.
“Jesus Cristo, Nick,” Ty sussurrou quando ele olhou por cima do
ombro. “Será que ele sabe?”
Nick balançou a cabeça.
“Ele mal consegue andar, não há nenhuma maneira que ele teria
sido chamado de volta, independentemente disso,” Zane apontou. “Certo?”
“Eu tenho que contar para ele”, Nick falou.
Ty colocou a mão sobre o joelho de Nick para chamar a sua atenção
de volta. “Você não pode fazer isso, cara.”
“Você não viu a maneira como ele reagiu quando eles vieram por
mim e não para ele. Eu não posso deixá-lo para trás pensando que ele não
era bom o suficiente para vir com a gente.”
“Essa é a sua culpa falando e fazendo você parecer um idiota", Ty
sussurrou. “Ele não é fisicamente capaz de voltar. Nós sabemos disso. Ele
sabe disso. Ele não é estúpido. Não importa o que você fez, Doc não estaria
vindo com a gente. Nada que você possa dizer a ele vai fazer ele se sentir
melhor sobre isso.”
Nick fechou os olhos. Droga Ty e sua capacidade sem escrúpulos
para fazer sentido para mentir. Quando ele olhou para cima novamente, ele
viu Kelly trabalhando o seu caminho através do terminal lotado com Owen
a reboque.
Ty bateu no joelho de Nick. “Você realmente quer o deixar pra trás
sabendo que você fez isso? Isso pode esperar até voltarmos.”
“Apenas pare de falar, Beaumont,” Nick resmungou. “Você é como
o Triângulo das Bermudas da moral.”
Zane bufou e cobriu isso com uma tosse.
“Tudo bem, seja assim”, Ty disse. “Vá ser um maldito cavaleiro
branco”.
“Será que ele vai mesmo ficar com raiva em tudo?” Zane perguntou 75
baixinho. “Kelly é capaz de ficar com raiva?”
Nick ficou em silêncio, observando Kelly. Ele realmente só tinha
duas opções. Ele poderia ser homem e foder contando a Kelly o que tinha
feito, arriscando a sua raiva aqui na última hora. Ou ele pode manter isso
para si mesmo, trabalhando na lógica de que Kelly legitimamente não teria
sido lembrado de qualquer maneira. As ações de Nick, provavelmente, não
tinham nada a ver com isso. Mas ele iria para a guerra com a sensação
incômoda de que ele era um covarde e um amigo horrível.
Ele ficou de pé antes que ele pudesse se convencer disso,
caminhando para encontrar Kelly e Owen quando eles se aproximaram da
área do salão. Owen o cumprimentou com um abraço calmo. Nick pegou o
braço de Kelly e o segurou quando Owen se dirigiu para Ty e Zane.
“Você está bem?” Kelly perguntou quando Nick não o soltou.
“Eu tenho algo que preciso te dizer.”
Kelly olhou para os outros e Nick fez o mesmo. Owen apertou a
mão de Zane antes de se estabelecer no chão ao lado de Ty. Nick achou
mais difícil de respirar, mas ele levou Kelly por ambos os ombros e virou o
rosto dele para ele para fazê-lo se concentrar.
“Apenas fique quieto até que eu termine de falar isso.”
“Se esta é a sua maneira de professar seu amor eterno por mim,
você precisa trabalhar na sua técnica”, Kelly arrastou as palavras.
“Eu sou a razão que você não foi convocado com a gente”, Nick
falou em uma corrida baixa.
O sorriso de Kelly sumiu e ele se endireitou. “O quê?”
Nick disse a ele o que tinha feito em Nova Orleans, e por que ele
tinha feito isso. “Eu vi uma chance de impedir um de nós de voltar para lá,
e eu a peguei. Eu estava tentando... salvá-lo.”
Kelly ficou de boca aberta, finalmente, arrancando os olhos de Nick
para olhar para os outros, que estavam a observá-los. Ele deu um passo
para trás, empurrando para fora do alcance de Nick.
“Kels, eu...”
“Como diabos você pôde fazer isso?” Kelly gritou. Ele empurrou o
ombro de Nick e quase imediatamente agarrou o peito, curvando com a dor
que ele obviamente tinha esquecido que viria.
Nick chegou para firmá-lo. Kelly deu um tapa em sua mão 76
novamente, mas Nick agarrou o cotovelo forte e o segurou, recusando-se a
ser empurrado para longe. “Sinto muito”, ele disse, repetindo isso uma e
outra vez enquanto Kelly tentava empurrá-lo para longe.
Uma mão pousou no ombro de Nick, e Owen e Ty estavam lá com
eles, os separando. Ty agarrou os cotovelos de Nick, o restringindo. Owen
segurava a cintura de Kelly para mantê-lo de pé, pensando que ele iria estar
sobrecarregado e estava prestes a entrar em colapso. Mas Kelly rosnou e
atacou, agarrando o queixo de Nick com o punho antes que Owen pudesse
afastá-lo.
Nick e Ty caíram no chão.
“Jesus Cristo”, Ty resmungou. Ele soltou Nick imediatamente,
dando-lhe a chance de se defender. Nick não se mexeu, apesar de tudo.
Kelly ficou com as mãos sobre os joelhos, respirando com
dificuldade e com a cabeça abaixada. Owen pairou ao lado dele, uma mão
nas costas de Kelly, olhando extremamente confuso.
“O que diabos está acontecendo?” Digger gritou. Ele estava a
poucos metros de distância, sua sacola de marinheiro em seu ombro.
“Jesus Cristo, isso realmente machuca”, Kelly engasgou. Ele se
endireitou com cuidado, segurando o peito. “Eu me sinto melhor agora.”
Digger deixou cair sua bolsa e ajudou Ty e Nick a se levantarem.
“Será que isso doeu?” Kelly perguntou a Nick.
Nick esfregou o queixo, balançando a cabeça. “Um pouco, sim.”
“Bom”, Kelly bufou.
Ele agarrou o ombro de Nick, pegando o material de sua camisa e o
puxando para mais perto com ele. Alívio correu por Nick quando Kelly o
abraçou. Ele apoiou o queixo no ombro de Kelly e o segurou com força.
“Você fez isso por amor”, Kelly sussurrou. Ele deu um tapinha no
ombro de Nick. “E eu ainda estaria preso aqui, não importa o que você fez,
então... você fez isso por amor. Está tudo bem.”
“O que diabos aconteceu?”, Perguntou Digger novamente. “E o que
aconteceu com o pescoço do Doc?”
Kelly soprou no ouvido de Nick e os dois começaram a rir.
“Vocês dois têm passado muito tempo com a erva do Doc”, Owen
falou, se afastando agora que o drama tinha passado. Os outros o seguiram, 77
deixando Nick e Kelly para o abraço.
Eles se sentaram em um grupo calmo enquanto os minutos

