Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Aula 6:

Diagramas de Blocos de
Confiabilidade

(RBDs)

Agosto 2012 1
 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Confiabilidade de Sistemas
Confiabilidade dos Componentes

A seguinte afirmação NÃO é verdadeira:

verdadeira:

Se todos os componentes de um Sistema possuem

Confiabilidade de 90% para um determinado tempo t,
a Confiabilidade do Sistema será de 90% para este
mesmo tempo t

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

DIAGRAMAS DE BLOCOS
Técnica de representação bastante útil para identificar-
se o comportamento lógico de um sistema constituído
por poucos componentes, onde os mesmos são
representados por blocos.
Um bloco pode representar:
Um sistema
Um subsistema;
Um equipamento;
Um componente.
Um bloco de Confiabilidade deve possuir, no mínimo,
informações sobre como este item falha (Ex: a performance
de vida ou a Confiabilidade do item).
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Blocos de Confiabilidade tem propriedades.

Distribuições de Falha (informação mínima
obrigatória);
Outras propriedades (opcionais).

Distribuição
de Falha
Válvula de
controle Outras
propriedades

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Uma vez determinadas as características de

confiabilidade dos blocos, eles podem ser
conectados em relação à confiabilidade,
modelando-se o Diagrama de Blocos de
Confiabilidade (RBD) do Sistema.

Uma vez criado o RBD do Sistema, este pode ser

analisado a fim de se determinar a Confiabilidade
de seu respectivo Sistema.
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Tipos de configurações utilizadas

Série
Paralelo
k-de-n
Combinado (Série e Paralelo)
Complexo

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SISTEMAS SÉRIE

A representação por diagrama de blocos de um

sistema com (n) componentes de comportamento
lógico em série será:

1 2 3 4 n

Imagine uma corrente:

Quebrando-se qualquer
elo, o sistema falha

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Neste sistema, a falha de qualquer dos

componentes implica na falha do sistema.
Já que todos os itens devem obter sucesso para
que a missão obtenha sucesso:
A confiabilidade do Sistema é a probabilidade de
sucesso do item 1 e de sucesso do item 2 …, e de
sucesso de todos os itens da série.

Portanto, a confiabilidade do sistema será dada

por:

RS = R1 x R2 x R3 x ... x Rn
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Confiabilidade
R(t) = R1(t). R2(t). R3(t). ... Rn(t)

Disponibilidade
A(t) = A1(t) . A2(t) . A3(t) . ... An(t)

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Devido à natureza do sistema série, a confiabilidade

do sistema é determinada por 2 fatores:
nível de confiabilidade do componente
número de componentes.

A confiabilidade do sistema pode

ser melhorada através de:
diminuição do número de
componentes em série
aumento da confiabilidade dos
componentes.

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Confiabilidade do sistema série

1,2
R(t) ou A(t) do sistema

0,8
0,8
0,85
0,6 0,9

0,4 0,95
0,99
0,2

0
0 5 10 15 20

nº de componentes em série

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Sistema em Paralelo
A representação por diagrama de blocos de
um sistema com (n) componentes em
paralelo será:
1

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Neste diagrama pelo menos um dos componentes

deve funcionar para que o sistema funcione,
portanto, ele só falhará quando todos os
componentes falharem simultaneamente.

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Portanto, a confiabilidade do sistema

(assumindo independência), será dada por:

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Dispondo-se os componentes em paralelo,

obtém-se uma melhoria da confiabilidade.
Algumas formas de arranjo em paralelo, como por
exemplo os que possuem componentes em stand-by
ou então onde há carga repartida, são mais
representativas da situação prática. Um exemplo do
primeiro tipo de arranjo em paralelo pode ser
encontrado com frequência em sistemas elétricos.

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Confiabilidade do Sistema em Paralelo

1 1 comp
C onfia bilida de do

0,9 2 comp
3 comp
Sis te m a

0,8
4 comp
0,7
5 comp
0,6 6 comp
0,5
0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 0,9 0,95 1

Confiabilidade do Componente

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Melhora da Confiabilidade pela colocação de

“m” Componentes em paralelo

Nota-se que, para um componente com

confiabilidade R(t), o ganho marginal devido à adição
de novos componentes cresce até um certo número
(quatro componentes).

