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REDE DE ENSINO DOCTUM

CURSO DE DIREITO

JÚLIA RODRIGUES ALVES


DIOGO MOHAMMED ARARIBA CARDOSO
RAYANNI GONÇALVES GOMES
JOSIELY ROSA DE CARVALHO ADOLFO
BRENDON BRANDINNI RODRIGUES
MONIQUE ESTEVES DE OLIVEIRA
IGOR DE PAULA ZUCOLOTTO
KELLY ALESSANDRA CARVALHO MURDOCH

ATOS DE COMUNICAÇÃO DO PROCESSO


CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E SUSPENSÃO DO ARTIGO 366 DO CPP

GUARAPARI-ES
2023
BRENDON BRANDINNI RODRIGUES
DIOGO MOHAMMED ARARIBA CARDOSO
IGOR DE PAULA ZUCOLOTTO
JÚLIA RODRIGUES ALVES
JOSIELY ROSA DE CARVALHO
KELLY ALESSANDRA CARVALHO MURDOCH
MONIQUE ESTEVES DE OLIVEIRA
RAYANNI GONÇALVES GOMES

ATOS DE COMUNICAÇÃO DO PROCESSO:


CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E SUSPENSÃO DO ARTIGO 366 DO CPP

Trabalho de graduação em Direito, pela


Rede de Ensino Doctum, no Campus de
Guarapari, apresentando o trabalho de
processo penal, visando agregar
conhecimento específicos sobre os atos de
comunicação do processo.
Orientador: Fabrício da Mata Correa.

GUARAPARI-ES
2023
INTRODUÇÃO

É de conhecimento geral que, os atos processuais buscam almejar a tutela


jurisdicional, todavia, para que o mesmo seja alcançado é necessário passar por
diversos estágios durante o processo, do início ao fim, para que as medidas e
decisões sejam tomadas e comunicadas entre os juízos e entre as partes.

Para que tal comunicação seja realizada, é necessário seguir os atos de


comunicação do processo, para que, de maneira jurisdicional, as comunicações entre
partes sejam feitas de maneira efetivas e dentro da lei.

Por sua vez, os atos se definem como atos chamatórios, quais em si podem
ser realizados dentro do Processo Penal, portanto o ato ele será comunicado contra
o acusado que recebeu a queixa crime ou denuncia para que venha se defender
mediante a isso. Entretanto, encontraremos esse conceito de atos no Art.363 do CPP
determinada pela Lei 11.719/08. E neste conteúdo se aplicará e vai abordar os atos
chamatórios que podem ou devem ser realizados dentro do Processo Penal. Esses
atos são nomeados de Intimações, Citações e Notificações.
Com isso, poderá compartilhar das informações processuais e de suas
obrigações, para que cumpram dentro do devido prazo legal, assim, portanto, poderá
o poder judiciário cumprir com sua função jurisdicional.
1. INTIMAÇÃO

Assim como a citação, a intimação refere-se a uma das formas de


comunicação dos atos processuais e está prevista no artigo 269 do Código de
Processo Civil, o qual dispõe que: “Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência
a alguém dos atos e dos termos do processo”.

Durante o andamento de uma disputa judicial, ações são realizadas por todas
as partes (autor, réu, juízo…), conferindo os ritos necessários para o andamento
correto do processo.

No decorrer do trâmite, as partes são intimadas para saber do último


movimento da parte oposta, para apresentar provas, realizar depoimentos,
comparecer a audiências, pagar valores, entre outras possibilidades. Para que serve a
intimação?
Dessa forma, a intimação é um ato importante para a manutenção da marcha
processual e para garantir o amplo direito de defesa e ao contraditório, além do
princípio do devido processo legal, pontos fundamentais em uma democracia e para
o bom funcionamento do Poder Judiciário.

Por exemplo: é importante que uma parte de um processo seja intimada para
saber que a outra parte está apresentando uma prova específica. Assim, não só todos
ficam cientes do que está ocorrendo no processo, como possibilita a entrada
de impugnação e de outros recursos.