passavam para baixo. Seu voo para Jacksonville, Carolina do Norte, estava
saindo em breve, e as últimas horas pareciam muito pesadas para preencher
com qualquer coisa significativa. Nada seria especial o suficiente, de modo
que passaram o tempo contando histórias e rindo.
Kelly ainda não tinha chegado a termos com o fato de que ele não
iria com eles. Que diabos ele deveria fazer? Ele continuou olhando para
Nick. Ele não conseguia nem ficar chateado com o que Nick lhe contara.
Ele sabia que Nick sempre agia em um instinto quase desesperado para
proteger as pessoas que amava.
Kelly estava brincando quando ele tinha adivinhado que Nick
estava prestes a falar o seu amor eterno, mas ele não tinha estado muito
longe do alvo. A técnica de Nick foi muito, muito boa, se não sutil como o
inferno.
Eles estavam ouvindo a história de como Ty tinha puxado um Rhett
17
Butler em Zane no meio do escritório de campo do FBI em Baltimore
quando ouviram o anúncio de embarque para o voo que levaria os rapazes
para longe.
17
É um personagem de um vento levou e há muitos memes com ele.
O coração de Kelly saltou para a garganta.
Todo mundo ficou em silêncio e estoicos quando reuniram suas
bolsas de marinheiro e caminharam como um grupo em direção ao portão
próximo. Eles se reuniram nos corredores de embarque, tentando descobrir
como dizer adeus, tentando decidir qual gesto iria durar uma vida inteira de
memórias, se alguém não voltasse para casa.
Ty envolveu Zane em um abraço, as suas palavras murmuradas
muito baixas para ouvir. Ficaram assim, agarrando o outro como para
78
salvar a vida.
Kelly pegou a mão de Owen e a sacudiu, o puxando para um
abraço. “Fique seguro, mano,” ele sussurrou.
“Você sabe o que fazer, certo?”, Perguntou Owen.
Kelly concordou e o soltou. Tanto Nick e Owen tinham colocado
Kelly no comando de seus assuntos. Nick porque ele não tinha mais
ninguém em que confiava, e Owen, porque seus pais não tinham o
certificado de segurança.
Owen se afastou e deixou Digger se mover para um abraço. Ele
contornou o aperto de mão inteiramente e pegou Kelly, o apertando a tal
ponto que doeu. Kelly riu sem fôlego e bateu nas costas dele até que Digger
o colocou para baixo novamente. Digger se virou sem uma palavra,
fungando audivelmente.
Kelly forçou-se a encontrar os olhos de Nick. Nick se aproximou e
o abraçou suavemente, apertando suas bochechas juntas, suas mãos quentes
espalhadas nas costas de Kelly. “Eu não tenho palavras”, ele sussurrou.
“Você não precisa delas”, disse Kelly, trêmulo. “Basta cuidar da
suas malditas costas lá fora.”
Nick assentiu bruscamente e se afastou, com a cabeça para baixo e
os ombros caídos. Kelly lutou contra as lágrimas enquanto olhava para os
três. Seus rapazes.
Ty agarrou o rosto de Kelly e beijou sua testa, acariciando seu
rosto. “Seja bom”, ele disse rispidamente antes de se afastar. Ele se juntou
aos outros, todos eles virando-se para Kelly e Zane. Eles foram para a
posição de sentido sem dizer uma palavra, de pé, ombro a ombro. Em
seguida, cada um deles deu uma saudação afiada.
Kelly finalmente perdeu o controle e deixou as lágrimas rastrearem
por seu rosto sem limpá-las fora. Ele se endireitou e voltou a sua saudação,
a mantendo que os quatro membros restantes da Force Recon Equipe
Sidewinder se virou e dirigiu para o corredor, caminhando mais uma vez
para o combate.
Nenhum deles olhou para trás.
“Oh Deus,” Zane sussurrou.
“Eles vão ficar bem”, disse Kelly, trêmulo.
Zane fungou e assentiu. “Sim. Estou preocupado é com nós.”
Kelly não tirou os olhos do corredor até que o último homem estava 79
fora de vista. Então ele se virou para Zane. “Nick O'Flaherty não faz uma
promessa que ele não pretende morrer ao tentar manter.”
“Ele me fez uma promessa”, Zane falou.
Kelly assentiu, engolindo em seco. “Para mim também.”
80
Zane estava a caminho para as escadas quando a campainha tocou.

