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CURSO DE DIREITO
GUARAPARI-ES
2023
BRENDON BRANDINNI RODRIGUES
DIOGO MOHAMMED ARARIBA CARDOSO
IGOR DE PAULA ZUCOLOTTO
JÚLIA RODRIGUES ALVES
JOSIELY ROSA DE CARVALHO
KELLY ALESSANDRA CARVALHO MURDOCH
MONIQUE ESTEVES DE OLIVEIRA
RAYANNI GONÇALVES GOMES
GUARAPARI-ES
2023
INTRODUÇÃO
Por sua vez, os atos se definem como atos chamatórios, quais em si podem
ser realizados dentro do Processo Penal, portanto o ato ele será comunicado contra
o acusado que recebeu a queixa crime ou denuncia para que venha se defender
mediante a isso. Entretanto, encontraremos esse conceito de atos no Art.363 do CPP
determinada pela Lei 11.719/08. E neste conteúdo se aplicará e vai abordar os atos
chamatórios que podem ou devem ser realizados dentro do Processo Penal. Esses
atos são nomeados de Intimações, Citações e Notificações.
Com isso, poderá compartilhar das informações processuais e de suas
obrigações, para que cumpram dentro do devido prazo legal, assim, portanto, poderá
o poder judiciário cumprir com sua função jurisdicional.
1. INTIMAÇÃO
Durante o andamento de uma disputa judicial, ações são realizadas por todas
as partes (autor, réu, juízo…), conferindo os ritos necessários para o andamento
correto do processo.
Por exemplo: é importante que uma parte de um processo seja intimada para
saber que a outra parte está apresentando uma prova específica. Assim, não só todos
ficam cientes do que está ocorrendo no processo, como possibilita a entrada
de impugnação e de outros recursos.
Caso o pagamento não seja feito em tempo hábil, a loja pode intimar, por meio
de documento enviado por meio eletrônico ou físico, o consumidor a pagar o valor
devido em um período específico de tempo.
Essa intimação, por não ser dentro de uma ação de execução por dívida, por
exemplo, é tratada como uma intimação extrajudicial, não realizada por um
magistrado. Entretanto, essa intimação pode ser utilizada como prova para o
ajuizamento de uma ação de cobrança.
No Novo CPC, as intimações são tipificadas e regradas nos artigos 269 a 275,
que definem o que é uma intimação, como ela deve ser apresentada, quando devem
ocorrer e quais são as regras para envio e cumprimento de intimações.
Caso a intimação por meio eletrônico não seja possível ou não seja bem-
sucedida, ela deve ser publicada do diário do órgão oficial responsável pelo processo,
conforme aponta o artigo 272:
Se, em uma situação, não for possível a intimação por meio eletrônico e nem a
sua publicação em um órgão oficial, na situação em que não exista esse tipo de
publicação na localidade, deve-se seguir as seguintes opções, tipificadas no artigo
273:
Em última instância, caso não seja possível a entrega por meio eletrônico, nem
a publicação em órgão oficial, a entrega da carta registrada e a entrega pessoal em
domicílio, a intimação será entregue por oficial de justiça, conforme aponta o artigo
275:
Art. 275. A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a
realização por meio eletrônico ou pelo correio.
Essa é uma das formas de maior divergência. Isso em razão da confusão que
ocorre entre “carga dos autos” e “acesso aos autos”. O acesso aos autos é irrestrito,
salvo se o processo correr em segredo de justiça (infância, juventude, ou até mesmo
casos da fazenda pública, como a solicitação de ,medicamentos para tratamento do
vírus HIV). Quando fala-se em irrestrito, refere-se a possibilidade de toda a sociedade
ter direito ao acesso aos autos do processo, cujo qual é garantido pelo princípio da
democracia.
Trata-se também de uma exceção a regra. É uma opção para quando ocorre
a impossibilidade de intimação eletrônica ou por publicação em diário. No entanto, só
ocorrerá se o advogado residir na cidade sede do juízo. Caso resida, o oficial de
justiça entrega a intimação em mãos.