Dessa forma, a intimação pode ser resumida como a ferramenta para


comunicar a todos os envolvidos em um processo sobre o que já ocorreu nele (atos
passados), o que precisa ser feito no momento (apresentação de provas e
documentos, por exemplo) e quais serão os atos futuros (audiências e prazos para
apresentação de peças processuais).

1.1. Intimação judicial e intimação extrajudicial


A intimação, dentro do Direito Processual, pode ser fundamentalmente dividida
em dois tipos: a intimação judicial e a extrajudicial.

A intimação judicial é a mais comum, por ser a que ocorre dentro de um


processo. É a notificação que o juízo transmite para os envolvidos no processo,
avisando as partes sobre ações judiciais passadas ou futuras, convocando as partes
para tomar ações, avisando sentenças, entre outras ações.

A intimação extrajudicial, por sua vez, não ocorre dentro de um litígio


propriamente dito, mas pode ser utilizada como prova dentro de uma disputa judicial
comum.

Um exemplo de intimação extrajudicial seria uma carta de cobrança de uma


dívida, por exemplo. Digamos que uma pessoa tenha comprado eletrodomésticos e
tenha optado por pagar por carnê.

Caso o pagamento não seja feito em tempo hábil, a loja pode intimar, por meio
de documento enviado por meio eletrônico ou físico, o consumidor a pagar o valor
devido em um período específico de tempo.

Essa intimação, por não ser dentro de uma ação de execução por dívida, por
exemplo, é tratada como uma intimação extrajudicial, não realizada por um
magistrado. Entretanto, essa intimação pode ser utilizada como prova para o
ajuizamento de uma ação de cobrança.

O que difere a citação da intimação é o fato de que enquanto a citação busca


integrar o citando ao processo, a intimação objetiva dar ciência das relações
processuais. Além disso, a intimação pode ser feita tanto para as partes, como para
o advogado.

De acordo com Wambier e Talamini, (2016, p. 564), “a regra é de que a


intimação para a prática de atos de natureza técnica no processo seja feita na pessoa
do advogado”. No entanto em algumas situações, pode ocorrer a intimação
diretamente as partes.
As intimações, em via de regra, especialmente com o advento do Novo Código
de Processo Civil, e da Lei nº 11.419/2006, são por meio eletrônico
(Art. 270, CPC/2015). No entanto, quando essa forma não for possível, recorre-se a
outros meios, cujo quais serão objeto de estudo neste tópico.
A intimação, como podemos ver até então, é uma notificação dada a todas as
partes de um processo quando um ato judicial ocorre dentro do mesmo, avisando a
todos os interessados do que está acontecendo.

A citação, por sua vez, é uma notificação enviada exclusivamente ao réu de


um processo, avisando o mesmo que ele foi citado em um litígio. A citação ocorre no
momento em que a parte entra na disputa judicial, sendo notificada para se manifestar
de alguma forma, sendo a mais comum delas por meio de contestação.

1.2. INTIMAÇÃO NO NOVO CPC

No Novo CPC, as intimações são tipificadas e regradas nos artigos 269 a 275,
que definem o que é uma intimação, como ela deve ser apresentada, quando devem
ocorrer e quais são as regras para envio e cumprimento de intimações.

A principal mudança que o Novo CPC trouxe para a intimação é a preferência


de realização da mesma por meio eletrônico, conforme aponta o artigo 270:

 Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio


eletrônico, na forma da lei.

Além disso, os princípios da boa-fé e da cooperação de todos os atores do


processo, enfatizada no Novo CPC, impera também sobre a intimação, devendo as
partes sempre notificar o juízo do processo sobre eventuais mudanças na forma de
receber as intimações.

1.3. Por onde se recebe uma intimação

Como afirmado anteriormente, a intimação deve ser entregue,


preferencialmente, por meio eletrônico, conforme aponta o artigo 270 do Novo CPC.
Entretanto, os artigos que versam sobre as intimações apontam outras formas
de se intimidar alguém no decorrer de um processo, garantindo que todas as partes
estão sendo avisadas dos acontecimentos, reforçando o direito ao contraditório.