Ele debateu sobre não atendê-la, mas no final ele voltou para baixo, 81
resmungando. Era domingo, seu único dia de folga, e ele não queria lidar
com qualquer merda hoje.
Ele olhou pelo olho mágico, e seu coração gaguejou quando viu um
marine na varanda. Ele estava vestindo um uniforme de serviço verde e
cáqui, um quartel cobria sua cabeça. A sacola de marinheiro estava
pendurada no ombro, e ele ficou em linha reta e alta, enquanto olhava para
a rua, de costas para a porta.
Zane se atrapalhou com o bloqueio, os dedos de repente incapazes
de prosseguir com o coração acelerado. Eram notícias? Era uma bom ou má
notícia? Por que diabos um fuzileiro estaria de pé em sua varanda, se não
fosse por notícias?
Ele abriu a porta, sentindo-se estúpido e desajeitado quando o
homem se virou para ele.
“O'Flaherty?”
Nick deu-lhe um sorriso pálido e ergueu a mão. “Ninguém está
ferido.”
Zane olhou para ele. Ele não tinha certeza se acreditava nele ou não.
E ele não tinha certeza se o abraçava ou batia nele.
Nick riu ao ver a expressão de Zane, o som sem interesse e cansado.
“Nada errado, eu prometo.”
Zane o olhou de cima a baixo, o inspecionando pelos ferimentos
que o teria enviado para casa. Nenhum era visível. “Por que você está aqui?
Como você está aqui?”
“Liberdade especial Quarenta e oito horas.”
Zane franziu a testa mais forte. Ele percebeu que ainda estava
segurando a porta, e os nós dos dedos doíam. Ele a soltou e apertou sua
mão. “Liberdade especial?”, ele perguntou com cuidado.
“Eu estou resfriado”, Nick respondeu, inexpressivo. Ele esperou
uma batida. “Posso entrar?”
Zane começou, balançando a cabeça quando saiu do caminho.
“Sim. Merda. Desculpe, eu só...”
“Em pânico, eu sei. Me desculpe, eu não tinha qualquer lugar para
trocar o uniforme”, Nick falou quando ele entrou. Ele colocou sua sacola
de marinheiro para baixo ao lado da porta, o mesmo local que Ty sempre
deixava cair a bolsa de ginástica quando estava cansado depois de um
longo dia.
Zane olhou para ela por um momento, deixando a dor se estabelecer
82
em seu peito antes que ele tentasse tomar outro fôlego. Ele finalmente tirou
os olhos e tentou sorrir para Nick. Nick estava olhando para ele. Ele parecia
exausto, mas sua carranca era simpática. Ele tinha que sentir a decepção de
Zane que ele não era Ty.
“Você parece bem”, Zane conseguiu dizer com um aceno de sua
mão para Nick.
Nick sorriu. “Eu sei. Marines sempre têm bom aspecto.” Ele enfiou
a mão no bolso de trás e tirou uma carteira de couro, que apareceu para
segurar suas ordens, em seguida, puxou um envelope amassado e surrado
da carteira e o entregou para Zane.
Zane olhou para isso, lambendo os lábios e preparando-se antes de
estender a mão para ele. Estava quente contra seus dedos, e o simples
rabisco de seu nome era familiar. Era de Ty, mas tinha a aparência de uma
carta que tinha visto muitas noites no bolso de alguém. Zane sabia que um
monte de soldados, marinheiros e fuzileiros navais deixavam uma carta
com um amigo no caso de não conseguir retornar para casa. Se Nick estava
carregando esta carta ao redor com ele os dias por isso, Zane não queria lê-
la. “Isto não é...”
“Ele sabia que eu estava voltando para casa”, Nick respondeu, a voz
suave. “Ele a escreveu antes de eu partir.”
Zane soltou a respiração que estava segurando em uma corrida. Ele
virou a carta, os dedos tremendo, desesperado para rasgá-la abrir e ler a
primeira comunicação que ele tinha recebido de Ty em meses.
Nick pigarreou. “Garrett. Eu sei meu caminho se você quiser levar
isso pra cima e lê-la. Você pode escrever uma resposta e vou levá-la de
volta comigo.”
Zane piscou para ele, lutando para respirar. “Você só tem 48 horas.
Você não deve desperdiçá-las.”
Nick levantou as sobrancelhas e balançou a cabeça. “Eu não vou.”
Zane olhou para ele por um segundo fôlego, então pulou e envolveu
Nick em um abraço. Nick começou a rir, batendo nas costas deles, sem
jeito. “Vá em frente”, ele finalmente pediu. “Eu vou roubar alguns dos
cubanos de Ty, enquanto você faz isso.”
“Ok”. Zane recuou e, em seguida, se virou para subir as escadas, a
carta pressionada em seu quadril para que seus dedos não tremessem
enquanto a segurava. Ele ouviu Nick na cozinha, provavelmente buscando
o cofre portátil que Ty mantinha escondido por baixo da pia da cozinha,
onde ele guardava seus charutos cubanos. Zane não se importou que Nick 83
sabia que isso estava lá. Ele foi para o seu quarto e se sentou ao pé da
cama, olhando para a carta de Ty.
Ele quase não quis abri-la. Havia uma grande possibilidade de que
essa poderia ser a última coisa que ele ouviu de Ty, e embora ele tentasse
não pensar dessa forma, ele era apenas humano. A ideia continua manteve
a rastejar dentro E se fosse? E se isso era a última coisa que eles
conseguiram dizer ao outro? Como isso poderia ser o suficiente?
Ele se obrigou a rasgar o envelope antes que ele pudesse ficar
doente.
Zane,
Eu estou bem. Estamos todos bem. Eu sinto sua falta como nada
que eu já experimentei, e eu queria que você soubesse disso. Eu não posso
dizer mais. Por favor, não pergunte detalhes a Nick. Só sei que estamos
fazendo das tripas o coração para chegar em casa.
Foi assinado formalmente, com as palavras Capitão B. Tyler Grady
rabiscadas na parte inferior.
“Capitão”, Zane murmurou. Ele sorriu enquanto sua compostura
ameaçava ruir. Não havia quase nada para continuar, mas era de Ty e isso
era tudo que importava. Sob a assinatura estavam oito números que
pareciam ser aleatórios. Zane se perguntou primeiro se eram, talvez, um
código de processamento, mas eles estavam com a letra de Ty.
Depois de olhar por mais alguns segundos, ele percebeu o que era.
Um código simples. Ty lhe tinha enviado uma mensagem codificada. Ele
pegou um bloco de papel da mesa de cabeceira e começou a escrever as
letras necessárias para substituir os números, e não demorou muito para
decifrar que a mensagem dizia: “Eu te amo.”
Zane começou a rir. Ty lhe tinha enviado um quebra-cabeça para
jogar.
Demorou longos minutos para escrever a resposta. Ele a manteve
tão curta, quanto sucinta, sabendo que estas cartas seriam lidas. Ele incluiu
seu próprio código em troca, com a mensagem, “Sim, Sim, Capitão,” só
para jogar Ty fora.
Ele não a selou, sabendo que não teria importância, e, em seguida,
correu de volta para baixo da escada. Nick estava longe de ser encontrado,
no entanto. A sala estava em silêncio, e nada estava fora do lugar. Zane
chamou o seu nome, inclinando a cabeça para ouvir.
84
A resposta distante veio de fora. Zane caminhou até a varanda da
frente, mas novamente ele não encontrou ninguém. “Nick?”
“Aqui em cima”, Nick gritou.
Zane esticou a cabeça, olhando dois andares até a varanda no piso
superior, onde Nick se levantou, inclinando-se e olhando para ele.
“Como diabos você passou por mim”, Zane perguntou, rindo com a
lembrança de Nick e Kelly escalando uma varanda em Nova Orleans.
“Eu tenho habilidades”, disse Nick, com a voz baixa apenas o
suficiente para viajar para baixo. Ele acenou com o charuto seguro entre
dois longos dedos. “Venha compartilhar essa coisa comigo.”
Ele desapareceu por cima do corrimão, e Zane voltou para dentro
para acompanhá-lo. Ele subiu passando os quartos no segundo andar e para
o grande sótão, onde a porta da varanda estava apoiada aberta e as cortinas
estavam fluindo em uma brisa leve. Ele estava na porta, observando Nick
por um momento. Nick estava reclinado em uma velha cadeira de gramado
enferrujada, com os pés apoiados no parapeito. Ele trocou para jeans e uma
camiseta preta, e ele estava descalço.
Ele levantou o cubano para Zane pegar, e Zane se moveu para se
sentar na cadeira ao lado dele, colocando o charuto na boca. Ele estudou
Nick por mais alguns segundos.
Zane nunca tinha prestado muita atenção em Nick, que não seja
brevemente para decidir que ele ia tentar a gostar dele, em vez de bater
nele. Ele não o conhecia bem, mesmo que ele fosse tão parecido com Ty na
superfície. Ele não sabia seus humores, e ele não podia lê-lo. Mas mesmo
Zane podia ver que Nick não era a mesma pessoa que tinha estado em
Nova Orleans.
“Tenho uma resposta?” Nick perguntou quando ele finalmente se
virou para Zane e sorriu.
Zane entregou o envelope. “Você está bem?” Ele perguntou
impulsivamente.
Nick olhou para cima ao dobrar a carta, as sobrancelhas subindo.
“Por quê?”
“Bem, eu quero dizer... você está aqui. Você não está em Boston.
Eu sei que eu não era a primeira pessoa em sua lista para ver, então... você
está bem?”
Nick sorriu, olhando para longe de Zane para perscrutar sobre a
cidade que se estendia além da varanda. Zane tinha sentado aqui com Ty
muitas vezes. Era onde Ty gostava de vir para pensar, para refletir sobre
85
seus casos, para descomprimir depois de um dia estressante. Nick
obviamente tinha estado aqui o suficiente para saber que se ele não tivesse
apoiado a porta aberta, ele teria ficado bloqueada.
“Eu não estou bem”, ele finalmente disse, sua voz tão suave e rouca
que Zane teve de se inclinar mais perto para ouvir.
Zane prendeu a respiração, esperando por Nick elaborar. Nick
permaneceu em silêncio, apesar de tudo.
“O'Flaherty,” Zane finalmente sussurrou.
Nick abaixou a cabeça, lambendo os lábios. “Eu nunca te agradeci
pelo que fez.”
“O quê?”
“Ty é meu melhor amigo”, Nick falou. “Ele tem sido a coisa mais
constante que tive em minha vida. Eu sei que se o tivesse forçado a
escolher entre nós, ele teria escolhido você. E ele deveria ter”, acrescentou
Nick rapidamente com um olhar para Zane. “Obrigado por não fazê-lo
escolher.”
Zane teve que tomar alguns segundos para reunir seus pensamentos
quando Nick encontrou seu olhar com os olhos verdes impressionantes. Ele
finalmente encontrou sua voz. “Eu estou feliz que eu não fiz isso. Isso o
teria matado.”
Sentaram-se em silêncio, olhando para o outro por mais alguns
instantes. Zane não se sentia estranho sobre isso, e no momento não o
golpeou como especialmente pesado ou cheio. Nick tinha um jeito de fazê-
lo se sentir à vontade apesar de seu início instável, e Zane tinha que saber
se era por isso que ele e Ty tinham permanecido tão perto por tanto tempo.
Nick era a rocha para o furacão de Ty. Ele era imune aos humores de Ty.
Era como se fosse seu superpoder.
Nick arrancou o charuto dos dedos de Zane e deu uma longa
tragada. Quando voltou a falar, a fumaça acompanhava de suas palavras.
“Doc está voando para se encontrar comigo. Ele deve estar aqui em breve.
Nós provavelmente vamos jantar fora. Você está convidado a vir.”
“Eu gostaria disso. Obrigado.”
Nick sorriu e deu outra tragada.
Zane riu do olhar perverso nos olhos de Nick. “Oh meu Deus. Ty
disse para me levar para jantar fora, não foi?”
“Isso é confidencial”, Nick falou lentamente. Ele inclinou a cabeça
para trás e soltou um anel de fumaça em direção ao pôr do sol. 86
“Ótimo”, Zane resmungou. Seus olhos seguiram o anel quando ele

