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2 - É VIOLÊNCIA GRAVE
A directora nacional do Direito da Mulher, Soledad Augusto, declarou em
Luanda que a fuga à paternidade é um dos maiores actos de violência que um pai
pode cometer contra os seus filhos.
A responsável, que falava numa palestra subordinada ao tema “A Mulher e o
Género”, disse que a fuga à paternidade pode provocar no menor, durante a fase de
crescimento, repercussões negativas, entre as quais o envolvimento na
delinquência juvenil. “Temos ainda pais com comportamentos irresponsáveis
perante os compromissos no lar, esquecendo-se de que os filhos necessitam de
assistência alimentar, educacional, habitacional, vestuário, além do divertimento,
que são factores de desenvolvimento sadio das crianças”, referiu Soledad Augusto.
A responsável salientou que a família, por ser o elemento natural da
sociedade, merece protecção e atenção especial do Estado, de modo a evitar a sua
desestruturação resultante da violência doméstica. No decurso da palestra, foram
apresentados e discutidos em cinco painéis os temas “Educação para valores
morais e culturais”, “Os valores perenes da civilização humana e a sua transmissão
a novas gerações”, “Educação para os direitos e liberdades fundamentais”,
“Educação para os direitos e deveres dos cidadãos” e “O papel e modelo da
comunicação social para Angola na construção da cidadania”.
3 - FUGA À PATERNIDADE PREOCUPA AS AUTORIDADES
Directora do INAC denuncia o abandono de trinta crianças por mês.
Crianças preferem a rua aos maus tratos em casa. [ Ampe Rogério/RA ] A
directora do Instituto Nacional da Criança (INAC), Ruth Madalena Mixinge, disse que
a fuga à paternidade está a preocupar a sociedade e é preciso sensibilizar os pais
para assumirem as suas responsabilidades enquanto educadores, informou o Novo
Jornal.Cinquenta por cento dos casos registados pelo Instituto Nacional da Criança
(INAC), em Luanda, em relação à fuga à paternidade, estão relacionados com a
falta de pagamento da pensão de alimentos, revelou a directora provincial da
instituição, Ana Silva. Mensalmente, o INAC regista, em Luanda, uma média de
trinta casos de fuga à paternidade e de pagamento da pensão de alimentos. A título
ilustrativo, em Janeiro deste ano, o INAC registou 35 casos, a maioria dos quais
ligados à fuga à paternidade.
A responsável frisou ainda que este fenómeno pode também ser
caracterizado como violência económica porque implica a herança e outras
questões patrimoniais. A fuga à paternidade tem sido uma constante, não só pela
falta de prestação de alimentos, devido ao abandono das crianças, mas também,
por negligência e maus-tratos, esclareceu Ruth Madalena Mixinge. A responsável
do INAC apontou as províncias de Luanda, Benguela, Uíge e Moxico como sendo
as que mais casos de violência e violação a menores registam. Há registo de que a
principal causa da fuga à paternidade em Angola prende-se com acusações de
feitiçaria.
Muitas crianças acusadas de feitiçaria não aguentam os maus-tratos dos
pais, abandonam os seus lares e preferem viver nas ruas. “Temos algumas
províncias críticas, onde os números em termos de violação, ou violência, são altos.
Falamos da província de Luanda, que é a mais problemática e onde a população
infantil é maior. Mas também na província de Benguela, Uíge e Moxico”, informou.
“No entanto, são acções que nos levam a aconselhar todos os dias e a apelar
à consciência das pessoas que as crianças não pediram para vir ao mundo. Muitas
vieram de forma voluntária e outras, se calhar, não, mas já que estão aqui, são
seres humanos, têm a sua dignidade e direito à vida”, sublinhou.
4 - RESPONSABILIDADES
A directora do INAC salientou que a legislação consagra que o Estado deve
apoiar as famílias, mas estas também têm a sua responsabilidade que devem
assumir por inteiro. Apontou o desemprego, o consumo excessivo de bebidas
alcoólicas e os conflitos familiares como os principais factores na base dos casos de
fuga à paternidade e o não pagamento da pensão de alimentos. Actos que
constituem uma infracção à Lei Contra a Violência Doméstica.
Ana Silva referiu que o INAC, como instituição de defesa dos direitos da criança,
procura sempre resolver a situação da melhor maneira, apelando ao bom senso dos
pais. Caso a situação seja de difícil resolução, o processo é encaminhado para os
tribunais. “Ser pai ou mãe não significa apenas gerar filhos, mas é saber instruir,
educar, garantir saúde, habitação e alimentação aos menores até atingirem, pelo
menos, a maioridade, ou seja, os 18 anos”, salientou. Os maus-tratos e a
discriminação são os factores principais que levam muitas crianças de Luanda a
abandonarem as suas casas para viverem à sua sorte.
6 - ACÇÕES DE SENSIBILIZAÇÃO
Paula Coutinho frisou que o fenómeno preocupa a sua instituição, que tem
estado a sensibilizar a sociedade sobre a responsabilidade paternal na defesa e
protecção dos direitos da criança e nas acções de advocacia em prol da
concretização dos 11 compromissos da criança.
A responsável do Instituto Nacional da Criança no Zaire pede a colaboração das
comunidades, igrejas e demais organizações da sociedade civil na divulgação dos
direitos da criança e na denúncia de todos os actos que atentam contra o seu bem-
estar.
CONCLUSÃO
É de facto complicado e muitas vezes incurralante o ato de trazer para o
mundo mais uma vida para sustentar mais duas no caso dos solteiros, enquanto a
tua mesmo é sustentada, no caso dos kunangas dependentes, mas esse acto não é
apenas problema para esses dois grupos, em maioria dos casos as mulheres são
mais sensíveis a esses casos, apesar de haver mulheres também que detestam
filhos, principalmente indesejadas ou vulgarmente ditas “Estraga prazeres” mas
penso que os filhos são dadivas vindas de Deus e não há nada mais lindo do que
ser chamado profundamente “PAI” até Deus gosta disto.
Quem consegue involver-se com uma mulher deve conseguir arranjar
condições sustentáveis para esta pessoa e varias outras que essa relação pode dar
origem, fuga à paternidade tem sido um problema porque muitos de nós não dão
valor a vida ou não aprenderam a dar.
A vida é um bem precioso, mesmo que alguém deixou de valorizar a nossa
nunca estaremos no direito de desvalorizar a de outrem… por amor concorro e
espero que cada um do que ler esse trabalho concorra comigo contra a fuga à
paternidade.
BIBLIOGRAFIA