Caso a intimação por meio eletrônico não seja possível ou não seja bem-
sucedida, ela deve ser publicada do diário do órgão oficial responsável pelo processo,
conforme aponta o artigo 272:

 Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se


feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.

Se, em uma situação, não for possível a intimação por meio eletrônico e nem a
sua publicação em um órgão oficial, na situação em que não exista esse tipo de
publicação na localidade, deve-se seguir as seguintes opções, tipificadas no artigo
273:

 Art. 273. Se inviável a intimação por meio eletrônico e não houver na


localidade publicação em órgão oficial, incumbirá ao escrivão ou chefe
de secretaria intimar de todos os atos do processo os advogados das
partes:

I – pessoalmente, se tiverem domicílio na sede do juízo;

II – por carta registrada, com aviso de recebimento, quando forem


domiciliados fora do juízo.

Em última instância, caso não seja possível a entrega por meio eletrônico, nem
a publicação em órgão oficial, a entrega da carta registrada e a entrega pessoal em
domicílio, a intimação será entregue por oficial de justiça, conforme aponta o artigo
275:

 Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a
realização por meio eletrônico ou pelo correio.

Deve-se apontar ainda que, caso todas as situações de entrega da notificação


sejam frustradas e o oficial de justiça não encontrar o intimado em seu endereço de
domicílio, existe a possibilidade de intimação por hora certa ou por edital, conforme
aponta o parágrafo 2º do artigo 275:

 Art. 275. § 2º Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com


hora certa ou por edital.

A entrega por hora certa, como o nome já fala, é um agendamento realizado


pelo oficial de justiça, que indica que o mesmo estará no endereço dado pela parte
em um horário específico. O não recebimento da intimação, nesse caso, faz com que
a mesma seja dada como entregue.

1.4. Das modalidades de intimação


Conforme mencionado anteriormente, a intimação, é em via de regra
eletrônica, de acordo com previsão legal. Porém, existem outras formas de intimação
para suprir uma eventual frustração, ou para obedecer a uma disposição legal, que
excedem essa regra. São as formas de intimação: Intimação eletrônica (já
mencionada); Intimação pela imprensa oficial; Por carga dos autos; Intimação pelo
correio; Intimação em cartório e em audiência; Por oficial de justiça; Com hora certa
e por edital.

1.5. Intimação pela imprensa oficial (Art. 272, CPC/2015)

Trata-se de uma exceção à intimação eletrônica, quando não há possibilidade


de a mesma se realizar. Possui como requisitos de validade os nomes das partes e
de seus respectivos advogados, estando estes últimos acompanhados do número de
inscrição na Ordem dos advogados do Brasil. A publicação é feita no Diário de Justiça
Eletrônico.

1.6. Por carga dos autos (Art. 272, § 6º, CPC/2015)

Essa é uma das formas de maior divergência. Isso em razão da confusão que
ocorre entre “carga dos autos” e “acesso aos autos”. O acesso aos autos é irrestrito,
salvo se o processo correr em segredo de justiça (infância, juventude, ou até mesmo
casos da fazenda pública, como a solicitação de ,medicamentos para tratamento do
vírus HIV). Quando fala-se em irrestrito, refere-se a possibilidade de toda a sociedade
ter direito ao acesso aos autos do processo, cujo qual é garantido pelo princípio da
democracia.

Por outro lado, a carga dos autos, ou seja, a retirada do processo é


prerrogativa exclusiva do advogado, sendo vedado à sociedade, em razão da
essencialidade do advogado para a execução da justiça.

1.7. Intimação pelo correio (Art. 274, CPC/2015)

Utilizada quando as modalidades acima mencionadas não forem possíveis, ou


quando o advogado tiver domicilio diverso ao juízo, o que impossibilita a intimação
pessoalmente.

1.8. Intimação por oficial de justiça (Art. 273, I, CPC/2015)

Trata-se também de uma exceção a regra. É uma opção para quando ocorre
a impossibilidade de intimação eletrônica ou por publicação em diário. No entanto, só
ocorrerá se o advogado residir na cidade sede do juízo. Caso resida, o oficial de
justiça entrega a intimação em mãos.