vacilou fora na brisa. Ele teria que fazer Ty ensiná-lo a fazer isso quando
ele voltasse. “Agora eu sou um caso de caridade.”
“Não somos todos, Garrett?”
Zane assentiu, sorrindo ironicamente. Ele apoiou os pés em cima da
grade. “Eu sempre tive um pouco de inveja de você e Ty”, admitiu.
Nick olhou para ele.
“Eu nunca tive um amigo assim. Alguém que eu sabia que estaria
lá, não importa o quê. Eu não posso imaginar como é isso.”
Nick apertou os lábios e deu um aceno lento. “Garrett, agora você
tem pelo menos um amigo assim.”
Zane encontrou sua garganta apertado com o sentimento. Ele não ia
se enganar em pensar que Nick estava oferecendo qualquer tipo de lealdade
que não era anexada a Ty, mas era mais do que podia se lembrar de ter em
anos. “Obrigado.”
Nick começou a sorrir, e suas palavras assumiram uma dica
maliciosa. “Então, o jantar. Você gosta de italiano?”
Zane deu uma gargalhada. “Eu conheço um lugar perto.”
Ambos foram ainda riam, quando ouviram uma porta de carro
fechar na rua abaixo. “Eu vejo os seus anéis de fumaça!” Kelly gritou de
baixo. “Ouvi dizer aquele seu cacarejar do mal”.
Nick sentou-se e olhou por cima da grade, então empurrou para fora
do seu assento e deixou Zane sentado lá sem dizer uma palavra. Ele não fez
um som ao descer as escadas. Zane acenou para Kelly, que tinha uma bolsa
pendurada no ombro e estava esticando o pescoço para olhar para ele.
“Onde irlandês foi?”
Antes que Zane pudesse responder, Nick explodiu a porta e pulou
os três degraus para a calçada. Ele pegou Kelly duro e o segurou. Kelly fez
um som como um pássaro ao ser atropelado por um carro, mas, em seguida,
ele passou os braços e as pernas em torno de Nick e o segurou enquanto ele
era abraçado.
Zane riu até mesmo quando uma dor de melancolia se instalou em
seu peito. Ele estava contente de ver os dois amigos se reunirem, mas ele
não podia ajudar desejar que fossem ele e Ty lá em baixo.
“Não demora muito agora”, ele sussurrou para si mesmo. “Fique
inteiro juntos, Garrett.”
87
Nick tinha sido enviado do outro lado do mundo, sob o pretexto de