1.9. Intimação com hora certa e por edital (Art. 275, CPC/2015)
2.Citação
A citação será um ato pelo qual o réu terá ciência dos termos de sua acusação,
assim sendo chamado para depor e comparecer aos atos do processo, ou seja, isso
se torna um misto de ampla defesa e contraditório. Portanto o primeiro ato será a
resposta da acusação a qual se inclui o ordinário, sumário e a 1º fase do júri e entre
outros casos especiais o acusado continuar sendo citado para a realização do seu
interrogatório.
A citação anulada se autonomeia em citação circunduta, e o seu processo será
completado quando for realizado a citação que está prevista no Art. 363 do Código de
Processo Penal
Portanto o destinatário da citação será o réu, então não poderá ser citada
qualquer pessoa no seu lugar, nem o seu advogado. Entretanto, haverá discussões
quanto a sua validade na chamada da citação imprópria, por toda via será realizada
na pessoa que foi nomeado curador ao acusado que foi considerado incapaz em um
ato de incidente mental que é instaurado por certa determinação judicial. Toda via,
haverá duas orientações;
2.1. Contrária
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
2.2. Favorável
Neste caso, não haverá na legislação, a previsão que o processo penal venha
persistir paralisado quanto, ao tempo da infração penal, se o acusado for reconhecido
como incapaz inimputável ou semi-imputável, (Art.26, parágrafo único, do CPP).
Contudo no Art.151 do CPP, se refere-se que o processo irá prosseguir com a
presença do curador, já no Art.152 do CPP, irá se tratar da incapacidade
superveniente do fato que persiste na época do processo, ou seja, o feito ficará
paralisado até a extinção da punibilidade pela prescrição ou o restabelecimento do
acusado, caso não tenha o gozo de plenitude mental na época que ocorreu a infração
penal, não poderá ser válida, prevista no Art.564, III,”e” do CPP.
Em regra geral, quando o réu for citado, se ele não comparecer e não atender
ao comando que foi enviado, haverá consequências e será da sua decretação de sua
revelia. Toda via, à revelia penal não se aplica na presunção de sua veracidade dos
fatos contidos na peça acusatória, ou seja, na decorrência do princípio da verdade
real, entretanto a acusação irá permanecer até ter o ônus da prova em relação ao fato
que foi imputado ao réu “o processo segue à revelia”. Com tudo, à revelia se torna
desnecessária sob a intimação do acusado para os atos do processo caso venha
deixar de comparecer ao local e não tenha nenhum motivo, mudança de residência e
novo endereço ao juízo, e se o réu for citado por hora certa e acabar não
comparecendo, será nomeado um defensor dativo e o processo irá prosseguir em
revelia e entre as vias, não podemos esquecer que a revelia causa a quebra da fiança.
Entretanto, já o réu que for citado por um edital, previsto no Art.366, do CPP.
Estabelece que o acusado quando for citado através do edital, e não vinher
comparecer ou não constituir o advogado, ficarão suspensos os processos e o curso
do prazo prescricional, então o juiz pode determinar uma antecipação antecipada das
provas que foram consideradas urgentes, e caso, decretará a prisão preventiva.
Mediante ao Art.312, do CP descreve;
"Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir
advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional,
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto
no art. 312.
3. Espécies de citação
A citação real, será realizada na pessoa do réu, sendo assim efetivada pelas
seguintes formas; cumprimento oficial de justiça, mandado, no âmbito da jurisdição do
juiz o qual irá responder sob o acusado no processo criminal, com isso inclui a carta
rogatória, carta precatória, oficio requisitório, e por fim, a carta de ordem
I - o nome do juiz;
A citação quando se trata do militar ele será ativa e só pode ser realizada pelo
intermédio do chefe do respectivo serviço, assim como tá previsto no Art.358, do CPP;
Art. 359. O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como
acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição
A citação do réu preso ela é prevista no Art.3+0, do CPP. Que se refere que caso
o réu estiver preso, ele será citado pessoalmente.
Art. 360. Se o réu estiver preso, será requisitada a sua apresentação em juízo,
no dia e hora designados.