1.9. Intimação com hora certa e por edital (Art. 275, CPC/2015)

Ambas as formas se referem a casos onde o intimado não é localizado, sendo


seu destino “desconhecido e/ou incerto”. [2]
Tais modalidades são respaldadas pelo Art. 275 do CPC/2015, e seguem as
regras dispostas nos artigos 252 a 254 do referido código, que também orientam as
citações fictas.

2.Citação

A citação será um ato pelo qual o réu terá ciência dos termos de sua acusação,
assim sendo chamado para depor e comparecer aos atos do processo, ou seja, isso
se torna um misto de ampla defesa e contraditório. Portanto o primeiro ato será a
resposta da acusação a qual se inclui o ordinário, sumário e a 1º fase do júri e entre
outros casos especiais o acusado continuar sendo citado para a realização do seu
interrogatório.
A citação anulada se autonomeia em citação circunduta, e o seu processo será
completado quando for realizado a citação que está prevista no Art. 363 do Código de
Processo Penal

 Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada


a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

II - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 1o Não sendo encontrado o acusado, será procedida a citação por


edital. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 4o Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o


processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código.
(Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).

Cabe ressaltar que independente da previsão, no âmbito criminal, a citação do


indivíduo que irá constituir o marco interruptivo da prescrição, mas sim, a inicial da
acusatória, conforme o Art.117, I, CP prescreve.

 Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei


nº 7.209, de 11.7.1984)

I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei


nº 7.209, de 11.7.1984)

II - pela pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)III -


pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984)
IV –pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
(Redação dada pela Lei nº 11.596, de 2007).

Portanto o destinatário da citação será o réu, então não poderá ser citada
qualquer pessoa no seu lugar, nem o seu advogado. Entretanto, haverá discussões
quanto a sua validade na chamada da citação imprópria, por toda via será realizada
na pessoa que foi nomeado curador ao acusado que foi considerado incapaz em um
ato de incidente mental que é instaurado por certa determinação judicial. Toda via,
haverá duas orientações;

2.1. Contrária

Essa modalidade se nomeia como citatória e considera-se apenas que o


acusado possa ser citado, pois a constituição federal que instituiu a citação para ser
uma garantia individual, se depõem que, “ aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” previsto no
Art.5º, LV.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes;

2.2. Favorável

Essa modalidade se nomeia como citação imprópria, ou seja, em razão ao que


se prevê o Art.151, CPP. Caso for reconhecida em um incidente de insanidade mental
incapacidade ao tempo do fato, terá prosseguimento do processo por meio do curador.
 Art. 151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da
infração, irresponsável nos termos do artigo 22 do Código Penal, o
processo prosseguirá, com a presença do curador.

Neste caso, não haverá na legislação, a previsão que o processo penal venha
persistir paralisado quanto, ao tempo da infração penal, se o acusado for reconhecido
como incapaz inimputável ou semi-imputável, (Art.26, parágrafo único, do CPP).
Contudo no Art.151 do CPP, se refere-se que o processo irá prosseguir com a
presença do curador, já no Art.152 do CPP, irá se tratar da incapacidade
superveniente do fato que persiste na época do processo, ou seja, o feito ficará
paralisado até a extinção da punibilidade pela prescrição ou o restabelecimento do
acusado, caso não tenha o gozo de plenitude mental na época que ocorreu a infração
penal, não poderá ser válida, prevista no Art.564, III,”e” do CPP.

A citação será realizada de forma única na pessoa do réu, quanto mais


desatender o chamado judicial, assim poderá se mantido um revel. Neste caso,
poderemos compreender que a hipótese é que o oficial de justiça tentara proceder à
citação pessoal do acusado. Desta forma, percebesse a sua incapacidade de
compreensão, a qual devera certificar dessa situação, a qual pode-se cumprir o
mandado citatório. Portanto, será constatado uma incapacidade de entendimento,
devem citá-lo, para certificar a sua percepção eventual nos sinais de alienação mental.