uma pausa por saúde mental de quarenta e oito horas, mas seu verdadeiro
propósito tinha sido entregar uma única mensagem de cinco palavras para o
Escritório da Inteligência Naval em Suitland, Maryland. Ele havia voado
12 horas em um jump seat18, entregou sua mensagem, então desviou para
Baltimore para cair em Zane. Ty não o havia enviado ali como Zane tinha
suspeitado, mas Nick não tinha deixado Zane saber disso.
Ele tinha sido capaz de falar com Kelly, que tinha voado para se
encontrar com ele. Nick estava quase doente de nervos enquanto esperava
por Kelly chegar, mas o momento em que ele o tinha visto em pé na
calçada em frente à casa germinada de Ty, no momento em que ele ouviu a
voz alegre, qualquer traço de apreensão o abandonou e tudo o que ele
queria era abraçar Kelly até que sua cabeça bateu fora.
Eles levaram Zane para jantar, mantendo a conversa leve, tentando
não deixar nada escapar. Kelly sabia que não devia fazer perguntas, e Zane
parecia pegar rapidamente que até mesmo perguntar como o tempo tinha
sido era demais.
O jantar foi bom. O amigo garçom de Zane, Ryan, era tão quente
como Ty reclamou. Nick e Kelly foram capazes de manter as mãos e os
olhos um do outro por horas enquanto se sentaram e conversaram com
18
Jump seat é o assento de uso dos tripulantes da aeronave e certos convidados da companhia aérea.
Zane. No final, Kelly e Zane arranjaram sobre manter um contato melhor,
oferecendo um ao outro apoio enquanto Sidewinder estava fora.
Zane estava claramente deprimido, mas ele não parecia solitário.
Quando eles se separaram no final da noite, ele não se demorou ou pediu
para eles ficarem por aqui, embora ele se ofereceu para deixá-los ficar com
ele. Eles se recusaram... por razões óbvias. Mas Nick ficou aliviado ao ver
que Zane parecia estar indo bem por conta própria.
Nick não podia dizer a Zane e Kelly que eles não eram os únicos
88
que estavam sozinhos a maior parte do tempo. Ele não podia contar para
eles que a equipe havia sido dividida, promovidos e semeados em grupos
menores. Dada a verdadeira razão que eles foram reconvocados – black ops
missões em que a MARSOC19 não podia usar operadores conhecidos –
Nick e Digger eram agora sargentos mestres, cada um levando um
esquadrão de reconhecimento de doze homens. Ty era um capitão que
comandava quatro esquadrões separados, os de Nick e Digger inclusive.
Owen tinha sido filtrado para a Inteligência Naval, e ele só sabia dele
quando eles se reuniram no escuro para fazer seus trabalhos reais.
Nada disso importava nesta noite, no entanto. Nada disso importava
para os próximos dois dias. Nick passou o braço em volta da cintura de
Kelly e o puxou para mais perto, enquanto caminhavam pelo corredor até
seu quarto de hotel. Eles olharam um para o outro, ambos sorrindo.
Nenhum dos dois disse uma palavra.
Nick deslizou a chave do quarto e abriu a porta, em seguida,
estendeu a mão para pegar a mão de Kelly e o puxar para dentro. Eles mal
conseguiram suas malas no quarto. Eles estavam se beijando, mesmo em
frente à porta fechada.
Kelly agarrou a camisa de Nick, deslizando as mãos em volta para
cavar ombros de Nick. Nick moveu para ele, com as mãos nas bochechas
de Kelly, o empurrando contra a parede com pouca atenção para quão
áspero ele estava sendo. Ambos resmungaram quando Kelly bateu, mas
isso não os retardou. Nick o beijou avidamente, segurando o cabelo de
Kelly. Kelly gemeu quando os dedos de Nick apertaram e puxaram, e o
som era como um toque de sino do jantar.
Nick mordeu o lábio de Kelly, ofegando enquanto seus corpos
pressionavam juntos. “Eu pensei sobre isso assim tantas malditas vezes.”
19
United States Marine Corps Forces Special Operations Command (MARSOC) é um component do
commando do Comando de Operações Especias dos Estados Unidos que compreende a contribuição do
Corpo de Fuzileiros Navais para o SOCOM. Suas capacidades especiais são ação direta, reconhecimento
especial e defesa interna estrangeira. O MARSOC também está dirigido para conduzir contraterrorismo,
informações operacionais e guerra não convencional.
Kelly concordou. “Toda noite. Cada noite fodida eu pensei em
você.”
Nick fechou os olhos, correndo a ponta do nariz do queixo de Kelly
para o rosto, o respirando. Kelly projetou o queixo para fora e roçou os
lábios contra Nick. Nick podia senti-lo sorrindo, podia sentir o desejo em
sua respiração ofegante. Ambos sabiam o que estava por vir. Não havia
segurar para trás desta vez, e não havia nenhum ponto em desperdiçar o
pouco tempo precioso que tinham na tentativa de negar o que ambos
queriam. 89
Nick o beijou, balançando nele. Então, ele trilhou beijos por seu
queixo no pescoço e o mordeu, buscando os sons que ele se lembrava de
Kelly fazendo. Ele não ficou desapontado. Kelly gemeu, os lábios de Nick
vibrando quando chupou o pescoço de Kelly. Nick agarrou suas coxas e a
pegou, o deslizando até a parede e usando seu corpo para mantê-lo lá.
Kelly envolveu as pernas ao redor da cintura de Nick para ajudá-lo.
“Foda-me, Nick.”
Os dedos de Nick apertaram em seus cabelos e ele mordeu mais
forte em seu pescoço, arrastando os dentes sobre a pele. Ele não queria
nada mais do que fazer exatamente isso, e agora que Kelly não estava
machucado, Nick não precisava se preocupar em machucá-lo. Muito.
“Da próxima vez”, Nick prometeu, apesar de seu desejo de dizer
“sim, sim”" e lançar Kelly para o chão.
Kelly resmungou. “Agora”.
Nick riu e empurrou o seu rosto contra o pescoço de Kelly. “Nós
dois precisamos de ao menos uma liberação antes de eu conseguir você, ou
vou acabar com você.”
“Não, você não vai! Eu estive praticando!” Kelly começou a
pipocar os botões da camisa de Nick, dedos trêmulos contra a pele de Nick
enquanto se moviam.
A respiração de Nick falhou. Seus joelhos ficaram fracos, e ele
deixou Kelly deslizar de volta para baixo da parede aos seus pés.
Ele colocou as duas mãos em cada lado da cabeça de Kelly e se
afastou para que ele pudesse encontrar os olhos de Kelly.
“Praticando?”
Kelly cantarolou, mordendo o lábio contra um sorriso.
“Como você esteve fazendo isso, exatamente?” O barulho rouco em
sua voz podia ter sido interpretado como uma ameaça, mas Kelly apenas
sorriu mais largo. Ele conhecia Nick muito bem para interpretar mal
qualquer coisa que ele fazia.
“Jesus, eu adoro quando você faz isso,” Kelly murmurou, seus
olhos mutáveis corajosamente encontrando os de Nick. Ele desabotoou o
botão das calças de brim de Nick com dedos ágeis.
“Faço o quê?” Nick perguntou, sua voz foi ainda mais áspera.
Olhou para as mãos de Kelly. Kelly pressionou a testa de Nick, ambos
observando quando ele empurrou os jeans de Nick para baixo de seus
90
quadris.
“Eu tive um monte de noites sozinho”, Kelly falou. Nick levantou a
cabeça, e seus narizes escovaram. A respiração de Kelly era quente contra
seus lábios. “Eu chamei para o seu nome cada maldita vez.”
“Kels,” Nick sussurrou.
“Experimente, querido. Eu posso levar isso.”
O peito de Nick apertou, fazendo sua respiração gaguejar. Seus
dedos se enroscaram contra a parede. As palmas das mãos de Kelly
deslizaram ao longo de seus quadris, logo abaixo da banda de seus boxers.
Em seguida, Kelly colocou a cabeça contra a parede e olhou para a Nick,
sorrindo quando ele passou os dedos ao redor do pênis de Nick.
“Apenas quanto o autocontrole lhe resta depois de três meses no
deserto?”
Nick agarrou a parte de trás do pescoço de Kelly e o forçou contra a
parede. “Não o bastante”, ele rosnou antes de compartilharem um beijo
violento. Sua outra mão puxou a esmo a pele de Kelly.
“Foda-me, Nick.”
“Cale a boca, Kels. Basta parar de falar.”
Kelly riu. “Eu não posso me calar, eu falo quando estou nervoso!”
Nick bufou e empurrou para longe da parede. Ele encontrou os
olhos de Kelly, correndo os dedos por sua bochecha. Meses de
pensamentos giravam em sua cabeça, meses pensando que ele poderia amar
Kelly, que eles poderiam realmente funcionar. Ele queria dizer a Kelly
apenas isso, mas agora não era o momento. Ele não era o tipo de homem
que se escondia das suas emoções, porém, assim que ele sabia que Kelly
estava vendo indícios disso em seus olhos.
“Bebê”, Kelly murmurou.
Quando eles se beijaram novamente, nenhum dos dois fecharam os
olhos.
Os dedos de Kelly eram suaves contra a pele de Nick. Nick segurou
seu rosto e o beijou de novo, cantarolando enquanto o corpo de Kelly
relaxava ainda mais. Nick não queria ele nervoso, não por nenhuma razão.
“Será que isso parece bem?”, ele perguntou, seus lábios se movendo
contra o canto da boca de Kelly.
Kelly suspirou tremulamente, então respirou fundo. “Sim”, ele
sussurrou. “Isso se sente como casa.”
Nick empurrou seu nariz contra Kelly, o beijando suavemente 91
enquanto calor se espalhava por todo seu corpo.
“Você se sente como casa”, Kelly falou quando passou os braços
em volta do pescoço de Nick.
Nick não conseguiu encontrar sua respiração e tudo o mais pareceu
desaparecer, exceto o sentimento de Kelly em seus braços. Ele diminuiu
tudo para baixo, beijando Kelly languidamente. Eles tiveram que se separar
por ar, e Nick se afastou da parede. Eles se encontraram os olhos do outro,
sem dizer nada, sem sentir a necessidade de falar.
Kelly chegou a levantar a camisa de Nick, mas Nick pegou a mão
dele em seu lugar.
Os olhos de Kelly se estreitaram. “O quê?”
Nick tentou verbalizar o que estava sentindo, mas ele nem sabia o
que era. Era muito mais do que apenas sexo. “Kels”, ele finalmente
conseguiu.
“Não, não faça isso! Temos apenas duas noites e nós deveríamos
estar fazendo sexo quente e selvagem! Você não pode voltar atrás em mim
agora!”
Nick começou a rir, cobrindo o rosto com uma das mãos. “‘Você se
sente como casa!’ Você não pode ter sexo quente e selvagem depois
disso!”
“Sim, você pode!” Kelly insistiu. Ele agarrou a bainha da camisa de
Nick e a puxou, empurrando sobre a sua cabeça e, em seguida, a jogando
no chão. Ele empurrou Nick para a cama. “Eu vou te mostrar.”
Nick cambaleou para trás, mal conseguindo manter o equilíbrio
com seus jeans deslizando para baixo em torno de suas coxas. “Kelly!”
Kelly o empurrou novamente. “Não lute contra isso, irlandês, venha
ter o seu caminho comigo.”
Nick lambeu os lábios e resmungou, mas Kelly o empurrou uma
última vez e ele acabou de costas no colchão. Kelly puxou a camisa dele
enquanto se dirigia para a porta e as bolsas que eles largaram.
Ele ficou fora de vista por um momento, então ele voltou, nu, com
as duas mãos cheias. Ele erguia uma garrafa de lubrificante em uma, e uma
flipcam20 vermelha na outra.
“Isso é uma filmadora?”, Nick perguntou, com a voz embargada.
Kelly mostrou a língua, a mordendo quando assentiu. 92
“Você é louco”, Nick disse com voz arrastada, incapaz de manter a
afeição de sua voz.
Kelly colocou seus dois prêmios na cama e desamarrou ou sapatos
de Nick, puxando cada um fora e o soltando com um pesado som no chão.
Então ele puxou a calça jeans de Nick , seguido por sua cueca boxe, e
subiu na cama para escarranchar em Nick.
“Por favor, me diga que não tem praticado com alguém assim?”
Nick falou, com uma risada tensa.
Kelly colocou as duas mãos sobre o peito de Nick e se inclinou
sobre ele. “Talvez mais tarde vou te mostrar como eu passei as minhas
noites.”
Nick resmungou e Kelly se mexeu, movendo-se contra o pau duro
de Nick. Seus olhos se encontraram, e ambos sorriram.
“Não se segure, irlandês,” Kelly provocou.
Nick lambeu os lábios, os olhos esquadrinhando para baixo do
corpo de Kelly. Ele sentou, beijando a cicatriz no peito de Kelly e a
garganta até sua mandíbula. Kelly deslocou ao redor em seu colo,
esfregando a bunda contra o pau de Nick.
Nick o segurou mais apertado e chutou sua perna para o lado,
usando a alavanca para girá-los e fixar Kelly embaixo dele. Eles esticou de
lado na cama king-size. Kelly arqueou as costas e apertou as pernas contra
os quadris de Nick.
“Jesus Cristo, Kelly.”
Kelly riu e pegou o rosto de Nick. “Não. De quem é o nome que
você diz?”
20
“Seu”, Nick rosnou.
Kelly mordeu o lábio de Nick enquanto se beijavam, não o
soltando, mesmo quando Nick recuou. Nick pegou seus quadris e o puxou
para a beira da cama, realizando manobras para trás e puxando Kelly com
ele. Quando seus pés tocaram o chão, ele levantou e agarrou as pernas de
Kelly para virá-lo para seu estômago. Kelly se debateu e agarrou as
cobertas, mas não conseguiu se endireitar antes que Nick o prendeu
novamente.
93
Ele se inclinou sobre ele, deslizando a mão sob Kelly e para o peito
para puxar seus corpos juntos, seu pau duro contra a bunda de Kelly. Kelly
inclinou a cabeça para oferecer seu pescoço, e Nick o mordeu, arrastando
uma mão para apertar o quadril de Kelly. Nick podia sentir o coração
martelando de Kelly contra a palma da mão, batendo em ritmo frenético
com o seu próprio.
“É assim que você quer?” Kelly perguntou. Ele moveu a bunda
contra o pau de Nick, fazendo com que ambos gemessem.
Nick colocou seus lábios ao ouvido de Kelly, o segurando com mais
força. “Quero você de toda fodida maneira que eu possa te levar.”
Kelly esticou o seu corpo esguio para fora para alcançar a garrafa
de lubrificante. Nick passou a mão sobre a espinha de Kelly, deixando seu
pau deslizar contra sua bunda. Meu Deus, ele era absolutamente sinuoso.
Nick não podia esperar para estar dentro dele, para fazê-lo se contorcer.
Kelly entregou o lubrificante de volta para ele. Nick pegou a
garrafa, mal capaz de ficar sob controle. “Não temos preservativos?”
“Não precisamos deles.” A voz de Kelly estava abafada enquanto
descansava em seus cotovelos e abaixava a cabeça.
Nick esfregou a palma da mão sobre a bunda de Kelly, curvando-se
para beijar o ombro dele. “Ok”, ele sussurrou, apesar de um choque de
nervos, em seguida, ele agarrou a garrafa aberta. Ele se endireitou para trás,
se acariciando e observando a rápida ascensão e queda da respiração de
Kelly. “Dê-me a câmera de vídeo do caralho.”
Kelly fez um som de choramingar e estendeu a mão para ele, a
agarrando pela corda atracada. Ele a virou e entregou para Nick. Nick bateu
para gravar e se inclinou sobre Kelly para falar contra seu ouvido. “É
melhor que eu não veja essa merda na internet.”
Kelly empurrou para cima e fez um som exasperado. “Só se apresse
e entre lá!”
Nick o agarrou pelo ombro, rindo. Ele se acariciou, cobrindo seu
pênis generosamente com lubrificante. “Última chance”.
Kelly estremeceu nos braços de Nick e virou a cabeça, procurando
os lábios de Nick com os seus. Enquanto se beijavam, Nick alcançou entre
eles, pressionando um dedo contra o buraco de Kelly. Kelly gemeu
desenfreadamente e apoiou a testa na cama, dando Nick a abertura perfeita
para beijar ao longo de seu ombro e pescoço – beijos que Kelly se inclinou
para encontrar, e seus lábios se encontraram novamente. Nick deslizou sua
língua dentro da boca de Kelly quando deslizou o dedo dentro dele. Foi 94
uma entrada fácil, um suspiro e um aperto foram a única reação dos
músculos de Kelly.
“Você tem estado praticando”, Nick rosnou.
“Experimente.”
O coração de Nick estava batendo, fazendo difícil respirar, fazendo
difícil até mesmo pensar. O corpo de Kelly era quente e duro contra o seu.
Ele tinha imaginado isso tantas vezes ao longo dos últimos meses. Porra,
ele desejava isso.
Ele trabalhou um segundo dedo dentro, movendo-se lentamente,
girando, girando a câmera de vídeo para gravar. Kelly arqueou o corpo e o
recompensou com outro gemido profundo.
“Kels,” Nick falou entre dentes.
“Foda-me, Nick, vamos lá.”
Nick se pegou na mão e empurrou a cabeça de seu pênis contra a
bunda de Kelly, pressionando para a frente. Kelly empurrou seu joelho
contra Nick para alargar a sua posição. Ele estava pendurado a cabeça e
ofegante, e Nick não tinha nem mesmo empurrado dentro dele ainda.
Nick colocou uma mão no centro de suas costas e disse: “Expire,
querido.”
Kelly o fez, e Nick trabalhou a cabeça de seu pênis dentro dele,
observando e apenas se lembrando de apontar a câmara para a ação.
“Jesus Cristo porra, Kels,” Nick suspirou. Ele fechou os olhos e
lutou com toda a força de vontade que possuía para não enfiar mais fundo.
“Eu nunca estive dentro de alguém sem camisinha.”
“É a primeira vez para nós dois, então”, Kelly falou, com a voz
tensa. Ele levantou a cabeça, se empurrando em suas mãos. “Maldição”.
Nick passou a mão pela espinha de Kelly. “Tudo bem?”
A resposta de Kelly saiu como um assobio. “Foda-se, sim.”
Ele baixou a cabeça novamente, empurrando os quadris para trás
com cuidado. Nick não se moveu, deixando Kelly orientar a entrada. Kelly
gemeu mais alto, ficando imóvel, e Nick começou a girar os quadris, se
trabalhando no interior. Ele nunca tinha sentido nada parecido.
“Sim, querido,” Kelly resmungou, agarrando no quadril de Nick,
cavando os dedos e puxando Nick mais perto. Nick afundou ainda mais
dentro e engasgou, segurando Kelly duro.
“Foda-se, Kelly, isso não vai durar muito tempo se você não foda se
95
controlar.”
“Você porra controle isso”, Kelly resmungou. Ele empurrou de
volta e ambos gritaram quando Nick afundou.
Nick se atrapalhou com a câmera de vídeo e a levantou para se
capturar puxando seu pênis lentamente para fora e então balançando para
dentro
“Foda-se!” Kelly gemeu. Ele agarrou as cobertas, os dedos torcendo
nelas.
Nick sentou-se, empurrando fundo, depois se inclinou e colocou a
mão em cima de Kelly, entrelaçando os dedos.
“Me destrua, querido,” Kelly pediu.
“Porra”, Nick disse entre dentes. Ele largou a câmera e agarrou o
quadril de Kelly em vez disso, retirando cuidadosamente e empurrando
para dentro de novo. Levou mais tempo do que o habitual para encontrar
um bom ritmo, mas porra Kelly estava tão fodidamente apertado que ele
tinha que ir devagar. Ele queria ir devagar. Ele descansou a cabeça no
ombro de Kelly e transou com ele, empurrando profundamente e retirando
até Kelly implorar. Revirou os quadris e puxou Kelly até que os seus dedos
enrolassem.
Os gemidos de Kelly ficaram mais altos, seu corpo se contorcendo,
sua bunda tão apertada que Nick pensou que ele poderia gozar a cada vez
que Kelly movia. Kelly finalmente empurrou para suas mãos e joelhos,
ofegante. Ele estendeu a mão, sua mão tateando para a filmadora. Ele a
enfiou debaixo dele, a apontando para que fosse capaz de assistir abaixo
enquanto Nick transava com ele.
Nick se enterrou fundo e começou a rir. “Você é pervertido, Kels.”
“Isso é como Satanás me chamando de um menino mau.”
Nick riu ainda mais e se inclinou sobre ele, balançando nele. Kelly
gritou, pego pelo novo ângulo.
“Oh Jesus, Olá próstata”, ele ofegou.
Nick agarrou seu quadril duro e bateu naquele ângulo de novo.
Mais e mais, até que Kelly mal era capaz de se sustentar mais. Nick parou
apenas o tempo suficiente para adicionar mais lubrificante à mistura, em
seguida, acelerou seu ritmo, ainda apontando para a próstata de Kelly. Seus
corpos bateram em conjunto, o tapa de sua pele mascarado apenas pelos
gritos de Kelly por mais.
“Foda, Nick, eu vou gozar”, Kelly conseguiu dizer depois de vários
96
minutos.
“Você está brincando comigo?” Nick ofegou. “Você é a sério um
daqueles que podem gozar sem serem tocados?”
“Continue”.
“Deus, eu te amo”, Nick falou quando os músculos de Kelly
começaram a apertar e tremer. “Se você gozar, eu gozo.”
Kelly jogou a cabeça para trás. “Você vai gozar dentro de mim?”
“Ou em você, onde diabos você quiser.”
Kelly gemeu. “Atire dentro de mim, Sortudo. Me encha.”
A cama gemeu dos golpes de Nick, mas Kelly gritou por mais. Nick
observava seu pênis desaparecer na bunda de Kelly, os dedos cavando nos
músculos. A câmera vermelha ainda estava posicionada na cama, assistindo
a tudo, gravando abaixo. Kelly provavelmente iria bater punheta pelo vídeo
durante semanas. Nick piscou para a câmera.
Kelly gritou, jogando a cabeça para trás.
“Qual é o nome que você diz?” Nick exigiu.
“Oh Deus,” Kelly choramingou.
Nick bateu nele com mais força. “Diga, querido, vamos. Nome de
quem?”
“Seu!” Kelly gritou.
Nick colidiu contra ele, girando os quadris para massagear a
próstata de Kelly. “Sinto muito, eu não conseguir ouvir. De quem?”
“Puta que pariu, Nick! Eu estou indo gozar!”
“Você vai gozar quando eu disser para você. Você gozará quando
você começar a gritar a porra do meu nome.”
Nick agarrou o ombro de Kelly para segurá-lo imóvel, retardando
seus impulsos para que ele pudesse sentir o orgasmo de Kelly quando ele
gozasse. Kelly lutou contra ser segurado, mas não tinha para onde ir. Seus
dedos agarraram as cobertas. Seus quadris se moveram, desesperadamente
tentando forçar o pênis de Nick a acertar sua próstata novamente.
“Nick”, ele finalmente implorou.
A voz de Nick era rude quando ele tentou segurar seu próprio
orgasmo. “Você quer?”
“Sim, querido. Por favor, por favor.”
“Você é tão bom implorando.” 97
“Eu quero isso, baby, vamos lá! Eu quero!”