O artigo vem relatando sobre o que acontece caso o réu esteja preso, e neste
caso é necessário distinguir se o réu irá se encontrado num território pertencente à
jurisdição do juíz do processo ou não. Toda via, a citação quando ocorre pessoalmente
dar-se-à início a uma expedição de mandado e isso ocorre pela ordem do juíz, ou
seja, é necessário a expedição de carta precatória, pois sendo assim o mandado de
citação de tornará expedido por uma determinação feita ao juíz deprecado.
A citação por edital, ela é realizada quando o réu não for encontrado para ser
citado, neste caso haverá as tentativas para encontrar a sua localização, ou seja, caso
encontre-o em um local incerto e não sabido, portanto será realizado a citação por
edital que esta previsto nos artigos.361, do CPP e 363, do CPP.
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de
15 (quinze) dias.
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a
citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Contudo a citação por edital contém algumas súmulas que foram instituídas
pelo Supremo Tribunal Federal;
Súmula 366 – STF: Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal,
embora não transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se
baseia.
Súmula 351 – STF: É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da
federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.
Ademais, é de importância sabermos que a citação por edital não caberá a nos
Juizados Especiais Criminais, sendo assim o processo ser remetido ao juízo comum,
ou seja, onde seguirá o seu rito de procedimento do sumário. Toda via, identificamos
que o Art.366, do CPP ele determina o processo criminal para que permaneça
suspenso, assim também como o prazo prescricional, ou seja, sem nenhum prejuízo
da possibilidade de o juiz ordenar a realização das provas urgentes e, caso for
decretar a prisão preventiva do acusado. Entretanto, a maioria dos casos, a citação
por edital não realiza qualquer resultado, a qual acaba deixado o réu de atender o
comando e de tentar constituir um advogado para seus interesses. Neste caso a
antecipação das provas irá depender da demonstração de urgência e da real
necessidade e também o Art.366, do CPP é bem claro em ressaltar que os crimes
previstos na Lei de Lavagem de Dinheiro, não se aplica a este código penal e nem no
âmbito da Justiça Militar.
Já a citação por hora certa, ela é prevista no Art.362, do CPP. A qual vem
descrevendo sobre;
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma
estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil.
Portanto, podemos verificar que o réu se oculta para que não venha ser citado,
já o oficial de justiça irá se certificar da ocorrência e dará continuidade a citação por
hora certa. Toda via, o oficial de justiça quando, por duas vezes, for procurar o réu na
sua residência ou domicilio e não encontra-lo, devera, havendo uma suspeita de
ocultação, realizar a intimação seja com qualquer pessoa da família, ou, na sua
ausência, incluindo vizinhos.
A qual, no útil imediato, voltara para efetuar a citação, na hora que for
designada. O citado caso não estiver presente, o oficial de justiça irá procurar sobre
as razões de sua ausência, dado por feita a citação, mesmo que ainda o citando ele
tenha se ocultado da outra comarca.
"Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado,
ficarão suspensos o processo e o curso do praza prescricional ... "
Atualmente, portanto, com a nova lei, se o réu é citado por edital - seja porque
não é localizado, seja porque se esconde para não ser citado - e não comparece
para
ser interrogado ou não constitui defensor, o processo fica suspenso. O juiz, após a
devida análise, dará despacho suspendendo o processo. Não se apresentando o réu
para ser interrogado, mas constituindo defensor, o processo não é suspenso. Se
comparece, é interrogado, e se depois não mais é encontrado, ainda que não
constitua defensor, o processo não é suspenso. A razão de se alterar drasticamente
a norma fica clara na Exposição de Motivos nº 607, de 27 de dezembro de 1994
(Mensagem 1.269), referente à Lei 9.271/1996 (que alterou o art. 366) de lavra do
Exmo. Sr. Ministro de Estado da Justiça Alexandre de Paula D. Martins:
Para o STJ, “uma vez decorrido o prazo prescricional com base na pena
máxima em abstrato para o crime durante a suspensão, esta cessa e a prescrição
volta a fluir” (RHC 54.676/SP, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA,
julgado em 10/03/2015). Tudo para delimitar um marco temporal, de maneira que os
crimes não se tornem imprescritíveis por força do art. 366 do CPP.
Referências
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