Em regra geral, quando o réu for citado, se ele não comparecer e não atender
ao comando que foi enviado, haverá consequências e será da sua decretação de sua
revelia. Toda via, à revelia penal não se aplica na presunção de sua veracidade dos
fatos contidos na peça acusatória, ou seja, na decorrência do princípio da verdade
real, entretanto a acusação irá permanecer até ter o ônus da prova em relação ao fato
que foi imputado ao réu “o processo segue à revelia”. Com tudo, à revelia se torna
desnecessária sob a intimação do acusado para os atos do processo caso venha
deixar de comparecer ao local e não tenha nenhum motivo, mudança de residência e
novo endereço ao juízo, e se o réu for citado por hora certa e acabar não
comparecendo, será nomeado um defensor dativo e o processo irá prosseguir em
revelia e entre as vias, não podemos esquecer que a revelia causa a quebra da fiança.

O réu que for citado pessoalmente, como é prescrito no Art.367, do CPP,


dispõem que o processo irá seguir sem a presença do acusado, com isso entendemos
que apenas o seu advogado irá ser comunicado dos atos processuais, pois o réu não
será intimado e nem notificado para qualquer outro termo na ação penal, em sentido
a relação condenatória (Art.392 do CPP)

 Art. 392. A intimação da sentença será feita:

I - ao réu, pessoalmente, se estiver preso;

II - ao réu, pessoalmente, ou ao defensor por ele constituído, quando se


livrar solto, ou, sendo afiançável a infração, tiver prestado fiança;

III - ao defensor constituído pelo réu, se este, afiançável, ou não, a infração,


expedido o mandado de prisão, não tiver sido encontrado, e assim o
certificar o oficial de justiça;

IV - mediante edital, nos casos do no II, se o réu e o defensor que houver


constituído não forem encontrados, e assim o certificar o oficial de justiça;

V - mediante edital, nos casos do no III, se o defensor que o réu houver


constituído também não for encontrado, e assim o certificar o oficial de
justiça;

VI - mediante edital, se o réu, não tendo constituído defensor, não for


encontrado, e assim o certificar o oficial de justiça.

 § 1o O prazo do edital será de 90 dias, se tiver sido imposta pena


privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, e de 60
dias, nos outros casos.
 § 2o O prazo para apelação correrá após o término do fixado no edital,
salvo se, no curso deste, for feita a intimação por qualquer das outras
formas estabelecidas neste artigo.

Entretanto, já o réu que for citado por um edital, previsto no Art.366, do CPP.
Estabelece que o acusado quando for citado através do edital, e não vinher
comparecer ou não constituir o advogado, ficarão suspensos os processos e o curso
do prazo prescricional, então o juiz pode determinar uma antecipação antecipada das
provas que foram consideradas urgentes, e caso, decretará a prisão preventiva.
Mediante ao Art.312, do CP descreve;

 "Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312.

3. Espécies de citação

3.1 Citação Real

A citação real, será realizada na pessoa do réu, sendo assim efetivada pelas
seguintes formas; cumprimento oficial de justiça, mandado, no âmbito da jurisdição do
juiz o qual irá responder sob o acusado no processo criminal, com isso inclui a carta
rogatória, carta precatória, oficio requisitório, e por fim, a carta de ordem

3.2 Citação Ficta

A citação ficta, ela é efetivada por meio do edital publicado na empresa, ou


afixado no atrito ou na porta do fórum, e ela é realizada por hora certa ou meio de
edital.
3.3 Citação por mandado

Localizando-se o réu no território do juiz que administra o processo criminal,


por tanto nessa condição, disposto a citação, o réu deverá ser citado por um mandado
que será executado por um oficial de justiça, isentando-se desta regra apenas as
seguintes situações; caso encontrar ele em uma embaixada estrangeira, deverá ser
citado por uma carta rogatória, previsto no Art.369, do CPP, ou caso for um militar,
deverá ser citado por um intermédio do chefe respectivo serviço, previsto no Art.358,
do CPP.