“Deixe-me ouvir você gozar”, Nick rosnou. Ele enfiou
profundamente e Kelly gritou incoerentemente. Nick continuou batendo
nesse ponto, mais e mais, suas estocadas fortes e rápidas, nunca puxando
para fora, mantendo a pressão sobre a próstata de Kelly.
“Nick!” As costas de Kelly arquearam como um gato. Seu corpo
inteiro se contraiu. Os músculos ao redor do pau de Nick apertaram, o que
fazia quase impossível para ele se mover. Ele continuou indo embora,
fodendo Kelly através de seu orgasmo quando ele estendeu a mão sob ele
para finalmente pegar o pênis de Kelly em sua mão. Ele porra ainda não
tinha tocado o pênis de Kelly, nenhuma vez, mas o sêmen de Kelly estava
jorrando contra a cama. Ele realmente estava gozando apenas de levar na
bunda. Deus, ele era divertido para se foder! Nick o levantou, fazendo com
que Kelly gritasse novamente. “Nick!”
Nick rosnou. “Tire tudo, querido.”
Kelly finalmente perdeu a capacidade de acompanhar, embora
tivesse condições para pegar a câmera, antes que ele entrasse em colapso, e
ele a apontou por cima do ombro para que ela gravasse Nick, ainda
enterrado profundamente dentro dele, ainda transando com ele. Nick deu a
câmera um aceno atrevido.
Ele reajustou para a nova posição, colocando as duas mãos na
bunda de Kelly e os empurrando além para que ele pudesse ver seu pau
deslizando para dentro e para fora. Era quase como fazer flexões, exceto
muito mais divertido.
“Vamos, Nick,” Kelly resmungou. Ele levantou a mão, segurando a
câmera para fora para que ela deslocasse para baixo a extensão de seu
próprio suor para trás e capturando os rudes empurrões do pau de Nick em
sua bunda. “Eu sei que você tem uma carga para mim.”
“Eu tenho”, Nick rosnou.
“Tem que ser uma grande, querido. Deixe-me tê-la.”
Nick se inclinou, seus impulsos perdendo seu ritmo. Os gemidos e
suspiros de Kelly ficaram mais alto, o estimulando até que ele não podia
segurar por mais tempo - e ele não queria. Ele tirou, bombeando seu pênis
liso até que sêmen começou a atirar contra a bunda de Kelly, em seguida,
se empurrou para dentro, gritando quando o atrito dominou. Ele se
estabeleceu sobre Kelly, o puxando com força, ofegando seu nome,
balançando os quadris enquanto se esvaziava dentro dele.
98
Ambos estavam escorregadios e sem fôlego. Nick já podia sentir os
pingos da porra da bunda de Kelly, que está sendo empurrada para trás pelo
aperto de seus músculos ao redor do pênis de Nick.
Depois de vários longos momentos de apenas tentar respirar, Nick
revirou os quadris, e ambos gemeram. Kelly deslocou abaixo dele.
“Você acabou de disparar dentro de mim?”
Nick riu. “Sim. Sim, eu fiz.”
“Deus, isso é tão quente.”
Nick beijou as costas de seu ombro e empurrou para cima. “Estou
saindo de você agora. Você está pronto?”
Kelly concordou, mas quando Nick começou a se mover, Kelly
respirou fundo e seus músculos apertaram. “Jesus Cristo, você ainda está
fodidamente duro aí?”
Nick não pôde deixar de rir de novo. Ele pegou o queixo de Kelly,
virando a cabeça para o lado para beijá-lo. Ele lambeu Kelly. “Beije-me”.
Kelly o fez, separando os lábios então Nick podia deslizar a língua
dentro. Ele aprofundou o beijo, o tornando uma exploração lenta, lânguida
de lábios e língua e dentes de Kelly para manter a mente de Kelly fora do
fato de que ele estava retirando.
Quando ele estava livre, ele rolou e caiu ao lado de Kelly. Os seus
pés penduraram para fora da beira da cama. Eles olharam um para o outro,
nem dizer nada, nem se mover.
“Então,” Kelly finalmente disse. “Qual é o seu tempo de
recuperação?”
Nick rolou para suas costas e riu.
“Estou falando sério. Eu também nunca chupei um pau. Eu quero
tentar isso depois.”
“Oh Deus”.
“Não, você diz o meu nome quando eu te chupar, cadela,” Kelly
falou lentamente enquanto se puxava para mais perto e apoiou o cotovelo
no peito de Nick. Ele beijou Nick e sorriu. “Você sabe o quê?”
Nick descansou as mãos sob a cabeça, deixando Kelly abraçar mais
perto dele. “O quê?”
“Você gozou dentro de mim.” Ele sorriu e mordeu o lábio.
O corpo de Nick corou mesmo que ele tinha acabado de se esgotar.
Foi a primeira vez que ele gozou dentro de alguém, se ele não contasse os 99
boquetes. O pensamento foi mais quente do que ele esperava. Suas palavras
foram sufocadas. “Sim, eu fiz isso.”
“Isso me faz tão quente só em pensar nisso”, Kelly admitiu.
Nick o beijou de novo, agarrando seu cabelo para impedi-lo de se
afastar. Ele estendeu a outra mão para agarrar a bunda de Kelly, os dedos
arrastando por sêmen escorregadio.
“Babe”, Nick rosnou.
“Eu sinto isso. Você me encheu. Eu sabia que você tinha uma carga
para mim.”
“Você é tão pervertido, adoro isso.”
“Você nem vai precisar de lubrificante da próxima vez.”
Nick fechou os olhos. “Da próxima vez vai ser muito muito em
breve, se você continuar assim.”
Kelly o beijou de novo, arrastando os dentes contra os lábios de
Nick. “Da próxima vez eu vou montar você. Deus, seu pau é divertido,
você sabe disso? E eu tenho que segurar a câmera também.”
Nick deslizou as mãos pegajosas no cabelo de Kelly, apertando os
olhos. A expressão de Kelly ficou protegida, como se ele pensou que Nick
podia estar irritado com a presença do dispositivo de gravação, agora que
ele não estava perdido na névoa de luxúria.
Nick sorriu. “Bem pensado a câmera à prova d'água.”
Kelly riu. Ele se curvou para beijar Nick, moldando ao seu corpo,
pois ambos os lados estava na cama. Nick abraçou e Kelly se estabeleceu
na dobra do seu braço, descansando a cabeça no ombro de Nick.
“Estou feliz que você está de volta, mesmo que seja por apenas 48
horas.”
Nick cobriu o rosto com o cabelo de Kelly. “Eu também.”
“Você está bem, irlandês?”
Nick assentiu.
“É comigo que você está falando”, Kelly murmurou.
Nick ficou em silêncio. Ele finalmente concordou com a cabeça
novamente. “Sim, eu estou bem.”
Kelly segurou mais apertado e virou para ele, fechando os olhos.
“Todos esses anos, e você ainda é um mentiroso de merda.”
100
Nick acordou ao som perturbador do silêncio absoluto. O quarto