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Ultrapassando este número, o ganho de confiabilidade

do sistema praticamente independe da confiabilidade
individual dos componentes.
Desta forma, o ganho marginal, em termos de
confiabilidade, devido à colocação de componentes
em paralelo deixa de ser lucrativo, comparando-se
com componentes melhores (de maior confiabilidade).

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Exemplo:
Circuito interruptor dual

Se a preocupação básica se relaciona ao fechamento

do circuito quando necessário, então o diagrama de
blocos seria um arranjo em série.
Se a preocupação fundamental fosse que o circuito
estivesse aberto quando necessário, o diagrama de
blocos seria um arranjo em paralelo.
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Diagramas de Blocos para o Circuito Interruptor Dual

Sucesso = sistema Fechado (“E”)

A B

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Diagramas de Blocos para o Circuito Interruptor Dual

Sucesso = sistema Aberto (“OU”)

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Sistemas k de n
Considere um caso geral onde existem N sensores
com a mesma confiabilidade R, e k precisam ser
ativados para disparar o alarme no sistema.

N −k N!
RSistema = P(n ≤ N − k ) = ∑n =0 R N − n (1 − R) n
n! ( N − n)!

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Sistemas k de n
A representação por diagrama de blocos de um
sistema de três componentes em paralelo, sabendo-
se que para o sistema funcionar é necessário no
mínimo dois componentes operando, será:

1 2

1 3

2 3

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A confiabilidade do sistema será dada por:

R(t) = 1 – [(1-Ra).(1-Rb).(1-Rc)]
Ra = R1(t).R2(t)
Rb = R1(t). R3(t)
Rc = R2(t) . R3(t)

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R(t) = Ra + Rb + Rc – [Ra.Rb + Ra.Rc + Rb.Rc] +

Ra.Rb.Rc

R(t) = R1.R2 + R1.R3 + R2.R3 – [R1.R2.R1.R3 +

R1.R2.R2.R3 + R1.R3.R2.R3] +
R1.R2.R1.R3.R2.R3

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Usando um dos teoremas da álgebra de Boole

(A . A = A) obtém-se:

R(t) = R1.R2 + R1.R3 + R2.R3 – [3.(R1.R2.R3)] +

R1.R2.R3

R(t) = R1(t).R2(t) + R1(t).R3(t)+R2(t).R3(t) –

2. [R1(t).R2(t).R3(t)]

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 Confiabilidade, redundância e critérios de desempenho

Exemplo 1:
Considere o exemplo de uma planta de processo de
separação óleo-água. A probabilidade de sucesso da
automação adotada será:

Dados:
Probabilidade de falhar o fornecimento de ar de
instrumentação = Far = 0,08
Probabilidade de sucesso LT = PLT = 0,99
Probabilidade de sucesso LIC = PLIC = 0,97
Probabilidade de sucesso FC = PFC = 0,97
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Hipóteses
1. Os tubings de ar de instrumentação foram
corretamente instalados e distantes de
qualquer choque acidental;
2. O suprimento de ar é único.

VC LT LIC

VC - Válvula de Controle
LT – Transmissor de Nível
LIC – Controlador e Indicador de Nível
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AR VC LT LIC

PAR = [1-F(AR)] (PVC) (PLT) (PLIC) =

(1-0,08) (0,99)(0,97)(0,97) = 0,857

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Triângulo de Pascal
0 1
1 1 1
2 1 2 1
3 1 3 3 1
4 1 4 6 4 1
5 1 5 10 10 5 1
6 1 6 15 20 15 6 1
7 1 7 21 35 35 21 7 1
8 1 8 28 56 70 56 28 8 1
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Sistema 2 de 3 (2oo3) – (2 out of 3)

RS + FS = (R + F)3 = 1
= R3 + 3R2F + 3RF2 + F3

2oo3 RS = R3 + 3R2F = R3 + 3R2(1-R)

R2oo3 = 3R2 – 2R3

2oo4 R2oo4 = 6R2 – 8R3 + 3R4

3oo5 R3oo5 = 10R3 – 15R4 + 6R5

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