Toda via, o mandado de citação tem como objetivo conduzir o acusado ao


conhecimento de que, contra ele tem uma ação penal, ou seja, o teor da acusação a
ela incorporada. Portanto, o oficial de justiça poderá cumprir o mandado de citação
em qualquer momento, caso encontre o acusado, entretanto deve manter as
restrições da inviabilidade do domicilio na hora da execução.

3.4 Citação por meio de carta precatória

A citação precatória está prevista no Art.353, do CPP. Descrevendo sobre;

 Art. 353. Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz


processante, será citado mediante precatória.

Propõem-se ao réu que se encontra no território nacional, no entanto fora da


jurisdição do juiz que administra o processo criminal. Quanto no processamento da
carta precatória ela ocorre da seguinte forma; o juiz do processo, irá ordenar a sua
expedição que conterá os seguintes requisitos prescritos no Art.354, do CPP.

 Art. 354. A precatória indicará:

I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;

II - a sede da jurisdição de um e de outro;

Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;

IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.

Então será encaminhada ao juízo em que será cumprida, enviando-lhe ao local,


o juiz irá determinar a sua execução por meio do despacho de “cumpra-se”. O ato
continuo, dará ao escrivão expedir ao competente mandado, testemunhando os
requisitos do Art.352, do CPP. Concebendo ao oficial de justiça para o cumprimento.
Assim, como está previsto no artigo abaixo;

 Art. 352. O mandado de citação indicará:

I - o nome do juiz;

II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;

III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;

IV - a residência do réu, se for conhecida;

V - o fim para que é feita a citação;

VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;

VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.

3.5 Citação por meio de carta rogatória

Citação por meio de carta rogatória, está previsto no Art.368, do CPP;

 Art. 368. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras


serão deprecadas por intermédio do ministro da Justiça.

Trata-se do réu que se encontra no estrangeiro, tanta a rogatória quanto a


precatória ambas têm as mesmas hipóteses que são tratadas no CPP e que deve ser
expedida pela carta rogatória citatória, já em um lugar conhecido será circunstancias
que devem ser expedidas pela carta rogatória. Se o réu estiver no estrangeiro num
local sabido, será citado uma carta rogatória, caso ele estiver em um lugar não sabido,
ele será citado por edital. Não caberá na carta rogatória nós juizados, incompatível
com o procedimento e muito morosa.

3.6 Citando que se encontra em legação estrangeira

A legação estrangeira se baseia no Art.369, do CPP.


 Art. 369. As citações que houverem de ser feitas em legações estrangeiras
serão efetuadas mediante carta rogatória. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de
17.4.1996)

Com isso, observamos que o Art.369, do CPP descreve sobre as legações


estrangeiras e como ela é realizada na realização da carta rogatória, ou seja, a citação
é feita através da carta rogatória, caso não venha de enquadrar sob aquelas pessoas,
por motivo de força de convenções ou tratados, gozem de uma imunidade da
jurisdição penal no Brasil. E são considerados consulados e embaixadas, nesses caso
quem reside numa baixada, a pessoa não poderá ser titular de imunidade diplomática.
Portanto, essa citação é mediante a carta rogatória, mas embora a carta rogatória
seja, o ideal será concluir que não venha ocorrer uma suspensão da prescrição, pois
caso vinher ocorrer, far-se -ia uma analogia malam partem.

3.7 Citação do funcionário público e militar

A citação quando se trata do militar ele será ativa e só pode ser realizada pelo
intermédio do chefe do respectivo serviço, assim como tá previsto no Art.358, do CPP;

 Art. 358. A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo


serviço.

Já a citação do funcionário público, está previsto no Art.359, do CPP, a qual


descreve da seguinte forma;

 Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como
acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição

Trata-se do réu de funcionário público, que incide as regras gerais de uma


citação pessoal, ou seja, o mandado quando realizado pelo oficial de justiça,
domiciliado o réu na jurisdição do juíz ou ser residente. A expedição da carta
precatória, em domiciliado em um território distinto da jurisdição do juíz ou ser
residente, sem o embargo irá exigir o Art.358, do CPP.