estava quieto, a infraestrutura do caro hotel amortecendo os sons dos outros
quartos. O A / C estava desligado. Demorou alguns momentos para Nick
para sacudir a confusão de se encontrar em uma cama macia, fresca.
Demorou um pouco mais para perceber que ele estava sozinho.
Ele estendeu a mão, correndo os dedos sobre o recuo no travesseiro
ao lado dele.
“Kels?” Ele gritou. Prendeu a respiração, os nervos começam a
construir quando não houve resposta.
Ele se sentou e empurrou os lençóis para longe, olhando ao redor do
quarto do hotel. Travesseiros e roupas espalhados pelo chão. O edredom
tinha ido embora. Uma das luzes de cabeceira tinha sido derrubada. Nick
podia sentir uma divisão no lábio, onde Kelly lhe mordeu. A
espreguiçadeira no canto tinha sido usada para coisas más. A única coisa
que faltava era Kelly.
101
Nick deslizou para fora da cama e cavou através de sua sacola de
marinheiro por um par limpo de jeans. Ele ainda os estava fechando quando
saiu para a varanda para encontrar Kelly sentado com os pés apoiados no
parapeito, envolto na colcha da cama.
“Ei”, Kelly falou, sem olhar para ele.
“Por um minuto pensei que você me abandonou”, Nick disse a ele,
sorrindo. “O que você está fazendo aqui?”
Kelly deu de ombros, muito ocupado mastigando seu lábio para
responder.
Nick olhou para fora para o porto, franzindo a testa. Ele não podia
ver qualquer coisa que poderia estar mantendo a atenção de Kelly. Ele deu
um passo em direção a ele, mas algo o impediu de se aproximar. “Você
está bem?”
“Eu estava errado”, Kelly falou, quase imediatamente, como se
tivesse estado à espera de um alfinete para estourar um balão. Ele olhou
para Nick, os olhos azuis e cheios de tristeza na luz da manhã. “Eu não
posso fazer isso.”
As palavras acertaram Nick no peito, roubando o fôlego. Ele
percebeu que o estava encarando, encontrando os olhos de Kelly, enquanto
tentava conciliar um final rápido para algo que ele pensou que seria...
permanente. Ele deu um passo cuidadoso e se sentou na cadeira mais
próxima, balançando a cabeça e limpando a garganta para tentar jogar fora
sua reação natural. “Ok”, ele conseguiu.
“Eu sinto muito”, Kelly sussurrou. Ele estava assistindo a Nick, se
virou para ele com aquele cobertor estúpido em torno de seus ombros.
Nick não podia olhar para ele, porém, não até ter certeza da
devastação estava fora do seu rosto. Ele acenou com a cabeça novamente.
“Está tudo bem, Kels. Nada para se desculpar. Sabíamos que podia não
funcionar, certo?”
“Eu pensei que eu podia fazer isso, eu realmente pensei. Mas você
disse que não era nada mais do que sexo.” Kelly fez uma pausa, dando a
Nick a chance de falar ou reagir. Nick não conseguiu encontrar sua voz.
Jesus, por que isso machucava pra caralho? Kelly limpou a garganta. “Já é
mais do que isso, no entanto.”
Nick olhou para ele rapidamente, seu coração pulando.
Kelly deu de ombros, dando um sorriso fraco. “Nós dois sabemos o
quão rápido eu me apaixono.”
102
“Kelly...”
“Eu acho que é melhor se nós apenas pararmos agora”, Kelly falou
rapidamente. “O pensamento de isso ser alguma coisa... frívola? O
pensamento de você ir para casa e estar com outra pessoa? Isso meio que
quebra meu coração, amigo.”
“Outra pessoa”, Nick repetiu, sua voz rouca.
“Nós dois sabemos como amigos com benefícios funciona, irlandês,
vamos lá.”
Nick se inclinou e agarrou a mão de Kelly. Ele engoliu em seco
após os nervos e o medo e encontrou os olhos mutáveis de Kelly com uma
respiração profunda. “Kels, eu não consigo pensar em uma coisa debaixo
do sol que me faz mais feliz do que você.”
Kelly piscou rapidamente, a boca aberta em estado de choque.
Nick segurou sua mão com mais força. “Se isso não se sente bem
para você, você diga a palavra e isto vai acabar. Mas se você me der uma
chance, apenas uma chance, eu te juro que vou fazer isso valer a pena.”
“Uma chance para que?”
“Para ser seu.”
Kelly tentou várias vezes falar. Ele lambeu os lábios secos e disse:
“Nick”.
“Você confia em mim, Kels?”
“Você sabe que eu confio.”
Nick prendeu a respiração, esperando o veredicto. Os lábios de
Kelly se contraíram, então ele começou a sorrir. Ele estendeu a mão e
pegou Nick pela parte de trás do seu pescoço, o puxando para um beijo
urgente. Nick o agarrou pelas bordas de seu cobertor, envolvendo a ambos
quando Kelly se arrastou até a chaise lounge com ele e montou nele.
“Isso é um sim?” Nick conseguiu perguntar entre beijos.
Kelly mordeu o lábio, arrastando os dentes através dele antes de
concordar. “Não faça perguntas estúpidas.”
Nick riu, o segurando para mais perto. “Nós realmente vamos tentar
fazer isso, não é?”
Kelly estava sorrindo contra seus lábios enquanto ele assentiu. “Isso
significa que tenho que dizer que te amo e você tem que dizer isso de
volta?”
Nick riu. “Sim. Isso é o que isso significa.” 103
Kelly pressionou a testa para Nick. “Eu amo você, Nick
O'Flaherty.”
O coração de Nick saltou para a garganta. Ele estava sorrindo tão
largamente que machucou o lábio cortado. “Eu te amo. Seu louco
bastardo.”

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Choque e Pavor – Sidewinder 1 – Abigail Roux

Após sobreviver a um tiroteio em Nova Orleans, o médico de

Kelly teve que se inclinar contra a grade de sua varanda, enquanto

Nick colocou a mão sobre a testa de Kelly, a segurando lá

“Isso é tudo o que você deve estar pensando, você entende?”

Ele se virou para examinar a si mesmo no espelho. “Sério?” Ele

Quando Kelly acordou, percebeu que Nick apenas esperou que os

“Ele é um bombeiro. No nosso primeiro encontro, um armazém

Nick se sentou em um balanço no deck da frente, com os pés

“Tipo que sim”, Nick arrastou as palavras.

Kelly estava estendido na espreguiçadeira na pequena varanda fora

Quando Kelly acordou, o sol estava fluindo pelo loft da cabana e

Mas logo Nick grunhiu em aborrecimento e se empurrou para longe

Eles convergiram em Charlotte, todo mundo voando por todo o país

Eles se sentaram em um grupo calmo enquanto os minutos

Zane estava a caminho para as escadas quando a campainha tocou.

“Ótimo”, Zane resmungou. Seus olhos seguiram o anel quando ele

Nick tinha sido enviado do outro lado do mundo, sob o pretexto de

“Eu quero isso, baby, vamos lá! Eu quero!”

Nick acordou ao som perturbador do silêncio absoluto. O quarto

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