Que também tem a participação do chefe da repartição no qual está lotado e o


servidor será notificado quanto o horário e a data que deverá comparecer à justiça, a
noticação deve ocorrer mediante ao ofício, a qual será requisitada a presença do
funcionário público a juízo, portanto, sem esse ofício será expedido a presença do
servidor e não é obrigatório, ele poderá ser conduzido perante a autoridade judiciária.

3.8 Citação por réu preso

A citação do réu preso ela é prevista no Art.3+0, do CPP. Que se refere que caso
o réu estiver preso, ele será citado pessoalmente.

 Art. 360. Se o réu estiver preso, será requisitada a sua apresentação em juízo,
no dia e hora designados.

O artigo vem relatando sobre o que acontece caso o réu esteja preso, e neste
caso é necessário distinguir se o réu irá se encontrado num território pertencente à
jurisdição do juíz do processo ou não. Toda via, a citação quando ocorre pessoalmente
dar-se-à início a uma expedição de mandado e isso ocorre pela ordem do juíz, ou
seja, é necessário a expedição de carta precatória, pois sendo assim o mandado de
citação de tornará expedido por uma determinação feita ao juíz deprecado.

3.9 Citação por meio de carta de ordem

A citação por meio de carta de ordem, se trata de uma carta de ordem de um


expediente semelhante à carta precatória, sua diferença é as circunstâncias de que,
se tramita entre as autoridades judiciárias de idêntico grau e de uma solicitação. A
primeira será expedida por um Órgão Jurisdicional de grau superior, para um grau
inferior, a qual se incorpora uma ordem como o próprio nome sugere

3.10 Citação por Edital e Por hora

A citação por edital, ela é realizada quando o réu não for encontrado para ser
citado, neste caso haverá as tentativas para encontrar a sua localização, ou seja, caso
encontre-o em um local incerto e não sabido, portanto será realizado a citação por
edital que esta previsto nos artigos.361, do CPP e 363, do CPP.

 Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de
15 (quinze) dias.
 Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a
citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).

Contudo a citação por edital contém algumas súmulas que foram instituídas
pelo Supremo Tribunal Federal;

Súmula 366 – STF: Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal,
embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se
baseia.

Súmula 351 – STF: É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da
federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.

Ademais, é de importância sabermos que a citação por edital não caberá a nos
Juizados Especiais Criminais, sendo assim o processo ser remetido ao juízo comum,
ou seja, onde seguirá o seu rito de procedimento do sumário. Toda via, identificamos
que o Art.366, do CPP ele determina o processo criminal para que permaneça
suspenso, assim também como o prazo prescricional, ou seja, sem nenhum prejuízo
da possibilidade de o juiz ordenar a realização das provas urgentes e, caso for
decretar a prisão preventiva do acusado. Entretanto, a maioria dos casos, a citação
por edital não realiza qualquer resultado, a qual acaba deixado o réu de atender o
comando e de tentar constituir um advogado para seus interesses. Neste caso a
antecipação das provas irá depender da demonstração de urgência e da real
necessidade e também o Art.366, do CPP é bem claro em ressaltar que os crimes
previstos na Lei de Lavagem de Dinheiro, não se aplica a este código penal e nem no
âmbito da Justiça Militar.

Já a citação por hora certa, ela é prevista no Art.362, do CPP. A qual vem
descrevendo sobre;

 Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil.

Portanto, podemos verificar que o réu se oculta para que não venha ser citado,
já o oficial de justiça irá se certificar da ocorrência e dará continuidade a citação por
hora certa. Toda via, o oficial de justiça quando, por duas vezes, for procurar o réu na
sua residência ou domicilio e não encontra-lo, devera, havendo uma suspeita de
ocultação, realizar a intimação seja com qualquer pessoa da família, ou, na sua
ausência, incluindo vizinhos.

A qual, no útil imediato, voltara para efetuar a citação, na hora que for
designada. O citado caso não estiver presente, o oficial de justiça irá procurar sobre
as razões de sua ausência, dado por feita a citação, mesmo que ainda o citando ele
tenha se ocultado da outra comarca.

Sendo assim, a certidão de ocorrência, o oficial de justiça irá deixar como


contrafé com a pessoa da família ou até mesmo o seu vizinho, conforme seja
declarado o nome.
Por fim, ROBERTO DELMANTO JUNIOR diz que a citação por edital
merece ser abolida:
“por ensejar a circunstância de o acusado, uma vez suspensa a persecução
penal, nunca mais ser procurado por nenhum agente ou órgão estatal, a não
ser que se envolva em outra persecução penal, comunicando-se o seu
paradeiro ao juízo do processo suspenso, por exemplo” (Inatividade no
processo penal brasileiro, p. 155).

4. Suspensão do Artigo 366 do CPP

Antes da Lei nº 9.271, de 17 de abril de 1996, dispunha o art. 366 do CPP:

 "O processo seguirá à revelia do acusado que, citado inicialmente ou intimado


para qualquer ato do processo, deixar de comparecer sem motivo justificado."

O artigo, depois da Lei nº 9.271, ficou com a seguinte redação:

 "Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,
ficarão suspensos o processo e o curso do praza prescricional ... "

Atualmente, portanto, com a nova lei, se o réu é citado por edital - seja porque
não é localizado, seja porque se esconde para não ser citado - e não comparece
para
ser interrogado ou não constitui defensor, o processo fica suspenso. O juiz, após a
devida análise, dará despacho suspendendo o processo. Não se apresentando o réu
para ser interrogado, mas constituindo defensor, o processo não é suspenso. Se
comparece, é interrogado, e se depois não mais é encontrado, ainda que não
constitua defensor, o processo não é suspenso. A razão de se alterar drasticamente
a norma fica clara na Exposição de Motivos nº 607, de 27 de dezembro de 1994
(Mensagem 1.269), referente à Lei 9.271/1996 (que alterou o art. 366) de lavra do
Exmo. Sr. Ministro de Estado da Justiça Alexandre de Paula D. Martins:

[…] 4. Em relação à citação por edital, artigo 366, cogita-se da


suspensão do processo e do próprio curso da prescrição para a
hipótese do não comparecimento do acusado. Tal hipótese,
sem dúvida, leva à incerteza quanto ao conhecimento, pelo
acusado, da acusação a ele imputada, o que pode motivar a
alegação, posterior, de cerceamento de defesa. Com efeito, os
princípios da ampla defesa e do contraditório adotados pelo
ordenamento jurídico brasileiro, e a previsão da Constituição
Federal de que “ninguém será privado da liberdade ou de seus
bens sem o devido processo legal” (artigo 5º, LIV) conferem o
respaldo legal à nova pretensão do artigo 366, ainda mais
quando a ela se acrescenta (parágrafo 1º) a autorização para
que se produzam, antecipadamente, as provas consideradas
de maior urgência. […]

Segundo o STJ, para não tornar os crimes imprescritíveis, o que somente


poderia ocorrer através de disposição constitucional (racismo e ação de grupos
armados, por exemplo), é necessário que a suspensão da prescrição persista
apenas pelo equivalente ao prazo abstrato previsto no art. 109 do Código Penal,
considerando a pena máxima do crime que seja apurado em cada processo.

Súmula 415, STJ. O período de suspensão do prazo prescricional é regulado


pelo máximo da pena cominada.

Para o STJ, “uma vez decorrido o prazo prescricional com base na pena
máxima em abstrato para o crime durante a suspensão, esta cessa e a prescrição
volta a fluir” (RHC 54.676/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,
julgado em 10/03/2015). Tudo para delimitar um marco temporal, de maneira que os
crimes não se tornem imprescritíveis por força do art. 366 do CPP.
Referências

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esquematizado: 1. Ed. São Paulo: Saraiva.2012;
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<https://www.projuris.com.br/blog/o-que-e-intimacao/>. Acesso em: 24 mar. 2023.
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JESUS, Damásio Evangelista de. Código de Processo Penal Interpretado: 23. Ed. São
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LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal: Vol I, 1. Ed. Niterói-RJ,
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Grupo GEN, 2022. E-book. ISBN 9786559643691. Disponível em:
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Disponivel em: <https://niltoncathedral.jusbrasil.com.br/artigos/1310992975/citacao-
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